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1 DIARIO Quarta-feira, 14 de Julho de 2010 t DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Prego deste miimero — Kz: 280,00 Toda a corespoadéncia, quer acl, quer relitiva & andneo ¢ asintunsdo Dro a Repiiblicn, deve ser deigida & Imprensa “ASSINATURAS, ‘0 prego decade nha public nox Dior Ano | ds Repitioa 4628 ses 6 Ke 7 puraa Ke: 400 27590] 34 série Ke: 95,00, acrescide do. repectivo AL ne Ke: 236 2500 mpowto do selo, dependent publiasSo da NEGA. LA, CENA a iy ‘Ka: 123 5000] 356i ds depSsto prévoa efectur na Tesouaria end Teeg cmprenso AS? sie Kz: 9570000] dampens Nasional — EP SUMARIO O articulado da lei acima referida manifesta uma mera transcriglo, ainda assim muito limitada, do texto da Con- Assembleia Nacional vengiio dus Nagbes Unidas Sobre 0 Direito do Mar, nfo regulando convenientemente os poderes, 0s direitos ¢ os Tans deveres que cabem ao Estado Angolano, Regula oe ‘Angolan define o Jiri nxionis, as Aguas I liv moss serania de Agosto Lata, Lei Qua do Orgamente ido Esto, de 17 de Outubro, dem cor todas as normas qe dispocham ent Revogaa Lain? 997 oes a resent le ‘ASSEMBLEIA NACIONAL Lei? 14/10 de 14de Jumho A Convengio das Nagdes Unidas Sobre © Direito de Mar foi aprovada em Montego Bay, na Jamaica, a 10 de Dezem- bro de 1982 e a Repiblica de Angola subscreveu-a nessa mesma data. AReptblica de Angola ratificou a Convengiio das Nagdes Unidas Sobre o Direito do Mar, no dia 5 de Dezembro de 1990. ALLei n° 21/92, de 28 de Agosto, que regula as Aguas Interiores, 0 Mar Territorial e a Zona Econémica Exclus foi produzida a menos de dois anos apés a ratificagio da Con- vengdo das Nagdes Unidas Sobre Diteito do Mar, num con- texto de escasso conhecimento sobre o espitito ¢ a letra da sua regulagio Convindo efectuar um combate eficaz nos espagos mar Limos sob soberania ¢jurisdigo nacionais ou no alto mar, 20 contrabando, as descargas operacionais no controladas, a0 nimero de infraegdes 8s leis © aes regulamentos iscais, sanitrios e de imigragao; crescent aduaneizos, Rei cespagos maritimos de Angol mmhecendo-se a necessidade ungente de uma lei dos que estabelega uma verdadeira «politica para o mar>, que determine a extensio dos espagos _maritimas sob soberania ¢ jurisiglo nacionais,e que define (os poderes que o Estado Angolano neles deva exerver € m0 alto mar; AAssembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos da alien 6) do artigo 161.°¢ da alnea d) do n°2 do artigo 166°, ambos da Constituigio da Republica de Angola seguinte: LEL DOS ESPAGOS MARiTIMOS. CAPITULO 1 Disposigées Gerais ARFIGO 1 (Object) A presente lei regula 0 exercicio de poderes, dos direitos edos deveres do Estado Angolano e define 0s limites dos cespagos maritimos sob soberania e jurisdicdo nacional SERIE —N.’ 131 — DE 14 DE JULHO DE 2010 1397 ARTIOO 65: (Disposigao wansieta) Até a entrada em vigor do acto legislative referido no artigo 7.° da presente lei mantém-se em vigor as linhas de fecho e de base rectas fixadas pelo Decreto n." 47 771, de 27 de Junho de 1967 ARTIOO 66: (@ividas eons) As dlividas e omissGes surgidas na interpretagio ¢ apli- cago da presente lei so resolvidas pela Assembleia Nacio- nal. ARTIGO 67: (Entrada em vigor) A presente lei entra em vigor & data da sua publicagio, ‘Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, 0s 19 dle Maio de 2010, © Presidente, em exercicio, da Assembleia Nacional, Jodo Manuel Goncalves Lourengo. Promulgada aos 18 de Junho de 2010. Publique-se, © Presidente da Repiiblica, José Eouanvo pes Santos. Lein? 15/10 ae 14de Joho Acntrada em vigor da nova Constituigio marca o inicio de uma nova era em Angola. As novas visdes e perspectivas constitucionalmente assumidas nos dominios politicos, ngmico e social, impdem a adequago do quadro normative infraconstitucional com vista a concretizagio dos objectives fundamentais do Estado. Tal & 0 caso da Lei do Orgamento. orgamento, enquanto instrumento ao servigo da mate- sializagio da politica econdmica e social contida no Programa de Governagio do Poder Executivo, assume-se como um documento de particular importincia para a vida da Naso. Urge, por isso, face a0 nove quadro constitucional, redefinir as regras respeitantes i sua preparaco, elaborac3o, aprova+ Glo, execugiio e controlo, -AAssembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos da alfnea b) do artigo 161." da Constituicio da Repd- blica de Angola,a seguinte: LEI QUADRO DO ORCAMENTO GERAL DO ESTADO CAPITULO 1 Disposigies Gerais ARTIGO 1 Ambite deapicagao) ‘Appresente lei dispde sobre as normas gerais aplicveis & preparagio, elaborago, aprovagio ¢ exeeugdo orgamental, programagio financeira. ao registo contabilistico dos recur- 0s publicos, ARriGo 2° (Regime aplcsvel i Autarquis Locals) ‘Sem prejuizo do disposto na presente lei, lei propria estabelece o regime espeetfico de elaboragio, aprovagio & cexecusio orgamental das Autarquias Locais. CAPITULO UL Do Orcamento secgao 1 Do Orgamento ARTIGO 3° Deliniedo) 1. 