Combat Er Pro CRR As Tina Cao

GILBERTO AUGUSTO
OS 10 Ps
DA
PRO
CRAS
TI
NA
ÇÃO
1ª edição
DIRETORA EDITORIAL
Ana Nysla Tierre
PROJETO GRÁFICO
Gedson Alves
Copyright © 2020 by Gilberto Augusto
DIAGRAMAÇÃO Todos os direitos desta edição são
reservados a Gilberto Augusto.
Gedson Alves Avenida E, nº 1470 - Jardim Goiás
Goiânia - GO - CEP 74810-030
Telefone: (62) 98239-9629
REVISÃO Site: gilbertoaugusto.com.br
Jhulianno Almeida E-mail: suporte@aprovacao360.com
GILBERTO AUGUSTO
OS 10 Ps
DA
PRO
CRAS
TI
NA
ÇÃO
Esteja disposto a fazer o
que ninguém faz, e
tenha resultados que
ninguém tem.
SUMÁRIO
Introdução................................................ 10
01. Preocupação.......................................17
02. Perfeccionismo.................................. 25
03. Passividade........................................ 29
04. Presunção........................................... 33
05. Prepotência........................................ 37
06. Paralisia...............................................41
07. Preguiça..............................................51
08. Perturbação........................................61
09. Planejaminto...................................... 65
10. PowerBrain..........................................71
IN
TRO
DU
ÇÃO
Já tomou água? Então vamos lá!
Tenho um desafio para você.
Será que você consegue terminar a leitura desse
livro hoje?
Tenho certeza que sim. Talvez, em menos de 2 horas.
Duvida?
Vou te provar então.
Você sabe qual é a diferença entre informação,

conhecimento e sabedoria?
Livros só te trazem informações. Uma Informação
é um pequeno pacote de dados. Ela some rápido da
sua cabeça. Mas se você grifar as partes mais impor-
tantes desse livro, e anotar pequenos rabiscos com
as suas reflexões, você irá aumentar a retenção das
informações. E quando elas não saírem mais do seu
cérebro, você pode falar que transformou as informa-
ções desse livro em Conhecimento.
Aqui vai outra dica que eu vou te dar para transfor-
mar essas informações em conhecimento.
De tempos em tempos, revise as partes grifadas
ou os rabiscos desse livro.
GILBERTO AUGUSTO | 11
Depois de algumas revisões, os dados mineralizam
no seu cérebro, e nunca mais saem.
É horrível a sensação de ler e esquecer quase tudo
pouco tempo depois.
Mas isso não irá acontecer mais.
Já perguntei para alguns amigos:
“Você já leu o livro COMO FAZER AMIGOS E IN-
FLUENCIAR PESSOAS?”
A resposta deles é: “já”.
Daí eu pergunto em seguida:
“Do que se trata o capítulo 3 do livro? O que você
aprendeu no capítulo 5?”
O silêncio reina por alguns segundos, depois eles
começam a gaguejar e tentar lembrar o que leram,
mas a resposta é sempre a mesma:
“Caramba, Gilberto, eu não lembro! Não sei do
que se trata o capítulo 5.”
A leitura desse livro, possivelmente, não vai te aju-
dar em nada se você se comportar como meus ami-
gos, que adoram sair por aí falando que leem livros,
mas no fundo no fundo, não lembram de nada do que
leram.
Uma Informação que não se transforma em Conhe-
cimento é mera distração, e de distração o mundo já
está cheio. Não deixe esse livro entrar para a sua bi-
blioteca de distrações.
12 | OS 10 P’S DA PROCRASTINAÇÃO
Livro não foi feito para ser lido. Foi feito para ser
rabiscado e revisado várias vezes.
Não precisa ter dó de livro kkkkkkkkkkkkk. Ele não
sente dor.
“Gilberto, mas como transformar conhecimento
em Sabedoria?”
É aí onde mora o ouro.
Se você me pedisse para dar um conceito simples
de Sabedoria, eu diria que ela nada mais é do que o
“conhecimento vivenciado”. Basicamente, se você só
tem uma série de conhecimentos na cabeça, mas nun-
ca os viveu na prática, você não tem Sabedoria. E tem
uma palavrinha de 14 letras que é a grande inimiga de
todo esse processo:
P-R-O-C-R-A-S-T-I-N-A-Ç-Ã-O
Como professor e diretor educacional de uma das

principais instituições de ensino do país, o COPE - Co-
légio PreparaEnem, em Goiânia, um dado perfura bem
fundo no meu coração: mais de 80% dos estudantes
de Ensino Médio e Cursinhos Preparatórios PROCRAS-
TINAM. Para mim, é chocante. Meu cabelo até cai só
de saber disso. Mas você sabe o que é procrastinar
exatamente?
Faz o seguinte: anote aí do lado o que você acha
que é procrastinar e, depois de ler o livro, compare o
que você escreveu com tudo o que aprendeu.
Se você me pedisse, outra vez, um conceito sim-
ples, eu diria que “PROCRASTINAR” significa “dei-
xar para depois o que você poderia fazer agora”. É
você deixar de ler esse livro inteiro agora para lê-lo
amanhã. E não porque você não consegue, mas sim
porque é uma característica que precisamos lutar
contra todos os dias.
E eu tenho certeza que você não vai perder essa
batalha hoje.
Procrastinação nada mais é do que adiar uma ação.
“Gilberto, eu sou aquela pessoa que deixa as coi-
sas para última hora. Tenho um compromisso todo
sábado e deixo para organizar tudo na sexta-feira. Às
vezes, até viro a noite.”
Você já reparou como isso cansa? Já acordou sen-
tindo como se o sono não tivesse sido o suficiente?
Entre as muitas dicas que você vai encontrar neste
livro, algumas que eu faço questão de ensinar para
meus alunos, é o “deadline duplo”.
Deadline é uma palavra muito conhecida no jorna-
lismo, e ela envolve a delimitação de uma data limite
para realizar alguma atividade.
Por exemplo, com o deadline duplo, meus alu-
nos precisam terminar os estudos para as provas de
sábado até quinta-feira. E se eles conseguirem fazer
isso, a sexta-feira pode ser usada para uma revisão
tranquila.
O que eu fiz foi estimulá-los a ter um dia para re-
lembrar o conteúdo e descansar a mente.
E isso serve para qualquer compromisso, não ape-
nas os estudos. Quanto mais você se organiza, melhor
você prepara o corpo e a mente para burlar a procras-
tinação.
“Gilberto, qual o melhor método para isso?”
Existem vários, e entre todos eles, eu consegui se-
parar os dez mais importantes, que carinhosamente
eu chamo de “Os 10 Ps da Procrastinação”.
Está com o lápis ou caneta na mão? Bebeu água?
Então vamos juntos encontrar o ouro.
CAPÍTULO 01
PRE
O
CU
PA
ÇÃO
O pensamento é o ensaio da ação
Esse é um dos “Ps” mais simples de entender. Quer
apostar?
O cérebro de todo mundo tem uma espécie de
bug chamado “atemporalidade cerebral”, que consis-
te em viver em três tempos ao mesmo tempo. Pas-
sado, presente e futuro. É quase como um filme de
ficção científica muito complexo.
Devido a isso, quatro tipos de mentalidade podem
se desenvolver dentro do ser humano: mente arrepen-
dida, mente ocupada, mente preocupada e a mente
produtiva.
1 – A mente arrependida é aquela que fica o tem-

po todo pensando em coisas do passado, ancorada
em alguma situação que já aconteceu. É um tipo de
mente que sente muita dor por algo de errado que
fez, como quando a pessoa ofendeu alguém.
E sabe o que fazer nesses casos? Não tem segre-
do. Basta chegar na pessoa que você ofendeu e se
desculpar. “Fulano, perdão. Falei sem pensar.”
Você não só irá tirar um peso do peito como abrirá
espaço para amadurecimento.
Também é importante que, após pedir perdão,
você foque nos seus sentimentos e se perdoe. Tenha
sempre AUTOGENTILEZA. Depois, veja o que fazer
com a situação como um todo e repasse o que você
aprendeu.
Por exemplo, será que você consegue contar até
dez antes de falar uma coisa que pode ofender al-
guém? Tenho certeza que sim.
Só que isso não vai resolver tudo. Para fixar na me-
mória seus aprendizados, minha indicação é criar uma
espécie de “Biblioteca de Cagadas” no bloco de no-
tas do seu celular.
É só uma sugestão de nome e você pode mudar.
Mas eu garanto que nomes chamativos não vão sair
facilmente da sua memória.
Nessa biblioteca, você vai documentar as coisas
erradas que fez. E ao invés de se arrepender, você vai
considerar as anotações como lembretes, para não re-
petir a mesma atitude.
O seu passado é como uma biblioteca. Ele sempre
vai servir como fonte de pesquisa.
E é importante olhar para o passado, principal-
mente para as coisas que você se arrepende. A dife-
rença é que, depois de colocar em prática tudo isso,
você não estará mais preso.
2 – A mente ocupada é aquela que está no presen-

