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Conhecimentos Bancários Caderno Mapeado CEF Pré Edital 2023
Conhecimentos Bancários Caderno Mapeado CEF Pré Edital 2023
Nele foi inserido títulos em cada artigo, para facilitar a sua compreensão, e marca-
ções das partes mais importantes.
Assim, trabalharemos os assuntos mais importantes para a sua prova com foco na nos
concursos anteriores da Caixa Econômica Federal.
Caso tenha qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando seus
questionamentos para o seguinte e-mail: cadernomapeado@gmail.com.
Bons Estudos!
Rumo à aprovação!!
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Pessoal!
CONTEÚDO
1 - Sistema Financeiro Nacional: Estrutura do Sistema Financeiro Nacional; Órgãos normativos e instituições
supervisoras, executoras e operadoras. 2 - Mercado financeiro e seus desdobramentos (mercados monetá-
rio, de crédito, de capitais e cambial). 3 - Os bancos na Era Digital: Atualidade, tendências e desafios. 4 -
Internet banking. 5 - Mobile banking. 6 - Open banking. 7 - Novos modelos de negócios. 8 - Fintechs,
startups e big techs. 9 - Sistema de bancos-sombra (Shadow banking). 10 - O dinheiro na era digital: blo-
ckchain, bitcoin e demais criptomoedas. 11 - Correspondentes bancários. 12 - Sistema de pagamentos
instantâneos (PIX). 13 - Transformação digital no Sistema Financeiro. 14 - Moeda e política monetária: Po-
líticas monetárias convencionais e não-convencionais (Quantitative Easing); Taxa SELIC e operações com-
promissadas; O debate sobre os depósitos remunerados dos bancos comerciais no Banco Central do Brasil.
15 – Orçamento público, títulos do Tesouro Nacional e dívida pública. 16 - Produtos Bancários: Programas
sociais e Benefícios do trabalhador; Noções de cartões de crédito e débito, crédito direto ao consumidor,
crédito rural, poupança, capitalização, previdência, consórcio, investimentos e seguros. 17 - Noções de
Mercado de capitais. 18 - Noções de Mercado de Câmbio: Instituições autorizadas a operar e operações
básicas. 19 - Regimes de taxas de câmbio fixas, flutuantes e regimes intermediários. 20 - Taxas de câmbio
nominais e reais; 21 - Impactos das taxas de câmbio sobre as exportações e importações. 22 - Diferencial
de juros interno e externo, prêmios de risco, fluxo de capitais e seus impactos sobre as taxas de câmbio. 23
- Dinâmica do Mercado: Operações no mercado interbancário. 24 - Mercado bancário: Operações de te-
souraria, varejo bancário e recuperação de crédito. 25 - Taxas de juros de curto prazo e a curva de juros;
taxas de juros nominais e reais. 26 – Garantias do Sistema Financeiro Nacional: aval; fiança; penhor mercan-
til; alienação fiduciária; hipoteca; fianças bancárias. 27 - Crime de lavagem de dinheiro: conceito e etapas;
Prevenção e combate ao crime de lavagem de dinheiro: Lei nº 9.613/98 e suas alterações; Circular nº 3.978,
de 23 de janeiro de 2020 e Carta Circular nº 4.001, de 29 de janeiro de 2020 e suas alterações. 28 - Autor-
regulação bancária. 29 - Sigilo Bancário: Lei Complementar nº 105/2001 e suas alterações. 30 - Lei Geral de
Proteção de Dados (LGPD): Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 e suas alterações. 31 - Legislação anti-
corrupção: Lei nº 12.846/2013 e Decreto nº 8.4)20/2015 e suas alterações. 32 - Ética aplicada: ética, moral,
valores e virtudes; noções de ética empresarial e profissional. A gestão da ética nas empresas públicas e
privadas. Código de Ética da Caixa Econômica Federal (disponível no sítio da CEF na internet); Código de
Conduta da Caixa Econômica Federal (disponível no sítio da CEF na internet). 33 - Política de Responsabili-
dade Socioambiental da Caixa Econômica Federal (disponível no sítio da CEF na internet). 34 - Lei nº
7.998/1990 (Programa Desemprego e Abono Salarial - beneficiários e critérios para saque). 35 - Artigo 37
da Constituição Federal (Princípios constitucionais da Administração Pública: Princípios da legalidade, im-
pessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência). 36 – Lei Complementar nº 7/1970 (PIS). 37 - Lei nº
8.036/1990 (FGTS): possibilidades e condições de utilização/saque; Certificado de Regularidade do FGTS;
Guia de Recolhimento (GRF). 38 - Produtos: Abertura e movimentação de contas: documentos básicos. 39
- Pessoa física e pessoa jurídica: capacidade e incapacidade civil, representação e domicílio. 40 - Sistema
de pagamentos brasileiro.
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1) Introdução
Nesse momento, iremos estudar o tópico referente a um tema muito recorrente nas provas de co-
nhecimentos bancários:
Gostaríamos de agradecer a confiança depositada em nosso material. Saiba que garantimos que
você terá o material mais adequado para conquista da sua aprovação. Não esqueça que o seu em-
penho é fundamental; afinal, passar em um concurso público não é tarefa fácil, mas também não é
algo impossível. Mas não se esqueça: Nós acreditamos em você!
O sistema financeiro Nacional, segundo o Banco Central do Brasil, consiste em um conjunto de ins-
tituições que promovem a intermediação financeira entre credores e tomadores de recursos.
Dessa definição, podemos destacar alguns pontos que merecem atenção especial, quais sejam: i)
intermediação financeira; ii) credores; e iii) tomadores de recursos.
Intermediação financeira
Tomadores de recursos
a) intermediação financeira
A Intermediação Financeira consiste em uma operação que diz respeito à captação de recursos pelas
instituições financeiras, transferindo dinheiro de agentes econômicos superavitários (credores) para
os agentes deficitários (tomadores de recursos).
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b) Credores
Os credores podem ser definidos como os agentes que possuem recursos financeiros disponíveis, é
o que se denomina de agente superavitário. Em síntese, são pessoas, empresas ou quaisquer enti-
dades que possuem dinheiro, mas que tem a vontade de ganhar mais dinheiro no futuro.
Exemplo: Banco.
c) tomadores de recursos
Tomadores de recursos (agentes deficitários) consiste naquelas pessoas ou entidades que não tem
dinheiro, mas precisam utilizá-lo em determinado momento. Assim, os agentes deficitários aceitam
pegar dinheiro emprestado com os credores e, em momento posterior, pagam o valor acrescido de
juros.
Imagine que Carlos deseje adquirir um carro de R$ 100 mil reais, mas tenha apenas 20 mil, que será
o valor da sua entrada. Como Carlos poderia conseguir o restante do valor?
A solução, na maioria das vezes, é recorrer ao financiamento bancário. Nesse caso, o banco (credor
- agente superavitário) irá transferir a Carlos (tomador de recursos - agente deficitário) o valor para
a entrada e assim irão realizar uma intermediação financeira.
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Existem três tipos de instituições no Sistema Financeiro Nacional, que são: (i) normativas; (ii) super-
visoras e (iii) operadoras e executoras.
Normativas
Operadoras e executoras
Vejamos representação gráfica apresentada pelo BCB quanto à composição e os segmentos do Sis-
tema Financeiro Nacional:
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As instituições normativas são aquelas responsáveis pela elaboração das normas de funcionamento
do Sistema Financeiro nacional.
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As instituições operadoras são aquelas responsáveis pela intermediação financeira, através do ofe-
recimento de seus serviços. É o caso dos bancos.
5.1) Conceito
Conforme vimos, as instituições normativas são aquelas responsáveis pela elaboração das normas
gerais que regulam o Sistema Financeiro Nacional, visando garantir o seu funcionamento.
Na maioria das vezes, as instituições normativas são constituídas na forma de colegiado, com vários
membros tomando decisões em conjunto, formando um conselho.
Os principais órgãos do conselho são: Conselho Monetário Nacional; Conselho Nacional de Seguros
Privados (CNSP); e Conselho nacional de Previdência Complementar (CNPC).
Ao avaliar as últimas provas do concurso do Banco do brasil, verificamos que não foram abordados
conhecimentos profundos sobre o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP); e Conselho na-
cional de Previdência Complementar (CNPC).
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o órgão responsável por definir as normas a
serem seguidas pelas instituições que operam com seguros, sendo, portanto, órgão normativo.
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Também se trata de órgão normativo, sendo responsável pela supervisão das instituições que co-
mercializam os planos da Previdência Complementar.
Para sua prova do Banco do Brasil, é o órgão mais importante, por isso fique muito atento!
O Conselho Monetário Nacional foi criado pela Lei 4.595/64 e é considerado o órgão máximo do
Sistema Financeiro nacional. Ele é responsável por tratar sobre as diretrizes gerais sobre moeda e
crédito, bem como pela formulação da política macroeconômica do governo federal.
Adaptar o volume dos meios de pagamento ás reais necessidades da economia nacional e seu
processo de desenvolvimento (Revogado);
Esse objetivo foi revogado pela Lei Complementar nº 179, de 2021, que dispõe sobre a "autonomia
do Banco Central", revogou algumas atribuições do Conselho Monetário Nacional.
Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários
ou deflacionários de origem interna ou externa, as depressões econômicas e outros desequilíbrios
oriundos de fenômenos conjunturais (Revogado);
Esse objetivo foi revogado pela Lei Complementar nº 179, de 2021, que dispõe sobre a "autonomia
do Banco Central", revogou algumas atribuições do Conselho Monetário Nacional.
Esse objetivo foi revogado pela Lei Complementar nº 179, de 2021, que dispõe sobre a "autonomia
do Banco Central", revogou algumas atribuições do Conselho Monetário Nacional.
Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públicas, quer privadas; tendo
em vista propiciar, nas diferentes regiões do País, condições favoráveis ao desenvolvimento harmô-
nico da economia nacional;
Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, com vistas à maior
eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de recursos;
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Compete ao Conselho Monetário Nacional, segundo diretrizes estabelecidas pelo Presidente da Re-
pública:
Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central da República do Brasil, por
meio dos quais se estimarão as necessidades globais de moeda e crédito;
Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto a compra e venda de ouro e
quaisquer operações em Direitos Especiais de Saque e em moeda estrangeira;
Coordenar a política de que trata o art. 3º desta Lei com a de investimentos do Governo Federal;
Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos comissões e qualquer outra forma
de remuneração de operações e serviços bancários ou financeiros, inclusive os prestados pelo Banco
Central da República do Brasil, assegurando taxas favorecidas aos financiamentos que se destinem
a promover:
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reflorestamento;
eletrificação rural;
mecanização;
irrigação;
Determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições financeiras poderão empres-
tar a um mesmo cliente ou grupo de empresas;
Estipular índices e outras condições técnicas sobre encaixes, mobilizações e outras relações pa-
trimoniais a serem observadas pelas instituições financeiras;
Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas instituições finan-
ceiras;
Delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos o capital mínimo das instituições financeiras
privadas, levando em conta sua natureza, bem como a localização de suas sedes e agências ou filiais;
Estabelecer para as instituições financeiras públicas, a dedução dos depósitos de pessoas jurídicas
de direito público que lhes detenham o controle acionário, bem como dos das respectivas autarquias
e sociedades de economia mista, no cálculo a que se refere o inciso anterior;
Outorgar ao Banco Central da República do Brasil o monopólio das operações de câmbio quando
ocorrer grave desequilíbrio no balanço de pagamentos ou houver sérias razões para prever a imi-
nência de tal situação;
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Fixar, até quinze (15) vezes a soma do capital realizado e reservas livres, o limite além do qual os
excedentes dos depósitos das instituições financeiras serão recolhidos ao Banco Central da República
do Brasil ou aplicados de acordo com as normas que o Conselho estabelecer;
Decidir de sua própria organização; elaborando seu regimento interno no prazo máximo de trinta
(30) dias;
Aprovar o regimento interno e as contas do Banco Central do Brasil e decidir sobre seu orçamento
e sobre seus sistemas de contabilidade, bem como sobre a forma e prazo de transferência de seus
resultados para o Tesouro Nacional, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União.
Aplicar aos bancos estrangeiros que funcionem no País as mesmas vedações ou restrições equi-
valentes, que vigorem nas praças de suas matrizes, em relação a bancos brasileiros ali instalados ou
que nelas desejem estabelecer-se;
Colaborar com o Senado Federal, na instrução dos processos de empréstimos externos dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos Municípios, para cumprimento do disposto no art. 63, nº II, da Consti-
tuição Federal;
Expedir normas e regulamentação para as designações e demais efeitos do art. 7º, desta lei.
Art. 8º O Conselho Monetário Nacional, criado pela Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964,
passa a ser integrado pelos seguintes membros:
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Ministro de Estado do
Planejamento e Orçamento;
6.1) Conceito
As supervisoras são aquelas instituições que fiscalizam o cumprimento das diretrizes e normas ela-
boradas pelos órgãos normativos. A sua função, portanto, é fiscalizar a devida observância das nor-
mas que compõem o Sistema Financeira Nacional.
a) Noções introdutórias
O Banco Central do Brasil (Bacen), fundado em 1964 e com início de suas atividades em 1965, é uma
espécie de "banco dos bancos". Isso quer dizer que, além de socorrer os outros, também fiscaliza os
bancos em geral.
b) Objetivos do Bacen
Os principais objetivos do Banco Central do Brasil estão previstos no §1º da Lei Complementar n.
179/21, que assim dispõe:
Art. 1º O Banco Central do Brasil tem por objetivo fundamental assegurar a estabilidade de
preços.
Parágrafo único. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental, o Banco Central do Brasil tam-
bém tem por objetivos zelar pela estabilidade e pela eficiência do sistema financeiro, suavizar
as flutuações do nível de atividade econômica e fomentar o pleno emprego.
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c) Enquadramento do Bacen
O Banco Central é considerado uma autarquia e, por isso, integra a administração pública indireta.
Em razão disso, possui personalidade jurídica, patrimônio próprios e é criado por lei específica para
executar funções típicas de Estado. Ademais, as autarquias também possuem autonomia adminis-
trativa e financeira.
Tome Nota
O Bacen, até o mês de fevereiro de 2021, era classificado como uma Autarquia Federal, isto é, uma
autarquia comum. Todavia, com a publicação da Lei Complementar n. 179/21, a referida instituição
passou a receber status de Autarquia de natureza Especial.
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Destaca-se que isso é outra novidade da LC nº 179/21, uma vez que antes o Presidente do Bacen e
os demais diretores da Diretoria Colegiada poderiam ser demitidos a qualquer tempo.
d) Diretoria do Bacen
A Diretoria Colegiada do Banco Central é formada por: 9 diretores - 1 deles é o presidente do Bacen.
Todos os diretores são nomeados pelo Presidente da República e devem ser brasileiros de ilibada
reputação e notórios conhecimentos econômico-financeiros. Embora sejam indicados pelo Presi-
dente, devem passar por aprovação do Senado Federal.
e) Atribuições do Bacen
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8. Ser depositário das reservas oficiais de ouro e moeda estrangeira e de Direitos Especiais de Saque
9. Efetuar, como instrumento de política cambial, operações de compra e venda de moeda estran-
geira:
10. Regular os serviços de compensação de cheques e outros papéis, gerindo o Sistema de Paga-
mentos Brasileiro (SPB)
11. Efetuar a compra e venda de títulos públicos federais, como instrumento de política monetária.
O Comitê de Política Monetária (COPOM), conforme definição do próprio Banco Central do Brasil:
Formalmente, as competências do Copom são definir a meta da Taxa Selic e divulgar o Rela-
tório de Inflação. A taxa de juros fixada na reunião do Copom é a meta para a Taxa Selic (taxa
média dos financiamentos diários, com lastro em títulos federais, apurados no Sistema Espe-
cial de Liquidação e Custódia), a qual vigora por todo o período entre reuniões ordinárias do
Comitê.
As reuniões ordinárias do Copom dividem-se em duas sessões, sendo a primeira sessão re-
servada às apresentações técnicas de conjuntura econômica e a segunda destinada à decisão
da meta da Taxa Selic. Além do Presidente e dos Diretores do Banco Central, membros do
Comitê, participam da primeira sessão da reunião os chefes dos seguintes departamentos do
Banco Central: Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban),
Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab), Departamento Econômico (De-
pec), Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep), Departamento das Reservas Internacio-
nais (Depin) e Departamento de Assuntos Internacionais (Derin). A primeira sessão dos traba-
lhos poderá contar, ainda, com a presença de outros servidores do Banco Central, quando
autorizados pelo Presidente.
No primeiro dia das reuniões, os chefes de departamento apresentam uma análise técnica de
conjuntura abrangendo inflação, nível de atividade, evolução dos agregados monetários, fi-
nanças públicas, balanço de pagamentos, economia internacional, mercado de câmbio, reser-
vas internacionais, mercado monetário, operações de mercado aberto e expectativas gerais
para variáveis macroeconômicas.
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Os comunicados das decisões do Copom são divulgados após o término da segunda sessão
da reunião ordinária, a partir das 18h. As atas do Copom, em português, são divulgadas às
8h00 da terça-feira da semana posterior a cada reunião, dentro do prazo regulamentar de seis
dias úteis. Já as apresentações técnicas de conjuntura referentes ao primeiro e segundo dia
de reunião são disponibilizadas, respectivamente, após 4 e 8 anos.
O calendário anual das reuniões ordinárias será divulgado mediante Comunicado do Diretor
de Política Monetária até o fim do mês de junho do ano anterior, admitindo-se ajustes até o
último dia do ano de sua divulgação.
Ao final de cada trimestre civil (março, junho, setembro e dezembro), o Copom publica o do-
cumento "Relatório de Inflação", que analisa detalhadamente a conjuntura econômica e fi-
nanceira do País, bem como apresenta suas projeções para a taxa de inflação.
Composição COPOM:
Para compreender a exata função do Copom, primeiramente é necessário ter também a compreen-
são de que no Brasil é adotado o Regime de Metas de Inflação, no qual o controle inflacionário
ocorre em regra via taxa de juros.
Sabe-se que há uma relação inversa entre inflação e taxas de juros, haja vista que para se reduzir a
inflação, aumenta-se a taxa de juros. Assim agindo, acaba-se por diminuir a demanda (procura) por
bens e serviços, consequentemente desestimulando a atividade econômica.
Por outro lado, sendo baixa a inflação, é possível se reduzir a taxa de juros, causando um estímulo
na economia.
Assim, nesse Regime de Metas de Inflação o papel principal do Banco Central é agir para que a
inflação não extrapole a pré-determinada.
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O Copom, portanto, determina a meta para a taxa Selic de acordo com a análise acerca da inflação
seja no momento atual ou em relação as expectativas em relação ao futuro.
Havendo uma alta na inflação, o Copom adota medidas políticas contracionistas, ou seja, para redu-
ção da inflação, como, por exemplo, a venda de títulos, a retirada de moeda de circulação, aumento
da taxa de juros ou mesmo redução da demanda na economia.
Atenção! O IPCA (Índice de preços ao Consumidor Amplo), calculado pelo IBGE, é o índice oficial
utilizado para calcular a taxa de inflação.
Por fim, em relação ao Copom, saiba que outra finalidade de destaque, além de definir a meta da
Selic, é a elaboração do Relatório de Metas de inflação, documento divulgado trimestralmente pelo
Bacen.
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Inicialmente, tenha em mente que valores mobiliários nada mais são do que títulos financeiros, emi-
tidos pelo governo ou por instituições privadas, sendo exemplos: ações, debêntures e cotas de fun-
dos de investimentos.
A Comissão de Valores Mobiliários – CVM -, nos termos do art. 5º da Lei 6385/76, com redação dada
pela Lei nº 10.411/2002, é definida como:
São disciplinadas e fiscalizadas pela CVM, de acordo com o art. 1º da Lei nº 6.385/1976, as seguintes
atividades:
Art. 1º Serão disciplinadas e fiscalizadas de acordo com esta Lei as seguintes atividades:
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§ 1º O disposto neste artigo não exclui a competência das Bolsas de Valores, das Bolsas de
Mercadorias e Futuros, e das entidades de compensação e liquidação com relação aos seus
membros e aos valores mobiliários nelas negociados.
II - convocar, a seu juízo, qualquer pessoa que possa contribuir com informações ou opiniões
para o aperfeiçoamento das normas a serem promulgadas.
b) das companhias abertas e demais emissoras de valores mobiliários e, quando houver sus-
peita fundada de atos ilegais, das respectivas sociedades controladoras, controladas, coliga-
das e sociedades sob controle comum;
V - apurar, mediante processo administrativo, atos ilegais e práticas não equitativas de admi-
nistradores, membros do conselho fiscal e acionistas de companhias abertas, dos intermediá-
rios e dos demais participantes do mercado;
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IV - proibir aos participantes do mercado, sob cominação de multa, a prática de atos que
especificar, prejudiciais ao seu funcionamento regular.
§ 2º O processo, nos casos do inciso V deste artigo, poderá ser precedido de etapa investiga-
tiva, em que será assegurado o sigilo necessário à elucidação dos fatos ou exigido pelo inte-
resse público, e observará o procedimento fixado pela Comissão.
1) Introdução
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O mercado financeiro envolve diversas operações de compra e venda de ativos financeiros, sua es-
trutura é formada pelas instituições financeiras, dentre elas estão os bancos, as corretoras, as insti-
tuições de pagamento e alguns órgãos do governo.
Bancos
Corretoras
Instituições Financeiras
Instituições de pagamento
Órgãos do governo
a) Bancos
Os bancos são instituições financeiras que basicamente atuam como intermediários entre quem quer
emprestar dinheiro e quem tem a intenção de tomar dinheiro emprestado. Além disso, prestam ser-
viços relacionados à cartão de crédito, débito, investimentos, pagamentos, conta corrente, dentre
outros serviços
b) Corretoras
As corretoras estão ligadas ao mercado de investimentos, são empresas que pertencem ao Sistema
Financeiro e intermediam a compra e a venda dos valores mobiliários, como títulos e ações. Alguns
exemplos de corretoras são BTG Pactual, XP Investimentos, Clear, Rico etc.
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São pessoas jurídicas que trabalham com serviços de compra e venda e movimentações de recursos
relacionadas ao pagamento. Alguns exemplos são: Mercado Pago, Cielo, PayPal, PicPay. Essas insti-
tuições, diferentemente dos bancos, não podem conceder empréstimos e financiamentos a seus
clientes.
d) Órgãos do governo
3) Mercado Monetário
O Mercado monetário faz parte do mercado financeiro e é responsável pelas operações financeiras
de curto ou de curtíssimo prazo. São operações que possuem alta liquidez, ou seja, a conversão de
um bem em dinheiro pode ser feita de uma maneira mais rápida.
No mercado monetário poderão ser feitas vendas de títulos e posses dentro do mercado financeiro
com uma alta liquidez. Esses investimentos são mais seguros para investidores que possuem um
perfil conservador. Pois as políticas existentes dentro do mercado monetário permitem que o indi-
víduo transforme seus títulos ou posses em dinheiro de forma rápida e segura com uma rentabili-
dade alta.
Os títulos podem ser vendidos entre as instituições financeiras ou quando o Banco Central adquire
títulos e vende para outras instituições, permitindo a compra livre.
a) Título Privado
São títulos criados por empresas privadas e encontradas no certificado de depósito bancário.
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São títulos disponibilizados pelo Tesouro Nacional, sua finalidade é fazer as pessoas investirem e as
corporações comprarem papéis da dívida pública lançados pelo Governo Federal. O título público
mais conhecido é o Tesouro Selic, o qual possui uma rentabilidade baixa.
O mercado monetário tem ligação direta com o Banco Central, pelo fato de ser constituído por
operações de compra e venda de títulos. O Banco Central possui responsabilidade pela moeda que
circula no país, dessa maneira, quando são efetuadas compras dos títulos são retiradas do mercado
as moedas e quando são efetuadas as vendas são colocadas em circulação novamente.
Por fim, é preciso entender que o mercado monetário afeta de forma drástica a economia, pois ele
pode acelerar o mercado econômico e se o mercado monetário fica em alta poderá haver a desva-
lorização da moeda.
4) Mercado De Crédito
O mercado de crédito é explorado pelas instituições, pois serve para conceder recursos financeiros
para a população.
O mercado de crédito também pertence ao Sistema Financeiro Nacional. É um sistema que fornece
financiamentos, tanto para pessoas físicas, quanto para pessoas jurídicas.
Além do mais, o mercado de crédito é muito importante para a economia do país, sem esse mercado
seria quase impossível a economia se manter.
O mercado de crédito oferece uma vasta movimentação de recursos econômicos. Possui uma grande
capacidade de financiar projetos que futuramente podem gerar valor para toda a economia de forma
direta.
De maneira ampla, o mercado de crédito funciona entre duas partes, os credores e os tomadores de
crédito.
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Mercado de crédito
Tomadores de crédito
a) Credores
b) Tomadores de crédito
Além disso, as operações podem ser de curto prazo (menos de um ano); médio prazo (de um a cinco
anos); e de longo prazo (acima de cinco anos).
Para as pessoas físicas podem ser feitos créditos consignados, crédito direto para o consumidor,
liberação de cheque especial, cartão de crédito, dentre outros.
Para as pessoas jurídicas poderão ser feitos empréstimos para capital de giro, para financiar equipa-
mentos e máquinas, financiar projetos da empresa, entre outros.
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Por fim, vale lembrar que existem os juros que definem o custo do capital. A taxa de juros pode ser
Pré ou Pós-fixada.
As garantias são necessárias para que as instituições financeiras tenham mais segurança na operação
financeira de fornecer crédito.
5) Mercado De Capitais
5.1) Conceito
O mercado de capitais é uma divisão do sistema financeiro, o qual é responsável por intermediar a
relação daqueles que precisam de recursos de longo prazo para implementar projetos e quem se
propõe a fazer tal investimento. Os investidores entregam os recursos para as empresas e em troca
recebem os chamados valores mobiliários, como: ações, debêntures, cotas de fundos de investimen-
tos, bônus de subscrição, certificados de depósito de valores mobiliários, notas comercias, contratos
futuros, dentre outros.
a) Empresas
São instituições autorizadas pelo Bacen para fazer a intermediação entre os investidores e o mercado
organizado de títulos e valores mobiliários.
São profissionais credenciados pela ANCORD ((Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras
de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias) para atuarem nas corretoras com a pros-
pecção de clientes, e prestação de informações sobre os produtos e demais serviços.
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São instituições autorizadas para atuar no mercado de capitais, como por exemplo, os bancos de
investimentos.
e) Bolsa de valores
É uma entidade privada de capital aberto onde são negociadas ações de empresas, títulos de renda
fixa, commodity e outros ativos.
A CVM é responsável pela fiscalização e regulação do mercado de capitais, e tem por objetivo fisca-
lizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores.
É válido citar que, “o mercado de capitais mobiliza os recursos de poupança de pessoas físicas, em-
presas e agentes públicos, promovendo a alocação eficiente dessa poupança para financiar a pro-
dução, a comercialização e o investimento e consumo de empresas e famílias. ”
6) Mercado Cambial
6.1) Conceito
O mercado de câmbio é o local onde são realizadas as operações de câmbio, ou seja, compra e
venda de moedas de todos os países, dessa maneira, é um dos maiores ambientes de negociação
do mercado de capitais.
No mercado cambial, as operações são realizadas em pares de moedas, ou seja, para comprar uma
moeda é necessário entregar outra. Cada moeda possui um preço e a diferença entre uma e outra é
chamada de taxa cambial. A taxa cambial é responsável por dizer quanto será necessário pagar para
comprar outra moeda.
a) Mercado primário
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O mercado secundário diz respeito as movimentações feitas entre os bancos no país, podendo ser
chamado também de mercado interbancário.
Quem regula e supervisiona o mercado de câmbio no Brasil é o Banco Central e o Conselho Mone-
tário Nacional.
Já o Conselho Monetário Nacional estabelece a política cambial do Brasil e quais serão as regras que
devem ser seguidas nas operações financeiras entre o Brasil e os demais países. Além disso, o Banco
Central verifica se as regras estão sendo seguidas de forma adequada.
No Brasil temos as seguintes operações de câmbio: compra e venda de moeda estrangeira ou uso
de cartão em viagens ao exterior; transações de moeda nacional por residentes no país e no exterior;
movimentação de valores de importação e exportação; pagamentos e transferências internacionais,
entre outros.
Lembrando que todas as movimentações cambiais devem ser realizadas por meio de instituições
financeiras autorizadas e supervisionadas pelo Banco Central.
Vejamos algumas instituições autorizadas a operar no mercado cambial: os bancos múltiplos, bancos
comerciais, de câmbio e caixas econômicas; os bancos de investimento; os bancos de desenvolvi-
mento; as corretoras de câmbio; as sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários; as socie-
dades distribuidoras de títulos e valores mobiliários; as agências de fomento; as sociedades de cré-
dito, financiamento e investimento.
É importante salientar que antes realizar qualquer operação é fundamental verificar se a instituição
está autorizada pelo Banco Central, para garantir que a operação será feita dentro legalidade e não
correr riscos de golpes.
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Os bancos também estão sendo afetados por essa era digital, pois é impossível ignorar a grande
presença da tecnologia na vida das pessoas hoje. Vemos que nos últimos anos, a utilização de tec-
nologias tem se tornado cada vez mais comum em todo o mundo.
Por exemplo, no Brasil, o sistema bancário tem passado por uma modernização ao longo dos anos.
Uma das grandes inovações foi o surgimento da Transferência Eletrônica Disponível (TED) em 2022,
que é um serviço de transferência em tempo real entre contas de diferentes instituições financeiras.
Isso trouxe mais agilidade e segurança às transferências de recursos.
Atualmente, todos os bancos oferecem sites e aplicativos (mobile banking) para que os clientes pos-
sam acessar suas contas e realizar transações financeiras. No entanto, ainda há alguns clientes que
preferem manter uma relação tradicional com os bancos, mas a tendência é que a relação entre
cliente e banco se torne cada vez mais digital, especialmente devido à pandemia que estamos en-
frentando.
Muitas pessoas que antes não usavam aplicativos de bancos se viram "obrigadas" a utilizá-los para
evitar deslocamentos até as agências bancárias e diminuir o risco de contágio pelo Coronavírus.
Portanto, já se sabe que houve um aumento significativo no uso de canais digitais e tudo indica que
esse avanço veio para ficar.
Gera economia com espaço físico, que passa a ser cada vez menos necessário;
Facilita a atração de novos clientes, especialmente os jovens, que usam muito aplicativos;
Facilita a inclusão de pessoas que não possuíam fácil acesso às agências bancárias.
A pesquisa de Tecnologia Bancária, realizada em 2021 pela FEBRABAN (Federação Brasileira de Ban-
cos), apresentou dados interessantes sobre a presença da tecnologia nos bancos.
Em 2020, o setor bancário representou 14% dos investimentos em tecnologia na economia global,
perdendo apenas para o Governo.
Apesar de todos os benefícios, a digitalização dos bancos também apresenta desafios, como altos
custos para implementar tecnologia segura, necessidade de mudança cultural interna e externa, e
concorrência com instituições inovadoras que já nasceram digitais.
Já existem novos modelos de instituições financeiras que não possuem agências físicas e têm toda
a relação com os clientes digital, desde a abertura da conta.
Isso impõe desafios adicionais aos bancos tradicionais, enquanto essas instituições inovadoras tam-
bém enfrentam desafios ao competir com os grandes bancos e manter seus clientes.
A partir dessa contextualização sobre bancos na Era Digital, será estudado tópicos específicos do
assunto, como o Internet Banking.
INTERNET BANKING
1) Conceito
O internet banking é a plataforma digital que permite que os clientes acessem suas contas bancá-
rias e realizem transações financeiras pela internet. É como se fosse o banco em casa ou no escritório,
pois é possível realizar diversas ações sem sair de casa ou do trabalho.
2) Características
Com o internet banking, é possível abrir uma conta corrente, pagar contas, fazer transferências entre
contas de um banco para outro, consultar saldo e extratos, fazer pagamentos de tributos, investir e
resgatar investimentos, solicitar empréstimos e muito mais.
Enfim, internet banking está associado ao acesso ao banco via computadores, diferentemente do
mobile banking que será estudado a seguir.
MOBILE BANKING
1) Conceito
O Mobile Banking é a plataforma digital que permite que os clientes acessem suas contas bancárias
e realizem transações financeiras através de seus smartphones, geralmente via aplicativos oferecidos
pelos bancos. É possível realizar as mesmas transações que podem ser feitas no Internet Banking.
41
De acordo com a Pesquisa de Tecnologia Bancária 2021 da FEBRABAN, o Mobile Banking é a tecno-
logia bancária mais utilizada pelos brasileiros, isso pode ser atribuído a três fatores principais: o
contexto de pandemia, o programa de auxílio emergencial e o lançamento do PIX.
O Mobile Banking traz benefícios para os bancos e os clientes, como redução de custos, agilidade
nas transações, análise de dados dos clientes e comodidade para os clientes realizarem transações
em qualquer lugar e hora.
Mas ele também traz desafios, como tornar os aplicativos acessíveis a todos os tipos de clientes,
garantir a segurança dos dados dos clientes e transformar o Mobile Banking em um canal de vendas.
OPEN BANKING
1) Noções Introdutórias
Open Banking é um conceito que se baseia na abertura dos sistemas bancários para permitir acesso
de terceiros às informações e funcionalidades dos bancos. O objetivo é fomentar a inovação e au-
mentar a competição no mercado financeiro, permitindo que outras instituições, como Fintechs e
empresas de tecnologia, ofereçam novos serviços e soluções para os clientes.
No sistema bancário tradicional, um banco não tem acesso ao relacionamento que seu cliente possui
com outro banco, o que impõe maior dificuldade de competir com ele. Já no Open Banking: Com a
permissão de cada correntista, as instituições se conectam diretamente às plataformas de outras
instituições participantes e acessam exatamente os dados autorizados pelos clientes. Todo esse pro-
cesso é feito em um ambiente seguro e a permissão poderá ser cancelada pela pessoa sempre que
ela quiser (BACEN, 2021).
Isso tende a aumentar a concorrência entre as instituições, permitindo que elas ofereçam produtos
e serviços mais adequados ao perfil dos clientes e redução de tarifas. Além disso, o compartilha-
mento de dados também permite a "portabilidade de relacionamento", onde o cliente pode levar
seu histórico de bom pagador para outra instituição, sem precisar começar um relacionamento do
zero. Outra vantagem é a melhoria na experiência do usuário, com a possibilidade de visualizar in-
formações de contas de vários bancos em um único local e a comparação de produtos e serviços
entre as instituições, favorecendo a busca pela melhoria contínua.
A Resolução Conjunta do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do BACEN n. 1/2020, que regula-
menta o Open Banking, estabelece o os seguintes objetivos:
42
Promover a concorrência
Para que os dados sejam compartilhados por meio do open banking é necessário que o cliente
autorize por meio de três etapas: consentimento; autenticação; confirmação.
A primeira etapa é o consentimento, onde o usuário dá sua autorização para que uma instituição
financeira ou de pagamento acesse e compartilhe suas informações financeiras com outras institui-
ções. Isso pode ser feito através de um aplicativo ou website específico, onde o usuário seleciona as
informações que deseja compartilhar e confirma sua decisão.
A segunda etapa é a autenticação, onde é verificada a identidade do usuário para garantir que ele
é realmente quem ele diz ser. Isso pode ser feito através de meios como login e senha, reconheci-
mento facial ou digital, entre outros.
Por fim, a terceira etapa é a confirmação, onde o usuário é notificado sobre a operação que está
prestes a ser realizada, e tem a opção de confirmar ou cancelar a transação. Isso garante que o
usuário está ciente e consciente da operação que está sendo realizada, e que ele tem o controle final
sobre seus dados.
43
Etapas - Autorização de
compartilhamento de dados pelo Autenticação
cliente
Confirmação
Todas essas etapas devem ser realizadas via canais eletrônicos, preservando a segurança, agilidade,
precisão e conveniência. O BACEN impõe também que as três etapas sejam realizadas de forma
sucessiva e ininterrupta.
Somente instituições financeiras, instituições de pagamento e outras autorizadas pelo Banco Central
do Brasil podem participar do Open Banking.
No entanto, algumas instituições são obrigadas a se envolver. A Resolução 4553 do BACEN divide
essas instituições em 5 categorias, com as maiores instituições no segmento 1 e as menores no
segmento 5. As instituições do segmento 1 e 2 são obrigadas a participar, enquanto as demais po-
dem escolher se querem participar ou não."
O Open Banking é um sistema que já vigora em países da Europa, como Reino Unido, e está em
processo de implantação em países como o Chile e Austrália, além do Brasil.
O Banco Central do Brasil determina que a implantação do Open Banking no País se dará em quatro
fases, quais sejam:
44
2ª fase: é a autorização do
compartilhamento de dados pelos
cliente.
3ª fase: é o compartilhamento de
serviços básicos: transações de
pagamento e de encaminhamento de
proposta de operação de crédito.
1) Noções introdutórias
A Era Digital trouxe mudanças na relação entre bancos e clientes. No entanto, essas transformações
afetam também as empresas em geral, pois surgem novos modelos de negócios nesse contexto. Um
modelo de negócio é "a forma como uma empresa cria, entrega e captura valor" (SEBRAE, 2021).
