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Novo Espaco Fe rater. Belmico Costa | Ermelinda Rodrigues Explora o teu livro com o Smart Book! Simples. Facil. Interativo. Instala ou acede a EV Smart Book num dos seguintes dispositivos: Smart Book wenescolaviival pt Acesso a centenas de recursos associados ao manual que ajudam a esclarecer todas as dovidas e a tornar o estudo mais rico e divertid. Js.em wwwescolavirtual pt Apresentacao ‘Ags alunos e professores que vao utilizar este manual Como autores deste manual, gostariamos que refletissem sobre a forma como so encaradas as dificuldades do dia a dia nas diversas situacdes em que, direta ou indiretamente, esto envolvidos. Por vezes sentimos dificuldades perante determinadas situacdes. Contudo, se estivermos motivados e decididos a ultrapassé-las, superamo-las, o que é muito gratificante. Este manual é, pois, uma ferramenta para o trabalho realizado dentro e fora da aula. A forma como esta estruturado e desenvolvido torna-o num elemento orientador das diversas fases desse trabalho. Nesse sentido, o manual permite ‘= mobilizar e aplicar conhecimentos adquiridos em anos anteriores: * introduzir e explorar novos conhecimentos de forma gradual; + relacionar teoria e pratica; * aplicar o conhecimento matematico & resolucao de problemas do dia a dia; * praticar em diferentes contextos: * avaliar com diferentes graus de exigéncia Na Matematica dificilmente valorizamos mais uns aspetos do que outros. No entanto, consideramos que saber ouvir ler e refletir antes de decidir sao ati- tudes essenciais para aprender matematica. E nosso desejo que este manual e a nossa forma de encarar a Matemética, refle- tida através dele, sejam importantes para a concretizagao dos vossos sucessos. Os autores Indice EE introducao a légica bivalente ea teoria dos conjuntos Introdugéo 8 1. Proposicdes 9 1.4. Proposigbes e valores ligicos ° 1.2. Operagaes sabre proposicdes i Praticar 1 2. Condicdes e conjuntos 2.1. Expresses com variveis 30 2.2. Quantiticadores: universal eexistencial 31 2.3.Conjuntos defnidos porcondicdes 43 Resumo 52 Praticar 2 53 Avaliar 38 BRadicais. Poténcias de expoente racional Introdusio a 1, Radicais 63 4.1. Raia indice n de um numero 1.2. Propriedades algébricas dos radicais Praticar 1 . Poténcias de expoente racional 2.1. Radicais equivalentes 2.2. Multiplicacao e divisdo de radicais com indices diferentes 82 2.3. Operagdes com poténcias de expoente racional 83 Resumo 85 Praticar 2 86 Avaliar 90 Polinémios Introducao 94 |. Operagdes com polinémios 5 1.1. Divisdo inteira de potinémios 97 Praticar 1 106 2. Teorema do resto 10 3. Decomposi Resumo Praticar 2 avaliar Geometria analitica Introdugao 4 Referenciais cartesianos 4.1. Referencial cartesiano no plano 1.2. Referencial cartesiano no espaco Praticar 1 2. Distancia entre dois pontos 2:1. Disténcia entre dois pontos no plano 2.2. Distancia entre dois pantos no espaco 3. Coordenadas do ponto médio de um segmento de reta 3.1, Ponto médio de um segment de reta [AB] na reta numérica 3.2 Ponto médio de um segmento de reta [AB] no plano 2. Ponte médio de um segmento de reta [AB] no espaco 4. Conjuntos de pontos do plano definidos por condicées 