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MENSAGEM DO SECRETÁRIO

Prezado Educando,

Com o passar do tempo o mercado de trabalho fica ainda mais exigente, e isto exige que todos
nós estejamos cada vez mais preparados para lidar com essas mudanças. A qualificação
profissional surge como uma ferramenta fundamental na busca por conhecimento e
consequentemente na construção de uma carreira profissional positiva.
Estamos felizes com a sua participação em um de nossos cursos. Sabemos o quanto é
importante a capacitação profissional para quem busca uma oportunidade de trabalho ou
pretender abrir o seu próprio negócio.
Foi pensando em você que o Governo do Estado lançou por meio do Plano Estadual de
Qualificação Social e Profissional (PQSP) ações de qualificação social e profissional voltadas a
formação e ao aprimoramento de habilidades, que possibilitem aos trabalhadores atendidos, a
execução com maior qualidade de funções especificas demandadas em nosso estado.
Cabe aos profissionais, de forma geral, a busca por qualificação e destaque, o olhar
competitivo, a procura por novas tendências de mercado e o olhar atento para que possam,
desta forma, alcançar chances reais de trabalho, emprego e renda.
Cabe a nós, gestão pública, sermos os facilitadores, os indutores do processo de qualificação
e formação dos trabalhadores, assim como da gestão das políticas de emprego. Temos a
certeza de que iremos lhe proporcionar muito mais que uma formação profissional de
qualidade. O curso, sem dúvida, será o seu passaporte para a realização de sonhos ainda
maiores.

Sucesso!

Inocêncio Renato Gasparim


Secretário de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda
APRESENTAÇÃO

O presente curso de é uma das etapas do Plano Estadual de Qualificação


Social e Profissional do Pará – PQSP/PA cujo objetivo é promover qualificação
social e profissional aos trabalhadores em situação de vulnerabilidade, oportunizando
a sua inserção ou reinserção no mundo do trabalho.
Esta apostila foi organizada de forma a proporcionar-lhe embasamentos
teóricos e práticos, servindo de importante instrumento de pesquisa ao qual você
recorrerá para acompanhamento das aulas ministradas. Lembre-se sempre que os
conteúdos aqui apresentados são apenas um ponto de partida dentro de todo
universo de conhecimento necessário para o exercício da atividade e foram
elaborados para guiar e despertar a busca por novos conhecimentos.
Este curso está dividido em duas etapas/módulos de execução: Unidade I –
Conhecimentos Gerais com carga horária igual a 20% da carga horária total do curso,
no qual serão abordadas as temáticas Política Estadual de Trabalho, Emprego e
Renda do Estado do Pará; Preparação para o Mercado de Trabalho; Valores
Humanos, Ética e Cidadania; Saúde e Segurança do Trabalhador; Meio Ambiente e
Qualidade De Vida; Gestão de Pequenos Negócios; e Unidade II – Conhecimentos
Específicos com carga horária de 80% do total previsto para o curso, cujos conteúdo
abordados referem-se àqueles necessários para formação profissional inicial por você
escolhida e que serão desenvolvidos de forma teórica e prática.
Esperamos que este curso contribua de forma efetiva para o alcance de seus
objetivos através do compartilhamento de experiências sociais e profissionais ao
longo de suas fases de execução. Contamos com o seu melhor aproveitamento
durante o período de realização do curso e que num futuro bem próximo você possa
aplicar os conhecimentos aqui adquiridos.

Um pequeno passo pode mudar o mundo.


Seja a mudança!
Bons Estudos
Equipe ABRADESA
SUMÁRIO

UNIDADE I – CONHECIMENTOS GERAIS ................................................................... 7


1. POLÍTICA ESTADUAL DE TRABALHO, EMPREGO E RENDA DO ESTADO DO
PARÁ .................................................................................................................. 7
1.1. A Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda – SEASTER .... 7
1.2. Plano Estadual de Qualificação Social e Profissional do Pará – PQSP/PA .......... 7
2. PREPARAÇÃO PARA O MERCADO DE TRABALHO ....................................... 8
2.1. Elaborando o Currículo ........................................................................................ 9
2.2. A Entrevista de Emprego – O que fazer e não fazer ............................................ 9
3. VALORES HUMANOS, ÉTICA E CIDADANIA.................................................. 11
3.1. Relações Interpessoais ...................................................................................... 12
4. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR ............................................... 12
4.1. Saúde do Trabalhador no Ambiente de Trabalho ............................................... 12
4.2. Prevenção de Acidentes de Trabalho ................................................................ 13
5. MEIO AMBIENTE E QUALIDADE DE VIDA ..................................................... 15
5.1. Entendendo a Educação Ambiental ................................................................... 15
5.2. Higiene Pessoal e Qualidade de Vida ................................................................ 16
6. GESTÃO DE PEQUENOS NEGÓCIOS ............................................................. 17
6.1. Empreendedorismo ............................................................................................ 17
6.2. Liderança e Gestão ............................................................................................ 19
6.3. Associativismo e Cooperativismo ....................................................................... 20
6.4. Dicas para a Gestão de Pequenos Negócios ..................................................... 21

UNIDADE II – CONHECIMENTOS ESPECIFÍCOS ...................................................... 23


1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 23
2. HISTÓRICO DO ARTESANATO ............................................................................. 23
2.1. Como surgiu o artesanato...................................................................................23

3. CONCEITOS BÁSICOS DO ARTESANATO .......................................................... 24


3.1. Quem é o Artesão..............................................................................................24

3.2. O que é o Artesanato.........................................................................................24

3.3. Arte Popular ......................................................................................................24

3.4. Trabalhos Manuais.............................................................................................25

4. PRODUTOS TÍPICOS............................................................................................. 26
5. TIPOLOGIA DO ARTESANATO ............................................................................ 26
6. ORIGEM DA MATERIA PRIMA ............................................................................. .26
6.1. Animal, Vegetal e mineral.................................................................................26

7. SEMENTES, CASCAS, RAIZES, FLORES E FOLHAS SECAS ............................ 27


8. MATERIA PRIMA PROCESSADA ......................................................................... 28
9. CLASSIFICAÇÃO DO ARTESANATO ................................................................... 30
10. ARTESANATO EM MADEIRA ............................................................................. 31
11. COMO FAZER ARTESANATO EM MADEIRA......................................................33

11.1. O que é e como fazer Decoupage em materiais............................................33

12. PRODUÇÕES DE TRABALHO..............................................................................35

REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 36
Módulo I – Conhecimentos Gerais _____________________

UNIDADE I: CONHECIMENTOS GERAIS

1. POLÍTICA ESTADUAL DE TRABALHO, EMPREGO E RENDA DO ESTADO DO


PARÁ
1.1. A Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda – SEASTER

A Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda


(SEASTER) foi criada, inicialmente, com o nome de Secretaria de Estado de Assistência e
Desenvolvimento Social (SEDES) pela Lei Estadual nº 7.028, de 30 de julho de 2007,
modificada para SEASTER de acordo com a Lei Nº 8.096, de 1º janeiro de 2015.
A construção da Política Estadual de Trabalho, Emprego e Renda no Pará têm por
base as Competências legais conferidas à Secretaria de Assistência Social, Trabalho,
Emprego e Renda – SEASTER em cumprimento à sua missão institucional de:

Promoção, com qualidade e efetividade, do desenvolvimento social,


garantindo aos cidadãos, especialmente aos grupos da população em
situação de vulnerabilidade social, o direito e acesso à assistência social,
segurança alimentar e nutricional, e a promoção do trabalho, emprego e
renda.

No âmbito das políticas públicas de Trabalho, Emprego e Renda, cabe à SEASTER:


 Formular, coordenar, acompanhar e avaliar a Política Estadual de Trabalho,
Qualificação Profissional, Emprego e Renda do Estado;
 Estabelecer diretrizes para a política governamental nas áreas de geração de
emprego e de renda;
 Fomentar a geração de emprego e renda no âmbito estadual, visando garantir
consistência e amplitude à Política Estadual de Trabalho, Emprego e Renda;
 Promover e supervisionar o processo de qualificação de mão de obra sob a
responsabilidade do Governo do Estado do Pará;
 Apoiar, organizar e fomentar as iniciativas de produção familiar, comunitária, as
atividades econômicas orientadas e organizadas pela autogestão.
Assim sendo, a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e
Renda – SEASTER como responsável pela execução da Política Estadual de Trabalho,
Qualificação Profissional, Emprego e Renda no estado do Pará, têm como um de seus
projetos prioritários o Plano Estadual de Qualificação Social e Profissional – PQSP/PA.

1.2. Plano Estadual de Qualificação Social e Profissional do Pará – PQSP/PA

Lançado em novembro de 2015 o Plano Estadual de Qualificação Social e


Profissional – PQSP/PA tem como objetivo o atendimento às demandas quantitativa e
qualitativa de mercado de trabalho. Desde então a SEASTER, vem desenvolvendo a Política
de Trabalho e Emprego no estado do Pará, e com esta prerrogativa, absorveu as ações da
extinta SETER.
Frente ao desafio de qualificar profissionais dos diversos segmentos da economia em
nosso estado, o projeto se utiliza de metodologias e ferramentas pedagógicas apropriadas ao
desenvolvimento de capacidades profissionais, no ensejo de alcançar a inserção profissional
de trabalhadores no mercado de trabalho, e nivelar suas potencialidades, gerando renda e
novas oportunidades de trabalho, buscando a melhoria da qualidade dos serviços no estado,
em articulação com outros programas sociais de desenvolvimento, na perspectiva de

7
_____________________ Módulo I – Conhecimentos Gerais
contribuir para a redução da pobreza e das desigualdades sociais e assim promover a
inclusão social através do trabalho.
O PQSP é um instrumento voltado para a integração das políticas públicas de
qualificação, onde os participantes serão preparados para situações de prática profissional,
levando em consideração a relação entre experiência e aprendizagem no desenvolvimento de
pessoas e grupos. É importante destacar que a qualificação social e profissional se define no
PQSP-PA, como sendo uma ação de educação profissional de caráter includente, e que
contribui para a inserção e atuação cidadã no mundo do trabalho. Apresenta-se com cursos
de até 200 horas, que capacitam, aperfeiçoam e atualizam o trabalhador com diferentes
níveis de escolaridade, focando nos aspectos práticos da profissão, voltados para
empregabilidade.
Neste sentido, destacamos os Projeto Especiais que se caracterizam como um espaço
de integração das políticas de desenvolvimento, inclusão social e trabalho (em particular,
intermediação de mão de obra, geração de trabalho e renda e economia solidária), em
articulação direta com oportunidades concretas de inserção do trabalhador no mundo
produtivo, estruturado com base no planejamento participativo que envolve agentes
governamentais, empresariais e trabalhadores, dando particular atenção ao diálogo
permanente com a sociedade civil organizada.
São parceiros do PQSP-PA os órgãos de Governo do Estado, o Conselho Estadual do
Trabalho Emprego e Renda, as Comissões Municipais de Emprego e, os municípios
prioritariamente selecionados para o desenvolvimento do projeto.
A Política de Trabalho Emprego e Renda implementada através do Plano de
Qualificação Social e Profissional– PQSP/PA baseia-se em 4 eixos:
 Recepção ao benefício do Seguro Desemprego;
 Qualificação Social e Profissional;
 Intermediação para o Trabalho e Emprego;
 Empreendedorismo e Economia Solidária.
O PQSP vincula-se a outros programas sociais de desenvolvimento, na perspectiva de
contribuir para a redução da pobreza e das desigualdades sociais e assim promover a
inclusão social através do trabalho.