Em outras palavras, é a maneira como os recursos humanos e financeiros são organizados para en-
tregar valor aos clientes e gerar lucro para os proprietários/acionistas. Pode ser difícil entender esses
conceitos na prática, por isso fornecemos algumas ilustrações, como a ferramenta chamada Dia-
grama de Canvas, que pode ser usada para criar um modelo de negócios.
Não há uma "receita" única para criar um modelo de negócios, cada empresa criará o seu de acordo
com suas especificidades, como perfil do público-alvo e a forma como deseja entregar valor.
45
Economia
Marketplace Gratuito Freemium Ecossistema Isca e anzol Assinatura
Colaborativa
Um marketplace é uma plataforma on-line que oferece produtos de diversas empresas. Ele funciona
como um shopping virtual, onde as marcas que não possuem sua própria loja podem alugar espaço
para expor e vender seus produtos. Exemplos de marketplaces incluem a Americanas, Netshoes e
Amazon.
No modelo gratuito ocorre o uso do serviço ou produto é oferecido sem cobrança, mas a empresa
obtém lucro através da utilização dos dados dos usuários para oferecer publicidade para empresas
parceiras. Exemplos: redes sociais.
Isca e anzol é o modelo de negócio em que a empresa oferece um produto a um preço baixo, com
baixa margem de lucro (como uma isca) e cobra preços mais altos para outros produtos que são
necessários para o primeiro funcionar (como o anzol). Um exemplo comum é as máquinas de café
de cápsulas, onde a margem de lucro é maior na venda de cápsulas que os consumidores precisam
comprar frequentemente e que não são baratas.
46
A partir da mudança de paradigma que tem ocorrido em face da Era digital e dos novos modelos de
negócios, surgiram alguns tipos empresas inovadoras, que implementam os novos modelos de ne-
gócios, das quais serão estudadas adiante.
1) Conceitos e características
Fintechs são empresas que utilizam tecnologia para oferecer serviços financeiros inovadores, tais
como pagamentos, investimentos, empréstimos e seguros. Elas podem ser startups ou já estabele-
cidas e competem com bancos tradicionais e outras instituições financeiras.
Ex.: Nubank, que oferece cartões de crédito e contas correntes digitais sem taxas bancárias e com
aplicativo para gerenciamento das contas.
Startups são empresas inovadoras, geralmente em estágios iniciais de desenvolvimento, que bus-
cam soluções para problemas ou oportunidades no mercado. Muitas vezes elas se concentram em
setores emergentes, como tecnologia, biotecnologia e internet.
Ex.: a Uber, que desenvolveu um aplicativo para solicitar transporte de forma fácil e rápida.
As Big Techs são as grandes empresas de tecnologia, como Amazon, Google, Facebook e Apple,
que possuem uma ampla gama de produtos e serviços, e têm uma forte presença no mercado. Elas
têm uma grande capacidade de investimento e capacidade de inovar e adaptar-se a novos mercados,
incluindo o financeiro.
1) Conceitos e características
O shadow banking tem crescido rapidamente nos últimos anos, e hoje representa uma parcela sig-
nificativa do sistema financeiro global. Ele pode fornecer uma variedade de serviços financeiros,
47
Devido a esses riscos, as autoridades reguladoras estão trabalhando para aumentar a supervisão e
regulamentação do shadow banking. Isso inclui medidas para melhorar a transparência, aumentar a
capitalização e melhorar a gestão de riscos.
Além disso, as Fintechs e as startups também estão contribuindo para o crescimento e a evolução
do sistema de banco-sombra. Elas estão desenvolvendo novos modelos de negócios e tecnologias
que permitem que os consumidores façam transações financeiras sem precisar de intervenção de
bancos tradicionais. As Big Techs também estão entrando nesse mercado com força, como Google,
Facebook.
Ex.: Integrantes do Shadow Banking são: fundos de pensão; fundos de investimento (hedge e
convencionais); empresas de factoring; bancos de investimento, entre outros.
1) Noções introdutórias
A era digital tem trazido muitas mudanças na forma como as pessoas lidam com o dinheiro, inclu-
indo o surgimento de criptomoedas como o Bitcoin. As criptomoedas são moedas digitais descen-
tralizadas que usam tecnologias de criptografia para garantir e verificar transações, além de controlar
a criação de novas unidades.
Outra tendência na era digital é a crescente utilização de tecnologias financeiras inovadoras, como
o blockchain, que é a tecnologia subjacente às criptomoedas, e permite a criação de aplicações
financeiras descentralizadas e seguras.
48
Blockchain é uma tecnologia de registro distribuído que permite a criação de registros confiáveis e
imutáveis sem a necessidade de uma autoridade central. É a tecnologia subjacente às criptomoedas,
como o Bitcoin, mas tem potencial para muitas outras aplicações além das financeiras.
Contudo, ainda é cedo para prever qual será o impacto a longo prazo do blockchain nas diferentes
indústrias.
3) Bitcoin
Bitcoin é uma criptomoeda, ou moeda digital, criada em 2009 por uma pessoa ou grupo de pessoas
usando o pseudônimo Satoshi Nakamoto. É a primeira e mais conhecida criptomoeda e é baseada
na tecnologia blockchain.
A principal característica do Bitcoin é que ele é descentralizado, ou seja, não é controlado por ne-
nhum governo, banco central ou autoridade financeira. Em vez disso, ele é controlado por uma rede
de computadores distribuídos ao redor do mundo. Isso permite que as transações com Bitcoin sejam
realizadas diretamente entre as pessoas, sem a necessidade de intermediários.
Outra característica importante do Bitcoin é que ele é limitado em sua oferta. O protocolo do Bitcoin
estabelece que somente 21 milhões de bitcoins podem ser criados, e até agora já foram minerados
mais de 18 milhões de bitcoins. Isso faz com que o Bitcoin seja comparado a um ativo financeiro, e
assim como outros ativos financeiros, o preço do bitcoin pode sofrer volatilidade.
O uso do bitcoin tem crescido ao longo dos anos, e hoje é possível utilizá-lo em vários comércios e
estabelecimentos, no entanto, ele ainda é considerado uma forma de investimento de alto risco e a
regulamentação a respeito dele varia de país para país. Além disso, sua utilização pode ser compli-
cada para pessoas que não tem familiaridade com tecnologias digitais.
4) Demais criptomoedas
Além do Bitcoin, existem muitas outras criptomoedas, também conhecidas como altcoins, que foram
criadas desde então. Algumas delas são muito semelhantes ao Bitcoin, enquanto outras possuem
características e objetivos diferentes.
49
Outra criptomoeda conhecida é o Litecoin. Ele foi criado em 2011 como uma versão "leve" do
Bitcoin, o que significa que as transações são processadas mais rapidamente e com taxas de transa-
ção menores. Também possui uma oferta mais elevada, 84 milhões de unidades, comparado com os
21 milhões do Bitcoin.
Existem muitas outras criptomoedas como Ripple, Monero, Tether, entre outras, cada uma delas
com sua própria finalidade e características. Enquanto algumas buscam ser uma forma de paga-
mento, outras buscam ser uma forma de investimento ou até mesmo se concentram em privacidade
e anonimato. Assim como o Bitcoin, essas criptomoedas são consideradas investimentos de alto risco
e a regulamentação a respeito delas varia de país para país.
Ethereum
Litecoin
Bitcoin
Criptomoedas Ripple
Altcoins
Monero
Tether
Aproximadamente outras 17
mil altcoins
CORRESPONDENTES BANCÁRIOS
50
Os correspondentes bancários são instituições financeiras que atuam como agentes de outras ins-
tituições financeiras, oferecendo serviços bancários em nome dessas instituições. Eles geralmente
são utilizados para ampliar a rede de atendimento de uma instituição financeira, permitindo que ela
atenda a uma área geográfica maior ou a um público específico.
2) Características
Os correspondentes bancários podem oferecer serviços como abertura de conta, depósitos, saques,
pagamentos e transferências. Eles também podem emitir cartões de crédito e débito, e oferecer
serviços de crédito, como empréstimos e financiamentos. Em alguns casos, eles também podem
oferecer serviços de investimento, como aplicações em títulos públicos e fundos de investimento.
Os correspondentes bancários são regulamentados pelo Banco Central e devem seguir as mesmas
regras e normas que as instituições financeiras regulares. Isso inclui questões de segurança, como
proteção de dados e combate à lavagem de dinheiro, além de exigências de capital e liquidez.
Eles são uma alternativa para as pessoas que vivem em áreas remotas e não tem acesso a um banco
tradicional, também podem ser utilizados para ampliar a rede de atendimento para pessoas que não
possuem documentação necessária para abrir conta em um banco tradicional, como imigrantes ile-
gais.
No entanto, é importante lembrar que os correspondentes bancários podem cobrar taxas e tarifas
mais elevadas do que os bancos tradicionais, e que os serviços oferecidos podem ser limitados. Além
disso, os clientes devem ter cuidado ao escolher um correspondente bancário, verificando se ele é
regulamentado e se tem boa reputação.
1) Conceitos e características
O PIX é baseado em chaves de identificação, que podem ser endereços de e-mail, telefones celulares
ou CPF/CNPJ, e permite que as transações sejam realizadas sem a necessidade de informações ban-
cárias detalhadas, como números de conta e agência. Isso torna o processo mais rápido, fácil e
seguro.
51
1) Noções Introdutórias
A transformação digital no sistema financeiro tem sido um importante fator para o aumento da
eficiência, segurança e inovação nos serviços financeiros.
Algumas das principais tendências e desenvolvimentos no setor financeiro incluem: bancos digitais,
pagamentos eletrônicos, análise de dados, automatização e blockchain:
Bancos digitais: A crescente popularidade dos bancos digitais tem permitido que os clientes reali-
zem transações financeiras através de canais digitais, como aplicativos, sites e redes sociais, sem
precisar visitar uma agência bancária física.
Análise de dados: O uso de Big Data e análise de dados tem permitido que os bancos obtenham
insights valiosos sobre seus clientes, o que ajuda a melhorar os serviços e oferecer produtos perso-
nalizados.
Automatização: A automatização tem permitido que os bancos reduzam custos e aumentem a efi-
ciência, permitindo que os funcionários se concentrem em tarefas mais complexas.
Em geral, a transformação digital no sistema financeiro tem permitido que os bancos e outras insti-
tuições financeiras melhorem a experiência do cliente, aumentem a eficiência e reduzam os custos,
enquanto oferecem novos produtos e serviços
52
Nesse momento, iremos estudar o tópico de um tema também muito recorrente nas provas de co-
nhecimentos bancários:
O Banco Central do Brasil determina que a moeda é um ativo que poderá ser utilizado nas transações
econômicas, desempenhando a função de denominador comum de valor monetário, fornecendo um
referencial para as demais mercadorias e, por fim, funcionando como reserva de valor para transa-
ções que não são liquidadas imediatamente na entrega, mas como promessa futura.
Em síntese, a moeda é um objeto que desempenha três funções fundamentais, quais sejam: i) meio
de trocas; ii) unidade de conta; iii) reserva de valor.
meio de trocas
reserva de valor
Existem diversos instrumentos utilizados para aumentar ou diminuir a oferta da moeda em circula-
ção, os quais veremos a seguir!
Como vimos anteriormente, temos dois tipos de políticas monetárias utilizadas para garantir a cir-
culação de moeda, controle das taxas de juros e do crédito no Brasil.
53
Políticas Monetárias
Não convencionais (Quantitative
Easing)
Já a política contracionista reduz a oferta das moedas, com a finalidade de diminuir a inflação, obje-
tivando desacelerar o crescimento da quantidade de dinheiro e diminuir a base monetária.
aumentar a inflação
Políticas monetárias
diminuir a oferta de moeda
desestimular o consumo e
contracionista
desacelerar o crescimento
diminuir a inflação
É fácil identificar que as políticas monetárias são controladas através das taxas de juros, no qual
verifica-se, uma relação inversamente proporcional entre as taxas de juros e a inflação. Explico!
Quando o sistema econômico deseja aumentar o crescimento e estimulo do consumo a taxa de juros
diminui, portanto, aumenta-se a inflação. Caso, o Bacen objetive a diminuição do crescimento e de-
sestimulo do consumo, diminui-se a inflação.
54
O Quantitative Easing ou flexibilização quantitativa (QE) é uma espécie de política monetária não-
convencional utilizada como forma alternativa com a finalidade de combater crises econômicas gra-
ves ou reduzir danos econômicos, como forma de estimulação econômica quando as taxas de juros
residem próximas a zero.
No Quantitative Easing o banco central compra títulos (públicos ou privados) de longo prazo
no mercado aberto para aumentar a oferta da moeda e encorajar empréstimos e investimentos. A
compra destes títulos injeta um novo dinheiro à economia e também reduz as taxas de juros ao
aumentar a oferta de títulos de renda fixa. Além disso, expande o balanço do banco central.
compra títulos de
compra títulos
longo prazo de
BACEN de longo prazo BACEN
Instituição
do Governo
Financeira Privada
Importante!
Além disso, bastante recorrente no tema a crise de 2008 nos Estados Unidos e o FED – Federal Re-
serve, equivalente ao Banco Central dos Estados Unidos, que adotou diversas medidas de Quantita-
tive Easing para expandir a sua base monetária e combater os efeitos da crise imobiliária.
55
a) Taxa SELIC
Na economia brasileira, temos a chamada Taxa SELIC sendo ela a taxa básica de juros da economia
que, basicamente, guia todas as outras taxas de juros que existem no mercado brasileiro. As moda-
lidades que envolvem empréstimos, de qualquer natureza, envolvem a taxa de juros. Desta forma,
como a taxa SELIC é a base das taxas de juros, sempre que a SELIC aumenta, todas as outras
taxas de juros também são elevadas, portanto, o custo do crédito será mais caro.
Ex.: Imaginamos que o consumidor gostaria de financiar um veículo. Caso a taxa SELIC for alta, o
preço dos juros do financiamento aumenta e consumidor não consome o produto.
A taxa SELIC meta é definida pelo COPOM com o objetivo de atingir a meta do IPCA (Índice oficial
de inflação no Brasil) definida pelo CMN.
b) Operações Compromissadas
As operações compromissadas são vendas de títulos de renda fixa realizadas por instituições finan-
ceiras ao investidor com o compromisso de recompra.
Desta forma, quando uma instituição financeira faz uma determinada operação com outra instituição
financeira e dá como garantia um título privado (por exemplo, CDB), significa que o lastro desta
operação é o título privado. No advento do fim da duração da operação, ou seja, no advento do
compromisso de recompra, a instituição financeira que recebeu o título como garantia devolverá o
referido título e receberá os juros deste período.
título privado/
Instituição financeira A Instituição financeira B
público
Caso contrário, é possível realizar o processo inverso. A redução da taxa Selic ocorre quando o BA-
CEN compra os títulos públicos que estão em posse das instituições bancárias, injetando a moeda e
promovendo a liquidez para a expansão de crédito na economia.
Quando o BACEN realiza a venda do título de renda fixa a dívida do governo aumenta.
Iremos estudar a seguir quais são as implicações da realização das operações compromissadas pelo
BACEN.
56
Como vimos, o Banco Central do Brasil é autorizado a realizar operações compromissadas. Todavia,
a realização dessas operações é incluída na dívida pública do governo brasileiro.
Atualmente, o principal instrumento utilizado pelo BACEN para gerenciar a liquidez bancária são as
operações compromissadas. Quanto mais operações compromissadas o BACEN realiza, mais a dí-
vida pública aumenta. Diante disso, em julho de 2021 foi sancionada a Lei 14.185/2021 que dispõe
sobre os depósitos voluntários das instituições financeira.
A ideia central é dar ao BACEN uma nova ferramenta para controlar a quantidade de moeda em
circulação no sistema financeiro (liquidez bancária) que tem impacto sobre a inflação, sem afetar a
dívida pública.
Os debates remetem a consideração que os depósitos remunerados como uma espécie de manobra
fiscal, o qual, simula a dívida pública.
1) Introdução
Nesse momento, iremos estudar o tópico 4 dentro de Conhecimentos Bancários do edital do Banco
do Brasil, um tema que possui certa importância para provas bancárias:
Gostaríamos de agradecer a confiança depositada em nosso material. Saiba que garantimos que
você terá o material mais adequado para conquista da sua aprovação. Não esqueça que o seu em-
penho é fundamental; afinal, passar em um concurso público não é tarefa fácil, mas também não é
algo impossível. Mas não se esqueça: Nós acreditamos em você!
Quanto ao conceito de orçamento público, tema sempre relevante em provas, explica Leite (2020, p.
100):
57
Em seguida, partiu-se para uma concepção moderna do orçamento, tido, agora, como lei que
programa a vida financeira do Estado, permitindo-se até mesmo haver endividamento deste,
em atenção, sobretudo, aos interesses públicos da sociedade. Assim, toda vez que não é pos-
sível se alcançar o equilíbrio fiscal no orçamento, ou seja, quando as despesas públicas não
são cobertas pela totalidade da receita arrecadada, há necessidade de o orçamento contem-
plar modalidades de cobrir o déficit, apelando aí para os empréstimos públicos, aqui chama-
dos de crédito público.
O orçamento está dentro dessa perspectiva, ou seja, permite ir além de um equilíbrio pura-
mente contábil, entre receitas e despesas, desde que responsavelmente gerido, para se im-
plantar políticas públicas, que permitirão, a médio e a longo prazos, administrar os em prés-
timos, pagando-se os juros desse crédito.
Nessa linha, pode-se entender o orçamento público como uma lei que autoriza os gastos
que o Governo pode realizar durante um período determinado de tempo, discriminando
detalhadamente as obrigações que deva concretizar, com a previsão concomitante dos in-
gressos necessários para cobri-las. Nas incisivas e felizes palavras do ex-ministro Carlos Ayres
Britto, a lei orçamentária é “a lei materialmente mais importante do ordenamento jurídico logo
abaixo da Constituição” (STF, ADI-MC 4048-1/DF, j. 14.5).2)008, p. 92).
3) Princípios Orçamentários
Ensina Humberto Ávila (2006, p.78) que: “os princípios são normas imediatamente finalísticas, pri-
mariamente prospectivas e com pretensão de complementariedade e de parcialidade, para cuja apli-
cação se demanda uma avaliação da correlação entre o estado de coisas a ser promovido e os efeitos
decorrentes da conduta havida como necessária à sua promoção”.
O princípio da legalidade não é exclusivo do direito financeiro, por ser princípio sobranceiro
a todos os demais ramos. Está intrinsecamente ligado à ideia de Estado Democrático de Di-
reito, na medida em que vincula, não apenas o cidadão, mas também o Estado aos ditames
da lei.
58
Por este princípio busca-se evitar as chamadas caudas orçamentárias, ou seja, que sejam acrescen-
tadas matérias estranhas ao orçamento nestas longas lei e anexos.
Conforme Aliomar Baleeiro: "Foi a reforma de 1926 que, por iniciativa do Presidente Bernardes, deu
tiro de morte às chamadas 'caudas orçamentárias', isto é, dispositivo de lei, no sentido material,
sobre os mais variados assuntos estranhos às finanças".
Art. 165. § 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de
créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de
receita, nos termos da lei.
A programação remete à ideia do planejamento das ações, as quais devem ser vinculadas por
um nexo entre os objetivos constitucionais e aqueles traçados pelo governante, num afunila-
mento na concretização do seu plano de governo, iniciando-se com a observância das pres-
crições constitucionais (arts. 1º, 3º e 5º, da CF) e implementando-as no plano plurianual (PPA),
na lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e na lei orçamentária anual (LOA). É da integração
entre esses planos que surge a necessidade da programação.
Neste sentido, os arts. 48, IV, e 165, § 4º, ambos da CF/88 preconizam:
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida
esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência
da União, especialmente sobre:
Art. 154. § 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Consti-
tuição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso
Nacional.
59
Trata-se de princípio implícito, o qual norteia toda a Administração Pública, tendo ganhado especial
relevo com a promulgação da LRF, que tornou regra a elaboração de orçamento equilibrado.
Através do princípio do equilíbrio do orçamento público, busca-se garantir que as despesas autori-
zadas na lei orçamentária não sejam superiores à previsão das receitas.
O referido princípio pauta, de forma bem simples que o orçamento público é ânuo, ou seja, o inter-
valo de tempo em que se estimam as receitas e se fixa as despesas é de 1 ano, o que coincide com
o exercício civil. Neste sentido, prevê o art. 34 da Lei n. 4.320/64: Art. 34. O exercício financeiro coin-
cidirá com o ano civil.
Trata-se de um princípio formal, o qual preconiza que o documento orçamentário deve ser único,
não obstante a CF/88 prever três orçamentos (art. 165, § 5º: seguridade social, investimentos e fiscal).
Assim, deve-se interpretar de forma sistêmica, como uma segmentação do orçamento único global,
como se fossem sub orçamentos.
Trata-se de princípio segundo o qual todas as receitas e despesas deverão estar previstas na lei
orçamentária (exceto as receitas tributárias criadas após a aprovação da LOA).
Súmula 66 do STF: “É legítima a cobrança do tributo que houver sido aumentado após o
orçamento, mas antes do início do respectivo exercício financeiro”.
Em relação ao produto da arrecadação do tributo, tem-se que não estará contido na LOA pelo sim-
ples fato de não ter sido previsto. Logo, não há desrespeito ao princípio aludido.
Ilustra o princípio da universalidade o art. 165, § 5º, da CF/88, segundo o qual a lei orçamentária
compreenderá os orçamentos fiscal, de investimento das empresas e da seguridade social.
60
De acordo com esse princípio, as receitas e as despesas deverão constar na lei orçamentária
pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções (art. 6º, da Lei n. 4.320/64). Ou seja, muito
embora o tributo IPVA seja do Estado e, por força constitucional, ele deva ser repartido em
50% para os Municípios; no orçamento do Estado, a receita do tributo deve ser lançada na
sua totalidade e não com o abatimento do valor a ser repassado. Logo, para os entes que
repartem as suas receitas, deve constar o valor integral a ser arrecadado, na parte da receita;
e o valor a ser repartido, na parte da despesa. Não pode haver lançamento apenas do valor
líquido.
Trata-se de princípio que, não obstante o fato de não estar expressamente previsto na Constituição,
extrai seu conteúdo do art. 37, da CF, caput, que prevê a publicidade como princípio norteador da
Administração Pública.
Dessa forma, a publicidade é apenas uma das formas de se promover a transparência e, consequen-
temente, permitir a fiscalização das receitas e despesas públicas.
A sociedade deve agir de tal forma transparente que no seu relacionamento com o Estado
desapareça a opacidade dos segredos e da conduta abusiva fundada na prevalência da forma
sobre o conteúdo dos negócios jurídicos.
O Estado, por seu turno, deve revestir a sua atividade financeira da maior clareza e abertura,
tanto na legislação instituidora de impostos, taxas, contribuições e empréstimos como na fei-
tura do orçamento e no controle da sua execução.
61
Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano
plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
[...]
§ 4º É vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com dotação
ilimitada.
Segundo este princípio, é vedado dispor de crédito orçamentário para uma finalidade imprecisa. Os
créditos orçamentários nascem amarrados a programas e projetos de governo.
Assim, como não se pode definir onde essa reserva de contingência, efetivamente, vai ser utilizada,
não há como previamente ligá-la a um programa ou projeto antes do risco acontecer.
62
Para maior organicidade das contas públicas, é necessário que todo recurso carreado ao Erá-
rio, de caráter originário ou derivado, ordinário ou extraordinário, de natureza orçamentária
ou extraorçamentária, geral ou vinculado, seja alocado em uma única conta, a fim de facilitar
a gerência dos mesmos
A Constituição Federal intentou criar um sistema tributário que dialogasse com o sistema or-
çamentário, de tal modo que a natureza do tributo revelasse um plexo de características de
organicidade dos sistemas.
Sendo assim, (i) a receita de impostos deveria ficar livre ao Executivo, para a aplicação das
políticas públicas genéricas; (ii) a receita das taxas deveria ter relação direta com o custo do
serviço público específico e divisível ou da atividade de fiscalização, por questão de justiça
fiscal; (iii) a receita da contribuição de melhoria não poderia ser maior do que o custo da obra
pública; (iv) a receita do empréstimo compulsório deveria ser adstrita ao motivo que ensejou
a sua criação e, (v) a receita das contribuições especiais deveria ter aplicação estrita à finali-
dade prevista em lei.
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A título de exemplo, tem-se o art. 167, XI da CF/88: Art. 167. Sâo vedados:
XI — a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195,
I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral
de previdência social de que trata o art. 201.
4) Ciclo Orçamentário
São um conjunto de etapas que não se adstringem a um exercício financeiro, visto que os
fenômenos orçamentários não se exaurem com a sua ocorrência, deixando reflexos que serão
objeto de análise por parte dos setores competentes. Por esta razão se afirma que o ciclo
orçamentário não se confunde com o exercício financeiro, pois este corresponde a uma das
fases do ciclo, até porque a fase de preparação da proposta orçamentária e sua elaboração
precedem o exercício financeiro, e a fase de avaliação e prestação de contas o ultrapassa.
4.1) Iniciativa/Elaboração
Pela redação do art. 84, XXIII, da Constituição Federal, percebe-se que as leis orçamentárias
serão elaboradas sempre por iniciativa do Poder Executivo. E uma iniciativa privativa e indele-
gável E tal se dá porque o Parlamento, embora preparado para o exercício da produção de
leis, não possui o nível de informações técnicas e peculiares da Administração para o atendi-
mento das necessidades públicas. É o Executivo que conhece a realidade sobre a qual atua e
pode, aprioristicamente, melhor julgar a sua alocação, que será posteriormente analisada pe-
los legisladores.
Por ter o Executivo a visão global da produção dos recursos necessários às satisfações das
necessidades públicas, e por ser o maior encarregado de executar as tarefas delineadas no
orçamento, é que o constituinte ofertou-lhe, de maneira correta, a iniciativa desta lei.
Logo, o Legislativo não tem competência para iniciar um projeto de lei orçamentária.
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Após o encaminhamento da proposta, haverá apreciação pelo poder Legislativo, que, no caso da
União, dar-se-á por análise conjunta das duas casas do Congresso Nacional.
De acordo com o Regimento do Congresso Nacional, a apreciação será em sessão conjunta, mas
com apuração de votos em separado. Assim, em cada votação haverá a sessão conjunta, contudo,
no momento da votação, se verificará o atingimento ou não do quórum de maioria simples em cada
Casa (Câmara e Senado), a fim de que não seja rejeitada a matéria.
Seguindo o trâmite comum das demais leis, o Executivo terá o prazo de 15 (quinze) dias úteis,
a contar da data do recebimento do projeto, para sancioná-lo. Poderá também vetá-lo, no
todo ou em parte, comunicando o fato em 48 (quarenta e oito) horas ao Presidente do Senado
Federal, expondo seus motivos. O silêncio importa sanção. Na ocorrência de veto, ele será
apreciado em sessão conjunta, dentro de 30 (trinta) dias de seu recebimento. Não havendo
deliberação, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais
proposições, até sua votação final, com exceção das medidas provisórias. Para que o veto seja
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4.4) Execução
Com a aprovação e publicação da lei orçamentária, passará a lei a vigorar, devendo ser cumprida.
Assim o executivo poderá utilizar os recursos conforme o disposto na lei orçamentária.
Neste sentido, a LRF em seu art. 8º dispões que o Executivo estabeleça, em até 30 (trinta) dias após
a publicação dos orçamentos, a programação financeira e o cronograma de execução mensal de
desembolso. Com essa programação, os administradores começam a executar o orçamento.
4.5) Controle
O gasto público necessita passar por rigoroso controle para que possa ser devidamente efetuado.
Dessa forma, tanto os gastos quanto as receitas são passíveis de efetiva fiscalização e de controle.
Aos órgãos de controle, principalmente o Tribunal de Contas, incumbe apreciar e julgar a correta ou
incorreta aplicação dos recursos públicos, de acordo com as normas que disciplinam o controle das
contas públicas.
4.6) Orçamento-programa
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III – dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão ado-
tados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limi-
tação das programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto nos §§ 11 e 12
do art. 166.
Os projetos de lei apresentados pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo serão analisados por uma
comissão mista de deputados e senadores e apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional,
na forma do seu regimento comum. Os projetos, após aprovados, terão status de Leis Ordinárias.
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orça-
mento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Naci-
onal, na forma do regimento comum.
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apre-
sentadas anualmente pelo Presidente da República
Conforme se verifica, cabe ao Poder Executivo elaborar e ao Poder Legislativo discutir e aprovar
(após, necessita de sansão presidencial). Já em relação à fiscalização, incumbe ao Poder Legislativo,
com auxílio do Tribunal de Contas. Vejamos cada uma destas leis:
Caso não ocorre o envio do PPA pelo Chefe do Executivo implica em crime de responsabilidade.
Na ausência dessa lei complementar, que ainda não foi editada, o ADCT é aplicado:
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§ 2º ADCT Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II,
serão obedecidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do
mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerra-
mento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão
legislativa;
Assim, o PPA terá vigência durante os três últimos anos do mandato de um Presidente e o primeiro
ano do mandato do Presidente seguinte.
O prazo para o envio é o mesmo da Lei orçamentária, até 31 de agosto (quatro meses antes do
término do primeiro exercício do Presidente) e tem que ser aprovada até o final da sessão legislativa,
cuja data é 22 de dezembro.
A LDO determinará as metas e diretrizes da Administração Pública, bem como estabelecerá as dire-
trizes de política fiscal e respectivas metas, em observância à trajetória sustentável da dívida pública.
Orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tribu-
tária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Atente-se sempre para o fato de que é uma lei que visa a direcionar a elaboração da LOA. A LDO
deverá ser encaminhada pelo Chefe do Executivo até 15 de abril, e devolvida para sanção até o
término do primeiro período da sessão legislativa - 17 de julho. Atualmente, a principal lei orça-
mentária é a LDO.
Neste sentido:
Art.35. (...) § 2º, II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito
meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramento do primeiro período da sessão legislativa; (até 17 de julho é necessário aprová-
la, art. 57, CF/88).
Caso o prazo de devolução seja descumprido, os Congressistas não poderão entrar de férias, até que
aprovem a LDO e remetam para sanção. É o que prevê a CF/88:
Art.57. (...) § 2º – A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de
lei de diretrizes orçamentárias.
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A LOA deverá compreender todas as receitas e despesas estatais, incluindo os orçamentos de in-
vestimento, fiscal e da seguridade social, devendo ainda guardar compatibilidade com a LDO.
O projeto da LOA deverá ser encaminhado ao Congresso até 30 de agosto, e deverá ser devolvido
para sanção até o término da sessão legislativa. Sua vigência será de 1 ano, correspondendo ao
exercício civil;
Conforme decidiu o STF, são inconstitucionais as decisões judiciais que determinam a constrição de
verbas públicas oriundas de Fundo Estadual de Saúde (FES) — que devem ter aplicação compulsória
na área de saúde — para atendimento de outras finalidades específicas:
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Lembre-se sempre que na LOA não poderá constar previsão de dotação para despesa com duração
superior a um exercício financeiro não constante no PPA. Ademais, também é vedada a consignação
de crédito com finalidade imprecisa ou dotação ilimitada. A LOA, no âmbito federal, será apreciada
por Comissão Mista Permanente.
Entende-se como crédito orçamentário inicial ou ordinário aquele crédito aprovado pela lei orça-
mentária anual, constante dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das empre-
sas estatais.
A LOA é organizada na forma de créditos orçamentários, aos quais estão consignadas dotações,
institui-se o crédito orçamentário através do conjunto de categorias classificatórias e contas que
especificam as ações e operações autorizadas pela lei orçamentária, com a finalidade de executar os
programas governamentais. Por sua vez, a dotação é o montante de recursos financeiros com que
conta o crédito orçamentário.
Dessa forma, o crédito orçamentário é portador de uma dotação e esta define o limite de recurso
financeiro autorizado.
A despesa pública é conceituada como a aplicação do dinheiro arrecadado no custeio dos serviços
públicos. Possui 3 estágios, os quais estão presentes na Lei nº 4.320/64: empenho, liquidação e
pagamento.
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As receitas e despesas da União estão diretamente ligadas ao orçamento público, uma vez que a Lei
Orçamentária Anual (LOA) estima as receitas e fixa as despesas de todo o Governo Federal.
Quanto a receita pública, pode-se definir como toda entrada de recursos que possa ser integrada ao
patrimônio público. Logo, receita pública é qualquer quantia recebida pelos cobres públicos e que
gere um aumento do patrimônio público.
Já quanto a despesa pública, nos dizeres de Aliomar Baleeiro: “é a aplicação de certa quantia em
dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente, dentro duma autorização legisla-
tiva, para execução de fim a cargo do Governo”.
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DESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio
Transferências Correntes
DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
Inversões Financeiras
Transferências de Capital
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Despesas de Custeio
Correntes
Transferências Correntes
DESPESAS
Investimentos
Transferências de Capital
O superávit se dará justamente quando esse resultado for positivo, caso o resultado seja negativa se
concretizará o déficit.
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Corresponde
Resultado Primário as Receitas não-financeiras – Despesas
não-financeiras.
Secretaria do Tesouro Nacional (STN): trata-se de órgão do Governo Federal ligado ao Ministério
da Economia. A STN visa administrar a dívida pública, operacionalizando no mercado financeiro atra-
vés da emissão de títulos de dívidas, bem como gerando informações sobre as finanças públicas.
Banco Central do Brasil (Bacen): autoridade monetária brasileira, que possui competência para
manter a estabilidade da moeda, sendo considerado o Banco dos bancos. Possui poder regulamentar
do mercado financeiro e monetário, bem como negociando títulos de dívida para execução de Polí-
tica Monetária.
Do Sistema Especial de Liquidação e Custódia também deriva a chamada Taxa Selic, uma taxa de
juros básica da economia.
Com a finalidade de manter a inflação dentro da meta, o Bacen opera no mercado de títulos públicos
a fim de que a taxa Selic esteja de acordo com a meta definida em reunião do Comitê de Política
Monetária do Bacen, o chamado Copom.
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Títulos prefixados: preste sempre bastante atenção na nomenclatura dos títulos, pois costumam
ser bastante indicativos. Os títulos prefixados, por exemplo, são aqueles em que a taxa de juros estão
prefixados desde o momento da compra do título.
Títulos pós-fixados: fixa-se a taxa de juros após o período de compra ou apenas no vencimento.
Tesouro Selic: trata-se de título pós-fixado atrelado à taxa Selic. Possui como característica a
baixa volatilidade, ou seja, seu valor de face se mantém quase constante já que envolve a taxa Selic,
também possui alta liquidez, sendo vendido e comprado sempre que o mercado está aberto.
Tesouro Prefixado: trata-se de título prefixado, o qual possui taxa fixa já previamente definida
quando da contratação do título.
Tesouro Prefixado com juros semestrais: trata-se de título prefixado, assim como o anterior.
Porém, nesse caso os juros sobre o capital são pagos semestralmente.
Tesouro IPCA+: trata-se de título misto, no qual uma parte da rentabilidade é uma taxa de juros
prefixada e outra parte é variação da inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA).
Tesouro IPCA+ com juros semestrais: trata-se de título bem semelhante ao anterior, porém,
neste caso há o pagamento de juros semestralmente.
Segundo dados oficiais, a Caixa opera mais de 30 programas voltados à inclusão social, à cidadania
e à proteção ao trabalhador nas três esferas governamentais.
Além disso, saiba que a CAIXA não restringe as suas atividades à oferta de produtos e serviços ban-
cários. A responsabilidade pela operação de diversos benefícios, programas sociais e trabalhistas,
como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o Seguro Desemprego, o Programa Bolsa
Família e o Minha Casa Minha Vida, também compõem as atividades da CAIXA.
Como principal agente de políticas públicas do governo federal, a CAIXA contribui ativamente para
a erradicação da pobreza e a melhoria na distribuição de renda junto à população brasileira.
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Abono Salarial: Instituído pela Lei n° 7.998/90, o Abono Salarial equivale ao valor de, no máximo,
um salário mínimo a ser pago conforme calendário anual estabelecido pelo CODEFAT aos trabalha-
dores que satisfaçam os requisitos previstos em lei. A CAIXA atua como Agente Pagador do Abono
Salarial, sob gestão do Ministério do Trabalho e Emprego. A origem dos recursos para pagamento é
do FAT - Fundo de Amparo ao Trabalhador.
INSS - Pagamentos da Previdência Social: Pagamento dos benefícios devidos pela Previdência
Social aos seus segurados.
PIS: Com o Programa de Integração Social (PIS), o empregado da iniciativa privada tem acesso
aos benefícios determinados por lei e ainda colabora para o desenvolvimento das empresas do setor.
Por meio da Lei Complementar n° 7/1970, foi criado o Programa de Integração Social (PIS). O pro-
grama buscava a integração do empregado do setor privado com o desenvolvimento da empresa.
O pagamento do PIS é de responsabilidade da CAIXA.
Os cartões também são conhecidos como “dinheiro de plástico”, sendo produto bastante usado
atualmente, sobretudo por sua praticidade.
Além disso, trata-se de serviço considerado essencial pela legislação brasileira, devendo ser ofertado
de forma gratuita pelas instituições bancárias.
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Cartão básico: utilizado exclusivamente para fins de pagamento de compras/serviços, por ser um
cartão mais simples, possui menor tarifa de anuidade em relação aos demais.
