You are on page 1of 13
a Volt 8) de Materiais Didaticog = para Portugués on como Lingua N&o Mat oii ir ea Oar # # iF he if oa } E- He ry cB ae SE: -— F ae i] ' : / i. ‘eMateriais Didaticos F ortugués ‘Sem Lingua Nao Materna — ncias e Desafios Castro er —— a - DDesenvolimento de Mterais Ddtoos para Portugués como Lingua No Materna / [RASSAEI (2012), The Ect of put-based and Output basd instruton on L2 Development. TES “EJ The Becton voural for Engish ae 2 Second Language, 16). Dsponiel sm: bie te ‘eatwordprenisousesumel/nfS/NEu2/, ceca G0 de dezamtro de 202 'SARACENI,C.(2008), Raping Courses: Cical Vi. In B. Tomlinson Ed), Developing Materia for Language Teaching. po. 72-88. London: Continuum, SCHMIDT, . (2001). Attention. iP. Robinson (Ed), Cognition and Secand Language Instruction, pp. if 3-32, Cambridge: Cambridge University Press. CAPITULO 3 SCHMIDT, A. & FROTA, S, (1986), Dovloping Basic r rverssional Abin Socond Languoge: A Case | Study ofan Adult Learer of Portugese. n AR. Oay a) Taking fe Lean: Conversion Second a ir clppuge Acmuston 27-20 Rly, Mi Newby ee OR oeGUEe come UNCUsYECULAr 'SCHMIDT, FLW. (1990), The Role of Consciousnaes in Secand Language Leaming. Applied Linguistics, DE SABERES ESCOLARES: PISTAS PARA A CONCEGAO, 11, 12158, DE MATERIAIS DIDATICOS SSELINKER, L. (1972, nttonquage tsmatona! Ain of Anpted Lingus in Language Teaching : 109), 208-251, SPADA, N. (2014), netucted Second Language Acquistion Research and its Relevance for L2 Teacher Exveaton.Glicaton Mates, 21), 41-54 GPADA ATEMITAY. G20, rons ava ype nen an pt Lana Fs | Sue Nanos Ueto | SWAIN, M. (1905), Free Functions of Cusp ry Second Langunge Leming In G. Conk 8B. Sotho [Eds}, Principles and Practica in aie’ Lingicce, po. 125-144. Oxlre: Oxlord Univers Poss SWAIN, M, (2000), The Output Hypothesis and Beyond: Madang Acauiton through Collaborative Delogue n JP. Lanta (Ed), Soceeutural Theory and Secord Language Learning, pp. 87-114. Oxford Odor Uriversty ress, CTAGHAVL, F.& ALADIN,F (2016). The Etec of Mofied vs, thetic Input on Kanan EFL Leama! FReacing Camerehenson, Thea and Frac in Language Siues ), 450-457 ‘TOMLINSON, 8, (1938)irodcton nB.Tomingon FE), Mates Deveteant in Language Teaching, Bp. 1-24, Cambridge: Camorage Unwersty Press. \VANPATTEN, B. (1996). nut Processing and Grammar Instycton: Teary and Research, Norwood, Nu box \VANPATTEN, B, 2002). Processing suction: An Ubdate. Language Learning, 6244, 755-80. \VANPATTEN, B, (2015) Input Processing in Aduit SLA, In B. VarBatton & J. Willams E48), Thoors in Second Language Acquistion An Inodueton 2" Ed, pp. 118-184. New York: Route, 5) ue ences reowcas i 1 CDasenvolmerta de Materials Didéticos para Portugués como Lingus Ndo Matern (EERE 3. 0 Porruauts como Linsua Vercutas 0€ Sasenes EScoLARES: Pistas para A CoNcEgAO De MareRia's DiDAricos Fausto Casts Este capitulo parte da premissa de que os alunos de Portugués como Lingua Nao Materna (PLNM) enfrentam o duplo desafio de aprender quer 0 portugués, quer Um vasto conjunto de conhecimentos especiaizados, transmitidos © avaliados nessa mesa lingua. Coro a literatura demonstra, estes ttimos conhecimentos requersm tum dominio avangado da lingua, também designado de “proficiéncia cognitiva em linguagem académica”, sendo 0 seu desenvolvimento demorado dependente de ‘apoios préprios @ continuados. Tendo em conta este cendrio, este capitulo tem dois grandes objetivos. O primeiro objetivo consiste em sensibilizar 0 leitor para as exigéncias