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05/10/2017

Michel Oliveira Gouveia

Michel Gouveia

Prof. Michel Gouveia

Professor Michel Gouveia / Previtube

michelogouveia

michel@michelgouveia.adv.br

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Comum Acidentária
B 32 B 92

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Comum Acidentário
B 36 B 94

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Benefícios por Incapacidade


De acordo com o Manual de perícias médicas do INSS:

4.2 – O conceito de incapacidade deve ser analisado quanto ao


grau, à duração e à profissão desempenhada.

4.2.1 – Quanto ao grau a incapacidade laborativa pode ser


parcial ou total:

a) será considerado como parcial o grau de incapacidade que


ainda permita o desempenho de atividade, sem risco de vida ou
agravamento maior e que seja compatível com a percepção de
salário aproximado daquele que o interessado auferia antes da
doença ou acidente;

b) será considerada como total a incapacidade que gera a


impossibilidade de permanecer no trabalho, não permitindo
atingir a média de rendimento alcançada, em condições
normais, pelos trabalhadores da categoria do examinado.

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Benefícios por Incapacidade


De acordo com o Manual de perícias médicas do INSS:

“4.2.2 – Quanto à duração a incapacidade laborativa pode


ser temporária ou de duração indefinida

considera-se temporária a incapacidade para a qual se


pode esperar recuperação dentro de prazo previsível;

a incapacidade indefinida é aquela insuscetível de a


alteração em prazo previsível com os recursos da
terapêutica e reabilitação disponíveis à época. “( grifos
nossos)

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Benefícios por Incapacidade


Carência

Para que os segurados façam jus ao benefício de auxílio-


doença ou aposentadoria por invalidez, ambos na espécie
previdenciária, se faz necessário o preenchimento do
requisito carencial, ou seja, devem ter contribuído com pelo
menos 12 (doze) contribuições, bem como ostentarem
qualidade de segurado à época do fato gerador do benefício.

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Qualidade de Segurado
 Alterações promovidas pela Lei 13.457/17
Antes da Lei 13.457/17, bastava que os segurados contribuíssem com 1/3 da
carência exigidas para concessão dos benefícios que fizessem jus para recuperar
a qualidade de segurado.

Exemplo: para a concessão do auxílio-doença é necessário que o segurado tenha


vertido 12 contribuições.

Se o segurado perdesse a qualidade de segurado, deveria contribuir com mais 4


contribuições para que readquirisse a qualidade de segurado.

Com essa Lei o segurado deverá pagar 50% da carência necessária.

Lei 13.457/17

 No caso da perda da qualidade de segurado, para


efeito de carência para a concessão dos benefícios
de AD, AI, SM, o segurado deverá contar com de 50%,
no caso do AD e AI, 12 contribuições; (Lei 8.213/91
art. 27-A);

 Sempre que possível, o ato de concessão ou de


reativação de auxílio-doença, judicial ou
administrativo, deverá fixar o prazo estimado para a
duração do benefício.

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Lei 13.457/17

 Na ausência de fixação do prazo, o benefício cessará


após o prazo de cento e vinte dias, contado da data de
concessão ou de reativação, exceto se o segurado
requerer a sua prorrogação junto ao INSS (15 dias
antes da DCB);

 O segurado em gozo de auxílio-doença, concedido


judicial ou administrativamente, poderá ser convocado
a qualquer momento para avaliação das condições que
ensejaram a concessão ou a manutenção.

Lei 13.457/17

 O segurado em gozo de auxílio-doença,


insusceptível de recuperação para sua atividade
habitual, deverá submeter-se a processo de
reabilitação profissional para o exercício de sua
atividade habitual ou de outra atividade;

 O benefício será mantido até que o segurado seja


considerado reabilitado para o desempenho de
atividade que lhe garanta a subsistência ou,
quando considerado não recuperável, seja
aposentado por invalidez.

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DER – DIB – DID – DII –DCB - DCA

 Direito é analisado com base na DII fixada pelo Perito


Médico Previdenciário;

 DIB será fixada no 16º dia de afastamento para o


segurado empregado e na DII para os demais
segurados, quando requerido até o trigésimo dia (30);

 Na DER, quando requerido após o trigésimo dia (30)


para o segurado empregado e após trinta dias para os
demais segurados.