4.4. Mediatriz de um segmento de reta 4.2. Circunferénciae cireulo 4.3. Blipse por condicées ' Conjuntos de pontos do espaco definidos o de polinémios em fatores | 14 132 133 133 162 162 165 170 1% 5.1, Plano mediador de um segmento de reta 174 5.2. Superficie esférica e esfera Praticar 2 6. CAtculo vetorial no plano e no espaco 46:1 Produto de um numero reat (escalar) por um vetor 46.2, Operar com coardenadas de vetores 6.3, Equacdo vetorial da reta Resumo Praticar 3 Avaliar Soludes Formulario 176 179 187 191 197 207 216 216 228 230 296 Como esta estruturado o manual Este manual, dividido em duas partes, apresenta-se organizado em 6 unidades: ED Introducao a tégica bivalente e & teoria dos conjuntos Radicais. Poténcias de expoente racional Bi Potinémios Geometria analitica Bi Funcoes Gi Estatistica: caracteristicas amostrais = Paginas de abertura = Paginas de desenvolvimento Intraducao a unidade de forma apelativa Curiosidades o interesse eestimular arellexao, beam para despertar (BD oesario Observa.a figura | pesatios Incentivo ‘a curiosidade 2 perseveranca, . =| Lrwterinca histérica Enquadramento nivel social cultural. — Informacio t= complementar Exercicios ‘Acompanham desenvolvimento dos contetidos, = Resumo = Praticar Exercicios ‘com maior ‘rau de dificuldade = Avaliar Para aplcar etestar (08 conhecimentos. Os exercicios assinalados com 9K @ AK (asterisco) correspondem a niveis de desempenho mais avancados. Introducao a logica bivalente e a teoria dos conjuntos a 100 500 Sete ver | a Ss a 2000 George Boote 7 > § aC. ll ala ese Em situacdes do quotidiano, em diferentes con- textos, so utilizadas, com frequéncia, expres Bes do tipo raciacinio légico e raciocinio mate mético, com 0 sentido de validar uma argumenta Bo apoiadas em estruturas abs- tratas que se encontram na forma de pensar e de comunicar. 10 ou uma demonstra- A preocupacao com a validagao e o rigor dos raciocinios, encarada de uma forma sistematica, remonta ao século IVa. C., com destaque para o filbsofo grego Aristételes e seus discipulos, resultando daf 2 denominada légica aristotélica em que so estabelecidas algumas regras que permitem vali- dar alguns tipos de raciocinios, conhecidos por silogismos. A légica aristotélica prevaleceu cerca de dois mil anos até ao século XI em que a chamada légica matematica teve o seu desenvolvimento a partir do filésofo e matematico inglés George Boole ao tentar traduzir a légica numa Algebra simples de conjuntos, utilizando variaveis, os simbolos O{falso) ¢ 1 (verdadeiro) e trés operacdes: = and (significa é) que nesta unidade vai ser designada por conjuncao; = or (significa ou) que nesta unidade vai ser designada por disjuncao; + not (significa ndo) ue nesta unidade vai ser designada por negacao. A légica matematica tornou-se a base das lin guagens de programacio e desta forma o nome de George Boole esta ligado a0 desen- volvimento da era digital tributes para 0 desenvolvimento da légica matemética, nomeada- mente Augustus De Morgan, que 6 referido nesta unidade 2 pro- pésito de um conjunto de re- gras conhecidas por Leis de De Morgan e Gottlob Frege, que é um dos fundadores da légica mate~ mética moderna, introduzindo nomea~ damente 