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TEORIAS DA APRENDIZAGEM – BEHAVIORISMO

Skinner é o principal representante do Behaviorismo e segundo La Rosa (2003) levou


até as últimas consequências os estudos da aprendizagem.
O Behaviorismo compreende uma corrente da psicologia que tenta explicar o
comportamento como influencias dos estímulos do meio. Para esta corrente o ser humano se
resume às contingências observáveis. Se entendermos como os estímulos dados pelo meio
influenciam sobre o comportamento do indivíduo, poderemos interferir neste comportamento,
simplesmente pelos estímulos que atuam sobre o indivíduo. É importante elucidar, que as
pesquisas de SkInner foram experimentais aos quais foram utilizadas como instrumentos
cobaias animais como ratos e pombos (LA ROSA 2003).
Conforme aponta La Rosa (2003) Skinner (1970) tem uma visão do homem como se
este fosse um produto do meio onde vive, acrescentando que o que o homem faz é o resultado
de condições que podem ser especificadas, e que uma vez determinadas poderemos antecipar
e até certo ponto determinar as ações. Skinner (1970 p. 21 apud LA ROSA 2003, p. 58)
enfatiza ainda que "para a ciência do comportamento humano qualquer condição ou evento
que tenha algum efeito demonstrável sobre o comportamento deve ser considerado". Quando
descobrimos as causas, temos a possibilidade de prever e controlar os comportamentos e de
certa forma também manipulá-lo.
A partir da premissa do pensamento de Skinner vale a pena entendermos a visão que
ele possui da aprendizagem. Para este teórico a aprendizagem se dá através dos estímulos do
meio. O indivíduo emite comportamentos em nível operante e estes sofrem influencias das
consequências deste comportamento (reforço). Quando as consequências de um
comportamento acontecem de acordo com o desejado, esta retroagem sobre o comportamento
aumentando a probabilidade de ocorrências; se esta sequência persistir, estará se formando um
hábito (LA ROSA 2003).
O reforço para Skinner consiste em qualquer evento que aumenta a probabilidade da
ocorrência de um determinado comportamento. Vejamos um exemplo: Quando uma criança
chora (comportamento operante) e este choro traz como consequência a presença da mãe ou o
colo da mãe, estas consequências (a mãe ou o colo) são consideradas reforços e como tal
retroagem sobre o comportamento aumentando sua frequência. Vejamos agora como isso
funciona na escola: o aluno fica conversando durante a aula (comportamento operante) e o
professor lhe dá atenção (reforço), estará condicionando este aluno a falar. Em função do que
foi exposto pode-se compreender o primeiro princípio do condicionamento operante: todos
aqueles comportamentos que os alunos emitem e que pretendemos mantê-los devemos então
reforçá-los (LA ROSA 2003).
Para que possamos compreender melhor o comportamento operante Bock (1999, p.
61) nos afirma que "o comportamento operante abrange um leque amplo da atividade humana
- dos componentes do bebê de balbuciar, de agarrar objetos e de olhar os enfeites do berço aos
mais sofisticados, apresentados pelo adulto".
Seguindo com os conceitos devemos entender que o reforço é toda a consequência
que, seguida de uma resposta, modifica a probabilidade futura da ocorrência dessa resposta. O
reforço pode ser positivo ou negativo. O positivo é todo acontecimento ou evento que
aumenta a probabilidade futura da resposta que o produz. O negativo aumenta a probabilidade
futura da resposta que o remove ou atenua. Resumindo o reforçamento positivo oferece
alguma coisa ao organismo (gotas de água com a pressão da barra por exemplo) e o
reforçamento negativo possibilita a retirada de algo indesejável (quando ele bebe água leva
um choque, com o tempo deixará de procurar água) (BOCK1999).
Diante da premissa da análise experimental do comportamento, outros conceitos foram
sendo agregados a esta teoria para que possamos compreender melhor seu funcionamento.
Um deles é a extinção.
A extinção segundo Bock (1999) é um procedimento no qual uma resposta deixa
repentinamento de ser reforçada, tendo como consequência a diminuição da frequência da
resposta que até mesmo poderá deixar de ser emitida. Vejamos um exemplo: quando uma
pessoa que estamos paquerando deixa de nos olhar e passa a nos ignorar, nossas investidas
tenderão a desaparecer.
A punição é outro procedimento importante na teoria de Skinner, que envolve a
consequência de uma resposta quando ocorre a apresentação de um estímulo aversivo ou
remoção de um reforçador positivo que estava presente. Punir ações leva a suspensão
temporária da resposta, sem alterar a motivação. Por causa deste tipo de resultado obtidos nas
pesquisas os behavioristas discutem a validade do procedimento da punição como forma de
reduzir a frequência de certas respostas. As práticas punitivas empregadas na educação foram
questionadas pelo behaviorismo - quando antigamente se obrigava um aluno a ajoelhar-se no
milho para corrigir um comportamento indesejado. Os behaviristas propuseram então a
substituição destas práticas de punição por procedimentos de instalação de comportamentos
desejáveis (BOCK1999).
Diante da compreensão do Behaviorismo, podemos ver o quanto este pode ser
aplicado na educação, levando em consideração que são conhecidos os métodos de ensino
programados, o controle e organização das situações de aprendizagem, bem como a
elaboração de uma tecnologia de ensino.

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