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Terga-felra 30 de Malo de 1972 1 Série — Nimero (27 DIARIO 00 GOVERNO PREGO DESTE NUMERO ~ 10$40 Toda a correspondéncis, quer offci ‘quer relativa a aniincios e a asi do «Disrio do Covernos e do «Di Sesssess, deve ser dirigida & Adminis- tragio da. Imprensa Nacional, Rua de D. Francisco Manuel de Melo, 5, Lisboa-1 stasis “ate ang © prego dos aniincios 6 de 12$ a linha, acrescide do. respective imposto do sélo, dependendo a sua publicacéo do pagamento antecipado a efectuar na Imprensa Nacional, quando se trate de entidade particular. SUPLEMENTO SUMARIO Ministio dos Negécios Estrangeitos: Decreto-Lei n° 188/72: Aprova, para sdesio, a Convengio aobre Relagiea Consulates, ‘conoluida em Viena em 24 de Abril de 1965. MINISTERIO DOS NEGOCIOS ESTRANGEIROS Secretaria-Geral Decreto-Lei n.° 183/72 de 30 de Maio ‘Usando da faculdade conferida pela 2." parte do n.° 2.° do artigo 109. da Constituigao, 0 Govemo deereta e eu promulgo, para valer como lei, o seguimte: Astigo tinico. B aprovads, para adesio, a Convengio sobre Relagies Consulares, concluida em Viena em 24 de Abril de 1968, cujos textos em francés ¢ respeotiva trad fo para portugués vio anexos ao presente decreto-tei Visto o aprovado em Conselho de Ministros. — Marcello Caetano — Rui Manuel de Medeiros d'Bepiney Patricio Promulgado em 17 de Maio de 1972. Publique O Presidente da Reptiblica, Autintco Daus Ropricues ‘Taomaz. Convengio de Viena sobre Relagées Consulares Os Estados Partes na presente Convengiio, Cemsiderando que, desde tempos remotos, 90 estabele- coram relagdes consulares entre os povos, Comscientes dos propésitos e prinefpios da Carta das ‘Nagies Unidas relatives & igualdade soberana dos Estados, 4 manatengao da paz © de seguranga inter- nacionais e ao desenvolvimento das relagdes de amizade entre as nagées, Considerando que Conferéncia das Nagdes Unidas sobre Relagdes ¢ Imunidades Diplométioas adoptou Convenglo de Viena sobre Relagses Diplométicas, que foi aberta & assinatura no dia 18 de Abril do 1961, Persuadidos de que uma couvengio internacional gobre as relagbes, privilégios © imuniiades consulares con- tribuiria também para o desenvolvimento ‘de rela. -9Bes amistosas entre os paises, independentements ‘dos seus regimes constitucionais © sociais, Conveneidos de que a finalidade de tais privilégios ¢ imunidades nfo é beneficiar individuos, mas asse. gurar o eficaz desempenho das fungdes dos postos -consulares, em nome dos seus respectivos Estados, Afirmando que as normas de direito intemacional con: suetudinério devem continusr rogendo as questoes ‘que nio tenham sido exprossamente reguladas pelas disposigsies da. presente Convengio, convierm no seguinte: Antico 1° igen 1. Pana os efeitos da presente Convengio, as expressdes abaixo devem ser entendidas como a seguir se explic 4) Por eposto consulary, todo o consulsdo-geral, con- sulado, vice-consulado ou agéneia consules; b) Por eres de jurisdigdo consular, o territério atri- buido @ um posto consular para o exercicio das fungies consulates; 2) Por echefe de posto consulars, a pessoa encarre- gada do ogir nossa qualidade; 4) Por efuncionério consular, toda a pessoa, incluindo ‘© chef do posto consular, encarregada nesta qualidade do exereicio de dungdes cansulares; ¢) Por cempregado consulary, toda a pessoa emnpre- ‘gada nos servigos administrativos ou técnioos de ‘um posto consular; 722-(2) f) Por emembro ido poscoal de servigos, toda a pessoa empregada no servigo doméstico de um posto consular; 9) Por emembro do posto consulary, os funciondrios ‘consulares, empregados consulares © membros do pessoal de servigo; h) Por «membros do pessoal consulers, os funciond- trios consulates, com excepgso do chefe do posto consular, os empregados eonsulazes © os mem- bbros do pessoal de serviga; i) Por emembro do pessoal privativos, a possoa em- pregada exclusivamente no servigo particular de uum membro do posto consular; i) Por cinstalagses consularess, os edificios, ou parte dos edificios, © terrenos anexos que, qualquer que seja o seu proprietério, sejam utilizedos x- clusivamente para as finalidades do posto con cular; k) Por earquivos consularess, todos os paptis, do- ‘eumentos, correspondéncia, livros, filmes, fitas magnéticas e registos do posto consular, bem como as cifras © as eédigos, os ficheiros e os mé: vois destinados a prategé-los © 0 eonservé-los. 2. Bxistem duas eategorias de funcionirios consulares: 6s funcionérios consulares dle carreira © 05 funciondrios consulares honordrios. As disposigses do capitulo m da presente Convenciio aplicam-se aos postos cousulares diri- ‘ides por funcionirios consulaees de carteiea; as disposigbes do capitulo mt aplicam-se aos postos consulares dirigidos por funciondrios consulates honorérios. 8. A situagdo peculiar dos membros dos pastas consu- ares que sio nacionais ou residentes permanentes do Es- tado receptor rege-se pelo artigo 71.° da presente Con vengio, CAPITULO I AAs relagées consulares em gerel SECGRO 1 Estabelecimento ¢ exeroiio des relagdes consulates, Anmico 2. Estabelecimento de relacSer consulares 1. 0 estabelocimento de relagdes consulares entre Es- tados far-se-4 por consentimento miituo, 2. O consentimento dado para o estabelecimento de re- Jngées diploeniiticas entre dois Estados implica, salvo indi eagio em eontrério, o consentimento para 0 estabeleci: mento daa relagies ‘consulares. B.A ruptura das relagdes diplométicas nio acarretard ipso facto @ ruptura de relagbes consulares Anriao 8° Exorcicio das funsBes consulares As fungies consulares eesio exercidas por postos con- sulares. Servio também exercidas por missdes diplomi- tioas em conformidade com as disposigdes da presente Convengio. Annico 4° Estabelecimento de um posto consular 1. Um posto consular nfio pode ser estabelecido no ter- ritério do Estado receptor sem seu consentimento, I SERIE — NOMERO 197 A sede do posto consular. a sua clasco ¢ a drea da sua jurisdigdo consular serio fixadas pelo Estado que envia © submetidas a aprowagio do Bstado receptor. 8. 0 Estado que envia nio podeni modifcar posterior mente @ sede do posto consular, a sus classe ou a sus drew do jurisdigo consular sem 0’ consentinento do Estado receptor. 4.0 consentimento do Estado receptor seré também nnecessiirio se um eonsulndo-geral ou um consulado dese- jarem abrir um viee-consulado oa uma agéncia consular numa localidale diferente daquela onde se situa o pripio posto consular. 5. 