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OOM INSTITUTO FEDERAL DE @ @ EDUCAGAO, CIENCIA ETECNOLOGIA SANTA CATARINA Campus Ararangua MINISTERIO DA EDUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISIONAL E TECNOLOGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA ‘CAMPUS DE ARARANGUA ‘Apostila de Elotcidade Basica desenvolida, ampliada e revisada a parir das vorsées ‘anteriores © anotagées do sala de aula no perfodo 2008-2 para o curso Técnico de Eletromecdnica, A patr da versdo 3 também foi baseada om parte da apostlla de preparagio tecnolégica de margo 2008, Histérice verses: (© Versio 1 ~Margo 2008 - Prof. MEng. Werther Serrairo (© Versdo 2 - Agosto 2008 — Prof. Giovani Batsta de Souza (© Versdo 3 (Atual) - Fevereiro 2009 ~ Prof. Gioyani Batista de Souza — A apostia fo! ‘separada em ELETRICIDADE E MEDIDAS ELETRICAS. SUMARIO 1- Eletricidade Estitica. Ll Historica... 1.2 0 Atom 1.2.1 Atomo Estivel e Instavel 1.3 Leis das Cargas Elétrieas.. 1.4.0 Coulomb, 1.5 Carga Elétrica Elementar... 1.6 Campo Eletrostitico.... 1.7 LINHAS DE FORGA ... 1.8 Diferenga de Potencial. 2- Eletrodinamica. 2.1 Corrente Blitricaswnnnnunnnennnnnnnnnnnnnnnnnnennnnnnnmnnnanssnseld 2.1.1 Fluxo de Corrente, « 2.1.2 Sentido Eletrénico e Convencional 2.2 Circuito Elétrico, 2.3 Poténcia Elétrica.. AT 2.4 EXerCiCi0S.ssneennssenee 2.5 Resisténcia Elétricasninunnnnnnnnsmnnnennunnnnnnnnnnnnnnnnnmannennnnenel® 2.5.1 Resistividade wn svn sn 18 2.5.2 Caracteristicas dos Condutores vo 19 2.53 Corpos Bons Condutores 20 2.5.4 Corpos Isolates 20 2.5.5 Resistor Eletrico, so so 20 2.5.6 Lei De Ohm. 21 2.6 Geradores e Receptores. 2 2.6.1 Definigdo de Gerador 2 2.6.2 Corrente Continua (CC), 23 2.63 Corrente Alternada (CA), so 23 4 2.7 Geragio de tensio alternada 2.8 Tensio Alternada Trifisica. 6 2.8.1 Circuito estrela ou Y, 27 2.8.2 Cireuito tridngulo ou Delta 27 2.9 Poténcia nos Circuitos de Tensio AlternadaiiinnnnnnennnnnnnmnnnnnnseneD® 2.10 Cireuito Série. 2.11 Cireuito Paralelo 2.12 Cireuito Equivalente do Gerado 3~ Leis De Kirchhoff. 3.1 Malha, Né e Ram 3.2 Exercicios 34 Kirchhoff 1 Matha... 3.4 Exemplos e Exercicios: 3.5 Sistemas linear de equagdes do primeiro grau, 6 3.5.1 Método de substituigdo para resolver este sistema. 37 3.5.2 Método de Sistema de Primeiro Grau. 37 3.6 Exemplos ¢ Exercicios: Kirchhoff com 2 Malhas, 3.7 Lei das Correntes.... 4 = Resistoresicsemseres eseeeeee AB 4.1 Resistor — Definisio. AB AWA Resistores FiXOS.e sn son M8 4.2 Cédigo de Cores para Resistores 49 4.2.1 Procedimento para Determinar o Valor do Resistor 49 4.2.2 Exercicios. 31 4.3 Associagio De Resistores.... 51 4.3.1 Associagdo em Série. st 31 4.3.2 Associagdo em Paralelo, sme nnn 4.3.3 Regras de Associagio Paralelo, 34 4.3.4 Associagio Mista 34 4.4 Consideragdes finais sobre a Lei de Ohi 56 4.5 Exercicios 4.6 Cireuito Divisor de Tensi0...sunnninnnnniinnnnnneinnnnieinnnsnnnansse 4.7 Circuito Divisor de Corrent 4.8 Transformasio Y (T) /A (se) € viee-vers: 4.9 Exemplos de Circuitos com estrela e delta 4.10 Exercicio Extras: 5- Associagéo de Geradores... 5.1.1 Associagio em Série. 5.1.2 Associagao em Paralelo. 5.1.3 Rendimento da Gerador (1). 65 5.2 Exemplos € Exercici0s.c 6 - Capacitores.e 6.1 Capacitancia.. 7 6.2 Forga Exercida por Duas Cargas....« 6.3 Materiais Dielétric0S.simnnnnnnnnennninnennnse 6.4 Representacio Grafica da Capacitineia. 6.5 Fabricagio Capacitores. 6.6 Aplicacio. 6.7 Associagao de Capacitores.... 6.7.1 Associagio em série. 6.7.2 Associagao em paralelo. 6.8 Reatincia Capacitiva (Xe) 7- Indutores 7A Indutanei: 7.2 Reatincia Indutiva (XL) 7.3 Aplicacio de Indutores. 7.4 Associagao de Indutores 8~- Tensio Alternada... 78 8.1 Tipos de Cargas em Sistemas de Tensio Alternad: 8 8.1.1 Carga Resistiva, 78 8.1.2 Carga Indutiva, 79 8.1.3 Carga Capacitiva, 80 8.2 Circuitos elétricos em Tensio Alternada....ncs 8.2.1 Circuito Séri 8.2.2 Cireuito Patalelo, 8.3 Ndmeros Complexos em Circuitos de Anilise 8.3.1 Representagio geométrica dos nimeros complexes. 8.3.2 Nimero complexo na forma retangular. 8.3.3 Nimero complexo na forma polar, 8.3.4 Conversdo 83.5 Exercicios: A, 8.4 Poténcia nos Circuitos de Tensio Alternada, 8.5 EXercici0S.eenes Anexo I - Grandezas Elétricas — Miltiplos e Submiltiplos... Ficha de Avaliagao. Respostas Exerc! inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, een, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA : ‘CAMPUS DE ARARANGUA 1 - Eletricidade Estatica 1.1 Histérico A eletricidade estatica originou em 600 A.C. Com Tales de Mileto que descobriu que alguns materiais eram atraindo entre si, ao aproximar uma pedra de Ambar, apés fricciona-la, ela atraia pedacos de palha. Apés o contato com a palha esta forga deixava de existir. No século XVIII Benjamin Franklin criou 0 conceito de cargas elétricas, determinando que os corpos eram constituidos de cargas elétricas e formulou: Cargas elétricas iguais se repelem Cargas diferentes se atraem No século XIX foram criados os conceitos de elétron e atomo e ficando provado que a carga elétrica é correspondente a diferenga de elétrons que um corpo possui 1.2 0 Atomo Tudo que ocupa lugar no espago é matéria. A matéria é constituida por articulas muito pequenas chamada de atomos. Os dtomos por sua vez so constituidos por particulas subatémicas: elétron, préton e néutron, sendo que o elétron corresponde a carga negativa (-) da eletricidade. Os elétrons estéo girando ao redor do niicleo do dtomo em trajetérias concéntricas denominadas de érbitas Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 6 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, een, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA, : ‘CAMPUS DE ARARANGUA Eletions _Elettosfeia. Nicleo (Protons+Neutrons) O proton corresponde a carga positiva (+) da eletricidade, Os prétons se concentram no niicleo do atomo. E 0 numero de prétons no nucleo que determina o numero atémico do atomo. Também no nicleo é encontrado o néutron, carga neutra fundamental da eletricidade, No seu estado natural um tomo esta sempre em equilibrio, ou seja, contém 0 mesmo ntimero de prétons e elétrons. Como cargas contrarias se anulam, e 0 elétron e préton possuem o mesmo valor absoluto de carga elétrica, isto torna o étomo natural num atomo neutro. Atomo Neutro —> Numero Elétrons = Numero de Proténs Um corpo elétrico carregado e um corpo neutro ao se tocarem distribuir as cargas elétricas e os mesmos ficam com o mesmo potencial. GO © Um corpo eletricamente neutro (mesma quantidade de elétrons e protons) ao aproximar de um corpo carregado ( quantidade de cargas diferentes) ele organizar as cargas livres no interior deste corpo (indugao), esta cargas podem descarregar (negativas via