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GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

CONTROLE DE CHEIAS URBANAS E


QUALIDADE DA ÁGUA

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Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:

1. Aprofundar a compreensão dos problemas decorrentes das falhas de drenagem das águas pluviais em meio

urbano;

2. Aprofundar noções de saneamento básico;

3. Conhecer formas de reuso da água.

1 Saneamento e saúde
Apenas no século passado é que se começou a dar maior atenção à proteção da qualidade de água, desde sua

captação até sua entrega ao consumidor. Essa preocupação se baseou nas descobertas que foram realizadas

sobre a relação entre a água e a transmissão de doenças.

Atualmente, mesmo com os diversificados meios de comunicação e a tecnologia existentes, verifica-se a falta de

divulgação desses conhecimentos. Em áreas rurais, em pleno século XXI, a população ainda constrói suas casas

sem incluir facilidades sanitárias como poço protegido ou uma fossa séptica. Assim sendo, o processo saúde X

doença deve ser entendido como uma questão coletiva. Sanear quer dizer tornar são, sadio, saudável, então,

Saneamento equivale à saúde.

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O conceito de saúde, entendido como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, não restringe o

problema sanitário ao âmbito das doenças, mas também ao de prevenção e assistência. O propósito da promoção

da saúde á a base de atuação da Organização Mundial de Saúde e da Organização Pan-Americana de Saúde

(OPAS), e a utilização do saneamento como instrumento de promoção da saúde pressupõe a superação dos

entraves tecnológicos políticos e gerenciais que têm dificultado a extensão dos benefícios à população em geral.

2 Drenagem urbana e saneamento


Por definição, Saneamento Básico é um serviço público que compreende os sistemas de abastecimento de água,

de esgotos sanitários, de drenagem de águas pluviais e de coleta de lixo. São os serviços essenciais que, se

regularmente bem executados, elevarão o nível de saúde da população beneficiada, gerando maior expectativa

de vida e, consequentemente, maior produtividade.

Os sistemas de drenagem são classificados, de acordo com suas dimensões, em sistemas de microdrenagem,

também denominados de sistemas iniciais de drenagem, e de macrodrenagem.

A microdrenagem inclui a coleta e afastamento das águas superficiais ou subterrâneas através de pequenas e

médias galerias, fazendo ainda parte do sistema todos os componentes do projeto para que tal ocorra.

A macrodrenagem inclui, além da microdrenagem, as galerias de grande porte e os corpos receptores, tais como

canais e rios canalizados. Um sistema de drenagem de águas pluviais é composto de uma série de unidades e

dispositivos hidráulicos. Efetua a retirada do excesso de água do solo, acumulada em áreas relativamente

grandes, em nível distrital ou de microbacia hidrográfica. A falta dessa prática pode ocasionar enchentes e a

permanência de áreas alagadas, propícias à proliferação de mosquitos e impedindo o aproveitamento dos

terrenos para a agricultura ou a construção de residências.

Link

Para saber mais sobre esse assunto, clique aqui:

http://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon539/docs/04GRH_aula05_doc01.pdf

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3 Estação de tratamento de águas (ETA)
As águas captadas de rios ou represas que são direcionadas às usinas de tratamento vêm com folhas, peixes, lodo

e muitas bactérias. Para chegar às casas limpa e sem cheiro, ela passa cerca de três horas dentro de uma estação

de tratamento (ETA), o que inclui fases de decantação da sujeira, filtragem e adição de cloro e flúor, entre outras

etapas.

Segundo dados do IBGE, essa super-operação de limpeza atende a maior parte da população do país: 80% dos

brasileiros têm acesso à água tratada. Tão complicado quanto o tratamento é a captação de água para abastecer

uma grande cidade. No estado de São Paulo, por exemplo, a rede de reservatórios conectados que abastece a

capital paulista é tão grande que a água que sai das represas mais distantes pode levar até 30 dias para chegar a

uma ETA da capital.

4 Água de reúso
A água de reúso é obtida através do tratamento avançado dos esgotos gerados pelos imóveis conectados à rede

coletora de esgotos. Pode ser utilizada nos processos que não requerem água potável, mas sanitariamente

segura, gerando a redução de custos e garantindo o uso racional da água.

