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Betel Bete! EZEQUIEL Oy eRe pier de juizo, arrependimento, restauracdo e manifestacao da gloria de Deus Digitalizado com CamScanner UEM ACEITA A JESUS PRIMEIRO PASSO AIGREJA PODE AJUDAR DANDO 0 SEGUNDO fa sabor mas solaa es « ouo8 predon Contendo um exemplar da revis- taDiseipular® (Aluno), euma Biblia do Culto - Ensinando'0s Passos da Fé, o Kit Novos Convertidos - Enst- nando os Passos da Fé pode ser utili- zado pelasigrejas como um presen teaserdado aqueles que manifesta- remo desejo de seguir a Jesus, para {queeles possam ler, estudare medi tar na Palavra de’ Deus e, assim, contribuir em seu crescimento es- piritual eno fortalecimento de sus caminhada eristi junto aos demais irmios def. ‘Um belo incentive para o mais novo membro da familia de Cristo! ESSE KIT CONTEM: | eee (1) Revista Display Aan | ema ted! tran Fucamonte isesnsem capa ombr comarcaltedtorabutl comb Escola Btblica Dominicat 0 profeta com a mensagem de juiza arependimento, restauracio e manifestagao da gléria de Deus UGAO 1 A chamada do profta Ezequiel UCKO 2 O profetae seus desafios no cumprimento da missio LUGAO 3 Ezequiel, oatalaia sobre a casa de Israel UGKO 4 0 pecado e suas consequéncias UGAO A lei da responsabildade pessoal LUGKO 6 As pardbolas do livo de Ezequiel LUCKO7 Povo de Deus ovethas do Seu rebanho LIGAO 8 Mensagem conta os flsos poets eos pastresinfics LIGKO 9 A visio do vale de ossos secos LUgKO 10 A visio da torrente das guaspurfcadoras UGAO 11 Um novo Templo ea restauragio do culto LUgho 42 Vises do afastamentoe retorno da ghia de Dews LgAo 13 0 plano divino prevalent REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS UBD Essa revista pertence a Digitalizado com CamScanner © Betel Editora un Cana de Sou, 20- Rasa Fo dn Janorof = CER 21850 180 11 3876.0900, MESA DIRETORA Bspo Prmaz Mandal Or Manool Fertora Prescot spo Sormpel Cassio Ferora Atsner do Cisco Feroica Bigno ides lose do Carmo Pr Amaro Martins da Siva Pr Josué de Campos Fy. Genito Severo dos Santos P.. Ble’ Araupo de Alencar Pr Josué Rochiques de Gouveia Pr Gison Ferreira Campos © Jose Fernandes Correia Noleto Pr Joto Adair Ferrera Pr David Cabral DIRETORIA/CONSELHO DELIBERATIVO spo Prmaz Mandal Or Manoel Ferea po Odes José do Camo Josué o& Campos Severo 0s Santos > Bie Pesto oe Alencar mane Corea Noketo > Das Catal Weston Perera de Abreu . Eauerdo Sarcsio do Oe td Nesta Perera Pato Les dos Sarton Pr tetra Paulo betes Fr Det os bende Fe err Chats Forneca, GERENCIA Bove Sem Csi Fe Palavra do Comentarista “O livro de Ezequiel é tido como 0 livro das isdes. O profeta, considerado como o profeta e da gloria de Deus, é chamado para profetizar em pleno cativeiro babilénico. O seu principal papel ¢ alertar o povo de Deus, trans- mitindo a mensagem divina de juizo ao povo iddlatra, adultero e apéstata de Juda e Jerusalém. No entanto, suas profecias eram também uma mensagem de esperanga para os que se arrepen- dessem, conservassem a fé e se mantivessem fiéis a Deus dentro do exilio, A gloria de Deus, que tinha se afastado por causa dos pecados cometi- dos pelo povo, poderia retornar como resultado do arrependimento auténtico. Varias visbes es- catolégicas do profeta ultrapassam as barreiras do tempo e chegam como alerta para os cristaos dos dias de hoje. Com esta licao, esperamos con- tribuir de uma forma clara, simples objetivano estudo da Palavra de Deus, coma indispensavel ago do Espirito Santo” TT EOy ait PASTOR VALDIR ALVES DE OLIVEIRA Pastor auxiliar na Catedral das ] ssembleias de Deus (Baleia) em Brasilia-DF, Ministério de Madureira; pastor presidente jubilado; secretario executivo a CONEMAD-DF & ENTORNO; sm Administracao Finan- em Teologia, escritor; economista; pés-graduado e! celra pela FGV-DF; bacharel to presidente da Academia Evangélica de Letras Distrito Federal; conferencista nd rea de Casals e Familia; palestrante na area de obreifos © lideres. Digitalizado com CamScanner USANA LULU GRRL eS __ So “E disse-me: Filho do homem, pde-te em pé, e falarei contigo.” Ezequiel 2.1 Wee Ainda hoje Deus tem chamado e capacitado pessoas para que proclamem Sua Palavra com ousadia, fidelidade e amor. COE) OBJETIVOS DA LICAO ]& Mostrar o contexto histé- rico da chamada de Ezequiel. & Ressaltar a incumbéncia do profeta Ezequiel. & Expora vocacao visionaria do profeta Ezequiel. [© TEXTOS DE REFERENCIA | DE REFERENCIA EZEQUIEL 2 1. E disse-me: Filho do homem, pée-te em pé, e falarei contigo. 2. Entdo entrou em mim o Espirito, quando falava comigo, e me pas em pé, e ouvi o que me falava. 3. E disse-me: Filho do homem, eu te en- Vio aos filhos de Israel, as nacdes rebeldes que se rebelaram contra mim; eles e seus pais prevaricaram contra mim, até este mesmo dia. 4. E 0s filhos sao de semblante duro e obs- tinados de coracao; eu te envio a eles, e lhes dirds: Assim diz 0 Senhor Jeova. 5. E eles, quer oucam quer deixem de ouvir (porque eles so casa rebelde), hao de saber que esteve no meio deles um profeta. METEL DOMINICAL Revista do Professor 3 Digitalizado com CamScanner ee AUT TM aT TS SEGUNDA | 1Sm 16.7 QUINTA | Jo 2.4 Deus nao vé como vé o homem E preciso submeter-se ao momento de Deus. TERGA | Jr 33.6-16 Deus nunca se esquece dos figs. QUARTA | Ez 11.17-20 A promessa de um novo coracéo. SEXTA | At 14.17 Deus usa onde Ele quer. SABADO | 1C0 1.27-29 Deus usa quem Ele quer. 127, 305, 326 Introducdo - 1. Contexto histérico 2. Aincumbéncia do proeta Ezequiel Ore pelos cristaos que trabalham evangeli- 3. Um profeta com vocacao visionaria zando refugiados. Concluséo 1: INTRODUGAO Ezequiel profetizou para os exilados na Babilénia. © profeta explicou as ra- z6es dos severos juizos divinos contra Juda, mas também transmitiu uma mensagem de esperanga quanto ao futuro deles como nagao. Contexto historico tizou por cerca de vinte e dois anos Quando Ezequiel come¢ou a pro- (593 a571a.C.). fetizar, ele habitava entre os cativos 1.1. Longe da terra natal. Ao receber na Babilonia, para onde foraleva- a chamada, 0 profeta Ezequiel esta- do em 597 a.C. O cati- yeiro babilénico de Juda PONTO DE durou aproximadamen- PARTIDA te setenta anos (cerca a a de 605 2539.a.C.).No Deus n0s quinto ano do cativei- _Tamou para 10 do rei Joaquim, veio Coals a Palavra do Senhor a Er Ezequiel ~ cujo nome significa “Deus fortalece” [Ez 1,2- sua terra natal. F um sonn® 3]. Contemporéneo de Daniele exilio, da escravidéo, 0U S* coisa que nos prende | que nao sentimos alegt Jeremias, Ezequiel era filho de um sacerdote, chamado Buzi, e profe- 4 Uighot va longe da sua terra natal. Comegou a viver em outra cultura, viver sob pressa0, viver com outra alimenta- cao, mas também passou a sonhar em meio ao cati- [si 137]. Muitos dos m terras estra- am de voltar ho voltar do r de uma em um luger (s) 12612) veiro que vivem ©} nhas gostari >} Digitalizado com CamScanner W De acordo com John B. Taylor: “Ezequiel era o filho de Buzi; era um sacerdote, e provavelmente filho de um sacerdote. Foi levado para 0 cativeiro em 597 a.C., quando os exércitos de Nabucodonosor, rei da Babilénia, tomaram Jerusalém de- pois de um breve cerco. (...) Nada se sabe da sua vida a parte daquilo que € contido no livro que leva seu nome, nem existe tradi¢éo alguma que nos diga onde ou como morreu. Sabemos que era casado, e que sua esposa morreu na ocasiado da que- da de Jerusalém [Ez 24.18]. Era um homem de influéncia, sendo consul- tado pelos anciaos entre os exilados [Ez 8.1; 20.1]; e embora isto talvez se deva ao seu ministério profético € a reputacao que rapidamente ad- quiriu, é igualmente provavel que seja atribuivel & sua posicao social herdada do seu pai, Buzi” 1.2. Exigéncias feitas por Deus ao profeta Ezequiel. 1) A chamada im- plicava em se por de pé, se dispor, sair da acomodagio e da inércia [Ez 2.1]; 2) Depois do chamado, € preci- so falar em nome do Senhor [Ez 2.4]; 3) Depois de assumir a chamada, é preciso falar, quer oucam, quer dei- xem de ouvir [Ez 2.5]; 4) Depois de receber a chamada, é preciso se des- tacar no meio em que vive, porque 0 povo tem de saber que ele é profeta {Ez 2.5]; 5) Depois de receber a cha- mada, é preciso se impregnar da Pa- lavra, dar comida em forma de rolo ao ventre, para depois oferecer aos a outros. Quem nao tem para si mes- mo nao pode oferecer aos demais [Ez 3.1]; 6) Para receber a chamada, nao pode temer 0 povo, nem as palavras que saem deles [Ez 2.6]; 7) Quem re- cebe a chamada nao pode se assustar com sar¢as, espinhos e escorpides [Ez 2.6]; 8) Quem recebe a chamada precisa saber que vai enfrentar cons- piragdo de pessoas que nao querem ouvir as verdades de Deus e serem confrontadas [Ez 2.4-6]. ‘W Segundo Taylor: “As primeiras palavras que Deus dirige a Ezequiel colocam apropriadamente o profeta no seu lugar correto diante da majes- tade que via na sua visdo. A frase “fi- Tho do homem” é um hebrafsmo que enfatiza a insignificancia ou a mera humanidade de Ezequiel. “Filho de” indica “participando da natureza de” e, assim, ao ser combinado com adam, “homem’, significa nada mais do que “ser humano”” 1.3. Deus nunca se esquece dos fi- éis. Devido ao pecado, Deus orde- nou e permitiu que Jerusalém fosse destruida. Os pecados eram: idola- tria, apostasia, mistura com outros povos, falsos pastores e falsos pro- fetas. Mas ainda havia esperanga, Deus prometera restaurar a terra por amor aos que permanecessem figis a Ele. O Senhor nunca se esque- ce daqueles que fielmente procuram The obedecer [Jr 33.6-16]. ‘W Anténio Neves de Mesquita es- creveu: “A tarefa fundamental do profeta foi confortar, alertar e con- BETEL DOMINICAL Revista do Professor - § Digitalizado com CamScanner vencer 0 seu povo, tanto no exilio como na terra amada, quanto aos planos e propésitos de Deus. Ape- sar de todos os pecados da na¢ao, Deus continuava a ser 0 Deus da Alianga, coisa que possivelmente estaria apagada na mente do povo, face aos sofrimentos do cativei- ro. Era Jeova a dizer: “Haja 0 que houver, eu continuo a ser o Senhor Deus do povo, pois nao tenho pra- zer na morte do impio (perverso), mas que ele se converta dos seus caminhos e viva” [Ez 8.22-23].” ( EU ENSINEI QUE: ‘Ao receber a chamada divina, o profeta Eze- quiel estava longe da sua terra natal, entre os cativos na Babildnia, uma prova de que Deus nunca se esquece daqueles que fielmente pro- curam Ihe obedecer. _ A incumbéncia do profeta Ezequiel A missio do profeta dada por Deus era conscientizar 0 povo da razio do cativeiro; explicar a queda de Jerusalém; promover a volta do povo exilado a Deus € construir esperanca concernente a promessa de Deus de restaurar © Seu povo. O profeta também ressaltava a responsabilidade OMENS 9 homem Vv Deus nao vé como vé o homem, € 0 que esta diante dos olhos; ° pessoal de cada individuo pe. rante Deus, em vez de restringir a culpa aos antepassados e aos seus pecados como tinica causa do exilio e julgamento de Deus, 2.1. Deus usa quem Ele quer. O Se- nhor usa os pequenos para confun- dir os grandes [1Co 1.27-29]. Deus nao vé como vé o homem, porque o homem vé o que esta diante dos olhos; 0 Senhor, porém, olha para o coragio [1Sm 16.7]. Ele se responsa- biliza em capacitar os que Ele cha- ma. Toda a nossa capacidade vem de Deus [2Co 3.5]. Portanto, nio devemos nos gloriar de nossos fei- tos, porque tudo provém dEle e vai para Ele, porque dEle sao todas as coisas [Rm 11.36]. W Daniel Block comentou: “O oficio profissional de Ezequiel é especifi- cado em 1.3 (...) E verdade que os capitulos 1-3 descrevem o chamado de Ezequiel para o ministério profé- tico, e ele obviamente trabalhou co- mo profeta, no entanto, acronologia da visio inaugural e seu chamado no trigésimo ano [Ez 1.1], quando os sacerdotes eram empossados no cargo [Nm 4,50], € 0 selo sacerdotal marcado no livro, sugerem que ver jamos Ezequiel como um eo profético, mais do que a eoaiel sacerdote. Esse livro retrata Ezeq! porque Senhot, Digitalizado com CamScanner igo aos exilados, que nao ti- nham acesso ao templo e ao alt: como pastor e sacerdote profético.” 