descarga a terra), e neste caso o corpo fica carregado positivamente Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 7 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA ‘CAMPUS DE ARARANGUA Aproximagaa ES @) QQ y 1.2.1 Atomo Estavel e Instavel Um tomo é estavel como vimos anteriormente, quando a quantidade de energia dos elétrons (+) e dos prétons (+) 6 igual. Mas os elétrons estéo dispostos em torno do nticleo formando camadas distanciadas proporcionaimente do nticleo. Quanto mais afastado do nticleo menor sera a forga que prende o elétron ao atomo. Esta forga que prende o elétron ao atomo & chamada de nivel de energia, O nivel de energia de um elétron é diretamente proporcional a sua disténcia ao nucleo de seu atomo. Os elétrons situados na camada mais externa séo chamados de elétrons de valéncia. Quando estes elétrons recebem do meio externo mais energia, isto pode fazer com o elétron se desloque para um nivel de energia mais alto. Se isto ocorre, dizemos que o tomo esté num estado excitado e, portanto instavel. A corrente elétrica produzida num condutor metélico é fruto do fluxo de elétrons livres, que serdo liberados da camada de valéncia de um dtomo que se encontra sob a influéncia de energia externa (4tomo em estado excitado). 1.3 Leis das Cargas Elétricas Alguns atomos sao capazes de ceder elétrons e outros sdo capazes de receber elétrons. Quando isto ocorre, a distribuigéo de cargas positivas e negativas que era igual deixa de existir. Um corpo passa a ter excesso e outro falta de elétrons. O corpo com excesso de elétrons passa a ter uma carga com polaridade negativa, e o corpo com falta de elétrons teré uma carga com polaridade positiva. CARGAS ELETRICAS IGUAIS SE REPELEM CARGAS OPOSTAS SE ATRAEM. Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 8 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA ‘CAMPUS DE ARARANGUA @> +O 1.4 O Coulomb A quantidade de carga elétrica que um corpo possui ¢ dada pela diferenga entre numero de prétons e o numero de elétrons que 0 corpo tem. A quantidade de carga elétrica é representada pela letra Q, e 6 expresso na unidade COULOMB (2). A carga de 1 ¢ = 6,25x10" elétrons. Dizer que um corpo possui de um Coulomb negativo (Q ), significa que um corpo possui 6,25x10"* mais elétrons que prétons. Exercicio 1: Um material dielétrico possui uma carga negativa de 12,5x 10" elétrons. Qual a sua carga em um Coulomb? 1.5 Carga Elétrica Elementar ‘A menor carga elétrica encontrada na natureza é a carga de um elétron ou proton, Estas cargas sao iguais em valor absoluto e valem e= 16x10 Z Para calcular a quantidade de carga elétrica de um corpo, basta multiplicar o numero de elétrons pela carga elementar. Q=nxe Exercicio 2: Um corpo apresenta-se eletrizado com carga Q = 32 x 10° Coulombs. Qual 0 ntimero de elétrons retirados do corpo? Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 9 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA ‘CAMPUS DE ARARANGUA Exercicio 3: Um dispositive tinha uma carga elétrica de Q = 32 x 10% Ze passou a ter Q = -8 x 10” ¢, pois ganhou elétrons. Pergunta-se: Quanto elétron ganhou este dispositivo? @ A carga elétrica difere da corrente elétrica. Q representa um acimulo de carga, enquanto a corrente elétrica Imede a intensidade das cargas em movimento. 1.6 Campo Eletrostatico Toda carga elétrica tem capacidade de exercer forga, Isto se faz presente no campo eletrostatico que envolve cada corpo carregado. Quando corpos com polaridades opostas sdo colocados préximos um do outro, o campo eletrostatico se concentra na regio compreendida entre eles. Se um elétron for abandonado no ponto no interior desse campo, ele sera repelido pela carga negativa e atraido pela carga positiva Quando nao ha transferéncia imediata de elétrons do/para um corpo carregado, diz-se que a carga esta em repouso. A eletricidade em repouso é chamada de eletricidade estatica. Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 10 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, een, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA, : ‘CAMPUS DE ARARANGUA Py #P, Consideramos uma carga Q fixa em uma determinada posigdo, como mostra a figura acima. Se colocarmos uma outra carga q em um ponto Py, a uma certa distancia de Q, apareceré uma forca elétrica F atuando sobre q Suponha, agora, que a carga q fosse deslocada, em toro de Q, para outros pontos quaisquer, tais como Pz, P3 etc. Evidentemente, em cada uma destes pontos estaria também atuando sobre q uma forga elétrica, exercida por Q Para descrever este fato, dizemos que em qualquer ponto do espago em torno de Q existe um campo elétrico criado por esta carga. Voltando a figura, devemos observar que o campo elétrico é criado nos pontos P,, P2, Ps etc., pela carga Q a qual, naturalmente, podera ser tanto positiva (como a da figura) quanto negativa. A carga q que é deslocada de um ponto a outro, para verificar se existe ou nao, nestes pontos, um campo elétrico, é denominada carga de prova (ou carga de teste). 1.7 LINHAS DE FORCA © conceito de linhas de forga foi introduzido pelo fisico inglés M Faraday, no século passado, com a finalidade de representar o campo elétrico através de diagramas, Para que possamos compreender esta concep¢ao de Faraday, suponhamos uma carga puntual positiva Q criando um campo elétrico no espaco em tomo dela. Como sabemos, em cada ponto deste espaco temos um vetor Z, cujo médulo diminui 4 medida que nos afastamos da carga. Na figura a seguir esto representados estes vetores em alguns pontos em torno de Q. Consideremos os vetores 2,, #2, 2; etc., que tem a mesma diregdo, & tracemos uma linha passando por estes vetores e orientada no mesmo sentido deles, como mostra a figura. Esta linha 6, entéo é tangente a cada um dos vetores £,, #2, £3 etc. Uma linha como esta 6 denominada linha de forga do campo elétrico. De maneira semelhante, podemos tracar varias outras linhas Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 111 inusTERIO DA EOUCAGAO we ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, 5 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA CAMPUS DE ARARANGUA de forga do campo elétrico criado pela carga Q, como foi feito na figura. Esta figura nos fornece uma representago do campo elétrico da maneira proposta por Faraday. Linhas de Forca She NT x % a Er Ey Ey E mae Te + ™ Xx \ Se a carga criadora do campo for uma carga puntual negativa, sabemos que o vetor 2, em cada ponto do espago, estard dirigido para esta carga, como mostra a préxima figura. Podemos, entao, tragar, também neste caso, as linhas de forga que representaro este campo elétrico. Observe, a figura, que a configuracéo destas linhas de forga é idéntica aquela que representa o campo elétrico da carga positiva, diferindo apenas no sentido de orientagao das linhas de forga: no campo da carga positiva as linhas divergem a partir da carga e no campo de uma carga negativa as linhas convergem para a carga. + Linhas de Fora T & Sat x7 TA “ 2.1.1 Fluxo de Corrente Se ligarmos as duas extremidades de um fio de cobre, uma diferenga de potencial, a tensdo aplicada faz com que os elétrons se desloquem. Esse deslocamento consiste num movimento de elétrons a partir do ponto de carga negativa -Q numa extremidade do fio, seguindo através deste e chegando a carga positiva +@ na outra extremidade. 