linguisticas do curticulo escolar. Para 0 efeito, serdo descritas aigumas as principals caracteristicas dos textos com que os alunos contactam em diferentes niveis @ areas disciplinares, com enfoque nas Ciéncias Exatas e nas Humanidades. Um segundo objetivo passa por identiicar urn conjunto de apoios, especificamente vocacionados para 0 ensino @ 0 treino do portugues enquanta lingua veicular, junto e alunos de PLNM. Serdo apresentadas varias estratégias de desconstrugao leito- ra, que podem ser mobilzadas na compreensao de textos escolares “auténticos", como € © caso dos textos presentes em manuais escolares. Seré discutida, ainda, a necessidade de criacao de materiais didaticos adaptadis, ajustados 0 nivel de proficiéncia dos alunos, fazendo-se algumas sugestdes para a sua concretizagao. | REGED 9.1. WrnooUGkO E objetivo deste capitulo fornecer algumas pistas para a criagao de materiais idaticas focados no ensino-aprendizagem do portugués enquanto instrumento de Iranemissdo @ avaliagdo de saberes escolares, vocacionados para alunos de PLNM do ensino bésico @ do ensino secundario. O capitulo socorre-se, para 0 efeito, de trabalhos de investigagso sobre os usos escolares da lingua desenvolvidos nacional € internacionalmente, no ambito da Linguistica Sistémico-Funcional (.SF) (Halliday, 2014). Organizado em quatro seccdes, 0 capitulo comega por salientar a importancia das abordagens integradas de lingua e de contetido na escolarizagao de alunos de lingua segunda (L2). De seguida, propoe-se uma caracterizaggo suméria da lingua veicular, Identffcando, por um lado, configuragées de significado que sejam espec= ficas de determinedas areas dsciplinares e, por outro, padrées gramaticais e lexicais, transversais a diferentes areas. O conhecimento apresentado na segunda secqao, constitu © fundamento lingulstico para 0 terceiro momento do texto, ern que se introduzem ¢ exempiticam algumas estratégias para a leitura @ a escrita de textos ‘escolares, passiveis de serem implementadas na discipina de PLNM. Por fim, na evverenrtes récwens 0 Portugués come Lingua Veleular de Saberes Escoares:Pisas para 2 Conceeso Ultima secede, reflete-se sobre a concegao de materiais cdlticos para o ensino da lingua veicular, sustentados nos conhecimentos teGrioas € metadoldgicos apresen- tados ao longo do capitulo, 3.2 IMpORTANCIA 80 APoIG LINGuisTICO AS APRENDIZAGENS CURRCULARES (Os alunos de PLM vivem urna situagdo escolar particular, resultante do inevi- tavel desfasamento entre a sua lingua matera (LM) e a lingua de escolarizacao. Em consequéncia, enfrentam 0 duplo desafio de aprender portugués © de assimilar ccontetidos curiculares veiculados nessa mesma lingua. A aprendizagem da Ingua portuguesa nao constitu um fim em si mesmo para estes alunos, Constitui a condi- {40 sine qua non; a chave que Ihes pode abrir ~ ou vedar - 0 acesso a0 curricula «© 20 desenvolvimento das competéncias ai previsias’ (© desenvolvimento de niveis de proficiéncia avancados numa L2 constitui uma tarefa complexa e demorada. Refira-se, a este propésito, a distingdo entre a prof ‘iéncia linguistic para fins conversacionais basicos e a proficincia linguistica para fins cognitives e académicos, proposta por Cummins (2000) (no original, basic n= terpersonal communicative skils [BIOS] e cognitive academic language proficiency [CALP). Enquanto a maioria dos alunos de L2 desenvalveo primeira tipo de proficién- ‘ia no espago de um ou do's anos, 0 segundo tipo pressupée periodos bastante