Cartão diferenciado: permite um tratamento diferenciado dos clientes, com a oferta de serviços
não existentes no básico, como por exemplo, os serviços de benefícios ou recompensas.
A garantia, geralmente, é
o próprio bem - alienação
fiduciária.
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O Crédito Rural refere-se a modalidade de crédito concedida por instituições integrantes do cha-
mado Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR).
Art. 2º Considera-se crédito rural o suprimento de recursos financeiros por entidades públicas
e estabelecimentos de crédito particulares a produtores rurais ou a suas cooperativas para
aplicação exclusiva em atividades que se enquadrem nos objetivos indicados na legislação em
vigor.
A referida lei também trata das modalidades de crédito rural, assim dispondo:
Art. 8º O crédito rural restringe-se ao campo específico do financiamento das atividades rurais
e adotará, basicamente, as modalidades de operações indicadas nesta Lei, para suprir as ne-
cessidades financeiras do custeio e da comercialização da produção própria, como também
as de capital para investimentos e industrialização de produtos agropecuários, quando efetu-
ada por cooperativas ou pelo produtor na sua propriedade rural.
Art. 9º Para os efeitos desta Lei, os financiamentos rurais caracterizam-se, segundo a finali-
dade, como de:
I - idoneidade do proponente;
II - Crédito Rural Orientado, como forma de crédito tecnificado, com assistência técnica pres-
tada pelo financiador, diretamente ou através de entidade especializada em extensão rural,
com o objetivo de elevar os níveis de produtividade e melhorar o padrão de vida do produtor
e sua família;
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IV - Crédito para Comercialização com o fim de garantir aos produtores agrícolas preços re-
muneradores para a colocação de suas safras e industrialização de produtos agropecuários,
quando efetuada por cooperativas ou pelo produtor na sua propriedade rural;
V - Crédito aos programas de colonização e reforma agrária, para financiar projetos de colo-
nização e reforma agrária como as definidas na Lei número 4.5)04, de 30 de novembro de
1964.
Art. 12. As operações de crédito rural que forem realizadas pelo Instituto Brasileiro de Re-
forma Agrária, pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário e pelo Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico, diretamente ou através de convênios, obedecerão às modalida-
des do crédito orientado, aplicadas às finalidades previstas na Lei nº 4.5)04, de 30 de novem-
bro de 1964.
Art. 13. As entidades financiadoras participantes do sistema de crédito rural poderão designar
representantes para acompanhar a execução de convênios relativos à aplicação de recursos
por intermédio de órgãos intervenientes.
Art. 14. Os termos, prazos, juros e demais condições das operações de crédito rural, sob
quaisquer de suas modalidades, serão estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional, ob-
servadas as disposições legais específicas, não expressamente revogadas pela presente Lei,
inclusive o favorecimento previsto no art. 4º, inciso IX, da Lei nº 4.5)95, de 31 de dezembro de
1964, ficando revogado o art. 4º do Decreto-lei nº 2.6)11, de 20 de setembro de 1940.
5.4) Poupança
Conforme denomina o próprio Banco do Brasil, a poupança é uma reserva financeira, guardada para
uma finalidade futura, com rentabilidade definida por lei e que varia de acordo com a taxa Selic. Com
relação ao seu rendimento, este é creditado de acordo com a data-base, também chamada de “ani-
versário”. Essa data refere-se ao dia em que foi feito o depósito ou transferência. O valor do rendi-
mento, então, é creditado na mesma data ou no dia útil subsequente. Isso ocorre a cada mês, para
pessoa física, ou três meses, para pessoa jurídica.
No Banco do Brasil, caso o cliente já seja correntista, consequentemente já irá possuir uma conta
poupança vinculada, podendo utilizar o mesmo cartão e senhas para movimentar ambas. Caso con-
trário, é possível ter somente a conta poupança e usufruir de todas as suas facilidades, como o cartão
de débito para saques e compras, pagamento de contas no débito e até saque no exterior.
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Capitalização é mais um produto bancário que possui como finalidade poupar dinheiro, tendo como
vantagem o fato de concorrer a prêmios, bem como, ao final do plano, recebe todo o seu dinheiro
de volta corrigido monetariamente.
Trata-se de produto regulado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), um órgão ligado
ao Ministério da Fazenda que também regula o mercado de seguros e a previdência privada.
5.6) Previdência
Previdência é uma espécie de reserva financeira que se faz no presente focando no futuro. Assim,
possui como objetivo ter um dinheiro acumulado para utilização quando o trabalhador se aposentar,
ou mesmo em caso de perda da capacidade laborativa.
Segundo dispõe o próprio site oficial do governo brasileiro, o Sistema Previdenciário Brasileiro é
composto por três regimes:
O Regime Próprio de Previdência Social (RPPS): como o nome diz, é um regime público espe-
cífico para servidores públicos concursados, titulares de cargo efetivo; e
5.7 Consórcio
O Consórcio pode ser utilizado para os mais diversos bens e serviços como veículos, imóveis, móveis,
agropecuária etc.
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2 - Contratação
4 - Oferta de Lance
5.8) Investimentos
Investimento, a grosso modo, pode ser conceituado como a aplicação de determinado capital com
a expectativa de retorno futuro.
(i) Renda fixa: investidor possui informações já no momento da aplicação acerca do rendimento
ou mesmo o índice que será utilizado para avaliar a rentabilidade do seu investimento, além
do prazo. Trata-se assim de investimento mais seguro, tendo em vista sua maior previsibili-
dade.
(ii) Renda variável: não há informações prévias acerca do rendimento, dependendo de elemen-
tos futuros.
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Inicialmente vamos trabalhar alguns conceitos e explicações acerca do seguro que você deve ter em
mente para a sua prova:
Prêmio: valor que é pago pelo segurado (cliente) à seguradora nos contratos de seguros.
Apólice: documento emitido pela seguradora, que formaliza a aceitação da cobertura solicitada pelo
cliente.
Indenização: o valor pago pela seguradora ao cliente, para cobrir os prejuízos causados pelo sinistro.
Franquia: é a quantia fixa expressa na apólice, a qual o segurado deve pagar para acionar o seguro
em caso de sinistro. É, na prática, um valor que a seguradora deixa de pagar.
Além disso, tenha sempre em mente que os seguros podem ser para proteção de risco às pessoas
ou de bens. Ademais, necessita que sejam riscos predeterminados, ou seja, os riscos que a segura-
dora assume e que são fixados na apólice.
No Brasil, os seguros são normatizados pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e fisca-
lizados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).
Por fim, importante salientar que o contrato de seguro possui expressa previsão no Código Civil,
sendo importante para a sua prova ter o conhecimento das disposições gerais, vejamos:
Art. 757. Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio,
a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeter-
minados.
Parágrafo único. Somente pode ser parte, no contrato de seguro, como segurador, entidade
para tal fim legalmente autorizada.
Art. 758. O contrato de seguro prova-se com a exibição da apólice ou do bilhete do seguro,
e, na falta deles, por documento comprobatório do pagamento do respectivo prêmio.
Art. 759. A emissão da apólice deverá ser precedida de proposta escrita com a declaração dos
elementos essenciais do interesse a ser garantido e do risco.
Parágrafo único. No seguro de pessoas, a apólice ou o bilhete não podem ser ao portador.
Art. 761. Quando o risco for assumido em cosseguro, a apólice indicará o segurador que
administrará o contrato e representará os demais, para todos os seus efeitos.
Art. 762. Nulo será o contrato para garantia de risco proveniente de ato doloso do segurado,
do beneficiário, ou de representante de um ou de outro.
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Art. 764. Salvo disposição especial, o fato de se não ter verificado o risco, em previsão do
qual se faz o seguro, não exime o segurado de pagar o prêmio.
Art. 766. Se o segurado, por si ou por seu representante, fizer declarações inexatas ou omitir
circunstâncias que possam influir na aceitação da proposta ou na taxa do prêmio, perderá o
direito à garantia, além de ficar obrigado ao prêmio vencido.
Parágrafo único. Se a inexatidão ou omissão nas declarações não resultar de má-fé do segu-
rado, o segurador terá direito a resolver o contrato, ou a cobrar, mesmo após o sinistro, a
diferença do prêmio.
Art. 767. No seguro à conta de outrem, o segurador pode opor ao segurado quaisquer defe-
sas que tenha contra o estipulante, por descumprimento das normas de conclusão do con-
trato, ou de pagamento do prêmio.
Art. 768. O segurado perderá o direito à garantia se agravar intencionalmente o risco objeto
do contrato.
Art. 769. O segurado é obrigado a comunicar ao segurador, logo que saiba, todo incidente
suscetível de agravar consideravelmente o risco coberto, sob pena de perder o direito à ga-
rantia, se provar que silenciou de má-fé.
§ 1º O segurador, desde que o faça nos quinze dias seguintes ao recebimento do aviso da
agravação do risco sem culpa do segurado, poderá dar-lhe ciência, por escrito, de sua decisão
de resolver o contrato.
§ 2º A resolução só será eficaz trinta dias após a notificação, devendo ser restituída pelo se-
gurador a diferença do prêmio.
Art. 770. Salvo disposição em contrário, a diminuição do risco no curso do contrato não acar-
reta a redução do prêmio estipulado; mas, se a redução do risco for considerável, o segurado
poderá exigir a revisão do prêmio, ou a resolução do contrato.
Art. 771. Sob pena de perder o direito à indenização, o segurado participará o sinistro ao
segurador, logo que o saiba, e tomará as providências imediatas para minorar-lhe as conse-
quências.
Parágrafo único. Correm à conta do segurador, até o limite fixado no contrato, as despesas
de salvamento consequente ao sinistro.
Art. 772. A mora do segurador em pagar o sinistro obriga à atualização monetária da indeni-
zação devida segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, sem prejuízo dos juros mo-
ratórios.
Art. 773. O segurador que, ao tempo do contrato, sabe estar passado o risco de que o segu-
rado se pretende cobrir, e, não obstante, expede a apólice, pagará em dobro o prêmio esti-
pulado.
Art. 774. A recondução tácita do contrato pelo mesmo prazo, mediante expressa cláusula
contratual, não poderá operar mais de uma vez.
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Art. 776. O segurador é obrigado a pagar em dinheiro o prejuízo resultante do risco assumido,
salvo se convencionada a reposição da coisa.
Art. 777. O disposto no presente Capítulo aplica-se, no que couber, aos seguros regidos por
leis próprias.
1) Noções Introdutórias
O mercado de capitais é um mercado financeiro onde são negociados títulos de renda fixa e variá-
vel, como ações, debêntures, títulos públicos e outros. Ele é composto por diversos segmentos, como
o mercado primário, onde as empresas emitem novos títulos, e o mercado secundário, onde os títu-
los já emitidos são negociados entre os investidores.
O mercado de capitais permite aos investidores aplicar seu dinheiro em diversas opções, com dife-
rentes graus de risco e retorno, e permite às empresas acessar recursos financeiros para investir em
seus negócios. Ele é regulado por órgãos como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil
e a Securities and Exchange Commission (SEC) nos Estados Unidos.
Mercado Primário: É o segmento onde as empresas emitem novos títulos, como ações e debêntu-
res, para captar recursos financeiros. Esse segmento é regulado por órgãos como a Comissão de
Valores Mobiliários (CVM) e as emissões de títulos só podem ser feitas mediante registro e aprovação
desses órgãos.
Mercado Secundário: É o segmento onde os títulos já emitidos são negociados entre os investido-
res. Esse segmento é composto por diversas bolsas de valores e corretoras, onde as ações são ne-
gociadas, e por mercados de títulos privados, onde as debêntures são negociadas.
Mercado de Derivativos: É o segmento onde são negociados contratos futuros e opções, que são
instrumentos financeiros cujos valores são derivados de outros ativos, como ações, taxas de juros e
moedas. Esse segmento é regulado por órgãos como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a
Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F).
Mercado de títulos públicos: É o segmento onde são negociados títulos emitidos pelo governo,
como os títulos públicos federais, estaduais e municipais. Esses títulos são considerados de baixo
risco e geralmente pagam juros periódicos.
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1) Noções Introdutórias
O mercado de câmbio é o mercado onde as moedas são compradas e vendidas. Ele permite que as
empresas, investidores e governos comprem e vendam moedas estrangeiras para se proteger contra
o risco cambial ou para obter lucro com as variações das taxas de câmbio.
O mercado de câmbio é composto por diversos segmentos, como o mercado à vista, onde as moe-
das são compradas e vendidas para serem entregues imediatamente, e o mercado de futuros, onde
as moedas são compradas e vendidas para serem entregues em uma data futura.
Esse mercado é regulado por órgãos como o Banco Central do Brasil e é altamente líquido, sendo
que as principais moedas são negociadas 24 horas por dia.
Mercado à vista: É o segmento onde as moedas são compradas e vendidas para serem entregues
imediatamente. Esse mercado é altamente líquido, e as taxas de câmbio são estabelecidas pelo mer-
cado.
Mercado de futuros: É o segmento onde as moedas são compradas e vendidas para serem entre-
gues em uma data futura. Esse mercado é regulado por órgãos como a Comissão de Valores Mobi-
liários (CVM) e a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F).
Mercado de câmbio fixo: É o segmento onde as taxas de câmbio são estabelecidas pelo Banco
Central, e as transações de moedas são realizadas com essas taxas fixas.
Mercado de câmbio flutuante: É o segmento onde as taxas de câmbio são determinadas pelo
mercado e variam de acordo com a oferta e demanda das moedas. É o tipo de mercado de câmbio
mais comum atualmente.
Regimes de taxa de câmbio são os mecanismos pelos quais a taxa de câmbio (o valor de uma
moeda em relação a outra) é determinada. Têm o objetivo de equilibrar a economia de um país. No
Brasil, o Banco Central (Bacen) é a autoridade responsável pelo controle dos regimes cambiais que
devem ser seguidos pelas empresas brasileiras.
Existem três principais tipos de regimes de taxa de câmbio: flutuante, fixo e intermediário (misto).
O regime de taxa de câmbio fixo é aquele no qual o valor da moeda é fixado em relação a outra
moeda ou a um grupo de moedas. Nesse regime, o banco central tem que intervier regularmente
para manter a taxa de câmbio estabilizada.
As taxas de câmbio fixas são comuns em países com economias menos desenvolvidas, onde o mer-
cado financeiro é menos maduro e as instituições econômicas são menos fortes. Isso permite que o
governo tenha mais controle sobre a economia.
A vantagem do regime de taxa de câmbio fixo é que ele pode ajudar a manter a estabilidade eco-
nômica, evitando grandes flutuações na taxa de câmbio e ajudando a evitar a inflação. Ele também
pode ajudar a evitar problemas de balanço de pagamentos.
No entanto, o regime de taxa de câmbio fixo também tem desvantagens, como a necessidade de
intervenção constante do banco central para manter a taxa de câmbio estabilizada, o que pode levar
a problemas de inflação e desvalorização excessiva da moeda. Além disso, impede a economia de se
adaptar automaticamente às condições internas e externas
O regime de taxa de câmbio fixo é aquele no qual o valor da moeda é fixado em relação a outra
moeda ou a um grupo de moedas. Nesse regime, o banco central tem que intervier regularmente
para manter a taxa de câmbio estabilizada.
A taxa de câmbio fixa é usada para manter a estabilidade econômica e evitar a volatilidade excessiva
da taxa de câmbio. Isso pode ser particularmente importante para países com economias menos
desenvolvidas ou menos estáveis, onde grandes flutuações na taxa de câmbio podem causar pro-
blemas econômicos graves.
O banco central pode usar diversas ferramentas para manter a taxa de câmbio estabilizada, como
intervenções no mercado cambial, ajustes nas taxas de juros, ou a implementação de medidas ad-
ministrativas para controlar a demanda por moedas estrangeiras.
A principal vantagem do regime de taxa de câmbio fixa é a estabilidade e previsibilidade que ele
oferece. Isso pode ajudar a manter a inflação baixa e evitar grandes flutuações na economia. N o
entanto, o regime de taxa de câmbio fixa também tem desvantagens, como a possibilidade de a taxa
de câmbio fixa não ser mais adequada às condições econômicas atuais, o que pode levar a problemas
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O regime de taxa de câmbio flutuante é aquele no qual a taxa de câmbio é determinada pelo mer-
cado e pode variar livremente. Nesse regime, a oferta e a demanda de moedas são os principais
fatores que determinam o valor da moeda. É considerado o mais eficiente pois permite que a eco-
nomia se adapte automaticamente às condições internas e externas.
As taxas de câmbio flutuantes são mais comuns em países desenvolvidos, onde o mercado financeiro
é maduro e as instituições econômicas são fortes. Isso permite que a economia responda de forma
eficiente às variações na oferta e demanda de moedas.
A vantagem do regime de taxa de câmbio flutuante é que ele permite que a economia se adapte
automaticamente às condições internas e externas, sem a necessidade de intervenção do banco
central. Isso pode ajudar a evitar a inflação e a desvalorização excessiva da moeda.
No entanto, o regime de taxa de câmbio flutuante também tem desvantagens, como a possibilidade
de grandes flutuações na taxa de câmbio, o que pode afetar negativamente a economia e causar
incerteza para as empresas. Também pode levar a problemas de balanço de pagamentos.
O regime de taxa de câmbio intermediário é um tipo de regime de taxa de câmbio que se situa entre
os regimes de taxa de câmbio flutuante e fixo. Ele permite uma certa flexibilidade na taxa de câmbio,
mas também inclui alguma intervenção do banco central para evitar grandes flutuações e manter a
estabilidade econômica.
Neste regime, o banco central pode usar diversas ferramentas para influenciar a taxa de câmbio,
como intervenções no mercado cambial, ajustes nas taxas de juros, ou a implementação de medidas
administrativas para controlar a demanda por moedas estrangeiras. O objetivo é evitar a volatilidade
excessiva, sem comprometer a capacidade da economia de se adaptar às condições internas e ex-
ternas.
Este tipo de regime é muito utilizado em países emergentes, onde o governo quer evitar a volatili-
dade do câmbio, mas ao mesmo tempo, precisa deixar a economia se adaptar às condições internas
e externas, e manter a estabilidade econômica.
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As taxas de câmbio são as taxas nas quais uma moeda é trocada por outra. Elas determinam o valor
relativo de diferentes moedas e são usadas para calcular o custo de uma moeda em relação a outra.
Essas taxas são geralmente expressas como a quantidade de moeda estrangeira que pode ser com-
prada com uma unidade de moeda nacional. Elas são influenciadas por uma série de fatores, inclu-
indo a oferta e demanda, as taxas de juros e as condições econômicas gerais. As taxas de câmbio
são usadas em uma variedade de transações, como viagens internacionais, investimentos e comércio
internacional.
As taxas de câmbio nominais são as taxas de câmbio entre duas moedas medidas em termos de suas
respectivas unidades monetárias. Elas refletem os preços das moedas uns em relação aos outros e
são determinadas pelo mercado de câmbio. A taxa de câmbio nominal é a taxa atual no mercado de
câmbio, e é frequentemente utilizada como uma medida de curto prazo para comparar a desvalori-
zação ou valorização de uma moeda.
As taxas de câmbio reais são as taxas de câmbio entre duas moedas medidas em termos de sua
capacidade de compra. Elas refletem o poder aquisitivo das moedas uns em relação aos outros e são
calculadas com base em dados de preços de bens e serviços. A taxa de câmbio real é utilizada para
medir o impacto da inflação sobre a taxa de câmbio nominal e para comparar o custo de vida entre
dois países. A taxa de câmbio real é frequentemente utilizada como uma medida de longo prazo
para comparar a desvalorização ou valorização de uma moeda.
1) Noções Gerais
Quanto as importações, uma valorização da moeda local pode tornar as importações mais baratas,
o que pode aumentar a competitividade das empresas nacionais e beneficiar os consumidores, mas
também pode contribuir para o aumento do déficit comercial. Por outro lado, uma desvalorização
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Além disso, as taxas de câmbio também afetam a atratividade dos investimentos estrangeiros e a
capacidade do país de financiar sua dívida externa. Portanto, é importante para os governos e bancos
centrais monitorarem e gerenciar as taxas de câmbio de forma a equilibrar os impactos sobre as
exportações e importações, bem como sobre a economia geral. O objetivo é encontrar um equilíbrio
entre competitividade, estabilidade econômica e balanço de pagamentos sustentável. Isso pode ser
alcançado através de políticas cambiais, como a intervenção no mercado cambial, taxas de juros e
medidas administrativas. Além disso, é importante levar em consideração as tendências econômicas
globais e as relações comerciais com outros países ao tomar decisões sobre as taxas de câmbio.
1) Noções Gerais
O diferencial de juros interno e externo, prêmios de risco, fluxo de capitais e seus impactos sobre
as taxas de câmbio estão estreitamente relacionados.
O diferencial de juros interno e externo é a diferença entre as taxas de juros de um país e as taxas
de juros de outros países. Quando as taxas de juros de um país são mais altas do que as taxas de
juros de outros países, isso pode atrair investidores estrangeiros em busca de rendimentos mais
elevados, o que pode levar a uma valorização da moeda local. Por outro lado, quando as taxas de
juros de um país são mais baixas do que as taxas de juros de outros países, isso pode afastar os
investidores estrangeiros, o que pode levar a uma desvalorização da moeda local.
Os prêmios de risco são outro fator que afeta o fluxo de capitais e as taxas de câmbio. Os prêmios
de risco são a diferença entre as taxas de juros de um país e as taxas de juros de outros países,
levando em conta o risco de investir nesse país. Quando os investidores consideram que um país é
mais arriscado do que outros países, eles exigem prêmios de risco mais elevados para investir nesse
país, o que pode desestimular o fluxo de capitais e levar a uma desvalorização da moeda local.
O fluxo de capitais é a movimentação de recursos financeiros entre países, como investimentos es-
trangeiros diretos, empréstimos internacionais e investimentos em títulos. O fluxo de capitais pode
afetar significativamente as taxas de câmbio de um país. Quando há um aumento no fluxo de capitais
para um país, isso pode levar a uma valorização da moeda local, pois há maior demanda por ela. Por
outro lado, quando há uma saída de capitais de um país, isso pode levar a uma desvalorização da
moeda local, pois há menor demanda por ela.
Em resumo, o diferencial de juros interno e externo, os prêmios de risco e o fluxo de capitais são
importantes fatores que afetam as taxas de câmbio de um país. Os governos e bancos centrais pre-
cisam levar esses fatores em conta ao tomar decisões sobre políticas cambiais e taxas de juros, a fim
de manter a estabilidade econômica e o equilíbrio nas contas externas.
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1) Noções gerais
As operações no mercado interbancário de câmbio são realizadas entre bancos e outras institui-
ções financeiras, como corretoras e investidores institucionais. Essas operações visam a atender às
necessidades de câmbio dos clientes e às necessidades de gestão de riscos das instituições financei-
ras.
Os bancos e outras instituições financeiras podem atuar como compradores ou vendedores de mo-
eda estrangeira, dependendo da demanda de seus clientes e de sua própria necessidade de geren-
ciamento de riscos. Essas operações são realizadas através de contratos a termo, contratos futuros e
opções de câmbio.
Os contratos a termo são acordos para comprar ou vender uma determinada quantidade de moeda
estrangeira em uma data futura específica, a um preço previamente estabelecido. Os contratos fu-
turos são similares aos contratos a termo, mas são negociados em bolsas de valores especializadas.
As opções de câmbio permitem que os compradores adquiram o direito, mas não a obrigação, de
comprar ou vender uma determinada quantidade de moeda estrangeira a um preço específico em
uma data futura.
Além disso, os bancos e outras instituições financeiras também podem realizar operações de swap
cambial, que é um acordo para trocar uma moeda por outra por um período de tempo específico,
com o objetivo de gerenciar o risco cambial.
Em resumo, as operações no mercado interbancário de câmbio são realizadas entre bancos e outras
instituições financeiras para atender às necessidades de câmbio dos clientes e às necessidades de
gestão de riscos das instituições financeiras, através de contratos a termo, contratos futuros e opções
de câmbio e operações de swap cambial.
1) Noções Introdutórias
O mercado bancário é um setor financeiro composto por bancos e instituições financeiras que ofe-
recem uma variedade de serviços financeiros, incluindo depósitos, empréstimos, pagamentos e
transferências, investimentos e gerenciamento de risco.
Os bancos comerciais são os principais participantes do mercado bancário, e eles oferecem serviços
bancários tradicionais, como contas correntes, empréstimos e cartões de crédito. Eles também po-
dem oferecer serviços de investimento, como a gestão de carteiras e aplicações em títulos.
90
Além disso, existem outras instituições financeiras, como cooperativas de crédito, sociedades de cré-
dito ao consumidor, sociedades de crédito imobiliário, sociedades de crédito ao microempreendedor
e instituições financeiras não bancárias (IFNBs), que também fazem parte do mercado bancário.
Em resumo, o mercado bancário é composto por bancos e instituições financeiras que oferecem uma
variedade de serviços financeiros, incluindo depósitos, empréstimos, pagamentos e transferências,
investimentos e gerenciamento de risco, os bancos comerciais são os principais participantes do
mercado bancário e os bancos de investimento oferecem serviços de investimento mais avançados.
As operações de tesouraria são realizadas pelos bancos com o objetivo de gerenciar sua posição
de caixa e sua exposição ao risco cambial. Isso inclui atividades como a compra e venda de ativos
financeiros, como títulos do governo e moeda estrangeira, e a realização de operações de swap
cambial.
O varejo bancário envolve as operações bancárias realizadas com indivíduos e pequenas empresas,
incluindo contas correntes, empréstimos, cartões de crédito e outros produtos financeiros. Os bancos
oferecem esses produtos e serviços para atrair e manter clientes, bem como para obter receita de
juros e taxas.
A recuperação de crédito é o processo pelo qual os bancos tentam recuperar fundos de clientes
inadimplentes. Isso pode incluir ações judiciais, acordos de pagamento e outras medidas. Essas ope-
rações são importantes para minimizar as perdas dos bancos e proteger sua saúde financeira.
Em resumo, as operações de tesouraria são realizadas pelos bancos para gerenciar sua posição de
caixa e sua exposição ao risco cambial, o varejo bancário envolve as operações bancárias realizadas
com indivíduos e pequenas empresas e a recuperação de crédito é o processo pelo qual os bancos
tentam recuperar fundos de clientes inadimplentes.
1) Noções gerais
As taxas de juros de curto prazo são as taxas de juros aplicadas em empréstimos e investimentos
com duração menor que um ano. Elas são geralmente determinadas pelo mercado e podem ser
influenciadas por fatores como a oferta e demanda de crédito, a política monetária do banco central
e a inflação.
91
As taxas de juros nominais são as taxas de juros expressas em termos monetários correntes. Elas
não levam em conta a inflação e, portanto, podem ser distorcidas quando comparadas ao longo do
tempo.
As taxas de juros reais, por outro lado, são as taxas de juros nominais menos a taxa de inflação. Elas
refletem o poder de compra real do dinheiro e, portanto, são uma medida mais precisa da taxa de
juros. As taxas de juros reais são importantes para avaliar o retorno real de um investimento e para
compreender a relação entre as taxas de juros e a inflação.
1) Noções gerais
As garantias do Sistema Financeiro Nacional são instrumentos utilizados pelas instituições finan-
ceiras para garantir o pagamento de dívidas contratadas por seus clientes. Essas garantias são
utilizadas para reduzir o risco de inadimplência e aumentar a confiança das instituições financeiras
em relação ao pagamento das dívidas contratadas.
2) Aval
Aval é uma garantia de crédito oferecida por uma pessoa ou instituição financeira que se compro-
mete a pagar uma dívida em caso de inadimplência do devedor principal. Isso permite que o credor
tenha mais segurança ao conceder um empréstimo ou financiamento.
Um avalista precisa ter uma boa situação financeira e creditícia para ser aceito como aval. Além disso,
ele precisa compreender os riscos envolvidos na garantia de crédito e estar disposto a arcar com as
consequências de uma eventual inadimplência. É importante que o avalista leia cuidadosamente o
contrato antes de assiná-lo.
Em caso de inadimplência, o credor pode cobrar a dívida do avalista, que passa a ser responsável
pelo pagamento. Isso pode ter impacto negativo na sua situação financeira e creditícia, incluindo
restrições ao acesso a crédito no futuro. Por isso, é importante que o avalista avalie cuidadosamente
se tem condições financeiras e disponibilidade para atuar como aval antes de assinar o contrato.
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Fiança é uma garantia de crédito oferecida por uma pessoa que se compromete a pagar uma dívida
em caso de inadimplência do devedor principal. Isso permite que o credor tenha mais segurança ao
conceder um empréstimo ou financiamento. A fiança é frequentemente utilizada em contratos de
aluguel, por exemplo.
Um fiador precisa ter uma boa situação financeira e creditícia para ser aceito como fiador. Além
disso, ele precisa compreender os riscos envolvidos na garantia de crédito e estar disposto a arcar
com as consequências de uma eventual inadimplência. É importante que o fiador leia cuidadosa-
mente o contrato antes de assiná-lo.
Em caso de inadimplência, o credor pode cobrar a dívida do fiador, que passa a ser responsável pelo
pagamento. Isso pode ter impacto negativo na sua situação financeira e creditícia, incluindo restri-
ções ao acesso a crédito no futuro. Por isso, é importante que o fiador avalie cuidadosamente se tem
condições financeiras e disponibilidade para atuar como fiador antes de assinar o contrato.
4) Penhor Mercantil
Penhor Mercantil é uma garantia de crédito que consiste na entrega de bens móveis, como joias,
artigos de ouro, prata ou platina, para garantir o pagamento de uma dívida. O bem fica retido pelo
credor até que a dívida seja quitada. Se o devedor não cumprir com suas obrigações financeiras, o
credor pode vender o bem penhorado para cobrir o valor devido.
O penhor mercantil é uma opção de garantia de crédito mais acessível do que outras formas, como
aval ou fiança, pois não requer que o devedor tenha uma boa situação financeira ou creditícia. Além
disso, a entrega do bem para penhora é geralmente mais rápida e fácil do que outras formas de
garantia.
No entanto, é importante que o devedor tenha conhecimento do valor de mercado do bem penho-
rado e do risco de perdê-lo caso não cumpra com suas obrigações financeiras. Além disso, é impor-
tante verificar as taxas de juros e as condições de pagamento antes de aceitar o penhor mercantil
como garantia de crédito, para evitar surpresas desagradáveis no futuro.
5) Alienação Fiduciária
Alienação Fiduciária é uma forma de garantia de crédito em que o bem é entregue ao credor como
garantia, mas mantém a propriedade do devedor. O credor tem o direito de vender o bem em caso
de inadimplência, mas o valor obtido com a venda deve ser utilizado para cobrir o valor devido. Essa
forma de garantia é comumente utilizada em financiamentos imobiliários.
93
6) Hipoteca
Hipoteca é uma forma de garantia de crédito em que o devedor entrega ao credor o direito de
penhor sobre um imóvel como garantia de pagamento de uma dívida. O credor tem o direito de
vender o imóvel em caso de inadimplência para cobrir o valor devido. A hipoteca é registrada em
cartório de imóveis, tornando o direito de penhor sobre o imóvel oficial e vinculante.
A hipoteca é uma forma de garantia comumente utilizada em financiamentos imobiliários, pois per-
mite ao devedor obter crédito com taxas de juros mais baixas do que outras formas de garantia.
Além disso, a hipoteca oferece uma garantia sólida ao credor, já que o imóvel é um bem de alto
valor e duradouro.
7) Fianças Bancárias
Fianças Bancárias são instrumentos financeiros utilizados para garantir contratos e obrigações de
terceiros. Nesse tipo de fiança, o banco é o instituidor da garantia e se responsabiliza perante a outra
parte pelo cumprimento das obrigações assumidas pelo fiador principal.
As Fianças Bancárias são amplamente utilizadas em contratos comerciais, construções, licitações pú-
blicas, entre outros. A emissão dessa fiança requer a aprovação do banco e o pagamento de uma
taxa de juros.
Resumindo o conteúdo
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Fiança é uma garantia pessoal onde uma pessoa ou empresa se compromete a pagar a dívida em
caso de inadimplência do devedor.
Penhor Mercantil é uma garantia real onde uma mercadoria é dada como garantia para o paga-
mento de uma dívida.
Alienação Fiduciária é uma garantia real onde o devedor transfere a propriedade de um bem para
o credor, que passa a ter o direito de vender o bem caso o devedor não cumpra com seus compro-
missos.
Hipoteca é uma garantia real onde o devedor transfere a propriedade de um imóvel para o credor,
que passa a ter o direito de vender o imóvel caso o devedor não cumpra com seus compromissos.
Fianças bancárias são garantias emitidas por bancos, geralmente utilizadas em contratos comerci-
ais, onde o banco se compromete a pagar o valor da dívida em caso de inadimplência do devedor.
1) Introdução
Nesse momento, iremos estudar o tópico 16 do edital do Banco do Brasil, um tema de especial
relevância para provas bancárias:
Gostaríamos de agradecer a confiança depositada em nosso material. Saiba que garantimos que
você terá o material mais adequado para conquista da sua aprovação. Não esqueça que o seu em-
penho é fundamental; afinal, passar em um concurso público não é tarefa fácil, mas também não é
algo impossível. Mas não se esqueça: Nós acreditamos em você!
2.1) Conceito
A lavagem de capitais é a conduta praticada para dar aparência de legalidade aos bens, direitos ou
valores oriundos de uma infração penal.
95
Esta expressão lavagem de dinheiro originou-se do direito norte-americano (money laundering), por
volta do ano de 1920, fazendo alusão aos mafiosos que utilizavam lavanderias de fachada para da-
rem aparência de legalidade ao dinheiro obtido com as práticas criminosas. Em outros países como
Portugal e Espanha, utiliza-se a expressão branqueamento de capitais.
Trata-se da fase de introdução do dinheiro ilícito no sistema financeiro. Uma das técnicas de intro-
dução do capital ilícito no sistema financeiro é denominada de smurfing, a qual se caracteriza pela
realização de vários depósitos fracionados, em pequenas quantias, em uma ou diversas contas ban-
cárias, as quais podem estar em nome de uma mesma pessoa ou de várias. Totalizando este valor
fracionado representa uma quantia expressiva.
Trata-se de etapa na qual são realizados negócios ou movimentações financeiras de modo a dificul-
tar o rastreamento dos valores ilícitos.
É necessário ter em mente que não há necessidade do preenchimento dessas três fases para a con-
sumação do crime de lavagem de dinheiro.
96
Integração
No mesmo sentido foram a Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional
(Convenção de Palermo, de 15 de novembro de 2000) e a Convenção das Nações Unidas contra a
Corrupção (Convenção de Mérida, de 31 de outubro de 2003), ambas ratificadas pelo Brasil e que
possuem relação com a repressão à lavagem de capitais.
Por fim, foi criada a Lei 9.613/98 a fim de tipificar a lavagem de capitais. Após, a Lei 12.6)83/12
promoveu relevantes alterações no sistema de punição.
Noutro giro, a Lei 13.974/2020, tratou sobre o Conselho de Controle de Atividades Financeiras
(COAF).
Quanto a persecução penal em relação ao crime de lavagem de capitais, faz-se necessária, para que
seja eficiente, uma perfeita interação entre os três subsistemas a seguir:
a) Prevenção
É composta pelos sujeitos obrigados (art. 9º da Lei 9.6)13/98) e pelos órgãos de inteligência finan-
ceira, especialmente o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), dotado de autonomia
técnica e operacional, atualmente vinculado administrativamente ao Banco Central do Brasil (art. 2º
da Lei 13.974/20).
Art. 1º A presente Resolução tem por objetivo estabelecer normas gerais de prevenção à
lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, sujeitando-se ao seu cumprimento as
97
c) Recuperação de ativos
Trata-se de tarefa desempenhada pelo Ministério Público e por órgãos do Poder Executivo, notada-
mente o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI).
Os chamados torres de vigia ou gatekeepers são pessoas, físicas ou jurídicas, que possuem a obri-
gação de contribuir nas atividades de inteligência e vigilância do poder público, bem como prestar
informações sobre atos que possam caracterizar o branqueamento do dinheiro. A comunicação de
operações suspeitas deve ser realizada ao COAF.
Importa destacar a Resolução no 36 do COAF que disciplina a forma de adoção de políticas, proce-
dimentos e controles internos de prevenção à lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo
e ao financiamento da proliferação de armas de destruição em massa que permitam o atendimento
ao disposto nos arts. 10 e 11 da Lei no 9.6)13/98, por aqueles que se sujeitem, nos termos do seu
art. 14, § 1º à supervisão do Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF.
Art. 14, § 1º. As instruções referidas no art. 10 destinadas às pessoas mencionadas no art. 9º,
para as quais não exista órgão próprio fiscalizador ou regulador, serão expedidas pelo COAF,
competindo-lhe, para esses casos, a definição das pessoas abrangidas e a aplicação das san-
ções enumeradas no art. 12.
Por sua vez, a Instrução Normativa DPF nº 196/21, normatiza o procedimento de comunicação de
operações suspeitas ou que contenham indícios de crimes de lavagem de dinheiro ou de financia-
mento ao terrorismo efetuadas por empresas de transporte de valores, bem como os mecanismos
dos processos administrativos instaurados contra empresas de transporte de valores em razão do
descumprimento das obrigações de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento de terro-
rismo.