2.1.2 Sentido Eletrénico e Convencional O sentido do movimento de elétrons é do Corrente convencional polo negativo (— ) para o polo positivo ( * ). Este 6 0 fluxo de elétrons, que chamamos de SENTIDO ELETRONICO. o No entanto para estudos convencionou- Fome | y cams | se dizer que 0 deslocamento dos elétrons é do j polo positive ( + ) para o polo negativo ( — ). : Este 6 0 chamado de fluxo convencional da tor ft corrente elétrica, conhecido como SENTIDO F CONVENGIONAL. Portanto a corrente elétrica & Comente letronica representada saindo do polo positivo e entrando no polo negativo. Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 15, inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, een, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA, os ‘CAMPUS DE ARARANGUA 2.2 Circuito Elétrico Circuito elétrico é um conjunto de dispositive, composto por uma fonte de tensdo e outros dispositivos que permite a circulagdo de uma corrente elétrica. O circuito elétrico é composto por: «Fonte de tensdo: responsavel em fornecer energia para o sistema; * Condutores: responsavel em fornecer um caminho com baixa resisténcia para a circulagao de corrente elétrica; Carga: Elemento que vai utilizar (transformar) a corrente elétrica, limitando este valor ( note que um sistema sem carga corresponde a um curto-circuito) « Seccionadores: responsaveis em controlar! bloquear o fluxo da corrente (Ex. Interruptor); « Protegdo: sistema responsavel em garantir a seguranga da instalacao e/ ou usuarios. Quando ocorrer um evento nao permitido no sistema ele desliga automaticamente o circuito (Ex. Disjuntor, fusiveis, etc.) Através da utilizagéo de simbolos podemos representar um circuito elétrico em um desenho. s EC) ©) Onde foram considerados os seguintes simbolos: E Fonte de Tensao _~S__ Seccionador Carga (Motor) Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 16 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA ‘CAMPUS DE ARARANGUA A interligagao entre os simbolos representam os condutores do sistema, Num projeto elétrico so caloulados as caracteristicas minimas de todos os dispositivos do circuito elétrico e estas caracteristicas devem ser mostradas no diagrama (desenho). 2.3 Poténcia Elétrica Se um trabalho esta sendo executado em um sistema elétrico, uma quantidade de energia esté sendo consumida. A razéo em que o trabalho esta sendo executado, isto 6, a razdo em que a energia esté sendo consumida é chamada Poténcia. Trabalho Poténcia = ——— Tempo Em eletricidade, a tensdo realiza trabalho de deslocar uma carga elétrica, e a corrente representa o nimero de cargas deslocadas na unidade de tempo. Assim em eletricidade: poténcia= Trabalho cargamovida _ 5 otencia = Grid. de carga © Unid. de tempo — A unidade fundamental de poténcia elétrica é o WATT P=E.1 Resumo: Poténcia Elétrica_ Representago P ==> Unidade: Watt (W) Aparelho de Medigdo: Watlimetro 2.4 Exercicios Exercicio 5: Qual a corrente elétrica de um condicionador de 1200 Watts em 220 Volts. Exercicio 6: Sabendo-se que a poténcia total é a soma de todas as poténcias parciais e que a tensdo da rede 6 220 Volts, calcule: a) Qual a corrente elétrica de 5 lampadas de 100 Watts Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 17 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA ‘CAMPUS DE ARARANGUA b) Qual a corrente elétrica de um circuito com: 2 tomadas de 100 We 3 lampadas de 50W. ¢) Qual a corrente elétrica de uma casa com: * 10 lampadas de 100 W « 2/ampadas de 40 W © Stomadas de 100 W © 1 fomada de 1200 W 1 chuveiro de 6500 W Exercicio 7: O disjuntor 6 um elemento de protegao do circuito. A sua corrente de atuagao deve ser maior que a corrente maxima do circuito e menor que a capacidade de condugao do condutor. Qual a menor corrente nominal de um disjuntor que pode ser utilizado para proteger um chuveiro de 6500 Watts em: a) 220V b) 110V 2.5 Resisténcia Elétrica Define-se resisténcia como sendo a capacidade de um dispositive (fio condutor) ser opor a passagem de corrente elétrica através de sua estrutura 2.5.1 Resistividade Verifica-se experimentalmente que a resisténcia elétrica de um resistor depende do material que o constitui e de suas dimensées. Para simplificar a andlise dessas dependéncias, vamos considerar que os condutores tenham a forma de um fio cilindrico como mostra a figura abaixo. Esta 6 a forma largamente utilizada tanto na transmissao de energia elétrica como na construgao de resistores. SS > Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 18 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, een, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA, : ‘CAMPUS DE ARARANGUA Considere varios fios condutores de mesmo material, mesma drea de seceao transversal de comprimentos (L) diferentes. Verifica-se que quanto maior 0 comprimento tanto maior é a resisténcia do fio. Entao, a resisténcia & diretamente proporcional ao comprimento do fio. Matematicamente: R=k .L Se tomarmos varios condutores de mesmo material, mesmo comprimento, mas de didmetro diferentes, verificamos que a resisténcia é inversamente proporcional a area (A) da secdo reta do fio. Matematicamente: | R=k.— . L Relacionando as duas conclusées acima, obtemos: ¥ Aa A constante de proporcionalidade 6 uma caracteristica do material e simboliza-se por p (letra grega r6). Recebe o nome de resistividade. A resisténcia de um condutor 6 diretamente proporcional ao seu comprimento e inversamente proporcional a area da secgao transversal do fio. Assim L R e.F No Sistema Internacional a unidade de resistividade é ohm-metro ({m). A condutancia é o inverso de resisténcia. A unidade da condutividade é © mho (22%) ou Siemens (S) 2.5.2 Caracteristicas dos Condutores © material utiizado em eletricidade tem caracteristicas quanto a condugao de corrente elétrica. Esta caracteristica é relacionada as caracteristicas dos dtomos que formam o material, onde podemos verificar que entre 0 niicleo 0 elétron em drbita do dtomo, existe uma forca atrativa, forga esta tanto menor quanto maior a distancia entre eles. Sendo que todos os materiais apresentam uma resistividade (p) especifica. Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 19) inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, een, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA : ‘CAMPUS DE ARARANGUA 2.5.3 Corpos Bons Condutores Corpos bons condutores so aqueles em que os elétrons mais externos, mediante estimulo apropriado (atrito, contato ou campo magnético), podem ser retirados dos atomos. Exemplos de corpos bons condutores: aluminio, platina, prata, ouro. Aresistividade do cobre é aproximadamente de 10° Q cm. 2.5.4 Corpos Isolantes Corpos maus condutores sao aqueles em que os elétrons esto tao rigidamente soliddrios aos nucleos que somente com grandes dificuldades podem ser retirados por um estimulo exterior Exemplos de corpos maus condutores: porcelana, vidro, madeira, borracha. A resistividade da mica é aproximadamente de 10"? Qcm. 2.5.5 Resistor Elétrico A energia elétrica pode ser convertida em outras formas de energia. Quando os elétrons caminham no interior de um condutor, eles se chocam contra os dtomos do material de que é feito o fio. Nestes choques, parte da energia cinética de cada elétron se transfere aos étomos que comegam a vibrar mais intensamente. No entanto, um aumento de vibragao significa um aumento de temperatura. © aquecimento provocado pela maior vibragéo dos dtomos é um fendmeno fisico a que damos o nome de efeito joule E devido a este efeito joule que a lampada de filamento emite luz. Indmeras sao as aplicagées praticas destes fenémenos. Exemplos: chuveiro, ferro de engomar, ferro elétrico, fusivel, etc. © efeito joule & o fendmeno responsdvel pelo consumo de energia elétrica do circuito, quando essa energia se transforma em calor. © componente que realiza essa transformagdo ¢ o resistor, que possui a capacidade de se opor ao fluxo de elétrons (corrente elétrica). Resumo: Resistor Elétrico Representacdo R Unidade: Ohm (Q) Aparelho de Medi¢ao: Ohmimetro Simbolo: Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 20 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, een, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA, : ‘CAMPUS DE ARARANGUA SE tt 2.5.6 Lei De Ohm Considere 0 resistor abaixo, mantido a uma temperatura constante. Quando o mesmo for submetido a uma tensao elétrica (d.d.p.) E circularé pelo mesmo uma corrente elétrica I. Mudando 0 valor da d.d.p. para E:, E2, ... E, , 0 resistor passa a ser percorrido por uma corrente |r, ly, ... Ip. O Fisico alem4o George Simon Ohm, verificou que o quociente da tensao aplicada pela respectiva corrente circulante era uma constante do resistor. R => A resisténcia elétrica néo depende nem da tensao, nem da corrente elétrica, mas sim da temperatura e do material condutor. Formulas Matematicas Relacionando Tensdo, Corrente, Resisténcia e Poténcia Elétricas. (@JE=RxI (b)P= ExI (c)P= Rx (dl (f)P= B+ R (gs PE Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 21 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA ‘CAMPUS DE ARARANGUA Exercicio 8: Calcule a varidvel que esta faltando: a) R= 50.2; E= 10 V; F? b) E= 3,5 V; I= 5mA; R=? ¢) E= 180 V; R= 30 2; I=? d) E= 220 V; 1= 4,4 A; R=? e) =? 40V Exercicio 9: Calcule os valores das variaveis dependentes: a) E= 120 V; P= 60 W; I= ?; R=? b) E=8V, 0,2 A; P= ?; R=? ¢) R= 2.000 2; E= 40 V; I 2; Exercicio 10: Um chuveiro elétrico de 500 2; tem qual poténcia elétrica em: a) 220 Volts b) 110 Volts 2.6 Geradores e Receptores 2.6.1 Definigao de Gerador Gerador é um dispositive capaz de criar e manter uma d.d.p. entre dois pontos de um circuito, E essa d.d.p. que permite o movimento de cargas elétricas que constituem a corrente elétrica. Para “transportar” uma carga de um ponto a outro, 0 gerador realiza um trabalho sobre ela. A razao entre o Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 22 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, een, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA : ‘CAMPUS DE ARARANGUA trabalho realizado e a carga transportada mede a capacidade do gerador de levar cargas dos potenciais mais baixos para potenciais mais altos. Essa azo 6 a Forga Eletromotriz (fem) do gerador representado pela letra “E”. Assim: A forga eletromotriz do gerador é sempre constante, pois ela nao depende da corrente elétrica que atravessa. 2.6.2 Corrente Continua (CC) Corrente continua é a energia elétrica que apresenta dois pélos definidos e fixos no tempo, ou seja, as cargas elétricas geradas ficam sempre no mesmo pélo. Os graficos abaixo mostram 0 comportamento da corrente continua no eixo tempo. EM Ej) 6) ts Corrente Continua Estabilizada Comente Continua Pulsante 2.6.3 Corrente Alternada (CA) Corrente alternada corresponde a fonte de energia onde os pélos ficam se alternando constantemente no tempo. Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 23, inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, ecm, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA, : ‘CAMPUS DE ARARANGUA Ew 7) 2.7 Geragao de tensdo alternada A tensao alternada é produzida girando uma bobina. A medida que a a oe ie me @ bobina corta as linhas de forga entre os = ,e ee Fe pélos magnéticos, produz-se uma Wei AL tensdo. wo any AN Essa tensdo varia de zero até o itn / valor de pico e volta a zero conforme ae rat ' uma sendide. Assim é produzida a a phi eletricidade nas usinas hidrelétricas. A geragéo ocorre quando um condutor se movimenta num campo magnético, induzindo uma tensdo nesse condutor. Esta tenséo depende da ate intensidade do campo magnético, da el velocidade do condutor ¢ da diregao em que =e se movimenta o condutor. A sendide é ah obtida pelo movimento de rotagéo do condutor. A polaridade da tensao induzida depende da posicdo da espira em relagdo aos pélos do ima. Na corrente altermada os elétrons mudam o sentido do seu movimento. Em altas freqiiéncias, a corrente se limita a superficie do condutor, com isso, a resisténcia aumenta Vantagens da corrente alternada: ela pode ser transmitida a grandes distancias mais economicamente que a corrente continua, sem grandes Eleviedade Bésica Prof. Eng, Govan! Batista de Souza Pégina: 24 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, ecm, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA, : ‘CAMPUS DE ARARANGUA perdas. Para isso, pode-se elevar e diminuir a tenséo por meio de transformadores. A equagao da tensdo alternada senoidal ¢ V=V.