0 uso de quantificadores, Introdueio & égicabivalentee teoria ds conjuntos 1. Proposicdes 1.1. Proposicées e valores logicos A légica proposicional ¢ 0 estudo matemético das relacdes légicas entre proposicdes, Neste contexto, entende-se que uma proposicdo ¢ uma frase afirmativa suscetivel de ser classificada como “verdadeira” ou falsa”. Estes atributos designam-se por valores légicos da proposicao, = Em relagao a soma de nimeros reais, a afirmacdo “2+3=5" uma proposicao verdadeira, = Em relagao & afirmacao “A cor da camisola é preta.” é uma proposicao, embora nao seja possivel decidir & partida 0 seu valor légico, que po- deré ser verdadeiro ou falso dependendo do contexto a que se aplica, mas seré bem determinado em cada caso concreto. ‘1.1, Termos (ou designacées) ‘A imagem apresentada ao lado pode sugerir varios tipos de expressées, ‘como, por exemplo: = “Accor da camisola é azul.” — é uma proposigao verdadeira (valor tégico V} = "Sobre a mesa hd menos de cinco livros. (valor tégico F). uma proposiga0 falsa Expressées como “camisola’, “azul”, “mesa”, “livros” e “cinco” sao ele- mentos constituintes das proposicées anteriores, mas nao s8o proposi- des, uma vez que nao sao afirmacées sobre as quais tenha sentido dizer se so verdadeiras ou falsas. A este tipo de expresses, que designam ou considera as expresses: I: Pedro Il: O més de abril tem 31 dias. nomeiam entes (coisas, pessoas, niimeros, etc), da-se onome de termos il: 12-5 € um nlimero par ou designacdes. WW: 10-%=0.01 3 ve 3 5 3 wiser 5 1.1. Das expressdes dadas, indica as que sao designacoes. 1.2. Das proposicdes dadas, indica uma verdadeira e uma falsa, (Zem retagio a um problema, 2 Pita eo ho feram a sequints armasées O problema \é muito dificit, [SOB Considera, em tégica matematica, a expressao: 2. 67 Trata-se de uma proposicao? Explica, ‘0 resultado do problema 2. Trata-se de uma proposigao no sentido em que é abordado neste estudo? Explica considera as proposicses: Reva ae nr VIT>& 3.1. As proposicdes pe q S30 equivalentes? 3.2. As proposicées q er si equivalentes? 3.3. Determina o valor l6gico da proposicao t, sabendo que a) as proposicées t e p so equivalentes: ) as proposicées t e r io equivalents ¢) as proposices te g no 80 equivalentes. 10 ‘O problema é muito dificil” Considera agora a seguinte afirmacao: “0,01 um nimero pequeno.” Neste caso, em relagio ao valor légico, a resposta pode ser verdadeiro ou falso, consoante o tipo de nimeros que estejam a ser comparados, mas também depende da sua avaliacao subjetiva ‘Afirmacdes como esta nao so admitidas na lagica matemética que aqui é tratada. Neste estudo, so estabelecidos dois principios: Assim, dada uma proposigao p, ou é verdadeira ou a sua negacao ¢ ver- dadeira. Se a proposico p for verdadeira diz-se que o seu valor légico é verda- deiro e representa-se por V (ou por 1). ‘Se a negagao da proposicao p for verdadeira entao a proposicao p éfalsae diz-se que o seu valor légico ¢ falso e representa-se por F (ou por 0} 1.1.2. Equivaléncia de proposices Considera as proposicdes p, q, re 5 tais que: p: Vis¥=Vinvi a: Vix9 = Vix V9 rs VCR =-5 543_5,3 Na tabela ao lado estao os valores l6- sicos dos proposcoes dada [[Preposides|[/Valorsic] Repara que as proposicdes p e r tém p ‘©. mesmo valor légico, assim como as proposicées qe s <|a}<|> Proposicoes com 0 mesmo valor (6 5 gico dizem-se equivalentes. Introdueio & égicabivalentee teoria ds conjuntos 1.2. Operacées sobre proposicoes Certas proposigées sao elementares, no sentido em que nao padem ser decompostas em proposicées mais simples, como, por exemplo, “A cami- sola é preta.”