2. PREPARAÇÃO PARA O MERCADO DE TRABALHO

O atual cenário do trabalho


caracteriza-se por mudanças que se
produzem em ritmo muito acelerado.
Mudanças no Mercado de Trabalho,
decorrentes em grande parte das novas
tecnologias e das oscilações econômica e
que nos colocam frente a um quadro de
flexibilização e desregulamentação das
relações de trabalho, ao mesmo tempo, em
se aumentam as exigências de qualificação
e profissionalização como condição para a
contratação, refletindo no aumento das
taxas de desemprego.
Os desafios de entrar ou se reposicionar no mercado de trabalho são grandes. Muitas
pessoas, na maioria das vezes não sabem por onde começar, como conseguir um emprego
nos dias de hoje e o que fazer para se destacar, principalmente, pela forte competitividade, o

8
Módulo I – Conhecimentos Gerais _____________________

que exige um alto nível de empregabilidade1 para não ficar/continuar de fora do mercado de
trabalho. É necessário que se tenha um conjunto de conhecimentos e habilidades técnicas e
comportamentais valorizadas pelo mercado, uma vez que a maioria das empresas deseja são
colaboradores eficientes, inovadores e com competências de liderança.

2.1. Elaborando o Currículo


Quem busca por uma colocação no mercado ou por novas
oportunidades profissionais precisa estar atento na hora de redigir o
currículo. Porta de entrada do candidato para o mercado de trabalho, ele
deve ser objetivo, conter informações sobre as experiências do
profissional e estar de acordo com o cargo a que se destina. Além disso,
deve ter estrutura limpa, bem organizada e passar por minuciosa
revisão antes de ser enviado.
Você sabe o que não pode faltar em um bom currículo? E o que
é dispensável? Habilidades, pontos positivos, formação acadêmica. Confira algumas dicas
de como elaborá-lo de forma clara para aumentar as suas chances de ser selecionado.

 Dados Pessoais: Nome completo, idade e estado civil devem aparecer logo no início
do documento. É fundamental incluir também telefone e e-mail para que a empresa
possa contatá-lo facilmente.
 Objetivo: Seu objetivo profissional deve ser descrito em apenas uma linha,
abordando somente o cargo e a área de interesse. Evite indicar mais de uma área em
um mesmo currículo.
 Formação acadêmica: Coloque o nome da instituição de ensino, curso e datas de
início e término dos cursos que frequentou, apresentando-os por ordem de
importância (pós-graduação, graduação etc.). Cursos técnicos só devem ser citados
se tiverem relação com a área pretendida ou se você não possuir curso de graduação.
 Experiência profissional: Mencione nome da empresa, cargo, período de atuação e
suas atribuições de forma sucinta. Mas esteja atento para a descrição das atividades
desenvolvidas, pois é através deste item que o selecionador conhecerá o seu
potencial. Coloque-as, se possível, em forma de itens para facilitar a avaliação.
 Idiomas: Cite apenas o idioma e o nível de conhecimento que possui. Se você
estiver estudando algum, deixe isso claro no currículo. Lembre-se que se for
necessário para o cargo, você será testado e deverá comprovar o nível declarado.
 Informática: Coloque o nível real de seu conhecimento técnico das ferramentas de
informática e internet. Seja sincero, pois quando as vagas necessitam de algum
programa específico, testes podem ser aplicados.
 Cursos: Cite apenas os cursos relacionados à área de interesse. Coloque o tema e o
nome das instituições onde foram realizados.

Lembre-se:
- O currículo deve ter, no máximo, duas páginas com as informações necessárias para o
cargo.
- Coloque foto somente se for exigência para a vaga desejada. Neste caso, ela deve ser 3×4,
ter boa qualidade e priorizar uma postura profissional.
- Para quem busca o primeiro emprego, vale ressaltar no currículo as experiências na
faculdade, estágios, cursos, trabalhos voluntários, habilidades e aptidões.

2.2. A Entrevista de Emprego – O que fazer e não fazer

1
O termo “empregabilidade” é usado para se referir à capacidade de uma pessoa estar empregada e,
sobretudo, de manter o trabalho que possui.
9
_____________________ Módulo I – Conhecimentos Gerais
Dois itens importantes para uma entrevista de emprego são preparação e confiança,
porém existe outros. Faz parte dessa preparação a coleta de todas as informações
complementares que lhe possa ser útil durante o processo da entrevista.
A entrevista de emprego é a ocasião que o recrutador tem para conhecer os
candidatos às suas vagas em aberto. É nessa hora que serão confirmados todos os dados
expostos no currículo e serão obtidos detalhes do perfil e da experiência dos interessados na
vaga.
Essa conversa frente a frente pode ser uma aliada, mas
também pode prejudicar o candidato. Por isso, é preciso
tomar cuidado com o que se fala e com a imagem transmitida.
Falar pouco é um problema. Mas falar demais pode ser ainda
mais perigoso. Certos assuntos não devem, de forma alguma,
ser discutidos durante a entrevista. Outros são extremamente
importantes e agregam pontos ao candidato.

10 PONTOS IMPORTANTES

i. SEJA PONTUAL: Quando você for chamado à entrevista, confirme a data e o horário,
assim como o local. Você deve planejar chegar ao local cerca de meia hora antes do
horário combinado. E se você, por alguma razão que fuja ao seu controle perceber que
não será capaz de cumprir o horário estabelecido, a melhor solução é ligar informando
com antecedência sobre o imprevisto.
ii. VESTIMENTA: Se vista de modo profissional, com uma roupa discreta, mas elegante.
Caso conheça a cultura da empresa, informal ou formal, vista-se de acordo. Mantenha
seu cabelo asseado, não chegue mascando chiclete, com cheiro de cigarro ou bebida,
muito menos impregnado com perfumes de cheiro exagerado.
iii. CONCENTRE-SE NO QUE VEIO FAZER: Fique concentrado na entrevista a pior coisa
do mundo é pedir que o entrevistador repita algo apenas para você.
iv. PRONTO CHEGUEI: Ao chegar ao local assegure-se de que a recepcionista está ciente
da sua presença. Dirija-se à recepção e educadamente informe seu nome, e o motivo da
sua visita.
v. SEJA ORGANIZADO: Se lhe for solicitado certificados de conclusões de cursos,
referências, e outros itens, tenha-os em mãos antes do dia marcado para a entrevista.
Com isso estará precavido contra imprevistos.
vi. FIQUE ATENTO À PRIMEIRA IMPRESSÃO: A primeira impressão é a que fica. Assim,
seja discreto e ao mesmo tempo sociável; observe seus gestos, como se expressa, como
se porta.
vii. ESTEJA PRECAVIDO CONTRA IMPREVISTOS: Pesquise e estude alguns exemplos de
questões normalmente levantadas durante as entrevistas. Por isso mesmo, antes do dia
marcado, revise tudo, documentos, horários. Vale treinar com um amigo ou familiar isso
te deixará mais tranquilo.
viii. DESCANSE BEM NA VÉSPERA: Assegure-se de ter uma boa noite de sono antes da
entrevista. Lembre-se, um corpo cansado não é capaz de suportar, ou enfrentar da forma
adequada, situações de estresse.
ix. ESCOLHA BEM SUAS REFERÊNCIAS PESSOAIS: Peça autorização prévia das
pessoas que usará como referência. Assegure-se de que elas falarão bem de você
quando solicitadas. Não indique antigos desafetos profissionais como referência.
Algumas empresas checam a situação financeira e avida social do candidato.
x. PRATIQUE: Pratique, avalie seus gestos e formas de expressão e tente melhorar para
não parecer artificial demais. Nunca minta, um recrutador experiente irá descobrir
facilmente.

10
Módulo I – Conhecimentos Gerais _____________________

O que não falar!


 Não faça comentários pessoais sobre a empresa ou o chefe anterior.
Ex.: “Meu chefe era incompetente”. Atenha-se a informações formais,
como atribuições do cargo que ocupa e trabalhos desenvolvidos
 Não demonstre falta de interesse na vaga quando perguntado sobre o
porquê quis participar do processo – isso vai prejudicá-lo na seleção;
 Nunca coloque em questão a idoneidade da empresa. Fazer comentários que indicam
insegurança com relação aos serviços oferecidos pela empresa é um erro incorrigível;
 Não questione o selecionador sobre costumes internos da empresa, como emendas
de feriados, por exemplo. Esse tipo de questionamento pode transmitir uma imagem
de profissional pouco comprometido com o trabalho ou desinteressado.

