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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS NÁUTICAS

DEPARTAMENTO DE MÁQUINAS MARÍTIMAS


CURSO: ENGENHARIA DE MAQUINAS MARITIMAS

CADEIRA: MIC

TEMA: A escolha do tema

Discente:

Fernando Sede Tambo

Docente:

Carlos Alejandro

Maputo, Agosto de 2022


Índice
Introdução ............................................................................................................................. 3
A escolha do tema ................................................................................................................. 4
Tema, Problema e Hipótese ................................................................................................... 7
Problema e Hipótese ............................................................................................................. 8
Escolha do meu tema para próxima apresentação .................................................................. 9
Conclusão ........................................................................................................................... 11
Referências Bibliográficas................................................................................................... 12

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Introdução
O presente trabalho fala sobre a escolha do tema, nele serão abordados aspectos fundamentais
para tal.

Primeiramente o tema é o assunto que se deseja provar ou desenvolver; é uma dificuldade,


ainda sem solução, que é mister determinar com precisão, para intentar, em seguida, seu
exame, avaliação crítica e solução.

Para realizar um estudo de caso, torna-se importante inicialmente verificar se existe o caso,
isto é, se há algum fenômeno relevante, que apresente interesse para algum grupo ou para a
sociedade.

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A escolha do tema
A elaboração de um projeto de pesquisa e o desenvolvimento da própria pesquisa, seja ela
uma dissertação ou tese, necessitam, para que seus resultados sejam satisfatórios, estar
baseados em planejamento cuidadoso, reflexões conceituais sólidas e alicerçados em
conhecimentos já existentes. Pesquisar é um trabalho que envolve um planejamento análogo
ao de um cozinheiro. Ao preparar um prato, o cozinheiro precisa saber o que ele quer fazer,
obter os ingredientes, assegurar-se de que possui os utensílios necessários e cumprir as etapas
requeridas no processo. Um prato será saboroso na medida do envolvimento do cozinheiro
com o ato de cozinhar e de suas habilidades técnicas na cozinha. O sucesso de uma pesquisa
também dependerá do procedimento seguido, do seu envolvimento com a pesquisa e de sua
habilidade em escolher o caminho para atingir os objetivos da pesquisa.
(Da Silva & Menezes, 2001)

Mas para pesquisar algo primeiramente temos de ter o que pesquisar, naturalmente que é
obvio que temos de ter algo em mente ou a vista por pesquisar, que é a escolha do tema.

A escolha do tema é a primeira fase para a pesquisa de qualquer que seja a pesquisa.

É preciso identificar, que características e/ou importância tem o tema escolhido. Essa
identificação inclui a definição de um problema a ser estudado. Este problema ou questão
fundamental dará origem ao objetivo do trabalho.

Um objetivo é um alvo a ser perseguido ao longo da realização do trabalho. Que é o objetivo


do estudo de caso em foco? (A,Pereira; D, Shitsuka; Parreira & R,Shitsuka,2018)

Deverá ser respondida à pergunta: “O que pretendo abordar?” O tema é um aspecto ou uma
área de interesse de um assunto que se deseja provar ou desenvolver. Escolher um tema
significa eleger uma parcela delimitada de um assunto, estabelecendo limites ou restrições
para o desenvolvi mento da pesquisa pretendida.

A definição do tema pode surgir com base na sua observação do cotidiano, na vida
profissional, em programas de pesquisa, em contato e relacionamento com especialistas, no
feedback de pesquisas já realizadas e em estudo da literatura especializada.
(Da Silva & Menezes,2001)

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Sua escolha deve levar em conta possibilidades, aptidões e tendências de quem irá elaborar a
pesquisa (em conjunto com seu orientador). Espera-se que o grau de conhecimento sobre o
assunto possa ser aumentado em função da pesquisa. A pesquisa deve ser focada sobre um
problema relacionado ao tema, ou seja, uma questão associada ao tema com importância real,
e que ainda não tenha sido devidamente respondida pela literatura existente.

O problema deve orientar a pesquisa, que tem como objetivo contribuir para o seu
esclarecimento. Devem ser indicados os antecedentes da pesquisa, ou seja, os principais
resultados de pesquisas anteriores sobre o problema investigado. Tais referências permitirão
situar com maior clareza as contribuições pretendidas.

Exemplo: “Tema: Patentes. Problema: Patentes contribuem ou não para o avanço


tecnológico? Há argumentos nas duas direções, e um exame do caso X pode contribuir para a
compreensão desta questão.”

