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DERMATOLOGIA Prof. Bruno Souza | Piodermites 2

APRESENTAÇÃO:

PROF. BRUNO

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SOUZA

co Olá, caro aluno! Seja muito bem-vindo a mais um livro


digital de dermatologia. Neste livro digital, abordaremos,
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especificamente, as piodermites (infecções bacterianas da
pele). Aqui você irá aprender e aprofundar-se em temas muito
importantes, tanto para a prática clínica quanto para as provas
de Residência Médica. Impetigo, erisipela, celulite e fasciíte

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necrotizante estão entre os temas que abordaremos aqui.


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@profbruno.souza /estrategiamed

Estratégia MED t.me/estrategiamed


@estrategiamed

Estratégia
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DERMATOLOGIA Piodermites Estratégia
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SUMÁRIO

1.0 PIODERMITES 4
1.1 INFECÇÕES BACTERIANAS SUPERFICIAIS 4

1.1.1 IMPETIGO 4

1.1.2 SÍNDROME DA PELE ESCALDADA ESTAFILOCÓCICA 5

1.1.3 ECTIMA 5

1.2 INFECÇÕES BACTERIANAS PROFUNDAS 6

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1.2.1 ERISIPELA 6

co
1.2.2 CELULITE 6

1.2.3 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE ERISIPELA E DE CELULITE 6

1.2.4 FASCIITE NECROTIZANTE 7


s.
1.2.5 PIOMIOSITE TROPICAL 8

1.3 INFECÇÕES BACTERIANAS DO FOLÍCULO PILOSO 8

2.0 LISTA DE QUESTÕES 10



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3.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11


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4.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 12


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Prof. Bruno Souza | Resumo Estratégico | Outubro 2021 3


DERMATOLOGIA Piodermites Estratégia
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CAPÍTULO

1.0 PIODERMITES

Fala, Estrategista! Vamos fazer agora um resumo sobre as piodermites, que são as infecções bacterianas da pele e seus anexos.
Atenção especial para o impetigo, que é o assunto mais cobrado! Aprenda muito bem a descrição clínica dessa doença. Outro ponto
superimportante é saber realizar a distinção entre erisipela e celulite! Observe sempre se a descrição indica que a lesão é bem delimitada
(erisipela) ou mal delimitada (celulite). Bons estudos!

1.1 INFECÇÕES BACTERIANAS SUPERFICIAIS

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1.1.1 IMPETIGO

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O impetigo é a piodermite mais superficial, pois acomete apenas a epiderme. Dividimos o impetigo em dois grupos principais: impetigo
bolhoso e impetigo não bolhoso (ou crostoso).
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Impetigo crostoso - Essa é a forma mais comum de impetigo. A maioria dos casos
está relacionada com infecção pelo S. aureus, porém, em alguns casos, o S. pyogenes
é o agente responsável. Clinicamente há crostas melicéricas (amareladas) localizadas

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principalmente ao redor do nariz, da boca e áreas expostas (foto ao lado).


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Fonte: Shutterstock
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Impetigo bolhoso - O impetigo bolhoso sempre é causado pelo S. aureus.


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Acomete mais frequentemente neonatos. É caracterizado pelo surgimento de


vesículas e bolhas flácidas com conteúdo purulento (foto ao lado). As lesões podem
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ser localizadas ou disseminadas, sendo frequentemente encontradas na face e


extremidades. Em neonatos ou crianças pequenas, os quadros extensos podem levar

à febre, mal-estar, fraqueza e diarreia.


O tratamento de ambas as formas é semelhante. Antibióticos tópicos
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(mupirocina e ácido fusídico) são utilizados quando o paciente apresenta poucas ou


pequenas lesões. Nos pacientes com doença disseminada ou imunossuprimidos, a
Fonte: Shutterstock terapia sistêmica está indicada e, geralmente, a cefalexina é a droga de escolha.

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1.1.2 SÍNDROME DA PELE ESCALDADA ESTAFILOCÓCICA


A síndrome da pele escaldada estafilocócica (SSSS em inglês) é uma doença bacteriana mediada por toxinas estafilocócicas. É
considerada uma forma disseminada do impetigo bolhoso e acomete mais crianças abaixo dos 6 anos de idade.

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O S. aureus então produz duas toxinas esfoliativas: toxina A e toxina B. Tais toxinas epidermolíticas
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possuem a capacidade de clivar a desmogleína 1 (Dsg1). Com isso, os ceratinócitos da camada granulosa
perdem a adesão e há o surgimento de bolhas superficiais.
Clinicamente há eritema generalizado com posterior surgimento de bolhas flácidas e descolamento

epidérmico. O sinal de Nikolsky (descolamento epidérmico após leve tração) é positivo. O paciente pode
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apresentar dor na pele, além de sintomas sistêmicos, como febre, irritabilidade, astenia e perda do apetite.
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Não há acometimento mucoso. O diagnóstico é clínico e a cultura das bolhas é negativa. A oxacilina é a
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droga mais frequentemente utilizada.