3. VALORES HUMANOS, ÉTICA E CIDADANIA


Valores é o conjunto de características de uma determinada pessoa ou
organização, que determinam a forma como se comportam e interagem com outros
indivíduos e com o meio ambiente. A palavra valor pode significar merecimento, talento,
reputação, coragem e valentia.
Assim, podemos afirmar que os valores humanos são valores morais que afetam a
conduta das pessoas. Esses valores morais podem também ser considerados valores sociais
e éticos, e constituem um conjunto de regras estabelecidas para uma convivência saudável
dentro de uma sociedade.
Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra
ética é derivada do grego, e significa aquilo que pertence ao caráter.
Cidadania significa o conjunto de direitos e deveres pelo qual o cidadão, o indivíduo
está sujeito no seu relacionamento com a sociedade em que vive. O termo cidadania vem do
latim, civitas que quer dizer “cidade”. A cidadania pode ser dividida em duas categorias:
cidadania formal e substantiva.
A cidadania formal é referente à nacionalidade de um indivíduo e ao fato de pertencer
a uma determinada nação. A cidadania substantiva é de um caráter mais amplo, estando
relacionada com direitos sociais, políticos e civis.
A ética e a moral têm uma grande influência na cidadania, pois dizem respeito à
conduta do ser humano. Um país com fortes bases éticas e morais apresenta uma forte
cidadania.
O que é ética e o que é moral? Veja a seguir:
 MORAL - se refere às normas e leis que regem uma sociedade. Ela muda de local
para local, de época para época e de cultura para cultura.
 ÉTICA - se refere ao meu comportamento em relação com o outro, se o que eu faço é
bom tanto para mim quanto para o outro estou sendo ético.

Ética Moral

Não assassinar Ajudar que precisa.


Doar aquilo que você já não
Não violentar pessoas
mais usa.
Não cometer corrupção. Economizar água

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_____________________ Módulo I – Conhecimentos Gerais
3.1. Relações Interpessoais
Com certeza você já deve ter ouvido falar em
relacionamento interpessoal. Uma expressão muito
usada no meio corporativo e é de extrema importância
para o sucesso de uma empresa.
Relacionamento interpessoal refere-se à
interação entre pessoas, grupos e times, seja ele no
meio profissional, pessoal ou familiar. Um termo usado
pela sociologia e psicologia para definir qualquer tipo de
relação entre duas ou mais pessoas.
Embora o ser humano seja um ser sociável, todo relacionamento é complexo, pessoas
são diferentes, agem, pensam e comportam-se de forma diferente. E em um contexto
competitivo, como o ambiente de trabalho, esses fatores são ainda mais agravantes, pois
refletem diretamente nos resultados e performance da empresa e do profissional.
Embora a expressão “relacionamento interpessoal” não seja comum na definição das
relações que cultivamos entre amigos, familiares e afetivos, no meio corporativo este conceito
é abordado desde a década de 70, quando as empresas notaram que o clima organizacional
influencia na lucratividade do negócio, exercendo impacto direto na produtividade e na
capacidade de inovação de seus colaboradores. O clima organizacional influencia o
comportamento de seus profissionais que, quando positivo, pode aumentar a produtividade e
lucratividade do negócio, assim como a motivação, bem-estar e satisfação do profissional,
mas, quando negativo pode prejudicar – e muito – o desempenho e qualidade de vida do
profissional e os resultados da empresa.
Assim, é imprescindível que as empresas e profissionais estejam atentas à qualidade
de seus relacionamentos interpessoais. O comportamento de um profissional e a forma com
que ele se comunica e relaciona com sua equipe pode ser um fator determinante para o
sucesso ou o fracasso de uma empresa.

4. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR2


Segurança e saúde no trabalho estão interligadas, e atuam diretamente nas condições
em que o colaborador labora. Essa dinâmica acontece sobretudo porque tanto uma quanto a
outra apresentam um objetivo em comum: a proteção e a promoção do bem-estar —
fundamentais para a qualidade de vida.
Apesar da conexão entre as duas, segurança e saúde são ciências diferentes, ou seja,
cada uma possui seus instrumentos de intervenção. Ambas, porém, são igualmente reguladas
pelas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho.

4.1. Saúde do Trabalhador no Ambiente de Trabalho


Quando falamos em segurança no trabalho, estamos nos referindo às medidas que
devem ser adotadas para se preservar o bem-estar do trabalhador e proteger a sua vida de
possíveis acidentes no ambiente laboral. A segurança, portanto, tem natureza preventiva — e
este é o seu traço mais característico.
Desse modo, são medidas de segurança:
 A preocupação com as instalações, para que não apresentem riscos de
acidentes;
 A orientação sobre os procedimentos adotados para impedir situações de risco;

2
Disponível em: http://blog.volkdobrasil.com.br/noticias/seguranca-e-saude-no-trabalho-entenda-a-
relacao-entre-elas

12
Módulo I – Conhecimentos Gerais _____________________

 A indicação de práticas seguras, como metodologias mais adequadas e os


equipamento de proteção necessários para cada atividade.
Essas atribuições — analisar, orientar e decidir sobre segurança no trabalho — são
restritas ao Engenheiro de Segurança do Trabalho e ao Técnico em Segurança do Trabalho.
O principal documento para a elaboração de medidas de segurança da empresa é o
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais — o famoso PPRA, cuja realização e
implementação são obrigatórias de acordo com Norma Regulamentadora n.º 9 (NR9) da
Legislação Trabalhista.
O PPRA é um instrumento valioso para a segurança no ambiente laboral. Isso porque
ele traz recomendações para a prevenção dos riscos ambientais existentes em cada função
da empresa, incluindo os agentes físicos, químicos e biológicos, reconhece, avalia e controla
os riscos por meio da minimização dos agentes causadores, quando possível, ou pela
recomendação do uso de Equipamentos de Proteção Coletivos ou Individuais (EPCs e EPIs)
Outro mecanismo que auxilia na manutenção da segurança no ambiente de trabalho é
a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), constituída por membros
representantes dos empregados, eleitos por meio de votação secreta dos colaboradores e,
também, por membros representantes dos empregadores. Algumas das atribuições da
Comissão são:
 Identificar riscos de processo nas variadas funções da empresa;
 Elaborar um plano de trabalho com ações preventivas de segurança;
 Implementar medidas de prevenção de riscos;
 Avaliar prioridades de ações no ambiente de trabalho;
 Fazer vistorias periódicas em todos os setores da empresa, com intuito de
atualizar o plano de ações preventivas de segurança.
Além dessas, uma das atribuições mais importantes da CIPA é realizar anualmente a
Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT), prevista pela Norma
Regulamentadora n.º 5 (NR5) da Legislação Trabalhista. O principal objetivo da SIPAT é
promover a reflexão e a conscientização acerca da segurança no trabalho.

4.2. Prevenção de Acidentes de Trabalho


a) A Saúde no Trabalho
A saúde no trabalho, por sua vez, está diretamente
relacionada às possíveis doenças ocupacionais e profissionais. Mais do que isso, ela também
diz respeito à preservação da qualidade de vida do trabalhador, considerando sua saúde
física, mental e social.
A saúde no trabalho deve incluir a avaliação da capacidade laborativa do funcionário e
suas condições de saúde ao iniciar suas atividades na empresa, assim como ao sair. Esse
objetivo é alcançado por meio da realização de:
 Exames ocupacionais admissionais;
 Exames ocupacionais periódicos;
 Exames ocupacionais de mudança ou retorno de função;
 Exames ocupacionais demissionais.
Essas avaliações geralmente incluem uma análise clínica, uma audiometria tonal e
exames laboratoriais específicos, dependendo dos riscos ambientais de cada função. Tudo
isso está previsto no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), o mais
importante instrumento para a manutenção da saúde no trabalho, cuja execução está prevista
na Norma Regulamentadora n.º 7 (NR7) da Legislação Trabalhista.
O PCMSO é de elaboração e implementação obrigatória para todas as empresas com
pelo menos um funcionário, e deve ser atualizado todos os anos. Quem realiza este programa
são os Médicos do Trabalho ou outras pessoas capazes de desenvolver o que está previsto
na NR7, de acordo com o SESMT.
13
_____________________ Módulo I – Conhecimentos Gerais
Outro importante documento da saúde no trabalho é a Análise Ergonômica,
estabelecida pela Norma Regulamentadora n.º 17 (NR17), que tem como principal objetivo
identificar as funções e os objetos do profissional, observando a existência de riscos
ergonômicos, a avaliação dos níveis de ruídos, de luminosidade e de temperatura do
ambiente que podem afetar a saúde dos funcionários.

b) A Relação entre Segurança e Saúde no Trabalho


Segurança e saúde no trabalho atuam juntas e se complementam, buscando garantir
um ambiente profissional melhor, mais seguro e mais saudável. E agora que você já sabe
quais são as atribuições de cada uma, vamos comentar sobre a dinâmica existente entre elas.
Para começar, é a partir da junção entre segurança e saúde no trabalho que a
empresa garante uma série de vantagens, como:
 Redução dos riscos de acidentes de trabalho;
 Promoção de um ambiente mais adequado ergonomicamente;
 Redução dos casos de doenças ocupacionais;
 Estabelecimento de melhores condições físicas e psicológicas de trabalho para
os colaboradores;
 Aumento da organização da empresa com a elaboração de planos de riscos;
 Diminuição dos gastos com pagamento de multas ou indenizações devido ao
descumprimento de normas trabalhistas;
 Aumento da qualidade de vida no ambiente de trabalho e, com isso, maior
produtividade por parte dos colaboradores.

Esses objetivos não podem ser alcançados se não forem obedecidas as Normas
Regulamentadoras previstas na Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). Atualmente,
existem 36 NRs aprovadas na legislação, sendo que as mais importantes para a segurança e
saúde no trabalho são:
 NR5, que prevê a formação de uma Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (CIPA);
 NR6, que torna obrigatório o uso de Equipamentos de Proteção Individual
(EPIs)
 NR7, que regulamenta o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO);
 NR9, que regulamenta o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
(PPRA);
 NR17, que regulamenta a Análise Ergonômica.