-sen(ot+ 6) Caracteristicas da Tensao e da Corrente Alternada _— Valor de pico Yeoul, oor, 000,7071,, 867, 0006361, ea vam 2009 Ole - co a a Valor pico-e-pico prov les) + Valor eficaz (V.1 ou Iu): também chamado de RMS (root mean square), ¢ 0 valor que produz o mesmo efeito que um valor em corrente continua faria, & igual a 0,707 vezes o valor de pico (V;). A maioria dos instrumentos de medida € calibrada em unidades eficazes ou médio-quadraticas, 0 que permite a comparagao direta dos valores CC e CA. © Valor médio (Vm): é a tensdo média da onda senoidal durante um meio ciclo, Geometricamente, corresponde a altura de um retangulo que tem a mesma area da sendide. Vn = 2. Vp im Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 25 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, een, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA, : ‘CAMPUS DE ARARANGUA * Freqiiéncia (f): 6 o numero de ciclos por segundo, dada em Hertz. * Periodo (T): é 0 tempo necessario para completar um ciclo. E 0 inverso da freqiiéncia. No Brasil a freqiiéncia é de 60Hz, 0 que da um periodo de 16,5ms. 2.8 Tensao Alternada Trifasica Quando uma linha 6 formada por trés condutores com as tensées entre um e outro condutor iguais, porém defasadas de 120°, temos uma rede trifasica A representagao da corrente alterada ou tenséo trifésica é aque se vé nas figuras abaixo a ee AN woe wo ey “ & Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 26 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, een, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA : ‘CAMPUS DE ARARANGUA Quando ligamos a uma linha trifasica trés fontes receptoras, ou trés elementos de uma fonte receptora, temos um circuito trifdsico. Conforme a maneira de efetuarmos as ligagdes temos um circuito estrela ou tridngulo ( Y ou A) 2.8.1. Circuito estrela ou Y As trés extremidades dos finais dos elementos sdo ligadas entre si, ¢ as trés iniciais a linha. Como se pode ver na figura abaixo, a corrente que passa pela linha, é a mesma que passa pelos elementos, isto é, @ corrente de linhas 6 igual 4 corrente de fase. O ponto comum aos trés elementos chama-se neutro. Se deste ponto se tira um condutor, temos o condutor neutro, que em geral é ligado a terra. A tensao aplicada a cada elemento (entre condutores de fase e neutro) é chamada tensdo de fase e a entre dois condutores de fase tensdo de linha. Arelagao entre elas 6: B= Eun = E je V3 2.8.2. Circuito triangulo ou Delta A extremidade final de um elemento ¢ ligada a inicial do outro, de modo que os trés fiquem dispostos eletricamente, segundo os lados de um triéngulo eqililétero. Os vértices sao ligados a linha Temos que a tensdo da linha é igual a tensao da fase e a corrente da linha sera: T= I, 3 inka =I se Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 27 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, ecm, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA, : ‘CAMPUS DE ARARANGUA Os elementos de um receptor trifasico sao _representados respectivamente por U-X, V-Y e W-Z, onde U, V e W representam as extremidades iniciais, ou por 1-4, 2-5 e 3-6, sendo 1, 2 € 3 os inicios, pois cada elemento tem sua polaridade que deve ser conservada na ligacdo. A distribuigao de energia elétrica é feita em geral em sistemas trifasicos, cujas redes podem ser ligadas em estrela ou triangulo, Quando a rede ¢ em triéngulo, em casos especiais, podemos retirar um condutor do centro de cada fase, obtendo-se duas tensdes, sendo uma o dobro da outa. Exemplo: 110 e 220 V. Em geral, as cargas monofésicas (lampadas e pequenos motores) so ligadas a tensdo mais baixa e as trifasicas (forga, aquecimento industrial etc.) a mais alta. As cargas monofasicas, num circuito trifésico, devem ser distribuidas igualmente entre as fases, para que uma nao fique sobrecarregada em detrimento das outras. 2.9 Poténcia nos Cire los de Tens&o Alternada Apoténcia consumida por um circuito de corrente continua é dada ‘em watts, pelo produto da tensdo pela corrente. Em corrente alternada, este produto representa a poténcia aparente do circuito, isto é, a poténcia que o circuito aparenta ter uma vez que ha uma defasagem entre E e I. A poténcia aparente é medida em volt-ampére (VA): S=Exl Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 28 inasTERIO 0A EOUCAGAD ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA ‘CAMPUS DE ARARANGUA Onde: S = poténcia aparente, em volts-ampére; E = tensdo em volts; corrente em ampéres. 2.10 Circuito Sé Circuito Série 6 um circuito elétrico onde temos a mesma corrente elétrica circulando em todos elemento do circuito. Para que o circuito esteja em série um dos terminais ¢ ligado ao terminal do seguinte, o terminal livre deste ligado ao préximo e assim por diante. —_l}+—____+—_“_+- Ligagéo Série 2.11 Circuito Paralelo Circuito paralelo é um circuito elétrico onde temos a mesma tensdo entre 0s dispositivos do circuito. Para que o circuito esteja em paralelo um dos terminais dos dispositivos devem estar ligados ao mesmo ponto. Os terminais restantes a um outro ponto comum, Circuitos Paralelo Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 29 unusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA ‘CAMPUS DE ARARANGUA 2.12 Circuito Equivalente do Gerador De forma ideal os geradores disponibilizam cargas elétricas para o circuito elétrico, mas de forma real, devido as limitagdes de construcdo os geradores também apresentam uma resistencia interna que limitam a tenséo na carga, pois quanto maior a corrente do circuito maior 6 a queda de tensao no resistor interno do gerador. . ©, Onde: mons \ Le Va - Va 6 a did.p. mantida entre os polos do gerador; Ve-Wa=E-r.l £6 a forga eletromotriz do gerador; 6a resisténcia intema do gerador; 1.16 a queda de tensdo interna, Exercicio 11: Um gerador tem forga eletromotriz E= 1,5 V e r intern Qual a d.d.p. entre os pélos quando percorrido por uma corrente de: a)tA b) 1mA = 05.2. Exercicio 12: Um gerador tem forca eletromotriz E= 9,0 Ve r interna = 1,0 2. Qual a d.d.p. entre os pdlos quando percorrido por uma corrente de: a)1A b) 1mA Eleticidade Bésica Prof, Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 30 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA ‘CAMPUS DE ARARANGUA 3 - Leis De Kirchhoff Para encontrar as grandezas elétricas de um circuito utilizamos as leis de Kirchhoff que permite calcular os valores de corrente e tenséo de um circuito. Para entender as leis de Kirchhoff precisamos conhecer alguns conceitos de malhas, nés e ramos. 3.1. Malha, Né6 e Ramo. Malhas : 6 um circuito fechado por onde passa uma corrente elétrica. 8 E3 E2 | ri R3 z= = z B |= 5 HT Ph No : 6 um ponto de derivagao elétrica de 3 ou mais condutores. Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 31 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA ‘CAMPUS DE ARARANGUA E1 — E3 R2 R3 K R= a= E2 No 2 Ramo : 6 uma ligago de um né a outro. No exemplo abaixo podemos observar que entre os dois nés das extremidades temos trés ramos realizando a ligagdo entre eles. Ramo 1 3.2 Exercicios Exercicio 13: Identifique o numero de nés, ramos e malhas do circuito abaixo. Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 32 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA ‘CAMPUS DE ARARANGUA 80 70 ww 420 430 Exercicio 14: Para 0 circuito abaixo, responda: 14a — Quantas malhas existem 14b — Quantos nés existem 14c — Quantos ramos existem Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 33 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA ‘CAMPUS DE ARARANGUA 3.3 Lei das Tensées A Lei das Tensées de Kirchhoff pode ser utilizada para determinar as varias correntes em um circuito elétrico. Uma vez em que as correntes elétricas esto definidas, torna-se simples a tarefa de calcular as varias tensées do circuito. Esta lei pode ser definida como: @ A soma algébrica das tensdes em um circuito fechado 6 sempre jual a Zero El E1+E2+E3+E4=0 Método para cada malha: a) Arbitre um sentido para a corrente elétrica na malha; b) Coloque os sinais de tenséo em cada resistor, considerando que a corrente entre no positivo e sai no negativo. AW ©) Siga 0 sentido desta corrente, realizando 0 somatério das tensées; d) Para fontes, considere sua tensao com o sinal do pélo de saida; e) Para resisténcias, considere a queda de tensdo Ri; f)Iguale o somatério a zero, Eleviedade Bésica Prof. Eng, Govan! Batista de Souza Pagina: 34 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, een, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA aoe ‘CAMPUS DE ARARANGUA 3.4 Exemplos e Exercicios: Kirchhoff 1 Malha Exemplo 4: Encontre o valor da corrente elétrica ‘Solugdo: Acompanhe passo por passo: a) Arbitre um sentido para a corrente elétrica; 10a 7 i) = b) Coloque os sinais de tensdo em cada resistor, considerando que a corrente entre no positive e sai no negativo. Lembro que o sinal de das fontes de alimentagao permanecem inalterados. os + D c) Siga 0 sentido desta corrente, realizando o somatério das tensdes; +20-101,-12-8h =0 8-181, =0 B= 18h I =8/18 444 A Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 35, inasTERIO 0A EOUCAGAD ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA ‘CAMPUS DE ARARANGUA Exercicio 15: Utilizando 0 método das malhas encontre o valor da corrente do circuito. 3.5 Sistemas linear de equagées do primeiro grau Para resolver os sistemas por Kirchhoff faz-se necessdrio conhecer 0 processo de resolugdo de sistemas de equagées de primeiro grau Uma equagao do primeiro grau, é aquela em que todas as incégnitas esto elevadas a poténcia 1. Este tipo de equagao podera ter mais do que uma incégnita. Um sistema de equagées do primeiro grau em duas incégnitas x e y, € um conjunto formado por duas equagées do primeiro nessas duas incégnitas. Exemplo 1: Seja o sistema de duas equagées: 2x+3y=38 3x-2y=18 Resolver este sistema de equagdes é o mesmo que obter os valores de x e de y que satisfazem simultaneamente a ambas as equagées. x=10 e y=6 so as solugdes deste sistema e denotamos esta resposta como um par ordenado de numeros reais: S$ ={(10,6)} Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 36 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, rope, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA ‘CAMPUS DE ARARANGUA 3.5.1. Método de substituicao para resolver este sistema Entre muitos outros, 0 método da substituigao, consiste na idéia basica de isolar o valor algébrico de uma das varidveis, por exemplo x, e, aplicar 0 resultado a outra equagao. Para entender o método, consideremos o sistema: 2x+3y=38 3x-2y=18 Para extrair o valor de x na primeira equagao, usaremos o seguinte processo: 2x +3y =38 Primeira equagao 2x + 3y -3y=38-3y — |Subtraimos 3y de ambos os membros 2x = 38 - 3y Dividimos ambos os membros por 2 x= 19 - (3y/2) Este é 0 valor de x em fungao de y Substituimos agora o valor de x na segunda equagao 3x-2y=18 3x -2y =18 Segunda equagao 3(19 - (3y/2)) -2y=18 |Apos substituir x, eliminamos os parénteses 57 -9y/2-2y=18 —_|multiplicamos os termos por 2 114-9y-4y=36 —_|reduzimos os termos semelhantes 114 - 13y = 36 separamos varidveis e niimeros 114 - 36 = 13y simplificamos a equagao 78 = 13y mudamos a posigao dos dois membros 13 y=78 Jdividimos ambos os membros por 6 y=6 Valor obtido para y Substituindo y=6 na equagao x=19-(3y/2), obtemos: x= 19 - (3x6/2) = 19 - 18/2 = 19-9 = 10 3.5.2, Método de Sistema de Primeiro Grau Neste método tomamos duas equagées de primeiro grau, ambos com duas incégnitas, e multiplicamos uma das equagées por uma constantes afim Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 37 inusTERIO DA EOUCAGAO we ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA a ‘CAMPUS DE ARARANGUA de igualar com sinal contrério uma das incdgnitas. Para finalizar adicionamos as duas equagdes e encontramos o valor das incégnitas. ® ®) Wx = Wy =50 (10) 5x + 30y=10 [m -300y =500 (1)x10 5x +300y =10 105 x Exemplo 2: Para entender o método, consideremos o sistema: 2E +3) =38 3E)-2E=18 2E,+3Ep Multiplica-se por 2 para igualar GE. 3E,-2E Multiplica-se por 3 para criar 6E2 4E,+6E 9E)-6 E,=54 - 13E)-__=130 Soma-se as duas equacées 136, = 130 Encontra-se o valor de E; E, = 130/13 = 10 . Para encontra o valor de E> , basta SE: -2E.= 18 substituir E; nas equagées iniciais 3.10-2E=18 30-2E.=18 -2E,= 18-30 -2E,=-18 E,=-12/-2 E=6 Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 38 inusTERIO DA EOUCAGAO we ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA a ‘CAMPUS DE ARARANGUA Exemplo 3: Encontre o valor das varidveis: 10-44 31 104-4 2 =-30 3h-2h=-17 (x-2) — Multiplica-se por -2 para igualar I> 1014-4 =-30 6+4= 34 Soma-se as duas equagdes 4-24 ane4 Encontra-se 0 valor de |; h=asae 3h-2h<-17 Para encontra o valor de Is, basta h-2le substituir I,nas equagées iniciais 3.1-2h=-17 3-2h=-17 3.6 Exemplos e Exercicios: Kirchhoff com 2 Malhas Exemplo 5: Encontre os valores das correntes no circuito abaixo an | Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 39 nusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA ‘CAMPUS DE ARARANGUA Solugdo: a) Arbitre um sentido para a corrente elétrica em cada malha; \ ahs es b) Coloque os sinais de tensdo em cada resistor, considerando que a corrente entre no positivo e sai no negativo. Lembro que o sinal de das fontes de alimentacao permanecem inalterados. og 124 eS i iif c) Siga o sentido desta corrente, realizando o somatério das tensées; Verifique que no resistor de 12 © pois uma tensao relacionada por cada corrente: Equagao da malha 1 +6-8h—12h +12 #14 = 20-201, +122=0 Equagao da malha 2: +12-181,-14 -12h +121 -24+121)-30L=0 As equacées da malha 1 e 2 formam o sistema de 1°grau! 20-201, +121.