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A água de reúso não pode ser consumida nem utilizada em piscinas ou descarga sanitária. O transporte é feito

por caminhões–tanques devidamente identificados. Ela é produzida dentro das Estações de Tratamento de

Esgoto e pode ser utilizada para inúmeras finalidades, como geração de energia, refrigeração de equipamentos,

aproveitamento nos processos industriais e limpeza de ruas e praças.

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As empresas que utilizam a água de reuso colaboram com a economia de água potável destinada ao

abastecimento público. Vale ressaltar que todo processo de produção da água de reuso da SABESP é assegurado

pelo sistema de gestão ISO 9001:2008, obedecendo a rigorosos parâmetros de qualidade. O uso responsável da

água é fundamental não somente nas regiões metropolitanas, mas em todo o mundo. Cada litro de água de reuso

utilizado representa um litro de água conservada em nossos mananciais.

O assunto é tão importante que faz parte da Estratégia Global para Administração da Qualidade das Águas,

proposta pela ONU, para preservação do meio ambiente. É uma maneira inteligente e capaz de assegurar que as

gerações futuras tenham acesso a esse recurso tão precioso e essencial à vida: a água potável.

5 Estação de tratamento de Esgoto (ETE)


Esgoto, efluente ou águas servidas são todos os resíduos líquidos provenientes de indústrias e domicílios e que

necessitam de tratamento adequado para que sejam removidas as impurezas e assim possam ser devolvidos à

natureza sem causar danos ambientais e à saúde humana.

Geralmente, a própria natureza possui a capacidade de decompor a matéria orgânica presente nos rios, lagos e

no mar. No entanto, no caso dos efluentes, essa matéria é em grande quantidade, exigindo um tratamento mais

eficaz em uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) que, basicamente, reproduz a ação da natureza de

maneira mais rápida através de uma unidade operacional do sistema de esgotamento sanitário que através de

processos físicos, químicos ou biológicos removem as cargas poluentes do esgoto, devolvendo ao ambiente o

produto final, efluente tratado, em conformidade com os padrões exigidos pela legislação ambiental.

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É importante destacar que o tratamento dos efluentes pode variar muito dependendo do tipo de efluente tratado

e da classificação do corpo de água que irá receber esse efluente, de acordo com a Resolução CONAMA 20/86.

Quanto ao tipo, o esgoto industrial costuma ser mais difícil e caro de tratar devido a grande quantidade de

produtos químicos presentes.

Quanto à classificação, o efluente deve ser devolvido ao rio tão limpo ou mais limpo do ele próprio, de forma que

não altere suas características físicas, químicas e biológicas. Em alguns casos, como por exemplo, quando a bacia

hidrográfica está classificada como sendo de classe especial, nenhum tipo de efluente pode ser jogado ali, mesmo

que tratado. Isso porque esse tipo de classe se refere aos corpos de água usados para abastecimento.

No tratamento primário, são sedimentados (decantação) os sólidos em suspensão que vão se acumulando no

fundo do decantador, formando o lodo primário que depois é retirado para dar continuidade ao processo.

Em seguida, no tratamento secundário, os microrganismos irão se alimentar da matéria orgânica convertendo-a

em gás carbônico e água. E no terceiro e último processo, também chamado de fase de pós-tratamento, são

removidos os poluentes específicos como os micronutrientes (nitrogênio, fósforo) e patogênicos (bactérias,

fungos). Isso quando se deseja que o efluente tenha qualidade superior ou quando o tratamento não atingiu a

qualidade desejada.

Quando se trata de efluentes industriais a própria empresa que faz o tratamento de esgoto exige que a indústria

monitore a qualidade dos efluentes mandados para a estação. No caso de haver substâncias muito tóxicas ou que

não podem ser removidas peto tratamento oferecido pela ETE, a indústria é obrigada a construir a sua própria

ETE para tratar seu próprio efluente.

Saiba mais
Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, pesquise na internet sites, vídeos e
artigos relacionados ao conteúdo visto. Se ainda tiver alguma dúvida, fale com seu professor
online utilizando os recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem.
• //new.paho.org/bra/

O que vem na próxima aula


Na próxima aula, você estudará os assuntos seguintes:
• Abastecimento de água;
• Implementação de sistemas de esgoto e drenagem;
• Curso natural da água e ambientalismo.

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• Curso natural da água e ambientalismo.

CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Compreendeu os riscos das cheias urbanas;
• Entendeu a necessidade de implantação de um sistema de saneamento;
• Conheceu como funciona o escoamento de água no meio urbano.

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