. A partida, uma proposicao deste tipo pode assumir qual- quer um dos valores légicos. Noutros casos, as proposicdes so compostas de outras mais simples através de elementos de ligacao. Esses tipos de elementos de ligacdo entre proposicdes sao denominados operacdes légicas, e que sao estudadas a seguir. Exemplo A partir das proposigées: “Vou ao cinema.” e "Vou ao teatro.”, pode consti- tuir-se uma nova proposicao ligando-as pela palavra “e” “Vou ao cinema e vou a0 teatro.” Apalavra “e” & aqui vista como uma operagao lagica entre as duas propo- sicdes elementares: "Vou ao cinema.” e "Vou ao teatro.” 0 valor légico da proposicdo composta ficars completamente determi- nado uma vez conhecido o valor légico de cada uma das proposicdes mais simples que a constituem, de acordo com o que veremos a seguir. 1.2.1, Equivaléncia Dadas duas proposicdes 2 © b, pode-se formar a proposicao composta: ‘a € equivalente a b” ou simbolicamente “a <=> b” cujo valor légico de- pende dos valores lgicos das proposicées 2 ¢ b Exemplo Considera as proposicées: oho asvese Os valores légicos das proposices per, pq e res sdo: Di considera as proposicées: p:-27<0 Indica 0 valor l6gico da proposicao: bp > q 42 peor 43. p = s 4h p >t 45.91 46g s angert 48 res 4a eat 410.51 u [SOB representa, na mesma Uinquagern.a proposko ~p st BA. p: “Susana tem othos 52. p:4+5=(-37 53. p:4<5 3 84 p:Z>1 copia e completa a tabela. B eum 2 inteiro. V5<3 ‘Algum gato nao épreto Dearro’ branco, Nenhuma pera std madura, ‘Aequipa da minha cidade perde, (Dsate-se que a proposicao p Salsa Determina o valor ogo 3 proporicia 9 sabendo que TA. ~pe2~q 6 verdadeira 72. ~qe9p 6 falsa By wrormacto + Uma tautologia é uma proposicao que é verdadeira, independentemente dos valores légicos das proposicdes elementares que a constituem, Uma contradicao é uma proposicao que é falsa, independentemente dos valores légicos das proposicdes elementares que a constituem. 12 1.2.2. Negacao Considera as proposicées: p: “Pedro Nunes foi um matemético portugués.” 12__12, 12 asa 4 = Aproposicao ndo p é representada por ~p e corresponde a: "Pedro Nunes nao foi um matematico portugues.” O valor légico da proposico p & V eo valor Ligico da proposicdo ~p éF. = Aproposicao no q é representada por ~q e corresponde a: O valor légico da proposicao q & Fe o valor ligico da proposicao ~q ev. No caso geral: Dupla negacao: (~ (~ p) => p ‘A justificacao desta equivaléncia pode ser feita recorrendo a uma tabela (tabela de verdade) onde so consideradas as diversas possibilidades para os valores légicos da proposicdo p Repara que as colunas associadas as proposicées p e ~ (~p) témsem- pre 0 mesmo valor légico, ou seja, as proposicdes s8o equivalentes. Chega-se a mesma conclusio observando a coluna relativa a proposic3o ~ (~p) & p que