=0 -2+121-30h=0 Eleticidade Bésica Prof, Eng. Giovani Batista de Souza Pagina: 40 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA ‘CAMPUS DE ARARANGUA 20-201;+12h=0 (x2,5) — Mulliplica-se por 2,5 para 2412 -301=0 igualar |, 50 - 50 | + 30 Ip -2+121,-30L= 0 48 - 381. Soma-se as duas equagées Encontra-se o valor de I; 48 = 381, I = 48/38 = 1,263. Para encontra o valor de |. , -2+12h-30h=0 basta substituir I;nas -2+12. 1.263 -30h=0 equagées iniciais -2+ 15.158 - 30 = 0 + 13.158 -301,=0 + 13.158 = +30 b 13.158 /30= |p | =0,439A Exercicio 16: Determine os valores das correntes dos circuitos abaixo: a) Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 41 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA ‘CAMPUS DE ARARANGUA b) 0 BY 220v Sa OUN 2a |i} 20v c) 5 20 3A. 10V 20V qd) BY [ite Wy = 30V oA BY 20). Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 42 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA ‘CAMPUS DE ARARANGUA Exercicio 17: Aplique 0 TEOREMA DAS MALHAS no circuito abaixo para responder as questdes seguintes: Re-209 | ftw Ettov_> Rito: 17a — Equacione as malhas Ae B 17b — Determine o valor de la e IB 17c — Determine a corrente no resistor R3 3.7 Lei das Correntes Esta lei visa 0 equacionamento das correntes nos diversos nés de um circuito, e por isso é também conhecida por “Lei de Nos”. A soma algébrica das correntes que entram em um né 6 igual 4 soma das correntes que dele saem. 4 h+hth+h+l+l=0 Exemplo 6: Calcule a corrente I: na figura abaixo: Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 43 unusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, ecm, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA, : ‘CAMPUS DE ARARANGUA = 260ma M4=300mA lentram = Isao Lthebtletls tls 250 + | = 200 + 300 + 80 + 150 I, = 730 - 250 1,= 480 mA 3.8 Andlise Nodal Em um circuito elétrico ha n nds principais; um deles 6 escolhido como né de referéncia, e a ele é atribuido arbitrariamente um potencial zero Volt. Aos demais nds sao atribuidos entao diferentes potenciais simbdlicos. Passos para Andlise Nodal: a) Selecione 0 né principal, que seré 0 nd de referéncia, e atribua a cada um dos nés restantes seus préprios potenciais em relagao ao né de referéncia; b) Atribua correntes nos ramos (a escolha da diregao ¢ arbitraria); c) Expresse as correntes nos ramos em termos de potenciais dos nés; d) Escreva uma equagéo de corrente para cada um dos nés conhecidos; nti rrente: Eleticidade Bésica Prof. Eng, Giovani Batista de Souza Pagina: 44 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, een, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA aoe ‘CAMPUS DE ARARANGUA Exemplo 7: Calcule utilizando a lei dos nos 5a 10 a) Selecione o né principal, que serd o né de referéncia, e atribua a cada um dos nés restantes seus prdprios potenciais em relacdo ao né de referéncia; Ea ua + 1a. 20a 1H = Referéncia b) Atribua correntes nos ramos (a escolha da diregdo ¢ arbitraria); Ea ua = inV + Referéncia c)Expresse as correntes nos ramos em termos de potenciais dos nés; Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 45 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA ‘CAMPUS DE ARARANGUA E,-10 7 ato 10 "20 d) Escreva uma equagao de corrente para cada um dos nés conhecidos; TaTtl, 10 20- 3 80-4, 2 20 80-48, _ 3£,-20 2 Oe 80-4F, = 3£,-20 80+20 = 3£,+4E, 100 = 7£, 100 B= E,=14,29V A partir da solugéo de E, podemos encontrar os valores das correntes. 3.9 Exercicios Exercicio 18: Com base no circuito abaixo, utilize 0 TEOREMA DA CORRENTE para determinar os valores: R2=209 RI=100 Baa RI=150, 18a - Equacione as equagées de corrente no né X 18b — Qual o valor de Ex, I1, 12 ¢ |3, Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 46 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, een, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA =r ‘CAMPUS DE ARARANGUA Exercicio 19: Aplique o teorema das correntes para calular Ic. R1=30 2 =208 r4=508 12 Rea I E1= Exercicio 20: Aplique o teorema das correntes para calcular la, Ib Ic. R1=30.2 5 2V R2=-200 E1= 4| R3=502 Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 47 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, een, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA : ‘CAMPUS DE ARARANGUA 4 - Resistores 4.1 Resistor — Definigao Resistores so componentes que tem por finalidade oferecer uma oposigao a passagem da corrente elétrica, através de seu material. A essa oposigao damos 0 nome de resisténcia elétrica, que possui como unidade o Ohm (0). Os resistores so clasificados em dois tipos: fixos e varidveis. Os resistores fixos so aqueles cuja resisténcia nao pode ser alterada, enquanto as varidveis tém a sua resisténcia modificada dentro de uma faixa de valores por meio de um cursor mével 4.1.1 Resistores Fixos Tem como fungdo principal produzir uma queda de tensao E (volts), igual ao produto de seu valor (Q) pela corrente que passa por ele (A) Simbolo: SE tt As figuras abaixo mostram como sao encontrados (aspectos fisicos) 08 resistores: Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 48 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, ecm, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA, : ‘CAMPUS DE ARARANGUA Figura — Resistor fixo de Porcelana e de Fio filme terminal helicoidal (tampay [eobextura isolante terminal (£50) tubo veramico Figura — Resistor de filme de carbono 4.2 Cédigo de Cores para Resistores © cédigo de cores é a convengao utilizada para identificagao de resistores de uso geral. Como é impossivel a fabricagao de resistores de todos 08 valores estes sao fabricados com um intervalo de tolerancia entre eles, O processo de fabricagdo em massa de resistores ndo consegue garantir para estes componentes um valor exato de resisténcia. Assim, pode haver variagao dentro do valor especificado de tolerancia. E importante notar que quanto menor a tolerancia, mais caro o resistor, pois 0 processo de fabricagao deve ser mais refinado para reduzir a variagdo em tomo do valor nominal. Esta faixa de tolerancia é conhecida por séries E12 e E24 da norma internacional IEC. No anexo I encontramos a tabela E12 e E24. 4.2.1 Procedimento para Determinar o Valor do Resistor: Identificar a cor do primeiro anel, e verificar através da tabela de cores 0 algarismo correspondente a cor. Este algarismo ser o primeiro digito do valor do resistor. Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 49 inasTERIO 0A EOUCAGAD ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA ‘CAMPUS DE ARARANGUA Identificar a cor do segundo anel. Determinar o algarismo correspondente ao segundo digito do valor da resisténcia. Identificar a cor do terceiro anel. Determinar o valor para multiplicar 0 numero formado pelos itens 1 e 2. Efetuar a operagao e obter o valor da resisténcia. Identificar a cor do quarto anel e verificar a porcentagem de tolerancia do valor nominal da resisténcia do resistor. OBS.: A primeira faixa seré a faixa que estiver mais perto de qualquer um dos terminais do resistor. ai. en seni COR NUMERO NUMERO ZEROS TOLERANCIA PRETO — a — Rien) T 1 a T% 2 2 00 2% 3 3 000 4 4 0000 — 5 5 o0000 = 6 6 000000 = ViOLETA T 7 — — 3 8 — — BRANCO, 9 9 — — [ouro | —— — XO1 5% PRATA — — X0,01 10% Exemplo: 1° Faixa Verde = 5 2° Faixa Azul = 6 3° Faixa Vermelho = 00 4° Faixa Ouro = 5% 56 x 00 = 56000 = 5,6 kO Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 50 unusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, ecm, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA, : ‘CAMPUS DE ARARANGUA O valor sera 5600 N com 5% de tolerancia. Ou seja, 0 valor exato da resisténcia para qualquer elemento com esta especificacdo estara entre 5320 D a 5880 2. Entenda o multiplicador como o ntimero de zeros que vocé coloca na frente do nimero. No exemplo ¢ 0 10, e vocé coloca apenas um zero se fosse © 100 vocé colocaria 2 zeros e se fosse apenas 0 1 vocé nao colocaria nenhum zero. 4.2.2. Exerci Exercicio 21: Encontre o valor dos resistores cujas as cores estao indicadas abaixo: a) vermetho, vermelho, vermelho, ouro b) amarelo, violeta, laranja, prata = ¢) branco, marrom, marrom, ouro = d) marrom, preto, vermelho, ouro = ©) verde, vermelho, preto, ouro = f) laranja, preto, ouro, ouro = g) marrom, preto, ouro, ouro = 4.3 Associacao De Resistores 4.3.1. Associagao em Série Quando resistores sdo conectados de forma que a saida de um se conecte a entrada de outro e assim sucessivamente em uma Unica linha, diz-se que os mesmos estao formando uma ligacao série. Neste tipo de ligagao a corrente que circula tem o mesmo valor em todos os resistores da associagdo, mas a tenséo aplicada se divide proporcionalmente em cada resistor. El E2 E3 Ri Re Ra Os resistores que compéem a série podem ser substituidos por um Unico resistor chamado de Resistor Equivalente. Eleticidade Bésica Prof, Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 51 unusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA ‘CAMPUS DE ARARANGUA E= E,+ E,+ Ey 4 Rel= Rxl+ Ryxl+ Rxl Como a corrente ¢ comum a todos os termos da equagao ela pode ser simplificada (cortada) nos dois lados da igualdade: => A Reg de uma associagao em série é igual a soma das resist6ncias dos resistores. Exercicio 22: Calcule o valor do resistor equivalente dos circuitos abaixo: a dj 2 b) zs 102 R2=208 mx AWWA AWA NMA a & ey a c) a 6 R2=202 iW NA z 4.3.2, Associagao em Paralelo Quando a ligagao entre resistores é feita de modo que 0 inicio de um resistor é ligado ao inicio de outro, e o terminal final do primeiro ao terminal final do segundo, caracteriza-se uma ligagao paralela, Eleticidade Bésica Prof, Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 52 unusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, oenworan, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA : ‘CAMPUS DE ARARANGUA i ul) og ew. = mw Neste tipo de ligacdo, a corrente do circuito tem mais um caminho para circular, sendo assim ela se divide inversamente proporcional ao valor do resistor. Ja a tensdo aplicada é a mesma a todos os resistores envolvidos na ligagao paralela. Ie Analisando 0 circuito vemos que: ! Pela Lei de Ohm temos que a corrente elétrica é igual a tensao dividido pela resisténcia, entao: Elbiyh RRRR Como a tensao € a mesma, e é comum a todos os termos da igualdade, ela pode ser simplificada, restando entao: 1 1 1 1 2 ty Ry, R RR O inverso da Req de uma associagao em paralelo é > igual 4 soma dos inversos das resisténcias dos resistores. Para dois resistores em paralelo é possivel calcular a Reg através de uma formula obtida da anterior: Exercicio 23: Calcule o valor do resistor equivalente dos circuitos abaixo: Eleticidade Bésica Prof, Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 53 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, een, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA : ‘CAMPUS DE ARARANGUA R3= 250 a) z g e e R2=202 a w tL o& ce 2 Riz 108 R1=5 2 3 p2<20@ [— 4.3.3. Regras de Associacao Paralelo O valor da resisténcia equivalente de dois resistores iguais em paralelo 6 igual a metade do valor dos resistores. A resisténcia equivalente de qualquer associagao paralelo seré sempre menor que a menor das resisténcias associadas. Quando o valor do resistor for igual, o valor da resisténcia equivalente é igual ao valor do resistor dividido pelo numero de resistores iguais na associagao. 4.3.4 Asso E 0 caso mais encontrado em circuitos eletrénicos. Neste caso ha resistores ligados em série e interligados a outros em paralelo. Para se chegar a Rag, faz-se 0 cdlculo das associagées série e paralelo ordenadamente, sem nunca “misturar” o célculo, ou seja, associar um resistor em série a outro esteja numa ligagao paralela. Gao Mista Eleviedade Bésica Prof. Eng, Govan! Batista de Souza Pécina: 54 inusTERIO DA EOUCAGAO ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, ecm, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA, : ‘CAMPUS DE ARARANGUA Exercicio 24: Calcule a resisténcia equivalente dos circuitos abaixo. 24A) Dados: R;=22 ; Re=6Q ; Rs=2.2 ; Re=4.2; R=3.Q R2 R3 Ra 24B) Dados: Ri=Rs=4.0 ; Ro=Rs=Rs=3.Q2 6a 30 24C) 20) 6a 3a 24D) Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 55 inasTERIO 0A EOUCAGAD ‘SECRETARIA DE EDUCAGAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA ‘CAMPUS DE ARARANGUA 2a 5a 5a 180 24E) OA 0 40a ga 8a Ba 80 24) BQ 4a Ba 8a 18a 8a Exercicio 25: Quatro resistores iguais estao conectados em série. Se a resisténcia equivalente 6 49 2, qual o valor de cada resistor? Exercicio 26: Dois resistores estao conectados em paralelo. Se a resisténcia equivalente é 6,672. Calcule o valor de Rzsabendo-se que R; é igual a 10 2. 4.4 Consideragées finais sobre a Lei de Ohm A Lei de Ohm pode ser definida como a relagdo entre a Tensdo, a Corrente e a Resisténcia em um circuito elétrico de corrente continua. Ela pode ser definida como uma constante de proporcionalidade entre as trés grandezas. Ela estabelece que: A corrente elétrica em um condutor metalico é )diretamente proporcional a tensao aplicada em seus ’ terminais, desde que a temperatura e outras grandezas fisicas forem constantes. Com a passagem da corrente elétrica pelo condutor, ha choques dos elétrons contra os atomos do material, com conseqiiente aumento da temperatura (efeito Joule). Este fato acarreta dois fendémenos opostos no Eleticidade Bésica Prof. Eng. Giovani Baista de Souza Pagina: 56

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