2.2, Deus usa onde Ele quer. Como anunciado em Listra, Deus “nao se deixou a si mesmo sem testemunho” [At 14.17]. Assim também ocorreu para com 0 povo de Israel ao longo da histéria biblica: seja na Jerusalém cercada pelo exército do rei da Babi- lonia [Jr 32.1-2]; seja diante do rei na Babilénia [Dn 1.18-21]; seja no meio dos cativos [Ez 1.1]. Deus é soberano e levanta pessoas que proclamem Sua mensagem seja no lugar que for. Bem- -aventurados aqueles que esto atentos &Palavra de Deus ea recebem, pois ela faz a diferenca ao vivenciarmos dife- rentes momentos na vida e nos mais diversos ambientes, porque é luz, lim- pada, referencial, sustento, entre tantas outras qualidades. ‘W Esdras Bentho e Reginaldo Placido: “Segundo Pfeiffer, o profeta Ezequiel tem sido chamado de “o primeiro dogmatico do Velho Testamento’, “o Calvino do Velho Testamento’, “o mais influente homem em todo curso da historia hebraica’, “o pai do judafsmo’, “oprofeta da responsabilidade pessoal” etc. Alguém que estude com seriedade © livro de Ezequiel pode ver que tais titulos podem se aplicar ao sacerdote, profeta e pastor.” 2.3, Deus usa na hora que Ele quer. A Biblia registra o chamado de Deus 0u a pessoa sendo usada pelo Senhor em diversos momentos. Nao é pos- sivel ao ser humano estabelecer um momento mais adequado para Deus usar uma pessoa ou realizar uma obra. O profeta Eliseu, em uma determi- nada ocasio, disse que Deus nao lhe havia revelado algo sobre a situagio da sunamita [2Rs 4.27]. Habacuque ficou a espera da resposta de Deus [He 2.1]. E fundamental nos submetermos ao momento de Deus [Jo 2.4; 11.6]. Permanecer confiando no Senhor, crendo que Ele é poderoso e Seu agir é perfeito e esperar nEle, sempre é a melhor solucao. '{W Além de Deus usar quem Ele quer, onde Ele quer e na hora que Ele quer, também usa do jeito que Ele quer. Ca- da profeta tinha a sua particularidade, mas eram capacitados para determina- das circunstancias, onde deveriam se comprometer com a realizagiio, sem- pre se sujeitando a vontade de Deus [Bz 4.1-7; 5.1-5]. OD EUENSINE! QUE: A missao do profeta Ezequiel dada por Deus nos mostra que o Senhor usa quem Ele quer, conde quer e na hora que Ele quer. Um profeta com vocagdo jonaria A experiéncia visiondria era uma marca natural e reconhecida do | profeta Ezequiel. A Palavra de | Deus vinha e se impregnava den- | tro do seu ser por meio de visdes, | tho claras, e varios simbolos, que | eram descortinados pela interpre- taco dada pelo Senhor [Ez 1.1]. BETEL DOMINICAL Revista do Professor » 7 Digitalizado com CamScanner Om Ninguém pode dar aquilo que ndo tem, nem distribuir 0 que nao recebeu. Nao é sensato nem honesto oferecer aos outros aquilo que nao tem . A visdo do rolo de um livro. 0 rolo que o profeta recebera conti- nha palavras do Senhor e ele tinha a responsabilidade de entrega-la. Palavras de lamentagao e tristeza dominaram a mensagem [Ez 2.9- 10], porque julgamentos severos seriam executados contra os que praticavam a idolatria, 0 adultério e a apostasia [Ez 3.1-4]. Comer o rolo simbolizava que o profeta Ezequiel precisava receber primeiro a mensa- gem de Deus e se comprometer an- tes de anuncié-la ao povo. $6 quem come o rolo (que é a propria Palavra de Deus) esta preparado para toda boa obra. Ninguém pode dar aquilo que nao tem, nem distribuir 0 que nao recebeu. Nao é sensato nem honesto oferecer aos outros aquilo que nao tem, ‘WE bom lembrar que a missao de Ezequiel “era expor a azo do cativei- 10, predizer a queda de Jerusalém, levar © povo exilado de volta a Deus e avivar a esperanca (...) mediante a promessa divina de sua restauragao” (Biblia de Estudo Pentecostal). 3.2.A viséo dos querubins. Os queru- bins sao seres angelicais associados a manifestacio da santidade e da gloria de Deus [Ez 1,4-13; 10.1-4]. Os seres angelicais tém acesso a presenga de 8 LIGho1 Deus e sao mencionados na Palavra como anjos guardadores. Eles guar- davam o Jardim do Eden depois da queda do homem [Gn 3.22-24]. Sobre aarca da alianga estavam os querubins de ouro [Ex 25.18-22]. Nessa visio de Ezequiel, os querubins que apareciam como brasas de fogo ardente anuncia- vam aos exilados a gloria ea santidade de Deus. 'W De acordo com John B. Taylor: “No Antigo Testamento, os queru- bins desempenhavam uma variedade de papéis. (...) Sua primeira respon- sabilidade era agir como acompa- nhantes e protetores de um santudrio sagrado, como no caso do Templo de Salomao e conforme a continua- 40 do seu papel no templo ideal do futuro, visualizado por Ezequiel (Ez 41,18-20]. A protecdo também era seu papel no Jardim do Eden, onde brandiam a espada flamejante para impedir 0 caminho para a arvore da vida [Gn 3.24]. Sua fungao, assim como as duas figuras na tampa da arca no Santo dos Santos, provavel- mente visava incluir adoracio e nao somente protecao.” 3.3. A visdo de juizo e restauracao. Apés a visio dos querubins, segue 0 registro de Ezequiel tendo a visao do Templo do Senhor e recebe a revela- Digitalizado com CamScanner gio acerca do juizo divino, cuidado de Deus com os cativos e uma men- sagem de restauragao [Ez 11.1, 8-9, 16, 17-25]. Esta mensagem também esta presente no ministério proféti- co de Jeremias, contemporaneo de Ezequiel: a manifestagao do juizo divino nao significa que Deus dei- xou de amar 0 Seu povo [Jr 23-24]. W Anténio Neves de Mesquita co- menta sobre Ezequiel 11.17-20: “A promessa de dar-Ihes um coracao novo, E, com este novo coracio, esta nova mente, jogarao todos os seus idolos no mato. E a mes- ma promessa feita por Jeremias e Isaias, a promessa de uma renova- cdo mental e espiritual, que so se tronou efetiva depois da morte de Cristo (...) Ja se vé, pois, que uma regeneracdo pura e simples ¢ o que Deus exige aqui, como tem todas as Escrituras. Sem isso, tudo seria religiao va e inti CD EU ENSINE! QUE: A experiéncia visiondria era uma marca natural e reconhecida do profeta Ezequiel. A Palavra de Deus vinha e se impregnava dentro do seu ser por meio de visdes, como a viséo do rolo de um livro, a viséo dos querubins e a visdo de juizo e restauracao, entre outras. @concwusAo Os exilados na Babilénia ouviram e tomaram conhecimento da verdade através do profeta Ezequiel. Ele nao deixou o povo sem explicagées, nem sem a diregao divina. A fidelidade de Deus nao deixa 0 juizo acontecer sem dar primeiro uma oportunidade de arrependimento ao Seu povo. [ 2 ANOTACOES | BETEL DOMINICAL Revista do Professor 9 Digitalizado com CamScanner rene) ¢ Ca ON ee MNO (tL cumprimento da missao PID RCL LLC neuen Lele a) Wea *Depois me disse: Filho do homem, come o_O discipulo de Cristo deve estar consciente de que achares: come este role, € vai, ¢ fala 8 seu chamado para anunciar a todo 0 mundo casa de Israel.” Ezequiel 3.1 a mensagem do evangelho. CSE ae se) & Mostrar a estratégia divina [7 Ressaltar a importancia de (© Destacar que a profecia deve para o profeta Ezequiel. profetizar em meio a crise. visar a vontade de UPSD iss sita ey EZEQUIEL 3 14, Entdo 0 Espirito me levantou € me lev94 10. Disse-me mais: Filho do homem, meteno —_ ¢ eu me fui mui triste, no ardar do meu © teu Coracao todas as minhas palavras que te to; mas a mao do Senhor &" hei de dizer e ouve-as com 0s teus ouvidos. 11. Fla, pois, vai aos do cativeiro, aos filhos do teu povo, e thes falards, e lhes dirds: As sim diz 6 Senhor Jeova; quer ougam quer deiwem de ouvir 15. E vim aos do cativeira, 2 Teh ADO moravam junto ao rio Quebar, © © onde eles moravam; e figué! pasmado no meio deles. — | Digitalizado com CamScanner SS SUT ae ee SEGUNDA | Js 1.9 Deus é contigo, por onde quer que andares, TERCA | Pv 27.6 Fiis sdo as feridas feitas pelo que ama. QUARTA | S1139.1-24 Deus nos sonda e conhece o nosso interior, QUINTA | Is 43.1-2 Deus sempre estard a0 nosso lado. SEXTA | Jo 14.6 Jesus Cristo é a verdade. SABADO | Tg 1.22-25 E preciso ser cumpridor da Palavra de Deus. EMU sess (@ ESBOCO DA LICAO 137, 186, 204 AX MOTIVO DE ORACAO Ore pelos que se deixaram ser escravizados por algum tipo de viio, de pecado. Introdugdo 1. Um profeta no exilio 2. Como lidar com sentimentos e emocoes 3. Um profeta destemido Conclusdo 1: INTRODUGAO O profeta no tem a missao de agradar ninguém, mas suas palavras devem edificar, consolar e exortar. Ezequiel advertiu os cativos, mas, também, pro- nunciou palavras de restauracio e libertacao para 0 povo. Um profeta no exilio Ezequiel foi levado para a Babi- lénia por Nabucodonosor e cha- mado por Deus para ser profeta entre os cativos. Mas nao foi facil para ele, porque os judeus PONTO DE PARTIDA -te e tem bom Animo; nao pasmes, nem te espantes; porque o Senhor, teu Deus, é contigo, por onde quer que andares”” [Js 1.9]. Mas é preciso fazer do jeito que o Senhor or- denou, dentro da Sua Fs 5 Devemos a cativos foram identifica- en Palavra, sem se desviar dos como “casa rebelde’, Evangelho a para a direita nem para resistentes ao chamado todos, a esquerda, para arrependimento, “obstinados de coracao” e que pronunciavam palavras que feriam [Ez 2.4-6]. Quem quer fazer a obra de Deus nao pode se assus- tar com nada. Deus falou com Jo- sué: “Nao to mandei eu? Esforga- 1.1. Ezequiel ficou aténito por sete dias. Apésas visoes, ochamado de Deus, a revelagao quanto Amensagem a ser anunciada eas carac- teristicas do publico-alvo, Ezequiel se sente “triste” e “pasmado” [Ez3.14-15]. A expressio “pasmado” indica “espanto BETEL DOMINICAL Revista do Professor 11 Digitalizado com CamScanner ouatordoado ou sofrendo perturbagio’, diante do que tinha visto e ouvido. A reagio do profeta demonstra que ele est bem consciente sobre a grande res- ponsabilidade de ser um mensageiro da Palavra de Deus em tempos tio dificeis. E relevante o testemunho de Ezequiel: “o Espirito me levantou e me levou’. Que os mensageiros de Deus em nossos dias sejam levantados nao pela emogio, aplausos ou status, mas pelo Espirito ¢ mantenham plena consciéncia do signi- ficado de ser anunciadores da auténtica mensagem biblica [2Tm 4.5]. W John B. Taylor: “Sobre o periodo de sete dias (15), compare a experiéncia de Esdras, de ficar assentado num es- tado de horror até a hora do sacrificio da tarde [Ed 9.4]. (...) Saulo de Tarso precisou de trés dias sem comer e sem enxergar, para recuperar-se da sua ex- periéncia na estrada de Damasco [At 9,9}. Talvez no seja sem significado 0 fato de que sete dias era o periodo da consagragao de um sacerdote [Lv 8.33], e é possivel que Ezequiel tenha considerado este acontecimento co- mo a preparacao para sua ordena¢ao ao sacerdécio profético. Certamente ainda nao estava pronto para abrir a sua boca em profecia” |.2. Vivendo com os cativos. Muito interessante notarmos que, apds a pro- funda experiéncia registrada no inicio do livro de Ezequiel, o Espirito Santo 0 levanta ¢ o leva para junto de seu pi- blico-alvo: “vim aos do cativeiro...e eu morava onde eles moravam’ [Ez 3.15]. Jal relato nos faz lembrar o interesse de 12 Lucho 2 Deus em interagir com a humanidade, revelando Sua Palavra, Seu amor e Seu chamado para comunhao. Foi assim quando da peregrinacio no deserto [Ex 25.8] e quando o “Verbo se fez carne e habitou entre nds” [Jo 1.14]. E importante que a mensagem de Deus seja proclamada de forma contextua- lizada [1Co 9.19-23]. W Comentério Histérico-Cultural da Biblia - Ezequiel 3.15: “Tecnicamente, 0 nome Tell-Abibe (babilénico til abubi) significa “lugar criado pelos restolhos de um dilivio” Tell é 0 termo usado para qualquer lugar onde se acumu- laram as ruinas de uma cidade. Logo, as familias exiladas de Juda talvez te- nham sido colocadas em um lugar que fora destruido, pela guerra ou por uma inundagio, a fim de reconstrui-lo ¢ fa- zer com que a rea de Nipur, perto do canal Quebar, voltasse a ser produtiva’ Assim, trata-se de uma oportuna ilus- tracdo quanto a espiritualidade do povo cativo e a necessidade de restauragao. 