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  • NUNES - O Tempo Na Narrativa (Capã Tulos 2 e 3)

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    Larissa Pacheco Marcelino
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    NUNES_O tempo na narrativa (capítulos 2 e 3)

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    NUNES, Bar 1998, Giw Fi Por conseguinte, As oisas nfo se embaralharam apenas pa- (© que 6 0 tempo? ra vost, leitor. Os fl6sofos mais perspi- _cazes, pois que Mlosica é a questio Jevantada, experimentaram perplexidade semelhante & sua. Santo ‘Agostinno exprimit-a no fom de uma reflexdo decepcionada: ‘ques ox consepunt,otmpo? Se ningun me pergntar eu ose, eu quer expobio quem me ar esn petunia, Jango saber tioble ‘Antes de Santo Agostinho comecar a pensar sobre 0 tempo, a fim de conecitui-o, nfo Ihe faltaria por certo, como nfo falta ns, uma compreensdo preva, em estado bruto, desse assunto, como & ‘ue Lemos a respeito dessee de tantes outros temas trvials que po- dem converter-te em questes ilos6fcas, a exemplo da linguayem, ‘conllecida quando a pratieamos ¢ desconhecide quando @ interroga. ‘mos Eem virtude dessa compreensio que consultamos oreldgio,re- ‘gulando por ele nossas dsponibilidades de tempo. O Santo Doutor do siculo TV, como os homens de sua época, tera consultado, ‘o mesmo fim, os reldgios de so, expestos em lugares piblios,e que peormoo, Sst. Confit, Pano, 1846. Lo XI,» 6 —______stcsstomer cau tormror_e ‘marcam, pelo movimento da sombra projtada por um exo fixo no espago, conforme a taetdria que o astro pecorre do Oriente para ‘Ocidente, no inervalo entre a aurora eo erepscul, a duragto de lum dia solar. Podemos conjeturar qu, vez or outa, sbfregoescri- tor que foi, Santo Agostinho espairecesse a vista, o ellamo deposto sobre a folha de um manuserito inicio, contemplando o escoar-se sda gua numa clepsdra ou da areia sums ampulheta, Também act, até passagem do ttimo gro de area eda ikima gota de agua cain ao da sepo superior inferior desses reldgis doméstcos da anigui- dade, € 0 movimento completo que represent, j4 coma subdivisto 40 dia solar, um intervalo de tempo. ‘A relago entre o comego€0 fim, chamado inervlo, de deter. minado movimento, o cbmputo de sua duragao, bem como a pass ‘gem de um intervaio a outro numa ordem que liga 0 anterior 80 Posterior, chamada de sucesso — todas esas nogbes que 0 uso d0 reldgo suscta de manera espontinea corroboram a ompreensio pre via do tempo, por forga de nossa aividadepratia, que nos obra lidar com ee ances de conceitud-to, Lidar com o tempo significa que jd contamos com asuapresen- ‘4 antecipada na dsteibuigdo das tarefas cotidianas, E contar com «58a presengaantecipada, objeto de constante preocupasio, tembém significa, perdoe-nos o inevtdvel tocadilo, que sempre 0 estamos ‘contando ou medindo, Medimo-t asronomicamente quando calcu. Jamos os 36 das de durago do ano pela revolueao da Terra em tor- ‘no do Sol, quando calculamos as 24 horas de duragio do dia pelo sro da Tetra em torno do seu préprio eixo, quando dividimos cada Thora em 60 minutos, cada minuto em 60 segundos, e quando 1 _ dodiasolar medio. 36.400 ‘Todas essas medidas correspondentes a intervalos, no curso de movi- ‘mentos, sto cronometrcas, comportando una imagem ciclica os mes ‘mos periodas votam sem cessar ene dois acontecimentos que s = petem ((ransagio do Sol, rotardo da Terra). Eases intervals, desde ‘ue individualizados, ist, datados, servem de base & cronologia, ue é linear. Media datagdoe repetido — tas sa0 08 dados prel- minares da compreensto comum, socal eprtica do tempo, que a= tecede e condiciona o esforco de abstracio teriea necesirio para conceituilo Direta ou indirctamente, a experidncia individual, externa cin ‘ema, bem como a experiencia social ou cultural, interferem na con expe do tempo. Mstram-no os cancitos expostos a suit estimamos 0 valor de cada segundo em Tompo fisico © Acxprénia do movimento exterior das emo peIColsgIce cost prepondea a clorsto do com oe i ccito de tempo fisico, natural ou cdsmi- co: tanto poe ser a mea do movimento como eas ent 0 a2- terior © posterior, conforme Aristételes escreveu em sua Fisica’, Sans o propo proseso de modanea~ proceso objlNo, porate sMizpendente de consancia do suf, am de quanta, Dor {ur eprowo mediante eandcras 7 intrpraro dese const tem vad com odesenvalv- sent Foca. Newton, nal XVI, stingul fempo rl Yor “aparente’e vulgar", do. fempo absoluto, “verdadeto, matte compare au redo universal ni, que fanio- hv nilormement, em corto com 0 saso ao gual também tinal carter abot. No stulo XX, inicnreaivzoso fempo feo, levando em con acnteinets silent gucowore 2 smo ‘Sapo: Em fuga do rl6po uniena eno de Neve, admin a tor clio quanios fxm ox ssa de ela ctr vents em ‘San ponte demarciv da Universo, , portanto,em cada porto do Sem nada de aol, eativo eum sistema de referencias, Sendai poss melo, ofempo €grandezadis- tina Go epago, Com no Ensen or- rion ela Sn do epago © do tempo ou da ‘aime es aur des cate ol ‘eno sly no este una rel20 paca! sbola oea ‘saa temporal absolut th expen de sce Jos nono tos nero eves ao conse de fomro poi ou eto sido, abn cox stake dc auvende interior. © pmo tag do tempo Palco Passa pamanet econ com dies tempore oie {ie gu hove pode presernos a cra quant un minuto 2 ‘hee nesnnents uno pode pares one n= {e's hor no ealamos, Vari! Sinn are nd Saas tempo pole, sje esa, oe ope 20 ‘tps ie Natasa peep do pete ae 7 amsrores, Phsiqe IV (10,219. Pai, Sole ion “les Beles Lets Pb ax, Kept. Lord emg. Pas, alma 198, p. ‘ Enuron a bes aap A eo fst S80 Pale, Rasoo, 196 pa Frat, K Opt 28 ‘ora em fungdo do passado ora em fungSo de projets futuros, € a ‘ais imediata e mais dbvia expresso temporal humana. Veremos & extensdo que o tempo psiquice, como tempo humano, adquitu na feed. Enguanto o tempo fisic se traduz com mensuragdes precisa, ‘que se baseiam em estaldesunitriosconstanes, para o cOmputo da

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