mais extensos, que podem ir de cinco a dez anos. Embora esta distingdo seja hoje cconsiderada fundamental para @ conceptualizagéo do desenwohimento linguistico & ccognitivo dos estudantes de L2, o desenho e a implemertagéo de medidas de apoio ‘que permitam, a estes estudantes, desenvolver niveis apropriados de proficiéncia na lingua de escolarizagao nem sempre 6 evidente. A escassez de medidas espe- cialzadas neste dominio resulta num modelo pedagéaico designado swim or sink (Gaker, 2001), dadas as implicag6es radicais no desenvolvimento escolar e pessoal dos alunos. Néo raramente, conduzem ao insucesso escolar. Esta é, aiés, uma tendéncia que se veriica na generalidade dos paises europeus. Estudos como 0 Programme for international Student Assessment (PISA) ¢ 0 Progress in international Reading Literacy Study (PIALS), por exemplo, aponiam a existéncia de um fosso Significativo e sisteratico entre os alunos de origem migrante (como & o caso dos alunos de PLNM) e os restantes alunos, havendo um nimero elevado de estudantes cdo primero grupo que no chega a desenvoher os nivsis minimos de literacia de leitura, Iteracia de matetica e lteracia cient. © sistema educativo portugués tem procurado varias solugées nara apoiar os ‘estudantes de origem migrante na aprendizagem da lingua de escolarizagio. Com 2 criagéo da disciplia de PLNM, em 2006 e 2007, uma unidade lea semanel de Shree sere rit ee enti soaiehscomecimanrsamiamenetargaar oon oe itpeantos tense gas anauarae”Ingaseoens = recuperate ph a ‘evceLennbes récwens 2 ee | cxencrat sees ets peo Pots ogo Heo 20 minutos passou a ser destinada ao “trabalho da lingua portuguesa enquanto lingua veicular de conhecimento para as outras disciplnas de cunculo” (Despachos Normativas n.° 7/2006 © 30/2007). No émbito da promogdo da escola inclusiva, 0 Ministério da Educaco reforgou, em 2022, estas medidas de apo, autorizando incentivando a integracao pragressiva de estudantes recém-chegados no curticulo, bern como 0 desenvolvimento de projetos de intervengao propostos pelas escolas. Durante 0 periodo de acolhimento ~ em que os estudantes trequentam apenas algumas discipinas do curriculo ~ devern ser dinarnizadas atividades que reforcem *a aprendizagem da lingua portuguesa e o seu desenvoWimento enauento lingua de ‘escolarizagao" (Despacho n.° 2044/2022), Medias como as referidas so essenciais & promogao do sucesso educativo dos alunos de PLNM, Esperemos que conduzam, em termos préticos, @ intervengoes de fundo, intensivas e ajustadas &s exigéncias linguisticas do curriculo, bem como & ‘concegao de orientagdes programaticas, estratégias pedagdgices, recursos didticos «© programas de formagao docente capazes de promover, de uma fottna faseada, niveis de proficiéncia elevados © funcionais em portugués, enquanto lingua de ensino © de aprencizagem. Trata-se, sem divida, de uma tarela volumasa, que envolve muitiplos agentes e que continuaré a preocupar o sistema educative portugués nos réximos anos e, provavelmente, décadas (Madeira et al, 2014; Caels, 2016), Particularmente relevante, corna mostra a literatura especializada, ¢ a adogdo de abordagens pedagogicas integradas, que atendam siultaneamente ao ensino de lingua € de contetdo. Este tivo de abordagem foi recomendada no contexto europeu, no &mibito do projeto European Core Curriculum for Mainstreamed Second Language = Teacher Education (EUGIM-TE), Reunindo equipas de especialistas de varios pelses, © projeto propés um curriculo para