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CANCELAMENTO

 O segurado que durante o gozo do auxílio-doença vier a


exercer atividade que lhe garanta subsistência poderá
ter o benefício cancelado a partir do retorno à
atividade.

 Caso o segurado, durante o gozo do auxílio-doença,


venha a exercer atividade diversa daquela que gerou o
benefício, deverá ser verificada a incapacidade para
cada uma das atividades exercidas.

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Aposentadoria por Invalidez


 A aposentadoria por invalidez será concedida quando o segurado
ficar incapacitado de forma total e permanente para o trabalho.

 Essa incapacidade deve ser insusceptível de reabilitação para


outra atividade que lhe garanta subsistência.

 Esse é o disposto no artigo 42 da Lei 8.213/91:

 Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando


for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que,
estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado
incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de
atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga
enquanto permanecer nesta condição.

Aposentadoria por Invalidez


O TRF 3:

PROCESSUAL CIVIL - PREVIDENCIÁRIO - APOSENTADORIA POR INVALIDEZ - REQUISITOS -


PREENCHIMENTO - VERBAS ACESSÓRIAS - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.

I - Constatada pelo perito a incapacidade total e permanente do autor para o trabalho e,


ainda, preenchidos os requisitos concernentes ao cumprimento da carência e
manutenção da qualidade de segurado, faz jus à concessão do benefício de benefício de
aposentadoria por invalidez, reconhecendo-se a inviabilidade de seu retorno ao trabalho
e a impossibilidade de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a
subsistência.

II - Os juros de mora e a correção monetária deverão observar o disposto na Lei nº


11.960/09 (STF, Repercussão Geral no Recurso Extraordinário 870.947, 16.04.2015, Rel.
Min. Luiz Fux).

III - Honorários advocatícios mantidos nos termos da sentença, conforme os § 3º e § 4º,


do art. 85 do NCPC.

IV - Apelação do réu provida e remessa oficial tida por interposta parcialmente provida.
(TRF 3ª Região, DÉCIMA TURMA, AC - APELAÇÃO CÍVEL - 2247908 - 0009387-
07.2014.4.03.6183, Rel. JUÍZA CONVOCADA SYLVIA DE CASTRO, julgado em 26/09/2017,
e-DJF3 Judicial 1 DATA:04/10/2017 )

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Perícias periódicas
 Os aposentados por invalidez, deverão se submeter
as perícias médicas do INSS, sempre que convocado
(art. 101 da Lei 8.213/91)

 Estão isentos de comparecer a perícia médica:

 Aposentados acima de 55 + 15 anos em gozo da


aposentadoria ou do auxílio-doença que a precedeu.

 Os aposentados com mais 60 anos de idade, também


estão isentos da perícia médica.

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Perícias periódicas

 Os aposentados que tiverem dificuldades de


locomoção, deverá requerer a perícia
domiciliar, conforme dispõe o § 5º do artigo
101 da Lei 8.213/91, com a redação dada
pela Lei 13.457/17.

 Mesma disposição é o artigo 412 da IN


77/2015.

Perícias no local
Art. 101 da Lei 8.213/91:
§ 5o É assegurado o atendimento domiciliar e hospitalar pela
perícia médica e social do INSS ao segurado com dificuldades de
locomoção, quando seu deslocamento, em razão de sua
limitação funcional e de condições de acessibilidade, imponha-
lhe ônus desproporcional e indevido, nos termos do
regulamento.

IN 77/2015:

Art. 412. O INSS realizará a perícia médica do segurado no


hospital ou na residência, mediante a apresentação de
documentação médica comprovando a internação ou a
impossibilidade de locomoção.

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APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

A Primeira Turma do STJ decidiu que o adicional de 25%


disposto no art. 45 da Lei 8.213/91 é devido apenas quando o
segurado é titular de aposentadoria por invalidez.
(REsp 1533402/SC, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA
TURMA, julgado em 01/09/2015, DJe 14/09/2015).
RESP 1475512/MG, julgado em 18/12/2015.

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Perícia
 O segurado aposentado por invalidez é obrigado a se submeter as perícias
médicas, quando convocado pelo INSS.

 A Lei 13.063/2014, alterou a redação do artigo 101 da Lei 8.213/91,


isentando os aposentados e pensionistas inválidos, da obrigatoriedade da
perícia, quando maiores de 60 (sessenta) anos.