1.3. Esteve no meio deles um profeta de Deus, O Senhor Deus alerta a Eze- quiel que 0 reconhecimento da agio do profeta enviado pelo Senhor naoe determinado pela rea¢io dos oui tes, mas pela fidelidade do mensage! ro Aquele que o chamou ® ane lhes dirds: Assim diz 0 Senhor Lae [Ez 2.4]. Independente do Pua do ouvir ou nao. Ezequiel set ral pela convicgdo de ter sido ¢ mage por Deus, ter recebido um" “ MoE para ser proclamada e ser chet ender? pirito Santo. Ou seja, 40 _d Digitalizado com CamScanner de reconhecimento humano. Esta re- flexdio nos remete aos escritos do apés- tolo Paulo para Timéteo [2'Tm 4.1-5]. WC John B, Taylor: “Na sua visio, Deus deixou claro que apenas duas coisas eram realmente importantes. Em pr meiro lugar, que a mensagem de Eze quiel havia de ser Assim diz o Senhor Deus, a marca distintiva de todos os porta-vozes genuinos do Senhor desde de Moi te; e, em segundo lugar, que a con: éncia do seu profet té ao tempo presen- qu Zar Nilo seria tanto oarrependimento oua fé, nem mesmo a atengao as suas palavras, mas, sim, a certeza de que esteve no meio deles um profeta (5).” OD EVENSINE! QUE: O reconhecimento da agdo do profeta enviado por Deus nao é determinado pela reacdo dos ouvintes, mas pela fidelidade do mensageito Aquele que o chamou e enviou. Como lidar com sentimen- tos e emogées Num contexto de exilio, revolta, indiferenca 4 mensagem, rebeldia, visdes e revelagées de grande im- pacto [Ez 1.28; 3.14], é de se im: ginar o efeito produzido na men- te, emogio e nos sentimentos de Ezequiel [Ez 1.28; 3.14-15]. Deve ter sido desatiador o exereicio do ministério protético num tempo. e circunstine As- sim, ¢ interessante refletirmos no si ls COMO essas. ignificado do nome do profeta, pois é bastante apropriado para 0 cumprimento da missio recebida ~ Ezequiel: “Deus fortalece” 2.1.0 confronto coma verdade. Desde Caim [Gn 4.5-8], 0 ser humano tem di- ficuldade de lidar com o confronto, ter seus pe ados expostos, Vide a histéria dos reis de Israel [IRs 13.1-4; 227-8], Herodes prendeu o profeta Jodo Ba tista apds este Ihe d licito possuir a mulher de seu (Mt 14.1-5]. O Senhor Jesus disse que Seus discipulos também enfrentariam injuirias, perseguigd zer que nio era mio © comentirios maldosos por causa do comprome- timento com o Senhor [MU5.1 1-12]. ‘WEm seu livro “Tempos do Antigo ‘Testamento’, comentando acerca da obra do profeta Ezequiel, a partir de um contexto social, politico e cultural, RK. Harisson afirmou o seguinte: “Ezequiel avaliou, em retrospecto, a historia da nag » com o propdsito decompreender as ligdes que o passado podia ensinar, Como Jeremias, insistiu na soberaniae na onipoténcia do Deus de Israel, que em uma justa indignagdo havia entre gado o seu pov, por algum tempo, ao cativeiro, Assim como o “profeta cho -Qrcovs —-Q Senhor Jesus disse que Seus discipulos também enfrentariam injurias, persequicées e comentarios maldosos por causa do comprometimento com o Senhor... BETEL DOMINICAL Revista do Prolesor 13, Digitalizado com CamScanner rio, Ezequiel também ensinava que a renovagio nacional so comegaria quan doa integridade de carter e de intengio se Lornasse a preacupagdo suprema de toda a atividade religiosa. A esperanga por um fio. “A es- peranga é a ultima que morre’, diz a sabedoria popular. Mas, estando em meio ao cativeiro, vivendo uma vida de tantas restrigdes, ou passando pela prova de Deus [‘Tg 1.12], a esperanga comega a desvanecer. Houve neces- sidade de Deus levantar um profeta para falar a verdade sobre 0 motivo pelo qual eles estavam cativos. Mas também para afirmar que era apenas por um perfodo e anunciar que o plano divino também contemplava 0 retorno de Israel para a Terra Prometida e sua restauracdo espiritual [Ez 36.22-28]. 4 Samuel Nystrom: “Todos os israeli- tas, certamente, aspiravam por um mo- vimento libertador da nagio, mas néo aceitaram © caminho que Ezequiel in- dicava; tinham as suas préprias opinides e suas lamentagGes, as quais nao corres- pondiam comas do Senhor. (...) A culpa da demora da libertagio de Israel niio cabia a Ezequiel, mas, aos ancifios ¢ ao povo, porque néo escutaram o profeta.” 2) Adverténcia de Deus ao profeta.O profeta ficou impedido de falar ao povo, ser quando a mensagem vinha do proprio Deus. Mas quando o Senhor falava com ele era para abrir a boca e dizer: “Assim diz.o Senhor’, quer ougam quer deixem de ouvir [Ez 3.26-27]. O profeta nunca pode Ppassar na frente de 4 Uchoa Deus, porque os judeus se recusavam a ouvir ¢ a obedecer & mensagem de Deus através dos profetas. Antonio Ne- ves de Mesquita comentou: “Como se vé, o profeta comegava seu ministério em condigdes adversas, pois o povo era mesmo rebelde. A sua presenca em Ba- bilonia o tornaria ainda mais irascivel contra quem quer que fosse”. W Acerca de Ezequiel 3.26, Taylor comentou: O siléncio nao deveria ser total: de vez em quando, Deus falaria com o profeta, ¢ permitiria que pas sasse adiante uma mensagem para seu povo. Esta mudez, portanto, nao foi do mesmo tipo que aconteceu a Zacarias, pai de Joao Batista [Le 1.20]. Duraria um tempo limitado, até que a queda de Jerusalém fosse anunciada para os exilados cerca de seis anos mais tarde. Entdo chegaria ao fim [Ez 3. CD EU ENSINE! QUE: E preciso saber lidar com sentimentos e emo- (Bes. Uma vez que o ser humano tem difculda- de em ser confrontado, o profeta nunca pode passar na frente de Deus. Um profeta destemido E grande a responsabilidade dos que afirmam serem anunciadores de mensagens vindas da parte dé Deus. Pois é preciso proclamar no poder do Espirito Santo, co™ fide- lidade, sem acepgio de ess? mas com amor e tendo o™ = sentimento que houve tambem a Cristo Jesus [Le 1941-4 ne 20; Ef 4.15; 1Pe 1.12]. 0 Sem 4 Digitalizado com CamScanner nes FOCO NA. UcAo ..0 papel do profeta de Deus é transmitir as mensagens com autenticidade, sem erros nem intransigéncia, consciente de que sao verdades vindas de Deus Jesus disse aos judeus que Ihes anunciava a verdade para liberta- ¢40 dos mesmos [Jo 8.32, 36]. Ele éa verdade [Jo 14.6]. 3.1. Quem esta com a verdade nao po- de ter receio de falar. Independente- mente de as pessoas gostarem ou nao, o papel do profeta de Deus é transmi- tir as mensagens com autenticidade, sem erros nem intransigéncia (6dio ou agressividade), consciente de que sao verdades vindas de Deus [2Pe 1.20-21]. Mas sé porque 0 profeta tem a verdade, ele nao pode matar ninguém. A Biblia diz quem ama, busca sempre o bem, mesmo quando causa feridas [Pv 27.6]. w J.N. D. Kelly, comentando o tex- to de 2Timéteo 4.1-5, enfatiza que o apostolo se dirige a Timéteo no senti- do de que nao deve se calar, mas perse- verar na pregacao da Palavra de Deus, corrigindo, repreendendo e exortando, sem esquecer de fazé-lo com paciéncia esendo “um ensinador sadio da verda- de crista” “Cumpre o teu ministério’, mesmo num contexto no qual pesso- as achem o evangelho “desagradavel ao paladar.” 3.2. Os desgastes do oficio. No exilio, O profeta estava sofrendo na pele as consequéncias de viver com um povo rebelde ¢ ingrato. Para atender a0 cha- mado de Deus, muitas vezes precisamos entrar na fornalha ardente ¢ enfrentar a cova dos ledes [Is 43.1-2]. Mas de uma coisa podemos ter certeza: Deus estara a0 nosso lado e nos assistira em qual- quer sofrimento. O Senhor Jesus quan- do chamou e enviou Seus discipulos, deu-lhes poder, mas, também, avisou que enfrentariam 6dio, oposigées e perseguicées [Mt 10.1, 16-22]. "W John Stott comentou o texto de 2 Ti- méteo 3,10-12: “Ele menciona primeiro a sua doutrina, e entdo prossegue for- necendo duas evidéncias bem claras da genuinidade da sua doutrina: a vida que vivia e os sofrimentos que suportava (...). Apiedade provoca o antagonismo do que é mundano; sempre foi assim. Assim foi com Cristo, e ele mesmo disse que assim. também aconteceria conosco [Jo 15.18- 20; cf. 16.33] (...) Os discipulos estariam vivendo entre as pessoas distantes de Deus, porém vivendo uma vida de acor- do com os padrées de Deus, em Cristo.” 3.3. A mensagem de Deus nunca deve ser transmitida de acordo com a von- tade do povo. A mensagem deve estar de acordo com a vontade de Deus e a necessidade do povo. Deus sabe qual € a nossa necessidade. Ele nos sonda e conhece o interior de cada um de nos [SI 139.1-24]. Nos nossos dias, se a mensagem nao massagear o “Ego” das pessoas, 0 mensageiro nado é um BETEL DOMINICAL Reustado Professor 15, Digitalizado com CamScanner “bom” profeta, orador, pregador, pas- tor ¢ mestre, principalmente se ndo pregar a doutrina da prosperidade e do triunfalismo. Alguns ouvintes re- sistem a Palavra de Deus e querem ser apenas ouvintes ¢ nao praticantes [Tg 1.22-25]. O que nao pode acontecer é o profeta de Deus mudar 0 que deve ser dito, ele deverd continuar aten- dendo ao seu chamado e nao ter peso de consciéncia, para nao ser relapso e negligente diante de Deus. Wi Infelizmente, muitos agem fazendo “ouvido de mercador”, expresso que significa nao dar importancia ao que ouve, fingir-se de surdo diante da situ- aca, nao considerar o que foi falado e fazer diferente [Ez 3.7]. O coragio de pedra impede a ocupagio do Espirito Santo de Deus, porque nao esta aces- sivel As coisas divinas. Triste é quando vocé quer passar a genuina mensagem de Deus eo povoa rejeita nao queren- do ouvir. No entanto, nio podemos deixar de levar a mensagem correta: “Assim diz 0 Senhor Jeova’, quer ou- gam quer deixem de ouvir. (D EU ENSINE! QUE: Quem estd com a verdade no pode ter receio de falar. Porém, a mensagem deve estar de acordo com a vontade de Deus e a necessida- de do povo. @ concLusAo O profeta Ezequiel foi fiel ao Senhor Deus, cumprindo uma a uma as or- dens que recebera. Embora sua tarefa fosse muito dificil, ele ndo recuou, nem abriu mao da perseveranca, da esperanga e da fé em Deus, no que diz respeito a libertagio ¢ restauragio do povo de Israel. Ey iNet $y 16 LiGhoa >| Digitalizado com CamScanner Wave. “Filho do homem, eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel.” Ezequiel 3.17a Cada cristéo ¢ enviado ao mundo para anun- ciat, no poder do Espirito Santo, tanto a sal- vacao como o juizo vindouro. Coane) FZ Mostrar 0 oficio do verda- deiro profeta de Deus. © Alertar que Deus nao tem prazer na morte do impio. & Ressaltar que o profeta de- ve dar o aviso da parte de Deus. EZEQUIEL 3 18, Quando eu disser ao impio: Certamente morrerds; ndo 0 avisando tu, nao falando para avisar 0 impio acerca do seu caminho impio, para salvar a sua vida, aquele impio morrera nna sua maldade, mas o seu sangue da tua mo o requererei. ; 19. Mas, se avisares o impio, e ele no se converter da sua impiedade e do seu caminho impio, ele morrerd na sua maldade, mas tu li- vraste a tua alma, 20, Semelhantemente, quando 0 justo se desviar da sua justica e fizer maldade, e eu puser diante dele um tropeco, ele morrerd; porque, nao o avisando tu, no seu pecado mortera, e suas justicas que praticara nao virdo em meméria, mas 0 seu sangue da tua mao o requererei BETEL DOMINICAL Rewsta da Professor 17 Digitalizado com CamScanner 319.16 0 Senhor 6 conhecido pela Sua justica. Jo 4,23-24 9 Senhor em espinito e em verdade, AL1.8 inhas de Cristo até os confins da terra, HINOS SUGERIDOS 115, 304, 505, Ne SI) Ore para que 0 Espirito Santo inspire os seus profetas, dando-Ihes as palavras certas. TOE Rm 1.14 CO dever de pregar 0 Evangelho a todos, 10 4.1-2 Despenseiros da revelacao divina. 