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9 - A Lei Processual
1.9.1 – Noções: Toda norma jurídica tem eficácia limitada no espaço e no tempo, isto
é, aplica-se apenas dentro de dado território e por certo período de tempo. Tais
limitações aplicam-se inclusive à norma processual.
b) No Tempo: toda lei federal, para ser válida, passa por um processo legislativo
perante o Congresso Nacional, e submetida a apreciação do presidente da Republica
para sanção ou veto e, sendo sancionada, é promulgada e publicada no Diário Oficial
da União, conforme dispõem os arts. 59. e segs. da Carta Constitucional. Publicada a
lei, será ela submetida ao período de vacatio legis, que vai da data da publicação ate o
inicio de sua efetiva vigência, para possibilitar que todos tenham conhecimento da
nova legislação. As regras relativas a vacatio legis estão previstas no art. 1 da Lei de
Introdução às normas do Direito Brasileiro (antiga Lei de Introdução ao Código Civil).
Também a lei processual respeita o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa
julgada (CF, art. 5º, XXXVI, e Lei de Introdução, art. 6º).
Obs.: as leis processuais são de efeito imediato perante os feitos pendentes, mas não
são retroativas, pois só os atos posteriores à sua entrada em vigor é que se regularão
por seus preceitos (Tempus regit actum). Deve-se, pois, distinguir, para aplicação da lei
processual nova, quanto aos processos:
a) exauridos: nenhuma influência sofre;
b) pendentes: são atingidos, mas respeita-se o efeito dos atos já praticados;
c) futuros: seguem totalmente a lei nova.
1.12.2 – Doutrina Objetiva: o processo como meio de atuação da lei (natureza pública
da função, baseada na atuação permanente da lei), como meio de atuação do direito
objetivo (mais que a atuação da lei, é a atuação do direito) e como meio de atuação
do direito subjetivo (a finalidade do processo se deduz da atividade do juiz e das
partes).
1.13 – Momento Atual do Processo: