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Edital nº 01/2023/CMDCA

Regulamenta o processo de escolha dos


Conselheiros Tutelares do Município de
Dom Pedro – MA para o período 2024/2028.

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente do município de Dom


Pedro, Estado do Maranhão, no uso de suas atribuições legais e regimentais,
CONSIDERANDO a disciplina da Lei Federal n° 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente) com suas modificações sobre o processo de escolha dos membros do
Conselho Tutelar;
CONSIDERANDO as regras da Resolução Nº 231 do CONANDA, de 28 de dezembro
de 2022 que altera a Resolução nº 170, de 10 de dezembro de 2014, para dispor sobre o
processo de escolha em data unificada em todo o território nacional dos membros do
Conselho Tutelar;
CONSIDERANDO a disciplina da Lei Federal n° 9608, de 18 de fevereiro de 1998 que
dispõe sobre o serviço voluntário e dá outras providências;
CONSIDERANDO a disciplina da Lei Municipal n° 05, de 09 de Dezembro de 1999,
que dispõe sobre a Política dos Direitos da Criança e do Adolescente e dá outras
providências;
Torna público para o conhecimento dos interessados, a abertura das inscrições para o
3º Processo Seletivo Unificado para Conselheiro Tutelar do Município de Dom Pedro,
Estado do Maranhão, obedecidas as disposições legais aplicáveis à espécie, que será
regido conforme as regras a seguir.
I - DISPOSIÇOES PRELIMINARES
Art. 1°- Este edital rege o processo de escolha dos conselheiros tutelares e seus
respectivos suplentes do município de Dom Pedro para o mandato de 04 (quatro) anos,
de 2024-2028, permitida recondução por novos processos de escolha.
Art. 2º- O processo de escolha será composto das seguintes etapas:
I - Inscrição dos candidatos;
II - Análise da documentação de inscrição apresentada pelos candidatos, de caráter
eliminatório;
III - Prova de aferição de conhecimentos específicos sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente - ECA, de caráter eliminatório;
IV - Apresentação dos candidatos habilitados, em sessão pública, aberta a toda a
comunidade e amplamente divulgada;

V - Sufrágio universal e direto, pelo voto facultativo, secreto, em até 05 (cinco)


candidatos dos eleitores do Município de Dom Pedro, cujo domicílio eleitoral tenha sido
fixado dentro de prazo de 180 (cento e oitenta) dias anteriores ao pleito.

V- Curso de formação acerca das normas do ECA e dos aspectos práticos do exercício
da função do conselheiro tutelar, de caráter eliminatório, exigindo-se frequência
integral;
VI - Posse dos conselheiros tutelares eleitos, titulares e suplentes.
Art. 3° Nos casos de recondução à função de conselheiro tutelar, não haverá
desligamento das suas funções visando assegurar a continuidade dos trabalhos sem
prejuízo à população.
Art. 4° Durante o processo de escolha fica vedado ao candidato doar, oferecer,
prometer ou entregar ao eleitor bens ou vantagem pessoal de qualquer natureza,
inclusive brindes de pequeno valor. Caso seja constatada, a qualquer tempo, alguma
situação como essa, ensejar-se-á indeferimento de inscrição, impugnação de candidato
ou destituição do conselheiro já empossado, assegurada a ampla defesa do
candidato/conselheiro.
Art. 5° O Conselho Tutelar é composto por 5 (cinco) conselheiros titulares e 5 (cinco)
conselheiros suplentes, escolhidos de acordo com as disposições previstas neste edital.
Art. 6º São atribuições do conselho tutelar, conforme o disposto nos Artigos 95, 136,
191 e 194 da Lei Federal n° 8.069/90, Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA:
I - atender crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105 da Lei
Federal n° 8.069/90, aplicando as medidas previstas no Art. 101, I a VII, do mesmo
diploma legal;
II - atender e aconselhar os pais ou responsáveis, aplicando as medidas previstas no Art.
129, I a VII, da Lei Federal n° 8.069/90;
III - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência,
trabalho e segurança; e
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado
de suas deliberações;
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração
administrativa ou penal contra os direitos da criança ou adolescente;
V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;
VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas
no Art. 101, I a VI, da Lei Federal n° 8.069/90, para o adolescente autor de ato
infracional;
VII- expedir notificações;
VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente, quando
necessário;
IX - assessorar o Poder Executivo na elaboração da proposta orçamentária para planos e
programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente;
X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos
no Art. 220, $ 3°, II, da Constituição Federal;
XI- representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do
poder familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do
adolescente junto à família natural.
XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de
divulgação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em
crianças e adolescentes.
XIII- fiscalizar as entidades governamentais e não governamentais na forma do disposto
no Art. 95, da Lei Federal n° 8.069/90;
XIV - representar ao Poder Judiciário visando à apuração de irregularidades em
entidade governamental e não governamental de atendimento, nos termos do disposto
no Art. 191 da Lei Federal n° 8.069/90; e
XV - representar ao Poder Judiciário visando à imposição de penalidade administrativa
por infração às normas de proteção à criança e ao adolescente, nos termos do disposto
no Art. 194 da Lei Federal n° 8.069/90.
Parágrafo Único Em caso de afastamento do titular ou vacância, o conselheiro suplente
será convocado pelo CMDCA para o exercício do mandato, conforme a classificação
obtida na votação.
II - DO CARGO, DAS VAGAS E DA REMUNERAÇÃO
Art. 7º Ficam abertas 5 (cinco) vagas para a função pública de membro do Conselho
Tutelar do Município de Dom Pedro, para cumprimento de mandato de 4 (quatro) anos,
no período de 10 (dez) de janeiro de 2024 a 09 (nove) de janeiro de 2028, em
conformidade com o art. 139, § 2º, da Lei Federal nº 8.069/1990 (Estatuto da Criança e
do Adolescente).