09g 1.22 A importancia da pratica da Palavra de Deus Introducao. 1. 0 verdadeiro profeta de Deus 2. Deus no tem prazer na morte do impio 3. Muitos sao ouvintes, mas no praticantes, Conclusao 1: INTRODUCAO Quando o atalaia se conscientiza da sua responsabilidade, age com diligéncia e nao perde o alvo. Ele nao presta ateng’o nas dificuldades, nos incrédulos e nos opositores, pois tem a ajuda do Espirito de Deus. O verdadeiro profeta de Deus Uma expresso com a qual o povo de Israel estava bem familiarizado era “atalaia’. Assim, quando Deus diz que estava cons- aventureiro, nem agir com irrespon- sabilidade. O profeta é responsavel por advertir 0 povo da destruicio iminente que vira sobre os filhos da desobediéncia [Cl 3.6], PONTO DE sob pena de ser culpado tituindo Ezequiel como PARTIDA do sangue de quem mor atalaia, ele bem sabia 0 De rer nos seus pecados. 0 que significava: deveria evemos profeta de Deus nao pode apresentar ao povo as ad- halen ser relapso nem neglige™” verténcias divinas, sendo _S@Nag@oe@o TTT diligente, sibio. Niel ma proctamagio das M20 ¥iNdOutO ee fel ao Senor mensagens. Nem todos 06 atalaias de Israel foram diligentes ho cumprimento da missio [1556.10] win Deve ser da mais alta confia- ilidade, « Profeta na e © pode ser 18 Lichos W De acordo com John B. Taylor: “Assim como Habs: que se postou na sua torre de VIS! [He 2.1], assim também Exedi € nomeado atalaia para 0 POY” Digitalizado com CamScanner Israel [Ez 3.17]. A expressio em- pregada é, literalmente: “Dei-te para ser atalaia’, 0 que significa que a nomeacao de Ezequiel co- mo profeta para avisar os exilados acerca da sua ruina eminente era, na realidade, um ato de graca da parte de Deus.” 1,2. Deve internalizar a Palavra. Um servo de Deus precisar ter a Palavra dentro de si primeiro, para depois profetizar e alertar 0 povo: “Entaéo abri a minha boca, e me deu a comer 0 rolo. E disse-me: Fi- lho do homem, da de comer ao teu ventre e enche as tuas entranhas deste rolo que eu te dou. Entao 0 comi, e era na minha boca doce como o mel.” [Ez 3.2-3]. Comer 0 rolo simbolizava que o profeta precisava receber a mensagem de Deus e comprometer-se com ela antes de proclamé-la, pois quem nao recebe antes, nao sabe, nem vive e, portanto, nao pode trans- mitir a Palavra. "'W Segundo John B. Taylor: “O ter- mo atalaia era comum para os ver- dadeiros profetas de Javé (Is 56.10; Jr 6.17; Os 9.8]. A fungao deles era ficar alerta a situagao em derredor deles, escutar a palavra de Deus sempre que ela vinha a eles, e repeti-la a0 povo com exatiddo. Inevitavelmente isto significava que, tao frequentemente como 0 contrario, os profetas agiam como mensageiros de julgamento pa- ra um povo pecador, ¢ Ezequiel nao era excecio.” 1.3. Deve ser consciente da sua missao. A pregacao é ordenada na Palavra de Deus. Ela nos é imposta como obrigacio. O apéstolo Paulo assim declarou: “... ai de mim se nao anunciar o evangelho!” [1Co 9.16]; além de fazer com fidelidade, co- mo despenseiro da revelacao divina [1Co 4.1-2]. Ensinando a Timéteo, ele declarou: “Que pregues a pala- yra, instes a tempo e fora de tempo” [2Tm 4.2]. A ordem de Jesus foi: “Ide por todo o mundo, pregai o evange- Iho a toda criatura.” [Mc 16.15]. O mensageiro precisa ser consciente do seu dever. ‘W Acerca do dever do atalaia, ex- presso também em Ezequiel 33.2-6, John B. Taylor afirmou o seguinte: “A ilustragdo é extraida do que era a pratica comum em tempo de guerra. O homem incumbido pela sua cida- de para agir como seu atalaia e para advertir sobre a aproximagao de uma forga inimiga, tinha uma pesada res- ponsabilidade, Devia soar o alarme, de modo que os habitantes da cidade que estivessem cultivando as terras ao seu redor, pudessem recuar para tras dos muros da cidade e preparar- -se para a batalha. Qualquer homem que desconsiderasse a adverténcia, estaria virtualmente assinando sua propria sentenga de morte, mas ne- nhuma culpa seria atribuida ao ata- laia. Se, porém, o atalaia fracassasse quanto ao seu dever de advertir, seria considerado responsavel pela morte de todos quantos fossem achados desprevenidos.” BETEL DOMINICAL Revista do Professor» 19 Digitalizado com CamScanner (O EU ENSINE! QUE: 0 verdadeiro profeta de Deus deve ser da mais alta confiabilidade, deve intemnalizer 2 Palavia de Deus dentro de si e deve ser consciente da stia misao. o Deus nao tem prazer na morte do impio O prazer de Deus é que todos se voltem para Ele, se arrependam e busquem 0 perdio de seus pe- cados. A morte do homem sem Deus é uma catastrofe. Os cris- tos sio convocados a anunciar a vontade de Deus ea se esforgarem para levar os impios, aqueles que nao servem ao Senhor dos Exér- citos, a se converterem dos seus maus caminhos [Ez 18.32; 33.11]. O julgamento de Deus é reto e justo. O justo que se afasta de Deus sera responsavel pelos seus pecados. Ele nao poderd recorrer aos seus atos de justica realizados no passado para salvar-se, caso nao se arrependa an- tes de morrer. O Senhor é conhecido pela Sua justica [$1 9.16], que “pode ser definida como a conformidade de Deus coma sua lei moral e espiritual; a harmonia da natureza divina com a sua santidade”, como descrito pelo Pastor Esequias Soares. Assim, 0 Se- nhor Deus ¢ integro, nao faz acepcio de pessoas, seja para castigo ou pre- miacio [Rm 1.18 2.6]. wy Quem sai da graca perde-a [Gl 5.4]. Isso é 0 mesmo que estar alienado de Cristo [Jo 15.2, 4-6]. 0 Antigo Testamento ja dizia isso [Ex 32.32-33]. Compare com Romanos 11.22, que mostra Israel ameagado. O caso do filho prédigo é um bom exemplo. Ao se desviar do pai e per- der tudo, reconhece seu erro, cai em sie volta arrependido pedindo per- do [Le 15.17-21]. Ele recebeua gra- a porque voltou em vida e a porta da salvacio ainda estava aberta para ele. Isso nos mostra que nao adianta ser cristao por alguns anos e depois se desviar da verdade. O ultimo es- tado se torna pior do que o primeiro (2Pe 2.20-22]. 2.2. A justiga do justo nao o fara escapar no dia da sua prevaricacao. A pessoa viver durante um periodo da vida de acordo com a vontade de Deus nao a libera depois para passar um tempo vivendo segundo a carne, como se tivesse um crédito junto 2 Deus [Ez 18.24]. Por outro lado, 0 impio que aceita Jesus e se desvia d° mal; que O recebe como Salvador © Senhor da sua vida {Jo 1.12-13] cebe o perdio dos seus pecados ¢ © ee Oi pecados 2 Ligkos O prazer de Deus é que todos se volte™ para Ele, se arrependam eb usquem o perdao de seus Digitalizado com CamScanner 4 purificado. Arrependimento e con- versao para os pecados serem apaga- dos [At 3.19; 1Jo 1.9]. “[...] e nunca mais me lembrarei dos seus pecados”, diz o Senhor [Jr 31.34b; Hb 8.12]. Os pecados perdoados nfo serao mais imputados. W Acerca da nova alianga, comenta- da em Jeremias 31.34, R. K. Harisson afirmou 0 seguinte: “A alianga mosai- ca nao sera suficientemente flexivel para a nova época da graca divina, e por isto tera de ser substituida. A nova alianga sera inscrita profunda- mente na vontade dos israelitas, que Ihe obedecerao por escolha, nao mais por obrigagao. A apostasia sera subs- tituida por uma atitude de fidelidade a Deus, ea nacéo nunca mais servira anenhuma outra. Jeremias insisteem que a apostasia é a raiz de todos os problemas de Israel.” 2.3. A responsabilidade da Igreja atual. Aquele que negligenciar o seu chamado, nao avisar ou alertar a Igreja do juizo de Deus e concordar com o pecado, passar a mao por ci- ma do erro, deixard a Igreja mornae iludida [Ap 3.15-18]. Ser negligente éacomodar-se diante das convenién- cias e se acovardar, nao proclamando a verdade com medo de represdlias ou algum dano. W Acerca da carta a igreja de La- odiceia, George Ladd afirmou o seguinte: “Agua morna é repulsiva, serve somente para ser cuspida fo- ta, Estas palavras soam como uma rejeicdo final e irrevogavel da igre- be ja, da parte de Cristo. Mas ja que os versiculos 18-20 sao uma chamada ao arrependimento, temos de con- cluir que a igreja de Laodiceia nao esta totalmente sem esperancas de recuperacao. As palavras fortes sio para sacudir a igreja da sua indife- renga espiritual.” @ Eu ENSINEI QUE: prazer de Deus é que todos se voltem para Ele, se arrependam e busquem o per- dio de seus pecados, pois todos que se afastam de Deus serao responsaveis pelos seus pecados. Muitos sao ouvintes, mas nao praticantes E fundamental refletirmos sobre esta questo: ouvir e praticar. O Senhor Jesus abordou este tema em Seu sermao [Mt7.24-27] epos- teriormente quando nos momen- tos finais com Seus discipulos [Jo 13.17]. O apéstolo Tiago exortou sobre a importancia da pratica da Palavra de Deus [Tg 1.22]. Contu- do, também é relevante atentarmos para o fato de que Deus nao se en- gana com uma pratica meramente formal, sem que todo o ser da pes- soa esteja envolvido [Is 1.11-16; Mt 23.25-28; Mc 7.6]. 3.1, Deus abomina a presuncao. Os moradores de Juda diziam que a ter- ra pertencia a Abraao e lhes foi dada por possessao. Ninguém tinha o di- reito de tira-la de suas maos. Muitos judeus no tempo de Jesus achavam BETEL DOMINICAL Revista do Professor » 21 Digitalizado com CamScanner FOCO NA Olek Infelizmente, hoje, muitos vao as reunides da igreja por ir, mas nem sabem o que significa estar num culto de adoracdo a Deus que nao necessitavam de salvacao pelo fato de serem descendentes de Abraio, tendo, por isso, a garantia automatica de participar do Reino de Deus [Mt 3.9; Jo 8.33-37]. O pré- prio Senhor Jesus revelou que o fato de uma pessoa declarar “Senhor, Se- nhor!” e usar 0 nome de Jesus para profetizar, expulsar deménios e fazer maravilhas nao a libera a praticar a iniquidade, descumprindo a vonta- de de Deus [Mt 7.21-23]. O povo no tempo de Ezequiel desprezou a rele- vancia de um viver de acordo coma vontade de Deus [Ez 33.25-29]. W Precisamos ter em mente que Deus nao toma o que Ele di a uma pessoa, mas por causa do pecado sem arrependimento, a propria pes- soa joga sua béngao fora [Nm 23.19; 1Sm 15.29; Jo 6.37; Rm 11.29; Tt 1.2]. Compare Lucas 23.34 com Mateus 27.3-5 € Atos 5.1-11. 