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Sistema de produção

Aula 1- Introdução ao curso de sistema de produção

Classificação tradicional (tamanho do lote/ variedade):

 Produção em linha ou continua: Produção em massa, produz grandes


quantidades, todavia, possui uma baixa flexibilidade ou variedade de produtos;
 Produção por lotes: Produção de quantidade limitada de cada produto, possui
flexibilidades, relacionadas aos tipos de postos de trabalho disponíveis;
 Produção de projetos únicos: Alta flexibilidade, uma única unidade está sendo
produzida

Classificação por destinação

 Produção por estoque: Pronta entrega, mas com personalização limitada; requer
conhecimento do mercada para decidir o que produzir, e quanto produzir
 Produção para o cliente (encomenda): Produzido totalmente a pedido do cliente,
com suas especificações e prazos acordados entre as partes.

Manufatura enxuta ou Sistema Toyota

 Celular, busca minimizar estoque em processo: Menor estoque em processo


permite reduzir capital de giro e lead times, mantendo flexibilidade e qualidade.

Aula 2- Sistema de produção na classificação tradicional

Sistema

Definição: Um sistema é um conjunto de elementos interdependentes que modo a


formar um todo organizado. Vindo do grego o termo ‘sistema’ significa “combinar”,
“ajustar”, “formar um conjunto”.

Entrada Processamento Saída

Entrada: Matéria-prima, insumos, pedidos, plano de produção.

Processamento: Mão de obra, sequenciamento de transformação

Saída: Produto, estoque.


Produção em linha

Os produtos fluem por uma correia ou outra forma de transporte similares, passando
pelos postos de trabalho em sequência fixa.
Principais características:
 Alta padronização dos produtos. Há pouca flexibilidade para fabricar produtos
deferentes;
 Custo de implantação alto. Os produtos devem ter demanda estável por longos
períodos;
 Mão de obra menos especializada, realizando trabalhos repetitivos.
 Favorece a automação

Produção por lote

Lotes de produtos passam por postos de trabalhos com função especificas em diferentes
sequencias.

Principais características:
 Produz um volume de produtos ou serviços padronizados em lotes;
 É flexível, limitado aos tipos de postos de trabalho disponíveis;
 Requer bom sequenciamento de produção para ter utilização adequada dos
recursos/postos;
 Ao mudar o tipo de produto, o posto de trabalho pode necessitar de setup ou ajuste
de ferramenta;
 A mão de obra deve ser polivalente;

Produção de projetos/produtos únicos

Trata-se de atendimento de uma necessidade especifica do cliente. Todo sistema se


volta a sua execução.
Principais características:
 Alta flexibilidade, pois o produto é feito totalmente segundo as especificações do
cliente;
 Capacidade de produção limitada: lote unitário
 Uma vez concluído, o sistema passa para outro produto diferente

Aula 3- Produção para estoque ou para o cliente


Grau de padronização

O grau de padronização depende do nível de contato com o cliente. Quanto maior o


contato, mais personalizado pode ser o produto, e também menor a escala.

Produção para estoque

Adequada para produtos mais padronizados com alto grau de uniformidade, que tem
maior demanda e o cliente esperar ter a pronta entrega.

Vantagens

 Pronta entrega para o cliente;


 Larga escala;
 Custo de produção reduzidos;
 Permitir automatizar;

Desvantagens

 Pode não ser exatamente o que quer o cliente;


 Sujeito a encalhe caso a demanda mude;
 Requer controle de estoque;

Produção para o cliente

Produzido totalmente a pedido do cliente, com suas especificações e prazos acordados


entre as partes. Geralmente com lotes unitários.

Vantagens

 Entrega o produto que atende todas as necessidades do cliente;


 Cliente participa do processo

Desvantagens

 Produção mais cara;


 Difícil de automatizar;
 Não existe pronta entrega;
 Sistema pode sofrer ociosidade;

Aula 4- Simulação de sistemas de produção


Simulação

Simulação é o ato ou efeito de simular, experiência ou ensaio realizado com auxílio de


modelos.

As razões para simular são principalmente analisar um sistema que ainda não existe,
baixo custo para experimentação, possibilita alto nível de detalhamento de acordo com
a necessidade, além de analisar diversos cenários e escolher o mais adequado.

Regra geral do Arena

 Evitar usar acentuação, pontuação e caracteres diversos como @$%¨nos nomes de


objetos;
 Usar nomes únicos para tudo;
 A arena não diferencia MAÍSCULA E minúscula;
 Padrão número americano: ou seja, o separador de decimais é o ponto (.).