Art. 8° O exercício efetivo da função de membro do Conselho Tutelar do Município de


Dom Pedro constituirá serviço público relevante e estabelecerá presunção de idoneidade
moral, não gerando vínculo empregatício com o Poder Executivo Municipal.

Art. 9º Os 5 (cinco) candidatos que obtiverem maior número de votos, em


conformidade com o disposto neste edital, assumirão o cargo de membro titular do
Conselho Tutelar.

Art. 10º Todos os demais candidatos habilitados serão considerados suplentes, seguindo
a ordem decrescente de votação.

Art. 11° A vaga, o vencimento mensal e a carga horária são apresentados na tabela a
seguir:

Cargo Vagas Carga Horária Vencimentos

Membro do 5+ 40H/S 02 Salários Mínimos


Conselho Tutelar
suplentes

Art. 12° O horário de expediente do membro do Conselho Tutelar é das __ às __ hrs,


sem prejuízo do atendimento ininterrupto à população.

Art. 13° Todos os membros do Conselho Tutelar ficam sujeitos a períodos de


sobreaviso, inclusive nos fins de semana e feriados.

Art. 14º A jornada extraordinária do membro do Conselho Tutelar, em sobreaviso,


deverá ser remunerada ou compensada, conforme dispõe a Lei Municipal Nº 05, de 09
de dezembro de 1999, ou a que a suceder.
Art. 15° As especificações relacionadas ao vencimento, aos direitos sociais e aos
deveres do cargo de membro do Conselho Tutelar serão aplicadas de acordo com a Lei
Federal nº 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente) e a Lei Municipal Nº 05,
de 09 de dezembro de 1999, ou a que a suceder.

Art. 16° Os servidores públicos, quando eleitos para o cargo de membro do Conselho
Tutelar e no exercício da função, poderão optar pelo vencimento do cargo público
acrescido das vantagens incorporadas ou pela remuneração que consta da Lei Municipal
Nº 05, de 09 de dezembro de 1999, sendo-lhes assegurados todos os direitos e vantagens
de seu cargo efetivo, enquanto perdurar o mandato, exceto para fins de promoção por
merecimento.

III - DOS REQUISITOS À CANDIDATURA E DA DOCUMENTAÇÃO

Art. 17° Somente poderão concorrer ao cargo de membro do Conselho Tutelar os


candidatos que preencherem os requisitos para candidatura fixados na Lei Federal nº
8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente) e na Lei Municipal Nº 05, de 09 de
dezembro de 1999, a saber:

I - deter reconhecida idoneidade moral;

II - possuir idade igual ou superior a 21 (vinte e um) anos;

III - estar no gozo dos direitos políticos;

IV - residir no município de Dom Pedro há mais de 1 (um) ano;

V- ter ensino médio completo ou grau de escolaridade equivalente;

VI- ter atuação de no mínimo 1 (um) ano, com criança ou adolescente,


comprovada mediante documento oficial em uma das seguintes áreas:

a) estudos e pesquisas;

b) atendimento direto;

c) defesa e garantia de direitos.

V. Não ter sido suspenso ou destituído do cargo de membro do Conselho Tutelar


em mandato anterior, por decisão administrativa ou judicial;
VI. Não incidir nas hipóteses do art. 1º, inc. I, da Lei Complementar Federal nº
64/1990 (Lei de Inelegibilidade);

VII. Não ser membro, no momento da publicação deste Edital, do Conselho


Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente;

VIII. Não possuir os impedimentos previstos no art. 140 e parágrafo único da Lei
Federal nº 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).