3.2. Ouvintes, mas nao obedientes, A Palavra de Deus anunciada pelo Profeta Ezequiel nao era obedecida, Como se ele foss, ‘Osse um ator e ou \- dor de historias, ‘outa SCUpAGaO, eles se 1, ae euniam para ouvi- [Ez 33.30-32), Infelizmente h , 2 Uckos “ — je, muitos vio as reunides da igreja por ir, mas nem sabem o que signi- fica estar num culto de adoracao a Deus. Essas pessoas nao honram ao Senhor nem O adoram em espirito em verdade [Jo 4.23-24]. O Espirito Santo nao se manifestara na vida de quem vai aos cultos como se fosse a um entretenimento ou um show. As promessas e as herangas sao dissipa- das conforme cometemos abomina- ges € nao nos arrependemos delas. ‘W Comentario da Biblia Vida Nova sobre Ezequiel 33.30-33: “Infeliz- mente, a mesma irreveréncia para coma Palavra de Deus, que fazia dos cultos, em Israel, uma oportunidade para se desfilar indecentemente, com bens injustamente extorquidos dos Pobres, enquanto se celebrava uma liturgia tecnicamente correta [Am 5.21-27; 8.4-10], também tornava as consultas ao profeta em simples motivo de riso para os prisioneiros que trabalhavam no canal de Quebar [32]. $6 depois de estarem cientes da destruicao de Jerusalém é que 0s israelitas do cativeiro reconheceram que as “extravagancias” de Ezequiel, longe de serem um espetaculo de Zombaria, ao contrario, eram, a V0? de Deus chamando os sobreviventes da trigica derrota nacional a escuta! © verdadeiro profeta [33]? Digitalizado com CamScanner 3.3. O impio que nao se converter morrera nos seus delitos. O profeta Ezequiel, como atalaia, tinha a incum- béncia de advertir seus compatriotas de que a sua permanéncia no pecado e na rejeicao a Deus resultaria em morte. Se oprofeta deixasse de advertir os impios, ele seria responsabilizado pela morte deles [Ez 3.18]. Os apdstolos Pedro e Joao declararam aos que lhes disseram que nao mais falassem de Jesus: “nao podemos deixar de falar” [At 4.20]. Paulo considerava que era um dever pregar o Evangelho a todos (Rm 1.14]. ‘'W Simon Kistemaker comenta sobre Atos 4,19-20: “Assim como os pro- fetas do Antigo ‘Testamento nao po- diam deixar de proclamar a palavra que Deus hes havia dado [Jr 20.9; Am 3.8; Jn 3.1-13], assim também os apéstolos tinham de ensinar tudo aquilo que Jesus Ihes ordenara [Mt 28.20]. Eles obedecem a Jesus, que os incumbiu serem testemunhas até os confins da terra [At 1.8].” D Eu ENSINE! QUE: Muitos sd0 ouvintes, mas nao séo prati- cantes, nem obedientes. Deus abomina a presuncao eo impio que nao se converter Morreré nos seus delitos. @ conctusAo A trombeta soar4 num momento, num abrir e fechar de olhos, mas © povo precisa ser avisado acerca desse som. Nés fomos constituidos como atalaias sobre o mundo e cabe a cada um exercer seu papel antes que seja tarde demais. AOS BETEL DOMINICAL Revista doProfessor 23 Digitalizado com CamScanner O pecado e suas consequéencias Ome TO a Fee Bs adil s Ty ata tadas _ eciso andar em Espirito para nao © = fae’ em tio que nunca fiz eo qu da natureza pecaminosa € farei, por causa de todas as tuas abomina ante vigilincia e oragdo. cies." Ezequiel 5.9 Pa _ EF bxplicar acercadopecado CF ExpictarquealeideDeus EY Ressaltar que Deusé amo e suas consequéncias. é inviolavel mas também justica us eCe a tagaits tery —— EZEQUIEL 5 o 7. Portant im diz 0 Senhor Jeové: Porg s maldades mais do q Digitalizado com CamScanner anaes SEGUNDA | $19.8 Deus governa 0s povos com retidao TERCA | Rm 1.17 O Evangelho revela a justica de Deus. QUARTA | Rm 3.21-25 plano divino de salvacéo. eM sy 12, 116, 302 EON ae Ore a Deus por unidade entre as igrejas no pals. QUINTA | Hb 12.29 Deus ¢ fogo consumidor. SEXTA | 10 4.8 Deus é amor. SABADO | 10 4.16 O amor de Deus é insondavel. PEO Introdugéo 1.0 pecado e suas consequéncias 2. Alei de Deus ¢ inviolével 3.0 amor de Deus e Sua justica Condlusio <1: INTRODUGAO A doutrina do pecado perpassa as Escrituras desde Génesis 3. Infelizmente, muitos ignoram a realidade, gravidade e consequéncias do pecado. Tais pes- soas minimizam, desprezam e deturpam a doutrina da salvacao. O pecado e suas conse- quéncias Senhor diz: “..e de seus peca- dos [...] nado me lembrarei mais” conhecimento de causa), nao fi- caremos impunes. Uma vez que alei est estabelecida, e sendo co- nhecedores dela, tornamo-nos su- jeitos. O Senhor Jesus advertiu o homem que [Hb 8.12]. O profeta diz que como resultado mc PONTO DE ; da compaixio de Deus. PARTIDA havia sido curado para iam lan- ~ nao repetir 0 pecado eskocnas ‘profunde. — 80m05 ou continuacnete para zas do mar” [Mq 7.19]. vigilantes, que nao lhe aconteces- 7. em constante . Isso quer dizer que os a se algo pior [Jo 5.14]. 1.1. A revelacgao dos peca- dos de Israel. Na passagem biblica de Ezequiel 5.7, 11, Deus revela itegoricamente os pecad de Israel. Ei s como Deus lidou com a queda do pri- pecados perdoados nao serio mais imputados e nao entrarao na balanga nem na contagem para impedir a salva- 40, Precisamos ter ciéncia de que ao pecar deliberadamente (com sda nagio is 3 encontramos BETEL DOMINICAL Revista do Professor. 25 Digitalizado com CamScanner do antincio acerca da“semente da mulher” e de providen- tes adequadas, primeiro 0 Cria- dor confrontou-os com a realidade do pecado: “Quem te mostrou...? Comes- tes da drvore que te ordenei que nao 2” E um modelo para todos os tempos: é fundamental que 0 peca- do seja exposto, as pessoas precisam saber 0 que desagrada a Deus e esta contra a Sua vontade para nés. O apés- tolo Paulo expés a universalidade do pecado em Romanos 1-3, para depois apresentar em detalhes o plano divino de salvagao [Rm 3.21-25]. ‘W De acordo com John B. Taylor: “O. crime do povo de Jerusalém foi que, a despeito de todos os favores de Deus, tinha sido rebelde contra Seus juizos come: e estatutos. Estas sio palavras que Ezequiel emprega frequentemente, em comum com Levitico e Deute- rondémio, e se referem a um corpo estabelecido de lei, a obediéncia ao qual fazia parte integrante da alianga. Pior do que isto, 0 povo excedera as demais nagées na sua perversidade (...) [Ez 5.7]? 1.2. O juizo e a ira de Deus. O Senhor Deus apresentou o pecado e também o juizo divino (Ez 5.8, 11-13]. £ preciso lembrar que a Biblia também revela acerca da ira de Deus, nao apenas so- bre Sua graca e misericérdia [Na 1.2- 3;Rm 1.18; 11.22; Ap 6.16]. Sio temas nao muito expostos em no Porém biblicos. Tony “A ira de de ssos dias, Tony Evans escreveu: me Deus ui é um assunto facil ‘ar. Mas faz parte integrante de 26 Lichoa sua natureza como suas demais qua- lidades, quer seja 0 seu amor, a sua santidade ou a sua misericérdia. Se eu deixasse de falar disso, estaria cau- sando um grande mal a minha igreja € a outras pessoas expostas ao meu ministério”. W Comentando 0 texto biblico de Ezequiel 5.11, John B. Taylor afirmou o seguinte; “Além da desobediéncia e da rebeldia veio a profanagao do san- tuario de Deus com coisas detestaveis e abominagoes. Esta é a primeira re- feréncia em Ezequiel as praticas cor- ruptas que estavam sendo realizadas no Templo entre o cativeiro de Joa- quim e a destruigo final da cidade em 587 a.C. O capitulo 8 descreve esta situagio com pormenores hor- ripilantes. Por tudo isto, diz Deus: eu retirarei sem piedade os meus olhos de ti. A expressio “os meus olhos” é um acréscimo explanatério a um texto dificil. Uma variante diz: “Eu vos abaterei”’ 1.3. Os pecados de Israel foram pu- nidos exemplarmente pelo Senhor. A Puni¢do veio com a destruicao de Je- rusalém, muitos foram mortos, outros levados ao exilio e um pequeno grup? deixado em um ambiente de destrt ¢40 [Jr 39.1-10]. Assim, um povo liv ficou cativo a reis idélatras, longe 4° sua terra, exposto a outros costumes A naco recebeu o castigo como ie no, pela ingratidao e por se afastar ce leis divinas. A professora Betty Lee escreveu; Muitas pessoas ignor™™ a adverténcias do Senhor, achando Digitalizado com CamScanner séo ameacas vazias. Alguém advertiu: “Nao cometa o erro de pensar que Deus nao cumpre o que diz ou que suas palavras tém outro sentido. Pecadores: gostam de acreditar que Deus nunca os castigara’. RB De acordo com 0 Comentario Bi- blico Shedd: “O povo de Deus chegou a sobrepujar os pagaos no paganismo. Quem conhece a Palavra de Deus e recusa-se a obedecer-lhe sofre uma queda maior do que a dos ignorantes” OD EU ENSINEI QUE: A Biblia também revela acerca da ira de Deus, ‘no apenas sobre Sua graca e misericordia, As- sim, vernos que Deus revelou categoricamen- te os pecados da nago de Israel e os puniu exemplarmente, A Palavra de Deus perma- nece para sempre A Biblia diz que Deus nao se deixa enganar (escarnecer, zom- bar), porque tudo que o homem semear, isso também ceifara [Gl 6.7]. Tal principio de semeadu- ra e colheita também se aplica a “semear no Espirito” e “semear” boas atitudes para com o proximo [Gl 68-9}. 2.1.0 pecado deliberado é uma afron- taa Deus. Muitos dizem que so nas- cidos de Deus, que sao seguidores de Jesus Cristo, que tem o Espirito Santo; mas pecam deliberadamente, satis- fazendo seus desejos pecaminosos. Sao atitudes que zombam de Deus e O desprezam. Os pecados premedita- dos tém uma conotagao diferenciada, pois foram estudados e sao conscien- tes. Precisamos ter em mente que a maquinacao para fazer o mal ou para pecar aborrece o Senhor [Pv 6.12-19]. ® De acordo com o Comentario Bi- blico Moody: “A vida vitoriosa crista éuma vida de pecados confessados; a confissao genuina inclui abandonar o pecado e somente assim se produz 0 crescimento espiritual” 2.2. Pecadores: a diferenca quanto ao nivel de revelacéo que possuem. “Mas Deus, nao tendo em conta os tempos da ignorancia, anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se ar- rependam.’ [At 17.30]. Quem é conhe- cedor se torna mais culpado, porque conhece a verdade e nao poderd es- capar do juizo de Deus (Ez 14.12-15]; conhecer as leis, os estatutos e os man- damentos e errar, na maioria das vezes consciente, se torna indesculpavel. ‘W E preciso ter em mente que o cris- tao pode até errar, mas nao deve viver na pratica do pecado. £ preciso se ar- repender, pedir perdao e se esforcar Cay -. Precisamos ter em mente que a maquinagao para fazer o mal ou para pecar aborrece 0 Senhor [Pv 6.12-19] BETEL DOMINICAL Revista do Professor 27 Digitalizado com CamScanner para no repetir o erro. As palavras de Jesus Cristo 4 mulher aditltera foram: “Vai-te, endo peques mais” [Jo 8.11]. Deus perdoa e nao quer que Seus filhos continuem pecando, antes, que vivam em santificagdo. Permanecer no erro © nao dar valor ao sacrificio de Jesus Cristo no Calvario, que morrcu justa- ar dos pecados ¢ da “Nao peques m mente para nos liv ais, condenagao eterna para que te nao suceda alguma coisa 5.14]. pior” [Je Israel: uma nacdo escolhida, mas um povo ingrato. Nos registros bi- blicos encontramos ensinos e avisos para nés [Rm 15.4; 1Co 10.11]. As- sim, ao estudarmos acerca da historia de Israel e seu relacionamento com Deus precisamos pedir ao Espirito Santo que nos ajude a percebermos tais ensinos e avisos. Apesar de Israel ter sido escolhido por Deus, estabe- lecido na terra de Canai, ter obtido tantas vitérias e ter um templo que foi cheio da gloria de Deus [2Cr 7.1- 3], ndo significava que Deus iria ficar indiferente a um viver contrario a Sua Palavra revelada a este povo. Trata-se de uma grande licdo e aviso para nds [1Co 10.12]. A graca de Deus em nés nao nos libera para vivermos e ser- games Dens de qualquer maneira, » capitulo 12, da epistola aos Hebreus, que menciona graca, tam- bém enfatiza: respeito, temor e fogo consumidor [Hb 12.28-29), a ae tesalar ave © apdstolo Pau- oe a nds somos © templo. » morada do Altissimo, ta % Lichoa bernaculo santo: “Se alguém destruir o templo de Deus, Deus 0 destruira” [1Co 3.17a]. Imtmeras vezes, 0 Novo ‘Testamento adverte 05 cristios atuais contra esses mesmos pecados terriv cometidos pela na CD Ew ENSINE! QUE: A Palavra de Deus permanece para sempre € que o pecado deliberado é uma afronta a Deus. Devernos ter em mente também que a graga de Deus no nos libera para vivermos e servt- mos a Deus de qualquer maneira. Oamor de Deus e Sua justica Deus é amor [IJo 4.8, 16], mas também é fogo consumidor [Hb 12.29]. Muitos, de uma maneira equivocada e distorcida, se ba- seiam no amor, na graca e mise- ricérdia de Deus, para, de uma forma inescrupulosa, transgredir as leis divinas, como se o Pai nao tivesse a justiga como atributo. Na verdade, onde existe amor puro, a verdadeira justiga esta presen- te. Quem corrige é porque ama: “Porque o Senhor corrige 0 qué ama e acoita a qualquer que rece be por filho” [Hb 12.6]. 