A escolha do tema é a decisão mais difícil do processo. É resultado da interação de fatores


internos e externos. A seleção de um tema pode, inicialmente, nascer da curiosidade do
pesquisador. Essa curiosidade pode estar atrelada a uma incompreensão teórica, uma dúvida
ou mesmo um questionamento relacionado ao cotidiano da organização.

É também necessário que o pesquisador faça uma reflexão pessoal sobre suas habilidades,
conhecimento, preferências, segurança, aptidões, interesses e afinidade com o tema. No
entanto, refletir com base nas preferências do pesquisador não basta! É preciso pensar no
significado e na relevância do tema na atualidade, na contribuição para a área de
conhecimento e para a solução do problema, na repercussão do estudo para a ciência e para a
organização.

Para (Lakatos & Marconi, 2003), o tema deve ser especializado para que possa ser tratado em
profundidade. No entanto, as autoras alertam para os perigos da excessiva especialização, que
impede a síntese do trabalho, a correlação entre as ciências e pode dar uma visão unilateral do
tema. A tendência mais comum é a escolha de temas que, por sua extensão e complexidade,
impeçam estudos em profundidade.

É necessário delimitar o tema, que é simplesmente estabelecer limites para a investigação,


mas sempre há necessidade de delimitação, pois o próprio assunto e seus objetivos podem
estabelecer limites.

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Escolher um tema significa levar em consideração fatores internos e externos. Os internos
consistem em:

a) selecionar um assunto de acordo com as inclinações, as aptidões e as tendências de quem


se propõe a elaborar um trabalho científico;

b) optar por um assunto compatível com as qualificações pessoais, em termos de background


da formação universitária e pós-graduada;

c) encontrar um objeto que mereça ser investigado cientificamente e tenha condições de ser
formulado e delimitado em função da pesquisa.

Os externos requerem:

a) a disponibilidade do tempo para realizar uma pesquisa completa e aprofundada;

b) a existência de obras pertinentes ao assunto em número suficiente para o estudo global do


tema;

c) a possibilidade de consultar especialistas da área, para uma orientação tanto na escolha


quanto na análise e interpretação da documentação específica.

Além disso, não há necessidade de duplicação de estudos, uma vez que há uma vasta gama de
temas a serem pesquisados. Devem-se evitar assuntos sobre os quais recentemente foram
feitos estudos, o que toma difícil uma nova abordagem. Embora a escolha do tema possa ser
determinada ou sugerida pelo professor ou orientador, quando se trata de um principiante, o
mais frequente é a opção livre.

As fontes para a escolha do assunto podem originar-se da experiência pessoal ou


profissional, de estudos e leituras, da observação, da descoberta de discrepâncias entre
trabalhos ou da analogia com temas de estudo de outras disciplinas ou áreas científicas.

A escolha do tema está diretamente ligada ao problema e as hipóteses como já havia sido
mencionado no início. Para melhor entender vejamos a definição de Lakatos e Marconi:

O tema é o assunto que se deseja provar ou desenvolver; "é uma dificuldade, ainda sem
solução, que é mister determinar com precisão, para intentar, em seguida, seu exame,
avaliação crítica e solução". (Lakatos e Marconi, 2003)

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Tema, Problema e Hipótese
Determinar com precisão significa enunciar um problema, isto é, determinar o objetivo
central da indagação. Assim, enquanto o tema de uma pesquisa é uma proposição até certo
ponto abrangente, a formulação do problema é mais específica: indica exatamente qual a
dificuldade que se pretende resolver.

Formular o problema consiste em dizer, de maneira explícita, clara, compreensível e


operacional, qual a dificuldade com a qual nos defrontamos e que pretendemos resolver,
limitando o seu campo e apresentando suas características. Desta forma, o objetivo da
formulação do problema da pesquisa é tomá-lo individualizado, específico, inconfundível.

Exemplos:

- tema - "O perfil da mãe que deixa o filho recém-nascido para adoção"; problema - "Quais
condições exercem mais influência na decisão das mães em dar o filho recém-nascido para
adoção?";

- tema - "A necessidade de informação ocupacional na escolha da profissão"; problema - "A


Orientação Profissional dada, no curso de 2º Grau, influi na segurança (certeza) em relação à
escolha do curso universitário?";

- tema - "A família carente e sua influência na origem da marginalização social"; problema -
"O grau de organização in terna da fann1ia carente influi na conduta (marginalização) do
menor?"