Modelagem por fluxogramas

O processo de modelagem é o ato de explicar ao AREANA como funciona o sistema.


Os módulos de fluxograma são usados para descrever o funcionado do sistema.

O fluxograma precisa de informações dos módulos de dados, como capacidade dos


recursos, regras das filas, tipos de entidade, etc.

Elementos da modelagem

Recursos: Elemento fixo que faz parte do sistema e é necessário para os processos.
Ex: Máquinas, postos de trabalho, operadores.

Entidades: elemento dinâmico que circula pelo sistema e interage com os recursos.
Ex: Cliente, matéria-prima, peças;

Módulos do ARENA

Módulos de dados

Entity: configura a entidade, informa qual o nome da entidade, elemento que move o
sistema.

Resource: configura seus recursos.


Create: insere os elementos dinâmicos que são as entidades dentro da simulação,
informando a frequência com essa entidade irá entrar no sistema (frequência de
chegadas de peças, frequência de chegada de clientes).

Dispose: Tirar as entidades do sistema, sendo posicionando no final da simulação.

Process: represente a parte do sistema que existe uma transformação ou interação entre
a entidade e o recurso (peça sendo trabalhada pelo operador).

Aula 5- Medição de KPIS e decisões dentro do sistema

1. Decisões dentro de sistemas

O sistema deve reagir o tempo todo diante de novas situações

Informações na simulação

O Arena conta com registradores internos que permitem consultar estatísticas ou outras
informações referentes à situação atual da simulação.

Módulo DECIDE: Representa uma ramificação do fluxo do processo baseado com a


condição do sistema ou um percentual probabilístico;

2. Indicadores de desempenho (Key performance indicators)

KPI: Informações que permitem medir o desempenho do sistema

 Produtos fabricados;
 Estoque em processos;
 Lead Time;
 Tempo de fila,
 Ocupação/ociosidade.

Importantes para comparar diferentes tipos de sistemas, avaliar a efetividade de alguma


melhoria, detectar gargalos ou problemas no processo e embasar a argumentação para a
tomada de decisões sobre o sistema.

Módulo RECORD: serve para coleta estatísticas em pontos de modelos escolhidos pelo
usuário. Mede o tempo das entidades e conta quantas chegaram ou passaram para cada
parte do processo. Também mede a frequência em um ponto, ou seja, monitora de quanto
em quanto tempo o produto passa naquele ponto (intervalo de tempo de passa de produto e
outra). Realizada também a contagem de produtos produzidos.

Módulo ASSIGN: Serve para alterar ou associar valores e variáveis, atributos de


entidades, e outros parâmetros ou variáveis do sistema.

Módulo ASSING+RECORD

Eu quero medir desde o momento em a matéria prima entrou no sistema, até o momento
em que saiu um produto pronto. Colando-se o ASSIGN no primeiro ponto antes do
processo, marca o momento da passagem da entidade, utilizando a função TKNOW, que
consiste em uma função interna da ARENA. Quando chegar no módulo RECORD, ele vai
visualizar a informação da chega da entidade, irá analisar e informar o time de saída.

Aula 6- Sistema de movimentação

Movimentação

Necessária para que todas as atividades de fabricação sejam realizadas no produto. Parte
integrante do sistema de produção, em maior ou menor intensidade, e depende do tipo de
sistema.

Sistema de produção em massa: Geralmente o produto se move para passar pelos


recursos de fabricação.

Sistema de produção de produto únicos: Geralmente os recursos se movem para cumprir


as etapas da fabricação do produto.

Ponto de vista de movimentação

 Produção em linha: Movimentação constante, ritmo da linha: TAKT


 Produção por lotes: Movimentação frequente, mas do lote completo.
 Produção por produto: Pouca ou nenhuma movimentação do produto.

Recursos de movimentação
Movimentação depende de recursos: Os produtos precisam ser transportados por correias,
empilhadeiras, transportadores aéreas ou operadores.

Movimentação independente: Os elementos movimentam-se em um local para o outro com


seus próprios meios, ou seja, não necessitam de recursos de transporte: Ex: Clientes,
veículos.

Simulando a movimentação

Elementos de movimentação no ARENA

Conveyor: Correias transportadoras

Transporte: Operadores, empilhadeiras, paleteiras.