98
Além disso, a Circular nº 3.978/2020 é preventiva, tendo em vista que estabelece medidas a serem
adotadas a fim de que o sistema financeiro brasileiro não seja utilizado como meio para a prática de
lavagem de dinheiro e de financiamento ao terrorismo.
Todas as instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil devem dispor de estrutura
de governança visando a assegurar o cumprimento da política formulada com base em princípios e
diretrizes que busquem prevenir a sua utilização para as práticas de lavagem de dinheiro e de fi-
nanciamento do terrorismo, bem como também dos procedimentos e controles internos de preven-
ção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo previstos na Circular 3.978/20.
Conforme o art. 10 da Circular 3978/20, também é dever das instituições a realização de avaliação
interna, vejamos:
Art. 10. As instituições referidas no art. 1º devem realizar avaliação interna com o objetivo de
identificar e mensurar o risco de utilização de seus produtos e serviços na prática da lavagem
de dinheiro e do financiamento do terrorismo.
Para identificação do risco de que trata o caput, a avaliação interna deve considerar, no mínimo, os
perfis de risco:
Dos clientes;
§ 1º Para identificação do risco de que trata o caput, a avaliação interna deve considerar, no
mínimo, os perfis de risco:
I - dos clientes;
99
§ 2º O risco identificado deve ser avaliado quanto à sua probabilidade de ocorrência e à mag-
nitude dos impactos financeiro, jurídico, reputacional e socioambiental para a instituição.
§ 3º Devem ser definidas categorias de risco que possibilitem a adoção de controles de ge-
renciamento e de mitigação reforçados para as situações de maior risco e a adoção de con-
troles simplificados nas situações de menor risco.
§ 4º Devem ser utilizadas como subsídio à avaliação interna de risco, quando disponíveis,
avaliações realizadas por entidades públicas do País relativas ao risco de lavagem de dinheiro
e de financiamento do terrorismo.
Art. 11. A avaliação interna de risco pode ser realizada de forma centralizada em instituição
do conglomerado prudencial e do sistema cooperativo de crédito.
Parágrafo único. As instituições que optarem por realizar a avaliação interna de risco na
forma do caput devem formalizar essa opção em reunião do conselho de administração ou,
se inexistente, da diretoria da instituição.
III - revisada a cada dois anos, bem como quando ocorrerem alterações significativas nos
perfis de risco mencionados no art. 10, § 1º.
Com o perfil de risco do cliente, contemplando medidas reforçadas para clientes classificados em
categorias de maior risco, de acordo com a avaliação interna de risco;
100
As instituições devem adotar procedimentos de identificação que permitam verificar e validar a iden-
tidade do cliente.
Sendo o cliente pessoa natural residente no exterior desobrigada de inscrição no CPF, na forma
definida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, admite -se a utilização de documento de viagem
na forma da Lei, devendo ser coletados, no mínimo, o país emissor, o número e o tipo do documento.
Da mesma forma, em caso de o cliente ser pessoa jurídica com domicílio ou sede no exterior deso-
brigada de inscrição no CNPJ, na forma definida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, as ins-
tituições devem coletar, no mínimo, o nome da empresa, o endereço da sede e o número de identi-
ficação ou de registro da empresa no respectivo país de origem.
As instituições também devem adotar procedimentos que permitam qualificar seus clientes por meio
da coleta, verificação e validação de informações, compatíveis com o perfil de risco do cliente e com
a natureza da relação de negócio.
101
Os procedimentos de qualificação
devem incluir a coleta identificar o local da sede ou filial, no
de informações que permitam: caso de pessoa jurídica
A necessidade de verificação e de validação das informações deve ser avaliada pelas instituições de
acordo com o perfil de risco do cliente e com a natureza da relação de negócio, além disso, devem
ser coletadas informações adicionais do cliente compatíveis com o risco de utilização de produtos e
serviços na prática da lavagem de dinheiro e do financiamento do terrorismo.
Ao Banco Central do Brasil é permitido a divulgação de rol de informações a serem coletadas, veri-
ficadas e validadas em procedimentos específicos de qualificação de clientes.
Por outro lado, os referidos procedimentos de qualificação devem incluir a verificação da condição
do cliente como pessoa exposta politicamente, bem como ainda a verificação da condição de repre-
sentante, familiar ou estreito colaborador dessas pessoas.
102
Em relação a estes clientes qualificados como pessoa exposta politicamente ou como representante,
familiar ou estreito colaborador dessas pessoas, as instituições devem:
As instituições devem classificar seus clientes nas categorias de risco definidas na avaliação interna
de risco, tomando como base as informações obtidas nos procedimentos de qualificação do cliente
referidos.
103
Os procedimentos referidos devem ser compatíveis com a função exercida pelo administrador e com
a abrangência da representação.
Ademais, os critérios utilizados para a definição das informações necessárias e dos procedimentos
de verificação, validação e atualização das informações para cada categoria de risco devem ser pre-
vistos no manual tratado no item 3.3).
Entretanto, admite-se, por um período máximo de 30 dias, o início da relação de negócios em caso
de insuficiência de informações relativas à qualificação do cliente, desde que não haja prejuízo aos
procedimentos de monitoramento e seleção.
As instituições devem estabelecer valor mínimo de referência de participação societária para a iden-
tificação de beneficiário final, o qual deve ser estabelecido com base no risco e não pode ser superior
a 25% (vinte e cinco por cento), considerada, em qualquer caso, a participação direta e a indireta.
104
As cooperativas;
Os fundos e clubes de investimento registrados na Comissão de Valores Mobiliários, desde que, cumu-
lativamente:
(iii) seja informado o número de registro no CPF, no caso de pessoa natural, ou do número de registro
no CNPJ, no caso de pessoa jurídica, de todos os cotistas para a Secretaria Especial da Receita Federal
do Brasil (RFB), na forma por esta definida em regulamentação específica;
(i) governos, entidades governamentais e bancos centrais, assim como fundos soberanos ou compa-
nhias de investimento controladas por fundos soberanos e similares;
105
- A administração da carteira de ativos seja feita de forma discricionária por administrador profis-
sional sujeito à fiscalização de autoridade supervisora com a qual o Banco Central do Brasil man-
tenha convênio para a troca de informações relativas à prevenção da utilização do sistema finan-
ceiro para a prática dos crimes de lavagem de dinheiro e de financiamento do terrorismo.
As informações coletadas em relação as entidades acima descritas, devem abranger as das pessoas naturais
autorizadas a representá-las, bem como as de seus controladores, administradores ou gestores, e diretores,
se houve
Os membros do Conselho Nacional de Justiça, do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores,
dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais do Trabalho, dos Tribunais Regionais Eleitorais,
do Conselho Superior da Justiça do Trabalho e do Conselho da Justiça Federal;
106
Finalmente, também são consideradas pessoas expostas politicamente os dirigentes de escalões superiores
de entidades de direito internacional público ou privado.
A condição de pessoa exposta politicamente deve ser aplicada pelos 5 anos seguintes à data em
que a pessoa deixou de se enquadrar nas categorias previstas.
107
Dispõe a Circular 3978/20 ser imperioso às instituições financeiras que elas mantenham registros de
todas as operações realizadas, produtos e serviços contratados, inclusive saques, depósitos, aportes,
pagamentos, recebimentos e transferências de recursos.
tipo
canal utilizado
Nome;
108
Nome da empresa; e
No caso de transferência de recursos por meio de cheque, as instituições devem incluir no registro
da operação, além das informações referidas acima, o respectivo número do cheque.
Caso as instituições estabeleçam relação de negócio com terceiros não sujeitos a autorização para
funcionar do Banco Central do Brasil, participantes de arranjo de pagamento do qual a instituição
109
A partir de agora, vamos compreender que, quando se tratar de operações financeiras realizadas
com dinheiro em espécie, além das informações já mencionadas o registro deve conter ainda outras
informações imprescindíveis.
Além disso, caso essas operações sejam realizadas por empresa de transporte de valores devida-
mente autorizada e registrada na autoridade competente, nos termos da legislação em vigor, consi-
dera-se essa empresa como a portadora dos recursos, a qual será identificada por meio do registro
do número de inscrição no CNPJ e da firma ou denominação social.
110
Ademais, as instituições financeiras devem requerer dos sacadores clientes e não clientes solicitação
de provisionamento com, no mínimo, 3 dias úteis de antecedência, das operações de saque, inclu-
sive as realizadas por meio de cheque ou ordem de pagamento, de valor igual ou superior a
R$50.000,00 (cinquenta mil reais).
Essas operações de saque devem ser consideradas individualmente, para efeitos de observação do
citado limite.
As instituições devem:
emitir protocolo de atendimento ao cliente ou ao sacador não cliente, no qual devem ser
informados o valor da operação, a dependência na qual deverá ser efetuado o saque e a
data programada para o saque;
Em se tratando de saque em espécie a ser realizado por meio de cheque por sacador não cliente, a
solicitação de provisionamento acima referida deve ser realizada exclusivamente em agências ou em
Postos de Atendimento.
111
Os referidos procedimentos devem ser aplicados, inclusive, às propostas de operações, bem como
também devem:
As operações e situações suspeitas referem-se a qualquer operação ou situação que apresente indí-
cios de utilização da instituição para a prática dos crimes de lavagem de dinheiro e de financiamento
do terrorismo.
112
113
Além disso, as instituições financeiras necessitam assegurar que os sistemas utilizados no monitora-
mento e na seleção de operações e situações suspeitas contenham informações detalhadas das ope-
rações realizadas e das situações ocorridas, inclusive informações sobre a identificação e a qualifica-
ção dos envolvidos.
Também é dever das instituições manter documentação detalhada dos parâmetros, variáveis, regras
e cenários utilizados no monitoramento e seleção de operações e situações que possam indicar
suspeitas de lavagem de dinheiro e de financiamento do terrorismo.
114
É vedada:
A vedação mencionada acima não inclui a contratação de terceiros para a prestação de serviços
auxiliares à análise.
Por fim, as instituições que optarem por realizar os procedimentos de análise devem formalizar a
opção em reunião do conselho de administração ou, se inexistente, da diretoria da instituição.
Tal decisão de comunicação da operação ou situação ao COAF deve ser fundamentada com base
nas informações contidas no dossiê, deve ainda ser registrada de forma detalhada, bem como tam-
bém ocorrer até o final do prazo de análise.
A comunicação da operação ou situação suspeita ao COAF deve ser realizada até o dia útil seguinte
ao da decisão de comunicação.
115
As comunicações alteradas ou canceladas após o 5º dia útil seguinte ao da sua realização devem
ser acompanhadas de justificativa da ocorrência.
As comunicações podem ser realizadas de forma centralizada por meio de instituição do conglome-
rado prudencial e de sistema cooperativo de crédito, em nome da instituição na qual ocorreu a
operação ou a situação. As instituições que optarem por realizar as comunicações de forma centra-
lizada, devem formalizar a opção em reunião do conselho de administração ou, se inexistente, da
diretoria da instituição.
As instituições financeiras que não tiverem efetuado comunicações ao COAF em cada ano civil de-
verão prestar declaração, até 10 dias úteis após o encerramento do referido ano, atestando a não
ocorrência de operações ou situações passíveis de comunicação.
116
Estes procedimentos devem ser formalizados em documento específico aprovado pela diretoria da
instituição, devendo o documento ser mantido atualizado.
A classificação das atividades exercidas por seus funcionários, parceiros e prestadores de serviços
terceirizados nas categorias de risco definidas na avaliação interna de risco deve ser realizada pela
instituição financeira. A classificação em categorias de risco deve ser mantida atualizada e os critérios
para a classificação em categorias de risco devem estar previstos no documento.
De igual modo, as informações relativas aos funcionários, parceiros e prestadores de serviços tercei-
rizados devem ser mantidas atualizadas, considerando inclusive eventuais alterações que impliquem
mudança de classificação nas categorias de risco.
certificar que o contratado tem presença física no país onde está constituído ou licenciado;
117
Obter informações sobre o terceiro que permitam compreender a natureza de sua atividade e a
sua reputação;
Certificar que o terceiro tem licença do instituidor do arranjo para operar, quando for o caso;
Os mecanismos acima referidos devem ser submetidos a testes periódicos pela auditoria interna,
quando aplicáveis, compatíveis com os controles internos da instituição.
As instituições financeiras que possuem autorização de funcionamento pelo Banco Central devem
avaliar a efetividade da política, dos procedimentos e dos controles internos, além disso, devem
documentar a avaliação em relatório específico.
O relatório deve ser elaborado anualmente, com data-base de 31 de dezembro, bem como encami-
nhado, para ciência, até 31 de março do ano seguinte ao da data-base ao comitê de auditoria,
quando houver e ao conselho de administração ou, se inexistente, à diretoria da instituição.
118
É possível que seja elaborado um único relatório de avaliação de efetividade relativo às instituições
do conglomerado prudencial e do sistema cooperativo de crédito, as instituições que optarem por
realizar o relatório de avaliação de efetividade desta forma devem formalizar a opção em reunião do
conselho de administração ou, se inexistente, da diretoria da instituição.
As instituições financeiras liberadas pelo BACEN devem elaborar plano de ação destinado a solucio-
nar as deficiências identificadas por meio da avaliação de efetividade, sendo que o acompanhamento
da implementação do plano de ação referido será documentado por meio de relatório de acompa-
nhamento.
O plano de ação e o respectivo relatório de acompanhamento devem ser encaminhados para ciência
e avaliação, até 30 de junho do ano seguinte ao da data-base do relatório da avaliação de efetivi-
dade:
Da diretoria da instituição; e
119
I - o documento de que trata o art. 7º, inciso I, relativo à política de prevenção à lavagem de
dinheiro e ao financiamento do terrorismo de que trata o art. 2º;
IV - o documento relativo à avaliação interna de risco de que trata o art. 12, inciso I, junta-
mente com a documentação de suporte à sua elaboração;
VIII - as versões anteriores da avaliação interna de risco de que trata o art. 10;
XII - as versões anteriores do relatório de avaliação de efetividade de que trata o art. 62, § 1º;
§1º O contrato referido no inciso V do caput deve permanecer à disposição do Banco Central
do Brasil pelo prazo mínimo de 5 anos após o encerramento da relação contratual.
§ 2º Os documentos e informações referidos nos incisos VIII a XIV do caput devem permanecer
à disposição do Banco Central do Brasil pelo prazo mínimo de 5 anos.
Art. 67. As instituições referidas no art. 1º devem manter à disposição do Banco Central do
Brasil e conservar pelo período mínimo de dez anos:
120
III - as informações e registros de que tratam os arts. 28 a 37, contado o prazo referido no
caput a partir do primeiro dia do ano seguinte ao da realização da operação; e
A Carta Circular nº 4001/20 do Banco Central possui como fundamento a divulgação da relação de
operações e situações que podem configurar indícios de ocorrência dos crimes de “lavagem” ou
ocultação de bens, direitos e valores, de que trata a Lei nº 9.6)13, de 3 de março de 1998, e de
financiamento ao terrorismo, previstos na Lei nº 13.2)60, de 16 de março de 2016, passíveis de co-
municação ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Portanto, trata-se de mais uma importante ferramenta criada com a finalidade de se intensificar o
combate ao crime de lavagem de dinheiro e o financiamento ao terrorismo.
Tome nota!
Atenção! Tenha sempre em mente que a Carta Circular, assim como outros normativos do BACEN,
se presta tão somente em auxiliar o combate do crime de lavagem de dinheiro naquelas situações
em que há o indício da pratica delituoso. Estes normativos não criam figuras criminosas, as quais
somente podem ser criadas por Lei.
Neste sentido, o art. 1º da Carta Circular 4001/20 enumera diversas operações que caracterizam
indícios da pratica criminosa. Apesar de ser extensa a lista, trata-se de matéria de grande relevância
para seu concurso, haja vista que o bancário tende a se deparar com tais condutas na prática. Assim,
leia e releia com bastante atenção a fim de que tenha boa compreensão das situações/operações:
a) depósitos, aportes, saques, pedidos de provisionamento para saque ou qualquer outro ins-
trumento de transferência de recursos em espécie, que apresentem atipicidade em relação à
atividade econômica do cliente ou incompatibilidade com a sua capacidade financeira;
121
h) saques em espécie de conta que receba diversos depósitos por transferência eletrônica de
várias origens em curto período de tempo;
i) depósitos ou aportes em espécie com cédulas úmidas, malcheirosas, mofadas, ou com as-
pecto de que foram armazenadas em local impróprio ou ainda que apresentem marcas, sím-
bolos ou selos desconhecidos, empacotadas em maços desorganizados e não uniformes;
j) depósitos, aportes ou troca de grandes quantidades de cédulas de pequeno valor, por pes-
soa natural ou jurídica, cuja atividade ou negócio não tenha como característica recebimentos
de grandes quantias de recursos em espécie;
k) saques no período de cinco dias úteis em valores inferiores aos limites estabelecidos, de
forma a dissimular o valor total da operação e evitar comunicações de operações em espécie;
l) dois ou mais saques em espécie no caixa no mesmo dia, com indícios de tentativa de burla
para evitar a identificação do sacador;
122
g) utilização, carga ou recarga de cartão pré-pago em valor não compatível com a capacidade
financeira, atividade ou perfil do cliente;
i) carga e recarga de cartões pré-pagos seguidas imediatamente por saques em caixas eletrô-
nicos;
f) cadastramento de várias contas em uma mesma data, ou em curto período, com depósitos
de valores idênticos ou aproximados, ou com outros elementos em comum, tais como origem
dos recursos, titulares, procuradores, sócios, endereço, número de telefone, etc.;
g) operações em que não seja possível identificar o beneficiário final, observados os procedi-
mentos definidos na regulamentação vigente;
i) informação de mesmo endereço residencial ou comercial por pessoas naturais, sem de-
monstração da existência de relação familiar ou comercial;
123
l) registro de mesmo endereço de e-mail ou Internet Protocol (IP) por pessoas naturais, sem
justificativa razoável para tal ocorrência;
n) sócios de empresas sem aparente capacidade financeira para o porte da atividade empre-
sarial declarada;
e) movimentação de quantia significativa por meio de conta até então pouco movimentada
ou de conta que acolha depósito inusitado;
l) operações que, por sua habitualidade, valor e forma, configurem artifício para burla da iden-
tificação da origem, do destino, dos responsáveis ou dos destinatários finais;
124
p) pagamentos ou transferências por pessoa jurídica para fornecedor distante de seu local de
atuação, sem fundamentação econômico-financeira;
aa) operações atípicas em contas de clientes que exerçam atividade comercial relacionada
com negociação de bens de luxo ou de alto valor, tais como obras de arte, imóveis, barcos,
joias, automóveis ou aeronaves;
ab) utilização de instrumento financeiro de forma a ocultar patrimônio e/ou evitar a realização
de bloqueios judiciais, inclusive cheque administrativo;
ac) movimentação de valores incompatíveis com o faturamento mensal das pessoas jurídicas;
ae) movimentações de valores com empresas sem atividade regulamentada pelos órgãos
competentes;
125
e) liquidação de operações de crédito ou assunção de dívida no País por terceiros, sem justi-
ficativa aparente;
g) operação de crédito no País com oferecimento de garantia no exterior por cliente sem
tradição de realização de operações no exterior;
126
127
b) operações complexas e com custos mais elevados que visem a dificultar o rastreamento
dos recursos ou a identificação da natureza da operação; c) pagamentos de importação e
recebimentos de exportação, antecipados ou não, por empresa sem tradição ou cuja capaci-
dade financeira seja incompatível com o montante negociado;
i) pagamentos ao exterior após créditos em reais efetuados nas contas de depósitos dos titu-
lares das operações de câmbio por pessoas naturais ou jurídicas que não demonstrem a exis-
tência de vínculo comercial ou econômico;
l) transferências internacionais por uma ou mais pessoas naturais ou jurídicas com indícios de
fragmentação, como forma de ocultar a real origem ou destino dos recursos;
c) contratação, no exterior, de operações de crédito que não sejam quitadas por intermédio
de operações na mesma instituição;
f) remessas de recursos de vários investidores situados no exterior para uma mesma empresa
no País;
h) retorno de investimento feito no exterior sem comprovação da remessa que lhe tenha dado
origem;
129
d) transferências, a partir das contas de candidatos, para pessoas naturais ou jurídicas cuja
atividade não guarde aparente relação com contas de campanha;
a) negociação de BNDU ou outro ativo não financeiro para pessoas naturais ou jurídicas sem
capacidade financeira;
c) negociação de BNDU ou outro ativo não financeiro por preço significativamente superior
ao de avaliação;
130
Essas operações/situações descritas devem ser comunicadas somente nos casos em que os indícios
forem confirmados ao término da execução dos procedimentos de análise de operações e situações
suspeitas.
Além disso, os procedimentos referidos devem considerar todas as informações disponíveis, inclu-
sive aquelas obtidas por meio dos procedimentos destinados a conhecer clientes, funcionários, par-
ceiros e prestadores de serviços terceirizados.
AUTORREGULAÇÃO BANCÁRIA
1) Noções Introdutórias
O Banco Central não realiza nenhum tipo de interferência na autorregulação e, portanto, são as
próprias instituições bancárias que regulam suas atividades.
A Federação Brasileira de Banco (FEBRABAN), instituição sem finalidade lucrativa e fundada em 1967,
foi quem estabeleceu normas de Autorregulação Bancária, sendo uma federação pautada no com-
promisso de fortalecer o sistema financeiro brasileiro, além do desenvolvimento econômico, social
e sustentável.
O SARB foi criado por deliberação do Conselho Diretor da FEBRABAN, em 28 de agosto de 2008,
tendo estabelecido padrões elevados de conduta a serem seguidos pelas Instituições Financeiras.
Sendo a instituição financeira associada ou tendo expressamente aderido ao Código citado, deve ter
estrita observância aos conceitos e condutas dispostas nele.
131
Ética - virtude caracterizada pela orientação dos atos das associadas segundo os valores do bem
e da decência pública.
Conduta - manifestação do modo como uma associada se comporta perante a sociedade, tendo
como base as crenças, culturas, valores morais e éticos que seguem.
Conflito de Interesse - qualquer situação na qual a associada possa ter sua capacidade de jul-
gamento e decisão afetada, podendo incorrer ou sugerir quebra do princípio de imparcialidade e
favorecer seu próprio interesses, de terceiros ou, ainda, de cunho político, em detrimento dos inte-
resses e princípios da FEBRABAN.
Compliance - dever de cumprir, de estar em conformidade e fazer cumprir leis, diretrizes, regu-
lamentos internos e externos, buscando mitigar o risco atrelado à reputação, ao risco legal ou regu-
latório.
Corrupção - toda e qualquer ação, culposa ou dolosa, que implique sugestão, oferta, promessa,
concessão (forma ativa) ou solicitação, exigência, aceitação ou recebimento (forma passiva), de van-
tagens indevidas, de natureza financeira ou não, tais como: propina, tráfico de influência e favoreci-
mentos, em troca de realização ou omissão de atos inerentes as suas atribuições, operações ou ati-
vidades, ou visando a benefícios para si ou para terceiros.
Signatárias nível I – Instituições Financeiras Signatárias a este Código de Conduta Ética e Autor-
regulação.
Signatárias nível II – Instituições Financeiras Signatárias que aderiram a pelo menos um dos
eixos normativos do SARB.
Signatárias nível III – Instituições Financeiras Signatárias que aderiram a todos os eixos norma-
tivos do SARB.
132
Quanto ao relacionamento com o consumidor, assim dispõe o Código de Conduta Ética e Autorre-
gulação Bancária:
Art. 3º. As Signatárias, em suas relações com consumidores e clientes, pautarão suas ações
em valores organizacionais baseados na boa-fé, no tratamento justo, na transparência, no
respeito à dignidade e harmonização de interesses, devendo oferecer produtos e serviços
adequados ao seu perfil.
Art. 4º. As Signatárias garantirão a liberdade de escolha dos consumidores, provendo infor-
mações completas e adequadas que permitam a aquisição consciente e refletida de produtos
ou serviços e, de forma facilitada, garantir-lhes acesso aos processos de portabilidade quando
de seu interesse.
Art. 5º. As Signatárias comprometem-se com o cuidado permanente para que as peças pu-
blicitárias e anúncios estejam livres de informações ambíguas, exageradas, capazes de induzir
133
Art. 6º. As Signatárias observarão o mais estrito dever de cuidado e sigilo no tratamento de
informações cadastrais, confidencialidade de dados pessoais, financeiros ou de qualquer na-
tureza dos consumidores.
6) Da Livre Concorrência
De igual modo, as Signatárias coibirão e impedirão quaisquer infrações à ordem econômica que
possam causar prejuízos aos fundamentos da livre concorrência no mercado financeiro.
7) Da Responsabilidade Socioambiental
Art. 16. Não serão toleradas nenhuma forma de discriminação, desrespeito e preconceito de
qualquer natureza, seja de gênero, raça, religião, faixa etária, convicção política, nacionalidade,
estado civil, posição social, condição física, entre outras.
Art. 17. Todas as formas de abuso de poder, condutas hostis e/ou de intimidações como
assédios (moral, físico, psicológico, judicial, entre outros), constrangimentos, depreciações,
ofensas e/ou ameaças não serão toleradas.
134
As Signatárias devem se comprometer ainda a trabalhar num ambiente ético, de respeito às leis,
nacionais e internacionais, e às autoridades de todas as instâncias dos Poderes Executivo, Legislativo
e Judiciário, bem como também com a manutenção de políticas e práticas institucionais atualizadas
e disseminadas de prevenção e combate a todas as formas de atos ilegais ou criminosos.
A FEBRABAN atuará no auxílio ao combate a fraudes e a lavagem de dinheiro, sendo vedada a ade-
são pelas instituições de práticas que tenham como finalidade a ocultação ou dissimulação de bens,
direitos ou valores provenientes direta ou indiretamente de infrações penais.
Art. 24. As Signatárias não tolerarão e repudiarão quaisquer atos de corrupção, de qualquer
natureza, em prejuízo do interesse público ou privado, nacional ou estrangeiro.
135
Art. 27. As Signatárias adotarão ações de prevenção e manterão controles para que aqueles
que ajam em seu nome não pratiquem atos de corrupção.
Não constranger e não se impor de forma autoritária nas discussões e tomadas de decisão;
O diálogo é algo primordial entre as Signatárias, dessa forma, devem se comprometer a manter
diálogo, sempre que solicitado ou necessário, com as autoridades constituídas, em especial as que
atuam na regulação, proteção e defesa dos consumidores, atentando-se às questões apresentadas
e demonstrando postura construtiva na avaliação dos temas tratados, primando pelo aprimora-
mento contínuo da relação com os consumidores e cidadãos na prestação de serviços bancários.
Salvo se estiverem na condição de mandatária, as Signatárias não deverão tomar quaisquer decisões
ou assumir compromissos perante fóruns, mídia, Poder Público ou Autoridades, em nome do Sistema
de Autorregulação Bancária.
136
As instituições bancárias que pertencem ao SARB devem necessitam possuir e manter atualizado
periodicamente as políticas, procedimentos e controles que assegurem a integridade, legitimidade,
confiabilidade, segurança e sigilo das transações.
Os conflitos de interesse devem ser evitados, devendo as Signatárias agir de modo a prevenir ou
impedir quaisquer situações que possam configurar conflito de interesses.
Dispõe o art. 39 do Código que são responsabilidades das Signatárias do Sistema de Autorregulação
Bancária:
Art. 39: I - respeitar e fazer com que suas controladas e coligadas sujeitas a este Código
respeitem as normas da Autorregulação;
137
A convocação do Conselho das Signatárias será feita pelo Presidente do Conselho de Autorregulação
com antecedência mínima de 5 (cinco) dias, por intermédio de mensagem eletrônica para o ende-
reço cadastrado junto à Diretoria de Autorregulação, devendo mencionar o dia, hora, local e assuntos
da pauta. O Conselho das Signatárias poderá ser convocado por iniciativa de ½ (metade) das Sig-
natárias.
Para a instalação em primeira convocação é necessário a presença de, no mínimo, 1/4 (um quarto)
das Signatárias e, em segunda convocação, com qualquer número, sendo as deliberações tomadas
por maioria de votos dos membros presentes à reunião, tendo cada Signatária direito a 1 (um) voto.
138
Por outro lado, os Conselheiros Independentes são representantes da sociedade civil, de ilibada re-
putação e notório conhecimento dos temas tratados nas normas da Autorregulação.
Os Conselheiros Setoriais nomeados pelo Conselho das Signatárias indicarão o presidente do Con-
selho de Autorregulação e o vice-presidente, que terão mandato de 2 (dois) anos, sendo permitida
a recondução.
O mandato dos 03 Conselheiros nomeados por indicação mediante alternância e dos Conselheiros
Independentes será de 2 (dois) anos, e a recondução admitida apenas para os Conselheiros Inde-
pendentes.
Caso um Conselheiro Setorial renuncie ou seja destituído do Conselho de Autorregulação, ele será
substituído por outro representante da Signatária que o indicou em até 30 (trinta) dias após o
evento e completará o restante do mandato outorgado.
A ausência sem justificativa por parte de um Conselheiro, a mais de 2 (duas) reuniões consecutivas
ou a mais de 3 (três) reuniões alternadas em um período de 12 (doze) meses, implicará a perda do
mandato.
Os Conselheiros Setoriais não farão jus a qualquer verba remuneratória ou reembolso em razão do
desempenho de suas funções. Já os Conselheiros Independentes poderão receber verba remunera-
tória e ser reembolsados por despesas diretamente relacionadas ao desempenho de suas funções,
conforme determinado pelo Conselho das Signatárias.
139
b) o Selo da Autorregulação; e
VII – atuar como última instância decisória em procedimentos disciplinares iniciados em ou-
tros sistemas de autorregulação em que a FEBRABAN participe e demonstre interesse, desde
que haja previsão expressa para tal nas regras que disciplinam estes sistemas de autorregula-
ção; e
O Conselho de Autorregulação poderá ser convocado por iniciativa de 3/5 (três quintos) dos Con-
selheiros.
O Conselho de Autorregulação instalar-se-á com a presença de no mínimo 3/5 (três quintos) dos
Conselheiros, sendo as deliberações tomadas por maioria de votos dos membros presentes à reu-
nião, tendo cada Conselheiro direito a 1 (um) voto.
Nas reuniões do Conselho de Autorregulação terão assento, porém sem direito a voto, o Vice-Presi-
dente Executivo da FEBRABAN e o responsável pela Diretoria de Autorregulação, cabendo a este
último elaborar as pautas e secretariar as reuniões.
140
Os membros da Comissão de Autorregulação Bancária são responsáveis pela representação das Sig-
natárias junto ao Sistema de Autorregulação Bancária, bem como também pela interlocução com a
Diretoria de Autorregulação da FEBRABAN e com o Conselho de Autorregulação.
5 (cinco) representantes indicados pelas 5 (cinco) maiores Signatárias, segundo seu patrimônio líquido;
Os representantes submetidos ao regime de alternância terão mandato de 1 (um) ano, admitida até uma
recondução por igual período, caso não haja interesse de ingresso na Comissão por novas Signatárias.
141
V - registrar denúncias por parte dos consumidores, órgãos de proteção do consumidor e das
Instituições Financeiras Signatárias; notificar, ao Presidente do Conselho de Autorregulação,
indícios de violação ao Código de Conduta Ética, normas da Autorregulação e inadequação
nos Relatórios de Conformidade;
Parágrafo único. Os Grupos de Trabalho poderão ser compostos por representantes das Sig-
natárias, por membros de Comissões Técnicas da FEBRABAN e por outros convidados, con-
forme a conveniência e os temas a serem tratados.
Os selos de Autorregulação Bancária poderão ser concedidos às Signatárias de nível II e III, e sua
concessão e manutenção serão disciplinadas em Normativo específico da Autorregulação Bancária
instituído pelo Conselho de Autorregulação.
142
Somente poderão ser recusados, mediante decisão fundamentada, os argumentos e as provas pro-
postas pelas Signatárias quando ilícitas, impertinentes ou protelatórias.
Nos termos do art. 73, o descumprimento do Código de Conduta Ética e Autorregulação, bem como
dos normativos do Sistema de Autorregulação Bancária sujeitam as Signatárias à:
Art. 73. I - recomendação para o ajuste de sua conduta, encaminhada por meio de carta
reservada;
II - recomendação para o ajuste de sua conduta, encaminhada por meio de carta com o co-
nhecimento de todas as Signatárias, cumulada com a obrigação de pagar uma contribuição
entre 1 (uma) e 10 (dez) vezes o valor da menor anuidade recolhida por uma Associada da
FEBRABAN;
143
A Lei Complementar 105/2001 dispõe sobre o sigilo das operações de instituições financeiras e dá
outras providências, ou seja, é o que comumente entendemos por sigilo bancário.
É dever das instituições financeiras manter o sigilo em seus serviços ou em suas operações, sejam
elas ativas ou passivas.
Caso você esteja se perguntando o que é considerada uma instituição financeira, a LC 105/2001
possui a resposta.
Cooperativas de crédito;
Outras sociedades que, em razão da natureza de suas operações, assim venham a ser considera-
das pelo Conselho Monetário Nacional.
Quanto as empresas de fomento comercial ou factoring (que nada mais é que uma operação
financeira pela qual uma empresa vende seus direitos creditórios, os quais seriam pagos a prazo,
através de títulos a um terceiro, que compra estes à vista, porém, por um preço menor) dispõe a Lei
Complementar 105/2001 que estas deverão obedecer às normas aplicáveis às instituições financeiras
acima descritas.
144
I – a troca de informações entre instituições financeiras, para fins cadastrais, inclusive por in-
termédio de centrais de risco, observadas as normas baixadas pelo Conselho Monetário Na-
cional e pelo Banco Central do Brasil;
VI – a prestação de informações nos termos e condições estabelecidos nos artigos 2º, 3, 4o,
5o, 6o, 7º e 9 desta Lei Complementar.
§ 4o A quebra de sigilo poderá ser decretada, quando necessária para apuração de ocorrência
de qualquer ilícito, em qualquer fase do inquérito ou do processo judicial, e especialmente
nos seguintes crimes:
I – de terrorismo;
Ademais, o dever de sigilo é extensivo ao Banco Central do Brasil, em relação às operações que
realizar e às informações que obtiver no exercício de suas atribuições.
145
§ 5º O dever de sigilo de que trata esta Lei Complementar estende-se aos órgãos fiscalizado-
res mencionados no § 4o e a seus agentes.
As informações ordenadas pelo Poder Judiciário, desde que preservadas o seu caráter sigiloso me-
diante acesso restrito às partes, que delas não poderão servir-se para fins estranhos à lide, serão
prestadas pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários e pelas instituições
financeiras
146
Além disso, o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários deverão fornecer à Advo-
cacia-Geral da União as informações e os documentos necessários à defesa da União nas ações em
que seja parte.
O Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários, nas áreas de suas atribuições, e as
instituições financeiras fornecerão ao Poder Legislativo Federal as informações e os documentos
sigilosos que, fundamentadamente, se fizerem necessários ao exercício de suas respectivas compe-
tências constitucionais e legais, sendo que tais solicitações deverão ser previamente aprovadas pelo
Plenário da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, ou do plenário de suas respectivas comis-
sões parlamentares de inquérito.
Art. 5º O Poder Executivo disciplinará, inclusive quanto à periodicidade e aos limites de valor,
os critérios segundo os quais as instituições financeiras informarão à administração tributária
da União, as operações financeiras efetuadas pelos usuários de seus serviços.
V – contratos de mútuo;
147
XV – quaisquer outras operações de natureza semelhante que venham a ser autorizadas pelo
Banco Central do Brasil, Comissão de Valores Mobiliários ou outro órgão competente.
§ 3º Não se incluem entre as informações de que trata este artigo as operações financeiras
efetuadas pelas administrações direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios.
§ 4º Recebidas as informações de que trata este artigo, se detectados indícios de falhas, in-
correções ou omissões, ou de cometimento de ilícito fiscal, a autoridade interessada poderá
requisitar as informações e os documentos de que necessitar, bem como realizar fiscalização
ou auditoria para a adequada apuração dos fatos.
§ 5º As informações a que refere este artigo serão conservadas sob sigilo fiscal, na forma da
legislação em vigor.
Prescreve ainda a referida Lei Complementar que as autoridades e os agentes fiscais tributários da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios somente poderão examinar documentos,
livros e registros de instituições financeiras, inclusive os referentes a contas de depósitos e aplicações
financeiras, quando houver processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso e
tais exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade administrativa competente, sendo
que o resultado dos exames, as informações e os documentos a que se refere este artigo serão
conservados em sigilo, observada a legislação tributária.
O Art. 7º da LC 105/01 prevê que, sem prejuízo do disposto no § 3º do art. 2º, a Comissão de Valores
Mobiliários, instaurado inquérito administrativo, poderá solicitar à autoridade judiciária competente
o levantamento do sigilo junto às instituições financeiras de informações e documentos relativos a
bens, direitos e obrigações de pessoa física ou jurídica submetida ao seu poder disciplinar.
Sendo que o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários, manterão permanente
intercâmbio de informações acerca dos resultados das inspeções que realizarem, dos inquéritos que
instaurarem e das penalidades que aplicarem, sempre que as informações forem necessárias ao de-
sempenho de suas atividades.
Quanto as exigências e formalidades previstas na LC 105/01, prevê ainda a referida lei, nestes termos:
Art. 8º O cumprimento das exigências e formalidades previstas nos artigos 4º, 6º e 7º, será
expressamente declarado pelas autoridades competentes nas solicitações dirigidas ao Banco
Central do Brasil, à Comissão de Valores Mobiliários ou às instituições financeiras.
148
Art. 10. A quebra de sigilo, fora das hipóteses autorizadas nesta Lei Complementar, constitui
crime e sujeita os responsáveis à pena de reclusão, de um a quatro anos, e multa, aplicando-
se, no que couber, o Código Penal, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem omitir, retardar injustificadamente ou pres-
tar falsamente as informações requeridas nos termos desta Lei Complementar.
Art. 11. O servidor público que utilizar ou viabilizar a utilização de qualquer informação obtida
em decorrência da quebra de sigilo de que trata esta Lei Complementar responde pessoal e
diretamente pelos danos decorrentes, sem prejuízo da responsabilidade objetiva da entidade
pública, quando comprovado que o servidor agiu de acordo com orientação oficial.
1) Disposições Preliminares
A Lei Geral de Proteção de Dados (Lei 13.709/18 - LGPD) dispõe sobre o tratamento de dados pes-
soais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou
privado, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre
desenvolvimento da personalidade da pessoa natural.
As normas gerais contidas na LGPD são de interesse nacional e devem ser observadas pela União,
Estados, Distrito Federal e Municípios.
I - o respeito à privacidade;
II - a autodeterminação informativa;
149
O art. 3º da LGPD determina que a lei se aplica a qualquer operação de tratamento de dados reali-
zada por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, independentemente
do meio, do país de sua sede ou do país onde estejam localizados os dados, desde que:
Por sua vez, o art. 4º da LGPD traz hipóteses em que a lei não será aplicada. Vejamos:
I - realizado por pessoa natural para fins exclusivamente particulares e não econômicos;
a) jornalístico e artísticos; ou
a) segurança pública;
b) defesa nacional;
c) segurança do Estado; ou
IV - provenientes de fora do território nacional e que não sejam objeto de comunicação, uso
compartilhado de dados com agentes de tratamento brasileiros ou objeto de transferência
internacional de dados com outro país que não o de proveniência, desde que o país de pro-
veniência proporcione grau de proteção de dados pessoais adequado ao previsto nesta Lei.
§ 1º O tratamento de dados pessoais previsto no inciso III será regido por legislação específica,
que deverá prever medidas proporcionais e estritamente necessárias ao atendimento do in-
teresse público, observados o devido processo legal, os princípios gerais de proteção e os
direitos do titular previstos nesta Lei.
§ 2º É vedado o tratamento dos dados a que se refere o inciso III do caput deste artigo por
pessoa de direito privado, exceto em procedimentos sob tutela de pessoa jurídica de direito
público, que serão objeto de informe específico à autoridade nacional e que deverão observar
a limitação imposta no § 4º deste artigo.
150
§ 4º Em nenhum caso a totalidade dos dados pessoais de banco de dados de que trata o
inciso III do caput deste artigo poderá ser tratada por pessoa de direito privado, salvo por
aquela que possua capital integralmente constituído pelo poder público.
A LGPD considera dado pessoal a informação relacionada à pessoa natural identificada ou identifi-
cável.
Por sua vez, dado pessoal sensível é todo dado pessoal sobre origem racial ou étnica, convicção
religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso, filosófico ou
político, dado referente à saúde ou à vida sexual, dado genético ou biométrico, quando vinculado a
uma pessoa natural.
O dado pode ser, ainda, anonimizado, que é aquele dado relativo a titular que não possa ser identi-
ficado, considerando a utilização de meios técnicos razoáveis e disponíveis na ocasião de seu trata-
mento.
O art. 6º da LGPD prescreve que as atividades de tratamento de dados pessoais deverão observar a
boa-fé e os seguintes princípios:
Art. 6º. I - finalidade: realização do tratamento para propósitos legítimos, específicos, explí-
citos e informados ao titular, sem possibilidade de tratamento posterior de forma incompatí-
vel com essas finalidades;
IV - livre acesso: garantia, aos titulares, de consulta facilitada e gratuita sobre a forma e a
duração do tratamento, bem como sobre a integralidade de seus dados pessoais;
V - qualidade dos dados: garantia, aos titulares, de exatidão, clareza, relevância e atualização
dos dados, de acordo com a necessidade e para o cumprimento da finalidade de seu trata-
mento;
151
O tratamento é toda operação realizada com dados pessoais, como as que se referem a coleta,
produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transmissão, distribuição, proces-
samento, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação ou controle da informação, modifi-
cação, comunicação, transferência, difusão ou extração.
O art. 7º da LGPD trata dos requisitos para que seja realizado o tratamento de dados pessoais:
Art. 7º O tratamento de dados pessoais somente poderá ser realizado nas seguintes hipóte-
ses:
III - pela administração pública, para o tratamento e uso compartilhado de dados necessários
à execução de políticas públicas previstas em leis e regulamentos ou respaldadas em contra-
tos, convênios ou instrumentos congêneres, observadas as disposições do Capítulo IV desta
Lei;
IV - para a realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, sempre que possível, a
anonimização dos dados pessoais;
152
Ademais, o consentimento deverá ser fornecido por escrito (por meio de cláusula destacada das
demais) ou por outro meio que demonstre a manifestação de vontade do titular, sendo vedado o
tratamento de dados pessoais mediante vício de consentimento.
O consentimento também poderá ser revogado a qualquer tempo por manifestação expressa do
titular.
Art. 9º O titular tem direito ao acesso facilitado às informações sobre o tratamento de seus
dados, que deverão ser disponibilizadas de forma clara, adequada e ostensiva acerca de, entre
outras características previstas em regulamentação para o atendimento do princípio do livre
acesso:
VII - direitos do titular, com menção explícita aos direitos contidos no art. 18 desta Lei.
Ademais, prevê o art. 10 da LGPD, que o legítimo interesse do controlador somente poderá funda-
mentar tratamento de dados pessoais para finalidades legítimas, consideradas a partir de situações
concretas, que incluem, mas não se limitam a: apoio e promoção de atividades do controlador; e
proteção, em relação ao titular, do exercício regular de seus direitos ou prestação de serviços que o
beneficiem, respeitadas as legítimas expectativas dele e os direitos e liberdades fundamentais, nos
termos da LGPD.
Art. 11. O tratamento de dados pessoais sensíveis somente poderá ocorrer nas seguintes hi-
póteses:
I - quando o titular ou seu responsável legal consentir, de forma específica e destacada, para
finalidades específicas;
153
c) realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, sempre que possível, a anonimiza-
ção dos dados pessoais sensíveis;
Os dados anonimizados não serão considerados dados pessoais, salvo quando o processo de ano-
nimização ao qual foram submetidos for revertido, utilizando exclusivamente meios próprios, ou
quando, com esforços razoáveis, puder ser revertido, nos termos do art. 12 da LGPD.
O art. 14 da LGPD versa sobre o tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes. Vejamos:
Art. 14. O tratamento de dados pessoais de crianças e de adolescentes deverá ser realizado
em seu melhor interesse, nos termos deste artigo e da legislação pertinente.
§ 3º Poderão ser coletados dados pessoais de crianças sem o consentimento a que se refere
o § 1º deste artigo quando a coleta for necessária para contatar os pais ou o responsável legal,
utilizados uma única vez e sem armazenamento, ou para sua proteção, e em nenhum caso
poderão ser repassados a terceiro sem o consentimento de que trata o § 1º deste artigo.
§ 5º O controlador deve realizar todos os esforços razoáveis para verificar que o consenti-
mento a que se refere o § 1º deste artigo foi dado pelo responsável pela criança, consideradas
as tecnologias disponíveis.
§ 6º As informações sobre o tratamento de dados referidas neste artigo deverão ser fornecidas
de maneira simples, clara e acessível, consideradas as características físico-motoras, percepti-
vas, sensoriais, intelectuais e mentais do usuário, com uso de recursos audiovisuais quando
adequado, de forma a proporcionar a informação necessária aos pais ou ao responsável legal
e adequada ao entendimento da criança.
154
I - verificação de que a finalidade foi alcançada ou de que os dados deixaram de ser necessá-
rios ou pertinentes ao alcance da finalidade específica almejada;
Já os dados os dados pessoais, nos termos do art. 16, serão eliminados após o término de seu trata-
mento, no âmbito e nos limites técnicos das atividades, autorizada a conservação para as seguintes
finalidades:
II - estudo por órgão de pesquisa, garantida, sempre que possível, a anonimização dos dados
pessoais;
IV - uso exclusivo do controlador, vedado seu acesso por terceiro, e desde que anonimizados
os dados.
A LGPD A lei fala em titularidade dos dados pessoais e não propriedade, já que os dados pessoais
não são disponíveis. Trata-se de um direito da personalidade. Veja o que dispõe o art. 18 da LGPD:
Art. 18. O titular dos dados pessoais tem direito a obter do controlador, em relação aos dados do
titular por ele tratados, a qualquer momento e mediante requisição:
155
VII - informação das entidades públicas e privadas com as quais o controlador realizou uso
compartilhado de dados;
Conforme o art. 23 da LGPD, o tratamento de dados pessoais pelas pessoas jurídicas de direito pú-
blico deverá ser realizado para o atendimento de sua finalidade pública, na persecução do interesse
público, com o objetivo de executar as competências legais ou cumprir as atribuições legais do ser-
viço público, desde que:
Ademais, conforme art. 24 da LGPD, as empresas públicas e as sociedades de economia mista que
atuam em regime de concorrência terão o mesmo tratamento dispensado às pessoas jurídicas de
direito privado particulares. Por outro lado, quando estiverem operacionalizando políticas públicas
e no âmbito da execução delas, terão o mesmo tratamento dispensado aos órgãos e às entidades
do Poder Público.
Além disso, os dados deverão ser mantidos em formato interoperável e estruturado para o uso com-
partilhado, com vistas à execução de políticas públicas, à prestação de serviços públicos, à descen-
tralização da atividade pública e à disseminação e ao acesso das informações pelo público em geral,
nos termos do art. 25 da LGPD.
De acordo com o art. 26 da LGPD, o uso compartilhado de dados pessoais pelo Poder Público deve
atender a finalidades específicas de execução de políticas públicas e atribuição legal pelos órgãos e
pelas entidades públicas. É vedado ao Poder Público transferir a entidades privadas dados pessoais
constantes de bases de dados a que tenha acesso, exceto:
156
Quando a LGPD não for respeitada e houver infração em decorrência do tratamento de dados pes-
soais por órgãos públicos, a autoridade nacional poderá enviar informe com medidas cabíveis para
fazer cessar a violação. Isso porque os órgãos públicos não estão sujeitos às sanções pecuniárias.
Os relatórios de impacto à proteção de dados, por mais que apareça como uma exigência de libera-
lidade da autoridade nacional, deveria ser regra, visto que ao se efetuar uma análise preventiva de
todo “ciclo de vida” do dado pessoal, bem como de todas as suas peculiaridades, poderá evitar
incidentes e prever medidas mitigatórias de possíveis danos.
De acordo com o art. 33 da LGPD, a transferência internacional de dados pessoais somente é permi-
tida nos seguintes casos:
b) cláusulas-padrão contratuais;
III - quando a transferência for necessária para a cooperação jurídica internacional entre ór-
gãos públicos de inteligência, de investigação e de persecução, de acordo com os instrumen-
tos de direito internacional;
157
VII - quando a transferência for necessária para a execução de política pública ou atribuição
legal do serviço público, sendo dada publicidade nos termos do inciso I do caput do art. 23
desta Lei;
VIII - quando o titular tiver fornecido o seu consentimento específico e em destaque para a
transferência, com informação prévia sobre o caráter internacional da operação, distinguindo
claramente esta de outras finalidades; ou
IX - quando necessário para atender as hipóteses previstas nos incisos II, V e VI do art. 7º
desta Lei.
Parágrafo único. Para os fins do inciso I deste artigo, as pessoas jurídicas de direito público
referidas no parágrafo único do art. 1º da Lei nº 12.5)27, de 18 de novembro de 2011 (Lei de
Acesso à Informação), no âmbito de suas competências legais, e responsáveis, no âmbito de
suas atividades, poderão requerer à autoridade nacional a avaliação do nível de proteção a
dados pessoais conferido por país ou organismo internacional.
O controlador e o operador devem manter registro das operações de tratamento de dados pessoais
que realizarem, especialmente quando baseado no legítimo interesse, de acordo com o art. 37 da
LGPD. Segundo o princípio da accountability, é necessário documentar tudo o que foi feito para dar
cumprimento à lei. Trata-se dos princípios da transparência e da responsabilização e prestação de
contas, em que não basta cumprir a lei, é necessário que se deixe registrado que a lei foi cumprida.
Atente-se que o encarregado pelo tratamento de dados pessoais pode ser pessoa física ou jurídica.
158
II - que, embora tenham realizado o tratamento de dados pessoais que lhes é atribuído, não
houve violação à legislação de proteção de dados; ou
III - que o dano é decorrente de culpa exclusiva do titular dos dados ou de terceiros.
Art. 44. O tratamento de dados pessoais será irregular quando deixar de observar a legislação
ou quando não fornecer a segurança que o titular dele pode esperar, consideradas as circuns-
tâncias relevantes, entre as quais:
III - as técnicas de tratamento de dados pessoais disponíveis à época em que foi realizado.
Parágrafo único. Responde pelos danos decorrentes da violação da segurança dos dados o
controlador ou o operador que, ao deixar de adotar as medidas de segurança previstas no art.
46 desta Lei, der causa ao dano.
Art. 45. As hipóteses de violação do direito do titular no âmbito das relações de consumo
permanecem sujeitas às regras de responsabilidade previstas na legislação pertinente.
Dispõe o art. 46 que os agentes de tratamento devem adotar medidas de segurança, técnicas e
administrativas aptas a proteger os dados pessoais de acessos não autorizados e de situações aci-
dentais ou ilícitas de destruição, perda, alteração, comunicação ou qualquer forma de tratamento
inadequado ou ilícito.
Art. 47. Os agentes de tratamento ou qualquer outra pessoa que intervenha em uma das fases
do tratamento obriga-se a garantir a segurança da informação prevista nesta Lei em relação
aos dados pessoais, mesmo após o seu término.
159
III - a indicação das medidas técnicas e de segurança utilizadas para a proteção dos dados,
observados os segredos comercial e industrial;
VI - as medidas que foram ou que serão adotadas para reverter ou mitigar os efeitos do pre-
juízo.
Art. 49. Os sistemas utilizados para o tratamento de dados pessoais devem ser estruturados
de forma a atender aos requisitos de segurança, aos padrões de boas práticas e de governança
e aos princípios gerais previstos nesta Lei e às demais normas regulamentares.
§ 2º Na aplicação dos princípios indicados nos incisos VII e VIII do caput do art. 6º desta Lei,
o controlador, observados a estrutura, a escala e o volume de suas operações, bem como a
sensibilidade dos dados tratados e a probabilidade e a gravidade dos danos para os titulares
dos dados, poderá:
160
b) seja aplicável a todo o conjunto de dados pessoais que estejam sob seu controle, indepen-
dentemente do modo como se realizou sua coleta;
c) seja adaptado à estrutura, à escala e ao volume de suas operações, bem como à sensibili-
dade dos dados tratados;
e) tenha o objetivo de estabelecer relação de confiança com o titular, por meio de atuação
transparente e que assegure mecanismos de participação do titular;
Art. 51. A autoridade nacional estimulará a adoção de padrões técnicos que facilitem o con-
trole pelos titulares dos seus dados pessoais.
8) Da Fiscalização
O art. 52 da LGPD prevê as sanções administrativas que podem ser aplicadas aos agentes de trata-
mento de dados:
Art. 52. Os agentes de tratamento de dados, em razão das infrações cometidas às normas
previstas nesta Lei, ficam sujeitos às seguintes sanções administrativas aplicáveis pela autori-
dade nacional:
II - multa simples, de até 2% (dois por cento) do faturamento da pessoa jurídica de direito
privado, grupo ou conglomerado no Brasil no seu último exercício, excluídos os tributos, limi-
tada, no total, a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) por infração;
III - multa diária, observado o limite total a que se refere o inciso II;
161
As penas previstas no art. 52 são de caráter administrativo, mas não impedem a aplicação de san-
ções de caráter civil e penal, bem como de outras também de conteúdo administrativo. A LGPD não
prevê tipo penal que tutele proteção de dados, todavia, nada impede que se punam condutas en-
volvendo dados pessoais tipificadas como crimes em outras normas de cunho penal.
Faz-se necessário ainda analisar os arts. 53 e 54 da LGPD os quais podem ser cobrados na sua lite-
ralidade:
Art. 53. A autoridade nacional definirá, por meio de regulamento próprio sobre sanções ad-
ministrativas a infrações a esta Lei, que deverá ser objeto de consulta pública, as metodologias
que orientarão o cálculo do valor-base das sanções de multa.
§ 1º As metodologias a que se refere o caput deste artigo devem ser previamente publicadas,
para ciência dos agentes de tratamento, e devem apresentar objetivamente as formas e dosi-
metrias para o cálculo do valor-base das sanções de multa, que deverão conter fundamenta-
ção detalhada de todos os seus elementos, demonstrando a observância dos critérios previs-
tos nesta Lei.
Art. 54. O valor da sanção de multa diária aplicável às infrações a esta Lei deve observar a
gravidade da falta e a extensão do dano ou prejuízo causado e ser fundamentado pela auto-
ridade nacional.
Parágrafo único. A intimação da sanção de multa diária deverá conter, no mínimo, a descrição
da obrigação imposta, o prazo razoável e estipulado pelo órgão para o seu cumprimento e o
valor da multa diária a ser aplicada pelo seu descumprimento.
O art. 55-A, com redação dada pela Medida Provisória 1.1)24/2022, cria a Autoridade Nacional de
Proteção de Dados - ANPD, autarquia de natureza especial, dotada de autonomia técnica e decisória,
com patrimônio próprio e com sede e foro no Distrito Federal.
162
III - Corregedoria;
IV - Ouvidoria;
V - Procuradoria; e
Art. 55-D. O Conselho Diretor da ANPD será composto de 5 (cinco) diretores, incluído o Di-
retor-Presidente.
§ 2º Os membros do Conselho Diretor serão escolhidos dentre brasileiros que tenham repu-
tação ilibada, nível superior de educação e elevado conceito no campo de especialidade dos
cargos para os quais serão nomeados.
Art. 55-E. Os membros do Conselho Diretor somente perderão seus cargos em virtude de
renúncia, condenação judicial transitada em julgado ou pena de demissão decorrente de pro-
cesso administrativo disciplinar.
§ 1º Nos termos do caput deste artigo, cabe ao Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da
Presidência da República instaurar o processo administrativo disciplinar, que será conduzido
por comissão especial constituída por servidores públicos federais estáveis.
Art. 55-F. Aplica-se aos membros do Conselho Diretor, após o exercício do cargo, o disposto
no art. 6º da Lei nº 12.813, de 16 de maio de 2013.
Parágrafo único. A infração ao disposto no caput deste artigo caracteriza ato de improbidade
administrativa.
Art. 55-G. Ato do Presidente da República disporá sobre a estrutura regimental da ANPD.
163
Art. 55-I. Os ocupantes dos cargos em comissão e das funções de confiança da ANPD serão
indicados pelo Conselho Diretor e nomeados ou designados pelo Diretor-Presidente.
Por sua vez, o art. 55-J estabelece quais são as competências da ANPD. Vejamos:
II - zelar pela observância dos segredos comercial e industrial, observada a proteção de dados
pessoais e do sigilo das informações quando protegido por lei ou quando a quebra do sigilo
violar os fundamentos do art. 2º desta Lei;
III - elaborar diretrizes para a Política Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privaci-
dade;
V - apreciar petições de titular contra controlador após comprovada pelo titular a apresenta-
ção de reclamação ao controlador não solucionada no prazo estabelecido em regulamenta-
ção;
VI - promover na população o conhecimento das normas e das políticas públicas sobre pro-
teção de dados pessoais e das medidas de segurança;
VIII - estimular a adoção de padrões para serviços e produtos que facilitem o exercício de
controle dos titulares sobre seus dados pessoais, os quais deverão levar em consideração as
especificidades das atividades e o porte dos responsáveis;
164
XV - arrecadar e aplicar suas receitas e publicar, no relatório de gestão a que se refere o inciso
XII do caput deste artigo, o detalhamento de suas receitas e despesas;
XVII - celebrar, a qualquer momento, compromisso com agentes de tratamento para eliminar
irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa no âmbito de processos administra-
tivos, de acordo com o previsto no Decreto-Lei nº 4.6)57, de 4 de setembro de 1942;
XIX - garantir que o tratamento de dados de idosos seja efetuado de maneira simples, clara,
acessível e adequada ao seu entendimento, nos termos desta Lei e da Lei nº 10.741, de 1º de
outubro de 2003 (Estatuto do Idoso);
XXI - comunicar às autoridades competentes as infrações penais das quais tiver conheci-
mento;
XXII - comunicar aos órgãos de controle interno o descumprimento do disposto nesta Lei por
órgãos e entidades da administração pública federal;
XXIII - articular-se com as autoridades reguladoras públicas para exercer suas competências
em setores específicos de atividades econômicas e governamentais sujeitas à regulação; e
XXIV - implementar mecanismos simplificados, inclusive por meio eletrônico, para o registro
de reclamações sobre o tratamento de dados pessoais em desconformidade com esta Lei.
§ 5º No exercício das competências de que trata o caput deste artigo, a autoridade compe-
tente deverá zelar pela preservação do segredo empresarial e do sigilo das informações, nos
termos da lei.
A aplicação das sanções previstas na LGPD compete exclusivamente à ANPD, e suas competências
prevalecerão, no que se refere à proteção de dados pessoais, sobre as competências correlatas de
outras entidades ou órgãos da administração pública.
Sobre o Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade, os arts. 58-A e 58-B
dispõem, respectivamente, sobre a sua composição e a sua competência:
Art. 58-A. O Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade será com-
posto de 23 (vinte e três) representantes, titulares e suplentes, dos seguintes órgãos:
VII - 3 (três) de entidades da sociedade civil com atuação relacionada a proteção de dados
pessoais;
166
§ 2º Os representantes de que tratam os incisos I, II, III, IV, V e VI do caput deste artigo e seus
suplentes serão indicados pelos titulares dos respectivos órgãos e entidades da administração
pública.
§ 3º Os representantes de que tratam os incisos VII, VIII, IX, X e XI do caput deste artigo e seus
suplentes:
IV - elaborar estudos e realizar debates e audiências públicas sobre a proteção de dados pes-
soais e da privacidade; e
A LGPD determina que a empresa estrangeira deverá ser notificada e intimada de todos os atos
processuais previstos na Lei, independentemente de procuração ou de disposição contratual ou es-
tatutária, na pessoa do agente ou representante ou pessoa responsável por sua filial, agência, sucur-
sal, estabelecimento ou escritório instalado no Brasil.
A LGPD entrou em vigor no dia 28/12/2018 quanto aos art. 55-A, art. 55-B, art. 55-C, art. 55-D, art.
55-E, art. 55-F, art. 55-G, art. 55-H, art. 55-I, art. 55-J, art. 55-K, art. 55-L, art. 58-A e art. 58-B. Quanto
aos demais artigos, entrou em vigor no dia 15/07/2020. Por fim, os arts. 52, 53 e 54 entraram em
vigor mais recentemente, no dia 01/08/2021.
167
Dentro deste assunto elencou a chamada Lei Anticorrupção (Lei 12.846/2013) e o Decreto nº
8.420/2015 e suas alterações. Porém, este decreto foi revogado recentemente pelo Decreto
11.129/22 que regulamenta a referida lei. Assim focaremos no Decreto mais atual, em que pese a
previsão do edital.
Além disso, trabalharemos de forma conjunta a Lei Anticorrupção e o Decreto nº 11.129/22, mas não
se esqueça de realizar a leitura do conteúdo literal integralmente a fim de aumentar o seu conheci-
mento acerca deste tema.
Até mesmo devido a mudança citada, este tema ganhou especial relevância, aumentando a chance
de ser cobrado, portanto, fique atento!
1) Disposições Preliminares
A Lei 12.846/13 dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prá-
tica de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira, e dá outras providências.
Sociedades Empresárias
Sociedades Simples
Sociedades Estrangeiras
Estas pessoas jurídicas serão responsabilizadas de forma OBJETIVA, nos âmbitos administrativo e
civil, pelos atos lesivos previstos na Lei Anticorrupção praticados em seu interesse ou benefício, ex-
clusivo ou não.
168
Para a responsabilização da pessoa jurídica não é necessário que também ocorra a responsabilização
individual das pessoas naturais referidas. A chamada teoria da dupla imputação é, portanto, dispen-
sável na Lei Anticorrupção.
Aqueles dirigentes ou administradores que forem responsabilizados por atos ilícitos, somente o se-
rão na medida da sua culpabilidade.
Outro ponto importante diz respeito a subsistência da responsabilidade da pessoa jurídica na hipó-
tese de alteração contratual, transformação, incorporação, fusão ou cisão societária, ficando a res-
ponsabilidade da sucessora restrita à obrigação de pagamento de multa e reparação integral do
dano causado, até o limite do patrimônio transferido, não lhe sendo aplicáveis as demais sanções
previstas na Lei decorrentes de atos e fatos ocorridos antes da data da fusão ou incorporação, exceto
no caso de simulação ou evidente intuito de fraude, devidamente comprovados.
No caso das chamadas sociedades controladoras, controladas, coligadas ou, no âmbito do respectivo
contrato, as consorciadas, tem-se que serão solidariamente responsáveis pela prática dos atos pre-
vistos na Lei Anticorrupção, restringindo-se tal responsabilidade à obrigação de pagamento de multa
e reparação integral do dano causado.
I - por pessoa jurídica brasileira contra administração pública estrangeira, ainda que cometi-
dos no exterior;
169
Conforme o art. 5º da Lei Anticorrupção, constituem atos lesivos à administração pública, nacional
ou estrangeira todos aqueles praticados pelas pessoas jurídicas acima mencionadas que atentem
contra o patrimônio público nacional ou estrangeiro, contra princípios da administração pública ou
contra os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, assim definidos:
III - comprovadamente, utilizar-se de interposta pessoa física ou jurídica para ocultar ou dis-
simular seus reais interesses ou a identidade dos beneficiários dos atos praticados;
e) criar, de modo fraudulento ou irregular, pessoa jurídica para participar de licitação pública
ou celebrar contrato administrativo;
§ 3º Considera-se agente público estrangeiro, para os fins desta Lei, quem, ainda que transi-
toriamente ou sem remuneração, exerça cargo, emprego ou função pública em órgãos, enti-
dades estatais ou em representações diplomáticas de país estrangeiro, assim como em pes-
soas jurídicas controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público de país estrangeiro ou
em organizações públicas internacionais.
170
Na esfera administrativa, serão aplicadas às pessoas jurídicas consideradas responsáveis pelos atos
lesivos na Lei Anticorrupção as seguintes sanções:
multa, no valor de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por cento) do
faturamento bruto do último exercício anterior ao da instauração do processo
administrativo, excluídos os tributos, a qual nunca será inferior à vantagem
auferida, quando for possível sua estimação
Estas sanções ao serem aplicadas deverão ser fundamentadas, podendo ainda a aplicação ocorrer
de forma isolada ou cumulativa, a depender das peculiaridades do caso concreto e da gravidade e
natureza das infrações. Contudo, a aplicação destas sanções, não exclui, em qualquer hipótese, a
obrigação da reparação integral do dano causado.
No caso da sanção de multa, caso haja impossibilidade em se utilizar o critério do valor do fatura-
mento bruto da pessoa jurídica, a multa será de R$ 6.000,00 (seis mil reais) a R$ 60.000.000,00
(sessenta milhões de reais).
Quanto à publicação extraordinária da decisão condenatória, tem-se que esta ocorrerá na forma de
extrato de sentença, a expensas da pessoa jurídica, em meios de comunicação de grande circulação
na área da prática da infração e de atuação da pessoa jurídica ou, na sua falta, em publicação de
circulação nacional, bem como por meio de afixação de edital, pelo prazo mínimo de 30 (trinta)
dias, no próprio estabelecimento ou no local de exercício da atividade, de modo visível ao público,
e no sítio eletrônico na rede mundial de computadores.
Art. 19. As pessoas jurídicas estão sujeitas às seguintes sanções administrativas, nos termos
do disposto no art. 6º da Lei nº 12.846, de 2013:
I - multa; e
Parágrafo único. Caso os atos lesivos apurados envolvam infrações administrativas à Lei nº
14.1)33, de 2021, ou a outras normas de licitações e contratos da administração pública e
tenha ocorrido a apuração conjunta prevista no art. 16, a pessoa jurídica também estará sujeita
171
Para aplicação das sanções deverá se considerar, nos termos da Lei Anticorrupção:
I - a gravidade da infração;
IX - o valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o órgão ou entidade pública
lesados; e
172
Tome nota!
Atenção! O mínimo é 2, o que não impede que a comissão seja composta de mais servidores está-
veis.
A pedido dessa comissão, poderá o ente público, por meio do seu órgão de representação judicial,
ou equivalente, requerer as medidas judiciais necessárias para a investigação e o processamento das
infrações, inclusive de busca e apreensão.
É possível ainda que a comissão, de forma cautelar, proponha à autoridade instauradora que sus-
penda os efeitos do ato ou processo objeto da investigação.
O citado processo deverá ser concluído no prazo de 180 (cento e oitenta) dias (prorrogável) con-
tados da data da publicação do ato que a instituir e, ao final, apresentar relatórios sobre os fatos
apurados e eventual responsabilidade da pessoa jurídica, sugerindo de forma motivada as sanções
a serem aplicadas.
A defesa deverá ser apresentada pela pessoa jurídica no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir
da intimação.
A Lei Anticorrupção possibilita em seu art. 14 que seja desconsiderada a personalidade jurídica, sem-
pre que utilizada com abuso do direito para facilitar, encobrir ou dissimular a prática dos atos ilícitos
previstos na Lei ou para provocar confusão patrimonial, sendo estendidos todos os efeitos das san-
ções aplicadas à pessoa jurídica aos seus administradores e sócios com poderes de administração,
observados o contraditório e a ampla defesa.
Parágrafo único. A competência de que trata o caput será exercida de ofício ou mediante
provocação e poderá ser delegada, vedada a subdelegação.
Art. 5º No ato de instauração do PAR, a autoridade designará comissão, composta por dois
ou mais servidores estáveis.
173
§ 2º A comissão a que se refere o caput exercerá suas atividades com imparcialidade e obser-
vará a legislação, os regulamentos e as orientações técnicas vigentes.
§ 3º Será assegurado o sigilo do PAR, sempre que necessário à elucidação do fato ou quando
exigido pelo interesse da administração pública, garantido à pessoa jurídica processada o di-
reito à ampla defesa e ao contraditório.
§ 4º O prazo para a conclusão dos trabalhos da comissão de PAR não excederá cento e oitenta
dias, admitida a prorrogação, mediante solicitação justificada do presidente da comissão à
autoridade instauradora, que decidirá de maneira fundamentada.
I - a descrição clara e objetiva do ato lesivo imputado à pessoa jurídica, com a descrição das
circunstâncias relevantes;
§ 3º Caso a intimação prevista no caput não tenha êxito, será feita nova intimação por meio
de edital publicado na imprensa oficial e no sítio eletrônico do órgão ou da entidade pública
responsável pela condução do PAR, hipótese em que o prazo para apresentação de defesa
escrita será contado a partir da última data de publicação do edital.
§ 4º Caso a pessoa jurídica processada não apresente sua defesa escrita no prazo estabelecido
no caput, contra ela correrão os demais prazos, independentemente de notificação ou intima-
ção, podendo intervir em qualquer fase do processo, sem direito à repetição de qualquer ato
processual já praticado.
Art. 7º As intimações serão feitas por qualquer meio físico ou eletrônico que assegure a cer-
teza de ciência da pessoa jurídica processada.
174
§ 3º A pessoa jurídica estrangeira poderá ser notificada e intimada de todos os atos proces-
suais, independentemente de procuração ou de disposição contratual ou estatutária, na pes-
soa do gerente, representante ou administrador de sua filial, agência, sucursal, estabeleci-
mento ou escritório instalado no Brasil.
I - intimar a pessoa jurídica para se manifestar, no prazo de dez dias, sobre as novas provas
juntadas aos autos, caso tais provas não justifiquem a alteração da nota de indiciação; ou
II - lavrar nova indiciação ou indiciação complementar, caso as novas provas juntadas aos
autos justifiquem alterações na nota de indiciação inicial, devendo ser observado o disposto
no caput do art. 6º.
Art. 9º A pessoa jurídica poderá acompanhar o PAR por meio de seus representantes legais
ou procuradores, sendo-lhes assegurado amplo acesso aos autos.
Parágrafo único. É vedada a retirada de autos físicos da repartição pública, sendo autorizada
a obtenção de cópias, preferencialmente em meio digital, mediante requerimento.
Art. 10. A comissão, para o devido e regular exercício de suas funções, poderá praticar os
atos necessários à elucidação dos fatos sob apuração, compreendidos todos os meios proba-
tórios admitidos em lei, inclusive os previstos no § 3º do art. 3º.
Art. 11. Concluídos os trabalhos de apuração e análise, a comissão elaborará relatório a res-
peito dos fatos apurados e da eventual responsabilidade administrativa da pessoa jurídica, no
qual sugerirá, de forma motivada:
Art. 13. Após a análise de regularidade e mérito, o PAR será encaminhado à autoridade com-
petente para julgamento, o qual será precedido de manifestação jurídica, elaborada pelo ór-
gão de assistência jurídica competente.
Parágrafo único. Na hipótese de decisão contrária ao relatório da comissão, esta deverá ser
fundamentada com base nas provas produzidas no PAR.
Art. 14. A decisão administrativa proferida pela autoridade julgadora ao final do PAR será
publicada no Diário Oficial da União e no sítio eletrônico do órgão ou da entidade pública
responsável pelo julgamento do PAR.
Art. 15. Da decisão administrativa sancionadora cabe pedido de reconsideração com efeito
suspensivo, no prazo de dez dias, contado da data de publicação da decisão.
§ 1º A pessoa jurídica contra a qual foram impostas sanções no PAR e que não apresentar
pedido de reconsideração deverá cumpri-las no prazo de trinta dias, contado do fim do prazo
para interposição do pedido de reconsideração.
§ 2º A autoridade julgadora terá o prazo de trinta dias para decidir sobre a matéria alegada
no pedido de reconsideração e publicar nova decisão.
Art. 16. Os atos previstos como infrações administrativas à Lei nº 14.1)33, de 1º de abril de
2021, ou a outras normas de licitações e contratos da administração pública que também
sejam tipificados como atos lesivos na Lei nº 12.846, de 2013, serão apurados e julgados con-
juntamente, nos mesmos autos, aplicando-se o rito procedimental previsto neste Capítulo.
Art. 17. A Controladoria-Geral da União possui, no âmbito do Poder Executivo federal, com-
petência:
II - exclusiva para avocar os processos instaurados para exame de sua regularidade ou para
lhes corrigir o andamento, inclusive promovendo a aplicação da penalidade administrativa
cabível.
176
IV - valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o órgão ou com a entidade atin-
gida; ou
V - apuração que envolva atos e fatos relacionados com mais de um órgão ou entidade da
administração pública federal.
Art. 18. Compete à Controladoria-Geral da União instaurar, apurar e julgar PAR pela prática
de atos lesivos a administração pública estrangeira, o qual seguirá, no que couber, o rito pro-
cedimental previsto neste Capítulo.
4) Do Acordo De Leniência
Conforme dispõe o art. 16 da Lei Anticorrupção, a autoridade máxima de cada órgão ou entidade
pública poderá celebrar acordo de leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos
atos previstos nesta Lei que colaborem efetivamente com as investigações e o processo administra-
tivo, sendo que dessa colaboração resulte:
Para que o acordo seja celebrado, é necessário o preenchimento de forma cumulativo de alguns
requisitos:
177
A celebração do acordo de leniência isentará a pessoa jurídica das sanções de publicação extraordi-
nária da decisão condenatória e proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou
empréstimos de órgãos ou entidades públicas e de instituições financeiras públicas ou controladas
pelo poder público. Além disso, reduzirá em até 2/3 (dois terços) o valor da multa aplicável.
A obrigação de reparar integralmente o dano causado continuará subsistindo, não ficando a pessoa
jurídica eximida de seu cumprimento.
Os efeitos provenientes do acordo de leniência serão estendidos às pessoas jurídicas que integram
o mesmo grupo econômico, de fato e de direito, desde que firmem o acordo em conjunto, respei-
tadas as condições nele estabelecidas.
Lado outro, a proposta de acordo de leniência somente se tornará pública após a efetivação do
respectivo acordo, salvo no interesse das investigações e do processo administrativo. Contudo, não
importará em reconhecimento da prática do ato ilícito investigado a proposta de acordo de leniência
rejeitada.
Sendo descumprido o acordo de leniência, a pessoa jurídica ficará impedida de celebrar novo acordo
pelo prazo de 3 (três) anos contados do conhecimento pela administração pública do referido des-
cumprimento.