O descumprimento das NR’s de segurança e saúde no trabalho por parte do


empregador acarreta uma série de consequências — como o pagamento de multas,
processos judiciais e, até mesmo, a interdição do imóvel ou paralisação das atividades.
Na empresa, cabe a todos o zelo por um ambiente mais seguro e saudável, mas o
empregador é totalmente responsável pela adoção de medidas de manutenção da segurança
e, também, de preservação da saúde de seus funcionários, devendo não apenas garantir a
presença de Técnicos de Segurança do Trabalho, psicólogos, médicos e enfermeiros, como
investir na devida comunicação entre equipes e da CIPA para com todos os funcionários.
No entanto, os colaboradores também têm papel fundamental na questão de sua
própria qualidade de vida no ambiente de trabalho, devendo colocar em prática todos os
conhecimentos adquiridos por meio da SIPAT, além dos treinamentos de segurança e
campanhas de saúde, promovidos pela empresa, obedecer às normas e, principalmente,
fazer uso dos Equipamentos de Proteção quando estes forem necessários para a realização

14
Módulo I – Conhecimentos Gerais _____________________

das suas atividades. Um colaborador que não acata aos procedimentos de segurança da
empresa pode até ser dispensado por justa causa.
De modo geral, segurança e saúde no trabalho só existem se todos os envolvidos se
dedicarem igualmente — empregador, funcionários e profissionais do Serviço Especializado
em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT. São os profissionais do
SESMT que avaliam, por exemplo, se determinada atividade de um trabalhador da empresa
se enquadra nas previsões normativas para a percepção do adicional de insalubridade ou de
periculosidade.
Podemos dizer, por fim, que esses dois fatores se relacionam principalmente porque a
preocupação com ambos aspectos é o que garante a qualidade de vida do trabalhador e seu
bem-estar dentro do ambiente de trabalho, proporcionando uma série de benefícios à
empresa.

5. MEIO AMBIENTE E QUALIDADE DE VIDA


5.1. Entendendo a Educação Ambiental

A Educação Ambiental surge com o propósito de despertar a consciência da


população global sobre os problemas ambientais consequentes das atividades humanas.
Conforme definido no Congresso de Belgrado, no ano de 1975, a Educação Ambiental
é um processo que visa “formar uma população mundial consciente e preocupada com o
ambiente e com os problemas que lhe dizem respeito, uma população que tenha os
conhecimentos, as competências, o estado de espírito, as motivações e o sentido de
participação e engajamento que lhe permita trabalhar individualmente e coletivamente para
resolver os problemas atuais e impedir que se repitam”.
A Educação Ambiental é uma vertente da educação direcionada aos assuntos
relacionados à interação homem-ambiente, despertando uma consciência crítica sobre os
problemas ambientais. Trabalha o lado racional juntamente com o sensível e de valores,
promovendo o desenvolvimento de novos valores e ações de respeito e proteção ao Meio
Ambiente.

a) Meio ambiente e Sustentabilidade


Meio Ambiente é o conjunto de forças e condições que cercam e influenciam os seres
vivos e as coisas em geral. Os constituintes do meio ambiente compreendem clima,
iluminação, pressão, teor de oxigênio condições de alimentação, modo de vida em sociedade
e para o homem, educação, companhia, etc.
Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que
visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das
próximas gerações. Ou seja, a sustentabilidade está diretamente relacionada ao
desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos
naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Seguindo estes
parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável.

 Ações Relacionadas à sustentabilidade

 Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada,


garantindo o replantio sempre que necessário.
 Preservação total de áreas verdes não destinadas a exploração econômica.
 Ações que visem o incentivo a produção e consumo de alimentos orgânicos, pois
estes não agridem a natureza além de serem benéficos à saúde dos seres humanos;
 Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma controlada,
racionalizada e com planejamento.

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_____________________ Módulo I – Conhecimentos Gerais
 Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica) para
diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Esta ação, além de preservar as
reservas de recursos minerais, visa diminuir a poluição do ar.
 Criação de atitudes pessoais e empresariais voltadas para a reciclagem de resíduos
sólidos. Esta ação além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo no solo,
possibilita a diminuição da retirada de recursos minerais do solo.
 Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o desperdício de
matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo consumo de energia.
 Atitudes voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao máximo o
desperdício. Adoção de medidas que visem a não poluição dos recursos hídricos,
assim como a despoluição daqueles que se encontram poluídos ou contaminados.

 Benefícios da Sustentabilidade – A adoção de ações de sustentabilidade garante a


médio e longo prazo um planeta em boas condições para o desenvolvimento das
diversas formas de vida. Garante os recursos naturais necessários para as próximas
gerações, possibilitando a manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios,
lagos, oceanos) e garantindo uma boa qualidade de vida para as futuras gerações.

b) Utilização Consciente dos Recursos Naturais e Responsabilidade Social com o Meio


Ambiental
Consiste no uso dos recursos naturais de forma planejada para garantir sua utilização
pelas gerações futuras, de modo que produza o menor impacto ou degradação.
A conservação ambiental envolve atitudes individuais e coletivas. Inclui várias iniciativas
em pesquisa, educação, política e administração.
Responsabilidade social é o grau de obrigações que uma organização assume através
de ações que protejam e melhorem o bem-estar da sociedade à medida que procura atingir
seus próprios interesses. Refere-se ao grau eficiência e eficácia que uma organização
apresenta no alcance de suas responsabilidades sociais. Uma organização socialmente
responsável é aquela desempenha as seguintes obrigações:
 Incorpora objetivos sociais em seus processos de planejamento.
 Aplicar comparativas de outras organizações em seus programas sociais.
 Apresenta relatórios aos membros organizacionais e aos parceiros sobre os
progressos na sua responsabilidade social.
 Experimenta diferentes abordagens para medir o seu desempenho social.
 Procura medir os custos dos programas sociais e o retorno dos investimentos em
programas sociais.

Já ouviu falar sobre a política dos 5R’s? Faça um breve resumo sobre o assunto

5.2. Higiene Pessoal e Qualidade de Vida

O que é Higiene Pessoal?

A higiene pessoal é todo cuidado corporal. Ela não


se refere só a tomar banho e escovar os dentes para evitar
o mau hálito, cuidar do corpo e de sua limpeza; é também
zelar pela saúde. Tais hábitos, que para nós, são tão
corriqueiros já foram, no passado, totalmente
desconhecidos, fato que contribuiu para os grandes surtos
de doenças como a peste negra (peste bubônica), na

16
Módulo I – Conhecimentos Gerais _____________________

Europa do Período Medieval e até para a tuberculose, uma das doenças pulmonares dos
séculos XIX e XX.

a) Cuidados com o corpo


Os cuidados de higiene corporal são muito importantes, tais como tomar banho
diariamente, cortar as unhas e mantê-las limpas, lavar as mãos constantemente e escovar os
dentes depois das refeições. São hábitos simples e corriqueiros que evitam doenças de pele,
contaminação por bactérias e as terríveis cáries dentárias.
Porém, a higiene pessoal envolve mais do que isso. É também dormir, pelo menos,
oito horas por noite para manter a mente e o corpo relaxados durante o dia, quando estamos
em plena atividade. O ambiente disponível para dormir tem que ser arejado, limpo, ter
temperatura e iluminação agradável para que a noite de sono seja revigorante.

b) Higiene Mental
Cuidar da mente é parte importante dos hábitos de higiene. Isso se concretiza quando
se realizam atividades relaxantes como sair com os amigos, ler, escutar música exercitar o
corpo ou fazer o que se gosta nas horas vagas.
Especialistas acreditam que manter essas atividades contribui para uma boa memória,
deixa a pessoa mais concentrada, o que ajuda no bom desempenho profissional e estudantil.

c) Promoção da Qualidade de Vida


Para um indivíduo ter uma boa qualidade de vida é fundamental a busca de hábitos
saudáveis. Estes, não devem ser feitos esporadicamente, mas sim com frequência (para toda
vida). A adoção destes hábitos saudáveis tem por objetivos a manutenção da saúde física e
psicológica, aumentando a qualidade de vida.

Principais hábitos saudáveis:


 Alimentação, nutritiva e de acordo com as necessidades de cada organismo;
 Prática regular de atividades físicas;
 Atividades ao ar livre e contato com a natureza;
 Não ter vícios (álcool, cigarro e outras drogas);
 Buscar se envolver em atividades sociais prazerosas e construtivas;
 Controlar e, na medida do possível, evitar o estresse;
 Estimular o cérebro com atividades intelectuais (leitura, teatro, etc);
 Buscar ajuda de profissionais da saúde quando apresentar doenças ou problemas
psicológicos.

6. GESTÃO DE PEQUENOS NEGÓCIOS


6.1. Empreendedorismo
Empreendedorismo significa empreender, resolver um problema ou situação
complicada. É um termo muito usado no âmbito empresarial e muita das vezes relaciona-se
com a criação de empresas ou produtos novos.
Empreender é também agregar valor, saber identificar oportunidades e transformá-las
em um negócio lucrativo.
O empreendedorismo é essencial nas sociedades, pois é através dele que as
empresas buscam a inovação, preocupam-se em transformar conhecimentos em novos
produtos. Existem, inclusive, cursos de nível superior com ênfase em empreendedorismo,
para formar indivíduos qualificados para inovar e modificar as organizações, modificando
assim o cenário econômico.

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_____________________ Módulo I – Conhecimentos Gerais

a) Características de um Empreendedor
i) Iniciativa: Em qualquer que seja a atividade, é importante ter a iniciativa.
Sabemos que a busca por oportunidades de negócios é constante, e isso tem feito
muitas pessoas desistirem dos seus planos. Para não fracassar também, fique
sempre atento ao que acontece no mercado em que vai atuar.
ii) Coragem para correr riscos: Muitos brasileiros riscam essa frase do seu
vocabulário. É importante ter coragem, seja qual for o projeto. Se você realmente
busca ser um empreendedor, arriscar-se faz parte do ato de empreender. E não se
confunda: correr risco é muito diferente de correr perigo, pois um empreendedor só
corre perigo se estiver desinformado. Agora se tem as informações, as suas
decisões serão tomadas com o risco calculado.
iii) Capacidade de planejamento: Esse quesito requer três respostas: ter a visão de
onde está aonde quer chegar e o que é preciso fazer. Com elas, será mais fácil
criar planos de ações e priorizá-los dentro do seu mais novo empreendimento.
Para ter e alcançar os objetivos determinados é preciso monitorar, corrigir e rever
o que você está realizando.
iv) Eficiência e qualidade: As pequenas empresas geralmente apresentam menos
recursos em suas fases iniciais e por isso acreditam que terão seu aproveitamento
prejudicado. Esqueça isso e não desista dos projetos estabelecidos! Ao invés de
se lamentar, procure garantir que esses recursos sejam bem aproveitados, não se
esquecendo de conquistar o cliente e o público alvo.
v) Liderança: A frase “o empreendedor deve ser o líder na sua empresa” deve ser
guardada em sua memória. Um bom empreendedor é aquele que ouve os
problemas de uma empresa, busca soluções para esses problemas, sabe
estimular permanentemente a equipe e está pronto para motivá-la. Com essa
postura, as chances de sua empresa ser um sucesso só tendem a crescer!