é totalmente preenchida com V. Introdueio & égicabivalentee teoria ds conjuntos 1.2.3. Conjungao Considera as proposicées: ps "12 émiltiplo de 4” q: "15 é divisivel por 3” A partir destas duas proposicdes pademos obter uma terceira proposicaio ligando-as por e, tendo-se peg: “12 émiltiplode 4 15 édivisivel por 3” A proposigao p e q é designada por conjuncao de pe q e representa-se por pAq PAG: “12 émiltiplo de 4 e 15 & divisivel por 3° 0 principio da nao contradicao pode ser representado através da proposigao ~ (PA p)). que é verdadeira independentemente do valor égico de p vir] F Vv Flv| F Vv © Aconjuncao & comutativa As colunas relativas a pAg e a qAp sao iguais. al=f=<]= alalaf< Dagui se conclui que: Repara que para justificar que (p Aq) > (qAp) basta atender 2 que PAq éverdadeira exatamente quando p e q sao ambas verdadeiras, 0 mesmo acontecendo com q/Ap [considera a proposicdes 2 °S éumnimero prime, a2 °S éum ndmero impar” rs “Todos os numeros impares. ‘onda primes” 8.1. Traduz em linguagem corrente a propasigio: apAq b) paca) or 8.2. Indica valor légico da proposigao: a)par ~ (Arma) A wACAAG By wormacio Por vezes, em proposicées que resultam de operar com mais do que uma proposicao felementar,recorre-se 3 construgao de uma tabela de verdade, considerando todas as sequéncias de valores I6gicos para as proposicdes operandas, Assim, se tivermos n proposi¢des, o ndmero de linhas é 2" 13 Bog RNB ga Pseia 2 uma proposicao folsa Determina o valor gio da proposiqao b, sabendo que 91.(~a)Ab 6 verdadeira; 9.2.(~(@ABJA(~B) é falsa, (i) seja a uma proposicao verdadeica Sabe-se que a proposicao (© B)Aa) Aa) € falsa. E possivel determinar o valor L6gico da proposicso b ? Bxplica [ii] considera as proposicdes: p: Viz>3 a: Vee 1s VbeVies 11.1. Indica 0 valor gico das proposicdes dadas. 11.2. Determina o valor légico da praposi¢ao s, sabendo quea proposicao (~s)Ap & verdadeira 11.3. Determina o valor légico da praposicao t, sabendo que a proposicao 1A(~ 4) & falsa 14 * Aconjuncao é associativa [e Tate ona Tear | enaar T eaaad | viviv[ iv Vv Vv Vv viviFlv F FE E v[Fi[v[ F FE F vV[FlFl F F E Flvi[v[ Fr Vv EF F e[vi[F[ er F FE F FlFi[v[ Ff F F F FlelFl ef F FE F Comparando os resultados da 6.* e 7. colunas, conclui-se que: = Idempoténcia Qualquer que seja a proposicdo p, tem-se: < ‘omer EL H = V €0 elemento neutro da conjuncao Qualquer que seja o valor légico da proposicao p., representando por V uma qualquer proposi¢ao verdadeira, tem-se: < “paoesennes Pte Fly * F 60 elemento absorvente da conjuncdo Qualquer que seja 0 valor légico da proposicdo p, representan uma qualquer proposicao falsa, tern-se: ido por F Ee EE Fle Boarera1 ii constteratestpropesicces + "9 &um niimero impar e primo.” "25 & miltiplo de 5.” “7 & divisor de 28 e é numero primo.” 5: °3 édivisor de 10.” 1.1. Indica 0 valor légico das proposicdes dadas. 1.2. Traduz em linguagem corrente: a qas b) (gas ) PAC 1.3, Indica 0 valor légico da proposicdo: pa, sendo a uma proposicao qualquer. 