0 consentimento expresso e prévio do Estado recep- tor € igualmente necessiio para a abertura de um escri- tério fazendo parte de um posto consular existente, fora da sede deste. Aunieo 5° Fungées consulares As fungies consulaees consistem em: 4) Proteger no Estilo receptor os interesses do Es- tado que anvia e dos seus nacionais, pessoas singulares ou coleetivas, dentro dos limites per mitidos pelo diveito internacional; b) Fomentar o desenvolvimento das relagies comer- tials, ecomémicas, calturais © cientificas entre 0 Estado que envia e 0 Estado receptor e promover por quaisquer outros meios as relagies amistosas entre eles dentro do espitito da presente Con ‘vengilo; €) Tnformar-se, por tollus os meios Ieitos, das condi {400s @ da ovolugio da vida comercial. eeandmica, cultural e cientifies do Bstado receptor, infor: mar a esse reapeito 0 Governo do Estado que ‘envia e fomecer informagies as pessoas interes- sadas; ‘1) Bmitie passaportes © outros documentos de viagem 908 nxisionais do Estado que envia, assim como vistos documentos apropriados &s posoas que dlesejarem viajar para o Estedo que envio; 6) Prestar socorro © assisténcia aos nacionnis, pessoas fisieas ou juridicas, do Estado que envia; f) Agie ma qualidade de notério de consorvadar do rogisto civil © exercer fungées similares, assim como certas fungies de cardoter asiministrativo, desde que nio contrariem as leis e os regulamen: tos do Estado roceptor; 49) Salvaguardar os interesses dos nacionais, pessoas fisioas ou juridioas, do Estado que envia, nos casos de Sticessio verifieados mo territécio do Estado receptor, de acardo com ns leis © os re- gulamentos do Estado receptor; 1h) Salvaguanisr, dentro dos limites fixados pelas lois « xegulamentos do Bstado receptor, os interesses dos menores ¢ dos ineapazes nacionais do Es- tado quo envia, particularmente quando para alos for requerida a instituigio da tutela ou ouratela; i) Representar, de acotdo com as priticas © procedi ‘mentos que vigoram no Estado receptor, os na: cionais do Fstado que eavia e tomar as medidas convenientes para a sua reprssentacio apropriada perante os tribunais ¢ outtas autoridades do Es- indo receptor, de forma a conseguir a adopeio de medidas provisérias para a salvaguardn dos di- reitos ¢ intereases destes nacionais quando, por 30 DE MAIO DE 1972 ‘estarem ausemtes ou por qualquer outra cause, niio possam os mesmos defendé-los em tempo wil; j) Vransmitir os actos judiciais 0 extrajudiciais e dar cumprimento a cartes rogatérias em conformi- dade com as acordos internacionais em vigor, ou, na sue falta, de qualquer outea maneira com pativel com as leis © regulamentos do Estado roceptce; : 1h) Bxereee, em conformidade com as leis @ regula: ‘mentos do Hstado que envia, os direitos de fis- calizagao © de inspecgio sobre as embarcagces, tanto maritimas como fluvinis, que tenbam nacionalidade do Estado que envia e sobre as aeconaves matriculadas neste Estado, bem como sobre as suns tripulagoes; }) Prestar assisténcia is embarcagies © aeronaves @ que se refere a alines k) do presente artigo, assian como as suas oquipagens, roeeber ag declaragbes sobre as vingens dessas embareagSes, examinar @ visar os documentos de bordo e, sem prejuizo dos poderes das autoridades do Hstado receptor, abrir inquéritos sobre os incidentes ovorridos du- ante a travessia ¢ resolver qualquer litfgio que possa surgir entre o capitio, os oficais eos marinheizes, sempze que assim o antorizem as leis e regulimentos do Estado que envia; ‘m) Exercer todas as demais fungdes confiadas 90 posto consular pelo Estado que envia, que mio sejam proibidas pelas leis © rogulamentos do Estedo reeeptor, ou iis quais este no se opanha, ou ainda as que The sejam atribuidas pelos acordos intemacionais em vigor entre o Hstedo que envia 0 Estado receptor. Annico 6. Exercicio de funcées consulares fora da itea de jurisdigSo consular Em cireunstincias especinis, um funcionério consular podeni, com 0 eonsentimento do Estado receptar, exercer fas suns fungies fora da sua area de jurisdigfo consular, Antico 7.9 Exercicio de funcées consularos em terceiro Estado © Bstado que envia pode, apés notifieagio aos Estados interessadlos, © @ mio ser que um deles a tal se opuser ex- pressamente, encarreger um posto consular estabelecido num Estado do exereleio de fungies consulares mum outro Estado. Ansioo 8." 5 io de funcées consulates por conta de terceiro Estado Um posta consular do Estado que envin pode exercer fungées ccmsulares no Estado receptor por conte de um terceiro Estado, apés notificagio apropriada ao Estado receptor e sempre que este niio's° opuser. Anrico 9 Categorias de chefes de pottos consulares 1. Os chofes dos postos consulares dividomn-ce em quatro cotegorias, saber 4) Cénsules-gorais; b) Cénsules; ¢) Vico-cénsules; @) Agentes consulares 722-(3) 2. O pardgrafo 1 do presente artigo ni limita de modo algum o direito de qualquer das partes contratantes fixar 8 denominaglo dos funeionérios consulares que no forem chefes de posto consular. Anmao 10. Nomescio © admissio dos chefes de posto consular 1. Os chefes de posto consular sio nomeados pelo Es- tado que envia © admitidos a0 exerciclo das suas fungées pelo Estado receptor. 2, Sem prejulzo das disposigdes desta Convengio, as modalidades de nomeagto e admisstio de chefes de posto consular sio fixadas pelas leis, regulamentos © priticas do Estado que envi © do Estado receptor, respe vamente. Anrico UL Carta-patente ow ificagso da nomeagio 1, 0 chefe do posto consular seré munido, pelo Estado que envia, de um documento, sob a forma de varta-patente ou instrumento similar, feito para onda nomeagio, que ateste a sua qualidade ¢ indique, como regra geral, o seu nome ¢ apelides, a sua classe © a cua categoria, @ dea de juriadigao consular ¢ a sede do posto consular. 2. O Estado que envia teansmitiré « carte-patente ou ato similar, por vie diplométies ou outra via adequada, 20 Governo do Estado em cujo temitério 0 chete do posto consular iré exercer as suas fumgdes. 8. So o Estado receptor o aceitar, o Estado que envia poder substituir a carta-patente ou instrumentos similares or uma notificagio que contenha us indicagies referidas no parigrafo 1 do presente artigo. ariao 12° Exequitur 1. 0 chefe do posto consular seri admitido ao exeretcio das suas fungées por uma autorizagao do Estado receptor denominada exequétur, qualquer quo seja a forma dessa autorizagio. 2. O Estado que negar a concessio de um exequitur nfo esta obrigado a comunicar ao Estado que envia os motivos da sua recusa, 8, Sem prejutzo das disposigdes dos artigos 19.° e 15.°, 6 chefo do posto consular nio pode inioiar as suas fungoes antes de ter recebido o exequdtur. Aprrao 19.