te, mas, ao invés de se atentar aos assuntos importan-
tes, ela só está matando o tempo. É uma mente que
fica focada, por exemplo, apenas no celular, acompa-
nhando perfis em redes sociais, assistindo vídeos de
entretenimento, ouvindo música em aplicativo ou as-
sistindo streaming.
A pessoa com esse tipo de mente só está ocupan-
do o tempo com o que não é produtivo, que não gera
crescimento ou evolução. É a mente que não tira o
dono do lugar.
3 – A mente preocupada é a que pensa demais

no amanhã, que pega muitos dos possíveis problemas
futuros e se preocupa demais com eles no presente.
Para você ter uma ideia de como isso é preocupante,
existem estimativas de que 80% das pessoas sofrem
por problemas que nem aconteceram.
Uma mente muito preocupada com o futuro es-
quece do que ela precisa fazer hoje. E quando ela se
lembra das responsabilidades, não há mais tempo.
Uma mente preocupada PROCRASTINA mais.
O nosso cérebro é uma máquina fantástica para
criar fantasias. E isso pode se tornar um ótimo traba-
lho, mas também pode se tornar um inimigo. Quem
fica muito tempo no futuro acaba construindo filmes
de terror no presente.
Acontece que nós temos um viés cognitivo negati-
vo muito aflorado no cérebro e, por isso, os filmes que
criamos sempre serão de terror.
Só que a solução é muito simples: nesse estúdio aí
dentro da sua cabeça, você é o diretor.
É você quem vai escolher o gênero do filme, o ro-
teiro, o enredo e a forma com que ele vai acabar.
Promover pensamentos positivos é uma das chaves.
4 – A mente produtiva é a que consegue ficar aqui
no presente e focar no agora.
Até porque, na prática, só existe um tempo. O pas-
sado não está mais aqui e o futuro nem chegou ainda.
Quem fica com o pensamento no passado não conse-
guirá agir sobre ele.
E é da mesma forma com quem fica com o pensa-
mento no futuro.
É por isso que o seu pensamento precisa ficar no
hoje, porque é só nesse momento que você consegui-
rá agir. A sua vitória no futuro é uma consequência de
“hojes” bem feitos.
“Gilberto, mas como ancorar a mente no presente?”
Por ser professor, eu tenho diversos macetes e si-
glas que me ajudam a lembrar de muitos conceitos.
Quem é meu aluno ou já acompanhou uma aula no
meu canal do YouTube deve ter reparado.
Então, minha dica é que você introduza o que eu
chamo de “Metas S.M.A.R.T”.
S = Específica (do inglês, specific);
M = Mensurável;
A = Alcançável;
R = Relevante;
T = Temporal (precisa ter um tempo predetermi-
nado).
Vamos de exemplos.
Um aluno chega para mim e diz: “professor, hoje
eu preciso melhorar em física”. Se essa é a meta dele,
vamos concordar que ela é muito abrangente. É dife-
rente de quando alguém me diz: “professor, hoje eu
preciso fazer os exercícios de física do módulo 21”.
Percebe como a segunda opção é mais Específica?
Todo aluno precisa ter um autodiagnóstico para saber
o que mais errou na última prova, pois uma meta mais
específica faz com que seja mais fácil melhorar em
uma disciplina.
No caso da segunda meta, Mensurável, você, eu,
todos nós, precisamos conseguir “medir” a meta.
Ainda no caso do aluno, se o objetivo dele é fazer
os exercícios do módulo 21, quantos serão feitos ao
todo?
A meta também precisa ser Alcançável, ou seja,
tem que dar para fazer “hoje e agora”.
É possível fazer 20 exercícios “hoje e agora”? Eu
tenho certeza que sim.
O problema é que, quando um aluno diz que preci-
sa melhorar em física e quer fazer todos os exercícios
do livro, não é possível cumprir a meta “hoje e agora”.
E é por isso que, às vezes, ele nem começa. A meta
é grande demais e isso pode gerar PARALISIA e DES-
MOTIVAÇÃO. Me faz um favor, sublinhe essas duas pa-
lavras.
A meta também precisa ser Relevante, no sentido
de que ela vai ajudar o aluno a passar na prova. Es-
tou dando mais exemplos de alunos porque é a minha
área, mas isso vale para todos os objetivos da vida.
Se você colocar metas que não são relevantes,
o seu cérebro não vai se engajar o suficiente para
fazê-las. Como consequência, você pode acabar
PROCRASTINANDO.
E também é preciso ter um Tempo Predetermina-
do. Quanto tempo um aluno gastaria para fazer os 20
exercícios de física? Não cabe a mim ou a você deci-
dir. Cabe apenas a ele estipular um tempo.
60 minutos? 90? 120? Não importa quanto! O im-
portante é ter um deadline.
Acorde todos os dias com metas específicas, men-
suráveis, alcançáveis, relevantes e com um tempo pre-
determinado para executá-las.
Uma mente muito