O prazo prescricional dos atos ilícitos previstos na Lei Anticorrupção será interrompido com o
acordo.
178
Art. 33. O acordo de leniência será celebrado com as pessoas jurídicas responsáveis pela
prática dos atos lesivos previstos na Lei nº 12.846, de 2013, e dos ilícitos administrativos pre-
vistos na Lei nº 14.1)33, de 2021, e em outras normas de licitações e contratos, com vistas à
isenção ou à atenuação das respectivas sanções, desde que colaborem efetivamente com as
investigações e o PAR, devendo resultar dessa colaboração:
Art. 36. A Controladoria-Geral da União poderá aceitar delegação para negociar, celebrar e
monitorar o cumprimento de acordos de leniência relativos a atos lesivos contra outros Po-
deres e entes federativos.
Art. 37. A pessoa jurídica que pretenda celebrar acordo de leniência deverá:
I - ser a primeira a manifestar interesse em cooperar para a apuração de ato lesivo específico,
quando tal circunstância for relevante;
II - ter cessado completamente seu envolvimento no ato lesivo a partir da data da propositura
do acordo;
VII - perder, em favor do ente lesado ou da União, conforme o caso, os valores correspon-
dentes ao acréscimo patrimonial indevido ou ao enriquecimento ilícito direta ou indireta-
mente obtido da infração, nos termos e nos montantes definidos na negociação.
179
§ 2º A parcela incontroversa do dano de que trata o inciso VI do caput corresponde aos valo-
res dos danos admitidos pela pessoa jurídica ou àqueles decorrentes de decisão definitiva no
âmbito do devido processo administrativo ou judicial.
§ 3º Nas hipóteses em que de determinado ato ilícito decorra, simultaneamente, dano ao ente
lesado e acréscimo patrimonial indevido à pessoa jurídica responsável pela prática do ato, e
haja identidade entre ambos, os valores a eles correspondentes serão:
I - computados uma única vez para fins de quantificação do valor a ser adimplido a partir do
acordo de leniência; e
Art. 38. A proposta de celebração de acordo de leniência deverá ser feita de forma escrita,
oportunidade em que a pessoa jurídica proponente declarará expressamente que foi orien-
tada a respeito de seus direitos, garantias e deveres legais e de que o não atendimento às
determinações e às solicitações durante a etapa de negociação importará a desistência da
proposta.
§ 2º A proposta poderá ser feita até a conclusão do relatório a ser elaborado no PAR.
Art. 39. A proposta de celebração de acordo de leniência será submetida à análise de juízo
de admissibilidade, para verificação da existência dos elementos mínimos que justifiquem o
início da negociação.
I - interrompe a prescrição; e
180
Art. 42. A negociação a respeito da proposta do acordo de leniência deverá ser concluída no
prazo de cento e oitenta dias, contado da data da assinatura do memorando de entendimen-
tos.
Parágrafo único. O prazo de que trata o caput poderá ser prorrogado, caso presentes cir-
cunstâncias que o exijam.
Art. 43. A desistência da proposta de acordo de leniência ou a sua rejeição não importará em
reconhecimento da prática do ato lesivo.
Art. 44. O acordo de leniência estipulará as condições para assegurar a efetividade da cola-
boração e o resultado útil do processo e conterá as cláusulas e obrigações que, diante das
circunstâncias do caso concreto, reputem-se necessárias.
Art. 45. O acordo de leniência conterá, entre outras disposições, cláusulas que versem sobre:
181
Art. 47. O percentual de redução do valor da multa aplicável de que trata o § 2º do art. 16 da
Lei nº 12.846, de 2013, levará em consideração os seguintes critérios:
Parágrafo único. Os critérios previstos no caput serão objeto de ato normativo a ser editado
pelo Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União.
Art. 50. Com a celebração do acordo de leniência, serão concedidos em favor da pessoa
jurídica signatária, nos termos previamente firmados no acordo, um ou mais dos seguintes
efeitos:
III - redução do valor final da multa aplicável, observado o disposto no art. 27; ou
IV - isenção ou atenuação das sanções administrativas previstas no art. 156 da Lei nº 14.1)33,
de 2021, ou em outras normas de licitações e contratos.
§ 1º No acordo de leniência poderá ser pactuada a resolução de ações judiciais que tenham
por objeto os fatos que componham o escopo do acordo.
182
§ 1º O monitoramento a que se refere o caput será realizado, dentre outras formas, pela aná-
lise de relatórios, documentos e informações fornecidos pela pessoa jurídica, obtidos de forma
independente ou por meio de reuniões, entrevistas, testes de sistemas e de conformidade
com as políticas e visitas técnicas.
Art. 52. Cumprido o acordo de leniência pela pessoa jurídica colaboradora, a autoridade
competente declarará:
Art. 53. Declarada a rescisão do acordo de leniência pela autoridade competente, decorrente
do seu injustificado descumprimento:
III - serão aplicadas as demais sanções e as consequências previstas nos termos dos acordos
de leniência e na legislação aplicável.
II - maior vantagem para a administração, de maneira que sejam alcançadas melhores conse-
quências para o interesse público do que a declaração de descumprimento e a rescisão do
acordo;
Parágrafo único. A análise do pedido de que trata o caput considerará o grau de adimplência
da pessoa jurídica com as demais condições pactuadas, inclusive as de adoção ou de aperfei-
çoamento do programa de integridade.
Art. 55. Os acordos de leniência celebrados serão publicados em transparência ativa no sítio
eletrônico da Controladoria-Geral da União, respeitados os sigilos legais e o interesse das
investigações.
5) Da Responsabilização Judicial
Ademais, possibilita o art. 19 que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por meio
das respectivas Advocacias Públicas ou órgãos de representação judicial, ou equivalentes, e o Minis-
tério Público, ajuízem ação com vistas à aplicação das seguintes sanções às pessoas jurídicas infra-
toras:
perdimento dos bens, direitos ou valores que representem vantagem ou proveito direta ou
indiretamente obtidos da infração, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé;
184
Para que haja a dissolução compulsória da pessoa jurídica deverá ser comprovado:
Ter sido a personalidade jurídica utilizada de forma habitual para facilitar ou promover a prática
de atos ilícitos; ou
Ter sido constituída para ocultar ou dissimular interesses ilícitos ou a identidade dos beneficiários
dos atos praticados.
É possível ainda que o Ministério Público ou a Advocacia Pública ou órgão de representação judicial,
ou equivalente, do ente público requeira a indisponibilidade de bens, direitos ou valores necessá-
rios à garantia do pagamento da multa ou da reparação integral do dano causado, ressalvado o
direito do terceiro de boa-fé.
6) Disposições Finais
A Lei Anticorrupção, em seu art. 22 cria, no âmbito do Poder Executivo federal, o chamado Cadastro
Nacional de Empresas Punidas - CNEP, que reúne e dá publicidade às sanções aplicadas pelos
órgãos ou entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as esferas de governo.
Quanto ao CNEP, necessário trazer para análise os seguintes dispositivos da Lei Anticorrupção:
Art. 22 (...) § 1º Os órgãos e entidades referidos no caput deverão informar e manter atuali-
zados, no Cnep, os dados relativos às sanções por eles aplicadas.
§ 2º O Cnep conterá, entre outras, as seguintes informações acerca das sanções aplicadas:
II - tipo de sanção; e
III - data de aplicação e data final da vigência do efeito limitador ou impeditivo da sanção,
quando for o caso.
§ 4º Caso a pessoa jurídica não cumpra os termos do acordo de leniência, além das informa-
ções previstas no § 3º, deverá ser incluída no Cnep referência ao respectivo descumprimento.
185
Quanto à multa e o perdimento de bens, direitos ou valores aplicados, estes serão destinados pre-
ferencialmente aos órgãos ou entidades públicas lesadas.
Um tema muito importante que você deve levar para a prova diz respeito à prescrição das infrações
previstas na Lei Anticorrupção, a qual se dará em 5 (cinco) anos, contados da data da ciência da
infração ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado.
A Ética vem do grego “ethos”, que possui como significado o modo de ser, o caráter. Posteriormente,
os romanos traduziram “ethos” como “mos”, cujo significado é costume, comportamento, estando
ligado à moral. Dessa forma, passou-se a tratar ética como algo ligado diretamente ao costume, bem
como passou a ser vista como indissociável da moral.
A ética é tida como uma ciência, ligada à filosofia e que se preocupa com o comportamento moral
humano. Como ciência, visa esclarecer, explicar e conceituar determinada realidade.
Por sua vez, moral são normas que regulam o comportamento individual dos seres humanos. Assim,
visa regulamentar as relações sociais.
Valores são os padrões de conduta de cada ser humano e, portanto, estão ligados à subjetividade
de cada um, ou seja, o que é um valor ético para determinada pessoa pode não ser para outra. A
cultural em que está inserida o indivíduo causa influência direta em seus valores.
Por outro lado, virtudes, estão ligadas à capacidade de decisão do indivíduo. De acordo com as
virtudes que possui, o indivíduo será capaz ou não de tomar decisões tidas como corretas e honestas.
186
Virtudes para
Aristóteles
A Ética Empresarial relaciona-se com o conjunto de valores e normas que vigoram em uma empresa
(ou entidade) e que respondem por meio de sua interação com o mercado e a sociedade.
Segundo Diogo Leite de Campos: A ética na atividade empresarial é este olhar desperto para o outro,
sem o qual o eu não se humaniza; a atividade dirigida para o outro. (...) A atividade empresarial é
eticamente fundada e orientada, quando se cria emprego, se proporciona habitação, alimentação,
vestuário e educação, detendo os bens como quem os administra.
Por seu turno, a Ética Profissional baseia-se em uma reflexão acerca da profissão escolhida por cada
indivíduo. A partir dessa escolha nasce os deveres profissionais que lhes são inerentes, por exemplo
no caso do juramento feito em determinadas profissões como advogado e médico.
Conforme visto, a ética faz parte do cotidiano, estando presente nas relações sociais. O ser humano
sempre se utiliza de valores éticos para a prática de atos. Não é diferente em relação às relações
existentes no serviço público.
Assim, a ética é algo essencial no serviço público, motivo pelo qual a administração pública, assim
como também as administrações privadas passaram a instituir códigos e outras normatizações rela-
cionadas à ética a serem seguidas por todos os servidores/colaboradores.
Necessário esclarecer, porém, que a moralidade administrativa é bem mais ampla do que a moral
adotada em outros aspectos da sociedade.
187
Logo, havendo desrespeito ao princípio da moralidade, será caso de anulação do ato administra-
tivo, a qual é um verdadeiro controle de legalidade. Não bastando a mera revogação (que analisa
tão somente o mérito administrativo - conveniência e oportunidade).
A gestão de ética nas empresas públicas, portanto, baseia-se em tudo aquilo que a lei permite (prin-
cípio da legalidade), já nas empresas privadas baseia-se naquilo que a lei não proíbe.
Não obstante algumas diferenças entre a gestão da ética nas empresas públicas e nas empresas
privadas, é certo que em ambas se faz necessário a observância da ética como pilar das relações
organizacionais.
Conforme trazido pelo próprio Banco do Brasil em seu Código de Ética: A ética não atrapalha o lucro,
ela traz confiança. A confiabilidade é um dos maiores bens do mercado. Empresa transparente e
ética atrai investidores e clientes. A ética cria senso de pertencimento nos funcionários. Investir em
ética é investir no maior bem da empresa: a confiança no seu nome.
4.1) Objetivo
Sistematizar os valores éticos que devem nortear a condução dos negócios da CAIXA Conglomerado,
orientar as ações e o relacionamento com os interlocutores internos e externos.
4.2) Definições
Conglomerado CAIXA – é o conjunto de empresas formado pela CAIXA e pelas empresas onde
ela possui participação societária direta ou por meio de suas subsidiárias;
Empregado – trabalhador com contrato de trabalho e vínculo empregatício válido com a CAIXA,
considerando as situações de contrato ativo, contrato suspenso, contrato interrompido, bem como
empr egado cedido, liberado, contratado a termo e requisitado;
Ética – conjunto de princípios morais que se deve observar no exercício de uma profissão;
188
Membros estatutários – todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato na CA IXA, no Conglomerado e na FUNCEF;
5) Normas
Respeito;
Honestidade;
Compromisso;
Transparência;
Responsabilidade.
O Termo de Ciência do Código de Ética da CAIXA (ANEXO II) é assinado eletronicamente pelos em-
pregados e dirigentes no Portal Integra Mais, endereço eletrônico integramais.caixa, e renovado
anualmente.
A reunião citada no item anterior é registrada em Ata, assinada por todos os presentes, e inserida
no sistema de Gestão das Ocorrências Éticas – SIETI, pelo gestor da unidade, no endereço eletrônico
http://sieti.caixa/jsp/index.jsf.
189
A Comissão de Ética é um órgão autônomo de caráter deliberativo, com a finalidade de orien tar,
aconselhar e atuar na gestão sobre a ética profissional dos dirigentes e empregados da CAIXA, bem
como no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, cabendo-lhe ainda deliberar sobre
condutas antiéticas e sobre transgressões das normas da CAIXA levadas ao seu conhecimento.
A Comissão de Ética da CAIXA será integrada por três membros titulares e três suplentes, escol hidos
entre os empregados do quadro permanente e designados pelo Presidente da CAIXA, sendo um
deles indicado como Presidente.
Os membros da Comissão de Ética cumprirão mandatos, não coincidentes, de três anos, permitida
uma única recondução.
Os mandatos dos primeiros membros e dos respectivos suplentes serão de um, dois e três anos,
estabelecidos no ato de designação e, à medida que vencerem, as novas designações serão por 3
anos.
A Comissão de Ética da CAIXA pode convocar empregados ou gestores de Unida de para assesso-
ramento técnico-operacional, conforme indique a situação, sem direito a voto.
190
6) Procedimentos
Não se aplica.
7) Arquivamento De Documentos
Não se aplica.
8) Anexos
Páginas subsequentes.
VALORES:
Meritocracia
Foco no cliente
Responsabilidade socioambiental
Integridade
Ética
191
RESPEITO
As pessoas na CAIXA são tratadas com ética, justiça, respeito, cortesia, igualdade e dignidade. Exigi-
mos de empregados, colaboradores, dirigentes, membros estatutários e representantes em órgãos
estatutários de empresas de que participe, absoluto respeito pelo ser humano, pelo bem público,
pela sociedade e pelo meio ambiente.
Repudiamos todas as atitudes de preconceitos relacionadas à origem, raça, gênero, cor, idade, reli-
gião, credo, classe social, incapacidade física e quaisquer outras formas de discriminação.
Os nossos patrocínios atentam para o respeito aos costumes, tradições e valore s da sociedade, bem
como a preservação do meio ambiente.
HONESTIDADE
No exercício profissional, os interesses da CAIXA estão em 1º lugar nas mentes dos nossos empre-
gados, colaboradores, dirigentes, membros estatutários e representantes em órgãos estatutários de
empresas de que participe, em detrimento de interesses pessoais, de grupos ou de terceiros, de
forma a resguardar a lisura dos seus processos e de sua imagem.
Gerimos com honestidade nossos negócios, os recursos da sociedade e dos fundos e programas que
administramos, oferecendo oportunidades iguais nas transações e relações de emprego.
Não admitimos qualquer relacionamento ou prática desleal de comportamento que resulte em con-
flito de interesses e que estejam em desacordo com o mais alto padrão ético.
Não admitimos práticas que fragilizem a imagem da CAIXA e comprometam o seu corpo funcional.
Condenamos atitudes que privilegiem fornecedores e prestadores de serviços, sob qualquer pre-
texto.
192
Temos compromisso permanente com o cumprimento das leis, das normas e dos regulamentos in-
ternos e externos que regem a nossa Instituição.
Prestamos orientações e informações corretas aos nossos clientes para que tomem decisões consci-
entes em seus negócios.
TRANSPARÊNCIA
Como empresa pública, estamos comprometidos com a prestação de contas de nossas atividades,
dos recursos por nós geridos e com a integridade dos nossos controles.
Aos nossos clientes, parceiros comerciais, fornecedores e à mídia dispensamos tratamento equânime
na disponibilidade de informações claras e tempestivas, por meio de fontes autorizadas e no estrito
cumprimento dos normativos a que estamos subordinados.
Oferecemos aos nossos empregados oportunidades de ascensão profissional, com critérios claros e
do conhecimento de todos.
RESPONSABILIDADE
193
Zelamos pela proteção do patrimônio público, com a adequada utilização das informações, dos bens,
equipamentos e demais recursos colocados à nossa disposição para a gestão eficaz dos nossos ne-
gócios.
Buscamos a preservação ambiental nos projetos dos quais participamos, por entendermos que a
vida depende diretamente da qualidade do meio ambiente.
Garantimos proteção contra qualquer forma de represália ou discriminação profissional a quem de-
nunciar as violações a este Código, como forma de preservar os valores da CAIXA.
Eu, , Matrícula , lotado(a) na , declaro haver lido e compreendido todos os termos do Código de Ética
da CAIXA e do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal,
anexo do Decreto 1.171 de 22/06/1994.
O Canal de Denúncia CAIXA objetiva o recebimento de denúncias que, de acordo com o assunto,
são direcionadas para a Comissão de Ética.
O Canal de Denúncia está disponível em período integral para receber registros, por qualquer cida-
dão, pelos seguintes meios:
Website: https://portal.contatoseguro.com.br/
Intranet:https://caixa.sharepoint.com/sites/pessoas/SitePages/Empregado-Canais-de Atendimento-
Canal-de-Denuncia.aspx.
OBJETIVO
Nortear o comportamento dos agentes públicos na execução das atividades administrativas e negó-
cios realizados em nome da CAIXA, em suas dependências ou fora delas;
Resguardar a imagem institucional e a reputação dos agentes públicos, cujas condutas estejam de
acordo com as normas estabelecidas neste Código e nos demais normativos;
Tornar claras as regras éticas de conduta dos agentes públicos para que a sociedade possa aferir a
integridade e a lisura do processo decisório na CAIXA;
Contribuir para o aperfeiçoamento dos padrões éticos da CAIXA, a partir do exemplo dado pelas
autoridades de nível hierárquico superior;
Estabelecer regras básicas para prevenir situações que possam suscitar conflitos entre os interesses
públicos e privados e limitações às atividades profissionais paralelas e posteriores ao exercício de
cargo;
Estabelecer regras e normas que possibilitem a fundamentação das decisões da Comissão de Ética
da CAIXA e da Comissão de Conflito de Interesses na CAIXA;
NORMAS
A existência de Códigos de Conduta específicos em áreas da CAIXA e nas subsidiárias não exime a
observância do Código previsto no Anexo I.
As subsidiárias que não tenham Código de Conduta próprio devem seguir os termos deste Código.
A CAIXA dispõe de canais para recepção de denúncias sobre eventuais infringências a este Código,
que estão disciplinados em normas internas.
195
Na ocorrência de ato de retaliação a quem utilize os canais de denúncia, seu responsável responderá
à apuração de responsabilidade disciplinar e civil.
Os membros estatutários devem assinar termo conforme previsto em norma interna, com renovação
anual.
Além do disposto acima, os dirigentes e demais membros estatutários devem, anualmente, participar
de ação educacional sobre política de gestão de riscos.
Todas as reuniões com agentes públicos ou outras pessoas deverão ser registradas em ata.
A ata deverá conter no mínimo: data, local, participantes e resumo dos assuntos tratados.
Quando houver a participação de mais de uma área da CAIXA, fica responsável pela ata a unidade
que organizar a reunião.
NORMAS
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Este código de conduta aplica-se a todos os agentes públicos, inclusive em atuação no conglome-
rado e na FUNCEF, fundos por ela administrados, fora da gestão da Vice-Presidência de Fundos de
Investimento, ou outras indicações que venha a fazer, seja em órgãos estatutários, conselhos, comi-
tês ou outros cargos em empresas ou outras entidades.
Devem ser observadas as disposições contidas neste normativo, sem prejuízo da aplicação do dis-
posto no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Feder al e, quando
for o caso, o Código de Conduta da Alta Administração Federal.
No exercício das atribuições profissionais, a conduta deve ser pautada por elevados padrões de ética,
baseados no respeito, honestidade, compromisso, transparência e responsabilidade.
A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais devem nortear toda e
qualquer conduta, seja no exercício das atribuições profissionais ou fora dele.
196
CONFLITO DE INTERESSES
Conflito de interesses é a situação gerada pelo confronto entre interesses da CAIXA, inclusive quando
atuando por mandato de terceiros, diverso do mandato de fundos de investimento/carteiras admi-
nistradas, e interesse pessoal, que possa comprometer o interesse coletivo ou influenciar de maneira
imprópria o desempenho da função pública.
Ocorre sempre que interesses pessoais influenciam ou possam influenciar, direta ou indiretamente,
nas análises e decisões tomadas quando do exercício das atividades na CAIXA ou na sua represen-
tação.
O interesse pessoal é caracterizado pela vontade do agente público em obter qualquer vantagem,
imediata ou não, material ou não, em favor próprio ou de parentes, amigos, ou outras pessoas com
as quais tenham ou tiveram relações pessoais, comerciais ou políticas em detrimento da CAIXA ou
de terceiros quando a CAIXA atue por mandato.
Exercer, direta ou indiretamente, atividade que, em razão da sua natureza, seja incompatível com
as atribuições do cargo ou emprego, considerando-se como tal, inclusive, a atividade desenvolvida
em áreas ou matérias correlatas;
197
Praticar ato em benefício de interesse de pessoa jurídica de que participe o agente público, seu
cônjuge, companheiro ou parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro
grau, e que possa ser por ele beneficiada ou influir em seus atos de gestão;
Prestar serviços, ainda que eventuais, a empresa cuja atividade seja controlada, fiscalizada ou
regulada pelo ente ao qual o agente público está vinculado.
Para prevenir ou impedir conflito de interesses na relação de trabalho na CAIXA ou fora dela, o
agente público obriga-se a adotar, considerando-se a situação concreta, uma ou mais das seguintes
providências em até 6 meses a partir da data da publicação deste Código:
Alienar bens e direitos que integram o seu patrimônio que possam dar causa ao conflito;
No caso de adoção das providências referidas no item acima, o empregado deve informar a situação
e a providência adotada, de maneira detalhada, à Comissão de Conflito de Interesses por meio da
caixa postal CORED02.
No caso de adoção das providências referidas no item acima o dirigente e o membro estatutário
devem informar a situação e a providência adotada, de maneira detalhada, à Comissão de Ética Pú-
blica que opinará sobre a suficiência da medida adotada.
Havendo dúvida sobre como prevenir ou impedir uma situação potencialmente causadora de con-
flito de interesses, o empregado deve efetuar consulta sobre caso concreto, por meio do SeCI, dis-
ponibilizado pela CGU no endereço https://seci.cgu.gov.br.
Caso o dirigente e o membro estatutário tenham dúvida sobre como prevenir ou impedir uma situ-
ação potencialmente causadora de conflito de interesses, deverão formalizar consulta à Comissão
de Ética Pública, assim como informá-la sobre as medidas adotadas de acordo com disposto acima.
198
Caso o empregado pretenda exercer alguma atividade profissional paralela deve formalizar a con-
sulta ao seu gestor imediato.
Em caso de dúvida ou quando orientado pelo gestor imediato, o empregado deve efetuar pedido
de autorização para o exercício da atividade profissional paralela, por meio do SeCI, disponibilizado
pela CGU no endereço http://seci.cgu.gov.br.
No caso do dirigente e do membro estatutário que pretendam exercer atividade profissional para-
lela, devem efetuar pedido de autorização diretamente à Comissão de Ética Pública.
No trabalho voluntário em organizações do terceiro setor, sem finalidade de lucro, também deve ser
observada possível existência de conflito de interesses.
Agente público que ocupe cargo ou função em outra instituição não pode praticar ato em benefício
de interesse da CAIXA em prejuízo do órgão cessionário, devendo se ater às premissas de norma
interna.
No uso, divulgação e sigilo das informações devem ser observadas, ainda, as diretrizes estabelecidas
nas normas internas, sem prejuízo das demais normas internas.
Os assuntos referentes à CAIXA são tratados com a imprensa, exclusivamente, pelos dirigentes ou
empregado por esses delegados.
Guardar sigilo sobre dados, informações e operações da CAIXA, de seus clientes, de empresas
coligadas ou subsidiárias, de prestadores de serviços e de fornecedores, ou de empresa/entidade
que participe enquanto representante da CAIXA em fundos, em órgãos estatutários, conselhos ou
comitês, que ainda não sejam públicas e das quais tenha conhecimento em razão de sua atuação
profissional;
Obter prévia e expressa autorização da área gestora do produto ou serviço para publicação de
estudos, pareceres, pesquisas e demais trabalhos de caráter particular, que envolvam assuntos e/ou
informações restritos ou sigilosos;
199
Não fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço ou enquanto
representante em fundos, órgãos estatutários, conselhos e comitês, em benefício próprio, de paren-
tes, de amigos ou de terceiros;
Não utilizar informações privilegiadas a que tenha acesso para obter vantagens para si ou para
terceiros, em especial nas negociações dos títulos de valores mobiliários emitidos pela CAIXA, sendo
responsável por evitar, no âmbito da sua atuação, que os investidores sejam prejudicados pela prá-
tica de insider trading.
Prestar assessoria/consultoria ou outro tipo de serviços à pessoa jurídica ou física, que possa se
beneficiar dos conhecimentos internos e específicos, adquiridos em qualquer área da CAIXA, exceto
nos casos autorizados pela CAIXA;
Exercer atividade que viole o princípio da integral dedicação pelo ocupante do cargo de dirigente,
presidente de comitê de auditoria, auditor chefe, ouvidor e corregedor, que exige a precedência das
atribuições do cargo ou função gratificada sobre quaisquer outras atividades;
200
A compatibilidade de horários;
O exercício de atividades de magistério para público específico que possa ter interesse em decisão
do agente público, da instituição ou do colegiado do qual participe deve ser precedido de consulta
acerca da existência de conflito de interesses conforme norma interna.
Entende-se por atividade de magistério, ainda que exercida de forma esporádica ou não remunerada:
Outras correlatas tais como funções de coordenador, monitor, avaliador, integrante de banca
examinadora de discente, redator ou debatedor.
201
É vedado negociar por conta própria ou alheia, produtos ou serviços que constituam ato de concor-
rência com a CAIXA ou com o Conglomerado.
Em ações envolvendo a CAIXA quando não decorrer de sua atribuição na condição de advogado
CAIXA;
Estando o agente público nas situações vedadas nos itens acima, o prazo para se desincompatibilizar
é de 6 meses a partir da publicação deste Código, sob informe à Comissão de Conflito de Interesses
para o empregado e Comissão de Ética Pública para o dirigente e o membro estatutário do conglo-
merado e da FUNCEF.
202
A participação de agente público em atividades externas, tais como seminários, congressos, pales-
tras, visitas, reuniões técnicas e eventos semelhantes, no Brasil ou no exterior, pode ser de interesse
institucional ou pessoal.
No caso de interesse institucional, o convite para a participação em eventos custeados por instituição
privada deve ser encaminhado à Presidência da CAIXA ou a outra instância ou autoridade por ela
designada, que indica, em caso de aceitação, o representante adequado, tendo em vista a natureza
e os assuntos a serem tratados no evento.
As despesas relacionadas à participação de agente público tais como transporte, estada, alimentação
e taxa de inscrição em eventos que guardem relação com as atribuições de seu cargo, emprego ou
função, promovidos por instituição privada devem ser custeadas pela CAIXA.
Empresa, entidade ou associação de classe que não mantenha ou pretenda manter relação de
negócio e que não possa ser beneficiária de decisão da qual participe o agente público, seja indivi-
dualmente, seja em caráter coletivo;
Por pessoa física ou jurídica com a qual a CAIXA mantenha relação de negócio, desde que decorra
da natureza de obrigação contratual previamente assumida perante a CAIXA.
Quando o assunto a ser tratado estiver relacionado com suas funções institucionais, o empregado
chefe de unidade, o dirigente e o membro estatutário não podem aceitar convites para jantares,
almoços, cafés da manhã e atividades de natureza similar custeados por terceiros.
O agente público deve sempre informar ao seu superior hierárquico sobre a participação em ativi-
dades de que trata o item acima.
Quando se tratar de evento de interesse pessoal, a participação do agente público em cursos, semi-
nários, congressos ou eventos semelhantes, deve ser custeada pelo próprio interessado, desde que
a atividade não conflite com o exercício do cargo ou função de confiança, nem se valha de informa-
ções privilegiadas, sendo, nestes casos, necessária a comunicação ao gestor, na forma de norma
interna, quando do recebimento do convite pelo empregado e à Comissão de Ética Pública pelo
dirigente e pelo membro estatutário.
203
O promotor do evento não tenha interesse em decisão que possa ser tomada pelo agente pú-
blico, seja individualmente, seja de caráter coletivo;
Não se trate de instituição que mantenha relacionamento ou interesse comercial com a CAIXA;
É vedado aceitar convites ou ingressos para atividades de entretenimento como shows, apresenta-
ções e atividades esportivas. Excluem-se dessa vedação:
Os convites ou ingressos distribuídos por órgão ou entidade pública de qualquer esfera de poder,
desde que observado limite de valor fixado pela Comissão de Ética Pública.
As atividades externas de interesse pessoal não podem ser exercidas em prejuízo das atividades na
CAIXA, exceto quando expressamente autorizadas pelo gestor.
Os dados sobre despesas com "Diárias, Hotel e Passagens" de eventos externos e internos, realizados
no Brasil e no exterior e custeados pela CAIXA, são publicados no Portal da Transparência do Poder
Executivo Federal.
204
Quando em representação externa, o agente público deve pautar a realização das atividades do
cargo pelo atendimento da missão e dos interesses institucionais.
REDES SOCIAIS
Publicar nas redes sociais qualquer assunto ofensivo à imagem da CAIXA e à imagem/reputação
de seus agentes públicos;
Comentar/compartilhar nas redes sociais quaisquer assuntos de caráter restrito ou sigiloso rela-
tivo à CAIXA;
Publicar nas redes sociais fotos e imagens do interior das unidades da CAIXA que fragilizem a
segurança e exponham informações;
Manifestar-se em nome da CAIXA nas redes sociais, salvo nas condições previstas em norma.
BRINDES E PRESENTES
É vedado ao agente público, em razão de suas atribuições, aceitar favores, comissões, gratificações,
vantagens financeiras ou materiais, doações, brindes ou presentes de qualquer natureza, para si ou
para outras pessoas, oferecidos de forma direta ou indireta, resultantes ou não de relacionamentos
com a CAIXA e que influenciam em decisões, facilitação de negócios, beneficiamento de terceiros,
ou causar prejuízo de imagem à Empresa.
Incluem-se como itens vedados: convites de caráter pessoal para viagens, hospedagens e outras
atrações.
As vedações previstas nos itens acima se aplicam igualmente ao cônjuge, companheiro ou parente
por consanguinidade ou afinidade, em linha reta ou colateral até terceiro grau.
Tenha interesse pessoal, profissional ou empresarial em decisão que possa ser tomada pelo
agente público, individualmente ou de caráter coletivo, em razão do cargo;
205
Não se considera presente, para os fins deste Código de Conduta, aquilo que:
Represente prêmio em dinheiro ou bens concedidos por entidade acadêmica, científica ou cul-
tural, em reconhecimento por sua contribuição de caráter intelectual;
Seja bolsa de estudo vinculada ao aperfeiçoamento profissional ou técnico, desde que o patro-
cinador não tenha interesse em decisão que possa ser tomada pelo agente público, em razão do
cargo que ocupa.
Seja prêmio recebido da CAIXA ou de suas empresas coligadas, subsidiárias e parceiras como
reconhecimento ao desempenho para obtenção de resultados empresariais, desde que previamente
estabelecido em campanha de incentivo e que seja aprovada nas instâncias decisórias da CAIXA.
206
Havendo dúvida se o brinde tem valor comercial de até R$ 100,00, o agente público pode realizar
sua avaliação junto ao comércio, podendo ainda, se julgar conveniente, dar-lhe desde logo o trata-
mento de presente.
Para o presente que, por qualquer razão, não possa ser recusado ou devolvido sem ônus para o
agente público, devem ser adotadas uma das seguintes providências, em razão da natureza do bem:
Encaminhar ao acervo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN para que
este lhe dê o destino legal adequado;
Nos demais casos, promover a sua doação a entidade de caráter assistencial ou filantrópico,
reconhecida como de utilidade pública, desde que, tratando-se de bem não perecível, esta se com-
prometa a aplicar o bem ou o produto da sua alienação em suas atividades fim;
No caso de bem perecível, esse também deve ser doado à entidade de caráter assistencial ou
filantrópico, reconhecida como de utilidade pública, para consumo por aquela;
A incorporação de presente ao patrimônio histórico cultural e artístico, assim como a sua doação
a entidade de caráter assistencial ou filantrópico, reconhecida como de utilidade pública, deve cons-
tar na página de Acesso à Informação, para fins de eventual controle.
Todo agente público, deve zelar pela proteção do patrimônio público, com a adequada utilização
das informações, dos bens, equipamentos e demais recursos colocados à disposição para a gestão
eficaz dos negócios realizados em nome da CAIXA.
Os recursos materiais e meios de comunicação e instalações colocados à disposição não devem ser
utilizados para fins estranhos às suas atividades profissionais.
É vedado ao agente público usar tecnologias, metodologias, modelos, know-how e outras informa-
ções de propriedade da CAIXA ou por ela desenvolvidas ou obtidas, para fins particulares ou repassar
a terceiros, mesmo que o agente público tenha participado de seu desenvolvimento.
INVESTIMENTOS PESSOAIS
É vedado ao agente público realizar investimentos pessoais cuja remuneração, ou cotação, possa
ser afetada por decisão ou fato em que tenha tido participação, ou conhecimento, ou ainda que
207
Em reuniões com clientes que envolvam áreas da matriz e filiais deverá ser obrigatória a presença
de representante da Vice-Presidência Rede de Varejo, quando se tratar de cliente de Varejo, da Vice
Presidência da Habitação, quando se tratar de Médio ou Grande Cliente da Construção Civil, da Vice-
Presidência de Governo, quando se tratar de clientes PJ Pública, empresas estatais, judiciário, bem
como empresas de saneamento, infraestrutura, telecomunicações, óleo e gás e indústria naval e da
Vice-Presidência Negócios de Atacado, quando se tratar dos demais clientes Média e Grande Em-
presas.
Nos contatos profissionais com representantes citados acima e com os clientes na situação descrita
supra deverá ser adotado o registro de ata conforme disposto nesta Norma.
É vedado ao agente público reunir-se sozinho com agentes públicos de órgãos e entidades ou pes-
soas expostas politicamente.
Nas reuniões em que o anfitrião agente público de órgão e entidade ou pessoa exposta politica-
mente não permita a presença de todos os representantes da CAIXA, esta situação deverá ser con-
signada na ata do referido encontro, participando da reunião o representante institucional autori-
zado pelo anfitrião. É dever do agente público, no que couber:
Atuar com isenção e profissionalismo, rejeitando qualquer tentativa ou mesmo aparência de fa-
vorecimento no trato com fornecedores;
208
Prestar informações a clientes e usuários de forma clara e precisa, a respeito de produtos e ser-
viços;
NEPOTISMO
É vedado nomear para o exercício de Função Gratificada, empregado familiar da autoridade com-
petente pela designação ou ter empregado familiar com ou sem função gratificada sob sua subor-
dinação direta inclusive na eventualidade.
É vedada, ainda, a nomeação de familiar para o exercício de função gratificada, mediante o ajuste
de designações recíprocas, inclusive nas empresas subsidiárias.
209
Jamais atrair clientes, ou manter os atuais, mediante o oferecimento de benefícios não permitidos
pelos normativos vigentes;
Denunciar, por meio dos canais disponibilizados pela CAIXA, quaisquer atos contrários ao inte-
resse público, a esse Código e ao Código de Ética da CAIXA, comportamentos que revelem indícios
de corrupção e situações irregulares que favoreçam conflito de interesses, praticados por superiores
hierárquicos, colegas, contratados ou prestadores de serviços.
Praticar qualquer tipo de assédio, mediante conduta verbal ou física d e humilhação, coação ou
ameaça;
Pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação,
prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa,
para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro empregador para o mesmo fim.
210
Desviar colega, prestador de serviço, estagiário ou jovem aprendiz para atendimento a interesse
particular;
Exercer atividade paralela que provoque dúvida a respeito da integridade, moralidade, clareza de
posições e decoro do empregado ou dirigente;
Dar causa à instauração de Análise Preliminar, Processo Disciplinar e Civil ou Processo de Apura-
ção Ética contra alguém de fato irregular de que o sabe inocente ou inexistente;
Adotar conduta discriminatória relacionada à origem, raça, gênero, cor, idade, religião, credo,
classe social, incapacidade física;
Participar de licitações e de ser contratada pela CAIXA, a empresa, cujo administrador ou sócio
seja, agente público.
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
Receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem
econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem
tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decor-
rente das atribuições do agente público;
b) facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente
estatal;
211
b) fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço,
ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos
a qualquer das empresas do conglomerado CAIXA;
Adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública,
bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do
agente público;
Incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes
do acervo patrimonial das empresas do conglomerado CAIXA;
Usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das
empresas do conglomerado CAIXA.