° Admissso jnéria dos chefes de posto consular ‘Até que Ihe tenba sido concedido 0 exequétur, 0 chefe dig posto consular poderé ser admitido provisbriamente a0 exereieio das suas fungtes. Neste enso, sto aplicéveis as dlisposigdes da presente Convengio. ‘Amigo 14° NotitieagSe is autoridades das reas jrisdigbo consular TLogo que o chefe de posto consular for admitido, ainda que provisbrinmente, so exereicio das suas fungdes, 0 Estado receptor notificarh imediatemente as sutoridades competentes da rea de jurisdigho consular, Esté também obeigado a providenoiar pare que sejem tomadas as medidas 722-(4) necessirias a fim de que o chefe de posto consular possa cumprir 0s devores do seu eargo e benefieiar do tratsmento Previsto pelas disposigies da presente Convengio. 1. Se 0 chefe de posto consular nio puder exercer as suas fungdes ou se 0 seu lugar for considerado vago, tum chefo interno poder! actuar como tal provisbriamente. 2. Os nomes e apelides do chefe interino serio comuni- cados quer pela missio diplomética do Estado que envia, quer, na falta de uma missio diplomatica deste Estado no Estado receptor, pelo chefe de posto consular ou, se este o no puder fazer, por qualquer autoridade competente do Estado que envis, no Ministério dos Negécios Estrangeiros do Estado receptor on & eutoridade dosignada por esse Ministério. Como regra geral, esta notificagio deveri ser feita proviamente. 0 Estado receptor poderé sujeitar & sua aprovagdo a admissio como chefe interino de pessoa que mio seja nem agente diplométies nem funcionério consular do Estado que envia no Estado receptor. 8. As autoridades compotentes do Estado receptor de- vem prestar assisténcia © protecgio a0 chefe interino. Durante a sua geréncin, as disposigies da presente Con- vengio ser-lhe-Go apliciveis como 0 seriam ao chefe de posto consular respectivo. Todavia, 0 Estado recepioe nio 6 obrigado a conceder ao chefe interino as facilidades, pei- vildgios © imunidades eujo gozo pelo chefe de posto esteja subordinado condigdes que o chefo interino nto reiina. 4 Quando um membro do pessoal diplomiiticn do Es: tado que envia no Estado receptor for designado chefe interino pelo Estado que envis nas condigies previsias po pardgrafo 1 do presento artigo, continua a gozat dos privilégios © imunidades diplométicas se a tal se nto apuser 0 Estado receptor. Arico 16.° rocedéncia entre os chefes de posto consular 1. Os chefes de posto consular tomam lugar dentro do eada categoria segundo a deta dx concessiio do exoquitur. 2. Se, porém, o chefe do um posto consular, antes de obter 0 exequétur, foi admitido ao exereicio’ das suas fungies « titulo peovisério, a data desta missio provisbris dotennina a ordem da precedéneia; esta ordem seré man- tida apés a eoncessio do exequitur ‘8. A ondem do precedéncia entre dois ou mais chefes de posto consular que tenham obtido o exequitur ou o reconhesimento provisério na mesma data 6 determinada pela data em quo a sua carta-patente de nomeagio on foto similar foi apresentado, ou a notificagio previsia no parigrafo 8 do artigo 11 foi feita ao Estado re- ccoptor. “4. Os gerentes interinos tomam lugar apés todos os ehetos de posto consular. Entre si, tomam lugar segundo as datas em quo inicianam as suas fungSes do gerentes interinos © que foram indicadas nas notifieagies previstns no parigrafo 2 do artigo 15.° 5. Os funcionérios consulares honorérios chefes de posto conaular temam Tugar em cada classe a seguir eos chefes dg posto consular de careira, pela onlem e segundo as regras estabelecidas nos pardgrafos. precedente. '. Os chefes do posto consulue terio precedéneia sobre os funcionérios eonsulores quo niio tonbam tal qualidade, 1 SERIE — NOMBRO 127 Anmico 17.2 tica de actos diplométicos por funcionétioe consulares 1. Num Estado em que o Estado quo envia nfo tiver misstio diplométicn e no estiver representado pela missio diplomética de um terceiro Estado, um funcionixio eon sular pode, com o consentimento’ do Estado receptor, @ sem quo o sett estatuty consular seja afectado, ser encarregado da pritica de actos diplomiticos. A peitica destes actos por um funcionério emsular nio Ihe eonfere qualquer direito 90s wprivilégios e imunidades diplomé: tins. 2. Um funciondrio consular pode, mediante notificagio 9 Estado receptor, ser encarregedo de representar 0 Estado que envia junto de qualquer organizagio inter- governamental. Ao agir nesta qualidade tem direito a todos os privilégios © imumidades concedidas pelo direito consuetudinério ou por aconlos internaeionais aos repre- sentantes junto de uma orgonizagio intergovernamental; porém, pelo quo respeite a todas as: funcdes consulares que exerga, nao tem dircito a uma imunidade de juris- igo mais ample da que beneficia um funcionério consular por forga da presente Convengto. \Anmao 18.° 2308 como funci Estados Nomescio da mesma por dois ow 10 consular Dois ou mais Estados podem, com o ¢onsentimento do Estado receptor, nomesr a mesma pessoa na qualidade, de funcionério consular neste Estado. Anrico 19.° Nomeagio dot membros do pessoal consular 1. Sem prejuizo das disposigies dos artigos 20.°, 22.° e 23°, o Estado que envia pode nomear livzemente os membros do pessoal consular. 2. 0 Estado que envia notifieard 9 Estado receptor dos nomes e apelidos, a categoria 0 a classe de todos os funcionirios consulares que nfo sejam o chefe de posto consular com antecedéneia suficiente para que o Estado receptor possa, so o desojar, exeroer os direitos que the confere 0 pardgrafo 8 do artigo 25.° 3. O Estado que envia poderd, se as suas priprias leis e regulamentos o exigirem, pedir ao Estado reeopto coneessio do exequitur aos funciondirios consulares que no sejam chofes do posto consular. 4. 0 Estado receptor pode, se as suas priprias leis € regulamentos 0 exigirem, conceder exequitur aos fun. cionivins consuleres quo no eejam ehefes de posto eon- Armigo 202 Efective do pessoa! consular Nio havendo aocedo explicit scerea do miimero de membros do posto consular, o Estado receptor poderd exigir que 0 efectivo do posto consular seja mantido den- tro dos limites que considere razodveis © normais, tendo em conta as cireunstancins © condigSes existentes na droa de jurisdigdo eonsulae ¢ as necessidades do referido posto. Annioo 21° Aordem de precedéncia entre os funcionirios consulares de um posto consular ¢ quaisquer modifieagdes & mesma 30 DE MAIO DE 1972 serio comunieadas pela misctio diplomitiea do Estado que envia ou, na falta de tal missio no Estado receptor, pelo chefe de posto consular ao Ministério dos Negdcios Estrongeiros do Estado receptor ou & autoridade designada por este Ministério. Anmao 22.° Nacionalidade dot funcionirios consular 1, Os funcionéeios consulares teriio, em principio, a nacionalidade do Estado que envia. 