preocupada com
o futuro esquece
do que ela precisa
fazer hoje.
CAPÍTULO 02
PER
FEC
CI
O
NIS
MO
Tudo, de Tudo, Todos os dias
Algumas pessoas acreditam que o perfeccionismo
é o fruto da árvore da excelência. A expressão é boni-
ta, só que a realidade está longe disso.
Na verdade, o perfeccionismo é o fruto da árvore
da INSEGURANÇA. Ou melhor, é uma insegurança ma-
quiada.
E aqui vamos nós para mais um exemplo de sala
de aula. Sabe quando a pessoa precisa escrever as
respostas da prova ou fazer uma redação e primeiro
escreve a lápis para depois passar a caneta por cima?
Isso não tem nada a ver com buscar a excelência
ou ser perfeito. É apenas um processo de insegurança.
E aqui vai um dado que talvez você não tenha re-
parado no colégio ou na vida: as pessoas perfeccio-
nistas atrasam muito, seja com os estudos ou os tra-
balhos. Elas querem fazer o que eu chamo (lá vai o
professor de novo com as siglas) de “3 Ts”: Tudo, de
Tudo, Todos os dias.
E eu não estou falando apenas de estudantes.
Sabe aquele relatório que você está enrolando até
hoje para entregar porque quer que ele esteja perfei-
to? Ele também conta.
Outro exemplo, ainda no mundo escolar, envolve
os alunos que têm seis aulas todos os dias, cada uma
diferente da outra. Até aí tudo bem. O problema é que
eles querem chegar em casa e estudar tudo, das seis
disciplinas, todos os dias.
Academicamente falando, esse aluno quer um
“A.T.E.R.”: aula, teoria, exercícios e revisão.
E é aí que reside o problema. Quando a meta é
muito absurda, o corpo e a mente TRAVAM. Todo per-
feccionista deixa coisa demais para fazer depois. Pode
ser porque não dá tempo ou porque ele até começou,
mas ficou travado. Como a montanha é tão grande
para ser escalada, a pessoa chega à conclusão de que
não vai conseguir.
“Gilberto, como corrigir isso?”
É muito fácil, você vai ver.
Basta trocar perfeccionismo por priorização.
Priorize o que é o mais importante, aceite que
você tem uma característica e, depois, busque um
mecanismo para mudar.
Basta trocar
perfeccionismo
por priorização.
CAPÍTULO 03
PAS
SI
VI
DA
DE
Deixa a vida me levar, vida leva eu
Sabe aquela pessoa que quer ganhar na loteria, pede
para Deus, mas nunca fez um jogo?
Você conhece pessoas que torcem o tempo inteiro
para que as coisas funcionem, são muito otimistas, mas
que nunca fazem nada? São pessoas PASSIVAS.
Esse conceito representa aqueles que até querem
atingir um objetivo, mas não agem.
Passividade é o excesso de paciência, é uma carên-
cia de ação.
E três motivos podem explicar isso:
- Excesso de recursos, que são aquelas pessoas
que já têm muita coisa e muito dinheiro;
- Desregulação hormonal, que são os indivíduos
mais lentos, mas não porque querem, e sim por-
que têm alguma desregulação no organismo e
precisam de um tratamento;
- Perfil comportamental, que pode ser explicado
pelos sistemas representativos do ser humano.
Existem pessoas que são mais visuais, auditivas,
sinestésicas ou digitais.
Todo mundo tem os quatro tipos, só que um apare-
ce em maior proporção.
Pessoas que são 60% visuais, por exemplo, costu-
mam ser mais rápidas, objetivas, fazem coisas sem pen-
sar, passam por cima dos outros, ofendem algumas pes-
soas e somente depois refletem na cagada.
Entretanto, também tem gente que é muito auditiva.
Se você tem 60% do sistema auditivo, você acaba sendo
mais lento e pensa bastante antes de agir.
Porque o Fitoplâncton não tem um mecanismo de
locomoção. Não tem o flagelo ou uma espécie de mo-
torzinho. Ele simplesmente vai para onde a onda leva.
E tem muita gente que, hoje em dia, vive a vida as-
sim: do jeito que dá, para onde a vida está levando.
Não é para você ser assim! Os passivos em excesso
tendem a ADIAR as tarefas, decisões, e o pior de todos,
os próprios sonhos.
E que fique claro: ser uma pessoa auditiva não é ruim.
Agora, ser uma pessoa com excesso do sistema re-
presentativo auditivo pode te atrapalhar com agilidade.
Mas se você estiver desenvolvendo tarefas que não re-
querem tanta rapidez, tarefas que você pode continuar
no outro dia, não há nada de errado com isso.
Passividade é
o excesso de
paciência, é uma
carência de ação.
CAPÍTULO 04
PRE
SUN
ÇÃO
Hoje eu ainda não estou pronto
Cuidado com esse “P”!
Aqui você vai encontrar os juízes que não fizeram o
curso de direito. E talvez você seja um deles.
São as pessoas que julgam alguma coisa mediante
provas muito pequenas e simples. Às vezes, até sem ne-
nhuma prova.
“Não vou nem tentar. Já sei que não vou conseguir
mesmo.”
Elas nem começam, porque, de alguma forma, já sa-
bem que vão fracassar.
E o nome disso é PRESUNÇÃO.
Muitas pessoas já tiveram êxito no mesmo assunto,
mas ainda assim a nossa pessoa fictícia diz que não é
para ela.
Eu vejo muito esse tipo de coisa no terceiro ano do
Ensino Médio. Nessa época, muitos alunos sonham em
fazer medicina, sonham em ajudar pessoas, contribuir
com o próximo, curar o câncer e melhorar a vida dos
outros. Mas, pelo fato de medicina ser muito concorrido,
o estudante diz que nem vai tentar.
Ele subestima demais a própria capacidade.
E sabe o que acontece? O aluno começa outro curso,
termina os estudos, entra para o mercado de trabalho e
percebe que o coração não bate forte pela profissão.
Dez anos depois de ter saído do Ensino Médio, essa
pessoa retorna para o Curso Preparatório, com o obje-
tivo de estudar para passar no curso que ela desistiu há
muitos anos. Medicina, por exemplo.
Isso é PROCRASTINAR coisas importantes para a
vida, PROCRASTINAR decisões que podem mudar tudo
para sempre.
Por conta de presunções, nós deixamos de fazer
hoje para fazer daqui um ano, dois anos e por aí vai. De
duas uma: você subestima demais a sua capacidade ou
superestima demais o peso da ameaça que está na sua
frente.
A situação é tão complicada que também acaba
criando problemas de autoimagem, no sentido de que
você sempre se sentirá inseguro.
E sabe o que acontece? Você perde diversas oportu-
nidades na vida.
Olha a mania do professor atacando novamente.
Cuidado com dois extremos (mais siglas): S.B.A., Síndro-
me da Burrice Aguda, e S.P.A., Síndrome da Prepotência
Aguda.
O S.B.A. nada mais é do que quando você se intitu-
la uma pessoa altamente incapaz e que não consegue
aprender absolutamente nada.
Já o S.P.A., a pessoa pensa que sabe tudo, que é a
última bolacha do pote, a última Coca-Cola no deserto.
Cuidado! Domínio é diferente de prepotência! O
ideal é não ter nenhuma das síndromes.
CAPÍTULO 05
PRE
PO
TÊN
CIA
Entender é diferente de aprender
“Não preciso estudar. Essa matéria eu já domino.”
Mais um exemplo escolar. Mas o que eu posso fazer?
Está no sangue!
Às vezes, o estudante realmente domina uma maté-
ria, só que não consegue responder cinco perguntas. No
fundo, é provável que a pessoa inventou uma desculpi-
nha para não estudar.
E isso é PREPOTÊNCIA. É você criar desculpas que
supervalorizam a sua capacidade para não realizar uma
tarefa.
Mas sabe o que você se tornou? Um PROCRASTI-
NADOR.
“Não preciso estudar. Só de assistir aula eu já aprendo.”
Fico todo arrepiado com essa frase. Você já falou al-
guma coisa do tipo na vida?
Se sim, eu te desculpo, mas me prometa que nunca
mais vai falar.
Pegue uma aula como exemplo. Existe uma diferen-
ça muito grande entre assistir, entender e aprender.
Geralmente, quando você assiste com as técnicas
certas, e quando o professor é bom, é tranquilo enten-
der o que ele está falando. Só que isso não é aprender.
O aprender acontece quando você retém o conteú-
do na memória de longo prazo.
É quando você ancora o conteúdo na mente de tal
forma que nunca mais irá sair.
E aqui vai um segredo para todos os estudantes que
estão lendo esse livro: isso é muito difícil de conseguir
só assistindo a aula. É preciso fazer exercícios, praticar e
revisar, porque tudo o que você não revisa vira pó!
É verdade que uma pessoa pode ser um outlier, al-
guém acima da média, mas, sendo bem sincero, isso
quer dizer que você entende muito bem na aula, e não
que você lembrará do conteúdo para sempre.
“Não preciso estudar. Minha mamãe sempre disse
que sou muito inteligente e entendo as coisas com fa-
cilidade.”
Quando a sua mamãe disse isso, não foi para criar
em você uma prepotência.
E muito menos para que você procrastine as ativida-
des por achar que sabe tudo.
Foi apenas um elogio para você acreditar mais em si
mesmo.