PREJUÍZO AO ERÁRIO
Facilitar ou concorrer por qualquer forma e fora das hipóteses legais para:
a) que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo
patrimonial das empresas do conglomerado CAIXA, sem a observância das formalidades legais ou
regulamentares aplicáveis à espécie;
b) que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos
pela administração pública a entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a observância
das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
Doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ai nda que de fins educa-
tivos ou assistenciais, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das empresas do
conglomerado CAIXA, sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espé-
cie;
212
Realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar
garantia insuficiente ou inidônea;
Conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou regu-
lamentares aplicáveis à espécie;
a) arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio
público;
b) celebração, fiscalização e análise das prestações de contas de parcerias firmadas pela administra-
ção pública com entidades privadas;
Liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer
forma para a sua aplicação irregular;
Permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou ma-
terial de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das empresas do conglo-
merado CAIXA, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros contratados por
essas entidades;
Celebrar:
a) contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços públicos por meio
da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei;
b) contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem
observar as formalidades previstas na lei;
c) parcerias da administração pública com entidades privadas sem a observância das formalidades
legais ou regulamentares aplicáveis à espécie.
213
Praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto na regra de
competência;
Revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer
em segredo;
Contratar fornecedores e/ou estabelecer parcerias que pratiquem trabalho infantil, escravo ou
análogo, que adotem práticas contrárias à Carta Internacional dos Direitos Humanos, assim como os
Estatutos do Idoso e da Criança e do Adolescente.
Constituem atos lesivos à administração pública, nacional ou estrangeira, que atentem contra o pa-
trimônio público nacional ou estrangeiro, contra princípios da administração pública ou contra os
compromissos internacionais assumidos pelo Brasil e, portanto, vedados ao agente público:
214
Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter com-
petitivo de procedimento licitatório público;
Afastar ou procurar afastar licitante, por meio de fraude ou oferecimento de vantagem de qual-
quer tipo;
Criar, de modo fraudulento ou irregular, pessoa jurídica para participar de licitação pública ou
celebrar contrato administrativo;
O agente público, para o exercício de suas atividades na administração e gestão de ativos de tercei-
ros, no risco, nas operações de tesouraria, nas típicas de banco de investimento, nas ofertas públicas
pela emissora ou ofertante, sem prejuízo da aplicação do disposto no Padrão Geral de Conduta
previsto neste código, devem observar as normas reguladoras, autorreguladoras e internas que lhes
sejam aplicáveis.
Por ocasião de eventual procedimento administrativo com intuito de apurar situações de possível
conflito de interesses ou descumprimento de normas ou leis, os dirigentes e os membros estatutários
autorizam acesso aos seus dados fiscais, bancários, telefônicos e de dados, pertinentes ao objeto da
apuração, sempre que a autoridade responsável pela instauração do procedimento administrativo
assim determinar, nos estritos limites do necessário para os esclarecimentos dos fatos.
As informações obtidas restarão protegidas por sigilo e não serão reveladas sem o consentimento
dos interessados, salvo os casos legalmente previstos.
215
O dirigente e o membro estatutário que receberem salário ou qualquer outra remuneração de fonte
privada deve informar tal fato à Comissão de Ética Pública, exceto remuneração proveniente de par-
ticipação em conselhos de empresas em que a CAIXA detenha participação societária ou direito de
indicar representantes; e prêmio recebido da CAIXA ou de suas empresas coligadas, subsidiárias e
parceiras conforme descrito acima.
O membro estatutário deve abster-se de exercer trabalho ou prestar serviços de consultoria, de as-
sessoria, de assistência técnica e de treinamento, exceto nas atividades de magistério e nas situações
analisadas e aprovadas pela Comissão de Ética Pública, considerando ainda o disposto em item
acima deste Código.
É expressamente vedado:
O investimento em bens cujo valor ou cotação possa ser afetado por decisão ou política gover-
namental ou relacionamentos comerciais mantidos pela CAIXA a respeito do qual tenha informações
privilegiadas, em razão da ocupação do cargo de dirigente e de membro estatutário;
Comentar com terceiros assuntos internos que envolvam informações confidenciais ou que pos-
sam vir a antecipar algum comportamento do mercado;
Em relação aos investimentos pessoais, o dirigente e o membro estatutário devem, ainda, observar
a Resolução CVM nº 44, de 23/08/2021, e outras que vierem substituir e/ou complementá-la, bem
como as diretrizes contidas em norma interna; devem ainda atender integralmente ao CCAAF e ao
disposto na Resolução nº 15, de 1º de fevereiro de 2020.
216
transferir a administração dos bens e direitos que possam suscitar conflito de interesses para
instituição financeira ou administradora de carteira de valores mobiliários autorizada a funcionar
pelo BACEN ou pela CVM, conforme o caso, mediante instrumento contratual que contenha cláusula
que vede a interferência do dirigente e do membro estatutário em qualquer decisão de investimento,
assim como o seu prévio conhecimento de decisões tomadas pela instituição administradora a res-
peito da gestão dos bens e direitos.
O dirigente e o membro estatutário devem guardar sigilo das informações privilegiadas e ato ou fato
relevante aos quais tenham acesso em razão do cargo ou posição que ocupam, até sua efetiva di-
vulgação ao mercado.
O dirigente e o membro estatutário devem divulgar e manter arquivadas nas respectivas Consultorias
as agendas de reuniões e encontros com pessoas físicas e jurídicas que tenham qualquer tipo de
interesse junto à CAIXA, mantendo registro sumário das matérias tratadas, bem como informando
necessariamente o nome do acompanhante e relação das pessoas presentes, que ficarão disponíveis
aos interessados.
No relacionamento com outros órgãos públicos e privados, empresas e outras entidades, o dirigente
e o membro estatutário devem esclarecer a existência de eventual conflito de interesses, bem como
comunicar ao colegiado qualquer circunstância ou fato impeditivo de sua participação em decisão
coletiva ou em órgão colegiado.
Do mérito de questão que lhe será submetida para decisão individual ou em órgão colegiado.
É também vedado aos dirigentes e aos demais membros estatutários divulgar, sem autorização do
órgão competente da CAIXA, informação que possa causar impacto na cotação dos títulos da em-
presa e em suas relações com o mercado ou com consumidores e fornecedores, à qual caberá:
Resguardar o sigilo das informações relativas a ato ou fato relevante às quais tenha acesso pri-
vilegiado em razão do cargo, função ou emprego público que ocupe até a divulgação ao mercado;
e
217
As propostas de trabalho ou de negócio futuro no setor privado destinadas aos dirigentes e mem-
bros estatutários, bem como qualquer negociação que envolva conflito de interesses, devem ser
imediatamente informadas a Comissão de Ética Pública, independentemente da sua aceitação ou
rejeição.
Após deixar o cargo de dirigente e de membro estatutário, no período de seis meses, não poderá
desenvolver nenhum tipo de atividade profissional que eventualmente possa ensejar conflito de in-
teresses com as atividades da CAIXA.
No período de seis meses, contado da data da dispensa, exoneração, destituição, demissão ou apo-
sentadoria de cargo de dirigente e de membro estatutário, configura conflito de interesses, salvo
quando expressamente autorizado pela Comissão de Ética Pública:
Prestar, direta ou indiretamente, qualquer tipo de serviço a pessoa física ou jurídica com quem
tenha estabelecido relacionamento relevante em razão do exercício do cargo de dirigente e de mem-
bro estatutário na CAIXA;
Intervir, direta ou indiretamente, em favor de interesse privado perante a CAIXA ou órgão com o
qual tenha estabelecido relacionamento relevante em razão do exercício do cargo de dirigente.
Todo ato de posse ou investidura em função de dirigente e de membro estatutário deve ser acom-
panhado da assinatura do termo de ciência e concordância com as normas estabelecidas pelo Có-
digo de Conduta da Alta Administração Federal (arquivo apensado à norma), pelo Código de Ética
da CAIXA e por este Código.
VICE-PRESIDÊNCIA RISCOS
Os empregados envolvidos nos processos de análise de risco de crédito e renegociação não devem
se manifestar previamente sobre matéria sujeita a sua decisão ou de cujo processo decisório venha
a participar, a não ser com as pessoas que participam ou participarão conjuntamente da análise da
matéria.
As atividades da Vice-Presidência de Riscos não devem ser desempenhadas por empregado que
atue em atividades negociais, de modo a resguardar a isenção de opinião e a integridade do empre-
gado e da CAIXA.
Apenas os Agentes de Compliance podem ter lotação física em unidades não vinculadas à Vice-
Presidência Riscos Eventual lotação física temporária de empregado da Vice-Presidência Riscos para
participar de projetos estratégicos, grupos de trabalho e/ou outras atividades corporativas, poderá
ser autorizada excepcionalmente em decisão conjunta do Superintendente Nacional de vinculação
do empregado, Diretor Executivo e Vice-Presidente da Vice-Presidência Riscos.
O atendimento pessoal a clientes da CAIXA, seja visitando-os ou sendo visitado por eles, quando
necessário, será feito exclusivamente por empregados das Centralizadoras Nacionais de Risco de
Crédito e Recuperação de Ativos de Crédito, sendo no mínimo dois e um deles com função gerencial,
obrigatoriamente acompanhados de representante da área negocial.
Eventual atendimento, conforme definido acima, realizado por representantes das Centralizadoras
Nacionais de Risco de Crédito e Recuperação de Ativos de Crédito, deverá ser registrado em sistema
de ata eletrônico, com numeração sequencial em âmbito nacional.
O empregado da área de avaliação de riscos que participa das decisões para atribuição de rating e
limites para empresas e operações de crédito não deve participar de negociações e estruturação de
operações com clientes.
A ata deverá conter no mínimo: data, local, participantes e resumo dos assuntos tratados.
219
b) O empregado que atua na PLD deve preservar o sigilo das comunicações efetuadas às autoridades
responsáveis, sem revelar ou dar ciência da ocorrência aos clientes ou envolvidos;
c) O empregado que atua na PLD deve preservar o sigilo das partes envolvidas em denúncias.
As condutas relacionadas abaixo ferem a preservação dos padrões éticos, profissionais e das boas
práticas de mercado e governança corporativa, sendo caracterizados, ainda, como impedimentos:
a) realizar diretamente ou por meio de terceiros, operações com instrumentos financeiros derivativos
ou derivativos embutidos, ações de qualquer espécie e cotas de fundos cotados em bolsa para inte-
resse próprio com prazo mínimo de retenção do instrumento inferior a 90 dias corridos;
b) alienar ou resgatar títulos privados, adquiridos por meio de Oferta Pública, antes do prazo mínimo
de 90 dias corridos de retenção dos títulos, a fim de evitar possíveis questionamentos relacionados
à manipulação do mercado de valores mobiliários e ao uso indevido de informações privilegiadas;
c) realizar diretamente ou por meio de terceiros, operações de day trade de qualquer espécie para
interesse próprio;
d) realizar operações com corretoras cadastradas a operar com a Superintendência Operações Fi-
nanceiras para interesse próprio, exceto no caso de aquisição de ações e cotas de fundos fechados
com distribuição em oferta pública, desde que as ações sejam mantidas pelo prazo mínimo de 90
dias corridos;
f) comentar com pessoas não relacionadas sobre os assuntos da Superintendência, sobre as opera-
ções proprietárias ou de clientes, assim como as estratégias de atuação da Superintendência Ope-
rações Financeiras;
220
h) divulgar informações sobre as operações em estruturação durante o período de silêncio até que
a oferta pública seja divulgada ao mercado;
i) concretizar ou negociar operações da CAIXA, por mensagens de texto, celular, tablets ou similares;
k) ter participação societária em empresas que tenham como objetivo serviços ou produtos ligados
ao mercado financeiro ou de capitais, ou em atividades correlatas ao mercado financeiro ou de ca-
pitais, que gerem conflitos ou potenciais conflitos de interesses, em relação às atividades exercidas
na CAIXA;
l) transitar informações por fora das Caixas Postais das Unidades, de natureza corporativa ou inerente
às atividades, sem observância do contido em normas internas;
m) realizar análises de títulos e valores mobiliários sem a devida certificação profissional requerida.
a) aplicação em Fundos de Investimento abertos, constituídos com base na Instrução CVM 409, Tí-
tulos de renda fixa, tais como Títulos de Emissão do Tesouro Nacional por meio da ferramenta Te-
souro Direto, LCI, CDB, RDB, CRI e Debêntures;
Cabe aos empregados lotados na Superintendência Operações Financeiras e nas áreas subordinadas
(Gerências Nacionais):
b) evitar a utilização de procedimentos que possam vir a configurar a criação de condições artificiais
de mercado, manipulação de preços, realização de operações fraudulentas e uso de práticas não
equitativas em operações de mercado financeiro;
c) identificar com precisão os objetivos e intenções dos clientes, a fim de auxiliar adequadamente às
SR e Agências/PA a recomendarem os produtos e serviços mais adequados aos clientes;
d) manter em perfeita ordem o registro das operações realizadas, a fim de possibilitar consulta pos-
terior ao mesmo;
221
f) obedecer às normas legais ou regulamentares que regem suas atividades, bem como os manuais
normativos;
i) notificar seu Gerente Nacional ou seu Superintendente Nacional (no caso de empregados com
função gratificada de Gerente Nacional ou lotados na SUOPE), sobre situações ou comportamentos
que possam, de alguma forma, configurar conflitos ou potenciais conflitos de interesse ou inobser-
vância ao presente Código.
a) realizar reunião anual com os empregados lotados na respectiva Gerência Nacional para reforço
das orientações contidas neste Código;
b) realizar reunião periódica com os empregados lotados na respectiva Gerência Nacional sempre
que houver atualizações relevantes deste capítulo;
c) registrar em Ata as reuniões citadas nos itens anteriores e incluí-las no Sistema de Gestão da Ética
– SIETI;
d) disponibilizar exemplar deste normativo a todos os empregados sob sua gestão, orientando a
assinatura do Termo de Ciência do Código de Conduta da CAIXA;
e) dar ciência imediata deste normativo aos novos empregados sob sua gestão, orientando a assi-
natura do Termo de Ciência do Código de Conduta da CAIXA;
f) proceder conforme disposto nesta norma no caso de recusa por parte de qualquer empregado
em assinar Termo de Ciência do Código de Conduta da CAIXA;
h) dar conhecimento ao empregado que efetuou a notificação sobre o acatamento ou não das ra-
zões da notificação;
222
j) efetuar correções tempestivas dos desvios de condutas identificados no desempenho das ativida-
des dos empregados sob sua gestão.
a) mediar e conciliar situações que envolvam questões para as quais este Código seja omisso;
b) realizar reunião anual ou sempre que houver novas atualizações deste Código, com os Gerentes
Nacionais da Gerência Nacional Suporte Tesouraria e da Gerência Nacional Tesouraria, e com os
empregados lotados na Superintendência Nacional Operações Financeiras, repassando e reforçando
todas as orientações contidas neste normativo;
c) registrar em Ata as reuniões citadas no item anterior e incluí-las no Sistema de Gestão da Ética –
SIETI;
d) disponibilizar exemplar deste normativo para todos os empregados sob sua gestão, orientando
sobre a assinatura do Termo de Ciência do Código de Conduta da CAIXA.
e) dar ciência imediata deste normativo aos novos empregados sob sua gestão, orientando a assi-
natura do Termo de Ciência do Código de Conduta da CAIXA;
f) proceder conforme disposto nesta norma no caso de recusa por parte de qualquer empregado
em assinar o Anexo II;
g) decidir sobre as situações descritas nos itens acima, alíneas “i” e “g” respectivamente e, sendo
procedentes, solicitar ou apurar os fatos, tomando por base norma interna, conforme o caso, e ga-
rantindo, sob qualquer hipótese, o sigilo quanto a identificação do denunciante;
h) efetuar correções tempestivas dos desvios de condutas identificados no desempenho das ativi-
dades dos empregados sob sua gestão.
A recusa em assinar o Termo de Ciência do Código de Conduta da CAIXA” não exime o empregado
da observância do contido neste normativo, podendo o ateste ocorrer por aposição de assinatura
do gestor da Gerência Nacional ou Superintendência Nacional de lotação do empregado na pre-
sença de 2 testemunhas.
Após a assinatura do Termo de Ciência, o empregado terá o prazo de 60 dias corridos para o en-
quadramento de suas atividades em cumprimento de todas as exigências contidas neste Código.
223
As violações a este Código de Conduta cometidas por empregado serão submetidas à avaliação do
gestor que deliberará sobre o encaminhamento da ocorrência para abertura de procedimento de
apuração de responsabilidade disciplinar e civil, e de processo de apuração ética, conforme normas
internas.
As violações a este Código de Conduta cometidas por Presidente, Vice-Presidentes e Diretores serão
submetidas à apreciação do Comitê de Correição.
As violações a este Código de Conduta cometidas por membro estatutário serão submetidas à apre-
ciação do Conselho de Administração.
Cabe aos gestores manterem os empregados devidamente informados e esclarecidos sobre o con-
teúdo do presente Código de Conduta, orientando-os sobre a necessidade de leitura e reflexão
constantes sobre as prescrições nele estabelecidas.
Este Código de Conduta deve constar como anexo nos contratos de prestação de serviços da CAIXA,
de forma a também orientar a conduta dos prestadores de serviço.
Vamos agora tratar sobre a Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática (PRSAC) da
Caixa Econômica Federal.
1) Objetivos
Além das orientações desta Política, a atuação da CAIXA respeita o disposto na legislação referente
a responsabilidade e risco social, ambiental e climático, inclusive no que diz respeito à elaboração e
celebração de contratos identificados pela CAIXA como de significativa exposição a risco social, am-
biental e/ou climático.
224
A elaboração da PRSAC CAIXA atende à Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) nº 4.945,
de 15 de setembro de 2021, no que se refere ao estabelecimento e implementação da PRSAC, bem
como aos objetivos estratégicos de “Fortalecer a CAIXA como Banco Social” e de “Fortalecer a Go-
vernança, Rentabilidade e Eficiência”.
3) Revisão da PRSAC
A PRSAC é revisada, no mínimo, a cada 3 (três) anos ou quando da ocorrência de eventos relevantes,
incluindo:
Alterações relevantes em relação à dimensão e à exposição aos riscos social, ambiental e climá-
tico.
4) Diretrizes da PRSAC
225
As estratégias sejam direcionadas a estimular a adesão das partes interessadas a boas práticas
sociais, ambientais e climáticas, além da legislação inerente ao tema;
A atuação seja pautada na redução das desigualdades sociais e erradicação da pobreza, com
foco em disponibilizar acesso a oportunidades de desenvolvimento socioeconômico para grupos
e/ou indivíduos em situação de vulnerabilidade;
As ações sociais voluntárias promovidas por empregados CAIXA sejam incentivadas como meio
de gerar valor para a sociedade;
Seja repelida toda e qualquer violação de direitos e garantias fundamentais, atos lesivos a inte-
resse comum e práticas de atos discriminatórios e reprovada toda e qualquer prática que descumpra
a legislação ambiental ou climática ou ameace a integridade e o equilíbrio dos ecossistemas naturais;
Os pactos, compromissos e acordos firmados pela CAIXA voltados para a responsabilidade social,
ambiental e climática sejam firmados em conformidade aos princípios e diretrizes da PRSAC CAIXA.
226
Para a implantação das diretrizes socioambientais e climáticas são adotadas ações proporcionais ao
modelo de negócio, à natureza das operações e à complexidade dos produtos, dos serviços, das
atividades e dos processos da instituição, as quais são transparentes e amplamente divulgadas pela
CAIXA.
Atua para promover melhorias contínuas em processos para redução e mitigação dos impactos
econômicos, sociais, ambientais e climáticos diretos e indiretos em suas atividades;
Atua, por meio da Alta Administração, para assegurar que a estrutura remuneratória adotada
pela Instituição não incentive comportamentos incompatíveis com a PRSAC;
Adota indicadores de eficiência corporativa que consideram o uso de recursos naturais e mate-
riais (água, energia, resíduos) em sua mensuração;
Promove programas e ações que visem estimular a preservação do meio ambiente e a neutrali-
zação de gases de efeito estufa emitidos pelo banco e/ou por seus negócios; atua para promover
ambiente de trabalho saudável e seguro para seus colaboradores;
Adota estratégias para o engajamento de seus fornecedores, induzindo a adoção de práticas que
visem à mitigação das mudanças climáticas e à segurança hídrica, como a análise dos riscos e opor-
tunidades e a ampliação de conhecimentos e experiências;
Aplica regras específicas para aprovação de crédito, a depender do cliente, do setor e da opera-
ção pretendida, ofertando apoio financeiro condicionado à avaliação de risco social ambiental e cli-
mático, dentre outras avaliações, além do cumprimento de requisitos previstos por lei;
Atua com vistas a contribuir para a promoção do desenvolvimento nacional sustentável, consi-
derando, na aquisição de bens, serviços e obras e no relacionamento com fornecedores, os aspectos
relacionados a seguir:
Promoção da máxima eficiência no uso dos recursos naturais e de materiais deles derivados;
Busca mitigar as desigualdades ampliando o acesso ao crédito para famílias com baixa renda
e/ou em situação de vulnerabilidade em todo o país e por meio da gestão de programas de trans-
ferência direta e indireta de renda, com o objetivo de promover a superação da situação de vulne-
rabilidade social;
Realiza investimento socioambiental, por meio de recursos próprios, priorizando o apoio a pro-
jetos que beneficiem indivíduos e/ou grupos em situação de vulnerabilidade;
Disponibiliza aos públicos interno e externo, por meio do seu sítio na internet, portal da intranet
e Universidade CAIXA, material informativo de educação financeira oportunizando conhecimentos
que promovam organização das finanças e melhora da saúde financeira dos usuários;
228
7) Promoção da Acessibilidade
A CAIXA atua para que suas dependências, informações, comunicações, sistemas, tecnologias, pro-
dutos e serviços sejam acessíveis a toda sociedade em igualdade de oportunidades, prezando pela
segurança e autonomia.
8) Incentivo ao Voluntariado
A CAIXA incentiva o exercício de ações de serviço voluntário por parte dos seus empregados e cola-
boradores, viabilizando o desenvolvimento de ações de engajamento na prática de atividades que
promovam a cidadania, a inclusão social, a responsabilidade socioambiental e a sustentabilidade de
comunidades em situação de vulnerabilidade socioambiental.
A CAIXA fomenta cultura organizacional de respeito e valorização das diferenças das pessoas, esti-
mulando práticas de gestão que promovam a inclusão, a equidade e a mitigação de todas as formas
de preconceito e discriminação, e estabelece impedimentos normativos para contratação com clien-
tes e fornecedores em caso de violação de direitos e garantias fundamentais e atos lesivos a interesse
comum.
A CAIXA se reserva ao direito de avaliar os riscos sociais, ambientais e climáticos em seus relaciona-
mentos, e definir sobre o fornecimento ou não de crédito, financiamento ou relacionamento com
empresas, pessoas e fornecedores de acordo os riscos identificados.
A análise e o monitoramento de risco social, ambiental e climático para operações consideram cri-
térios e mecanismos específicos de avaliação de risco para clientes cujas atividades econômicas pos-
suem maior potencial de danos sociais, ambientais e climáticos.
229
A utilização de técnicas de construção ou reformas sustentáveis dos imóveis que forem de pro-
priedade das signatárias, consideradas as particularidades e peculiaridades dos prédios onde este-
jam alocados seus centros administrativos e agências.
Não contrata ou realiza parcerias com empresas que utilizem, em quaisquer de suas atividades,
mão de obra infantil, que mantenham relação de emprego/trabalho, de forma direta ou indireta,
com menor de 18 anos de idade em trabalho noturno, perigoso e insalubre, nem menor de 16 anos
de idade em qualquer trabalho, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos;
Não contrata ou realiza parcerias com empresas que utilizem, em quaisquer de suas atividades,
mão de obra em condição de trabalho degradante ou análoga à escravidão, práticas discriminatórias
em razão de crença religiosa, deficiência, raça, cor, sexo, orientação sexual, partido político, classe
social, nacionalidade;
Dá ciência às empresas participadas dos termos do Código de Conduta dos Fornecedor CAIXA e
recomenda a adoção de práticas alinhadas.
230
Os novos investimentos a serem realizados pela CAIXA em companhias em que detenha direitos de
sócio, que assegurem à instituição preponderância nas deliberações sociais, poder de eleger ou des-
tituir a maioria dos administradores, controle operacional efetivo ou controle societário, devem ser
precedidos de avaliação para verificar o grau de aderência à PRSAC.
A partir das informações recebidas pelas áreas responsáveis pelas ações, é elaborado Informe se-
mestral à Alta Administração, a respeito da:
231
12) Responsabilidades
1) Introdução
Este tema é afeto ao direito administrativo, que é um ramo dentro do Direito e que aprofunda bas-
tante a análise destes princípios. Aqui, porém, traremos apenas os conceitos básicos acerca deste
assunto, trazendo o tema de forma conceitual.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impes-
soalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
232
Impessoalidade
Publicidade
Eficiência
Para facilitar a fixação dos princípios, lembre-se do Mnemônico LIMPE: Legalidade, Impessoali-
dade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. Vejamos agora detalhes de cada um destes princípios.
2) Princípio da Legalidade
O princípio da legalidade preceitua que a Administração Pública está subordinada à lei, ou seja, só
atua quando a lei permite.
Dessa forma, cabe ao administrador público atuar somente conforme determina a lei, amplamente
considerada.
3) Princípio da Impessoalidade
Cabe ao gestor ficar alheio de subjetividades e nunca agir visando interesses pessoais, de parentes,
amigos, conhecidos etc, ou seja, nunca visando beneficiar ou prejudicar ninguém.
4) Princípio da Moralidade
O princípio da moralidade é a exigência de uma atuação ética dos agentes da Administração Pública.
233
5) Princípio da Publicidade
Este princípio possui como finalidade garantir o conhecimento público acerca das atividades prati-
cadas no exercício da função administrativa.
O princípio da publicidade diz respeito não apenas à publicação, mas, também, à transparência dos
atos administrativos.
6) Princípio da Eficiência
Referido princípio foi inserido na Constituição pela EC nº 19/98, tendo como finalidade assegurar
que os serviços públicos sejam executados com adequação à sociedade que os custeia, gerando a
melhor relação custo-benefício e levando em conta o ótimo aproveitamento dos recursos e a boa
qualidade dos serviços.
Assim sendo, cabe à Administração melhor atender à consecução dos fins de interesse público com
o menor custo.
Art. 1.º - É instituído, na forma prevista nesta Lei, o Programa de Integração Social, destinado
a promover a integração do empregado na vida e no desenvolvimento das empresas.
§ 1º - Para os fins desta Lei, entende-se por empresa a pessoa jurídica, nos termos da legisla-
ção do Imposto de Renda, e por empregado todo aquele assim definido pela Legislação Tra-
balhista.
Art. 2º - O Programa de que trata o artigo anterior será executado mediante Fundo de Parti-
cipação, constituído por depósitos efetuados pelas empresas na Caixa Econômica Federal.
Parágrafo único - A Caixa Econômica Federal poderá celebrar convênios com estabelecimen-
tos da rede bancária nacional, para o fim de receber os depósitos a que se refere este artigo.
b) a segunda, com recursos próprios da empresa, calculados com base no faturamento, como
segue:
§ 1º - A dedução a que se refere a alínea a deste artigo será feita sem prejuízo do direito de
utilização dos incentivos fiscais previstos na legislação em vigor e calculada com base no valor
do Imposto de Renda devido, nas seguintes proporções:
§ 2.º - As instituições financeiras, sociedades seguradoras e outras empresas que não realizam
operações de vendas de mercadorias participarão do Programa de Integração Social com uma
contribuição ao Fundo de Participação de recursos próprios de valor idêntico do que for apu-
rado na forma do parágrafo anterior.
§ 3º- As empresas a título de incentivos fiscais estejam isentas, ou venham a ser isentadas, do
pagamento do Imposto de Renda, contribuirão para o Fundo de Participação, na base de cál-
culo como se aquele tributo fosse devido, obedecidas as percentagens previstas neste artigo.
§ 4º - As entidades de fins não lucrativos, que tenham empregados assim definidos pela le-
gislação trabalhista, contribuirão para o Fundo na forma da lei.
§ 5º - A Caixa Econômica Federal resolverá os casos omissos, de acordo com os critérios fixa-
dos pelo Conselho Monetário Nacional.
Art. 4.º - O Conselho Nacional poderá alterar, até 50% (cinquenta por cento), para mais ou
para menos, os percentuais de contribuição de que trata o § 2º do art. 3º, tendo em vista a
proporcionalidade das contribuições.
Art. 5º - A Caixa Econômica Federal emitirá, em nome de cada empregado, uma Caderneta
de Participação - Programa de Integração Social - movimentável na forma dos arts. 8º e 9º
desta Lei.
Parágrafo único - A contribuição de julho será calculada com base no faturamento de janeiro;
a de agosto, com base no faturamento de fevereiro; e assim sucessivamente.
235
b) os 50% (cinquenta por cento) restantes serão divididos em partes proporcionais aos quin-
quênios de serviços prestados pelo empregado.
§ 1º - Para os fins deste artigo, a Caixa Econômica Federal, com base nas Informações forne-
cidas pelas empresas, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da publicação desta
Lei, organizará um Cadastro - Geral dos participantes do Fundo, na forma que for estabelecida
em regulamento.
§ 3º - Igual penalidade será aplicada em caso de declaração falsa sobre o valor do salário e
do tempo de serviço do empregado na empresa.
Art. 8º e 9º - Revogados.
Art. 10 - As obrigações das empresas, decorrentes desta Lei, são de caráter exclusivamente
fiscal, não gerando direitos de natureza trabalhista nem incidência de qualquer contribuição
previdenciária em relação a quaisquer prestações devidas, por lei ou por sentença judicial, ao
empregado.
Art. 11 - Dentro de 120 (cento e vinte) dias, a contar da vigência desta Lei, a Caixa Econô-
mica Federal submeterá à aprovação do Conselho Monetário Nacional o regulamento do
Fundo, fixando as normas para o recolhimento e a distribuição dos recursos, assim como as
diretrizes e os critérios para a sua aplicação.
Art. 12 - As disposições desta Lei não se aplicam a quaisquer entidades integrantes da Admi-
nistração Pública federal, estadual ou municipal, dos Territórios e do Distrito Federal, Direta
ou Indireta adotando-se, em todos os níveis, para efeito de conceituação, como entidades da
Administração Indireta, os critérios constantes dos Decretos-Leis nºs 200, de 25 de fevereiro
de 1967, e 900, de 29 de setembro de 1969.
A Lei nº 8.036/90 dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, e dá outras providências.
Trabalharemos os aspectos mais importantes da referida lei para a sua prova.
236
Dispõe ainda a Lei 8.036/90 que as contas vinculadas em nome dos trabalhadores são absoluta-
mente impenhoráveis.
Além disso, o FGTS será regido por normas e diretrizes estabelecidas por um Conselho Curador,
composto por representação de trabalhadores, empregadores e órgãos e entidades governamentais,
na forma estabelecida pelo Poder Executivo.
A Presidência do Conselho Curador será exercida pelo Ministro de Estado do Trabalho e Pre-
vidência ou representante por ele indicado.
Os representantes dos trabalhadores e dos empregadores e seus suplentes serão indicados pelas
respectivas centrais sindicais e confederações nacionais, sendo nomeados pelo Poder Executivo, com
mandato de 2 (dois) anos e poderão ser reconduzidos uma única vez, vedada a permanência de
uma mesma pessoa como membro titular, como suplente ou, de forma alternada, como titular e
suplente, por período consecutivo superior a 4 (quatro) anos no Conselho.
§ 4º O Conselho Curador reunir-se-á ordinariamente, a cada bimestre, por convocação de seu Presi-
dente. Esgotado esse período, não tendo ocorrido convocação, qualquer de seus membros poderá
fazê-la, no prazo de 15 (quinze) dias. Havendo necessidade, qualquer membro poderá convocar
reunião extraordinária, na forma que vier a ser regulamentada pelo Conselho Curador.
Quanto as reuniões do Conselho Curador, elas serão públicas, bem como ainda gravadas e transmi-
tidas ao vivo por meio do sítio do FGTS na internet, o qual também possibilitará acesso a todas as
gravações que tiverem sido efetuadas dessas reuniões, resguardada a possibilidade de tratamento
sigiloso de matérias assim classificadas na forma da lei.
Já as decisões do Conselho serão tomadas com a presença da maioria simples de seus membros,
tendo o Presidente voto de qualidade. As despesas porventura exigidas para o comparecimento às
reuniões do Conselho constituirão ônus das respectivas entidades representadas.
237
O Poder Executivo designará, entre os órgãos governamentais com representação no Conselho Cu-
rador do FGTS, aquele que lhe proporcionará estrutura administrativa de suporte para o exercício de
sua competência e que atuará na função de Secretaria Executiva do colegiado, não permitido ao
Presidente do Conselho Curador acumular a titularidade dessa Secretaria Executiva.
Aos membros do Conselho Curador, enquanto representantes dos trabalhadores, efetivos e suplen-
tes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do man-
dato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente
comprovada através de processo sindical.
Os membros do Conselho Curador do FGTS serão escolhidos dentre cidadãos de reputação ilibada
e de notório conhecimento, e deverão ser atendidos os seguintes requisitos:
Não se enquadrar nas hipóteses de inelegibilidade previstas nas alíneas “a” a “q” do inciso I do
caput do art. 1º da Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990.
O gestor da aplicação dos recursos do FGTS será o órgão do Poder Executivo responsável pela polí-
tica de habitação, e caberá à Caixa Econômica Federal (CEF) o papel de agente operador.
Acompanhar e avaliar a gestão econômica e financeira dos recursos, bem como os ganhos sociais
e o desempenho dos programas aprovados;
Aprovar as demonstrações financeiras do FGTS, com base em parecer de auditoria externa inde-
pendente, antes de sua publicação e encaminhamento aos órgãos de controle, bem como da distri-
buição de resultados;
Adotar as providências cabíveis para a correção de atos e fatos do gestor da aplicação e da CEF
que prejudiquem o desempenho e o cumprimento das finalidades no que concerne aos recursos do
FGTS;
Dirimir dúvidas quanto à aplicação das normas regulamentares, relativas ao FGTS, nas matérias
de sua competência;
Divulgar, no Diário Oficial da União, todas as decisões proferidas pelo Conselho, bem como as
contas do FGTS e os respectivos pareceres emitidos.
Fixar critérios e condições para compensação entre créditos do empregador, decorrentes de de-
pósitos relativos a trabalhadores não optantes, com contratos extintos, e débitos resultantes de com-
petências em atraso, inclusive aqueles que forem objeto de composição de dívida com o FGTS.
b) decidir sobre o reinvestimento ou distribuição dos resultados positivos aos cotistas do FI-FGTS,
em cada exercício;
f) estabelecer o limite máximo de participação dos recursos do FI-FGTS por setor, por empreendi-
mento e por classe de ativo, observados os requisitos técnicos aplicáveis
g) estabelecer o prazo mínimo de resgate das cotas e de retorno dos recursos à conta vinculada,
observado o disposto no § 19 do art. 20 desta Lei;
XVI - estipular limites às tarifas cobradas pelo agente operador ou pelos agentes financeiros na
intermediação da movimentação dos recursos da conta vinculada do FGTS, inclusive nas hipóteses
de que tratam os incisos V, VI e VII do caput do art. 20 desta Lei.
239
b) a cada 3 (três) anos, percentual mínimo do valor proposto para aplicação na política setorial do
microcrédito, respeitado o piso de 30% (trinta por cento). Este piso poderá ser revisto pelo Conselho
Curador a cada 3 (três) anos.
O Conselho Curador será assistido por um Comitê de Auditoria e Riscos, constituído na forma do
Regimento Interno, cujas atribuições e condições abrangerão, no mínimo, aquelas estipuladas nos
arts. 24 e 25, §§ 1º a 3º, da Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016, ao Comitê de Auditoria Estatutário
das empresas públicas e sociedades de economia mista que forem aplicáveis, ainda que por simila-
ridade, ao FGTS, e cujas despesas serão custeadas pelo Fundo, por meio de sua Secretaria Executiva,
observado o disposto no § 3º deste artigo.
O Conselho Curador poderá ser assistido regularmente por pessoas naturais ou jurídicas especiali-
zadas em planejamento, em gestão de investimentos, em avaliação de programas e políticas, em
tecnologia da informação ou em qualquer outra especialização julgada necessária para subsidiá-lo
no exercício de suas atribuições, e as despesas decorrentes ficarão a cargo do FGTS, observado o
disposto no § 3º deste artigo.
Os custos e despesas incorridos pelo FGTS não poderão superar limite a ser estabelecido pelo Con-
selho Curador, o qual observará, no mínimo, os custos por atividades, os ganhos de escala e produ-
tividade, os avanços tecnológicos e a remuneração praticada por outros fundos no mercado de ca-
pitais, excluídos da base de cálculo aqueles cuja administradora receba remuneração específica, e
incluirão:
Os serviços contratados pela Secretaria Executiva para suporte às ações e decisões do Conselho
Curador e do Comitê de Auditoria e Riscos, bem como os valores despendidos com terceiros;
O Conselho Curador especificará os serviços de suporte à gestão e à operação que poderão ser
contratados pela Secretaria Executiva com recursos do FGTS, cabendo-lhe aprovar o montante des-
tinado a tal finalidade no orçamento anual.
