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Medicina de Repteis Unidade I
Medicina de Repteis Unidade I
UNIDADE I
ANATOMIA GERAL
E CLÍNICA GERAL DOS RÉPTEIS
Elaboração
Rafael Prange Bonorino
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................4
UNIDADE I
ANATOMIA GERAL E CLÍNICA GERAL DOS RÉPTEIS......................................................................7
CAPÍTULO 1
ANATOMIA E FISIOLOGIA..................................................................................................... 7
CAPÍTULO 2
CARACTERÍSTICAS GERAIS ................................................................................................ 11
CAPÍTULO 3
SEMIOLOGIA E CRIAÇÃO.................................................................................................... 16
CAPÍTULO 4
CONTENÇÃO FÍSICA .......................................................................................................... 19
CAPÍTULO 5
COLHEITA DE SANGUE....................................................................................................... 23
REFERÊNCIAS.........................................................................................................................25
INTRODUÇÃO
Os répteis sempre despertaram o fascínio e o pânico das pessoas por questões culturais
e religiosas, mas com uma carga de desconhecimento e exageros que foi passada por
longas gerações.
Culturas ocidentais veem os répteis com desdém e fobia. Símbolo de traição, as serpentes
são retratadas pela bíblia e pelas lendas populares como símbolo do mal e algo a
ser combatido, o que culminou, nos tempos atuais, em dificuldade nos processos de
conservação. Entretanto, esses mesmos répteis são simbolizados pelas civilizações
orientais e egípcias como sabedoria e astúcia.
O presente trabalho tem o intuito de, entre outras finalidades, desmistificar esses animais
e, ao contrário da crença popular, que os considera inferiores, mostrar sua importância
no equilíbrio ecológico, como controladores de pragas, e apontar as inúmeras espécies
criadas como animais de estimação, além de para zoológicos e centros de pesquisas
para medicamentos.
Para podermos ter a compreensão total desse grupo de animais, esta apostila está
dividida em: anatomia, fisiologia, criação, legislação, clínica, cirurgia, anestesiologia,
exames de imagem e patologia.
Objetivos
» Demonstrar que a realidade de répteis não está restrita aos zoológicos e centros
de pesquisas.
» Atualizar o clínico veterinário em uma disciplina que teve, nos últimos anos, uma
demanda expressiva nas clínicas veterinárias.
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Introdução
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ANATOMIA GERAL
E CLÍNICA GERAL UNIDADE I
DOS RÉPTEIS
Capítulo 1
ANATOMIA E FISIOLOGIA
O ovo amniótico foi um dos maiores ganhos dos répteis em terra. Com isso, não houve
uma adaptação para a vida aquática como nos anfíbios. A casca oferece proteção e uma
grande quantidade de vitelo, que fornece alimento ao embrião. Por isso, diferentemente
dos anfíbios, os répteis podem eclodir com um tamanho razoável, sem que haja um
período de adaptação, como nas classes anteriores, e sem a necessidade de sair
prematuramente à procura de alimento (ROMER; PARSONS, 1985). Um filhote desse grupo
é uma réplica do adulto, sem fase de transformação, diferentemente de anfíbios e peixes.
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UNIDADE I | Anatomia geral e clínica geral dos répteis
Todos os amniotas têm fecundação interna, e suas larvas são desprovidas de brânquias.
Uma vez que a casca constitui uma barreira física que impede a fertilização pelos
espermatozoides, a presença do ovo amniótico depende da fecundação interna em um
momento anterior à formação da casca. Entre os amniotas, a fecundação interna se dá
com o auxílio de um órgão copulador. Exceções a essa regra são os tuataras e a maioria
das aves, em cuja reprodução a transferência de esperma do macho para a fêmea se
faz por contato cloacal. O órgão copulatório mais comum entre os amniotas é o pênis
(falo), derivado da parede cloacal.
Figura 1. Ovo amniótico de um réptil: (a) embrião, (b) corion, (c) alantoide, (d) âmnio, (e)
saco vitelínico, (f) casca.
c
d
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Anatomia geral e clínica geral dos répteis | UNIDADE I
que conectava as ideias evolutivas de Darwin. Esse estudioso propôs que apenas grupos
monofiléticos são naturais, uma vez que eles seriam os únicos que realmente respeitam o
conceito evolutivo da ancestralidade comum. Um grupo monofilético é definido como a
reunião de todos os descendentes de um ancestral comum, este incluso (SANTOS, 2008).