o ensina inclusive da linguagem académica a alunos de L2 (Consércio EUCIN-TE, 2010). Procura-se, ne presente texto, contribuir para 2 criagao de tais abordagens integradas ou inclusivas. Procura-se, em particular, fomecer pistas para a conceyao de matetiais didéticos que possam ser ulilizados nna discipiina de PLNM e/ou durante o petiodo de transigio definide no Despacho 1 2044/2022, Encarados iscladarmente, estes espagos podem néo ser suficientes para alcangar competéncias linguisticas avangadas, No entanto, providenciam um, contexto importante para a implementagao @ a testagem ce metodologias @ materais, de ensino integrado, assim se langanda as bases para o efetivo dominio dos usos escolares da lingua portuguesa, (Os materiais didaticos devem saber contornar alguns inevitaveis obsticulos. Destacam-se trés. Em primeiro lugar, as aulas de PLNM e as athidades de apoio 80 asseguradas maioritariamente por professores de lingua (Portugués ou ingua estrangeira [LE)) que nao tém, necessariamente, formacdo, experiéncia ou conned manta dos contetidas de especialidade das restantes disciplinas. Em segundo lugar, a limitagao temporal impossibiita um trabalho aprotundado e exaustivo, que cubra (05 multiplos usos da lingua portuguesa com que os alunos s@ confrontam — ou iro controntar-se — diariamente na escola, Em terceiro lugar, 0s grupos-turma de PLNM sao frequentemente heterogéneos em termos da idade @ do ano escolar dos euomencces reoweas | —— (© Portugués como Lingua Veicular de Saberes Escolares:Pistas para a Concego de Materias Discos estudantes, Esta heterogeneidade dificuta a selecdo des uses linguistions a focer, dado @ sua indissociabilidade dos contetidos que veiculam. A opga0 por um ou outro contetido conduz inevitavelmente a desigualdades no grupo-turma, havendo contetidos que sejam mais familiares © mais pertinentes para alguns alunos do que para outros, em resultado do curriculo que frequentam ou irdo frequentar. Sendo limitadoras, estas tr8s condicionantes apontamn também um possivel caminho para o trabaino a realizar sobre a Iingua veicular. Tais iniciativas, parece-nos, devem inci, mmaioritaiamente, sabre usos da lingua que sejam transve'sais a ciferentes contetidos ‘curriculares. Usos, por outras palavias, que sejam definicores do processo de trans mmissdo @ avallagao de saberas escolares em termos mais gerais; usos propedéuticos {2 compreenséo © produgao de outros usos mais especticos, sssociados conted- ‘dos particulates. Usos, ainda, que os professores de lingua possam compreender ¢ ‘ensinar, sem necessitar de conhecimentos cientificas aprofundados a respeto das varias discipinas do curriculo. W 8.3 Pana ua CARACTERIZAGRO OA LINGUA VEICULAR Apresenta-se, nesta secgao, uma caracterizagao sumaria da lingua enquanto instrumento de trangmisséo © da avaiacdo de saberes escolares. A caracterizacao 6 enquadrada pela LSF, escolha que se justiica pela riqueza de trabalhos desen- volvidos nesta teoria Iinguistica, dedicados quer & descigfio de usos escolares da lingua em diferentes nives e areas de ensino (Christie & Derewianka, 2008; Halliday & Martin, 1993; Schleppegrell, 2004), quer ao desenvolvimento de estratégias © intervengdes pedagdgicas para 0 seu ensino-aprencizagem (Gibbons, 2003; Rose & Martin, 2012). 