0 oryamento ¢ 0 instrumento programético aprovado por lei especifica, de que se serve a administragtio do Estado a administrago autérquica, incluindo os correspondentes fundes e servigos auténomos, as instituigées sem fins lncrativos financiadas maioritariamente por sie a segurang social, para gerit os recursos paiblicos, de acordo com os prin- cipios de unidade, universslidade, anualidade e publicidade, 2, O orgamento estima as reveitas ¢ fixa os limites das despesas ARTIGO 4° muatidade © orgamente € anual, coincidindo o ano econémico com ano civil. ARTIGO 5 (Cnidadee unversalldade) © oxgamente € unitivio ¢ compreense todas as reecitas¢ despesas de todos os funds servigos auténoms, instin «Ges sem fins lerativos financiadas maioritariamente pelos poderes pblicos €a seguranga social, ARFIGO 6° (Parts inter antes) Integram 0 orgamento: 1398 DIARIO DA REPUBLICA 4) 0 sumério geral da receita por fontes e da despesa por fungao do Estado; +b) 0 quadro demonstrativo da eccitae despesa, segundo as categorias econdmicas; ©) © quadro de dotagdes por Sreios 4), as opgées de politica econdmica que serviram de base para a elaboragio do orgamento, ARTIGO 7° (equity 1. O orgamento deve prever os recursos necessirios para cobrir texas as despesas. 2. As despesas correntes ultrapassar as reeeitas correntes. devem em caso algum 3. Quando a conjuntura do perfodo, a que se refere ‘orgamento, no permitir 0 equilibrio do orgamento corrente, © Poder Executivo ou a Autarquia financia 0 respectivo fice sem recorrer 2 riage demoed seccAo 1 as Recetas Orgamentas ARTIGO 8° Gecata) 1. Constituem receitas orgamentais todas as receitas pldblicas, cuja titularidade € 0 Estado ou a Autarquia, bem ‘como dos éreiios que deles dependem, inclusive as relatives a servigos ¢ fndos auténomos, doagdes ¢ operagies de cré- dito. 2. Tributo € a receita institufda pelo Estado ou pela Autarquia, compreendendo os impostos, as taxas e contri- bbuigdes, nos termos legais em matéria financeira, destinando (0 seu custeio de aogdes gerais ou espectficas exercidas pelo Estado ou pela Autarquia, 3..Ndo se incluem nas receitas de que trata 0." 1 do pre- sente artigo, as operagées de erédito por antecipagtio de ‘eceita, as emissées de papel-moeda e outras entradas com pensilGrias no activo ou no passivo financeiro, 4, Operagbes de crédito por antecipasiio de receita sio as ccontratadas e pagas no mesmo exercicio financeiro, com objectivo de compatibilizar, no periodo, o fluxo das neceitas «com 0 das despess 5. Todas as receitas pertencentes ao Estado ou & Autar {quia constam infegralmente, sem qualquer dedugao, no comtes- pondente orgamento. 6.Na previsdo da receita, devem ser considerados os efei- tos da variagdio dos indices de inflago, do crescimento eco- _némico, do censrio nacional ¢ internacional, das alteragGes na legislaglo e de qualquer outro factor que possa influenciar 0 comportamento da sus arrecadacio, ARTIGO 9, (Clasteagio das recltas) ‘As receitas orgamentais obedecem a duas classificagies: 4) classificago econémica; }) classificagao por fonte de recurso. ARTIGO 10° (Casiieasao eenémiea da reeks) 1. Acassificago econdmica da receita compreende dus categorias: 4) receitas correntes; +) receitas de capital, 2, Sio reveitas correntes, as receitas ributris,patrimoniais, de servigos, bem como as transferéncias recebidas para aten- der quaisquer despesas. 3.50 receitas de capital, as provenientes da reaizagao de recursos finaneeiros oriundos de operagées de crédito € dt conversio em espécie de bens ¢ de direitos, bem como de saldos ndo comprometides de exercicios anteriores. 4. As transferéncias recebidas a que nfo se refere o n° 2 do presente artigo, no implica contraprestagdes de bens ou servigns ¢ so oriundas da Administragio Central, da Admi- nistrago Local, de pessoas singulares ou colectivas, piblicas ‘ou privadas, com ou sem fins lucrativos, do interior ou do exterior do Pats e das familias, ARTIGO 1 (Classteagio por fonte de recurso) 1 A classificagfo da receita por fonte de recurso envolve simultaneamente a sta identificagdo quanto a origem e {quanto ao seu destino, 2, Quanto & sua origem, as receitas so classificadas: 4@) receitas ordinaias do tesouro ou da autarquis; >) receitas préprias ) receitas de doagoes: 4) receitas de financiamento. 3. Quanto 20 seu destino, as receitas so classificadas: 4@) receitas ordiniias do tesouro ou da autarquia, (quando livres de qualquer restrigdo: +) receitas consignadas, quando afectadasa um deter ‘minado fim, 4. Para fins de elaboragio, execugio e controlo do org ‘mento, as receitas lass

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