O problema, assim, consiste em um enunciado explicitado de forma clara, compre ensível e


operacional, cujo melhor modo de solução ou é uma pesquisa ou pode ser re solvido por
meio de processos científicos. Considera-se que o problema se constitui em uma pergunta
científica quando explicita a relação de dois ou mais fenômenos (fatos, variáveis) entre si,
"adequando-se a uma investigação. sistemática, controlada, empírica e crítica". Conclui-se
disso que perguntas retóricas, especulativas e afirmativas (valorativas) não são perguntas
científicas. (Lakatos & Marconi, 2003)

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Problema e Hipótese
Uma vez formulado o problema, com a certeza de ser cientificamente válido, propõe-se uma
resposta "suposta, provável e provisória", isto é, uma hipótese. Ambos, problemas e
hipóteses, são enunciados de relações entre variáveis (fatos, fenômenos); a diferença reside
em que o problema constitui sentença interrogativa e a hipótese, sentença afirmativa mais
detalhada.

Exemplos:

problema - "Quais condições exercem mais influência na decisão das mães em dar o filho
recém-nascido para adoção"?; hipótese - "As condições que representam fatores formadores
de atitudes exercem maior influência na decisão das mães em dar o filho recém-nascido para
adoção do que as condições que representam fatores biológicos e sócio-econômicos";
problema - "A constante migração de grupos familiares carentes influencia em sua
organização interna?"; hipótese - "Se elevado índice de migração de grupos familiares
carentes, então elevado grau de desorganização familiar". (Lakatos & Marconi, 2003)

Hipótese é uma suposição que se faz na tentativa de explicar o que se desconhece. Esta
suposição tem por característica o fato de ser provisória, devendo, portanto, ser testada para a
verificação de sua validade. Trata se de antecipar um conhecimento na expectativa de que
possa ser comprovado. Hipótese é uma proposição que pode ser colocada à prova para
determinar sua validade. Neste sentido, hipótese é uma suposta resposta ao problema a ser
investigado. A origem das hipóteses poderia estar na observação assistemática dos fatos, nos
resultados de outras pesquisas, nas teorias existentes, ou na simples intuição.

O papel fundamental das hipóteses na pesquisa é sugerir explicações para os fatos. Podem ser
verdadeiras ou falsas, mas, sempre que bem elaboradas, conduzem à verificação empírica -
que é o propósito da pesquisa científica. Entretanto, o modelo de explicação causal não é
adequado às ciências sociais, em virtude do grande número e da complexidade das variáveis
que interferem na produção desses fenômenos. (Oliveira, 2011)

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Escolha do meu tema para próxima apresentação
Apôs fazer o estudo sobre os aspectos fundamentais para a escolha do tema de uma pesquisa
propus como meu tema o seguinte: Noções básicas de motores de combustão interna, sua
relação como agente de poluição no mundo e técnicas de redução de poluição.

É um tema de grande relevância porque as MCI’s são facilmente encontradas e são realmente
fonte de poluição massiva.

O objectivo do motor de combustão consiste em converter energia calorífica contida num


combustível em energia mecânica ou dito de outra forma converter o calor em movimento.
Eles podem ser de combustão interna ou combustão externa, no caso vamos tratar dos
primeiros. Nos motores de combustão interna a combustão ocorre dentro do motor.

O alto nível de poluição é justamente por serem facilmente encontradas, podem ser nas
grandes industrias de produção ou de transformação, nos automóveis e mais outros veículos
automotivos como navios.

A combustão completa ocorre quando existe oxigênio suficiente para consumir todo o
combustível. Para compostos feitos de carbono e hidrogênio (hidrocarbonetos), os produtos
da combustão completa são: dióxido de carbono (CO2), água (H2O) e energia. A combustão
completa é a ideal.

Já a combustão incompleta, quando não há oxigênio suficiente para consumir todo o


combustível, gera poluição dos carros. Ela pode ter como produto monóxido de carbono
(CO), carbono elementar (C) – a fuligem (fumaça escura, formada de minúsculas partículas
sólidas de carvão) – aldeídos e materiais particulados.

Está presente também na composição dos combustíveis, porém em menor quantidade,


nitrogênio e enxofre, que quando sofrem o processo de combustão formam compostos
tóxicos como dióxido de enxofre (SO2), sulfeto de hidrogênio (H2S) e óxidos de
nitrogênio (NOx). A formação dos óxidos de nitrogênio é um processo difícil de controlar, já
que, além de presente no combustível, o nitrogênio também está presente no ar – na forma de
nitrogênio gasoso (N2) – que nas altas temperaturas da câmara de combustão pode sofrer
reação com o oxigênio.