“Não preciso copiar. Tenho memória fotográfica.”
Alguém lendo esse livro é um extraterrestre? Se não,
então o seu cérebro é igual ao de todo mundo.
Se você não anotar para revisar depois, pode ter cer-
teza que grande parte do conteúdo vai embora.
Inclusive, esse livro já está bem rabiscado, certo?
CAPÍTULO 06
PA
RA
LI
SIA
Todo começo tem um custo
Você chegou a um dos momentos mais importantes
da leitura.
Está feliz? Eu estou demais!
Se você quiser conquistar qualquer coisa na vida,
marque essa próxima dica.
Começar, Continuar e Concluir. Ou, como eu gosto
de chamar, os “3 Cs”.
Quando temos um projeto, nós precisamos come-
çá-lo, certo? Depois, devemos continuar a execução até
chegar em uma conclusão.
E esse “concluir” pode ser várias coisas: faturar seu
primeiro milhão, comprar uma casa, investir o dinheiro,
terminar o estudo de um capítulo, finalizar um projeto
profissional ou ser aprovado.
E qual parte parece mais difícil? Começar, Continuar
ou Concluir?
Pelos meus anos de prática, sei que muitas pessoas
pensam que é a parte do “continuar”. Mas é aí que está
uma pegadinha.
Me responde uma coisa: quantas vezes já passou
pela sua cabeça ter uma alimentação saudável? Quantas
vezes você já pensou em fazer atividades físicas todos os
dias? Quem aí já pensou e realmente começou a fazer?
Nós, seres humanos, somos cheios de desejos e von-
tades, mas temos uma dificuldade gigante de começar,
dar o primeiro passo.
Algumas pessoas estão se vendo nessa situação. Há
muito tempo, elas ensaiam para começar um projeto.
Pessoas que estão vendo os amigos conquistarem
seus objetivos, mês após mês, só que elas mesmas não
conseguem iniciar nada.
É isso que é a PARALISIA.
É o estado em que alguém está tão inerte que aca-
ba deixando tudo para o outro dia e procrastinam o
primeiro “C”.
Todo começo tem um custo!
Toda vez que você quer praticar alguma coisa, quer
realizar ou executar uma ação, você precisa pagar um
preço.
Pode ser um custo temporal, emocional, energéti-
co, financeiro ou intelectual.
Por exemplo, um aluno meu quer começar a estudar
hoje para passar para medicina no Enem, mas ele está
tão paralisado que vai me dizer:
“Gilberto, eu não vou começar porque eu não tenho
tempo. Eu trabalho o dia inteiro, das 8h às 18h.”
Será que não dá para começar mesmo trabalhando?
Na cabeça desse aluno, é impossível, pois ele co-
locou um custo muito alto de tempo para estudar.
Seis horas talvez. E essa pessoa não tem todo esse
horário por dia, então é bem provável que ela não vai
começar mesmo.
Mas que tal reduzir esse custo? Ao menos uma hora
por dia de estudo? Talvez você consiga.
O feito é melhor
que o não feito.
Estudar errado é melhor do que não estudar. Estudar
uma matéria é melhor do que não estudar nenhuma.
“Gilberto, eu não vou estudar porque eu sempre
chego em casa à noite e estou muito cansado.”
Aí nós já temos um caso de baixa energia. E eu não
duvido que essa pessoa esteja assim.
Só que tem um porém: na parte da noite, a energia
de todo mundo é baixa.
Se você está muito cansado nesses horários, aqui vai
uma dica gratuita: D-U-R-M-A!
É mais simples do que parece.
Durma mais cedo e acorde uma hora mais cedo no
outro dia para estudar. A parte da manhã é o momento
ideal para qualquer atividade, pois é quando nossa ener-
gia está bem alta.
Se coloque no lugar de um aluno hipotético.
Como você se sentiria se eu pedisse para você fazer
uma lista de física às 22h30?
Seu cérebro cansado, você morto de fome, queren-
do tomar banho e apenas descansar.
É claro que você não vai nem começar. E eu aposto
que ainda vai me mandar hate nas redes sociais.
Para fazer uma lista de física, tanto o custo de tempo
quanto o de energia são altos.
“Gilberto, eu quero começar a fazer os simulados,
mas, toda vez que penso nisso, fico com muita ansie-
dade.”
Esse é um caso de uma pessoa com pouco emocional.
Antes de tudo, precisamos descobrir o motivo de
você ter medo de fazer simulados.
Seria medo de enviar o gabarito para o professor e
ser julgado?
Se liga nessa filosofia: VOCÊ É O DONO DA SUA VIDA!
Não fique preocupado com o que os outros vão
achar de você!
Simplesmente faça o que está te dando medo.
Se for o simulado, olhe os seus erros, monte o seu
autodiagnóstico e estude o conteúdo que você errou.
Qualquer coisa, nem precisa fazer o simulado inteiro.
Foque nas matérias que você tem mais dificuldade.
Comece com passos pequenos e diminua o custo
emocional.
“Gilberto, eu moro em São Paulo e preciso de um
cursinho que custa R$ 3.000 para conseguir passar em
medicina.”
Olha, você NÃO precisa pagar tudo isso para passar
em medicina! NÃO PRECISA!
Nós vivemos na Era da Internet, querido. Se você ti-
ver disciplina, organização, acesso a bons métodos e a
bons materiais, você VAI conseguir passar.
Procure cursos mais baratos. Hoje em dia, profes-
sores maravilhosos na internet cobram um preço muito
mais barato que R$ 3.000.
Abaixe o custo financeiro para ter condições de co-
meçar.
“Gilberto, eu quero começar agora para cursar me-
dicina, só que eu não tenho capacidade. Sou um zero à
esquerda. Erro tudo em química, física e matemática.”
Ao invés de começar direto com livros de Ensino Mé-
dio, faça uma revisão rápida dos conteúdos do 9º Ano do
Ensino Fundamental. Pegue materiais antigos ou de algum
parente, amigo, use a internet, e passe três semanas só es-
tudando matérias de química, física e matemática.
Sabe por que? Quando se começa os estudos com
exatas, o custo intelectual pode parecer muito alto. Mas,
se um aluno começa construindo a base, ele aumentará
a própria capacidade. E seguir para as matérias do Ensi-
no Médio será muuuuuuuuito mais fácil.
Reduza o tamanho do custo. Reduza o tamanho do
custo. Reduza!
Toda vez que você começa alguma atividade, um
mecanismo é ativado no seu cérebro: o mecanismo da
CONCLUSÃO.
Uma espécie de looping é aberto no nosso cérebro
sempre que iniciamos alguma coisa. Qualquer coisa! E
nós ficamos doidos para fechá-lo.
Você faz isso sempre que está assistindo um filme
ou uma série de TV, sabia? Vamos supor que você está
assistindo uma série e o episódio acaba durante um clí-
max. AAAAAAAAAAAAAH!
Dá vontade de gritar, não é?
A curiosidade é tamanha que você vai correr para o
próximo episódio e, quando perceber, vai ter passado
horas e mais horas assistindo a série.
Efeito Zeigarnik é o nome desse processo.
Você está lendo esse livro agora, certo? Dê uma pau-
sa, vá na cozinha e abra a torneira. Depois, vá ao banhei-
ro e ligue o chuveiro. Em seguida, volte para a cozinha,
ligue o fogão, e então retome a leitura. Eu aposto que
você não vai conseguir ler UMA palavra com o mesmo
foco, pois o seu cérebro ficará pensando nas tarefas não
concluídas.
E, pelo amor de Deus, não deixe o fogão ligado,
okay?
Por isso é importante COMEÇAR.
Vou te contar como eu uso o Efeito Zeigarnik na mi-
nha vida. Mas é segredo, okay?
Um dia ou outro, eu chego com um material para o
meu editor de vídeo e peço para ele começar a traba-
lhar no conteúdo. Só que, como está quase na hora de ir
embora, o editor logo vai pensar que não é um trabalho
rápido e que é melhor deixar para o outro dia.
Daí eu digo para ele editar ao menos os três primei-
ros minutos. Só que não é isso que acontece.
Ao finalizar essa primeira parte, ele vai pensar “ah,
eu já comecei mesmo, vou terminar a edição.” Pronto,
vocês sabem a minha tática.
E isso funciona até mesmo com atividades físicas,
acredita? Eu, Gilberto, quero muito fazer exercícios todo
dia na parte da noite, mas tem vezes que eu chego em
casa cansado demais. O que fazer?
Eu como uma banana e uma maçã, porque aí eu
sei que não vou desmaiar, e calço o tênis. É INCRÍVEL!
Depois de colocar o tênis, o mecanismo de looping é
destravado no meu cérebro, que vai me fazer começar a
atividade física de qualquer jeito.
Para resolver o custo emocional, eu tenho mais um
exemplo certeiro.
Sábado à tarde é o momento de simulado no meu
colégio. E sempre tem um estudante que está muito an-
sioso e com medo de fazer a prova.
Se ele ou ela me diz isso, eu digo para não ir para
a sala de aula e convido a pessoa a fazer o simulado
na minha sala, onde ninguém vai ficar olhando. E eu
ainda peço para a pessoa tentar fazer ao menos dez
questões, e se ela estiver passando muito mal, pode ir
embora sem problemas.
A grande questão é que esse estudante precisa fi-