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Ilustração de criança com


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SSSS. Há eritema difuso e


descolamento cutâneo
localizados principalmente nas
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dobras (região cervical, axilas e


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região genital).

1.1.3 ECTIMA
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No ectima, o processo infeccioso estende-se até a derme, por isso pode ser considerado como uma forma
profunda de impetigo. Causado principalmente pelo S. pyogenes, apresenta-se com uma úlcera recoberta por
crosta aderente (foto ao lado). Os membros inferiores são os locais mais acometidos, pois são áreas mais
expostas a traumas. O diagnóstico é clínico. Podem ser utilizados antibióticos tópicos ou sistêmicos (os mesmos
utilizados para impetigo).

Arquivo pessoal do
professor

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1.2 INFECÇÕES BACTERIANAS PROFUNDAS

1.2.1 ERISIPELA

A erisipela é uma piodermite da derme superficial com significativo envolvimento


linfático. O principal agente etiológico é o S. pyogenes, especialmente do tipo A.
A doença acomete principalmente os membros inferiores (quase sempre de forma
unilateral), porém a face é também acometida com certa frequência. O paciente inicia
um quadro prodrômico de febre alta, mal-estar e dores no corpo. Algumas horas após,

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há o surgimento de área de eritema edemaciada, quente e bastante dolorosa. A grande
marca da erisipela é que essa área afetada de eritema é muito bem delimitada (foto ao

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lado)! Podem surgir bolhas, inclusive hemorrágicas, e há linfadenomegalias no território Arquivo pessoal do professor
afetado.
s.
1.2.2 CELULITE

A celulite já é uma infecção da derme profunda e do tecido celular



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subcutâneo (hipoderme). É causada principalmente por S. pyogenes, mas também


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pelo S. aureus. As pernas são os locais mais acometidos e, nas crianças, a face. Assim
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como nas erisipelas, as manifestações cutâneas da celulite são precedidas por sinais
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e sintomas sistêmicos, como febre, mal-estar e calafrios. Há o surgimento de área


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eritematosa e edematosa, associada à dor e calor locais. A grande marca da celulite


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é que as bordas da área afetada pelo eritema são mal delimitadas (foto ao lado)!

Arquivo pessoal do professor


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1.2.3 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE ERISIPELA E DE CELULITE


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O diagnóstico é feito essencialmente com base clínica. A maioria dos pacientes é tratada ambulatorialmente. A internação hospitalar é
reservada a crianças, idosos, imunodeprimidos e pacientes com sinais de gravidade (sepse). Os antibióticos de escolha para o tratamento são
as penicilinas ou cefalosporinas de primeira geração. Nos pacientes com Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), o antibiótico
oral de escolha para tratamento é o sulfametoxazol com trimetoprim. Para uso intravenoso, é a vancomicina.

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Observe a tabela abaixo com a distinção entre ambas as entidades para facilitar a memorização!

ERISIPELA CELULITE

Derme papilar
Altura da infecção (superior) e vasos Derme reticular (inferior) e hipoderme.
linfáticos.

Streptococcus
Agente etiológico S. pyogenes e S. aureus. H. influenzae na face de crianças.
pyogenes.

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Placa eritematosa,
edemaciada, bem
Placa eritematosa, edemaciada, mal delimitada. Pode complicar
Clínica

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delimitada. Pode
com abscessos.
haver bolhas e
linfonodomegalias.
s.
1.2.4 FASCIITE NECROTIZANTE

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Quadro infeccioso grave, rapidamente progressivo, com necrose do tecido celular subcutâneo e da fáscia muscular. Alcoólatras,
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usuários de drogas injetáveis, imunossuprimidos, diabéticos e tabagistas possuem maior risco de desenvolvê-la. É dividida em:
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• Tipo I – É de origem polimicrobiana, incluindo bactérias


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aeróbicas e anaeróbicas. Isso inclui os estreptococos, S. aureus,


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Escherichia coli, bacterioides e Clostridium spp. Esse tipo está


relacionado a procedimento cirúrgico ou ferida infectada. Os


pacientes diabéticos são os mais susceptíveis.
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• Tipo II – É de origem monomicrobiana e está associada


à infecção por estreptococo do grupo A. Acomete indivíduos

mais jovens e hígidos. Acredita-se que seja decorrente de


uma disseminação hematogênica da bactéria a partir de uma
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faringoamigdalite.
Mais comumente, o quadro ocorre nos membros inferiores e
inicia de forma semelhante a uma celulite. Há eritema mal delimitado,
edema e calor, porém o paciente queixa-se de uma dor desproporcional
aos achados do exame físico! Há rápida progressão da doença e o
paciente apresenta sinais de toxemia, com febre alta, taquicardia e
hipotensão.
A pele acometida passa para uma coloração violácea e
posteriormente azul-acinzentada, denotando o sofrimento isquêmico.