Auxílio-Doença

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Como requerer:
 O requerimento é formulado pelo site do INSS ou pelo 135:

 www.inss.gov.br

 Se o segurado estiver empregado, o requerimento, na maioria das vezes é


preenchido pela empresa, uma vez que deverá ser informado a data do
último dia de trabalho.

 Para os demais segurados, o requerimento é online, basta preencher o


requerimento do site, imprimir, assinar e levar no dia do atendimento.

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AFASTAMENTOS SUCESSIVOS

 Noscasos de afastamentos sucessivos pela


mesma doença (CID), dentro dos sessenta
dias, nos termos dos §§ 3º e 4º do art. 75
do RPS (decreto 3.048/99), a empresa
deverá informar todos os períodos de
afastamento e retorno à atividade.

INCAPACIDADE 60 DIAS

 Segurado empregado que por


motivo de doença, afastar-se por 15
dias e retornar no 16º dia ao
trabalho e voltar a afastar-se
dentro de 60 dias em decorrência
da mesma doença (CID), fará jus ao
auxílio-doença a partir da data do
novo afastamento.

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MULTIPLA ATIVIDADE

 Ao segurado que exercer mais de


uma atividade abrangida pela
Previdência Social, e estando
incapacitado para uma ou mais
atividades, inclusive em decorrência
de acidente do trabalho, será
concedido um único benefício.

INCAPACIDADE PARCIAL

 No caso de incapacidade apenas


para o exercício de uma das
atividades, o direito ao benefício
deverá ser analisado com relação
somente a essa atividade, devendo a
perícia médica ser conhecedora de
todas as atividades que o segurado
estiver exercendo.

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Alta Programada

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Alta programada
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO DOENÇA. CESSAÇÃO DO BENEFÍCIO
POR ALTA PROGRAMADA. IMPOSSIBILIDADE.
1. O Superior Tribunal de Justiça possui o entendimento de
que não é possível o cancelamento automático do benefício
previdenciário através do mecanismo da alta programada,
sem que haja o prévio procedimento administrativo, ainda
que diante da desídia do segurado em proceder à nova perícia
perante o INSS.
2. Agravo interno não provido.
(AgInt no REsp 1546769/MT, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/08/2017, DJe 03/10/2017)

Alta programada
PROCESSUAL CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA.
AUXÍLIO-DOENÇA. ALTA PROGRAMADA. OFENSA AO ART. 62 DA LEI
8.213/1991. NECESSIDADE DE PERÍCIA. SUSPENSÃO DO EXPEDIENTE
FORENSE. COMPROVAÇÃO. DOCUMENTO IDÔNEO. INTEMPESTIVIDADE
AFASTADA. OFENSA AO ART. 535 DO CPC/1973 NÃO DEMONSTRADA.
DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO.
SÚMULA 284/STF.
1. Trata-se na origem de Mandado de Segurança contra ato do Chefe de
Agência do INSS que cessou o benefício de auxílio-doença do ora
recorrido com base no sistema de alta programada.
2. O Agravo em Recurso Especial interposto pelo INSS não foi conhecido
ante a sua intempestividade.
(...)
5. O sistema de alta programada estabelecido pelo INSS apresenta
como justificativa principal a desburocratização do procedimento de
concessão de benefícios por incapacidade. Todavia, não é possível que
um sistema previdenciário, cujo pressuposto é a proteção social, se
abstenha de acompanhar a recuperação da capacidade laborativa dos
segurados incapazes, atribuindo-lhes o ônus de um auto exame clínico,
a pretexto da diminuição das filas de atendimento na autarquia.

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Alta programada
6. Cabe ao INSS proporcionar um acompanhamento do segurado incapaz até a
sua total capacidade, reabilitação profissional, auxílio-acidente ou
aposentadoria por invalidez, não podendo a autarquia focar apenas no aspecto
da contraprestação pecuniária.
7. Na forma do art. 62 da Lei 8.213/1991, "o segurado em gozo de auxílio-
doença, insusceptível de recuperação para sua atividade habitual, deverá
submeter-se a processo de reabilitação profissional para o exercício de outra
atividade", e "não cessará o benefício até que seja dado como habilitado para o
desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando
considerado não-recuperável, for aposentado por invalidez". Transferir essa
avaliação ao próprio segurado fere gravemente o princípio da dignidade da
pessoa humana. 8. Além disso, a jurisprudência que vem se firmando no âmbito
do STJ é no sentido de que não se pode proceder ao cancelamento automático
do benefício previdenciário, ainda que diante de desídia do segurado em
proceder à nova perícia perante o INSS, sem que haja prévio procedimento
administrativo, sob pena de ofensa aos princípios da ampla defesa e do
contraditório.
9. Agravo Interno parcialmente conhecido para afastar intempestividade e, no
mérito, não provido.
(AgInt no AREsp 1049440/MT, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,
julgado em 27/06/2017, DJe 30/06/2017)