car em paz. Em um ambiente mais seguro, ele vai co-
meçar a fazer o simulado, vai fazer as dez questões e,
de repente, “ah, eu já fiz dez, vou fazer o resto.”
Eu não só reduzi o custo emocional como estimu-

lei essa pessoa a começar e ainda abri um looping na
mente dela.
Na questão financeira também não é muito dife-

rente. Faça coisas que exijam custos financeiros pe-
quenos no início.
“Gilberto, eu preciso fazer atividade física. Tenho

que comprar um short, um tênis, uma camiseta de
marca e me matricular na melhor academia?”
Não, meu filho! Pega o tênis velho e comece a cor-

rer ao redor do quarteirão. Que dinheiro você vai gas-
tar com isso?
Depois de começar, você pode até continuar bus-

cando outras formas de ganhar um pouco mais de
grana para comprar o seu tênis. MAS COMECE!
Eu já disse umas 35 milhões de vezes nesse capítulo,
mas vou dizer mais uma: REDUZA o custo para começar
e sair da paralisia.
“Gilberto, e eu que comecei, continuei por um certo
tempo e já estou parando, pensando em desistir, ou já
joguei a toalha?”
Então, o que te faz continuar é DISCIPLINA, mas isso
é assunto para outro livro. Se você quiser saber mais,
me segue no Instagram ou comenta nos meus vídeos do
YouTube que eu vou elaborar esse material.
Estudar errado é
melhor do que não
estudar.
CAPÍTULO 07
PRE
GUI
ÇA
Tenha um propósito e um significado claro na vida
Tem muita gente que acha que a preguiça é a mesma
coisa que procrastinação, mas não é exatamente isso.
A preguiça PODE gerar a procrastinação. A pregui-
ça é a forma, é o mecanismo mais natural do corpo, de
economizar energia.
“Então, ser preguiçoso aumenta minha energia, cer-
to?” Ficou doido?
Você sabe qual o objetivo Número 1 do nosso cor-
po? Uma dica: não é ser feliz.
O objetivo primordial de qualquer ser humano é se
manter vivo. E, para isso, você precisa consumir mais
energia do que você gasta.
A preguiça serve para você agir menos e gastar me-
nos energia. Ser feliz vem logo depois.
Preguiça não é
falta de energia.
A falta de energia propriamente dita é o cansaço,
mas calma que vamos chegar lá.
Preguiça também pode ser entendida como falta de
um alvo conectado a sua mente e ao seu coração. Como
diria Sócrates: “um homem preguiçoso é um homem
que deveria ser melhor empregado.”
Quando empresários percebem que estão com um
funcionário preguiçoso, uma rápida conversa pode es-
clarecer tudo.
Talvez ele não esteja fazendo uma coisa que goste.
Talvez ele esteja convivendo com pessoas que ele não
quer. Talvez ele esteja em um ambiente que não agrada
o coração.
É fato: pessoas nessas condições terão preguiça de
agir por não gostar do que estão fazendo. E sabe uma
das consequências da preguiça? Não vou nem dizer por-
que você já está cansado de saber. Isso mesmo, a pro-
crastinação.
ENTRETANTO, se a pessoa é apaixonada no que faz,
ela não vai deixar para amanhã o que pode ser feito hoje.
A pessoa vai fazer na mesma hora, pois o trabalho gera
muita endorfina e dopamina.
Para você que está me conhecendo hoje, prazer, sou
o professor Gilberto. Eu tenho um canal no YouTube, sa-
bia? E fiz um vídeo com esse conteúdo. Sabe quando
eu montei tudo para apresentar? Um dia antes! Em um
domingo!
O que você costuma fazer no domingo, o dia do des-
canso?
Tem pessoas que encontram prazer relaxando, assis-
tindo filmes ou lendo livros. Eu, professor Gilberto, en-
contro prazer aprendendo.
Não tem nada que me gera mais dopamina do que
aprender uma coisa nova todo santo dia. Não é à toa
que o meu lema é “1% melhor a cada dia”.
“Gilberto, às vezes eu estou com preguiça porque
tenho alvos que foram outras pessoas que escolheram
para mim. Tenho alvos que não fazem meu coração ba-
ter forte.”
Me diz: você sabe o que é um alvo racional? Basica-
mente, é quando você faz uma coisa apenas por dinhei-
ro, para ter estabilidade e segurança. Mas você realmen-
te gosta do que faz?
Amigo, se você não gosta, preste atenção: você não
vai ganhar tanto dinheiro quanto acha que consegue.
Quer passar em medicina porque dá dinheiro? Quer fa-
zer concurso porque dá dinheiro?
Entenda uma coisa: NADA na vida DÁ dinheiro. O di-
nheiro é conquistado e não ganhado.
E se você escolhe ser um profissional que não ama o
que faz, existem grandes chances de que você não faça
bem o trabalho, não seja reconhecido, indicado e não
tenha o seu nome pessoal propagado para os quatro
cantos do Brasil.
E não é isso que eu quero para nenhum de vocês que
está lendo este livro.
O preguiçoso não é apenas a pessoa “vagabunda”.
O preguiçoso pode ser também aquela pessoa que está
mal encaixada.
Existe um conceito chamado “Zona de Genialidade”,
que é quando a pessoa está em um lugar onde conse-
gue fazer uma coisa que ama e que ela é boa. Quando
você coloca uma pessoa nessa Zona, é fácil ver que não
existe nenhum preguiçoso ali.
A preguiça também pode ser falta de “recompensas
claras”.
Sabe quando você não tem ideia do que vai ganhar
se fizer o trabalho? E aí bate aquela preguiça, aquela
vontade de PROCRASTINAR.
É por isso que preguiça tem pitadas de egoísmo,
no sentido de que você só está pensando no que vai
ganhar fazendo tal atividade. Quando eu faço uma live
no YouTube ou disponibilizo um livro, eu não pergunto
o que vou ganhar. Eu estou me importando com o que
cada um de vocês vai aprender.
Quando pensamos apenas em nós mesmos, sempre
seremos egoístas. Agora, quando você olha para sua fa-
mília e percebe que, às vezes, você é a salvação, você
para de ter preguiça.
E sabe a consequência? O fim da procrastinação.
É comum, hoje em dia, ver muitas pessoas recla-
mando da própria condição financeira. “Meu pai não
ganha bem. Minha mãe também não. Meu irmão é de-
sempregado.”
Sabe de uma coisa? O controle para mudar a his-
tória da sua família pode estar nas suas mãos! Mas,
se você ficar com preguiça, não COMEÇAR as coisas,
ficar pensando apenas no próprio prazer, você sai de
herói para vilão.
Você sabe o conceito de motivação? Anote aí do
lado e depois compare com o que você vai aprender a
seguir.
MOTIVAÇÃO
GRUPO 01 GRUPO 02 GRUPO 03
Cumprir Punição e Masterização
Necessidades Recompensa Autonomia
Básicas Significado
• Comida • Castigo, • 1% melhor a
• Abrigo multas, cada dia
• Família advertência... • Liberdade
• Segurança • Troféu, • Propósito

medalha, (Why)
bônus,
desconto...
SOBREVIVÊNCIA CURTO PRAZO LONGO PRAZO
Motivação nada mais é do que o “motivo” para a “ação”.

E de acordo com o livro “Drive – The Surprise Truth About
What Motivates Us”, escrito pelo americano Daniel H.
Pink, as pessoas podem ser divididas em três grupos.
As pessoas do Grupo 1 se sentem motivadas apenas
para cumprirem suas necessidades básicas, como ga-
nhar grana para ter o que comer, um teto onde morar,
casar, constituir família e, por fim, ter segurança. São
motivações que envolvem a sobrevivência.
Já as pessoas que se enquadram no Grupo 2 são moti-
vadas apenas pela duplicidade de “punição e recom-
pensa”. É aquela história: se você não fizer isso, eu vou
tirar alguma coisa de você. Se fizer alguma coisa, eu
te dou outra coisa.
Como vocês podem ver no quadro, castigos, multas e

advertências são algumas das punições que deixam as
pessoas motivadas a agir de determinada forma. E o
mesmo vale para troféus, medalhas, bônus e descon-
tos. São recompensas que servem como estímulos.
A questão é: “punição e recompensa” são motivações

de curto prazo.
E é aí que vem o Grupo 3, que é bem diferente dos an-

teriores. As pessoas nesse grupo não pensam apenas
nas necessidades básicas ou nas punições e recom-
pensas.
Esse coletivo conta com três pontos: Masterização,