3.1, Amor versus justica. O amor 4° Deus é insondavel [1Jo 4.16], insubsti- tuivel, nao fingido. A maior express de amor est descrita em Joio 316 quando Deus ama o mundo de tal ma neira (sem parametro, incaleulive» a ponto de dar Seu Filho Uni A para morrer em nosso lugar Pate var os pecadores, que nada merece a Digitalizado com CamScanner FOCONA LIgAo A justica de Deus é santa, perfeita e imutavel. Deus é a verdade e nEle nao ha injustica; justo e reto é eens Russell E. Joyner: “A justica de Deus inclui a penalidade do juizo, mas su- bordina essa atividade a obra global de estabelecer a sua justia amorosa” (Dt 7.9-10]. A justica de Deus é santa, perfeita e imutavel, Deus é a verdade enEle nao ha injustica; justo e reto é [Dt32.4]. O Evangelho revela a justica de Deus [Rm 1.17]. Ele mesmo julga o mundo com justi¢a; governa os povos com retidao [SI 9.8]. ‘W De acordo com o Comentario Bi- blico Beacon: “Visto que Deus é per- feito e o amor é a sua natureza, em que sentido deve o seu amor se tornar perfeito em nés? A resposta deve ser entendida em relacio ao propésito para o qual esse amor foi dado. Deus nao derrama seu amor em nos para ser consumido por nds. O amor voltado para si mesmo é autodestrutivo. Deus nos ama para que possamos amar os outros, Seu amor em nés é aperfeigo- ado quando se torna amor fraternal [1Jo2.5; 4,12]. Poucas vezes oapéstolo fala do nosso amor por Deus e quando © faz, isso ocorre de maneira indireta {Io 4.10, 19-20]. Para Jodo, os trés aspectos do amor sao os seguintes: 1) ) seu amor habita em Deus nos ama; nds 3) e amamos os irmaos: 3.2, Deus perdoa os pecados de quem Se arrepende. Precisamos refletir sobre arrependimento a luz da Palavra de Deus. Caso contrario, é posstvel con- fundir 0 verdadeiro arrependimento com remorso, tristeza ou reconheci- mento. O arrependimento para perdio de pecados envolve um conjunto de aspectos, como convic¢ao, contrigao, confissao e mudanca de atitudes. Por- tanto, nao apenas uma atitude, mas um conjunto [Mc 1.15; At 3.19; Jo 1.9]. O termo usado para arrependimento é “metanoeo’, nao se restringe apenas auma mera tristeza pelo pecado, mas significa uma mudanga de pontos de vista, de pensamento e de propésito. ‘W De acordo com 0 Comentario Bi- blico Wiersbe: “Confessar 0 pecado significa dizer a respeito delea mesma coisa que Deus diz, Tenha em mente que 0 cristo nao precisa fazer peni- téncia, sacrificios nem se punir quan- do peca. A cruz ja cuidou de todos os pecados. Isso nos da permissao para pecar? Claro que nao! O cristéo que realmente entende a proviso de Deus para a vida cristd no quer desobede- cer-lhe de forma deliberada” 3.3. E necessario um constante au- toexame. F interessante como Deus constantemente procurou despertar 0 povo de Israel para pensar sobre o es- tado espiritual em que se encontrava [Ez4.1-12; 5.1-5]. Mesmo no cativeiro, BETEL DOMINICAL Revista do Professor - 29 Digitalizado com CamScanner muitos ainda nao estavam entendendo que estavam sendo disciplinados pelo Senhor [Ir 29.8-10], Contudo, é im- prescindivel que este autoexame seja conduzido a luz da Palavra de Deus e guiado pelo Espirito Santo [2Co 13.5]. O povo de Israel desprezou a constante Vigilancia, pois depositou a confianga no fato dos servigos religiosos esta- rem funcionando rotineiramente [Jr 7]. Nossas atitudes religiosas externas devem ser reflexo de nosso relaciona- mento com Deus. Se assim nao for, serao atitudes vazias e sem vida. "W Anténio Neves de Mesquita es- creveu sobre as causas da derrota de Jerusalém: “Jerusalém estava no meio do mundo, segundo diz o Senhor Deus [v.5]. E certo que qualquer pon- to da terra é 0 meio do mundo, mas, no tocante a Jerusalém, era mesmo o meio do mundo do ponto de vista da Revelagio. Era dali que devia partir © exemplo da ordem e da moral. Era dali que devia partir o conhecimento do Deus vivo. Era dali que as nages deveriam aprender a servir a Deus. Israel tinha sido comissionado como missionario ao mundo inteiro. (...) O povo obstinado e rebelde nao atendeu a este imperioso dever” D Ev ENSINE! Qui Deus é amor, mas também € fogo consumidor. Deus perdoa os pecados de quem se arrepen- de. Sendo assim, é necessério um constante autoexame. G@conctusAo Na luta contra o pecado, é preciso conhecer a doutrina do pecado. Assim, andando em Espirito, busquemos constantemente estar vigilantes e em ora- Ao para nao cedermos As tenta¢des, bem como sabendo que ha perdao aos que verdadeiramente se arrependem. EON S5 30 Uchog Digitalizado com CamScanner A lei da responsabilidade pessoal [ < TEXTO AUREO | TEXTO AUREO) Maia tale 27.5 “Eis que todas as almas sao minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerd.” Ezequiel 18.4 Deus deseja a salvagdo de todos, porém cada ser humano tem a responsabilidade de se arrepender para que seja salvo. GEE OBJETIVOS DA LICAO & explicar a responsabilidade 4 Mostrar a possibilidade de EA Ressaltar que Deus quer ser diferente. que todos sejam salvos. © TEXTOS DE REFERENCIA EZEQUIEL 18 19. thas dizeis: Por que nao levard 0 filho a ‘naldade do pai? Porque o filho fez juizo e ica, e quardou todos 0s meus estatutos, raticou, por isso, certamente vivers. sa morrerd; 0 filho 20. A alma que peca no levard a maldade do pai, nem 0 pai le a justiga do justo vara a maldade do filho; ficara sobre ele, e a impiedade do impio cai- 1 sobre ele. 26, Desviando-se 0 justo da sua justica e co- metendo iniquidade, morrera por ela; na sua iniquidade que cometeu, morrera 27. Mas, convertendo-se o impio da sua im piedade que cometeu ¢ praticando 0 juizo e a justiga, conservara este a sua alma em vida BETEL DOMINICAL Resta do Professor 31 Digitalizado com CamScanner PENT ea et SEGUNDA | Gn 2.16-17 QUINTA A livetdade de escolha Deus fez ao homem reto. TERGA | SI 51.17 SEXTA | Le14.26 Deus nao rejeita um coraao quebrantado. ‘Anecessidade de uma reflexdo inteligente. QUARTA | SI 119.105 SABADO | Jo 12.46-48 AA Palavra de Deus é luz para 0 caminho. O julgamento divino e a pregacao de Jesus. PA sites @ ESBOCO DA LICAO 147, 169, 171 Introdugéo 1. A responsabilidade pessoal de cada um EME 2.A possibilidade de ser diferente Ore para que tenhamos consciéncia dos 3. Deus quer que todos sejam salvos nossos deveres pessoais diante de Deus Conclusao roc INTRODUGAO A presente licdo trata do desejo de Deus em salvar a todos e seu cha- mado ao arrependimento, sem anular a responsabilidade individual e a certeza do juizo divino sobre os que nao se arrependerem. Aresponsabilidade pesso- Qual a minha responsabilidade al de cada um no estado em que se encontra meu O capitulo 18 de Ezequiel trata de relacionamento com Deus? um tema que também esté pre- 1.1. A tendéncia humana de transferir nena das de hoje responsabilidade. Desde 0 ent i 4 . . ‘e de muitos; PONTO DE primeiro casal, vemos a ten a questao da respon- PARTIDA déncia humana de explicat sabilidade pelo estado — i itudes H : Deus suas atitudes com asatitu Je uma pessoa (seja, querque 4 “A mulher que dentre outros, social, todos sejam 9 otro: A ee mabe psicolégico, financeiro, salvos. me deste Pore ra, ela me deu da arvore ¢ comi” [Gn 3.12]. Esta foi ® explicagéo de Adio para Deus. Com? espiritual), Na presente ligdo, evidentemente, nos detere- MOS no aspecto eg resulta em atitudes part cot, S& 9 homem nao tivesse escola Proximo [Ez 18.6. ii re 4 Com © como se fosse apenas vitima: rm 2-9-8]. Como esta i de i da meu relacionamento com Deus? foi dada por Deus ¢ o fruto fo! Jhe® 32 Lichos pela mulher! Ao se dirigit 8 ™™ Digitalizado com CamScanner esta respondeu a Deus que a serpente a enganou. Assim, tal tendéncia tem acompanhado a histéria da humani- dade ao longo da sua existéncia. Que o estudo da presente ligdo contribua para que nao nos esquecamos que, se somos vitimas de algumas situacées, somos “também agentes, portadores responsaveis da imagem de Deus”, co- mo descreveu Larry Crabb. W Biblia King James — Génesis 3.12: “Parece ter sido Addo quem inventou aconhecida evasiva: “Quem? Eu? Nao! Foi Fulano, Beltrano ou Sicrano!”. Des- deo Eden o homem tem grande difi- culdade emaceitar sua culpa e, fugindo de si e das responsabilidades pessoais, procura amenizar sua consciéncia con- denatoria culpando outras pessoas e 0 mundo, Adio tenta se isentar da res- ponsabilidade pessoal sobre a quebra da obediéncia devida a Deus culpando Eva,a serpente eo proprio Senhor (...)”” 1.2. A capacidade de escolher. Um dos aspectos da imagem de Deus em nés é a nossa capacidade de escolher. Ao criar o primeiro casal, Deus lhes concedeu a liberdade de escolha entre fazer o certo e 0 errado (Gn 2.16-17]. O ser humano possui a faculdade in- telectual e volitiva, que lhe permite ra- ciocinar, pensar, decidir. Evidentemen- te que o pecado também atingiu esta capacidade humana, porém a Biblia Tevela que a pessoa nao perdeu de todo essa faculdade [Dt 30-19-20; Js 24.15]. Notemos que as expressdes usadas por Jesus: “Se alguém quer vir apés mitt: [Lc 9,23] e“Se alguém vier amim [Le 14,26] - indicam a necessidade de uma reflexao inteligente. ‘W Timothy Munyon: “A respeito da imagem moral de Deus nos seres hu- manos, “Deus fez ao homem reto” [Ec 7.29]. Até mesmo os pagios, que nio possuem conhecimento da lei escritade Deus, conservam uma lei moral escrita por Ele em seus coragées [Rm 2.14-15]. Em outras palavras, somente os seres humanos possuem a capacidade de sen- tir o que € certo ou errado, bem como ointelecto ea vontade necessarios para escolher entre eles. (...) Estes, mesmo. possuindo tal liberdade, so incapazes de escolher a Deus. Deus, portanto, pe- la sua bondade, equipa as pessoas com uma medida de graga que as capacita e prepara a corresponder ao Evangelho [Jo 1.9; Tt 2.11)” 4.3. A culpa coletiva nao exclui a individual. Tanto o profeta Jeremias como Ezequiel mencionam um pro- vérbio que estava sendo bastante usa- do pelo povo de Israel [Jr 31.29; Ez 18.2], que atribuia aos antepassados a culpa pelos sofrimentos do presen- te. E certo que as geracées anteriores aquela dos profetas tinham cometido graves pecados (vide os relatos his- téricos dos tempos de Acaz, Manas- sés, Amom e tantos outros), contu- do, tal fato nao justificava a conduta dos contemporaneos de Jeremias e zequiel, pois também tinham a re- velagio divina e, consequentemente, nao eram ignorantes quanto ao que Deus requeria, ou seja, arrependi- mento do povo. BETEL DOMINICAL Revista do Professor - 33, Digitalizado com CamScanner B® Professora Betty Baco ‘Os prover- bios errados, de antigamente ¢ de hoje, sto um alerta para nés. E muito facil tera mente corrompida pelo que “todo mun do diz” O eristio deve com sar sim, mas cuidar do que falam e avaliar o que ouvem, especialmente antes de transmi- 6; LTS 5.21". Por isso & importante passar as informagdese “pro- verbios” pelo crivo da Palavra de Deus. tira outros - Cl4 (1D EU ENSINE! QUE: uma tendéncia humana de transferir res- dade. Porem, um dos aspectos da 1 de Deus em nés é a nossa capacidade A possibilidade de ser di- ferente O capitulo estudado na presente ligdo [Ez 18] trata de um assunto presente em muitos outros regis- tros biblicos. Ou seja, um passa- do pecaminoso ou justo de uma familia nao significa que, auto- maticamente, a gera¢ao seguinte ira vivenciar a mesma realidade independente das escolhas e com- portamentos [Ez 8.5-18]. 