Essa morfologia craniana estava presente nos primeiros amniotas. Ela também
ocorre em um grupo atual, as tartarugas, embora a condição anápsida nas tartarugas
provavelmente tenha evoluído de forma secundária a partir de ancestrais dotados de
fenestras temporais. Dois outros clados de amniotas, Diapsida e Synapsida, representam
derivações evolutivas independentes da condição ancestral anápsida.
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UNIDADE I | Anatomia geral e clínica geral dos répteis
O crânio diapsida (Gr. di, duplo, + apsis, arco) tem duas aberturas temporais: um par
localizado na região lateral inferior, e um segundo par localizado sobre o par inferior,
no teto do crânio e separado do primeiro por um arco ósseo. Os crânios diapsidas
caracterizam as aves e todos os amniotas tradicionalmente conhecidos como “répteis”,
à exceção das tartarugas.
A terceira condição de fenestração craniana é a sinápsida (Gr. syn., junto, + apsis, arco),
caracterizada por um único par de aberturas temporais localizadas na região laterodorsal
do crânio e margeadas por um arco ósseo.
Qual teria sido o significado funcional das aberturas temporais para os primeiros
amniotas? Nas formas atuais, essas aberturas são ocupadas por grandes músculos
que elevam (fecham) a mandíbula. As modificações na musculatura mandibular
poderiam refletir uma mudança na modalidade de alimentação por sucção, presente
em vertebrados aquáticos, para a alimentação em meio terrestre, que requer músculos
mais poderosos, capazes de exercer maior pressão estática empregada em determinadas
funções mecânicas, como cortar matéria vegetal com os dentes anteriores ou macerar
o alimento com os dentes posteriores (HICKMAN, 2016).
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Capítulo 2
CARACTERÍSTICAS GERAIS
2.1. Introdução
A classe Reptilia é subdivida em três ordens: Squamata (lagartos e serpentes), Chelonia
(quelônios) e Crocodilia (crocodilianos).
2.2. Anatomia
2.2.1. Pele
Nos répteis, a pele é grossa e impermeável, diferentemente dos anfíbios, que necessitam
manter constantemente a pele umedecida para manter a troca gasosa. Uma vez que os
répteis desenvolveram os pulmões como órgãos respiratórios, a pele abandona essa função
e se torna espessa, queratinizada e menos permeável à água. Isso explica a ausência de
glândulas existentes na superfície da pele, como as sebáceas, sudoríparas e mamárias.
Escamas
Epiderme
Derme
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Os répteis aquáticos, como as tartarugas marinhas, utilizam sacos aéreos como reserva
de ar para permanecerem longos minutos submersos. Esses sacos abastecerão o pulmão
na troca gasosa.
Associada a isso, há uma língua móvel e relevante para movimentar o alimento para
dentro da cavidade oral e deglutir. A exceção são as serpentes, cuja língua possui
atividade tátil/sensorial que capta partículas odoríferas do ambiente e as leva para o
órgão de Jacobson para interpretação (HICKMAN, 2016).
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Essa melhor separação de circuitos resulta em maior pressão sanguínea sistêmica nos
amniotas; tipicamente, peixes e anfíbios têm pressão sistêmica variando entre 15 e 40
mmHg, em contraste com a pressão de cerca de 80 mmHg dos varanídeos (um grupo de
lagartos de grande porte). A pressão mais alta representa uma adaptação de organismos
terrestres ativos, em virtude de suas necessidades metabólicas mais elevadas, além
do fato de que o coração deve vencer a gravidade para bombear o sangue para cima
(HICKMAN, 2016).
A maioria dos anfíbios elimina seus rejeitos metabólicos na forma de amônia. Ela é tóxica
e deve ser eliminada diluída em água. Já os mamíferos eliminam seus rejeitos na forma
de ureia, que se concentra nos rins e reduz a perda de água pela excreção.