2. Os funcionérios consulares s6 poderio ser escolhidos entre 0s nacionais do Estado receptor com 0 consenti- mento expresso dest Estado, 0 qual poderd retiré-lo a qualquer momento. 8. 0 Estado raceptor podeed reservar-se 0 mesmo direito fem relaglo aos nacionais de um tereciro Estado que no sejam também nacionais do Estado que envia 1. O Estado receptor podleré a qualquer momento in. formar o Estado que envia que um funcionério consular 6 persona non grata ou que qualquer outro membro do ppesscal consular nio é aceitével. Nestas circunstincias, 0 Estado que envia retiraré a pessoa em causa ou pord termo as suas fungies nesse posto consular, conforme 2. Se o Estado que envia se recusar @ oumprir ou ntio cumprie num prazo eazodvel as obrigagies que The ineum- em, nos termas do parigrafo 1 do’ presente artigo, 0 Estado receptor pode, conforme o caso, retirar o exequétur ‘ipossoa em causa ou deixar de a considerar eomo membro do pessoal consular. 8. Uma pessoa nomeada membro do um posto consular pode ser declarada inaceitével antes de cheger a0. ter- ritério do Estado receptor, ou, se jd Id se encontrar, antes de assumir as suas fungdés no posto consular, Em qualquer dos casos o- Hstado que envia deveré anular 8 nemeagto, 4. Nos casos mencionados nos pardgrafos 1 ¢ 8 do presente artigo, o Estado receptor nfo € obrigado a comunicar ao Estado que envi os motivos da sua de- 5 Anstao 24° 1. Ao Ministério dos Negéeios Estrangeiros do Estado receptor ou & autoridade por este Ministério designada serdo notificadas: a) As nomeagtes dos membros do um posto con- sular, @ sua chegada apés a nomeagdo para o posto consular, a sua partids definitive ou o ‘termo das suas fumgbes, assim como quaisquer outras modificagdes que afectem o seu ostatuto ‘ocorridas durante 0 tempo em que servirem no posto consult; b) A chogada © a partida definitive das pessoas da familie de um membro de um posto consular que com elo vivam e, sendo caso disso, o facto de uma pessos so tornar ou deixar de ser mem. bro da familia; fe) A chegada ea partida definitiva dos membros do pessoal privativo e, sendo caso disso, o termo do seu servigo nessa qualidade; as 722-45) 4) 0 contrto 0 a disponsa de pessoas residents no Estado receptor, quer membros do. posto con- sular, quer membros do pessoal privativo, ave tiverem diteto © priiléglos e imunidades 2. Sempre que possivel, a chegada o a partida definitive devon também sar objecto de uma notificagio prévia SECGAO IT ‘Termo das fungdes consulates Anniao 25.° Termo das fungSes de um membro de um posto consular As fungdes de um membro de um posto consular ter- minam, nomeadamento: 4) Pela notifieagio do Estado que envia so Estado receptor de que as suas fungées chegaram 20 ») Pela rotirada do exequétur; 2) Pela notificagio do Estedo receptor ao Estado que envia do que deixou de considerur a pessoa ‘em questo como membro do pessoal consular. Aurico 26.° Partida do tervtério do Estado receptor 0 Estado receptor deveré, mesmo em easo de eoufito mado, conceder aos membros do posto consular © a0 membros do pessoal privativo que no forem nasionais do Estado receptor, assim como nos membros des cuss familias que com eles vivam, qualquer que seja a sua nacionalidade, 0 tempo 0 as facilidades neeossdrias para preparar a sus partida © deixar o sou territésio o mais ecodo possivel epés 0 termo das cuas fumgdes. Deverd especialmente, se for caso disso, pir A sua disposigio os eios de transporte necessirios pars essas pessoas © para 5 seus bens, com excepgio dos bens adquiridos no Estado reoeplar © chje exportagio estiver probide no smomento 1. No caso de ruptura das relagses consulares entre dois Estados: 4) O Estado receptor ficaré obrigado a respeitar 6 Proteger, mesmo em caso de conflito armado, fas Snstalagdes consulares, assim como o bens do posto consular e os seus arquivos; b) © Bstado que envia podees confiar a guarda das instelagdes consulares, assim como dos bens que ai se encontrem © dos arquivos consulares, @ ‘um tereciro Estado accitével pelo Estado recep- tor; ©) © Estado que envia poderd confiar a proteceto dios seus interesses @ dos interessea dos sus nacionsis a um teresiro Estado sceitivel pelo Estedo receptor. 2. No caso do encerramento temporinio ou definitive ilo ‘um posto consular, aplioar-se-to as disposigoes da alines a) do parigrafo 1 do presente antigo, Além disso: 4) Se o Estado que envia, ainda que nilo esteja representado no Bstedo receptor por uma missle 122416) diplométion, tiver outro posto consular no ter- ritéio do Estado receptor, este posto consular poder-se-4 encarregar da guarda das instalagdes consulares que tenham sido encerradas, dos bens que nelas se encontram e dos arquivos eons lares, assim como, com 0 consentimento do Es tado receptor, do exereieio das fungtes consulares na rea da jurisdigdo do referido posto eonsu- lar; ou 2) So 0 Estado que envia nto tiver missio diplo- méties nem outto posto consular no Estado receptor serio aplicdveis as disposigées das ali- neas b) 9c) do parigrafo 1 do presente artigo CAPITULO IT Facilidades, privilégios e imunidades relalivas aos postos con- sulares, aos funcionérios consulares de carrelra e aos outros membros do posto consular. SECOKO 1 Faollldades, privilégios ¢ tmunidades relativas ‘os postos consulates Aumico 28.2 © Estado receptor covcederd todas as fncilidades para © exereicio das fungdes do posto consular. Anmigo 29.° bands ‘escudo nacionais 4.0 Estado que envia ter direito a utilizar a sua bandeira ¢ 0 seu escudo nacionais no Estado receptor em eonformidade com as disposigoes do presente artigo. 2. A bandeira nacional do Estedo que envia poderé ser hasteada © 0 escudo com as suas armas colocado no ‘edificio ocupado pelo posto consular e sobre a sua porta de entrads, assim como na residéncia do chefe de posto ‘consular e'nos seus meios de transporte quando estes forem uilizados em. servigas oficinis. 8. No exercicio do direito reconhecido pelo presente artigo levar-se-fo em conta as leis, regulamentos ¢ usos do Estado receptor. ‘Anmoo 80.9 Inatalagser 1. O Estado receptor deverd facilitar, de acordo com as suas leis © regulamentos, a aquisigio no seu terrtério pelo Estado que envia das instalagies necessérins 90 posto consular, ow sjudar o Estado que envi a encontré-las por outea maneira. 2. Deverd jgualmente, se for neoessério, ajndar 0 posto consular a obter as instalagdes necessérias para os seus membros, Anrico 81.° Inviolabilidede das instalacses convulares 1. As instelagdes consulares so inviolveis nas condi- des previstas no presente artigo. 