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DCA – ACÃO CIVIL PÚBLICA

 ACP Nº 2005.33.00.020219-8;

 Regulamentada pelo memorando-circular nº


38/DIRBEN de 25/08/2010.

 Fixa a DCA na data da perícia médica agendada


pelo INSS.

Auxílio-doença como carência

PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL


PÚBLICA. CÔMPUTO DO TEMPO DE BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE COMO PERÍODO DE
CARÊNCIA. POSSIBILIDADE, DESDE QUE INTERCALADO COM PERÍODO DE EFETIVO
TRABALHO. PRECEDENTES.
1. Ação civil pública que tem como objetivo obrigar o INSS a computar, como
período de carência, o tempo em que os segurados estão no gozo de benefício por
incapacidade (auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez).
2. É possível considerar o período em que o segurado esteve no gozo de benefício
por incapacidade (auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez) para fins de
carência, desde que intercalados com períodos contributivos.
3. Se o período em que o segurado esteve no gozo de benefício por incapacidade é
excepcionalmente considerado como tempo ficto de contribuição, não se justifica
interpretar a norma de maneira distinta para fins de carência, desde que
intercalado com atividade laborativa.
4. Agravo regimental não provido.
(AgRg no REsp 1271928/RS, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA,
julgado em 16/10/2014, DJe 03/11/2014)

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Auxílio-doença como carência


PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 1973.
APLICABILIDADE. APOSENTADORIA. CÔMPUTO DO TEMPO DE RECEBIMENTO DE
BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE PARA EFEITO DE CARÊNCIA. CONTRIBUIÇÃO EM
PERÍODO INTERCALADO. POSSIBILIDADE.

I - Consoante o decidido pelo Plenário desta Corte na sessão realizada em


09.03.2016, o regime recursal será determinado pela data da publicação do
provimento jurisdicional impugnado. Assim sendo, in casu, aplica-se o Código de
Processo Civil de 1973.

II - O tempo em que o segurado recebe benefício por incapacidade, se intercalado


com período de atividade e, portanto, contributivo, deve ser contado como tempo
de contribuição e, consequentemente, computado para efeito de carência.
Precedentes.

III - Recurso especial desprovido.


(REsp 1602868/SC, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado
em 27/10/2016, DJe 18/11/2016)

Auxílio-doença como carência


PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE URBANA. CÔMPUTO COMO CARÊNCIA DO
PERÍODO EM QUE O SEGURADO ESTEVE RECEBENDO AUXÍLIO-DOENÇA OU
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ (ENTRE PERÍODOS DE ATIVIDADE). POSSIBILIDADE. LEI
Nº 11.718/08. CONTAGEM MISTA DO TEMPO DE LABOR RURAL E URBANO PARA FINS DE
CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR IDADE HÍBRIDA. POSSIBILIDADE. APELAÇÃO DO
INSS IMPROVIDA.
(...)
3. Esclareço que, coerente com as disposições do art. 29, § 5º, e art. 55, II, ambos da Lei 8.213/1991, que
os incisos III e IX do art. 60 do Decreto 3.048/1999, asseguram, até que lei específica discipline a matéria,
que são contados como tempo de contribuição/carência o período em que o segurado esteve
recebendo auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez (entre períodos de atividade), bem como o
período em que o segurado percebeu benefício por incapacidade por acidente do trabalho (intercalado ou
não).
4. Cumpre destacar, quanto ao mérito do recurso, nesse ponto, que a aposentadoria híbrida tem por objetivo
alcançar os trabalhadores que, ao longo de sua vida, mesclaram períodos de labor urbano e rural, sem,
contudo, perfazer tempo suficiente para se aposentar em nenhuma dessas duas atividades, quando
isoladamente consideradas, permitindo-se, assim, a somatória de ambos os períodos. A Lei não faz
distinção acerca de qual seria a atividade a ser exercida pelo segurado no momento imediatamente anterior
ao requerimento administrativo, sequer veda a possibilidade de se computar o referido tempo de labor
campesino, anterior à vigência da Lei nº 8.213/91, para fins de carência. Apenas exige a elevação do
requisito etário, ou seja, o mesmo relacionado à aposentadoria por idade urbana, diferenciando tal
modalidade de aposentação daquela eminentemente rurícola.
5. Apelação do INSS improvida.
(TRF 3ª Região, SÉTIMA TURMA, AC - APELAÇÃO CÍVEL - 2236624 - 0013159-68.2017.4.03.9999,
Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL TORU YAMAMOTO, julgado em 04/09/2017, e-DJF3 Judicial 1
DATA:13/09/2017)