b) Tipos de Empreendedorismo

Há dois grandes grupos: os empreendedores por necessidade, que só empreendem


para sobreviver, e os empreendedores por oportunidade, que identificam um nicho com
potencial de crescimento. Veja a seguir os principais tipos propostos por José Dornelas e
descubra qual o seu perfil.
I. O Informal – Este tipo ganha dinheiro porque precisa sobreviver. “O informal está
muito ligado a necessidades. A pessoa não tem visão de longo prazo, quer atender
necessidade de agora”, diz Dornelas. O empreendedor deste perfil trabalha para
garantir o suficiente para viver, tem um risco relativamente baixo e não tem muitos
planos para o futuro. “Esse tipo tem diminuído bastante com iniciativas como o
Microempreendedor Individual (MEI)”, opina.
II. O Cooperado – Este tipo costuma empreender ligado a cooperativas, como artesãos.
Por isso, trabalho em equipe é primordial. Sua meta é crescer até poder ser
independente. “Empreende de maneira muito intuitiva”, explica Dornelas. Geralmente,
estes empreendedores dispõem de poucos recursos e tem um baixo risco.
III. O Individual – Este é o empreendedor informal que se formalizou através do MEI e
começa a estruturar de fato uma empresa. “Por mais que esteja formalizado, ele não
está pensando em crescer muito”, diz Dornelas. Este perfil ainda está muito ligado à
necessidade de sobrevivência e geralmente trabalha sozinho ou com mais um
funcionário apenas.
IV. O Franqueado e o Franqueador – Muitos desconsideram o franqueado como
empreendedor, mas a iniciativa de comandar o negócio, mesmo que uma franquia
deve ser levada em conta. Geralmente, procuram uma renda mensal média e o
retorno do investimento. Do outro lado, está o franqueador, responsável por construir

18
Módulo I – Conhecimentos Gerais _____________________

uma rede através de sua marca. “Costumam ser exemplos de empreendedorismo”,


afirma.
V. O Social – A vontade de fazer algo bom pelo mundo aliada a ganhar dinheiro move
este empreendedor. “Este tipo tem crescido muito, principalmente entre os jovens que,
ainda na faculdade, têm aberto o próprio negócio para resolver problemas que a área
pública não consegue”, diz Dornelas. Nesta categoria, trabalho em equipe é primordial
e o objetivo é mudar o mundo e inspirar outras pessoas a fazerem o mesmo.
VI. O Corporativo – É o intraempreendedor, ou seja, o funcionário que empreende novos
projetos na empresa que trabalha. “O dilema das empresas hoje é aumentar a
quantidade de pessoas com esse perfil”, explica. Seu principal objetivo é crescer na
carreira, com promoções e bônus.
VII. O Público – O empreendedor público é uma variação do corporativo para o setor
governamental. Para Dornelas, ainda existem muitos funcionários públicos
preocupados em utilizar melhor recursos e inovar nos serviços básicos. Sua motivação
está ligada ao fato de conseguir provar que seu trabalho é nobre e tem valor para a
sociedade.
VIII. O do Conhecimento – Este empreendedor usa um profundo conhecimento em
determinada área para conseguir faturar. É como um atleta que se prepara e ganha
medalhas importantes. “Eles sabem capitalizar para empreender e fazer acontecer,
como escritores e artistas”, explica. Eles buscam realização profissional e
reconhecimento com isso.
IX. O do Negócio Próprio – Este é o mais comum e costuma abrir um negócio próprio
por estilo de vida ou porque pensa grande. “Este é o mais se aproxima do visionário”,
define Dornelas. Dentro deste perfil, encontramos subtipos: o empreendedor nato, o
serial e o “normal”.
O empreendedor nato costuma ser tido como genial, com trajetória de negócio
exemplar, como Bill Gates. Já o serial é aquele que cria negócios em sequência. Ele não se
apaixona pela empresa em si, mas pelo ato de empreender. Por fim, o “normal” é o
empreendedor que planeja para minimizar os riscos e segue o plano estabelecido.
No fundo, todos procuram satisfação pessoal, autonomia financeira e querem deixar
um legado. “Esses modelos não são estáticos. Ele pode evoluir e mudar para outro tipo no
decorrer da sua vida”, explica Dornelas.

6.2. Liderança de Gestão

Ainda que o ser humano seja dotado de conhecimentos e habilidades, em muitas


situações é praticamente impossível trabalhar sozinho e conseguir o mesmo êxito se o
trabalho fosse realizado em equipe. Nesse sentido, Gestão é o processo de se conseguir
obter resultados (bens e serviços) com os esforços dos outros. A gestão tem a função de
interpretar os objetivos propostos e transformá-los em ação, através do planejamento,
organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e níveis
da empresa, a fim de atingir esses mesmos objetivos. Para compreender melhor faremos uma
breve abordagem de cada um desses conceitos.
 Planejamento – É o processo que determina antecipadamente o que deve ser feito
e como deve ser feito. Os planos devem servir de guias claros para os gestores e
todo o pessoal da empresa. Além disso, estabelecer a forma como a empresa se
irá desenvolver no futuro.
 Organização – É o processo de estabelecer relações formais entre as pessoas, e
entre os recursos, para atingir os objetivos propostos.
 Direção – É o processo de determinar, isto é, influenciar, o comportamento dos
outros. A direção envolve motivação, liderança e comunicação.

19
_____________________ Módulo I – Conhecimentos Gerais
 Controle – É o processo de comparação do atual desempenho da organização,
apontando as eventuais ações corretivas. Mais que castigar, pretende definir
ações necessárias para corrigir os desvios no futuro.
Existem muitas diferenças entre gerir e liderar. A principal diferença reside na
capacidade de motivar outras pessoas a seguir uma determinada direção. Dizemos que um
líder tem a capacidade para criar um clima de confiança nos seus seguidores, enquanto um
gestor se limita a pedir e exigir em função de uma hierarquia pré-estabelecida. O ideal na
verdade é que todo gestor seja também um bom líder.

Fonte: Adaptado http://pt.slideshare.net/PauloSantos57/gesto-de-equipes-para- professores-v-final

6.3. Associativismo e Cooperativismo


Associativismo e cooperativismo estão relacionados a duas diferentes formas de
organização, cada uma com sua importância e peculiaridade.
De acordo com o SEBRAE, o associativismo une-se em prol de objetivos sociais. E o
Cooperativismo, em prol de objetivos econômicos. Entender as diferenças é fundamental
para se adequar ao modelo desejado.
A diferença essencial entre associações e cooperativas está na natureza dos dois
processos: as associações têm por finalidade a promoção de assistência social, educacional,
cultural, representação política, defesa de interesses de classe, filantropia. Já as cooperativas
têm finalidade essencialmente econômica e seu principal objetivo é viabilizar o negócio
produtivo dos associados junto ao mercado.
A compreensão dessa diferença é o que determina a adequação a um ou a outro
modelo. Enquanto a associação é adequada para levar adiante uma atividade social, a
cooperativa é mais adequada para desenvolver uma atividade comercial em média ou grande
escala de forma coletiva.

Tipo de vínculo e resultado


Nas cooperativas, os participantes são os donos do patrimônio e os beneficiários dos
ganhos. Uma cooperativa de trabalho beneficia os próprios cooperados e o mesmo acontece
em uma cooperativa de produção. As sobras das relações comerciais estabelecidas pela
cooperativa podem, por decisão de assembleia geral, ser distribuídas entre os próprios
cooperados. Além disso, há o repasse dos valores relacionados ao trabalho prestado pelos
cooperados ou da venda dos produtos por eles entregues na cooperativa.
Já em uma associação, os associados não são propriamente os donos. O patrimônio
acumulado pela associação, no caso de sua dissolução, deve ser destinado a outra instituição
semelhante, conforme determina a lei. Por outro lado, os ganhos obtidos pertencem à
sociedade e não aos associados, pois, também de acordo com a lei, tais ganhos devem ser
destinados à atividade-fim da associação.

20
Módulo I – Conhecimentos Gerais _____________________

A associação tem uma grande desvantagem em relação à cooperativa, pois ela


engessa o capital e o patrimônio. Em compensação, tem algumas vantagens que compensam
para grupos que querem se organizar: o gerenciamento é mais simples e o custo de registro é
menor. Contudo, se o objetivo for econômico, o modelo mais adequado é a cooperativa.

Cooperativa de trabalho:
A lei 12.690 de 2012 em seu Art.2°Considera Cooperativa de Trabalho a sociedade
constituída por trabalhadores para o exercício de suas atividades com proveito comum,
autonomia e autogestão para obterem melhor qualificação e renda, situação socioeconômica
e condições gerais de trabalho.
A autonomia de que trata a lei, deve ser exercida de forma coletiva e coordenada,
mediante fixação, em Assembleia Geral, das regras de funcionamento da cooperativa e da
forma de execução dos trabalhos, nos termos desta Lei.
Em seu art. 2, § 2° a Lei ainda Considera autogestão como sendo o processo
democrático no qual a Assembleia Geral define as diretrizes para funcionamento e as
operações da cooperativa, onde os sócios decidem sobre a forma de execução dos trabalhos,
nos termos da lei.
 Tipos de cooperativa de trabalho
A Cooperativa de Trabalho pode ser:
I – De produção, quando constituída por sócios que contribuem com o trabalho para a
produção em comum de bens e a cooperativa detém, a qualquer título, os meios de produção;
II – De serviço, quando constituída por sócios para a prestação de serviços
especializados a terceiros, sem a presença dos pressupostos da relação de emprego.