2. As autoridades do Estado receptor nfio podem pe- netrar na parte das instalagies consulares que o posto consular vliliza exclusivamente para as necescidades do seu trabalho, salvo com 0 consentimonto do chefe de posto 1 SERIE —NOMERO 127 consular, da pessoa por ele designada ou pelo chefe da missio diplométiea do Estedo que envi, ‘Todavia, 0 consentimento do chefe de posto consular poderd ser pre- sumido em caso de incsndio ou de outro sinistro que exija medidas de proteegio imediatas. 3. Sem prejuizo das disposigdes do parigrafo 2 do pre sente artigo, o Estado receptor ter a obrigagio especial de tomar as medidas apropriadas para evitar quo as insta- lagdes consulares sejam invadides ou danificadas, assim ‘como para impedir que a tranquilidade do posto seja per- turbada ou so atente contra a sua dignidade. 4. As instalagdes consulares, os seus méveis © os bens do posto consular, assim como os seus meios de teans- porte, nio poderio ser objecto de qualquer forma de re- quisigdo para fins de defesa nacional ou de utilidade pu blica. No caso de se tornar necessiria uma expropriagio para os mesmos fins, serdo tomadas todas as disposigées ‘apropriadas para que se nio perturbe o exereicio das fun- oes consulares, © pagnr-se-4 ao Estado que envia uma indemnizagio répida, elequada e efectiva Anmao 82° engi Fiseal das instalagses consulares 1. As instalagdes consulares 0 residéneia do chefe do posto consular de carreira, do que for proprietério 0 Estado que envia ou qualquer pessoa que actue em seu nome, estario isentas de todos os impostos ou texas na cionais, regionsis ou municipais, excoptuadas as taxes cobradas em pagamento de servigos especifioos prestados. 2. A isengdo fiscal prevista no parégrafo 1 do presente trtigo nto s0 aplica aos impostos e taxas quando, segundo fg leis © regulamentos do Hstado receptor, devam ser pagos pela pessoa que contratou com o Estado que envia ou com a pessoa que actue em seu nome. Anriao 93° Tnviolabitdade dos arquvos © documentos conulares Os arquivos @ documentos consulares serio sempre in Violéveis onde quer que se encontrem. Anmiao 94 Lberdade de desocasSo Sem prejulzo das suas leis © regulamentos relativos a zones cujo acesso for proibido ou limitedo por raztes do seguronga nacional, 0 Estado receptor asseguraré a liberdade do deslocagio ¢ cireulagio no seu temitéeio a todos os membros do posto consul. Anrio0 35." 1. 0 Eetado receptor permitird © protegerd a liberdade de comuniengo do posto eonsular para todos os fins oficiais. Ao comunicar-se com © Governo, com as missbes diplométioas © outros postos consulares do Estado que envia, onde quer que se encontzem, o posto consular poder’ expregar todos os meios de comunieagio apropriados, in clusive coereios diplométicos on consulares, malas diplo mitieas @ consulares ¢ mensngens em oddigo ot cifra. Nio pode, porém, 0 posto consular instalar o utilizar um ‘posto emissor de’ réddio sem o consentimento do Estado receptor, de comunicacio 30 DE MAIO DE 1972 2. A comespordéncia ofieial do. posto consular 6 invio- livel. Pela expresstio cooerospondéncia oficial» entender- se-é qualquer correspondéncia relativa 20 posto consular @ As suns fungdes. 8. A mala consular nilo deverd ser aberta nem retida. ‘Todavia, se as.autoridades competentes do Estado receptor tiveeem sérios motives para exer que a mala contém outros objectos que milo sejam a comespondéreia, os documentos © 08 objectos mencionados no parigrafo 4 do presente artigo, poderdo pedir que a mala seja aberta na sua pre- senga’por um representante sutorizado do Estedo que envia, Se as autoridades do referido Estado recusarem tal pedido, mala seri devolvida ao seu lugar de origem 4. Os volumes quo contituirem » mala consular deverio ser providos de sinais exteriores visiveis indicadores da sua natureza ¢ s6 polerio conter ecerespondéncia © do- cumentos oficinis ou objectes destinados exclusivamente ‘20 80 oficial 5. 0 correio consular deverd sor portador de um do- cumento oficial que ateste a sua qualidade e precise o niimero de volumes que constituem a mala consular. A nfo ser que 0 Estado receptor o consinta, 0 correio consular nilo poderd ser nacional do Estado reoeptor rem residente permanente no Estado receptor, salvo se for nacfonal do Estado que envia. No desempenho das suas fungses, este correio seré protegido pelo Estado receptor. Gozar de inviolabilidede pessoal © no poders ser objecto de ne- thuma forma de prisio ou detengio. 6. O Estado que envia, as suas missées diplométions 08 seus postos consulanes poderto nomear correios con- sulares ad hoc. Neste caso, aplicar-se-to as disposigBes do parigrato 5 deste artigo, sob a reserva de que as imuni- dades moncionedas deixario de ser aplioéveis no momento em que o correio tiver entregue ao destinatério @ mala pela qual é responsével 7. A mala consular poderé ser confiada 80 comandante de um navio ou aeronave comercial, que deverd chegar um ponto de entrada autorizado. ‘Tal comandante de- veri ser portador de um documento oficial do qual conste © mimero de volumes que constituem a mala, mas nto verd considerado correio consular. Mediante prévio acordo ‘com as autoridades loeais competentes, 0 posto consular poderé enviar um dos seus membros para tomar posse ‘ta mala, directa @ livremente, das mios do comandante do navio ou aeronave das fungdes consulares relativas aos nacionais do Estado que envia: 4) Os funcionérios consulares terto liberdade de se comunicar com os nacionais do Estado que en Via e visitilos. Os nacionais do Estado que envia terlio a mesma liberdade de so comuni- car com os funciondrios consulares @ de os visiter; h) Se 0 interessado assim o solicitar, as autoridades competentes do Estado receptor deverio, sem tardar, informar 0 posto consular compatente quando, na sua dres de jurisdigio, um nacional do Estado que envia for preso, enearcerado, posto em prisio preventiva ou detido de qual- quer outra maneira, Qualquer comunicagio en- deregada ao posto consular pela pessoa de- tida, encarcerada ou presa preventivamente deve igualmente ser transmitida sem tardar pelas re- Ea daa(i) feridas autoridedes. Estas deverdo imediata- mente informar 0 interessado dos seus direitos, nos termos da presente alinea; ¢) Os funcionérios consulares terdo direito @ visitar ‘o nacional do Estado que envia que esteja encar- cerado, preso preventivamente ou detido de qual- quer outra mancira, conversar e corresponder-se com ele ¢ providenciar quanto & sua defesa perante os tribunais. Tero igualmente o direito de visitar nacional do Estado que envia que, na sua drea de jurisdigio, esteja encarcerado ‘ou detido em execugio de ums sentenga. Toda- via, 08 funcionérios consulares deverdo abster-se de intervir om favor de um nacional encarce- rado, preso proventivamente ou detido de qual- quer outra mansira sempre que 0 intereseado 4 isso se opuser expressamente, 2. Os direitos a que se refere o pardgrafo 1 do pre- sente artigo sero exercidos de acordo com as leis ¢ regu Jamentos do Estado receptor, entendendo-se eontudo que ‘ais leis © regulamentos ndo devem impedir o pleno efeito dos direitos reconhecidos pelo presente artigo. Anrico 97.