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Benefícios por Incapacidade para fins


de carência

Memorando-Circular Conjunto nº 45
DIRBEN/PFE/INSS, de 17/11/2014 -
Ação Civil Pública 2009.71.00.004103-4.
Decisão proferida pelo Superior Tribunal
de Justiça no Recurso Especial nº
1.414.439 – RS. Restrição da abrangência
da decisão aos Estados do Rio Grande do
Sul, Santa Catarina e Paraná.

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Auxílio-Doença parental

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AUXÍLIO-DOENÇA PARENTAL

O auxílio doença parental foi aprovado pelo Projeto de Lei do


Senado (PLS) 286/14, em maio de 2015. De acordo com projeto
de lei, terão direito ao auxílio doença parental, os segurados que
por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos
filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que
viva a suas expensas e conste da sua declaração de rendimentos,
mediante comprovação por perícia médica, até o limite máximo
de doze meses, nos termos e nos limites temporais estabelecidos
em regulamento.

AUXÍLIO-DOENÇA PARENTAL

Acrescenta o art. 63-A à Lei nº 8.213,


de 24 de julho de 1991, que “dispõe
sobre os Planos de Benefícios da
Previdência Social e dá outras
providências”, para instituir o auxílio
doença parental.

11/06/2015 – remetido a Câmara dos


Deputados.

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Auxílio-Acidente
PROCESSUAL CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. CASSAÇÃO DE
APOSENTADORIA. RETORNO AO TRABALHO. CONCESSÃO DE
AUXÍLIO-ACIDENTE. POSSIBILIDADE. REPETIÇÃO DE VALORES
RECEBIDOS. BOA-FÉ. REEXAME DO CONTEXTO FÁTICO-
PROBATÓRIO.
SÚMULA 7/STJ. 1. Na hipótese dos autos, é incontroverso que a
parte recorrente retornou ao trabalho, porquanto atua como
administrador de negócios familiares, razão pela qual não é
possível a manutenção do benefício de aposentadoria, como
pretendido. Com efeito, não há como presumir, nem pelo mais
leigo dos segurados, a legalidade do recebimento de
aposentadoria por invalidez com a volta ao trabalho, não só
pela expressa disposição legal, mas também pelo raciocínio
básico de que o benefício por incapacidade é indevido se o
segurado se torna novamente capaz para o trabalho. Dessarte,
neste ponto, nota-se que o entendimento do Tribunal de origem
está em consonância com a orientação do Superior Tribunal de
Justiça.

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Auxílio-Acidente
2. Por outro lado, percebe-se que o trabalho hodiernamente
desenvolvido pela parte recorrente não é o mesmo exercido antes da
ocorrência do acidente, justamente em razão das sequelas. A norma
contida no art. 86, caput, da Lei 8.213/91, determina que o benefício
"auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado
quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de
qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da
capacidade para o trabalho que habitualmente exercia".
3. O objetivo da lei consiste em indenizar a incapacidade parcial
permanente para a atividade habitualmente exercida em razão de
acidente de qualquer natureza. Não importa, por outro lado, que o
processo de reabilitação tenha capacitado o segurado para o exercício
de profissão diversa, conforme art. 104, III, do Decreto 3.048/99.
Dessarte, faz jus a parte recorrente ao pedido relativo ao auxílio-
acidente.
5. Recurso Especial parcialmente provido.
(REsp 1670544/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,
julgado em 27/06/2017, DJe 30/06/2017)

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