6.4. Dicas para Gestão de Pequenos Negócios


Abrir um negócio é sempre um grande desafio. Muitos empreendedores se concentram
apenas na ideia e esquecem o principal: elaborar um bom planejamento estratégico e
financeiro. A cada 100 empresas abertas no Brasil, pouco mais de 75 sobrevivem ao primeiro
ano, segundo o SEBRAE. Para Vinícius Roveda os cuidados dos empreendedores iniciantes
devem ser redobrados. Com o objetivo de ajudar quem está começando, ele listou 12 dicas
para quem quer evitar os erros mais comuns ao abrir um negócio:
 Compartilhe a sua ideia – Essa atitude, mesmo em um estágio inicial do negócio, pode
economizar um bom tempo e muito dinheiro. Esqueça o medo de que alguém irá copiar o
seu projeto e compartilhe o que pensa com outros empreendedores, principalmente com
aqueles que já tiveram alguma experiência semelhante.
 Valide o seu modelo de negócio – A falta de planejamento é uma das principais causas
de mortalidade das empresas. Os erros são comuns, mas o importante, segundo ele, é
que as falhas sejam encaradas como um aprendizado. O ideal é testar e validar seu
negócio o mais rapidamente possível – e não ter medo de mudar completamente a
estratégia caso seja preciso. Lembre-se de que, se você invalida uma ideia em pouco
tempo, o prejuízo é menor.
 Conheça profundamente os seus clientes – Quanto mais você conhecer o seu cliente,
maior será a probabilidade de você ter sucesso. Mas não basta apenas ter informações
do tamanho do seu público-alvo e de sua preferência. Também é importante entender o
comportamento, os hábitos e as rotinas de quem você quer atingir. Com essas
informações em mãos, é possível personalizar produtos ou serviços, conquistar os
usuários e obter sucesso mais facilmente.
 Fuja da informalidade – Empreendedores iniciantes se veem tentados a começar suas
atividades de maneira informal. A intenção principal é fugir dos impostos. No entanto,
sem a formalização, o seu negócio fica impedido de crescer. A capacidade de emitir nota

21
_____________________ Módulo I – Conhecimentos Gerais
fiscal, criar uma conta bancária como pessoa jurídica, obter máquinas de cartão de
crédito e solicitar empréstimos públicos é exclusiva para quem tem um CNPJ.
 Seja um bom gestor administrativo – Ter experiência no ramo de atuação é
importante, mas não é tudo. Boa parte dos empreendedores iniciantes acredita que é
possível administrar uma empresa com o conhecimento adquirido em uma graduação
específica. Para Roveda, tal postura é inadequada. Sem conhecimento em
administração, o empresário corre o risco de ver o negócio afundar.
 Tenha uma vida financeira organizada – Muitos empreendedores vivem mergulhados
em uma completa desorganização financeira, algo terrível para os negócios. Para “sair do
vermelho”, o primeiro passo é organizar seu fluxo de caixa. Com planilhas simples, é
possível controlar os valores que entram e saem, inclusive com previsões futuras. Alguns
softwares de gestão auxiliam o controle financeiro, informando o que vence e o que
deverá entrar no seu caixa. Dessa forma o empresário terá total controle da situação
monetária e poderá planejar o crescimento saudável do negócio.
 Separe despesas pessoais e empresariais – Às vezes, por causa de apertos
financeiros ou pura desorganização, o empreendedor usa o dinheiro da empresa para
pagar despesas pessoais – ou vice-versa. Segundo Roveda, esse é um dos erros mais
comuns entre os donos de pequenos negócios. Ele recomenda que o empreendedor fixe
uma retirada mensal dos ganhos do negócio – valor tecnicamente chamado de pró-labore
– e reinvista o resto dos lucros na própria empresa, estimulando seu crescimento.
 Defina o valor do seu produto de maneira consciente – Empreendedores iniciantes
também costumam errar muito na hora de definir a margem de lucro e fixar preços de
produtos. É comum encontrar empresários que vendem muito, mas se queixam de não
ver o dinheiro entrar. Isso acontece em razão de cálculos equivocados. Saiba que há
técnicas corretas para definir margens de lucro e preço de produtos e serviços. Se você
não as conhece, está na hora de rever as finanças da empresa, segundo Roveda.
 Saiba negociar – Cortar gastos e economizar ao máximo: o empreendedor que pensa
assim vai longe. Uma estratégia importante para conseguir o melhor aproveitamento dos
recursos é negociar com os fornecedores. Se você tiver um bom fluxo de caixa,
conseguirá fazer compras grandes com pagamento à vista, o que pode significar custos
menores na hora de repor o estoque e lucros mais altos no momento das vendas.
 Gerencie seu estoque – O gerenciamento de estoque também é um dos pontos
fundamentais para o sucesso de um negócio, seja ele virtual ou físico. Todo
empreendedor deve ter em mente que, se vender, precisa entregar. Por este motivo, é
importante saber exatamente a quantidade de cada item disponível. Caso você trabalhe
com mercadorias de curto prazo de validade, o controle deve ser ainda mais rigoroso.
 Adote estratégias de comunicação – Estratégias de comunicação devem ser adotadas
em qualquer negócio, seja ele de grande ou pequeno porte. Algumas medidas criativas
podem ser adotadas sem grandes custos. Uma newsletter para o e-mail dos seus
clientes, informando sobre novidades e promoções, é uma forma relativamente barata de
informá-los. As redes sociais, segundo Roveda, não podem ser deixadas de lado.
 Seja criativo – Não é preciso “reinventar a roda”. Mas soluções criativas e diferenciais
exclusivos são decisivas para levar sua empresa ao sucesso.

22
Módulo II – Conhecimentos Específicos _______________

UNIDADE II: CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

APRESENTAÇÃO

Sejam todos bem vindos ao curso de Artesanato em Madeira que tem como objetivo
proporcionar aos participantes a oportunidade de aquisição de conhecimentos para o
desenvolvimento das habilidades e técnicas na arte de trabalhar com a madeira.

Como uma forma de exercitar o cérebro, o artesanato é muito recomendado pelos


médicos, pois se trata de uma atividade que ajuda a estimular o cérebro, desenvolvendo o
lado criativo, motor, memoria, bem como cognitivo, contribuindo também, para prevenir
doenças que podem se desenvolver no cérebro.

AGORA É HORA DE CONHECER UM POUCO SOBRE O HISTÓRICO DO


ARTESANATO, VAMOS LA?

O artesanato é uma técnica manual utilizada para


produzir objetos feitos a partir de matéria-prima natural. No Artesanato mesmo que
Considera-se artesanato todo trabalho manual, onde mais as obras sejam criadas com
de 80% da peça foi fruto da transformação dessa matéria- instrumentos e máquinas, a
prima pelo próprio artesão. destreza manual do homem
Um fato interessante sobre o artesanato é que é que dará ao objeto uma
normalmente esse produto reflete a relação do artesão com
característica própria e
criativa refletindo a
o meio onde vive e a também da sua cultura. Este personalidade do artesão, e
profissional é considerado um artista, pois seus produtos a relação deste com o
são verdadeiras obras de arte. contexto do qual emerge.

 Como surgiu o artesanato?

A história do artesanato surgiu na Pré-História, mais precisamente no período


neolítico (6000 A.C). Foi nesse período que o homem aprendeu a polir a pedra, fabricar
cerâmica, tecer fibras animais e vegetais, etc. Da necessidade de produzir itens de uso do
dia-a-dia para sua sobrevivência; ou mesmo da criação de alguns adornos, que começaram a
expressar a capacidade criativa e produtiva como forma de trabalho. As pessoas dessa época
usavam as peças que faziam manualmente para caçar, confeccionar roupas e até mesmo
pequenas estátuas e pinturas. O trabalho tinha um caráter familiar, muitas vezes todos os
integrantes costuravam, cortavam, poliam, ou seja, produziam as peças juntos. Começou
como uma forma de produção de produtos para sobrevivência da família; mas com o passar
dos anos se tornou uma forma de sustento e renda.

23
_______________ Módulo II – Conhecimentos Específicos

PARA COMPREENDER MELHOR, VAMOS AOS CONCEITOS BÁSICOS DO


ARTESANATO BRASILEIRO.

O artesanato brasileiro é um dos mais expressivos do mundo e se manifesta de várias


formas, historicamente o artesão é responsável pela seleção da matéria-prima a ser usada,
pelo projeto do produto a ser executada, transformação da matéria-prima em produto
acabado, os artesãos, com sua criatividade e habilidade, produzem peças que fazem sucesso
tanto no Brasil como no mundo, Grande parte das peças produzidas no artesanato brasileiro é
de grupos de artesãos de pequenas cidades. Quando falamos sobre artesanato no Brasil,
podemos afirmar que nossos primeiros artesãos foram os índios, desde antes do
descobrimento do Brasil, eles já usavam pigmentos naturais, cestaria, cerâmica, penas e
plumas para criar seus ornamentos e vestuário.

Quem é o Artesão?

É o trabalhador que de forma individual


exerce um ofício manual, transformando a matéria-
prima bruta ou manufaturada em produto acabado.
Tem o domínio técnico sobre materiais, ferramentas
e processos de produção artesanal, criando ou
produzindo trabalhos que tenham dimensão cultural,
utilizando técnica manual, utilizando ou não
equipamentos, desde que não sejam automáticos ou
duplicadores de peças.

O que é o Artesanato?

Compreende toda a produção resultante da


transformação de matérias-primas, com
predominância manual, por indivíduo que detenha o
domínio integral de uma ou mais técnicas, aliando
criatividade, habilidade e valor cultural (possui valor
simbólico e identidade cultural), podendo no
processo de sua atividade ocorrer o auxílio limitado
de máquinas, ferramentas, artefatos e utensílios.

Você já ouviu falar em Arte popular?

Trata-se do conjunto de atividades poéticas, musicais, plásticas, dentre outras


expressivas que configuram o modo de ser e viver do povo de um lugar. A arte popular
diferencia-se do artesanato a partir do propósito de ambas as atividades. Enquanto o artista
popular tem profundo compromisso com a originalidade, para o artesão essa é uma situação
meramente eventual. O artista necessita dominar a matéria-prima como o faz o artesão, mas
está livre da produção repetitiva frente a um modelo escolhido, partindo sempre para fazer
algo que seja de sua própria criação. Já o artesão quando encontra e elege um modelo que
o satisfaz, inicia um processo de reprodução a partir da matriz original, obedecendo a um
padrão de trabalho que é a afirmação de sua capacidade de expressão. A obra de arte é

24
Módulo II – Conhecimentos Específicos _______________

peça única que pode, em algumas situações, ser tomada como referência e ser reproduzida
como artesanato.