Autonomia e Significado. “M.A.S.”, para os mais ín-
timos.
Masterização envolve aquelas pessoas que são moti-

vadas a serem melhor a cada dia. Na tradução literal, é
“se tornar mestre”. Só que o real significado é sempre
se propor a ser uma melhor versão de si mesmo.
Quanto à “Autonomia”, existe uma relação muito forte

com quatro tipos de liberdade:
1 – Geográfica: você não está preso. Você está onde

quer estar.
2 – Temporal: você é dono do seu próprio tempo e
não precisa viver no tempo dos outros. Por exemplo,
eu, professor Gilberto, não tenho notificações no meu
celular. Então, se alguém me mandar uma mensagem,
eu vou ver apenas nos meus momentos de pausa.
3 – Financeira: quando você tem condições de honrar
com seus compromissos financeiros e consegue ajudar
as pessoas ao seu redor, como pagar o plano de saúde
para sua mãe, pagar o remédio para o seu pai ou ajudar
um irmão.
4 – Emocional: quando você não depende emocional-
mente de outras pessoas. Sabe quando alguém termina
um relacionamento e fica na fossa porque a outra pessoa
era a “vida” dela? Esse apego emocional é uma prisão!
Significa que você é uma espécie de escravo emocional
do outro.
“Gilberto, mas eu não gosto de ficar preso dentro de um
quarto estudando, porque eu gosto de liberdade.”
Eu entendo, mas, às vezes, ficar preso em um quarto es-
tudando é o que vai te gerar liberdade no futuro.
Caso contrário, talvez você fique preso pelo resto da
vida em uma condição, justamente porque não quis
construir a liberdade no passado. Qual a melhor opção?
O aluno pode achar que não estudar é ficar livre, mas
isso é um erro: não confunda liberdade com libertina-
gem, que é quando a pessoa não faz o que precisa ser
feito porque é IRRESPONSÁVEL.
“Masterização” e “Autonomia” já foram. Agora vamos
para “Significado”.
Talvez você que está lendo não tenha uma religião, e
tudo bem, não quero pregar para você aqui.
Só que esse terceiro ponto é o maior ensinamento que
Jesus Cristo deixou quando esteve vivo. Todos os dias,
Ele acordava com um propósito claro: ensinar os valores
de Deus para as pessoas.
E eu aprendi muito com isso. Minha vida não é direciona-
da apenas por uma profissão ou dinheiro.
O que eu sei é que a grana vem como consequência do
meu propósito. Se meu foco for ajudar as pessoas a se
desenvolverem, passarem nas provas, realizarem seus
sonhos e viverem suas paixões, eu tenho certeza que
vou ser bem recompensado por isso.
O segredo é ter um propósito e um significado claro na
vida.
Quando a pessoa tem um alvo cristalino, iluminado, ela
tem menos PREGUIÇA. A pessoa passa a trabalhar pelo
alvo.
Isso é uma motivação de longo prazo. Posso te contar
um segredo? Se você deixar eu conto, se não deixar eu
conto mesmo assim: independentemente do seu grupo,
você vai ter menos preguiça.
E sabe o porquê? Eu conto também: porque você vai ter
uma motivação por trás. O problema é quando você não
encontra motivação nenhuma.
CAPÍTULO 08
PER
TUR
BA
ÇÃO
Distrações do meio
Já reparou que alguns objetos ao seu redor parecem
criar vida quando você está estudando ou trabalhando?
Você sabe que eles são inanimados, mas alguma coisa
acontece que parece que eles conversam com você. Po-
demos resumi-los em cama, celular, computador e comi-
da. Sabe como eu os chamo? Os 4 “Cs”.
Você está estudando ou trabalhando em casa. As coisas
estão indo bem, mas basta dar uma olhada para a cama
que é amor à primeira vista. Começa com um flerte de
leve e, de repente, você já está abraçando a cama.
“Vou dormir só cinco minutinhos.” MENTIRA! Eu sei que
você vai acordar só no outro dia.
Quais dos “Cs” que mais afetam você? Jogos eletrôni-
cos, como videogames, também podem ser colocados
nesse pacote.
Perturbações são as distrações do meio onde você está,
que roubam sua atenção e fazem você deixar tarefas im-
portantes para depois. Tudo para que você viva e sinta
pequenos momentos de prazer.
Mas sabe o que essas perturbações são de verdade? La-
drões de dopamina!
Uma medida que vai ajudar você a regular isso envolve
simplificar o seu ambiente de estudos ou trabalho. Isso
se chama priming.
A técnica tem a ver com a organização do ambiente para
que fique apenas os objetos necessários para cumprir as
tarefas do dia. Por exemplo, o estudante precisa do ce-
lular para cumprir as tarefas? Se a resposta for não, então
o aparelho não precisa estar perto.
“Gilberto, mas eu estudo usando o celular.”
Tudo bem, então você pode desativar as notificações
para não ser interrompido o tempo inteiro pelos “horá-
rios” das outras pessoas.
Talvez você não acredite, mas eu tomava algumas me-
didas extremas. Para não ficar flertando com a cama, eu
simplesmente tirava o colchão kkkkkkkk.
Há muitos anos, eu estudava em casa e ficava muito can-
sado quando chegava às 20 horas. De repente, surgia o
pensamento de dormir por apenas cinco minutos.
E eu acabava cedendo, é claro, mesmo com a consciên-
cia de que isso quase nunca dá certo. De repente, era
05h20 e o meu despertador estava tocando para eu me
arrumar e ir para a escola.
Depois de ter acontecido algumas vezes, cheguei à con-
clusão de que seria importante mudar o meu ambiente.
Sempre na hora de estudar, mais ou menos duas da tar-
de, eu já retirava o colchão da cama e colocava na sala.
Quando chegava às 20 horas, eu olhava para a grade da
cama velha e ficava com preguiça de ir pegar o colchão
kkkkkkkk.
Era uma medida extrema, mas que me ajudou a ganhar
a batalha.
Ou seja, você pode tirar o celular de perto, tirar o col-
chão e até mesmo diminuir a quantidade de alimentos
chamativos na geladeira que dão água na boca.
Quem nunca deu uma “pausa” para ir comer doces e
outras besteiras?
Outra coisa que você pode fazer é programar os seus
momentos de descontração.
Todo ser humano precisa de dopamina, precisa sentir
prazer, e para isso nós podemos planejar, sem que os
prazeres interfiram nos estudos.
São dois tipos de dopamina: a dopamina aleatória, que
são os pequenos prazeres que interrompem os traba-
lhos ou estudos; e a dopamina intencional, programa-
da e aguardada ansiosamente. É a sua recompensa por
toda a dedicação do dia.
Perturbações são as
distrações do meio
onde você está, que
roubam sua atenção
e fazem você deixar
tarefas importantes
para depois.
CAPÍTULO 09
PLA
NE
JA
MIN
TO
Consistência é mais importante que intensidade
PlanejaMINTO. Você não leu errado não. É MINTO mesmo.
Muitas pessoas por aí pensam que estão montando um
planejamento, mas acabam entupidas de serviços e es-
tudos atrasados. Se você é uma pessoa assim, então
você deve ter muito mais um planejaminto do que um
planejamento.
E outra: planejamento não é só listar as atividades em
um papel ou em um bloco de notas. O nome disso é
“lembrete”, “nota”.
PlanejaMINTO é a montagem de um planejamento sem
levar em consideração o tempo, a complexidade e a im-
portância da atividade. Quando o planejamento do es-
tudante é ruim, ele sempre deixará tarefas para depois,
porque não vai dar tempo de fazer tudo.
“Gilberto, não deu tempo de fazer isso. Amanhã eu es-
tudo.”
Tudo bem, vai lá. Mas deixa eu te perguntar: e as maté-
rias do “amanhã”?
Não adianta nem pensar e prometer estudar nos fins de
semana e feriados. Quando o dia chegar, outras coisas
vão surgir. Ou você vai querer descansar.
Se liga nos principais erros que as pessoas cometem ao
montar um planejamento:
1 – Não avaliar o tempo da tarefa: imagine uma pessoa
que tem seis aulas por dia, cada uma de uma matéria
diferente. E a ideia dessa pessoa é colocar uma hora de
estudo para cada matéria. Será que vai dar certo?
Se ela quiser ler a teoria da apostila e fazer 20 exercícios
para cada matéria, eu tenho certeza que as coisas não
vão sair como planejado.
Vamos supor que a pessoa é um ninja e gasta 30 minutos
para ler as teorias. Como o Enem utopicamente diz que
os estudantes só contam com três minutos para resolver
cada questão, vamos pegar esse tempo de base.
Se são 20 exercícios e três minutos para resolver cada
um, o estudante levaria 60 minutos para acabar. Quanto
é 30 mais 60? Um queijo para quem falou 90 minutos!
Uma hora e meia em apenas uma matéria. Isso se você
for ninja, é claro.
Se você gastou 90 minutos para estudar uma disciplina,
estudar as seis matérias levariam nove horas por dia! São
nove horas líquidas!
Caso você não saiba, tempo bruto é o que você se pre-
dispõe a estudar. E tempo líquido é o que você realmen-
te estuda.
E tem como estudar nove horas por dia? Talvez sim, só
que é muito difícil, ainda mais para os estudantes que
estão em uma espécie de “jogo da consistência”.
Não há como fugir! A aprovação acontece depois de 100
dias, 200 dias, três ou quatro anos estudando bastante.
Isso porque consistência é mais importante que intensi-
dade.
Se você é aquele tipo de pessoa que começa com uma
intensidade muito alta, provavelmente você fica cansa-
do de repente e a sua produtividade cai. Esse tipo de
aluno pode até dar conta de estudar nove horas líquidas
no começo, mas, depois, vai se tornar aquela pessoa que
quer dormir o dia inteiro porque ficou sem combustível.
2 – Não avaliar a complexidade da tarefa: “Gilberto, eu
vou gastar uma hora para estudar cada matéria de exa-
tas do meu dia.” Massa! Na teoria é lindo, mas vamos
colocar em prática.
Suponhamos que no dia do estudo, essa pessoa teve
aula de Tabela Periódica. Nossa personagem vai che-
gar tarde em casa e estudar o capítulo de Tabela Pe-
riódica, certo?
Só que ela também teve aula de Análise Combinatória,
ou seja, vai chegar tarde e também terá que estudar
esse capítulo.
Na sua opinião, qual desses dois estudos é mais comple-
xo de entender, fazer exercícios e aprender?
Tabela Periódica é Química, que é Exatas. Análise Com-
binatória é Matemática, que também é Exatas.
E o planejamento dessa pessoa é estudar apenas uma
hora para cada matéria de Exatas.
Em primeiro lugar, qual é a matéria mais complexa? Em
segundo lugar: os estudos podem ter tempos iguais?
É batata! Ela vai notar que, quando as atividades são dife-
rentes e possuem níveis de dificuldade diferentes, não ne-
cessariamente se gasta o mesmo tempo com os estudos.
“Gilberto, mas é a minha forma de estudar: 60 minutos
para cada matéria.”
E se você gastar esse tempo e não aprender? É só pular
e seguir para outra?
Colocar a mesma quantidade de tempo para todos os
estudos e trabalhos, sem avaliar a complexidade, vai dei-
xar você com tudo atrasado!
3 – Não avaliar a importância da tarefa: nossa persona-
gem teve seis aulas no dia, okay? Só que a última aula foi
sobre a “1ª Lei de OHM”. Você não precisa saber agora o
que é esse conceito, apenas que é uma matéria de alto
“P.R.D.” (lá vem mais siglas): grande peso, grande recor-
rência e de muita dificuldade.
Em suma, provavelmente é a matéria mais importante
da manhã. O problema é que, na hora de fazer o planeja-
mento, a aluna decidiu estudar na ordem das aulas.
PORÉM, é bem provável que a pessoa gaste toda a ener-
gia com o estudo das três primeiras aulas e esteja mega
cansada na hora de estudar o quarto professor. Os dois
últimos ela nem vai lembrar.
O que aconteceu? A aluna não estudou a matéria mais
importante do dia.
“Gilberto, mas amanhã eu estudo. Amanhã eu faço” MEN-
TIRA! Chegamos até aqui e você vai mentir para mim?
No outro dia, você vai lembrar que tem mais matérias,
outros trabalhos, e aquilo que não foi feito no dia an-
terior não vai dar para ser encaixado no dia seguinte. E
muito provavelmente não vai dar tempo de encaixar no
fim de semana.
Mas calma. CALMA! A sorte de todas as pessoas é que
não há como fugir completamente disso.
Só que você PRECISA priorizar as matérias mais impor-
tantes e os trabalhos mais urgentes.
Sr. ou Sra. Estudante, matérias de alto P.R.D. devem ser
prioridades, as primeiras que você começa o dia.
Como eu já te apresentei vários conceitos, aqui vai mais
um: “Ordem Numérica de Urgência”. Basicamente, é
quando se começa pelo trabalho mais urgente e termina
com o menos urgente.
É uma ótima fórmula, mas ainda assim um aluno não vai
conseguir estudar tudo.
Só que o fato dele ter estudado as mais importantes vai
gerar orgulho ao final do dia. E isso é um ótimo combus-
tível para a manhã seguinte.
Além de ser maravilhoso para a motivação, também é
excelente para consistência de longo prazo.
Não tenha orgulho simplesmente por ser perfeito. Tenha
orgulho por ter dado o seu melhor!
Faça o melhor nas