1.4, Sabe-se que o valor légico da proposicao qAb é V Qual € 0 valor légico da proposicao b? 1.5. Determina o valor légico da proposicao: a) ~AA~D b) rAGaws) 5) Introdueio & égicabivalentee teoria ds conjuntos 1.2.4, Disjungao Considera as proposigées: 1p: "12 € miltiplo de 4.” q: 15 6 divisivel por 3.” A partir destas duas proposicdes pademos obter uma terceira proposicao ligando-as por ou, tendo-se: pou g: “12 émiltiplode 4 ou 15 é divisivel por 3.” A proposicdo p ou q & designada por disjuncao de p e q e representa -se por pVq pV aq: “12 émiltiplode 4 ou 15 é divisivel por 3.” O principio do terceiro excluido pode ser representado através da proposi- a0 pV~p que é sempre verdadeira independentemente do valor légico dep, conforme se mostra na tabela, v v F Fly] ov = Adisjuncao é comutativa © Adisjuncao é associativa = Idempoténcia Qualquer que seja a proposicao p, tem-se: = F éoelemento neutro da disjuncao ualquer que seja 0 valor légico da proposigao p, representando por F ‘uma qualquer proposicao falsa, tem-se: Convencaio Numa sequéncia de operagées \6gicas,a menos que se utlizem parénteses, deve respeitar-seas sequintes priridades: primeiro a negacéo, seguindo-se conjuncéese dsjuncBes e por fim equvaléncias, Exemplo Escreve-se: I~pAg emvezde (~p)Aa: I~py~q emvezde pveq) (i) Mostra que W21.pVvg = qve 122(pVg)Vr & pvigvn) (Blseom p00 ras proposicdes: p+ "9 énimero primo’ a: VE>2 re VE SF =-5 Determina o valor légico da proposicao: 13A.pA~r 192.~ (an 1Ba.~pv~r Bh pVGA~O) TEVA proposicao p & verdadeirae a proposicdo p Ar 6 falsa Determina o valor ligico tn poposirdo 4, saendo que Wa. gVr 6 falsa: 142.(pAg)Vr € verdadeira [Be] seve-se quea propasicie » éverdadsira ea proposio r 6 fala. Mostra que! BArVierngeq WAMVAADHS 15 (Sig MS om [al considera a proposcao: ievav~p 46.1. onsiruindo uma tabela de verde, mostra que» proposicao dada é uma tautologia (ou seja, é verdadaira indepandantererta dos valores légicos de p ede q) 162. Por aplicacao de propriedades des operapdes Vigicas, mostra que Va)v~p eumatoutologia (considera a proposicao: ~~vgap 17.1. Mostra que a proposigao dada ¢ falsa,construindo uma tabela de verdade 17.2. Por aplicacao de propriedades das operacies Légicas, mostra que ~(pV q)Ap é uma contradigao Ge) sejam p © q duas proposicdes nao equivatentes. Determina 0 valor ligico da proposicao pV (~p Ag) ‘comegando por simplificar a expresso que a define [indica ovaortgico a proposisdo 19.."n 6 igual 3.16 @ V2 6 iguala 16 192.°28 €umnimero par ou divisivel por 3 19.."15 nao & nimero primo oué mitplo de 10 Consdera as proposicdes p:5<7 4: 2<5<7 20. indica a expresso correspondent 2 ~ p 20.2. Atendendo aque 2<5<7 6 uma forma de escrever 2<5A8<7, representa ~q através de uma disjuncao. 16 = V 60 elemento absorvente da disjuncao Qualquer que seja o valor légico da propo tuma qualquer proposiao verdadeira, te 10 p, representando por V 2: Bimrera2 EB considera as proposicée: p:"n<3 ou 3 éimpar” r S:7<5V7=5 a5 z grav g<3 “10 no é multiplo de 5 ou é quadrado perfeito” 1.1, Indica 0 valor l6gico das proposicées dadas. 1.2. Indica o valor légico da a~pvr proposicao: bqv~r TZ Copia para o teu caderno a tabela seguinte, completa o seu preenchimento e verifica se as proposicdes (p Aq)Vr e PAV r) a0 equivalentes, >|-a]>]>]<]<|<|< a|-nf<|<|n]-]<|< n}<|a]<|n]<|n]< IE Recorrendo a tabelas de verdade, mostra que: 3.1. pAQV A) & (AQ) 3.2. pV(aAr) = (ova). Van Abvn HEB Sem recorrer a tabelas de verdade, mostra que: ~ PAV ag) > ~pAg [Ell Recorrendo a tabelas de verdade, mostra que: 5.1.