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Pouco depois, surgem bolhas de conteúdo turvo ou hemorrágico, com odor fétido, até áreas de necrose serem visíveis. Nas fasciítes
necrotizantes polimicrobianas (tipo I), pode ser notada a presença de crepitação à palpação devido à produção gasosa por bactérias
anaeróbicas. O paciente pode evoluir com insuficiência renal aguda, hematúria, hiponatremia, hipoalbuminemia, trombocitopenia, elevação
de CPK e acidose metabólica.
O desbridamento cirúrgico de toda a área necrótica, associado à antibioticoterapia de amplo espectro, deve ser iniciado precocemente.
Um esquema proposto é a associação de um carbapenêmico ou piperacilina com tazobactan associado à vancomicina e clindamicina.

1.2.5 PIOMIOSITE TROPICAL

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A piomiosite é uma infecção purulenta do músculo estriado. Ocorre predominantemente em homens. Trauma muscular local é um
dos principais fatores associados ao desenvolvimento da piomiosite.

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O S. aureus é quase sempre o responsável pela infecção muscular. O quadro clínico é marcado por edema muscular e a palpação
muscular é de consistência lenhosa. Posteriormente, há formação e supuração de abscesso muscular. Do ponto de vista laboratorial, há
leucocitose com desvio à esquerda e aumento de marcadores inflamatórios (PCR e VHS). A ressonância nuclear magnética é o exame de
imagem de escolha. A antibioticoterapia associada à drenagem de abscesso (quando houver) é a melhor conduta.
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1.3 INFECÇÕES BACTERIANAS DO FOLÍCULO PILOSO

eo
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As infecções do folículo piloso podem ser superficiais (foliculite) ou profundas


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(furúnculo e antraz).
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Foliculite - O S. aureus é a principal bactéria relacionada às foliculites


é
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bacterianas. Clinicamente há uma pústula centrada no folículo piloso. Ela pode


ocorrer em qualquer área que tenha pelos, porém é mais comum na área da barba,
couro cabeludo de crianças, extremidades e nádegas em adultos. O tratamento
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é realizado com uso de antibióticos tópicos, principalmente ácido fusídico ou


mupirocina.
Furúnculo e antraz - O furúnculo já é uma infecção folicular mais profunda,
Pústula com halo eritematoso centrado em uma área com com envolvimento das glândulas sebáceas anexas. O S. aureus também é o agente
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pelos.Fonte: Shutterstock.
etiológico mais comum. São mais comuns em áreas de atrito e com muito pelo,
como as axilas e os glúteos. Os pacientes obesos, diabéticos, usuários de corticoide e imunossuprimidos apresentam furúnculos mais
frequentemente. Quando um paciente apresenta furúnculos de forma repetida, nós chamamos de furunculose.
Apresenta-se clinicamente como um nódulo eritematoso inflamado com ponto escurecido central. Ele cresce, torna-se doloroso e
flutuante após alguns dias. Posteriormente, pode haver saída de secreção purulenta e do tecido necrótico.

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O antraz, por sua vez, é o resultado de um agrupamento de furúnculos. Clinicamente


há múltiplas pústulas agrupadas que drenam material purulento. Os locais mais comuns do
antraz são a região da nuca, o dorso e as coxas. Os pacientes podem apresentar sintomas
sistêmicos, como febre, astenia e queda do estado geral.
Um furúnculo pode ser tratado apenas com compressas quentes. Existem algumas
indicações do uso de antibiótico sistêmico, que são: furúnculos maiores que 2 cm;
furúnculos com sinais de celulite ao redor, antraz e presença de sintomas sistêmicos.
O antibiótico mais utilizado é a cefalexina. Quando as lesões são grandes e estão
flutuando (você percebe que estão amolecidas à palpação), é importante que seja realizada Grande área eritemato-violácea e indurada que
acomete a nuca e dorso superior de um paciente com
drenagem cirúrgica. antraz. Note o orifício central com saída de secreção
purulenta.

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Resolva questões pelo computador

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CAPÍTULO

3.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Dermatologia / Jean L. Bolognia, Joseph L. Jorizzo, Julie V. Schaffer; organização Célia Luiza Petersen Vitello Kalil ; tradução Adriana de
Carvalho Corrêa ..e. [et al.]. – 3. Ed. – Rio de Janeiro : Elsevier, 2015.
2. Wolff, K.; Goldsmith, L.; Katz, S.; Gilchrest, B.; Paller, A.S.; & Leffell, D. (2011). Fitzpatrick's Dermatology in General Medicine, 8th Edition.
New York: McGraw-Hill.
3. Dermatologia na prática médica / José Alexandre de Souza Sittar, Mario Cezar Pires. – São Paulo: Roca, 2007. ISBN 978-85-7241-695-5
4. Tratado de dermatologia / editores Walter Belda Junior, Nilton di Chiacchio, Paulo Ricardo Criado. – 2. Ed. – São Paulo: Editora Atheneu
2014

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CAPÍTULO

4.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Chegamos ao fim de mais um resumo. Piodermites é um tema muito importante para a sua prova. Espero que a abordagem por
compartimentos que nós fizemos tenha deixado o entendimento do assunto mais fácil! Agora é hora de praticar com questões no nosso
incrível banco de dados!

Em caso de dúvidas não hesite em nos contatar!

Contatos:

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Fórum de dúvidas

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Instagram: @profbruno.souza
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