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1ª Cruzada (1096 – 1099) – interesses – Aleixo I pede auxílio ao papa em relação às invasões

turcas em território bizantino – O papa Urbano II, em 1095 (concílio de Clermont Ferrand),
responde a esse apelo e simultaneamente coloca um interesse da cristandade – recuperação
de Jerusalém, conquistada pelos turcos seljúcidas – área de influência papal – projeto de
expansão da cristandade – convoca Normandos para que se dirijam a Bizâncio (que por sua vez
tiveram interesses de conquista no território das Cruzadas) – projeção da influência da igreja
latina sobre a ortodoxa, desde o Cisma – além disso, a crise existencial dos bellatores serviu
como forma de levar hostilidades para o espaço extra-latino

As demais Cruzadas não surgem com objetivo específico, mas como consequências da 1ª –
continuação dos objetivos da primeira

Normandos formam o Principado de Antioquia, que juntamente com o Reino de Jerusalém


(após sua conquista), Codado de Edessa e de Trípoli, formaram os Estados Cruzados. Aleixo I
forma aliança com turcos contra o Principado de Antioquia

Dois fatos para entender a segunda cruzada (1147 – 1149) – tomada do principado de
antioquia por Manuel I Comneno, que gera ruptura com venezianos e que terá ecos na quarta
cruzada; união feita por Saladino, que permite em 1114 a conquista do Condado de Edessa –
participam o imperador do Sacro Império, Luís VII de França e outras autoridades

Projeto de hegemonia do Adriático por Manuel I – venezianos resistem por ver seu território
ameaçado – imperador revoga os benefícios concedidos aos venezianos e confisca
propriedades daqueles que viviam dentro do Império – o fracasso do projeto de Manuel I
permite a ascenção ao poder dos Angelos, e as hostilidades aos venezianos explicam a Quarta
cruzada e o saque de Constantinopla

Saladino com muçulmanos unidos retoma Jerusalém

Terceira Cruzada (1189 – 1192) – tentam recuperar a Terra Santa das mãos de Saladino –
Felipe Augusto, Frederico Barbarruiva e Ricardo Coração de Leão – não conseguem hegemonia
cristã sobre a região mas conseguem acordo com Saladino, permitindo que se estabelecesse
uma faixa no litoral de autoridade cristã, e que Jerusalém fosse aberta à peregruinação

Quarta cruzada (1202 – 1204) – motivo mais econômico e menos religioso – recuperação dos
territórios perdidos – hostilidades entre Veneza e Bizâncio – havia revogado os tratados de
comércio com Veneza – Hungrianos tomam Zara e ferram Venezianos – decidem patrocinar e
bancar a Cruzada, que até então ninguém tinha atendido à convocação – retomam Zara, e
Isaque II Angelo pede ajuda a eles para que o colocasse de volta ao trono bizantino, pois havia
sido deposto por ser considerado pró-latinista – não só pagaria pela ação como também
restauraria os acordos comerciais – Colocam ele no trono em 1203, porém é assassinado e
Aleixo V Ducas é colocado em seu lugar – este se recusa a pagar os venezianos, que em 1204
invadem e saqueiam constantinopla por 10 dias seguidos – surgem focos de resistência em
estados menores do que era o Império Bizantino (por exemplo, Niceia, apoiada pelos
genoveses)

Ricardo some misteriosamente ao retornar ao seu reino, o que causa a subida ao trono de seu
irmão João Sem Terra, que tenta aplicar governo despótico, que não cabia na pequena
Inglaterra – Felipe Augusto usa da crise institucional para tomar territórios antes vassalos da
Inglaterra, e o rei é coagido a assinar a Magna Carta.

Enquanto isso, na quarta cruzada, a fragmentação do mundo islâmico permite sua retomada

Quinta Cruzada (1213 – 1221) – Quarto concílio de latrão – combate às heresias – Frederico II
responde – metáfora para as seguintes cruzadas: pilhagens, conquistas de próprios interesses,
alianças com infiéis

Simultaneamente – cruzada albigense (1209 – 1244) – cátaros considerados inimigos da


Cristandade pelo IV Concílio – Filipe Augusto expande seu território até o sul, com o discurso
de proteção da cristandade, mas pretendia era expandir sua área de influência e poder – com
o auxílio de Pedro III de Aragão, são combatidos e eliminados

Heresia – inflexão dos dogmas do catolicismo – segundo José Barros, uma heresia pode ser
“negação da verdade original e aceitas, ou como pregação de um evangelho diferente daquele
que foi divulgado pelas verdades apostólicas.” - herético acreditava que o que pregava era útil
e verdadeiro, e ia contra a autoridade da Igreja, contra seu princípio de ser universal e única –
colocavam em risco a própria instituição universal que a Igreja se propunha a ser – tirava da
Igreja seu monopólio do conhecimento. As heresias surgem em especial quando se definem os
dogmas da Igreja, que não eram muito bem definidos até o IV Concílio de Latrão – definiu a
posição da Igreja e o que eram os heréticos, listando as práticas heréticas – exemplo: cátaros e
valdenses

Cátaros – albigenses – Albi, região de onde vinham – segundo Nachmann Falbel, as heresias
podem assumir duas “personalidades”: podem ter caráter social, como a dos valdenses, ou
dogmático, como a dos cátaros, que apresentavam divergências de ordem teológica e
filosófica.

Os cátaros se emprestam do maniqueísmo de Santo Agostinho, em que o mundo se via


dividido em duas forças: Deus, a pureza e o bem, que cuidava de tudo que era espiritual, pois o
físico é corruptível e podre, e o MAL, que cuida e administra do físico, de onde partem todas as
malezas humanas. Para eles, a santidade só poderia ser atingida num ascetismo perfeito,
negando os prazeres carnais de modo a se libertar de nossos corpos físicos e atingir a
perfeição. 2 rituais fundamentais: consalement, uma espécie de batismo e de extrema-unção,
e a endura, um jejum prolongado que poderia levar a pessoa a morrer de inanição. Além disso,
abstinham-se de certos alimentos e do ato sexual.

Valdenses – Pedro Valdo de Lyon – pregava nas cidades, humildade e abstenção de bens
materiais, e adquire muitos seguidores – assume posições cada vez mais contrárias à Igreja, o
que impede que o movimento, tal como o Franciscanismo, fosse convertido em ordem –
heresia social

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