Os répteis, assim como as aves, eliminam seus rejeitos na forma de ácido úrico. Como
esse rejeito não costuma ser tóxico, ele pode ser concentrado, o que requer pouca
quantidade de água. Essa excreção se assemelha a uma massa semissólida e branca na
maioria das vezes.
Os répteis são incapazes de concentrar urina com osmolaridade maior que a do plasma
(nota do autor).
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2.2.6. Ectotermia
Você sabia? Caso você tenha um réptil criado sem um sistema de aquecimento, ao
utilizar medicamentos parenterais, é fundamental aquecer o ambiente. Caso contrário,
não haverá absorção sistêmica do fármaco.
» Têm dois membros duplicados, geralmente com cinco dedos em cada; membros
vestigiais ou ausentes em muitos.
» São ectotérmicos.
» Alguns têm olhos com visão de cores; serpentes e alguns lagartos têm
quimiorrecepção altamente desenvolvida usando epitélios olfatórios e o órgão
de Jacobson; algumas serpentes têm órgãos com fossetas sensíveis ao calor;
orelha média com um único osso.
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» Têm coração com um seio venoso, dois átrios e um ventrículo dividido de forma
incompleta em três câmaras; coração crocodiliano têm um seio venoso, dois
átrios e dois ventrículos; circuitos pulmonar e sistêmico são separados de forma
incompleta; células vermelhas do sangue são nucleadas.
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Capítulo 3
SEMIOLOGIA E CRIAÇÃO
3.1. Legislação
A Instrução Normativa do IBAMA n. 31/2002, ao tecer várias considerações sobre a
criação de répteis, suspendeu de forma temporária diversas criações de répteis com
o objetivo de produção de animais de estimação para a venda no mercado interno.
Entretanto, algumas normativas recentes estão sendo confeccionadas, permitindo a
criação de determinadas espécies, como a jiboia (Boa Constrictor) e a jiboia arco-íris
(Epicrates Cenchria).
3.2. Semiologia
Os répteis representam o grupo que menos informações nos traz ao exame clínico se
comparado aos grupos dos animais homeotérmicos.
Alguns parâmetros não são possíveis ou não têm validade para serem mensurados, como:
linfonodos, temperatura retal (muitas oscilações), tempo de preenchimento capilar e
pulsação. Mesmo a ausculta cardíaca não é fácil, precisando de um Doppler para ampliar o
som, principalmente nas serpentes. Já nos quelônios, a ausculta é praticamente impossível.
Normalmente costumo dizer que: quando o réptil demonstra algo estranho a seu
proprietário, é porque o problema já tem certo tempo.
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Anatomia geral e clínica geral dos répteis | UNIDADE I
A palpação nem sempre é possível, como no caso dos quelônios, em que o pouco
acesso para a cavidade celomática está entre os membros e o casco, o que permite
palpar alguma tumoração ou presença de ovos – a distocia é algo muito comum entre
os quelônios terrestres (nota do autor).
Outras perguntas devem ser direcionadas ao ambiente, seja um terrário ou outro tipo
de recinto em que o animal viva. Presença de pedras de aquecimento, lâmpadas de
aquecimento ou ultravioleta, substrato inadequado, vidros – que podem produzir
intermação ou não absorção de radiação ultravioleta pela luz solar (WERTHER, 2014).
É sabido que muitos problemas de pele são ocasionados por problemas de manejo, seja
por uma pedra de aquecimento desregulada que queimou a região ventral do animal,
seja por hipovitaminose C por oferta de presas de forma inadequada, ou quando a pele
se descola espontaneamente como folha de papel velha.
Perguntas sobre o manejo alimentar devem ser feitas, bem como sobre periodicidade,
pois possuímos poucas informações sobre a questão nutricional dos diferentes répteis.
Como exemplo, temos a osteodistrofia fibrosa de origem alimentar em quelônios e
lacertílios por excesso de fósforo, no caso por oferta muito acentuada de músculo ou
vísceras.
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Capítulo 4
CONTENÇÃO FÍSICA
4.1. Quelônios
Em quelônios, a contenção física é feita pela porção caudal do casco, pois os quelônios
podem morder e arranhar. Embora não possuam dentes, mas bico córneo, sua mordida
é muito dolorida, principalmente a da tartaruga-mordedora.