Agora vamos entender melhor sobre o que são os Trabalhos manuais.

Apesar de exigir destreza e habilidade, a matéria-prima não passa por transformação.


Em geral são utilizados moldes pré-definidos e materiais industrializados. As técnicas são
aprendidas em cursos rápidos oferecidos por entidades assistenciais ou fabricantes de linhas,
tintas e insumos.

PRODUTOS TÍPICOS

Um produto para se considerado típico, deve


estar ligado espacialmente a um território e
culturalmente a costumes e modos de um povo,
estas ligações devem ser sólidas e existentes já a
algum tempo. Além disto, o produto típico deve
possuir características particulares que o diferencie
de outros produtos similares. São produzidos a partir
de matéria-prima regional e em pequena escala.
Compreendem: alimentos processados por métodos
tradicionais; artigos de perfumaria; cosméticos; e
aromáticos. Utilizam embalagens, rótulos e etiquetas
artesanais.

Devem revelar identidade cultural e observar a


legislação vigente que regulamenta a comercialização.
- Produtos semi-industriais – Embora tenham uma
aparência similar aos produtos artesanais, são
produzidos em pequenas fábricas. A característica
predominante é o baixo custo de produção, de venda,
e saturação do mercado. Normalmente são
lembranças, recordações de viagem ou souvenir
destinado aos turistas.

25
_______________ Módulo II – Conhecimentos Específicos

TIPOLOGIA DO ARTESANATO

A tipologia artesanal é a classificação do


artesanato em função das matérias-primas utilizadas
nas confecções dos produtos artesanais. As
matérias-primas do artesanato podem ser de origem
mineral, vegetal, de animal. Podem também, ser a
soma de uma ou mais matérias-primas em um
mesmo produto, criando novas classes de objetos,
que conformam duas ou mais matérias-primas na sua
confecção, como por exemplo, um mobiliário de
madeira com componentes em couro.

A seguir tipos de materiais utilizados no


artesanato:

 Argila ou barro;
 Pedra (pedra sabão, granito, mármore);
 Fibras vegetais (taboa, babaçu, caroá, carnaúba, buriti, piaçava, sisal, juta, junco,
bambu, vime, bananeira, rami, capim-dourado, tucumã, arumã, taquara, ouricuri,
coco);
 Palhas (do milho, do trigo, do arroz) e cipós (imbé, ingá, titica, do fogo, timbó);
 Madeiras (cedro, jacarandá, pequi, reaproveitadas, reflorestadas, refugos);
 Sementes e cascas (patauá, açaí, pau-brasil, tucumã, olho-de-boi, olho-de-cabra,
guapuruvu, paxiubão);
 Fios (algodão, linho, seda, juta);
 Couro (animal ou sintético); Metais (ferro,cobre, bronze, alumínio, prata, ouro, latão);
 Papel (artesanal, reciclado, industrial);
 Outros (vidro, osso, chifre, borracha, conchas, areia, plástico, cera, massa, etc.).

ORIGEM DA MATÉRIA PRIMA:

Podem ser animal, vegetal e mineral. MATÉRIA PRIMA: No


artesanato, considera-se matéria-
prima toda substância principal,
As matérias-primas podem ser utilizadas em seu de origem vegetal, animal ou
estado natural, processadas artesanalmente ou ainda mineral, utilizada na produção
industrialmente e, também, ser decorrentes de processos artesanal, que sofre tratamento
de reciclagens ou reaproveitamento. Para cada matéria- e/ou transformação de natureza
prima principal derivam atividades profissionais distintas, física ou química, resultando em
que determinam as tipologias de produtos, com suas bem de consumo. Ela pode ser
respectivas ferramentas e destinações. Segue abaixo a utilizada em estado natural,
matéria prima. depois de processadas
artesanalmente/industrialmente ou
serem decorrentes de processo de
reciclagem/reutilização.

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Módulo II – Conhecimentos Específicos _______________

 Origem Mineral: São recursos extraídos da terra, sendo elementos ou compostos


químicos, processados ou não, podem ser encontrados naturalmente na crosta da
terra, isto é, que fazem parte da sua própria formação e são utilizados como matéria
prima. Exemplo: Argila, pedra, metais, vidro, gesso, parafina, plástico;
 Origem Vegetal: As matérias primas de origem vegetal são aquelas extraídas da
natureza, em sua forma bruta, ou mesmo após processamento, onde podemos citar:
Fibras, Madeira, Cascas, Semente, Fio, Tecido, Borracha, Papel;
 Origem Animal: As de origem animal são aquelas que advêm de origem animal,
sendo uma fonte que proporciona uma grande diversidade de matéria prima. Exemplo:
lã, couro, chifre de osso, conchas, corais, penas, plumas, fio de seda, lã e muito mais.

SEMENTES, CASCA, RAIZES, FLORES E FOLHAS SECAS.

Neste tópico é importante conhecer os produtos que são confeccionados com matéria
prima que denominamos não-madeireiros, sendo eles: sementes, cascas, raízes, flores e
folhas secas. Segue exemplo abaixo.

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_______________ Módulo II – Conhecimentos Específicos

MATÉRIA PRIMA PROCESSADA: ARTESANAL, INDUSTRIAL E PROCESSOS


MISTOS.

Técnica pelo qual a matéria prima passa por um processo, que pode ser totalmente
artesanal, Industrial, ou Misto, utilizando meias onde ocorram a sua parcial ou total
transformação. Segue abaixo alguns exemplos

 ARTESANAL
Processo pelo qual o artesão desenvolve suas obras através de processos totalmente
manuais, utilizando a matéria prima em seu estado bruto, que perpassa por técnicas até
chegar no estado desejado pelo Artesão.

 Argila (barro)

Enquadram-se nesta tipologia toda espécie de objeto produzido com argilas,


decorados ou não. A argila é caracterizada pela textura terrosa, de granulação fina e que
adquire plasticidade quando umedecida com água, rigidez após secagem, e dureza após a
queima em temperaturas elevadas (cerâmica). São formadas essencialmente por silicatos
hidratados de alumínio, ferro e magnésio. Dentre os diversos tipos de argila, as mais
utilizadas no artesanato são: Argilas de bola (Ball Clay), argilas muito plásticas, de cor
azulada ou negra, apresenta alto grau de contração tanto na secagem quanto na queima. Sua
grande plasticidade impede que seja trabalhada sozinha, fica pegajosa com a água. É
adicionada em massas cerâmicas para proporcionar maior plasticidade e tenacidade à
massa. Vitrifica aos 1300°C. Grés: Argila de grão fino, plástica, sedimentária e refratária - que
suporta altas temperaturas. Vitrificam entre 1250 - 1300°C. Nelas o feldspato atua como
material fundente. Após a queima sua coloração é variável, vai do vermelho escuro ao rosado
e até mesmo acinzentado do claro ao escuro. Em sua composição não entram argilas tão
brancas ou puras como na porcelana o que apresenta possibilidades de coloração
avermelhada, branca, cinza, preta, etc. Depois de queimadas são impermeáveis, vitrificadas e
opacas. A temperatura de queima vai de 1150°C a 1300°C.

Terracota ou argila vermelha: São plásticas com alto teor de ferro e resistem a
temperaturas de até 1100°C, porém fundem em uma temperatura maior e podem ser
utilizadas com vidrados para grés. Quando queimada adquire coloração que vão do creme
aos tons avermelhados, o que mostra o maior ou menor grau da percentagem de óxido de
ferro. Massa para louça (faiança): A massa da louça é menos rica em caulim do que a
porcelana, e é associada a argilas mais plásticas. São massas porosas, de coloração branca
ou marfim, que requer e precisam de posterior vitrificação. Argila de Polímero: material
conhecido no Brasil como cerâmica plástica cuja característica especial é a plasticidade e fácil
manuseio

 INDUSTRIAL

Aquele que se desenvolve mediante processos industriais, sendo produzido em larga


escala, segue exemplos:

 Fios e tecidos

Químicos - são produzidos a partir de transformações químicas de materiais e são


divididos em artificiais e sintéticos.

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Módulo II – Conhecimentos Específicos _______________

Artificiais - produzidas a partir da celulose, substância fibrosa encontrada na pasta


de madeira ou no linter de algodão, daí serem também conhecidas por fibras celulósicas. As
fibras artificiais mais conhecidas são viscose, o rayon, acetato e triacetato.

Sintéticas - São fibras obtidas através de síntese química a partir do petróleo, sendo
as mais usuais: poliéster (tergal), polipropileno, a poliamida (nylon), acrílica (dracon), elastano
(lycra). Os fios podem ser linhas, cordões, cordas, meadas e tiras. São utilizados, entre outras
técnicas, na tecelagem manual, nos bordados, na confecção de rendas, no crochê, no tricô e
no macramé. Os tecidos podem ser artesanais e industriais. São empregados em diversas
técnicas que utilizam a costura artesanal como técnica básica, na confecção de roupas e
acessórios, no patchwork, como base para bordados, na confecção de bonecos, entre outros.

Materiais sintéticos - Sua origem é industrial e, geralmente são materiais de baixo


preço, com larga distribuição em todo o território nacional, principalmente nos meios urbanos.
As diferentes características dos materiais sintéticos são usadas para classificá-los: os
deformáveis termicamente são chamados termoplásticos, os resistentes ao calor são
chamados termofixos e os materiais elásticos são chamados elastômeros. O fator preço, em
alguns casos, tem servido para a substituição de matérias-primas naturais pelas sintéticas,
mesmo na produção de artesanato tradicional.

Nesta tipologia serão enquadrados os produtos em que predominam esses materiais.


Entre os mais conhecidos estão diversos tipos de espumas, resinas, borrachas, isopor,
plásticos, acrílico, fibras acrílicas, massa epóxi.

 PROCESSOS MISTOS

Trata-se da união de processos artesanais com o industrial, ou semi- industriais, onde


a linha de produção perpassa por estágios manuais, sendo pelas mãos do artesão, ou de um
colaborador.