° InformasSer em cator rnauteigio Se as autotidades competontes do Estado receptor pos- sultem as informagGes correspondentes, serio obrigadas 4) Em caso de morte de um nacional do Estado que envis, informer sem demora 0 posto con- sular em cuja drea de jurisdigho a morte ooor- reu; 4) Notifiear sem demora 20 posto consular competente todos 08 casos em que for necesséria a nomea- gho de tutor ou curador pare um menor ou ineapaz, nacional do Estado que envia. As leis regulamentos do Estado receptor serio con- tado sempre aplicéveis s eesas nomengbes; ©) Informar sem demors 0 posto consular mais’ pré- ‘ximo do lugar do sitistro quando um navio, que tiver a nacionalidade do Estado que envia, nau- fragar_ou encalhar no mar territorial ou nas Aguas interiores do Estado receptor, ou quando luma seronave matriculada no Estado que envia sofrer acidente no territério do Estado receptor. rt, tutela, curatela, lente’ aére0 Anmigo 33° ‘Comunicagéet com as autoridades do Estado receptor No exereicio das suas fungies os funcionérios oonsulares poderdo comunicar com: ) As autoridades locais competentes da sua érea de jurisdiggo consular; b) As autoridades centrais competentes do Estado receptor, se © ma medida em que o permitirem, as leis, regulamentos e usos do Estado receptor, bom como os acordos internacionais sobre a matéria, Anmioo 99.° Dircitos e omolumentor consulares 1. 0 posto consular poder cobrar no territério do Es- tado receptor as taxas ¢ emolumentos que as leis e 03 regulamentos do Estado que envia prescreverem para 08 actos consulares, 722-(8) 2. As comas revebidas titulo de taxas e emolumentos previstos no pardgrafo 1 do presente artigo ¢ os recibos correspondentes estario isentas de quaisquer impostos ou taxas no Estado receptor SECCAO 1 prlull6gios © imunldades relativas sos tuncionérios ‘consulares de carrelra e outros membros do posto consular ‘Anma0 40. Protecsie dot funcionétios consulares © Estado receptor trataré o¢ funcionérios consulares com 0 respeito que Ihes 6 dovido ¢ tomard todas as me- didas adequadas para evitar qualquer atentado & sua pessoa eA sua liberdade ou dignidade. Anniao 41. Inviolai de pessoal dos funcionirios consulares 1, Os funciomdrios consulares niio poderilo ser presos ou detidos, excepto em casos de crime grave ou em vir tude de deciso da autoridede judicial competente, 2. Excepto no caso previsto no pardgrafo 1 do presente artigo, os funcionérios consulares nio poderio ser presos nom submetidos @ qualquer outra forma de limitagio & sua liberdade pessoal, salvo em execugio de ums decisio judicial definitive. 8. Quando um proceso penal for instaurado contea um funcionério consular, este seré obrigado compa: recer perante as autoridades competentes. ‘Todavia, o processo deveré ser conduzido com ag deferéneias que sto devidas ao funciondrio consular om vielude da sua posigdo oficial 0, com excepglo do caso previsto no parigrafo 1 do presente artigo, de maneira a perturba o menos possivel 0 exercleio das fungées consulares. Quando, nas circunstineias previstas no parégrafo 1 do presente artigo, for necessirio colocar 0 funcionério con- sular em estado de detengio, o proceso contra ele instau: rado deverd inicisr-se sem @ menor demora. Arrigo 42.° Hm caso de pristio, de detengao de um membro do pessoal consular ou de instauragio contra o mesmo de proceso penal, o Estado receptor deverd notificar ime- distamente 0 chefe de posto consular. Se esto tiltimo for © objecto de tais medidas, o Estado receptor levard 0 facto ao conhocimento do Bstado que envia por via Anmico 43.° da jurisdigbo 1. Os funcionteios consulares ¢ os empregados consula- res no estio sujeitos a jurisdigdo das autoridades judi- cidrias © administrativas do Estado receptor pelos actos realizados no exereicio das fungdes consulares, 2. Todavia, as disposigoes do pardgrafo 1 do presente artigo nflo se aplicardo em caso de acgio civil 4) Resultante da conclustio de um contrato feito por ‘um funcionério consular ou um empregado eon: I SERIE — NOMERO 197 sular que no o tenha eumprido expressa ou impllcitamente como mandatério do Estedo que envia; ou ) Intentada por um tereeiro como consequéncia de anos cousados por acidente de velculo, navio ‘ou aeronave ovorrido no Estado receptor. Anmoo 44.° Obrigasso de testemunhar 1, Os membros do posto consular poderto ser chamados a depor como testemunhas no decorrer de processos judi- ciais ou odministrativos. Os emprogados consulares © os membros do pessoal de servigo nlo devem recusr-se a depor como testemunhas, excepto nos oasos mencionados xno parigrafo 8 do presente artigo. Se um funcionério con- sular so recusar a testemunhar, nenhuma medida cooreiva ou qualquer outra sangio Ihe poderé ser aplicnda. 2. A autoridade quo requerer o testemunho deverd evitar que 0 funcionério consular seja perturbado no exercicio das suas fungles. Poderd tomar o depoimento do foncionério consular no seu domiellio ou no posto consular, ou aceitar as suas declaragées por escrito, sem- pro que seja. possival 8. Os membros de um posto consular nfo serio obri- gados a dopor sobre factos relacionados com o exereleio das suas fungées nem a exibir correspondéncia ou documentos oficiis que a clas se refiram. Poderio, igualmente, recusar-se a depor ne qualidade de peritos sobre as eis do Estado que envia. Aurioo 45.° Roniincla aos privilégios © imur 1. © Estado que envia poierd renunciar, com relagdo a um membro do posto consular, aos privilégios ¢ imuni- dades provistos nos artigos 41.°, 43.° » 44.° 2. A rontincia seré sempre expressa, excepto no caso do disposto no pardgrafo 8 do prosente artigo, ¢ deve ser comunicada por escrito ao Estado receptor. 3. Se um funcionério consular ou um empregado con- sular propuser uma acgio judicial sobre matéria de que goze de imunidade de jurisdigio de acordo com o disposto no artigo 43.*, nio poderé alegar esta imunidade quanto 8 qualquer pedido de reconvengio directamente ligado & demanda principal. 4A remincia i imuidade de jurisdigio quanto a acgdes civis ou administrativas nfo implicaré a renincia, & imunidade quanto a modidas de execugio de sentenga, para as quais uma remineia distinta ce torna necessétia. Anno 46.