Route: Movimentação independente

Sistema de movimentação no ARENA

Módulo station: representa uma localização física no modelo. Ao passar pelo Station, a
entidade é posicionada nesse local.

Módulo Route: envia a entidade para estação de destino, consumindo uma certa
quantidade de tempo. Serve para fazer uma movimentação simples entre duas estações.
Usando para movimentação independente

Aula 7- Sistema com formação de lotes

Formação de Lotes

Alguns sistemas requerem a formação de lotes por diferentes movimentos.

 A produção é conduzida por lotes;


 Alguns equipamentos requerem o processamento em lotes, ou “bateladas”;
 O transporte é feito por números fixos de unidades, em pallets ou outro tipo de
repositório.

Produção conduzida por lotes: os produtos são processados unitariamente, mas


movimentam-se em lote pelo sistema;

Transportes por número fixo: o recipiente de transporte é projetado para acomodar


um certo número de elementos ou peças para executar o processo.
Simulando Lotes no ARENA.

Lotes permanente: As entidades/produtos são reunidas em um lote ou colocados em um


recipiente e não irão mais ser processados individualmente.

Lote temporário: As entidades/produtos se unem para um processo ou transporte, mas


depois disso são processadas unitariamente.

Módulo Batch: Forma lotes fixos de entidades, que podem ser permanentes ou
temporários.

Módulo Separate: desfaz o lote feito pelo Batch, desde que seja do tipo temporários.

Aula 8- Sequenciamento da Produção

Sequenciamento

Definição da ordem em que as tarefas devem ser executadas a fim de que o processo de
produção aconteça o mais rápido possível.

Sequência das ordens podem ser definidas por

 Ordem de chegada
 Tempo de processamento
 Data de entrega
 Prioridade
 Índice critico: (Data de entrega- data atual) / tempo de processamento

Ordens: Pedidos que devem ser atendidos pelo sistema de produção. Podem ser lotes
grandes ou unitários, dependendo do sistema.

Simulando ORDENS no ARENA.

O modelo precisa de três informações para representar as ordens

 Tipos de produtos fabricados


 Quantidade (tamanho do lote)
 Sequência das chegadas dos pedidos ou ordens

Variáveis e atributos

Estruturas para guardar informações dentro do modelo;


Variáveis: Informações que podem ser usadas ou alteradas globalmente da simulação;

Atributos: Informações usadas/alteradas localmente para cada entidade

O módulo VARIABLE: Módulo de dados que permite configurar a variável e definir seus
valores iniciais

O módulo ATTRIBUTE: o módulo de dados que permite configurar os atributos e definir


seus valores iniciais.

O módulo Express: o módulo de dados que pode armazenar nomes de objetos do Arena,
fórmulas de cálculos ou até distribuições.

O módulo Assign: Serve para alterar ou associar valores a variáveis, atributos de


entidades, e outros parâmetros ou variáveis do sistema.

Aula 9- Impactos do Setup e da Manutenção

Setup

Preparação do posto de trabalho para a próxima tarefa a ser executada.

 Configuração do Software para a nova tarefa;


 Troca de ferramenta, molde ou insumo;
 Troca de molde;

Manutenções

Interrupções da operação do equipamento devido a interferências. O equipamento


interrompe sua atividade e permanece parada durante o tempo de manutenção, para ser
reparado ou resolvido o problema que provoca sua parada.

Programadas: periodicamente o equipamento é retirado de atividade para receber seus


devidos reparados preventivos.

Imprevistas ou não programadas: o equipamento interrompe sua atividade no meio de


uma tarefa, e a equipe de manutenção precisa atuar imediatamente.

Manutenção por tempo

Uptime

MTBF= Mean time between Failures: ou tempo médio entre paradas. É o tempo em que
o equipamento fica funcionando até que uma parada ocorra.

Downtime

MTTR-Mean time to Repair: ou tempo médio de reparo, é o tempo necessário para


executar a manutenção do equipamento.

Manutenção por Contagem

Count

Contagem de ocorrências: Quantidade de eventos ou operações do equipamento, após os


quais ele deve reparar.

MTTR-Mean time to Repair: ou tempo médio de reparo, é o tempo necessário para


executar a manutenção do equipamento.

Simulando SETUP no ARENA.

O módulo de dados FAILURE: permite a configuração de falhas do tipo tempo ou tipo


de contagem. As failures devem ser informadas no recurso que sofre a falha.

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