~ (pAg) => ~pv~q ~(pVg) = ~paAn~q Introdueio & égicabivalentee teoria ds conjuntos [7] considera no conjunto dos riimeros reais as proposies: 2 "x 6 um nGmeroiracional. a: Vaca 1 b= Vi6 5: Vic2 21.4. Sem utilizar a palavranéo, tradiz em linguagem corrente as proposigées: EXERCICIOS a)~ (Ag) b~s [EB Sejam p e q duas proposicées. o~@vn Sabe-se que a proposicao ~p V(~q Ap) é falsa. 21.2. Sem utilizar o simbolo ~ Determina os valores légicos das proposicdes p e q traduz em linguagem simbélica as proposicdes: Resolugao a)~ (As) b)~ (rvs) Comeca-se por simplificar a expressio ~pV(~q Ap) ~pV(~qAp) & (~pV~gA~Ppvp) (ropriedade cistributva da disjungao em relag30& conjuns0) (~pV~gA~pVp) = ~pV~q (PV p 6 uma proposicao verdadeira eV 80 nto neuro da conjuncéo) ~pV~qg = ~(PAg) (Leis de De Morgan) Assim, ~pV(~qAp) = ~(pAq) Se ~(pAgq) é falsa, entéo p Aq é verdadeira, 0 que s6 acontece see s6 se p e q forem ambas verdadeiras. EE Considera as proposicées: "A Ana foi convidada para a festa.” b: “ABerta nao foi convidada para a festa.” “0 Carlos nao foi convidado para a festa.” Dos trés amigos, Ana, Berta e Carlos, quem foi convidado para a festa, sabendo que a proposicao a V[~(b A~ c)] é falsa? c: Resolugao Por aplicagao das Leis de De Morgan, tem-se: aVi~(A~o)] Se aVvim~bvd)erav(~b)ve Se a proposicdo a V(~b) Vc é falsa, entdo tem-se: a proposicao falsa; ~b- proposicao false o que sé acontece se b for verdade; c proposigai falsa. Conclui-se que, dos trés amigos, o ‘inico que foi convidado para a festa foi o Carlos. 7 inos ‘Sig Bi wnrormacto AA disjuncdo exclusiva é uma operacao légica, que se representa por V e é4definida pela sequinte tabela de verdade A disjungao exclusiva é verdadeira quando uma e uma 6 das proposicies é verdadeira [Bi] considera as proposicdes: Pi Vous Paris, 4g: "Vou Londres. 22.1, Representa em linguagem simblica a proposigso: ‘Quvoua Paris ou voua Londres.” 22.2. Representa em inguayem corrente a propasigio ~pv~q (Ba) Através de uma tabela de verdade, mostra que pVger~perq) Bi wnrormagio Em termos lagicos a implicagao entre duas proposicdes nao obriga a que haja uma causalidade entre 0 antecedente eo consequente. Esta implicacao apenas est dependente dos valores lagices. E designada por implicacao material Exemplo: 1: “Lisboa é 2 capital de Portugal qi 7>h Neste caso, p> q 18 Bimrera3 [EM Sejam p, 9 r as proposicdes: Hoje vou 20 cinema.” Hoje nao vou ao teatro.” Hoje fico em casa.” 1.1. Traduz em linguagem corrente as proposicdes: a) pAG b) pvr ) pa~g ean 2) ~eva ) ~@aa) 1.2. Traduz em linguagem simbdlica 4) Hoje nao vou ao cinema e fico em casa 'b) Hoje nao vou ao cinema nem vou ao teatro. 1) Hoje fico em casa ou vou a0 cinema 1.3, Traduz, em linguagem corrente, a negacao da afirmacao: ‘) Hoje nao fico em casa e vou ao teatro. 'b) Hoje vou ao cinema ou ao teatro. EB sejam p, q-¢ 7 as proposigges: Kay<2; q Zoi ay 25, Representa as expressdes correspondentes as negacdes das propo- sigdes seguintes na forma de uma conjuncao ou de uma disjuncao: 24.pAq 22.qVr 23.