 Alimentos e bebidas (produtos que exigem certificação de uso)

Esta tipologia compreende a produção de alimentos reconhecidos em seus Estados


como típicos, produzidos em pequena escala, de forma artesanal, que utilizam matéria-prima
regional e, preferencialmente, sem adição de essências e corantes artificiais. O controle
sanitário de alimentos e bebidas é competência tanto do setor da saúde como do setor da
agricultura, cabendo ao primeiro o controle sanitário e o registro dos produtos alimentícios
industrializados, com exceção daqueles de origem animal, e o controle das águas de
consumo humano.

A cadeia de alimentos envolve uma série de etapas: produção, beneficiamento,


armazenamento, transporte, industrialização, embalagem, fracionamento, reembalagem,
rotulagem, distribuição, comercialização e consumo. Em alguns casos, há, ainda a etapa de
registro, esse processo se da por meio de processos artesanais.

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_______________ Módulo II – Conhecimentos Específicos

 AROMATIZANTES DE AMBIENTES E COSMÉTICOS

Trabalhos que envolvem a produção artesanal de aromatizantes (odorizantes) de


ambientes e cosméticos, produzidos com essências aromáticas próprias para perfumar o
corpo ou o ambiente. As essências são extraídas de flores, folhas, raízes, frutos obtendo-se
variedades de fragrâncias e cores.

Esses produtos deverão ser


regularizados de acordo com a legislação
disponível na página www.anvisa.gov.br.
Destaca-se que o registro de produtos na
Anvisa, só pode ser efetuado por empresa
que tenha obtido a sua AFE – Autorização
de Funcionamento de Empresa. Este
procedimento inicia-se localmente, na
Vigilância Sanitária Estadual/Municipal,
portanto, a própria fiscalização é que
deverá orientar sobre os primeiros passos
para obtenção do Alvará/Licença de Funcionamento.

 BRINQUEDOS.

Trata-se da produção de brinquedos que utilizam matéria-prima regional e são


produzidos para o entretenimento infantis sendo alguns voltados para as situações de ensino/
aprendizagem. Os produtos destinados ao público infantil devem observar a norma de
certificação de brinquedos no Brasil, visto seu caráter compulsório (obrigatório), conforme
norma brasileira NBR 11786 – Segurança do brinquedo, publicada pela associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT) e regulamentada pela Portaria Inmetro nº. 177, de 30 de
novembro de 1998. Portanto, os brinquedos e jogos educativos artesanais, para serem
disponibilizados no mercado, devem obter a certificação.

CLASSIFICAÇÃO DO ARTESANATO

A classificação do produto artesanal está definida conforme a origem, natureza de


criação e de produção do artesanato e expressa os valores decorrentes dos modos de
produção, das peculiaridades de quem produz e do que o produto potencialmente representa.
A classificação do artesanato também determina os valores históricos e culturais do
artesanato no tempo e no espaço onde é produzido.

 ARTESANATO INDÍGENA: Resultado do trabalho produzido no seio de comunidades


e etnias indígenas, onde se identifica o valor de uso, a relação social e cultural da
comunidade.
 ARTESANATOS DE RECICLAGEM: Materiais produzidos a partir da utilização de
matéria-prima que é reutilizada. Esse processo contribui para a diminuição da
extração de recursos naturais, além de desenvolver a conscientização dos cidadãos
sobre questões relacionadas ao lixo.

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Módulo II – Conhecimentos Específicos _______________

 ARTESANATO TRADICIONAL: Conjunto de objetos mais expressivos da cultura de


um determinado grupo, representativo de suas tradições e incorporados à vida
cotidiana, sendo parte integrante e indissociável dos seus usos e costumes. A
produção, geralmente de origem familiar ou comunitária,
 ARTESANATO DE REFERÊNCIA CULTURAL: Sua principal característica é o
resgate ou releitura de elementos culturais tradicionais da região onde é produzido. Os
produtos, em geral, são resultantes de uma intervenção planejada com o objetivo de
diversificar os produtos, dinamizar a produção, agregar valor e otimizar custos,
preservando os traços culturais com o objetivo de adaptá-lo às exigências do mercado
e necessidades do comprador. Os produtos são concebidos a partir de estudos de
tendências e de demandas de mercado, revelando-se como um dos mais competitivos
do artesanato brasileiro e favorecendo a ampliação da atividade.
 ARTESANATO CONTEMPORÂNEO-CONCEITUAL Objetos resultantes de um
projeto deliberado de afirmação de um estilo de vida ou afinidade cultural. A inovação
é o elemento principal que distingue este artesanato das demais classificações. Nesta
classificação existe uma afirmação sobre estilos de vida e valores.

ARTESANATOS EM MADEIRA.

Desde a antiguidade até os dias de hoje, o uso da madeira é muito valorizado por
possuir diversas finalidades e uma ampla forma de se trabalhar. Extraída das florestas, a
madeira possui dentre os usos mais comuns, as produções de móveis, tábuas, vigas, para
construções civis, produção de artigos de luxo, instrumentos musicais, palanques, papel,
pisos laminados, fabricação de barcos, além de todos os objetos produzidos na marcenaria e
carpintaria, ou seja, trata-se de uma matéria prima que possui uma infinidade de utilidades
para uso. Logo, a madeira é um dos materiais preferidos de quem gosta de artesanato. Além
de versátil, ela possui boa durabilidade e resistência. Com ela, é possível trabalhar através da
pintura, e toda uma gama extensa de objetos necessários para diversos setores industriais.

Dando continuidade, existem muitas possibilidades de artesanato que podem ser


feitos com madeira. Você pode fazer itens para organizar a casa, facilitar a sua rotina e, claro,
também pode criar lindas peças decorativas, que dão aquele toque rústico para a decoração.
A madeira mais utilizada para este tipo de artesanato é a MDF, que apesar de ser um
compensado, é mais leve, mais barata e mais fácil de manusear. Mas, também é possível
utilizar as madeiras mais nobres, tudo depende do projeto que você deseja desenvolver.

Abaixo alguns exemplos dessa gama de objetos:

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_______________ Módulo II – Conhecimentos Específicos

 Produção de peças em madeira:

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Módulo II – Conhecimentos Específicos _______________

11 COMO FAZER ARTESANATO EM MADEIRA

Existe uma infinidade de opções na produção de objetos e materiais que podem ser
produzidos mediante uso da madeira como matéria prima, nesse sentindo, a criatividade
norteada das noções básicas de como se deve trabalhar com a madeira, devem ser seguidas
para melhor produção e manutenção desses materiais.
Primeiramente e necessário conhecer os tipos de madeira, haja vista que existem
diversos tipos de madeiras, e cada uma é indicado para certos tipos de trabalhos.
As madeiras podem ser divididas em dois grupos: as macias, como o pinho e
o abeto, e as duras, como a faia, a nogueira ou o carvalho. As primeiras são mais
acessíveis, mas menos resistentes, e são usadas principalmente na fabricação de
móveis, as últimas são mais caras e resistentes e são usadas para fabricar móveis para
interiores e exteriores, revestimentos para pisos e construções externas. Também há
madeiras tropicais que são mais caras, mas que resistem muito bem à umidade. Além
disso, também são utilizadas madeiras artificiais: laminado, aglomerado, de fibras…
Estas são madeiras pré-fabricadas muito mais baratas e maleáveis do que as naturais. E
para a dica de artesanato, vamos conhecer um pouco da técnica de Dicas de artesanato,
vamos conhecer a técnica de DECOUPAGE.

11.1. O que é e como fazer Decoupage em materiais?

Decoupage é uma técnica artesanal, cuja origem vem do francês (découpage) e


significa o ato de recortar. Nessa direção, pode-se dizer que a técnica de decoupage consiste
em cobrir determinadas superfícies, por meio do processo de recorte e colagem de imagens
prontas como, tecidos, guardanapos, fotografias, jornais e revistas. Sendo assim, a
decoupage por se tratar de uma técnica muito simples você mesmo pode desenvolver, tendo
em vista que pode ser incorporada nos mais diversos materiais como, capas de livro,
agendas, molduras, vasos, móveis, vidros, caixas de madeira, quadros, latas, pratos e assim
por diante. A madeira propriamente dita, já é um material muito utilizado em decorações,
tendo em vista sua versatilidade, a mesma acaba sendo incorporada nos mais
diversos móveis e itens de decoração de um ambiente. Então, que tal acompanhar aprender
como a decoupage é realizada? Vamos utilizar a madeira como exemplo:

Aqui, a peça em madeira recebe um acabamento ainda mais especial e


personalizado.

 COMO FAZER DECOUPAGE EM MADEIRA: MATERIAIS

 Caixa de madeira, ou outra peça de madeira de sua preferência;


 Tecidos para decoupage ou materiais da sua preferencia;
 Lixa;
 Tesoura;
 Pincel;
 Rolo de pintura;
 Verniz;
 Cola gel para decoupage.

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_______________ Módulo II – Conhecimentos Específicos

 COMO APLICAR DECOUPAGE EM MADEIRA: PASSO A PASSO

1. Selecione a caixa de madeira que será decorada;


2. Lixe a peça de madeira para que sua superfície se mantenha uniforme;
3. Com o auxílio de um pincel, pinte a caixa de madeira com a cor da tinta escolhida, espere
secar e posteriormente passe outra camada;
4. Recorte o papel de decoupage;
5. Com a ajuda do rolo de pintura passe cola gel sobre a madeira no local onde o papel de
decoupage será colado;
6. Posicione o papel de decoupage e com o auxílio de um pano seco pressione a área do papel
evitando assim possíveis bolhas no local;
7. Por fim, espere a secagem completa do material e finalize o acabamento da peça passando
uma camada de verniz.

Exercite a sua criatividade!

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Módulo II – Conhecimentos Específicos _______________

12 VAMOS INTERAGIR UM POUCO MAIS, NOS FALE SOBRE SUAS PRODUÇÕES DE


TRABALHO.

Você já desenvolve trabalhos com Artesanato em Madeira, se a resposta for sim, nos
fale um pouco sobre ele. (Caso a resposta seja não, nos diga quais seus interesses)

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_______________ Módulo II – Conhecimentos Específicos

REFERÊNCIA
https://www.brasilcultura.com.br/artesanato/como-surgiu-o-artesanato/

BASE CONCEITUAL DO ARTESANATO BRASILEIRO

https://decortips.com/pt/faca-voce-mesmo/carpintaria-em-casa-como-trabalhar-com-a-
madeira/

https://www.vivadecora.com.br/revista/decoupage/

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