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Essas máquinas libertam quantidade suficiente de monóxido de carbono para causar a morte
por intoxicação quando funcionando em ambientes fechados, tais como garagens. Por esse
motivo, a emissão de CO foi uma das primeiras a ser alvo das regulamentações 3. Além dos
efeitos tóxicos agudos, a poluição automotiva pode causar, a longo prazo, doenças
respiratórias28,29, como o câncer do trato respiratório e a fibrose pulmonar, devido à presença
de outros compostos químicos, além do CO, nos gases de emissão, sendo esses tanto
orgânicos quanto inorgânicos.

Os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HPA) originados da queima de combustíveis


fósseis, em particular do diesel, ligam-se ao DNA, formando os adutos HPA-DNA,
especialmente aquele formado pelo benzo (a) pirenoepoxidiol (BPED), o qual está
relacionado a um aumento da incidência de câncer do pulmão. Esse composto também atua
como um estrógeno ambiental, sendo apontado como um dos causadores da diminuição da
fertilidade em machos de várias espécies de aves e mamíferos.
(Appel, Brauns & Schmal, 2004)

Só com uma breve introdução é possível ver que as mci’s são um grande agente de poluição
mundial, exatamente por esse motivo foram feitas varias conferencias no sentido de se
discutir a importância de tentar ao máximo reduzir a emissão de gases.

Hoje em dia existem cada vez mais técnicas de redução de emissão dos gases que é prova dos
esforços da ciência no processo.

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Conclusão
A escolha do tema é uma tarefa difícil, primeira porque existem muitos temas para a pesquisa
e é preciso identificar, que características e/ou importância tem o tema escolhido.

Após a escolha e a delimitação do tema, o próximo passo é a transformação do tema em


problema. Vimos que a escolha do tema está diretamente ligada ao problema (que é uma
pergunta que deve ser redigida de forma clara, precisa e objetiva, cuja solução seja viável
pela pesquisa) e as hipóteses (é uma suposta resposta ao problema a ser investigado).

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Referências Bibliográficas
Appel, L; Braun, S & Schmal, M. (2004). A poluição gerada por máquinas de combustão
interna movidas à diesel - a questão dos particulados. Estratégias atuais para a redução
e controle das emissões e tendências futuras. Quim. Nova, Vol. 27, No. 3 Disponível em:

SciELO - Brazil - A poluição gerada por máquinas de combustão interna movidas à diesel - a questão
dos particulados. Estratégias atuais para a redução e controle das emissões e tendências futuras A
poluição gerada por máquinas de combustão interna movidas à diesel - a questão dos particulados.
Estratégias atuais para a redução e controle das emissões e tendências futuras

Da Silva, E & Menezes, E. (2001). Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação.


3ªed. rev. atual. Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFSC. Disponível em:

https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&
ved=2ahUKEwjb4p-
427L5AhUIHcAKHTBNAcIQFnoECAkQAQ&url=https%3A%2F%2Fcursos.unipampa.edu.
br%2Fcursos%2Fppgcb%2Ffiles%2F2011%2F03%2FMetodologia-da-Pesquisa-3a-
edicao.pdf&usg=AOvVaw19gOWKrxYYiVEPQWyncAQo

Oliveira, M. (2011). Metodologia cientifica (um manual para a realização de pesquisas


em administração). Universidade Federal de Goiás. – Catalão. Disponível em:

https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/567/o/Manual_de_metodologia_cientifica_-
_Prof_Maxwell.pdf

Pereira, A; Shitsuka, D; Parreira, F & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa


científica. 1ª Ed. Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria. Disponível em:

https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/358/2019/02/Metodologia-da-Pesquisa-
Cientifica_final.pdf

Lakatos, E & Marconi, M. (2003). Fundamentos de Metodologia Cientifica. 5ª Ed. Editora


Atlas S.A. SP. Disponível em:

https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&
ved=2ahUKEwjai6f_zY_5AhXNgVwKHYY7D3UQFnoECBEQAQ&url=https%3A%2F%2
Fdocente.ifrn.edu.br%2Folivianeta%2Fdisciplinas%2Fcopy_of_historia-i%2Fhistoria-
ii%2Fchina-e-india&usg=AOvVaw0Vf7APDPwjlMcrhIxctoVw

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