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4.

O contexto Sul-americano
O texto oferece uma visão abrangente do cenário sul-americano no início do século
XX, com ênfase na relação entre o Brasil e os Estados Unidos, provocando reações de países
vizinhos, especialmente a Argentina. A amizade entre Brasil e Estados Unidos gerava receios
em outras nações sul-americanas devido ao temor de um possível imperialismo
norte-americano na região. Análises na Argentina sugeriam que a política externa brasileira
buscava domínio na América do Sul, respaldada pelos Estados Unidos.
A Doutrina Monroe e a aproximação entre Brasil e EUA alimentavam especulações
sobre uma cooperação imperialista, com o Brasil sendo cogarante. O rearmamento naval
brasileiro, aprovado em 1904, gerava rivalidade na Argentina, vista como um sinal de
prepotência. Rio Branco, então, buscava neutralizar possíveis oposições, aproximando-se do
Chile para conter a Argentina e influenciar Paraguai e Uruguai. A proposta de uma aliança
conhecida como ABC (Argentina-Brasil-Chile) não era antinorte-americana, mas visava atuar
conforme os interesses dos Estados Unidos, formando um condomínio oligárquico.
Essa possível aliança gerava preocupações nas nações menores, especialmente no
Peru, temeroso do impacto do ABC em questões pendentes com Chile e Brasil. O contexto
destaca as complexidades das relações diplomáticas na América do Sul, caracterizadas por
rivalidades, receios de influências externas e estratégias para equilíbrio de poder na região.

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