° Iencio de rogisto de estrangeiros fo de autorizasio de residencla 1. Os funcionérios consulares © os empregados consu- lares e 08 membros das suas familias que com eles vivarn esto isentos de todas as obrigagdes provistas pelas leis © regulamentos do Estado receptor relativas ao registo de estrangeiros © b autorizagio de residénci 2. Todavia, as disposigdes do pardgrafo 1 do presente artigo mao se aplicario eos empregados consulares que no sejam empregados permanentes do Estado que envia ou que exergam no Estado receptor actividade privada de cardcter lucrative, nem tio-pouco aos membros da fannflie desses empregados. 30 DE MAIO DE 1972 Anrico 47° 1. Os membros do posto consular estio isentos, em relagio aos servigos prestados eo Estado que envis, de quaisquer obrigagdes relativas & autorizagdo de trabalho exigida pelas leis © regulamentos do Estado receptor refe- rentes eo emprego de mio-de-obra estrangeira, 2. Os membros do pessoal privado dos fimeionérios consulares e empregados consulares, se nfo exercerem nenhuma outra ocupagio privada de cardcter Iuerativo no Estado receptor, serio isentos das obrigngées previstas no pardgrafo 1 do presente artigo. Annio 48. Inensio do regime de previdéncia social 1, Sem prejuizo do disposto no pardgrafo 8 do presente artigo, os membros do posto consular, pelo que respeita ‘20s servigos prestados ao Estado que envia, e 05 mem- bros da sua familia que com cles vivem, ostario isentos das disposigdes de previdémcia social vigentes no Estado receptor. 2, A isongdo prevista no pardgrafo 1 do presente artigo aplicarse-i ‘também aos anembros do pessoal privativo que estejam €0 servigo exclusivo dos membros do posto consular, sempre que: a) Nao cejam nacionais do Estado receptor ou nele niio residam permanentemente; b) Estejam protegidos pelas disposigdes sobre previ- déneia social vigentes no Estado que envia ou num terceiro Estado. '8, Os membros do posto consular que empregam pessoas fas quais no se aplique a isengdo prevista no pardgrafo 2 do presente artigo devem cumprir as obrigagées impostas ‘08 empregadores pelas disposigies de previdéncia, social do Estado receptor. 4. A isengo prevista mos parigrafos 1 ¢ 2 do presente artigo nfo exclui a participagio valuntéria no regime de prevideneia social do Estado receptor, desde que seja permitida por este Estado. Annico 49.° engi fiscal 1. Os funeionirios consulares e 0s emprogados con- sulares, assim como os membros das suas familias que com eles vivam, serio isentos de quaisquer impostos ou taxas, pessoais ou reais, nacionais, regionais ou muniei- ais, com exeepgdo dos: 48) Tmpostos indireetas normalmente ineluidas no prega das meceadorias ou servigos; 1) Tpostos © taxas sobee bens iméveis privados si- tuados no tertitério do Estado reoeptor, sem prejuizo das disposigoes do artigo 82.°; ©) Impostos de sucesso e de transmissio exigiveis ‘pelo Estado receptor, som prejuizo das disposi- ‘goes da alinea b) do artigo 51.*; 41) Tmpostos ¢ taxas sobee vendimentos privados, in- elusive rendimentos de capital, que tenham ori- gem no Estado receptor, impostos sobre ca- Pitais investidos em empresas comerciais ow finaneeiras situedas no Estado receptor 2-(9) €) Impostos e taxas sobre remuneragies por servigos particulares prestados; f) Diveitos de registo, de hipotees, custas judiciais @ imposto do selo, sem prejuizo do disposto no artigo 82.° 2. Os membros do pessoal de servigo estario isentos de impostos ¢ taxas sobre salérios que recebam como remu- neragio dos seus servigos. 8. Os membros do posto consular que empregarem pes- 508 cujos ordenados ou silirios nio estejam isentos de imposto sobre o rendimento no Estado receptor deverio respeitar as obrigagies que as leis ¢ o3 regulamentos do referido Estado impuserem aos empregadores em matéria, de cobranga do imposto de rends. Anmiao 50° onsio de direitos aduanciros © de inspecsso altandegiria 1, De acordo com as disposigies legislativas © regula mentares que sdoptar, 0 Estado receptor autorizari a entrada e concederi isengio de todos os diraitos advanei- 70s, taxas ¢ outros encargos conexos que mio sejam des- pesas de depésito, de transporte © despesas referemtes a servigos andlogos, para: 4) Os objectos destinados 20 uso oficial do posto con- sular; b) Os objectos destinados ao uso pessoal do funeio- nério consular ¢ dos membros da sua familia que com ele vivam, incluindo os artigos desti- nados & sua instalegio, Os artigos de consumo nilo deverdo exceder as quantidades neoessiins & sun utilizagio directa pelos interessados 2. Os empregados consulares beneficiarlo dos privilé- ios © isengdes previstos no pardgrafo 1 do presente ar- tigo com relagio aos objectos importados aquando da sua primeira instalagao, 8. As bagagens pessoais que acompanham os funcions- rios consulares e os membros das suas familias que com, cles vivam estario isentas de inspocgso alfandegiria. S6 poderio ser sujeitas & inspoogio se houver sérias razbes, ‘para se supor que eontenham objectes diferentes dos men- cionados na elinea b) do parégrafo 1 do presente artigo ‘ou cuja importagio ou exportagio seje interdita pelas leis @ regulamentos do Estado receptor, ou submetida As suas leis © regulamentos de quarentena, Esta inspecgio sé poderd ser feita na presenga do funciondrio consular ou do membro da sua familia interessado, Aumico 51.° Sucessso de um membro ‘ou de um mem Em cuso do falecimento de um membro do posto eon- sular ou do um membro da sua familia que eam ele viva, 0 Estado reooptor é obrigado a: a) Permitir a exportagiio dos bens méveis do falecido, excepto dos que tenbam sido adquiridos no Es: tado receptor e que sejam objecto de uma proi- Diglio de exportagdo na altura do falecimento; b) Nao cobrar impostos nacionais, regionsis ou mu- nicipais de sucesso ou teansmisstio sobre os bens méveis que se encontrom no Estado re: ceptor tnicamente devido & presenca neste Es- tado do falecido como membro do posto consular ou menbro da femfia de um membro do posto ular. Aumao 62.° encode prestacSes pessosis 0 Estado receptor deverd isontar os membros do posto consular © 03 membros das suas familias que eom eles vivam de qualquer prestagio pessoal ou de qualquer ser- vigo de interesse piiblico, qualquer que seja a sua natureza, bem coma de encargos militares, tais como as requisigées, contribuigies e alojamentos militares Aurao 582 Iniclo © Fim dos privilégios © imunidades consulares 1. ‘Todos os membros do posto consular beneficiaeio dos privilégios e imunidades previstas na presente Con- vengiio desde a sua entrada no territério do Estado receptor para chegar ao seu posto ou, se i se encontrarem nesse ferritério, desde que sssumim as suas funges no posto constilar. 