As auditorias externas contratadas pelo Comitê não poderão prestar serviços ao agente operador
durante a execução dos contratos de auditoria com o FGTS.
O limite de custos e despesas não inclui taxas de risco de crédito e demais custos e despesas devidos
ao agente operador e aos agentes financeiros.
240
A taxa de administração do FGTS devida ao agente operador não será superior a 0,5% (cinco décimos
por cento) ao ano do valor total dos ativos do Fundo.
A taxa de administração de que trata a alínea “d” do inciso XIII do caput deste artigo não será superior
a 0,5% (cinco décimos por cento) ao ano do valor total dos ativos do FI-FGTS.
Praticar todos os atos necessários à gestão da aplicação do Fundo, de acordo com as diretrizes
e programas estabelecidos pelo Conselho Curador;
Expedir atos normativos relativos à alocação dos recursos para implementação dos programas
aprovados pelo Conselho Curador;
Elaborar orçamentos anuais e planos plurianuais de aplicação dos recursos, discriminados por
região geográfica, e submetê-los até 31 de julho ao Conselho Curador do FGTS;
Definir as metas a serem alcançadas nos programas de habitação popular, saneamento básico e
infraestrutura urbana.
241
Implementar atos emanados do gestor da aplicação relativos à alocação e à aplicação dos recur-
sos do FGTS, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Curador;
Realizar todas as aplicações com recursos do FGTS por meio de sistemas informatizados e audi-
táveis;
O gestor da aplicação e o agente operador deverão dar pleno cumprimento aos programas anuais
em andamento, aprovados pelo Conselho Curador, e eventuais alterações somente poderão ser pro-
cessadas mediante prévia anuência daquele colegiado.
O gestor da aplicação, o agente operador e o Conselho Curador do FGTS serão responsáveis pelo
fiel cumprimento e observância dos critérios estabelecidos nesta Lei.
As aplicações com recursos do FGTS serão realizadas exclusivamente segundo critérios fixados pelo
Conselho Curador do FGTS e em operações que preencham os seguintes requisitos:
Garantias:
242
d) hipoteca sobre outros imóveis de propriedade do agente financeiro, desde que livres e desem-
baraçados de quaisquer ônus;
g) seguro de crédito;
h) garantia real ou vinculação de receitas, inclusive tarifárias, nas aplicações contratadas com pessoa
jurídica de direito público ou de direito privado a ela vinculada;
j) fiança pessoal;
m) fiança bancária;
Taxa de juros média mínima, por projeto, de 3 (três) por cento ao ano;
A rentabilidade média das aplicações deverá ser suficiente à cobertura de todos os custos incorridos
pelo Fundo e ainda à formação de reserva técnica para o atendimento de gastos eventuais não
previstos, e caberá ao agente operador o risco de crédito.
Os recursos do FGTS deverão ser aplicados em habitação, saneamento básico, infraestrutura urbana,
operações de microcrédito e operações de crédito destinadas às entidades hospitalares filantrópicas,
243
5% (cinco por cento) para operações de crédito destinadas às entidades hospitalares filantró-
picas, bem como a instituições que atuam no campo para pessoas com deficiência, e sem fins lucra-
tivos que participem de forma complementar do SUS. Quando não utilizados pelas entidades hos-
pitalares filantrópicas, bem como pelas instituições que atuam no campo para pessoas com defici-
ência, e sem fins lucrativos que participem de forma complementar do SUS poderão ser destinados
a aplicações em habitação, em saneamento básico e em infraestrutura urbana
No mínimo, 5% (cinco por cento) para instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central
do Brasil a operar com microcrédito. Estes recursos terão o seu limite mínimo revisto pelo Conselho
Curador a cada 3 (três) anos. Sendo que, o montante não utilizado pelas instituições autorizadas
pelo Banco Central do Brasil a operar com microcrédito, poderá ser destinado a aplicações em habi-
tação, saneamento básico e infraestrutura urbana.
Os projetos de saneamento básico e infraestrutura urbana financiados com recursos do FGTS serão,
preferencialmente, complementares aos programas habitacionais.
As garantias, nas diversas modalidades discriminadas acima, serão admitidas singular ou supletiva-
mente, considerada a suficiência de cobertura para os empréstimos e financiamentos concedidos.
Mantida a rentabilidade média acima tratada, as aplicações em habitação popular poderão contem-
plar sistemática de desconto, direcionada em função da renda familiar do beneficiário, onde o valor
do benefício seja concedido mediante redução no valor das prestações a serem pagas pelo mutuário
ou pagamento de parte da aquisição ou construção de imóvel, dentre outras, a critério do Conselho
Curador do FGTS.
Além disso, os recursos necessários para a consecução da sistemática de desconto serão destacados,
anualmente, do orçamento de aplicação de recursos do FGTS, constituindo reserva específica, com
contabilização própria.
É da União o risco de crédito nas aplicações efetuadas até 1º de junho de 2001 pelos demais órgãos
integrantes do Sistema Financeiro da Habitação - SFH e pelas entidades credenciadas pelo Banco
Central do Brasil como agentes financeiros, sub-rogando-se nas garantias prestadas à Caixa Econô-
mica Federal.
244
Nas operações de crédito destinadas às entidades hospitalares filantrópicas, bem como a instituições
que atuam no campo para pessoas com deficiência, e sem fins lucrativos que participem de forma
complementar do SUS, serão observadas as seguintes condições:
A taxa de juros efetiva não será superior àquela cobrada para o financiamento habitacional na
modalidade pró-cotista ou a outra que venha a substituí-la;
A tarifa operacional única não será superior a 0,5% (cinco décimos por cento) do valor da opera-
ção; e
O risco das operações de crédito ficará a cargo dos agentes financeiros de que trata o § 9º deste
artigo.
As entidades hospitalares filantrópicas, bem como a instituições que atuam no campo para pessoas
com deficiência, e sem fins lucrativos que participem de forma complementar do SUS deverão, para
contratar operações de crédito com recursos do FGTS, atender ao disposto na Lei do FGTS.
Nas operações de crédito destinadas à aplicação de recursos em microcrédito, a taxa de juros efetiva
não será superior àquela cobrada para o financiamento habitacional na área da habitação popular.
Tenham natureza privada e patrimônio segregado do patrimônio dos cotistas e da própria ad-
ministradora do fundo garantidor e estejam sujeitos a direitos e obrigações próprios;
Respondam por suas obrigações até o limite dos bens e direitos que integram o seu patrimônio,
vedado qualquer tipo de garantia ou aval por parte do FGTS; e
Não paguem rendimentos a seus cotistas, assegurado o direito de resgate total ou parcial das
cotas com base na situação patrimonial dos fundos em valor não superior ao montante de recursos
financeiros ainda não vinculados às garantias contratadas.
Aos recursos do FGTS destinados à aquisição de cota de fundos garantidores não se aplicam os
requisitos de correção monetária, taxa de juros mínima e prazo máximo previstos na Lei do FGTS,
bem como a rentabilidade prevista.
245
A fim de enriquecer sua preparação, vejamos agora na íntegra os demais pontos da lei em estudo.
Art. 9º-A. O risco das operações de crédito de que trata o § 10 do art. 9º desta Lei ficará a
cargo dos agentes financeiros referidos no § 9º do art. 9º desta Lei, hipótese em que o Con-
selho Curador poderá definir o percentual da taxa de risco, limitado a 3% (três por cento), a
ser acrescido à taxa de juros de que trata o inciso I do § 10 do art. 9º desta Lei.
Art. 9º-B. As garantias de que trata o inciso I do caput do art. 9º desta Lei podem ser exigidas
isolada ou cumulativamente.
Art. 10. O Conselho Curador fixará diretrizes e estabelecerá critérios técnicos para as aplica-
ções dos recursos do FGTS, visando:
II - assegurar o cumprimento, por parte dos contratantes inadimplentes, das obrigações de-
correntes dos financiamentos obtidos;
III - evitar distorções na aplicação entre as regiões do País, considerando para tanto a de-
manda habitacional, a população e outros indicadores sociais.
Art. 11. Os recolhimentos efetuados na rede arrecadadora relativos ao FGTS serão transferidos
à Caixa Econômica Federal até o primeiro dia útil subsequente à data do recolhimento, obser-
vada a regra do meio de pagamento utilizado, data em que os respectivos valores serão in-
corporados ao FGTS. (Redação dada pela Lei nº 14.438, de 2022)
Art. 12. No prazo de um ano, a contar da promulgação desta lei, a Caixa Econômica Federal
assumirá o controle de todas as contas vinculadas, nos termos do item I do art. 7º, passando
os demais estabelecimentos bancários, findo esse prazo, à condição de agentes recebedores
e pagadores do FGTS, mediante recebimento de tarifa, a ser fixada pelo Conselho Curador.
§1º Enquanto não ocorrer a centralização prevista no caput deste artigo, o depósito efetuado
no decorrer do mês será contabilizado no saldo da conta vinculada do trabalhador, no pri-
meiro dia útil do mês subsequente.
246
§3º Verificando-se mudança de emprego, até que venha a ser implementada a centralização
no caput deste artigo, a conta vinculada será transferida para o estabelecimento bancário da
escolha do novo empregador.
§4º Os resultados financeiros auferidos pela Caixa Econômica Federal no período entre o re-
passe dos bancos e o depósito nas contas vinculadas dos trabalhadores destinar-se-ão à co-
bertura das despesas de administração do FGTS e ao pagamento da tarifa aos bancos depo-
sitários, devendo os eventuais saldos ser incorporados ao patrimônio do Fundo nos termos
do art. 2º, § 1º.
Art. 13. Os depósitos efetuados nas contas vinculadas serão corrigidos monetariamente com
base nos parâmetros fixados para atualização dos saldos dos depósitos de poupança e capi-
talização juros de (três) por cento ao ano.
§ 1º-A. Para fins do disposto no § 1º deste artigo, o depósito realizado no prazo legal será
contabilizado no saldo da conta vinculada no vigésimo primeiro dia do mês de sua ocorrência.
(Incluído pela Lei nº 14.438, de 2022)
§ 2º No primeiro mês em que for exigível o recolhimento do FGTS no vigésimo dia, na forma
prevista no art. 15 desta Lei, a atualização monetária e os juros correspondentes da conta
vinculada serão realizados: (Redação dada pela Lei nº 14.438, de 2022)
I - no décimo dia, com base no saldo existente no décimo dia do mês anterior, deduzidos os
débitos ocorridos no período; e (Incluído pela Lei nº 14.438, de 2022)
II - no vigésimo primeiro dia, com base no saldo existente no décimo dia do mesmo mês,
atualizado na forma prevista no inciso I deste parágrafo, deduzidos os débitos ocorridos no
período, com a atualização monetária pro rata die e os juros correspondentes. (Incluído pela
Lei nº 14.438, de 2022)
§3º Para as contas vinculadas dos trabalhadores optantes existentes à data de 22 de setembro
de 1971, a capitalização dos juros dos depósitos continuará a ser feita na seguinte progressão,
salvo no caso de mudança de empresa, quando a capitalização dos juros passará a ser feita à
taxa de 3 (três) por cento ao ano:
I - 3 (três) por cento, durante os dois primeiros anos de permanência na mesma empresa;
III - 5 (cinco) por cento, do sexto ao décimo ano de permanência na mesma empresa;
247
§4º O saldo das contas vinculadas é garantido pelo Governo Federal, podendo ser instituído
seguro especial para esse fim.
Art. 14. Fica ressalvado o direito adquirido dos trabalhadores que, à data da promulgação da
Constituição Federal de 1988, já tinham o direito à estabilidade no emprego nos termos do
Capítulo V do Título IV da CLT.
§1º O tempo do trabalhador não optante do FGTS, anterior a 5 de outubro de 1988, em caso
de rescisão sem justa causa pelo empregador, reger-se-á pelos dispositivos constantes dos
arts. 477, 478 e 497 da CLT.
§2º O tempo de serviço anterior à atual Constituição poderá ser transacionado entre empre-
gador e empregado, respeitado o limite mínimo de 60 (sessenta) por cento da indenização
prevista.
§4º Os trabalhadores poderão a qualquer momento optar pelo FGTS com efeito retroativo a
1º de janeiro de 1967 ou à data de sua admissão, quando posterior àquela.
Art. 15. Para os fins previstos nesta Lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar,
até o vigésimo dia de cada mês, em conta vinculada, a importância correspondente a 8% (oito
por cento) da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na
remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da Consolidação das Leis do Traba-
lho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e a Gratificação de Natal
de que trata a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962. (Redação dada pela Lei nº 14.438, de
2022)
248
§ 2º Considera-se trabalhador toda pessoa física que prestar serviços a empregador, a locador
ou tomador de mão-de-obra, excluídos os eventuais, os autônomos e os servidores públicos
civis e militares sujeitos a regime jurídico próprio.
§ 3º Os trabalhadores domésticos poderão ter acesso ao regime do FGTS, na forma que vier
a ser prevista em lei.
§ 5º O depósito de que trata o caput deste artigo é obrigatório nos casos de afastamento para
prestação do serviço militar obrigatório e licença por acidente do trabalho.
Art. 16. Para efeito desta lei, as empresas sujeitas ao regime da legislação trabalhista poderão
equiparar seus diretores não empregados aos demais trabalhadores sujeitos ao regime do
FGTS. Considera-se diretor aquele que exerça cargo de administração previsto em lei, estatuto
ou contrato social, independente da denominação do cargo.
I - aos trabalhadores, que incluam a prestação de informações sobre seus créditos perante o
Fundo e o acionamento imediato da inspeção do trabalho em caso de inadimplemento do
empregador, de forma que seja possível acompanhar a evolução de eventuais cobranças ad-
ministrativas e judiciais dos valores não recolhidos;
249
Art. 18. Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do empregador, ficará este
obrigado a depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS os valores relativos aos de-
pósitos referentes ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior, que ainda não houver sido
recolhido, sem prejuízo das cominações legais.
§ 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará este, na conta
vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do montante de
todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho,
atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros.
§ 2º Quando ocorrer despedida por culpa recíproca ou força maior, reconhecida pela Justiça
do Trabalho, o percentual de que trata o § 1º será de 20 (vinte) por cento.
Art. 19. No caso de extinção do contrato de trabalho prevista no art. 14 desta lei, serão ob-
servados os seguintes critérios:
II - não havendo indenização a ser paga, ou decorrido o prazo prescricional para a reclamação
de direitos por parte do trabalhador, o empregador poderá levantar em seu favor o saldo da
respectiva conta individualizada, mediante comprovação perante o órgão competente do Mi-
nistério do Trabalho e da Previdência Social.
Art. 19-A. É devido o depósito do FGTS na conta vinculada do trabalhador cujo contrato de
trabalho seja declarado nulo nas hipóteses previstas no art. 37, § 2o, da Constituição Federal,
quando mantido o direito ao salário.
Parágrafo único. O saldo existente em conta vinculada, oriundo de contrato declarado nulo
até 28 de julho de 2001, nas condições do caput, que não tenha sido levantado até essa data,
será liberado ao trabalhador a partir do mês de agosto de 2002.
Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes
situações:
I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior;
I-A - extinção do contrato de trabalho prevista no art. 484-A da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943;
250
IV - falecimento do trabalhador, sendo o saldo pago a seus dependentes, para esse fim habi-
litados perante a Previdência Social, segundo o critério adotado para a concessão de pensões
por morte. Na falta de dependentes, farão jus ao recebimento do saldo da conta vinculada os
seus sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, expedido a requerimento do
interessado, independente de inventário ou arrolamento;
a) o mutuário conte com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime do FGTS, na
mesma empresa ou em empresas diferentes;
VII – pagamento total ou parcial do preço de aquisição de moradia própria, ou lote urbanizado
de interesse social não construído, observadas as seguintes condições:
a) o mutuário deverá contar com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime do
FGTS, na mesma empresa ou empresas diferentes;
VIII - quando o trabalhador permanecer três anos ininterruptos fora do regime do FGTS;
X - suspensão total do trabalho avulso por período igual ou superior a 90 (noventa) dias,
comprovada por declaração do sindicato representativo da categoria profissional.
XII - aplicação em quotas de Fundos Mútuos de Privatização, regidos pela Lei n° 6.385, de 7
de dezembro de 1976, permitida a utilização máxima de 50 % (cinquenta por cento) do saldo
existente e disponível em sua conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na
data em que exercer a opção.
XIII - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for portador do vírus HIV;
251
b) a solicitação de movimentação da conta vinculada será admitida até 90 (noventa) dias após
a publicação do ato de reconhecimento, pelo Governo Federal, da situação de emergência ou
de estado de calamidade pública; e
XVIII - quando o trabalhador com deficiência, por prescrição, necessite adquirir órtese ou
prótese para promoção de acessibilidade e de inclusão social.
a) o mutuário deverá contar com o mínimo de três anos de trabalho sob o regime do FGTS,
na mesma empresa ou em empresas diferentes;
b) seja a operação financiável nas condições vigentes para o Sistema Financeiro da Habitação
(SFH) ou ainda por intermédio de parcelamento efetuado pela Secretaria do Patrimônio da
União (SPU), mediante a contratação da Caixa Econômica Federal como agente financeiro dos
contratos de parcelamento;
XXI - a qualquer tempo, quando seu saldo for inferior a R$ 80,00 (oitenta reais) e não houver
ocorrido depósitos ou saques por, no mínimo, 1 (um) ano, exceto na hipótese prevista no
inciso I do § 5º do art. 13 desta Lei;
XXII - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for, nos termos do regula-
mento, pessoa com doença rara, consideradas doenças raras aquelas assim reconhecidas pelo
Ministério da Saúde, que apresentará, em seu sítio na internet, a relação atualizada dessas
doenças.
§ 1º A regulamentação das situações previstas nos incisos I e II assegurar que a retirada a que
faz jus o trabalhador corresponda aos depósitos efetuados na conta vinculada durante o pe-
ríodo de vigência do último contrato de trabalho, acrescida de juros e atualização monetária,
deduzidos os saques.
§ 3º O direito de adquirir moradia com recursos do FGTS, pelo trabalhador, só poderá ser
exercido para um único imóvel.
252
§ 7o Ressalvadas as alienações decorrentes das hipóteses de que trata o § 8o, os valores mo-
biliários a que se refere o parágrafo anterior só poderão ser integralmente vendidos, pelos
respectivos Fundos, seis meses após a sua aquisição, podendo ser alienada em prazo inferior
parcela equivalente a 10% (dez por cento) do valor adquirido, autorizada a livre aplicação do
produto dessa alienação, nos termos da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976.
§ 9° Decorrido o prazo mínimo de doze meses, contados da efetiva transferência das quotas
para os Fundos Mútuos de Privatização, os titulares poderão optar pelo retorno para sua conta
vinculada no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
§ 10. A cada período de seis meses, os titulares das aplicações em Fundos Mútuos de Privati-
zação poderão transferi-las para outro fundo de mesma natureza.
§ 11. O montante das aplicações de que trata o § 6° deste artigo ficará limitado ao valor dos
créditos contra o Tesouro Nacional de que seja titular o Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço.
§ 12. Desde que preservada a participação individual dos quotistas, será permitida a consti-
tuição de clubes de investimento, visando a aplicação em quotas de Fundos Mútuos de Priva-
tização.
§ 13. A garantia a que alude o § 4o do art. 13 desta Lei não compreende as aplicações a que
se referem os incisos XII e XVII do caput deste artigo.
I - a parcela dos ganhos nos Fundos Mútuos de Privatização até o limite da remuneração das
contas vinculadas de que trata o art. 13 desta Lei, no mesmo período; e
§ 19. A integralização das cotas previstas no inciso XVII do caput deste artigo será realizada
por meio de Fundo de Investimento em Cotas - FIC, constituído pela Caixa Econômica Federal
especificamente para essa finalidade.
II - declaração por escrito, individual e específica, pelo trabalhador de sua ciência quanto aos
riscos do investimento que está realizando.
§ 21. As movimentações autorizadas nos incisos V e VI do caput serão estendidas aos con-
tratos de participação de grupo de consórcio para aquisição de imóvel residencial, cujo bem
já tenha sido adquirido pelo consorciado, na forma a ser regulamentada pelo Conselho Cura-
dor do FGTS.
§ 22. Na movimentação das contas vinculadas a contrato de trabalho extinto até 31 de de-
zembro de 2015, ficam isentas as exigências de que trata o inciso VIII do caput deste artigo,
podendo o saque, nesta hipótese, ser efetuado segundo cronograma de atendimento esta-
belecido pelo agente operador do FGTS.
§ 23. As movimentações das contas vinculadas nas situações previstas nos incisos V, VI e VII
do caput deste artigo poderão ser realizadas fora do âmbito do SFH, observados os mesmos
limites financeiros das operações realizadas no âmbito desse sistema, no que se refere ao
valor máximo de movimentação da conta vinculada, e os limites, critérios e condições estabe-
lecidos pelo Conselho Curador.
§ 25. O agente operador deverá oferecer, nos termos do regulamento do Conselho Curador,
em plataformas de interação com o titular da conta, inclusive por meio de dispositivos móveis,
opções para consulta e transferência, a critério do trabalhador, para conta de depósitos de
sua titularidade em qualquer instituição financeira do Sistema Financeiro Nacional, dos recur-
sos disponíveis para movimentação em decorrência das situações previstas neste artigo, ca-
bendo ao agente operador estabelecer os procedimentos operacionais a serem observados.
§ 26. As transferências de que trata o § 25 deste artigo não acarretarão a cobrança de tarifas
pelo agente operador ou pelas demais instituições financeiras.
254
Art. 20-A. O titular de contas vinculadas do FGTS estará sujeito a somente uma das seguintes
sistemáticas de saque:
I - saque-rescisão; ou
II - saque-aniversário.
§ 2º São aplicáveis às sistemáticas de saque de que trata o caput deste artigo as seguintes
situações de movimentação de conta:
Art. 20-B. O titular de contas vinculadas do FGTS estará sujeito originalmente à sistemática
de saque-rescisão e poderá optar por alterá-la, observado o disposto no art. 20-C desta Lei.
Art. 20-C. A primeira opção pela sistemática de saque-aniversário poderá ser feita a qualquer
tempo e terá efeitos imediatos.
§ 2º Para fins do disposto no § 2º do art. 20-A desta Lei, as situações de movimentação obe-
decerão à sistemática a que o titular estiver sujeito no momento dos eventos que as enseja-
rem.
Art. 20-D. Na situação de movimentação de que trata o inciso XX do caput do art. 20 desta
Lei, o valor do saque será determinado:
§ 1º Na hipótese de o titular possuir mais de uma conta vinculada, o saque de que trata este
artigo será feito na seguinte ordem:
255
II - demais contas vinculadas, com início pela conta que tiver o menor saldo.
§ 2º O Poder Executivo federal, respeitada a alíquota mínima de 5% (cinco por cento), poderá
alterar, até o dia 30 de junho de cada ano, os valores das faixas, das alíquotas e das parcelas
adicionais constantes do Anexo desta Lei para vigência no primeiro dia do ano subsequente.
§ 3º A critério do titular da conta vinculada do FGTS, os direitos aos saques anuais de que
trata o caput deste artigo poderão ser objeto de alienação ou cessão fiduciária, nos termos
do art. 66-B da Lei nº 4.728, de 14 de julho de 1965, em favor de qualquer instituição financeira
do Sistema Financeiro Nacional, sujeitas as taxas de juros praticadas nessas operações aos
limites estipulados pelo Conselho Curador, os quais serão inferiores aos limites de taxas de
juros estipulados para os empréstimos consignados dos servidores públicos federais do Poder
Executivo.
§ 3º-A. A critério do titular da conta vinculada do FGTS, os direitos aos saques anuais de que
trata o caput deste artigo poderão ser objeto de caução para operações de microcrédito, nos
termos da legislação do SIM Digital, em favor de qualquer instituição financeira do Sistema
Financeiro Nacional. (Incluído pela Lei nº 14.438, de 2022)
§ 5º As situações de movimentação de que trata o § 2º do art. 20-A desta Lei serão efetuadas
com observância ao limite decorrente do bloqueio referido no § 4º deste artigo.
§ 6º A vedação prevista no § 2º do art. 2º desta Lei não se aplica às disposições dos §§ 3º, 4º
e 5º deste artigo.
§ 7º Na hipótese de despedida sem justa causa, o trabalhador que optar pela sistemática
saque-aniversário também fará jus à movimentação da multa rescisória de que tratam os §§
1º e 2º do art. 18 desta Lei.
Art. 21. Os saldos das contas não individualizadas e das contas vinculadas que se conservem
ininterruptamente sem créditos de depósitos por mais de cinco anos, a partir de 1º de junho
de 1990, em razão de o seu titular ter estado fora do regime do FGTS, serão incorporados ao
patrimônio do fundo, resguardado o direito do beneficiário reclamar, a qualquer tempo, a
reposição do valor transferido.
Parágrafo único. O valor, quando reclamado, será pago ao trabalhador acrescido da remu-
neração prevista no § 2º do art. 13 desta lei.
Art. 22. O empregador que não realizar os depósitos nos termos dos arts. 15 e 18 desta Lei
responderá pela incidência da Taxa Referencial (TR) sobre a importância correspondente.
(Redação dada pela Lei nº 14.438, de 2022)
256
§ 2o A incidência da TR de que trata o caput deste artigo será cobrada por dia de atraso,
tomando-se por base o índice de atualização das contas vinculadas do FGTS.
§ 2o-A. A multa referida no § 1o deste artigo será cobrada nas condições que se seguem:
§ 3o Para efeito de levantamento de débito para com o FGTS, o percentual de 8% (oito por
cento) incidirá sobre o valor acrescido da TR até a data da respectiva operação.
I - não depositar mensalmente o percentual referente ao FGTS, bem como os valores previstos
no art. 18 desta Lei, nos prazos de que trata o § 6o do art. 477 da Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT;
IV - deixar de computar, para efeito de cálculo dos depósitos do FGTS, parcela componente
da remuneração;
VII - deixar de apresentar ou de promover a retificação das informações de que trata o art.
17-A desta Lei no prazo concedido na notificação da decisão definitiva exarada no processo
administrativo que reconheceu a procedência da notificação de débito decorrente de omissão,
de erro, de fraude ou de sonegação constatados. (Redação dada pela Lei nº 14.438, de 2022)
II - no inciso V do § 1º deste artigo, quando realizada no prazo nele referido. (Incluído pela
Lei nº 14.438, de 2022)
257
§ 2º Pela infração ao disposto no § 1º deste artigo, o infrator estará sujeito às seguintes multas:
(Redação dada pela Lei nº 14.438, de 2022)
b) 30% (trinta por cento) sobre o débito atualizado apurado pela inspeção do trabalho, con-
fessado pelo empregador ou lançado de ofício, nas hipóteses previstas nos incisos I, IV e V do
§ 1º deste artigo; e (Redação dada pela Lei nº 14.438, de 2022)
c) de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 300,00 (trezentos reais) por trabalhador prejudicado, nas
hipóteses previstas nos incisos VI e VII do § 1º deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 14.438,
de 2022)
§ 3º Nos casos de fraude, simulação, artifício, ardil, resistência, embaraço ou desacato à fisca-
lização, assim como na reincidência, a multa especificada no parágrafo anterior será duplicada,
sem prejuízo das demais cominações legais.
§ 4º Os valores das multas, quando não recolhidas no prazo legal, serão atualizados moneta-
riamente até a data de seu efetivo pagamento, através de sua conversão pelo BTN Fiscal.
§ 6º Quando julgado procedente o recurso interposto na forma do Título VII da CLT, os de-
pósitos efetuados para garantia de instância serão restituídos com os valores atualizados na
forma de lei.
Art. 23-A. A notificação do empregador relativa aos débitos com o FGTS, o início de procedi-
mento administrativo ou a medida de fiscalização interrompem o prazo prescricional.
Art. 24. Por descumprimento ou inobservância de quaisquer das obrigações que lhe compete
como agente arrecadador, pagador e mantenedor do cadastro de contas vinculadas, na forma
que vier a ser regulamentada pelo Conselho Curador, fica o banco depositário sujeito ao pa-
gamento de multa equivalente a 10 (dez) por cento do montante da conta do empregado,
independentemente das demais cominações legais.
258
Art. 26. É competente a Justiça do Trabalho para julgar os dissídios entre os trabalhadores e
os empregadores decorrentes da aplicação desta lei, mesmo quando a Caixa Econômica Fe-
deral e o Ministério do Trabalho e da Previdência Social figurarem como litisconsortes.
Art. 26-A. Para fins de apuração e lançamento, considera-se não quitado o valor relativo ao
FGTS pago diretamente ao trabalhador, vedada a sua conversão em indenização compensa-
tória.
§ 2º Para a geração das guias de depósito, os valores devidos a título de FGTS e o período
laboral a que se referem serão expressamente identificados.
b) obtenção, por parte da União, dos Estados ou dos Municípios, ou por órgãos da Adminis-
tração federal, estadual ou municipal, direta, indireta ou fundacional, ou indiretamente pela
União, pelos Estados ou pelos Municípios, de empréstimos ou financiamentos realizados com
lastro em recursos públicos ou oriundos do FGTS perante quaisquer instituições de crédito;
Art. 28. São isentos de tributos federais os atos e operações necessários à aplicação desta lei,
quando praticados pela Caixa Econômica Federal, pelos trabalhadores e seus dependentes ou
sucessores, pelos empregadores e pelos estabelecimentos bancários.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo às importâncias devidas, nos termos desta
lei, aos trabalhadores e seus dependentes ou sucessores.
259
Art. 29-A. Quaisquer créditos relativos à correção dos saldos das contas vinculadas do FGTS
serão liquidados mediante lançamento pelo agente operador na respectiva conta do traba-
lhador.
Art. 29-B. Não será cabível medida liminar em mandado de segurança, no procedimento
cautelar ou em quaisquer outras ações de natureza cautelar ou preventiva, nem a tutela ante-
cipada prevista nos arts. 273 e 461 do Código de Processo Civil que impliquem saque ou
movimentação da conta vinculada do trabalhador no FGTS.
Art. 29-C. Nas ações entre o FGTS e os titulares de contas vinculadas, bem como naquelas
em que figurem os respectivos representantes ou substitutos processuais, não haverá conde-
nação em honorários advocatícios.
Art. 29-D. A penhora em dinheiro, na execução fundada em título judicial em que se deter-
mine crédito complementar de saldo de conta vinculada do FGTS, será feita mediante depó-
sito de recursos do Fundo em conta vinculada em nome do exequente, à disposição do juízo.
Parágrafo único. O valor do depósito só poderá ser movimentado, após liberação judicial, nas
hipóteses previstas no art. 20 ou para reversão ao Fundo.
Art. 30. Fica reduzida para 1 1/2 (um e meio) por cento a contribuição devida pelas empresas
ao Serviço Social do Comércio e ao Serviço Social da Indústria e dispensadas estas entidades
da subscrição compulsória a que alude o art. 21 da Lei nº 4.380, de 21 de agosto de 1964.
Art. 31. O Poder Executivo expedirá o Regulamento desta lei no prazo de 60 (sessenta) dias a
contar da data de sua promulgação.
Art. 32. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogada a Lei nº 7.839, de 12 de
outubro de 1989, e as demais disposições em contrário.
1) Introdução
Conforme a Resolução n° 2.025 do BCB, para a abertura de conta é necessária a observância dos
seguintes requisitos:
I - qualificação do depositante:
a) pessoas físicas: nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo,
estado civil, nome do cônjuge, se casado, profissão, documento de identificação (tipo, nú-
mero, data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas - CPF;
b) pessoas jurídicas: razão social, atividade principal, forma e data de constituição, documen-
tos, contendo as informações referidas na alínea anterior, que qualifiquem e autorizem os
260
VI - assinatura do depositante.
Parágrafo 1º Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz, além de
sua qualificação, também deverá ser identificado o responsável que o assistir ou o representar.
2) Ficha Proposta
Art. 2º A ficha-proposta relativa a conta de depósitos à vista deverá conter, ainda, cláusulas
tratando, entre outros, dos seguintes assuntos:
VI - informação de que os cheques liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruí-
dos;
Parágrafo 1º A execução dos procedimentos de que trata este artigo pode ser atribuída a
correspondentes contratados nos termos da Resolução 2.707, de 30 de março de 2000, e re-
gulamentação posterior, não desonerando o gerente responsável pela abertura da conta de
depósito e o diretor designado nos termos do art. 15 desta resolução da responsabilidade
pelo cumprimento das disposições previstas na legislação e na regulamentação em vigor.
261
Art. 5º É proibida a abertura de conta sob nome abreviado ou de qualquer forma alterado,
inclusive mediante supressão de parte ou partes do nome do depositante.
Art. 11. A instituição financeira deve manter cartão com autógrafos atualizados do deposi-
tante, podendo a ficha-proposta de conta de depósitos à vista servir para este fim.
Art. 12. Cabe à instituição financeira esclarecer ao depositante acerca das condições exigidas
para a rescisão do contrato de conta de depósitos à vista por iniciativa de qualquer das partes,
devendo ser incluídas na ficha-proposta as seguintes disposições mínimas: (Redação dada
pela Resolução nº 2.747, de 28/6/2000.)
262
Art. 13. A instituição financeira deverá encerrar conta de depósito em relação à qual verificar
irregularidades nas informações prestadas, julgadas de natureza grave, comunicando o fato,
de imediato, ao Banco Central do Brasil.
Art. 14. As disposições desta resolução se aplicam a contas de depósitos existentes, inclusive
a contas de depósito de que trata a Carta-Circular nº 5, de 27.02.69, no que couber, devendo
a ficha-proposta conter a qualificação e identificação do responsável, no País, pela movimen-
tação da conta, quando for o caso.
Parágrafo único. Os cadastros relativos às contas referidas neste artigo deverão ser objeto
de verificação e atualização até 31.12.94.
Art. 15. As instituições financeiras deverão designar, expressamente, um diretor que deverá
zelar pelo cumprimento das normas de abertura, manutenção e movimentação das contas de
que trata esta resolução.
Parágrafo único. O nome do diretor designado nos termos deste artigo deverá ser informado
ao Banco Central do Brasil, no prazo máximo de 30 (trinta) dias da data de publicação desta
resolução.
1) Pessoa Natural
A pessoa física ou pessoa natural, é aquela que possui personalidade jurídica, ou seja, possui a apti-
dão para ser titular de direitos e contrair obrigações na órbita jurídica. Conforme o art. 2º do Código
Civil:
Art. 2º do CC. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe
a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
É o ente de vida intrauterina. Também chamado de prole O feto nascido morto. Nesse
eventual, é aquele que não che- caso, ele deverá ser registrado
gou a ser concebido. em livro próprio do cartório de
pessoas naturais.
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A pessoa jurídica nasce efetivamente somente com o registro, que possui natureza constitutiva, pois
é ele que dá personalidade jurídica a elas.
O art. 45 do Código Civil prevê que o registro da pessoa jurídica é constitutivo (a personalidade só
surge com o registro), já que por ele se inicia a existência da pessoa jurídica.
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De acordo com o art. 70 do CC, o domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua
residência com ânimo definitivo.
No caso de haver pluralidade de residências, estabelece o art. 71 que será considerado domicílio
qualquer delas.
Art. 72 do Código Civil: É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concer-
nentes à profissão, o lugar onde esta é exercida.
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles consti-
tuirá domicílio para as relações que lhe corresponderem.
O chamado domicilio aparente encontra-se tipificado no art. 73 do CC que prevê que se terá por
domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada.
Haverá mudança de domicílio quando for transferida a residência, com a intenção manifesta de se
mudar.
Por fim, o domicílio necessário, legal ou compulsório: é aquele que, em razão de uma qualidade da
pessoa, será estabelecido por lei. Possuem domicílio necessário:
Preso: lugar onde cumpre sua condenação definitiva. Logo, se a prisão for provisória, não há
domicílio necessário.
Conforme definição dada pelo Banco Central do Brasil, o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB)
compreende as entidades, os sistemas e os procedimentos relacionados com o processamento e a
liquidação de operações de transferência de fundos, de operações com moeda estrangeira ou com
ativos financeiros e valores mobiliários, chamados, coletivamente, de entidades operadoras de Infra-
estruturas do Mercado Financeiro (IMF). Além das IMF, os arranjos e as instituições de pagamento
também integram o SPB.
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Como forma de atingir esses objetivos, o BC tem as competências de regulamentar e exercer a vigi-
lância e a supervisão sobre os sistemas de compensação e de liquidação, os arranjos e as instituições
de pagamento.
As IMF desempenham um papel fundamental para o sistema financeiro e para a economia de uma
forma geral. É importante que os mercados financeiros confiem na qualidade e na continuidade dos
serviços prestados pelas IMF. Seu funcionamento adequado é essencial para a estabilidade financeira
e condição necessária para salvaguardar os canais de transmissão da política monetária. Assim, cum-
pre ao BC atuar no sentido de promover sua solidez, seu normal funcionamento e seu contínuo
aperfeiçoamento.
No caso dos pagamentos de varejo, o BC direciona suas ações no sentido de promover a interope-
rabilidade, a inovação, a solidez, a eficiência, a competição, o acesso não discriminatório aos serviços
e às infraestruturas, o atendimento às necessidades dos usuários finais e a inclusão financeira.
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