~pA~r 2s pVq 1.2.5. Implicacdo Considera a proposicao: “Se vou ao gindsio, entdo ligo 8 Joana A proposicao dada estabelece uma relacao entre as proposic sendo “p: Vou aogindsio.” e “q: Ligo & Joana. es ped, Repara que a proposicao dada ¢ falsa apenas no caso em que p é verda- deira (vou ao gindsio)e q é falsa (nao ligo & Joana). Assim, tem-se: alal q. Introdueio & égicabivalentee teoria ds conjuntos = Aimplicagao nao é comutativa Repara que sendo p uma proposicao verdadeira e q uma proposicao falsa tem-se. Lv[e{ * [ v | p=>q é falsae q = p é verdadeira. p © q & verdadeira se e 56 se p => q e q => p séo ambas verdadei- ras. alalgeq=p = Se 128 & numero par, & miltiplo de 2. Sendo miiltiplo de 2 ¢ divisivet por 2 = Se 128 & divisivel por 2, € miltiplo de 2. Sendo miltiplo de 2 & né mero par. Assim, p => q Bil considera as proposicées: visvi Indica 0 valor l6gico de cada uma das proposicées: 2hA.a => b M20 26.3.4 => b 26h. (~ a) = 6 26.5. => (~a) 26.6.6 = (~o) 27. =) = (a> 9) 24.8. =) = (>a) 19 (Big Unidad 1 Convencao Niece teterererten esate tiizem parénteses, devern reales ies priridades: primero, negacio, sequindo-se conhngBes eaisjungées pla ordem que aparecem ep im, petee serene 1° Negacdo 28 Conjun¢ao/Disjun¢ao 3 Implicacao/Equiv Nota: Nas expressdes que cenvolvam implicacées e equivaléncias deve sempre ser usados parénteses para esclarecer ambiguidades. Exemplo: ~pviaqge~r) considera as proposigses: 2: “Ana pratica natagio. b: “Bernardo nio pratica voleibol.” €: “Catarina pratica ballet 25.1. Representa em linguagem simbélica as proposigbes: a) "Sea Ana pratica natacao, entio 0 Bernardo pratica voleibol, b) “Sea Ana nao pratica natacao ea Catarina pratica ballet, entao © Bernardo nao pratica voleibol 25.2. Reprasenta em linguagem corrente as proposicées: a~b=3c evos~c ~a=3 bao) Dav~d= davo=~o b 20 Borers Exemplo Considera a proposic: “Nao chovee esté sol, entéo vou a praia.” Podem identificar-se as seguintes proposicdes elementares: p: “EstSa chover” 4g: “Esta sol” + "Vou 8 praia.” Proposicao dada em linguagem simbélica: ~p Aq => r [EBB identifica as operacées légicas e as proposicées elementares envolvidas em cada uma das seguintes proposicdes e escreve-as em linguagem simbélica 1.1. Se o preco do livro é superior a 20 euros e nao tem desconto, entéo nao compro o livro. 1.2. Compro o livro se e s6 se 0 desconto for superior a 25% 1.3.Se -3<0 e 2>0, entdo -3x2<0 1.6. Se 60EIN e VE0EN, entao VE0 é um numero irracional 1.5. Nem V7 & um numero natural nem 7 é um quadrado per- feito. 1.6. Ondmero 1653 é miltiplo de 3 se e s6 sea soma dos valores, dos algarismos é divisivel por 3 I Considers es proposictes a: “Estudo Matematica.” b: “Estudo Inglés.’ x “Vou ao ginasio.” Utilizando operagées légicas entre a, b ec, escreve em lingua- gem simbélica as proposigées: 2.1. Estudo Matematica e Inglés ou vou ao gindsio. 2.2, Se vou ao gindsio, entao nao estudo Matematica nem Inglés. 2.3. Se nao estudo Matematica, entao estudo Inglés ou vou ao gina- sio. 2.4, Se vou ao gindsio, entao estudo Matematica e Inglés. 2.5. Se for ao gindsio, entao nao estudo Matemética ou estudo Inglés. 2.6. Vou ao gindsio se e sé se estudar Matematica e Inglés.

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