You are on page 1of 4

Leis antiescravistas no Brasil: - Extraída da página Fundação Joaquim

Nabuso.

1826 – Brasil e Inglaterra assinam acordo pela extinção do tráfico negreiro.


1831 - A Regência Trina Permanente promulga lei proibindo a entrada de
escravos africanos negros no Brasil. A lei torna livre todo o escravo africano
trazido para o Brasil.
1850 – Lei Eusébio de Queirós proíbe o tráfico negreiro no país.
1854 – Lei Nabuco de Araújo confirma proibição do tráfico negreiro e
estabelece maior rigor na fiscalização.
1871 – Lei do Ventre Livre torna livre o escravo nascido a partir da
promulgação da lei, quando este completasse vinte e um anos de idade. Ou
então, ao completar oito anos de idade, o escravo deveria ser entregue ao
Estado, que ficaria responsável por sua educação.
1884 – É extinta a escravidão no Ceará, no Amazonas e em Porto Alegre.
1885 – Lei dos Sexagenários ou Lei Saraiva-Cotegipe concede liberdade aos
escravos de sessenta e cinco anos de idade, sem indenização para o
proprietário. Entretanto, os que tivessem entre sessenta e menos de sessenta
e cinco anos deveriam passar um período trabalhando para o senhor, a título
de indenização.
1888 – A Princesa Isabel assina a Lei Áurea, a 13 de maio, abolindo a
escravidão no Brasil.

Movimentos sociais precursores da abolição da escravidão negra:

1630-1695 – Período de existência do Quilombo dos Palmares. Situado na


Serra da Barriga, no atual estado de Alagoas, possuía uma superfície de 60
léguas e chegou a abrigar cerca de vinte mil habitantes. Teve como principais
líderes, Zumbi e Ganga-Zumba.
1809 – Revolta de escravos nagôs e haussás na Bahia.
1810 – Revolta de escravos na Bahia.
1817 – Estabelecimento do quilombo do Catucá, nos arredores do Recife.
1854 – Revolta de escravos em Pernambuco.
1857 – Greve dos escravos de ganho em Salvador, Bahia.
1859 – Instalação da Sociedade de Socorros Mútuos e Lenta Emancipação dos
Cativos, no Recife.
1860 – Instalação, em Pernambuco, da Associação Academia Promotora da
Remissão dos Cativos, cuja finalidade era emancipar, anualmente, o maior
número possível de escravos.
1869 – Fundação da Sociedade Humanitária e Emancipadora Nazarena, em
Nazaré, Pernambuco, e da Sociedade Emancipadora.
1870-1879 – Criados em Pernambuco, em prol da emancipação dos escravos,
o Clube Democrata, a Sociedade Jovem América e a Sociedade Libertadora.
Na Paraíba, funda-se Libertadora Areiense. No Maranhão, são instituídas as
Alforrias de São Benedito, que, em 1873, entregou cento e sessenta e nove
cartas de liberdade.
1880 – Fundação, no Rio de Janeiro, da Sociedade Brasileira Contra a
Escravidão, da qual participa Joaquim Nabuco. Em Pernambuco, a Sociedade
Emancipadora confere trinta e cinco cartas de liberdade, e, no Ceará, atuavam
as sociedades Perseverança e Porvir e o Reforma Clube. Criada, na Paraíba, a
Sociedade Filantrópica Luz e Caridade.
1881-1888 – Outras associações que defenderam os princípios abolicionistas
no Nordeste: Alagoas – Libertadora Alagoana, Clube Abolicionista; Ceará –
Centro Abolicionista 25 de Dezembro; Maranhão – Clube Abolicionista; Paraíba
– Clube Literário Recreativo, Emancipadora Paraibana; em Pernambuco -
Clube Abolicionista, Sociedade Musical Vinte e Oito de Setembro,
Emancipadora Pernambucana, Libertadora Goianense, Ave Libertas, Clube do
Cupim, Emancipadora Acadêmica, Associação Mista Redentora dos Cativos e
Protetora da Educação dos Ingênuos; Rio Grande do Norte – Libertadora Norte
Rio-Grandense, Libertadora Natalense, Auxiliadora da Redenção.

Ações contra a discriminação racial no Brasil, séculos XX e XXI

1910 – Eclode a Revolta da Chibata, no Rio de Janeiro, movimento dos


marinheiros contra o castigo da chibata, liderado pelo marinheiro negro João
Cândido,
1920 a 1937 – Iniciado, em São Paulo, um movimento nacional pela liberdade,
dignidade e humanidade do descendente africano.
1944 – Fundado o Teatro Experimental do Negro, por Abdias do Nascimento.
1951 - Lei n. 1.390 ou Lei Afonso Arinos, de 3 de julho de 1951.
1978 – O Movimento Negro Unificado Contra o Racismo e a Discriminação
Racial institui o 20 de Novembro, data da morte do líder negro Zumbi dos
Palmares, como o Dia da Consciência Negra.
1983 – Projeto de lei n. 1.661, de Abdias do Nascimento, que dispõe ser crime
de lesa-humanidade, discriminar pessoas em razão da cor, raça ou etnia.
1988 – A Constituição da República Federativa do Brasil afirma ser um dos
objetivos fundamentais do país: “promover o bem estar de todos, sem
preconceitos de origem, raça, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação”. (Tít. I, Dos Princípios Fundamentais, Art. 1º). Institui que “a
prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito a pena
de reclusão, nos termos da lei”. (Tit. II, Cap. I, Art. 5 º, XLII). Determina ainda
que “Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam
ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o
Estado emitir-lhes os títulos respectivos”. (Atos das Disposições
Constitucionais Transitórias, Art. 68º)
2003 – Criada, pelo Governo Federal, a Secretaria Especial de Promoção da
Igualdade Racial.

Bibliografia consultada

COSTA, Emília Viotti. A abolição. São Paulo: Global Editora, 1982. (História
Popular, n. 10). COSTA, F. A. Pereira da. A ideia abolicionista em Pernambuco.
In: SILVA, Leonardo Dantas. Abolição em Pernambuco. Recife: FUNDAJ,
Editora Massangana, 1988 (Abolição, fundação Joaquim Nabuco; v.
10). CRONOLOGIA de história do Brasil monárquico: 1808-1889 / orientação
István Jancsó; André R. A Machado ...[et al.] São Paulo: Humanistas; FFLCH-
USP,2000. MONTENEGRO, Antônio Torres. Reinventando a liberdade: a
abolição da escravatura no Brasil. São Paulo: Atual, 1989. (História em
Documentos). NASCIMENTO, Abdias do. O quilombismo: documentos de uma
militância pan-africanista. Petrópolis: Vozes, 1980. PERRONE-MOISÈS,
Beatriz. Índios livres e índios escravos: os princípios da legislação indigenista
do período colonial (séculos VXI a XVIII). In: CUNHA, Maria Manuela Carneiro
da (Org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras:
Secretaria Municipal de Cultura: FAPESP, 1992, p. 115-132. PINSKY, Jaime.
Escravidão no Brasil. São Paulo: Global Editora, 1981 (História Popular, n. 4).

You might also like