2.1. Exemplo de quatro geracGes de reis de Juda. Para exemplificar o texto de Ezequiel 18.5-18, podemos citar a hist6ria biblica de quatro reis de Juda: ores aaa Ezequias ~ Manassés - Amom - Josias [2Cr 29-35]. Como foram diferentes as posturas dos reis quanto ao relaciona- mento com Deus, mesmo diante das Escrituras, dos profetas e dos exemplos que tinham. O histérico familiar po- de influenciar, mas nao determina. A pessoa, principalmente em nossa rea- lidade de abundancia de proclama¢io da Palavra de Deus, ao alcancar deter- minada idade, precisa exercitar sua ca- pacidade de discernimento quanto aos valores e crengas recebidos da familia, sempre a luz da Palavra [SI] 119.9, 105]. W Daniel I. Block comentou sobre a ge- racio alvo das profecias de Ezequiel: “O tempo todo, eles reclamam o direito 4 protecao divina, com base nas promessas imutaveis de Deus. Entretanto, Ezequiel é intransigente em sua exposicio da hipo- crisia da nagio. As promessas da alianga nao sio garantias incondicionais de favo- recimento; a seguranga eo bem-estarsio contingentes em aceitar as reivindicagées exclusivas do Senhora sua lealdadee obe- diéncia intransigente a sua vontade. Uma vez que falharam nos dois departamentos, a geracio presente fica sob ameaga das maldigdes da alianga.” 2.2. O valor da conversao. A mensage™ de Ezequiel deixa claro ao povo que € possivel ser diferente: “Mas, se 0 imp? se converter... Mas, convertendo-s? ° .. uM passado pecaminoso ou just© de uma familia nao significa que, automaticamenté a geracao seguinte ira vivenciar a mesma realidade-~ 34 Lichos | Digitalizado com CamScanner impio da sua impiedade..” [Ez 18.21, 27]. ‘Converter’, no hebraico, é um ter- ido para expressar, entre outros ados, mudanga de reagées, atitu- des e sentimentos. O povo de Israel no tempo de Ezequiel certamente conhecia oexemplo do rei Manassés que, quando levado cativo, orou e se humilhou dian- te do Senhor e alcancou misericérdia e restauragao [2Cr 33.11-20]. Deus nao rejeita um cora¢ao humilde e arrepen- dido [S151.17]. B® Comentario Biblico Moody: “Os con- ceitos da solidariedade social eda respon- sabilidade de grupo eram coisas antigas em Israel. A homilia ou ensaio de Ezequiel no capitulo 18 implica na operacao da se- quéncia natural da causa e efeito no meio das circunstancias da vida humana. Deus nao considera um homem responsavel pelas circunstancias nas quais nasceu, mas apenas pelo uso que fizer delas sub- sequentemente. Portanto, um homem é livre para renunciar o seu passado, tanto para o bem como para o mal.” sign 2.3. A relevancia da resposta huma- na para Deus. A possibilidade de ser diferente passa pela resposta de uma Pessoa diante do anuncio da Palavra de Deus. O apéstolo Paulo enfatizou este assunto em Romanos 10.3, 18-21. © apéstolo diz que os judeus rejeita- ram a maneira de Deus agir e foram tebeldes, mesmo o Senhor enviando Seus mensageiros e estendendo as Su- as mos, Tal postura do povo também ra realidade no tempo de Ezequie! ‘0 caminho do Senhor nao ¢ direito’ 18.29), além de acharem que estavam sofrendo injustamente [Ez 18.2}. Ends, que resposta (reago) estamos tendo diante do agir e da Palavra do Senhor? W Pr. Marcos Sant’ Anna: “Nao é de qualquer maneira ou baseados tao so- mente no nosso conhecimento e criati- vidade que nossas atitudes ou respostas para Deus sero aceitas por Ele. Vide 0 exemplo de Caim, considerado o primei- roato de adoragao registrado na historia humana, pois, antes de Abel, foi cle que teve a iniciativa de apresentar uma oferta ao Senhor. Contudo, Deus nao atentou para ele e para a sua oferta [Gn 4.3-5]. ‘A reacao de Caim demonstrou desinte- resse em conhecer os motivos de Deus para nao 0 aceitar, mesmo depois de o Senhor ter falado com ele [Gn 4.5-7]” @ EU ENSINE! QUE: Opassado pecaminoso ou justo de uma familia nao significa que, automaticamente, a geraco seguinte id vivenciar a mesma realidade. Deus quer que todos sejam salvos O Senhor Deus nao deseja que o homem mau morra, mas que se arrependa e viva [Ez 18.23, 32]. Desdea queda no Eden o Criador tem revelado seu interesse em res- taurar a humanidade, anuncian- do a vinda da semente da mulher, providenciando vestes adequadas para o primeiro casal, preservan- _ do Noé e sua familia, chamando Abraao e revelando Seu plano para abengoar todas as familias da terra [G1 3.8, 14]. BETEL DOMINICAL Revista do Professor» 35 “ Digitalizado com CamScanner FOCo NA LuICAO A mensagem que proclama vida para o crente 6 a mesma que proclama condenacao para o desobediente O desejo de Deus em salvar nao anula 0 juizo. O Senhor Deus, além de chamar 0 povo a conversao, também anunciou que, se continuassem com as transgressdes e iniquidades, esta- riam sendo julgados pelo que esta- vam fazendo [Ez 18.30]. A mensagem do julgamento divino também fazia parte da pregacao de Jesus [Jo 12.46- 48]. Como comentou F, F. Bruce: “A. palavra de julgamento no ultimo dia, portanto, nao é diferente da palavra de vida j4 anunciada. A mensagem que proclama vida para o crente é a mesma que proclama condenagio para o desobediente”. ‘W Deacordo com John B, Taylor: “A lei da responsabilidade individual que Eze- quiel esta expondo é supremamente jus- ta, porque cada homem tem sua propria escolha pessoal e a oportunidade para viver, Deus julgara cada um segundo os seus caminhos [Ez 18.30]. Ea combina- cao deste fato com o conhecimento de que Deus nao tem prazer na morte de ninguém [Ez 18.32] que leva Ezequiel @ apelar ao povo, em nome de Deus, no sentido de se arrepender e de se voltar # Ele. Como um povo, talvez. sejam re- bel cles e idélatras, mas como individuos, ve apelara clese, através do seu ar rependimento, podem ser salvos” 36 Lighos Cada um é responsavel por seus atos diante de Deus. E importante trazer sempre a mente a verdade bi- blica da futura prestaco de contas diante de Deus. A graca de Deus nao nos libera para sermos descuidados quanto ao nosso viver neste mundo. Todos vamos comparecer, porém a prestacgao de contas sera individu- al [Rm 14.10, 12]. Tal certeza deve despertar em cada discipulo de Cris- to um autoexame, sempre 4 luz da Palavra de Deus e acao do Espirito [1Co 11.28; 2Co 13.5]. Sabendo que, enquanto neste mundo, nao alcanga- remos um autojulgamento completo [1Co 4.4-5; 2Co 5.10]. ‘weLeon Morris comentou sobre 1Corintios 4.4-5: “Paulo es zendo que nao tem ciéncia de ne- nhum ponto importante em que tenha falhado em como despenseiro. Mas na ‘ansa a sua confianga nisso, Nao é isso que Ihe da absolvigao, (...) Surge disso tudo uma exortagéo a nao julgar prematuramente. (...) O juizo do Senhor sera perfeito, pois Ele po a descoberto as coisas ocultas das trevas, (...) E somente o juize de Senhor que pode levar em cont ° atos ¢ motivos secretos [Rm 2-16] Digitalizado com CamScanner 3.3. Palavra de Deus como referéncia segura. Notemos que a Palavra do Se- nhor inicia desconstruindo um pro- vérbio muito usado pelo povo de Israel [Ez 18.2-3], depois revela como 0 povo estava equivocado cm alguns de seus proprios pensamentos [Ez 18.19, 25, 29]. Nossa seguranga esta na Palavra de Deus e nao em “achismos” humanos ou naquilo que a maioria diz. A queda do primeiro casal iniciou quando Eva cedeu a sugestdo maligna de que a Palavra de Deus estava sujeita ao nosso julgamen- to [Gn 3.1-5], comentou Derek Kidner. W Antonio Neves de Mesquita: “Acos- tumados a ouvir que a nacao estava sob a garantia e guarda divinas, o is- raelita achava que esta doutrina nao era correta, afirmando: O caminho do Senhor nao é direito [Ez 18.25]. Nou- tra linguagem, os pais deveriam pagar pelos filhos, ¢ nao 0s filhos pelos pais, como hes parecia [v.2]. O que havia nesta conexao é que os caminhos dos homens eram tortuosos, enquanto os. de Deus era retos, mas a interpretagao era falseada.” CD Ew ENSINE! QUE: Deus quer que todos sejam salvos, No entanto, 0 desejo de Deus em salvar nao anula 0 juizo. Por isso, cada um é responsavel por seus atos diante de Deus. GconctusAo E preciso que perseveremos nos caminhos do Senhor e nos submetamos ao que Deus revelou nas Escrituras e anunciemos a todos para que apro- veitem as oportunidades que Ele, em Sua graga, tem proporcionado ao ser humano. NOTACOES BETEL DOMINICAL Resta do Protessor 37 Digitalizado com CamScanner Minne) AUREO. VER! eA ale Ny: “Porque eu estabelecerei o meu concerto contigo, e saberds que eu sou o Senhor.” Ezequiel 16.62 0 discipulo de Cristo foi chamado para frutificar, ser fiel em todo 0 tempo e sub- meter-se ao plano de Deus. © OBJETIVOS DA LICAO & Explicar a parébola da vi- EA Mostrar Jerusalém como a esposa infiel da parébola, deira inittil © Destacar a alegora da paré- bola das duas dguias. iS ACe Ta taas ae EZEQUIEL 15 2. Filho do homer, que mais & 0 pau da videira que qualquer outro, o sarmento que esta entre as drvotes do bosque? 3. Toma-ve dele madeira, para fazer alguma 7 Ou tomate dele alguma estaca, para se pendurar algum trast 2 38 EZEQUIEL 16 15. Mas confiaste na tua formosura, e te Cor Trompeste por causa da tua fama, e prostituias te a todo o que passava, para seres dele. 60. Contudo, eu me lembrarei do meu conce” to que contigo fiz nos dias da tua mocidade; © estabelecerei contigo um concerto etemno- Digitalizado com CamScanner eo Te a eG SEGUNDA | $I80 Israel, a videira de Deus. TERCA | Is 59.1-2 O pecado separa o homem de Deus. QUARTA | Dn 2.19-22 O agir de Deus ¢ perfeito. QUINTA | Le 13.6-9 A parabola da figueira estéril SEXTA | Jo 15.1 Jesus Cristo, videira verdadeira, SABADO | Rm5.8 Deus prova 0 Seu amor por nds. SRT aS y Par 303, 372, 394 & MOTIVO)DE ORAGAO) Ore por conforto e graca para todos aqueles ‘que perderam familiares, casas e bens. Introdugao 1. A parabola da videira inti 2. A parabola da esposa intel 3. A pardbola des duas dguias Concluséo ‘<1 INTRODUCGAO © Senhor Deus ordena a Ezequiel que anuncie a mensagem profética por intermédio de parabolas, que retratavam a situacao pecaminosa de Seu povo, 0 juizo divino e promessas de restauracao. A parabola da videira inutil Essa pardbola compara oshabitan- tes de Jerusalém a uma videira que nao dé fruto, estéril, e que, por is- so mesmo, é inutil, no frutos abundantes, a uva. A colheita de uvas que produziam o vinho era cultu- ra de subsisténcia e comércio. Usando uma metafora, Jesus disse que toda va- ra que esté ligada 4 videira serve. Nessa arvore fal- PONTO DE pode dar muitos frutos. Nos tava o fruto da justiga e PARTIDA somosas varas que precisam da fidelidade ao Senhor. “0 cistio fol estar ligadas na videira ver- Ela expressacom muita — Ghamado para dadeira [Jo 15.2], mas, uma direcao e clareza 0 peca- frutificar e ser vez estéril, o lavrador (Deus) do, a rejeigio consciente fiel a Deus. a corta. Mesmo as que dio e deliberada de um po- vo que foi chamado por Deus [Ez 15]. 1.1. Videira, uma arvore simbolo da frutificagdo. A videira é uma drvore cultivada desde a Antiguidade por seus frutos, precisam ser limpas, para continuar produzindo mais. Quando nao permanecemos em Cristo, no produzimos frutos de jus- tiga e de fidelidade, mas o pecado ser © nosso fruto. Deus nos escolheu para BETEL DOMINICAL Rewsta do Protessor 39 Digitalizado com CamScanner sermios ramos da Videira, porque ela é ends devemos produ- a gloria [Jo 15.8]. A videira tinha gran- zir frutos para a W Ralph Gower deimportincia na reli usada como simbolo da vida religiosa do povo ¢ uma escultura de um cacho de uvas com frequéncia adornava 0 80, onde Israel ia da vinha éa razao dos fari- seus terem se enfurecido tanto quando Jesus contou a histéria dos lavradores maus na vinha [Mt 21,33-41, 45-46]? 