2. Os mombros da fanflia de um membro do posto eon- sular que com ele vivam, assiin eomo 0g membros do seu pessoal privativo, beneficiartio dos peivilégios © imumidades previstos na presente Convencio a partir da wltima das seguintes datas: a data a partic da qual o referido membro do posto consular goze dos privilégios © imunidades de faeordo com o parizrafo 1 do presente artigo, a data da sua entrada no teeritério do Estado receptor, ou @ data fem que se tornarem membros da referida familia ou do referido pessoal privativo. 8, Quando terminarem as fungdes do um membro do posto consular, os seus privilégios e imunidades, bem como os dos membros da sus fasnilia que com ele vivem ‘ou dos membros do seu pessoal privativo, eessario nor- malmente na primeira das datas seguintes: no momento em que a pessoa em questiio deixar 0 tervitério do Estado reeeptor, ou expirar 0 prazo razoivel que Ihe seja conce- dido para esse fim, subsistindo, eontudo, até esse momento, mesmo em easo de corflito armado. Quanto s pessoas ‘mencionadas no parigrafo 2 do presente artigo, os seus privilégios e iminidades cessario mo momento em que deixarom de pertencer a familia de um membro do posto consular ou de estar ao seu servigo, entendendo-se, porém, que, s0 essas pessoas tém a intencio de abandonar 0 ter- ritério do Estado receptor num prazo razoivel, os seus privilégios © imunidades subsistirio até ao momento da sua partida. 4, Todavia, pelo que respeite aos actos praticados por um funcionitio consular ou um empregado consular no exerefcio das suas fungdes, a immidade de jurisdigao subsistird sem limite de duragio. 5, Em easo do falecimento de um membro do posto eSnsular, 6s membros da sua familia que com ele vivam continuntio a gozar os privilégios e imunidades de que deneficiem até & primeira das seguintes datas: aquela em que abandonarem o territério do Estado receptor, ou aquela em que expire um prazo razodvel que Thes tenha sido concedido para esse fim. Anrioo 54° Obrigacses dos toresivos Estados 1. Se um funcionirio consular atravessar ou so eneon: trar no territério de um tereeiro Estado que Ihe tenha concedido um visto, mo caso de esse visto ser neces- sério para ir assumir ae suas fungdes ou ir para o seu posto, ou para volter ao Estado que envia, o terceiro Rstado conceder-Ihe-& as imunidades previstas nos outros I SERIE — NOMERO 127 artigos da presente Convengio que possam ser necessérias para permitir a sua passagem ou o seu regresso. O tereeiro Estado coneederé 0 mesmo tratamento aos membros da familia que com ele vivam ¢ beneficiem dos privilégios © imunidades, quer acompanhem 0 funeiondrio consular, quer vinjem separadamente para a ele se reunirem ou para regressarem ao Hstado que envia. 2. Em condigses andlogis is especificedas no paré srafo 1 do presente artigo, os tereeiros Estados nio devertio ificultar @ passagem através do seu territério aos demais membros do posto consular © aos membros da sua famslia que com eles vivam, 3. Os tereciros Estados concederdo i ecrrespondénoia oficial © iis outras comunieagses oficiais em trinsito, in cluindo as mensagens em eddigo ou em cifra, a mesma liberdade 9 a mesma proteeco que o Estado receptor es- tiver obrigado @ eonceder em virtude da presente Con- vengio. Coneederio aos correios consulares, a quem um visto tenha sido concedido se necessitio, e 4s malas con- sulares em trénsito a mesma inviolabilidade e a mesma proteegio que o Estado receptor for obrigado a conceder fem virtude da presente Convengto. 4, As obrigagées dos terceiros Estados decoreentes dos parigrafos 1, 2 © 8 do presente artigo uplicam-se igual- mente is pessoas _mencionadas respectivamente nestes parigrafos, assim como As comunicagées oficiais @ as ‘malas consulares, quando as mesmas pessons se encon- twarem no tervitésio de terceiros Estados por motivo de forga msior. Autio0 55.° Respeite pelas leit ¢ rogulamentos do Estado recoptor 1. Som prejuizo dos seus privilégios @ imunidades, todas as ppestous que beneficinrem desses qrivilégios @ inuni- dades terdo 0 dover de reopeiter as leis ¢ os regulamentos do Estado receptcr. Terio igualmente 0 dever do no se imiseuir nos assumtos internos do referido Estado. 2. As instalagdes consulares nfo deverio ser utiligndas de maneira incompativel com o exezeicio das fungies consulares, 8, As disposicdes do pardgrafo 2 do presente artigo nfo excluirdo a possibilidade de so instalar numa parte do edi- ficio onde se encontrem as instalagées do posto consular 0s escritérios de outros organismos ou agéneias, desde que 65 loeais a eles destinados estejam separados dos que uti lize 0 posto consular. Neste caso, os mencionados esori- térios no serflo considerados, para os fins da presente Convengio, parte integranto das instalagdes consulares Annico 58° Sea 10s cautados a terccivos Os membros do posto consular deverio cumprir todas 5 obrigagses impostas pelas leis © regulamentos do Estado receptor relativas ao seguro de responsabilidade civil por danos causados a terceiros pela utilizagio de qualquer veleulo, navio ou aeronave Aunico 57 DisporigSer expeciais relativas is actividades pris ‘de carketer lucrative 1. Os funciondrios consulares de earreira nilo exerceriio no Estado receptor actividade profissionnl ou comercial een proveito proprio. 30 DE MAIO DE 1972 2. Os privilégios © imunidades previstos no presente capitulo nfo serso concedes: 2) Aos empregados consulares ov membros do pes coal de servigo que exergam no Hstado receptor actividades privada de cavicter Iucrativo; b) os membros da fuunilia das pessoas mencionadas nna alinea a) do presente pardgrafo © aos mem- bbros do seu pessoal privativo; ¢) Aos membros da familia de um’membro do posto consular que exergam no Esindo receptor activ dude privada de cardeter Tuorativo. CAPITULO I Regime aplicavel aos funcionérios consulares honorétios aos postos consulares por eles geridos Anmiao 58° 1. Os artigos 28.2, 29.5, 00.°, B4.°, 85.%, 96.%, 87. 38° © 89.", o pardgrafo 3 do artigo 54.° © os pardgrafos 2.6 8 do artigo 55.* aplicam-se aos postos consulares geridos por funeionirios consulates honoririos. Além disso, as facili dades, privilégios ¢ imunidades destes postos ‘consulares serdo regulados pelos artigos 50.*, 60.°, 61.° © 62° 2. Os artigos 42.° © 48.*, 0 pardgeafo 3 do artigo 44." 8 artigos 45.° @ 58.° 0 pardgrafo 1 do artigo 59.° aplicamn se nos funcionérios consulares honordrios. Além disso, 1s facilidades, privilégios ¢ imunidades destes funcionérios consulazes serio regulados pelos artigos 63.%, 64.°, 65.°, 06s c 67" 8. Os privilégios @ iammidades previstos na presente Convengio nfo serio coneedidos acs membros

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