condições que você
tem, até ter condições
melhores de fazer
melhor ainda.
CAPÍTULO 10
PO
WER
BRA
IN
São as tarefas difíceis que mudam nossas vidas
Você está bem? E o seu cérebro? Já perguntou como
ele está hoje?
Para você não procrastinar, ele precisa estar. E é por
isso que o powerbrain, a capacidade cerebral, é tão
importante.
É a habilidade de resolver problemas, de intuição, ser
criativo, raciocínio lógico, análise e criatividade.
Dê uma olhada na pirâmide abaixo e preste atenção
na base para atingir a alta performance ou a alta capa-
cidade cerebral.
NUTRIÇÃO
SONO
É isso aí. A base é o seu soninho.

Quem não dorme bem, como consequência, tem o
cérebro cansado e não consegue desenvolver tarefas
complexas.
Só que essa base se completa com outro item: a nu-
trição diária. Se você não se alimenta bem, só come
o que inflama o cérebro, que o deixa inchado, você
nunca vai atingir o seu estágio máximo de capacidade
cerebral.
Você vai lutar diariamente contra dores de cabeça e
não vai ter remédio no mundo que vai ajudar definiti-
vamente.
Um cérebro cansado ou inflamado não consegue de-
senvolver tarefas difíceis, complexas e demoradas.
Pelo contrário, ele só consegue fazer tarefas fáceis,
simples e rápidas, e PROCRASTINA os outros tipos de
tarefas.
“Gilberto, quer dizer que um cérebro cansado pro-
crastina?” JUSTAMENTE!
E é aqui que está o problema: o que realmente muda
a vida das pessoas para sempre não é a execução de
tarefas fáceis, mas sim a de tarefas difíceis.
Se você é aquele profissional que só consegue resol-
ver problemas simples, não vai demorar muito para
você ser trocado por um funcionário mais barato ou
ser substituído por um robô.
O verdadeiro reconhecimento e ascensão profissional
só chega quando conseguimos resolver problemas
complexos. Só que um cérebro cansado não conse-
gue fazer isso.
E eu não vou te deixar na mão, viu? Eu tenho alguns
hacks/manhas, mecanismos práticos, que aplico no
meu dia a dia e que me fazem deixar a procrastinação
de lado. Se eu fosse você anotava todos e espalhava
pela casa.
O conjunto é chamado de “decação” – “dec” de dez e
“ação”, o ato de se movimentar e agir.
1 – Regra dos 5 Segundos: quem aí já viu o “top de
cinco segundos” da Globo? Toda vez que você está
naquela preguiça, sem vontade de fazer alguma coisa,
faça countdown, uma contagem regressiva. Em voz
alta, conte de cinco a um.
“Gilberto, como assim?”
Uma contagem regressiva tira o seu cérebro de uma
região de procrastinação e o coloca em um estado de
atividade. Toda contagem regressiva é um deadline
que faz o cérebro agir mais.
Às vezes, a contagem pode ser um pouco maior, 30
segundos ou um minuto. O importante mesmo é sem-
pre fazer uma.
Faça o teste quando for tomar banho na água fria e
depois me mande uma mensagem contando a expe-
riência.
2 – Neurônio Espelho: você sabia que nós temos a
tendência de imitar o comportamento das pessoas ao
redor? Ou seja, se você estiver só com pessoas pro-
crastinadoras no seu círculo social, é provável que
você também vai procrastinar.
Agora, se você quer ter mais disciplina para trabalhar
ou estudar, é importante ir para um ambiente onde te-
nha pessoas que estejam estudando ou trabalhando.
Essa tática também é chamada de “fenômeno biblio-
teca”. É só você reparar: quando estamos em uma bi-
blioteca e vemos várias pessoas focadas nos estudos,
não dá vontade de imitar o comportamento delas? Ou
eu estou ficando doido?
3 – Deadline Duplo: eu, professor Gilberto, preciso