0 uso da LSF como fundamento para a concago de medidas de apoio a integrago de alunos de L2 foi recomendiado no ambito do projeto EUCM- “TE. Assistiu-se, ainda, nos anos recentes, ao desenvovimento de varios estudos sobre a realidade escolar portuguesa enquadrados por esta perspetiva (Caels, 2016; Gouveia, 2014; Mendes, 2019; Pereira, 2008). A exposi¢ao encontra-se organizada fem dois momentos, identiicando-se, primeiro, urn canjunto de processos sociosse- rmigticos e géneros especiicos de determinadas areas disciplinares e, em sequida, alguns padres gramaticas @ lexicais transversals a diferentes areas © definidores do modo escrito 3.8.1 Processos sociossemicticos © géneros escolares O atual programa de portugués do Ensino Basico elege dois géneros textuais como essenciais 8 aprencizagens escolares: a exposigao e a argumentagdo (Buescu et a, 2015). € objetivo desta secogo examinar mais de perto 0 primero destes dois géne- ros ~ a exposigdo ~, entendenda-o como um tipo de texto (oral ou escrito, verbal ou ‘muitimodal, compreendido ou produzido pelos alunos) que transiite informagao factual ‘ube eogdesreowcas Desenvolvimento de Materas Didsticos para Portugués como Lingus Nao Matera € que se enquacta, te6rica e metodologicamente, numa determinada drea de connec mento, Pretende-se, mais concretamente, desdobrar 0 referido género num conjunto de géneros mais especies, fazendo uso do conceito de “proceso sociossemistico” € tendo como referénoia as dreas disciplnares da Hist6ria e das Ciéncias Natura. ‘ALLSF entende a linguagem humana como um recurso para a construgso de signi- ficados contextualmente relevantes, seja em contextos situacionais mais imeciatos, seia em contextos culturais mais vastos (Caels, 2016; Halliday, 2014; Martin & Rose, 2008). Uma das principals fungées da linguager consiste em dar forma ao campo, isto 6, a diferentes dominios de atividade. © conceito de processo sociossemistico, pproposto por Matthiessen (2018), visa, precisamente, mapear 0s tipos de atividade fem que 0 ser humano particiva, distinguindo entre atividades primariamente sociais, que envalvern, sobretudo, comportementos interativos, @ altividades de natureza inerentemente semistica, orientadas, principalmente, para a construgdo @ a toca de signticadas. S80 considerados oito processes primérios ~ fazer, expor, report, recriar, parihar, habiltar, recomendar e explorar ~, sendo que cada um deles motiva dois ou mais processos Secundéres, Partindo desta proposta, o Quadto 8.1 introduz seis processos saciossemicticos corwummente associados a didatica da Historia @ das Ciencias Naturais (Cacls & Quaresma, 20198, 2019), que constituer subpro- cesses de pracesso primétio "expor" Histon Gace Niu, "= Dascrever + Sogmertar * Robatar * Clasaiicar + Brolcer + Explcar Quadro 3.1 ~ Processes sociossemistions na Hstéria © nas Ciéncias Naturals Gonforme se pode observar no Quadro 3.1, 0 discurse da Histérla socorre-se, principalmente, de ts processos: descrever,relatar ¢ explicar. O primeiro processo ~ escrever ~ refere-se & caracterizagao de aspetos variacos da vida @ da sociedade em diferentes momentos da Hist6ria da Humanidade (por exemplo, correntes artisticas, ‘organisms sociais, espagos fsicos, etc.), sendo essa caracterizagao feita segundo perspetivas complementares (por exemplo, a vida na idade Média em termos de alimentagao, vestustio, atvidades de lazer, etc). segundo processo - relatar - diz respeito & natragdo de eventos do passado coletivo, organizados em fungéo de um ‘exo temporal (por exemplo, fases no desenvolvimento da Primeira Guerra Mundial. Finalmente, 0 processo “explicar" envolve igualmente eventos passados, porém, 0

You might also like