1.2. A videira, mesmo fragil, pode se destacar pela sua boa producao. A fra- gilidade de uma parreira nao é justifi- cativa para nao ser util. Sua inutilidade estd relacionada com sua resposta nega- tiva ao trabalho do lavrador [Ez 15.1-5]. Oagricultor cultivava a vinha com mui- to cuidado e atengao, para que pudesse ser frutifera. A terra era preparada, as pedras retiradas, o terreno cercado pa- ra proteger a plantacao, além de uma boa drenagem [Mt 21.33; Is 5.2]. R. N. Champlin observou: “Um homem que quer ter uma boa colheita de uvas deve ser dedicado, pois esse tipo de plantacio tequer cuidados constantes” No caso de Israel, nao faltou cuidado e atencdo Por parte do Lavrador, pois é0 proprio Deus {SI 80.7-8; Jo 15. 1 w Comentario da Biblia Vida Nova so- bre Ezequiel 15: (...) a comunhio com Cristo faz o ser humano ser belo, util, oe a oe interrupgio desta ‘vino Mestre torna-o 40 Lich 6 “= digno de merecida destruigio plo [Jo 151-11]. A graga de Deuseser 8 objeto mais fraco, para ser transony do de gléria em gloria, o qual pro aceitar estes cuidados, pelo exercicig do arrependimento e da fe? ° colhe 1.3. Que mais pode ser feito? a per- gunta que intitula este tpico é encon- trada em Isaias 5.4. O Senhor Deus cercoua vinha, limpou o terreno, plan. touas melhores mudas, preparou uma estrutura para vigilncia. Tudo visan- do a produgio de uvas boas. Porém, o resultado foram uvas azedas. Tanto Israel precisava estar atento ao ques- tionamento de Deus, como nés hoje. Temosas Escrituras Sagradas, o Espiti- to Santo, a graca do Senhor. Logo, nao ha justificativas para nao corresponder ao que Deus espera: “esperando eu que desse uva”; “foi procurar nela fruto” [Lc 13.6]; “eu vos escolhi a vés, ¢ vos nomeei, para que vades e deis fruto” [Jo 15.16]. Portanto, Deus nao apenas espera, Ele age e prové tudo que é ne- cessario para frutificarmos. E preciso cuidado com a tendéncja humana de justificar a propria improdutividade comas adversidades ea ago de outros “WeLeon L. Morris comentou sobre 4 “Pardbola do homem procurando i to” [Le 13.6-9]: “Lucas passou 4 sea trar uma parabola que ressalta on necessidade do arrependimento oo 4 to a longanimidade de Deus ol castigar, A passagem anterior en! ‘0 aimportancia do arrependimen at 13,1-5], e esta ilumina 0 fato e we oportunidade nao dura par oe Digitalizado com CamScanner >| os CD EU ENSINE! QUE: Aparabola da videira init! expressa com muita diregao e clareza o pecado, a rejeicao conscien- tee deliberada de um povo que foi chamado por Deus. Aparabola da esposa infiel Essa parabola compara Jerusa- lJém com uma esposa infiel, que nao cumpriu a alianga feita com Deus como nagio escolhida; nao correspondeu & bondade e a graca dispensada, vivendo desregrada- mente. Por causa da infidelidade, foi queimada e consumida pelos juizos divinos [Ez 16]. 2.1. A infidelidade traz consequéncias desastrosas. Ser infiel trouxe a sepa- ragao de Deus com Israel. Sempre que ha infidelidade, os resultados sio desagradaveis, e a tristeza, a angustia, as acusagées e a falta de confianga to- mam conta. Jerusalém é acusada por suas abominacées e idolatrias, e 0 pro- feta Ezequiel refere-se a elas usando a figura de adultério e de prostituicao espiritual [Ez 16.15-16, 26]. O povo de Israel nao podia perder de vista 0 fato de que suas abominagoes eram a causa de tanto sofrimento [Ez 16.2]. ‘As iniquidades separam 0 povo do relacionamento com Deus [Is 59.1-2]. w Javé com o seu povo em termos de lagos mento aparece em Oséias 2.4-5 ¢ Jeremias 2.2 (cf. também Isafas 50.15 54.6-7;62.4-5). O precedente de Os¢ias em particular parece ter influenciado Ezequiel: 1a, como aqui, a apostasia ¢ idolatria por parte do povo de Javé so estigmatizadas como fornicagio e adultério (cf. Jr 2.20 - 3.5). A analogia era tanto mais adequada em virtude do papel que a prostituicao ritual tinha em grande parte dos cultos de fertilidade” 2. F. Bruce: “A imagem da alianga de de cas 2.2. 0 perigo de desprezar a benigni- dade de Deus. Interessante notarmos que, apés falar com Ezequiel para tornar conhecidas as abominagées de Jerusalém, Deus revela ao profeta que iniciasse a mensagem trazendo a meméria do povo a origem e 0 nasci- mento da cidade [Ez 16.1-3]. Ou seja, quando estava desprezada por todos e abandonada totalmente indefesa, Deus. viu e nao deixou que morresse, mas cuidou, proveu e fez uma alianca [Ez 16.5-8], para que fosse somente do Senhor. Esta descricao tao rica e deta- Thada também deve despertar-nos para que nao esquegamos 0 amor de Deus para conosco quando ainda éramos pe- cadores separados dEle [Rm 5.8]. Nao desprezemos, pois, as riquezas da be- nignidade de Deus [Lm 3.22; Rm 2.4]. tick “.£ Sempre que ha infidelidade, os resultados so desagradaveis, e a tristeza, a angustia, as acusacGes ea falta de confianga tomam conta» BETEL DOMINICAL Revista do Professor + 41 Digitalizado com CamScanner W John B, Taylor escreveu sobre Ezequiel 16.14: “Este versiculo traz o climax da generosidade graciosa ¢ profusa a Israel, que néo a mere- cia. Sua vida, sua condigao de espo- sa, suas riquezas, sua beleza, tudo se deve inteiramente ao Senhor que li- vremente escolheu agir assim em seu favor. Ela nao teve nenhum mérito ou dignidade prépria, era tudo pela gracga. A mesma verdade é expressa por escritores vetero-testamentarios em Deuteronémio 7.7-8; 9.4ss; 32.10; Jeremias 2.2; Oséias 9.10. Além dis- so, é transportada para o pensamento do Novo Testamento, por representar de modo perfeito o amor e a iniciati- va de Deus ao achar, salvar, e entrar em alianga com pessoas que, doutra forma, seriam condenadas a morrer” 2.3.A graca de Deus revelada na alian- §@ eterna. Nos ultimos quatro versf- culos de Ezequiel 16 sao identificadas expresses que apontam para a graca de Deus: “concerto eterno”; “estabe- lecerei o meu concerto”; “reconciliar contigo”. O Senhor Deus revelou por meios de outros profetas acerca de um novo concerto [Is 55.3; Jr 31.31-33].0. povo de Israel saberia que o Senhor é rico em misericérdia quando a nova alianga fosse estabelecida (Ez 16.62]. Champlin escreveu; “Yahweh, 0 Ma- rido, julgaria, mas nao esqueceria o contrato matrimonial restaurador. A €sposa, jovem quando se casara, tecebida de novo”, ‘Woh B. Taylor: perdoa nossos Ppeca Seria “Quando Deus dos, também og 42 LiGhos SS esquece [Is 43.25]. O Pecador, no ¢ tanto, nunca pode esquecer-; * pletamente. Paulo se lemby. tinha perseguido a igreja [1¢9 159. 1Tm 1.13]; John Newton lembrava. -se dos seus tempos de traficante de escravos. O valor de tal lembranca ¢ que impede o homem de se tornar orgulhoso. Nem sequer 0 pecador justificado deve se esquecer de que tem um passado do qual tem razig em envergonhar-se” Se com. ‘ava que CD Eu ENSINE! QUE: A parabola da esposa infiel nos mostra que a infidelidade traz consequéncias desastro- sas e como é perigoso desprezar a benigni- dade de Deus. Aparabola das duas aguias Apés dentincia acerca do fato de Israel nao ter correspondido aos | cuidados do divino lavrador, se tornando, assim, como uma par- reira inutil [Ez 15] e ter se compor- | tado como uma noiva infiel que | passou a se prostituir [Ez 16], # | seguir o Senhor Deus utiliza mais uma pardbola para tratar, ag" da insubordinagao quanto 4 dis: | ciplina do Senhor por intermédio | do império babilénico (Bath 3.1. A primeira aguia. A ae Aguia foi Nabucodonosor, rel da 5 bilénia [Bz 17.12]. Uma grande ar de grandes asas, garras afiadas ¢ Devas de varias cores, capaz de empress " voos longos, ave de rapina, ei vel. Assim era Nabucodonosos * Digitalizado com CamScanner FOCO.NA Liao E todos testemunharao que Ele muda os tempos, abate e exalta e o Seu agir é perfeito [Ez 17.22- 24; Dn 2.19-22] Babil6nia. A primeira guia retrata a invasio babilénica contra 0 reino do Sul, Juda, tendo resultado em depor- tagdo de judeus para Babildnia pro- movida por Nabucodonosor quando Joaquim era rei em Jerusalém [2Rs 24.8-16; Ez 1.2]. O profeta Jeremias também anunciou a queda deste rei [Jr 22.24-29]. A seguir o rei de Babi- lénia “tomou da semente da terra” [Ez 17.5], ou seja, Zedequias, estabelecen- do-o como rei de Judd [2Rs 24.17]. Infelizmente, este também nio apro- veitou as oportunidades concedidas por Deus e “nao se humilhou perante o profeta Jeremias, que falava da parte do Senhor” [2Cr 36.11-12]. "W Biblia Vida Nova: “No Antigo Testa- mento, ninguém usava mais pardbolas do que o profeta Ezequiel. Em método de ensino, Ezequiel era, portanto, um precursor de Jesus Cristo. Note-se que as pardbolas de Ezequiel devem ser clas- sificadas como alegorias, paribolas nas quais todas as minticias representam algum objeto ou acontecimento real.” 3.2. A segunda aguia. A segunda 4guia foi Farad, rei do Egito [Ez 17.7, 15], Com grandes asas e cheia de Penas, segundo F. F, Bruce, era, pro- vavelmente o Faraé Psamético II. Po- rém, o profeta Jeremias alertou que o Socorro que Zedequias esperava do Egito iria fracassar [Jr 37.5-7]. Ze- dequias, como uma videira, “langou suas raizes” e “estendeu seus ramos” paraa diregao errada, apesar do aviso divino [Jr 27.12]. Tal atitude faz-nos lembrar de Provérbios 14.12, pois a mensagem anunciada por Ezequiel foi: “no meio de Babilénia certamente morrera” [Ez 17.16]. wR. N. Champlin: “Foi feita uma alianga com o Egito, especificamente para terminar com a dominancia da primeira dguia, Aquela mudanga de aliangas foi fatal para Judé-Jerusalém (...) Ver as circunstancias histéricas descritas em 2Reis 24.7, 20 e 2Créni- cas 36.13. Por determinado tempo, 0 Egito ofereceu alguma ajuda, mas, no fim, mostrou-se um aliado fraco”. Os designios de Deus prevaleceram! 3.3. Os planos de Deus prevalecerao. Podemos aprender com o final desta parabola importantes licdes, como: 1) O perigo de nao nos submetermos a disciplina do Senhor e buscarmos ajuda ou escape fora da Sua presenga [Ez 17.17-21; Os 5.13]. O rei Zedequias nao atentou para os alertas de Deus e, depois, nao se submeteu a disciplina divina, O cristéo nao deve desprezar e desanimar quando repreendido pelo Senhor [Hb 12.5-8]; 2) No futuro nao sera mais “uma dguia” que Deus usaré BETEL DOMINICAL Revista do Professor - 43 Digitalizado com CamScanner [Ez 17.3-4], mas o proprio Deus esta- ra atuando para restaurar 0 Seu povo. E todos testemunharao que Ele muda os tempos, abate ¢ exalta ¢ o Seu agir é perfeito [Ez 17.22-24; Dn 2.19-22]. Esta mensagem de Ezequiel aponta para a vinda do Messias e 0 estabele- cimento do dominio mundial do reino mess nico. W R.N. Champlin - Ezequiel 17.22- 24: “O cedro alto éa casa real de Davi. O ramo é 0 Messias. Era um renovo tenro, humilde na Sua encarnagao e, aparentemente, fraco. Mas, plantado sobre um monte alto e sublime, seria © maior poder da terra. Comparar a ternura do renovo com Isaias 53.2 e Filipenses 2.6-8. Zedequias, o ramg anterior, foi humilhado por Nabuco- donosor e era uma videira de Pouca altura (v.6). Em contraste, 0 Messias sera exaltado no monte mais alto, 9 renovo é real e sera o Potentado Uni- versal. O Messias sera exaltado [Fp 2.9]: “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente”” CD Eu ENSINE! QUE: A parabola das duas aguias trata da insubordi- nagao do povo de Deus quanto a disciplina do Senhor por intermédio do império babilénico, Também nos mostra que os planos de Deus sempre prevalecerao. @coONcLusAo E fundamental estarmos atentos aos ensinos e avisos de Deus contidos nas Escrituras [Rm 15.4; 1Co 10.11]. Assim, nesta lico aprendemos que fomos chamados para sermos frutiferos, fiéis e comprometidos com a nova alianga € que nao devemos desprezar e desanimar quando disciplinados pelo Senhor. EN S3 44 LUghos i Digitalizado com CamScanner

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