estar com uma aula pronta até segunda-feira, às 19
horas. Esse deadline é chamado de “natural”. Mas, eu
acabo fazendo um deadline “artificial” também, que
seria domingo, às 19 horas, quando eu vou explicar
toda a aula para a minha esposa.
Ou seja, antes da apresentação na segunda-feira, todo

o trabalho já estava pronto há um tempinho. Com dois
deadlines, você acaba não deixando para última hora
os estudos ou trabalhos.
4 – Projeto Despertador: você se lembra que eu disse

que tiro o máximo que eu conseguir de notificações
do meu celular? Nada de notificações do WhatsApp,
Instagram, Facebook ou e-mail. Tudo o que é impor-
tante para o meu dia fica marcado no despertador.
“Gilberto, mas como alguém entra em contato com
você?”
Também é simples: as pessoas ligam. Toda vez que
alguém me liga, eu atendo. É melhor assim, porque se
eu olhar para as notificações sempre que estiver es-
tudando, vou viver no tempo daquela pessoa e não o
meu. Para você viver a sua vida e focar em ser produti-
vo nas tarefas do dia, é importante manter o comando
do seu cronograma.
5 – Time Antiprocrastinação: já ouviu falar que você é
a média das cinco pessoas com quem convive? A par-
tir desse pensamento, eu não deixo ninguém que seja
procrastinador entrar no meu time.
Caso contrário, logo eu vou me tornar a média des-
sas pessoas e, consequentemente, um procrastina-
dor. Todo mundo que trabalha comigo tem consci-
ência disso.
Se envolva com pessoas produtivas!
6 – Técnica da “Boca Para Fora”: esse sexto hack está
totalmente ligado com o quinto. É uma espécie de
rede de apoio, em que eu digo para o meu time as
atividades que eu preciso fazer.
Ao externalizar algum tipo de compromisso, a sua pro-
dutividade aumenta e a procrastinação diminui por-
que você criou um compromisso público.
Quando a atividade fica somente dentro de você, ela
se torna um “compromisso da boca para dentro”. E é
verdade que existe uma probabilidade dela ser execu-
tada, mas, quando ela é “da boca para fora”, você tem
mais pessoas “vigiando” seu engajamento.
Não é como se elas estivessem cobrando o compro-
misso. O fato delas saberem que você precisa fazer
determinada atividade convence automaticamente
seu cérebro de que vai ser muito pior se você não
realizá-la.
7 – Workflow Previsível: essa é uma boa técnica para
todos os momentos em que você precisa resolver al-
gum projeto. Trata-se de uma sequência de etapas,
um fluxo de trabalho.
Por exemplo, para fazer uma live no YouTube, eu pre-
ciso parar meu domingo, anotar coisas em um papel,
depois passar para o flipchart, organizar o estúdio e
por aí vai.
Ou seja, eu sei todos os passos envolvidos em cada
uma dessas tarefas.
Quanto esse workflow é previsível fica mais fácil dele
ser executado, já que você diminuirá o custo energé-
tico. Agora, quando a sequência de etapas não é pre-
visível, nós gastamos muita energia decidindo como
será feito.
Antes de executar qualquer coisa, planeje, deixe bem
específico cada passo que será dado.
8 – Zeigarnik na Prática: esse hack você já conhece,
mas é bom frisar. Na hora de passar uma ativida-
de para alguém, eu sempre escolho uma tarefa em
que o custo energético para começar é muito baixo.
Como consequência, as pessoas conseguem fazer a
atividade. Está tudo conectado! O looping, redução
do custo... TUDO!
E isso também vale para mim. Por exemplo, toda vez
que eu quero organizar um projeto ou realizar uma
tarefa que é muito complexa, eu sempre diminuo o
custo.
Lembre-se que toda tarefa tem um custo temporal,
financeiro, energético, intelectual e emocional. Então,
sempre reduza ao máximo os gastos para iniciar algu-
ma atividade.
9 – Só 3 Minutos: toda vez que aparece alguma tarefa
na minha frente, e ela pode ser feita em três minutos,
eu não deixo para depois e nem coloco no meu plano
de tarefas.
Se uma atividade pode ser feita rápida, faça na hora!
Se livre dela e fique tranquilo depois.
10 – Não espere estar pronto para começar: na vida,
nós nunca estaremos 100% prontos. Sempre haverá
alguma coisa, a menor que seja, para aprender, revi-
sar ou conhecer. Repete comigo: a educação nunca
acaba.
E se você estiver esperando estar pronto para come-
çar, grandes oportunidades serão deixadas para trás.
Dê o primeiro passo com o que você tem em mãos, e
use essa iniciativa para ficar pronto. Agarre cada uma
das situações e as transforme em oportunidades que
vão mudar tudo ao seu redor. O ser humano é um des-
bravador, e não apenas da Terra ou do universo, mas
também da própria vida.
Ainda não
acabou!
Se você cumpriu o desafio e devorou esse livro de
uma vez, meus parabéns!
Se você não conseguiu e leu em mais de um dia, não

se preocupe, meus parabéns também!
A todos que chegaram até aqui, saibam que vocês

deram o primeiro passo! E o segundo é continuar
sempre caminhando em direção aos seus sonhos.
Só quero deixar um último lembrete: o autodomínio

come a autossabotagem no café da manhã.
“É o quê, Gilberto?”
Autodomínio é tudo o que você aprendeu nessa lei-

tura. E autossabotagem são as desculpas que nós da-
mos para não fazer uma coisa muito importante.
Nós nos autossabotamos todos os dias, por isso

procrastinamos. Mas, quando temos autodomínio
e consciência de todas as dicas, siglas e técnicas
deste livro, nosso autodomínio pode acabar com a
autossabotagem.
Agora vocês já sabem onde mora o ouro. O que vão

fazer com ele?
Você pode perder várias
vezes, mas basta uma
vitória para mudar sua
vida para sempre.
@gilbertoaugustoprof
gilbertoaugusto
www.gilbertoaugusto.com.br

Combat Er Pro CRR As Tina Cao

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GILBERTO AUGUSTO

Você sabe qual é a diferença entre informação,

Como professor e diretor educacional de uma das

1 – A mente arrependida é aquela que fica o tem-

2 – A mente ocupada é aquela que está no presen-

3 – A mente preocupada é a que pensa demais

Uma mente muito

Hoje eu ainda não estou pronto

A grande questão é que esse estudante precisa fi-

Eu não só reduzi o custo emocional como estimu-

Na questão financeira também não é muito dife-

“Gilberto, eu preciso fazer atividade física. Tenho

Não, meu filho! Pega o tênis velho e comece a cor-

Depois de começar, você pode até continuar bus-

Tenha um propósito e um significado claro na vida

• Família advertência... • Liberdade

• Segurança • Troféu, • Propósito

Motivação nada mais é do que o “motivo” para a “ação”.

Como vocês podem ver no quadro, castigos, multas e

A questão é: “punição e recompensa” são motivações

E é aí que vem o Grupo 3, que é bem diferente dos an-

Esse coletivo conta com três pontos: Masterização,

Masterização envolve aquelas pessoas que são moti-

Quanto à “Autonomia”, existe uma relação muito forte

1 – Geográfica: você não está preso. Você está onde

Faça o melhor nas

É isso aí. A base é o seu soninho.

3 – Deadline Duplo: eu, professor Gilberto, preciso

Ou seja, antes da apresentação na segunda-feira, todo

4 – Projeto Despertador: você se lembra que eu disse

Se você não conseguiu e leu em mais de um dia, não

A todos que chegaram até aqui, saibam que vocês

Só quero deixar um último lembrete: o autodomínio

Autodomínio é tudo o que você aprendeu nessa lei-

Nós nos autossabotamos todos os dias, por isso

Agora vocês já sabem onde mora o ouro. O que vão

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