A B
4.2. Lagartos
Apresentam musculatura mandibular forte e unhas que podem causar lesões.
A contenção visa inicialmente segurar a cabeça, logo após a mandíbula. E, como em
outros répteis, como as serpentes, nunca se deve segurar um lagarto apenas pela cabeça,
pois ele pode realizar movimentos de rotação do corpo e, como apresentam apenas
um côndilo unindo a coluna cervical ao crânio, poderá ocorrer a ruptura da medula e
paralisia do animal.
A cauda desses animais pode provocar lesões. Por isso, deve ser contida na sua base,
assim como a pelve e os membros pélvicos. Não é indicado conter ou segurar no meio
da cauda, pois é comum os animais fazerem a autotomia desse membro como resposta
de fuga a um estímulo do agressor. Ao contrário do que se pensa, não se cresce uma
nova cauda, mas a lesão se fecha, fibrosa e sem a porção óssea, dando a impressão de
crescimento. Toalhas e luvas de raspa de couro são indicadas.
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UNIDADE I | Anatomia geral e clínica geral dos répteis
Figura 6. Contenção correta de iguana verde (Iguana iguana). Uma mão imobiliza a cabeça e
abraça uma parte do tórax (A), e a outra segura na pelve com os membros posteriores (B).
A B
4.3. Crocodilianos
São animais raramente atendidos em clínicas (são atendidos mais em zoológicos).
Sua contenção deve ter a participação de, no mínimo, dois profissionais treinados para
animais grandes. Indivíduos pequenos podem-se conter como os lagartos, mantendo
a boca fechada com esparadrapo ou algo semelhante, e segurar a base da cauda para
evitar lesões severas.
Para indivíduos de porte maior, utiliza-se uma caixa de madeira com aberturas na parte
de cima, por onde se coloca uma corda de aço ou pau de couro no pescoço e em um
membro do animal (como um cinto de segurança). É interessante também imobilizar
as patas do animal para cima e evitar lesões.
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4.4. Serpentes
Há duas formas de se realizar a contenção, tendo em vista a serpente ser peçonhenta
ou constritora. Para as constritoras, o tamanho influencia na contenção. Para serpentes
menores, utiliza-se um gancho apropriado e se segura pela cabeça. Em serpentes
maiores, é necessária uma pessoa para cada metro de serpente.
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UNIDADE I | Anatomia geral e clínica geral dos répteis
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Capítulo 5
COLHEITA DE SANGUE
5.1. Introdução
Até pouco tempo atrás, colhia-se sangue nos répteis puncionando o coração. Essa prática
deixou de ser utilizada, pois pode provocar danos irreversíveis ao órgão. Entretanto,
por experiência pessoal, em raras situações, quando não se consegue acessar outros
pontos, pode-se usar essa técnica com ponderação.
5.2. Crocodilianos
Nesse grupo, após a devida imobilização, há dois pontos onde se pode coletar o sangue:
no seio venoso da cabeça, logo após o occipital, e na cauda, na região ventral. Leva-se
em consideração que, em ambas as situações, não se observam o vaso e a sua pulsação.
É comum acessar o seio linfático correspondente. Sendo assim, despreza-se o conteúdo
e se realiza nova coleta.
5.3. Serpentes
Em serpentes, o local mais indicado é supravertebral. Dobra-se a coluna para que se
abram os espaços intravertebrais e assim se faz a punção.
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5.4. Quelônios
Esse grupo é o mais privilegiado, pois possui mais locais para se coletar o sangue: veia
jugular, com certa dificuldade, pois o animal recolhe o pescoço para dentro da carapaça,
o que impede a punção; veia caudal; veia braquial (requer experiência); seio venoso
pós-occipital e próximo à entrada da carapaça.
Figura 13. Locais de colheita de sangue em quelônios (A) cauda; (B) seio venoso (carapaça);
(C) seio venoso pós-occipital; (D) braquial.
A B
C D
5.5. Lacertílios
Nesse grupo, punciona-se a cauda na região ventral ou dorsal.
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Figuras
Figura 6: https://minio.scielo.br/documentstore/2316-8994/ThZzjm9jdxcXndsmVwY7Rpc/
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