§ 1° Será admitida a atuação voluntária, desde que seja regular e permanente, não
esporádica, ou eventual, comprovada mediante documentos decorrentes das
atividades realizadas pelo candidato no período de 1 (um) ano, sem prejuízo da
sindicância prevista no $ 2° deste artigo.

§ 2° A atuação profissional, ou a voluntária, mencionadas no inciso V e no § 1°


poderão ser verificadas a qualquer tempo pelo CMDCA, e, caso se constate a
inexistência ou insuficiência do citado requisito, ensejar-se-á indeferimento de
inscrição, impugnação de candidato ou destituição do conselheiro já empossado.

Art. 18° Deverão ser apresentados, por ocasião da inscrição, os seguintes documentos:

I. Certidão de Nascimento ou Casamento;

II. Comprovante de residência dos três meses anteriores à publicação deste Edital;

III. Certificado de quitação eleitoral;1

IV. Certidão de antecedentes cíveis e criminais da Justiça Estadual; 2

V. Certidão de antecedentes criminais da Justiça Eleitoral;3

VI. Certidão de antecedentes cíveis e criminais da Justiça Federal;4

VII. Certidão de antecedentes criminais da Justiça Militar da União;5

1 Disponível em: <http://www.tse.jus.br/eleitor/certidoes/certidao-de-quitacao-eleitoral>.


2 Disponível na página eletrônica do Poder Judiciário do Estado.
3 Disponível em: <http://www.tse.jus.br/eleitor/certidoes/certidao-de-crimes-eleitorais>.
4 Disponível em: <http://www.cjf.jus.br/servicos/cidadao/certidao-negativa>.
5 Disponível em: <https://www.stm.jus.br/servicos-stm/certidao-negativa>.
VIII. Diploma ou Certificado de Conclusão do Ensino Médio ou grau de
escolaridade equivalente;

IX. A experiência na promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e do


adolescente poderá ser comprovada da seguinte forma:

a) declaração fornecida por organização da sociedade civil que atua no


atendimento à criança e ao adolescente, com especificação do serviço
prestado e o tempo de duração; ou

b) declaração emitida por órgão público, informando da experiência (com


período de duração) na área com criança e adolescente; ou

c) registro em carteira profissional de trabalho comprovando experiência na


área com criança e adolescente; ou

d) diploma ou certificado de conclusão de curso de especialização em


matéria de infância e juventude, reconhecido pelo Ministério da Educação
(MEC), com carga horária mínima de 360 (trezentos e sessenta) horas.

X. Para efeitos do que determina o presente edital, serão reconhecidas como


comprovação de atuação profissional de no mínimo 1 (um) ano com crianças e/ou
adolescentes as atividades seguintes:

I - na área de estudos e pesquisa;

a) atividade de pesquisa, com produção de relatório institucional, vinculada a


órgão acadêmico de faculdade ou universidade pública ou privada;

b) atividade de pesquisa, com produção de relatório institucional, vinculada a


instituição não governamental (ONG) que tenha a pesquisa ou a produção de
material de formação entre as suas finalidades institucionais;

c) atividade de pesquisa, com produção de relatórios institucionais, vinculada a


órgão governamental que tenha a pesquisa ou a produção de material entre as
suas finalidades;

II - na área do atendimento direto:


a) atuação profissional como educador, técnico de nível superior, ou dirigente
em órgão governamental, não governamental ou entidade religiosa que
desenvolva programa em regime de:
1) orientação e apoio sociofamiliar;
2) apoio socioeducativo em meio aberto;
3) colocação familiar;
4) acolhimento institucional e familiar;
5) liberdade assistida;
6) semiliberdade;
7) internação;
8) ensino regular de educação básica;
9) formação humanística e orientação espiritual.

III - na área de defesa, controle e garantia de direitos:

a) atuação como Conselheiro de Direito da Criança e do Adolescente;


b) atuação como conselheiro titular em conselho tutelar;
c) atuação como técnico de Nível Médio ou Superior em equipe
interdisciplinar de apoio ou assessoria aos seguintes órgãos:
1 - Conselho Tutelar;
2 - Conselhos de Direito e Defesa de Criança e Adolescente;
3 - Centros de Defesa de Direitos Humanos, com projetos específicos voltados
para os direitos infanto-juvenis;
4 - Defensoria Pública, lotado para intervenção na Justiça da Infância e
Juventude ou em núcleo especializado de Atendimento à Criança e ao
Adolescente;
5 - Ministério Público, lotado para intervenção na Justiça da Infância e da
Juventude ou Curadoria Especial da Criança e do Adolescente;
6 - Varas Judiciais da Infância e Juventude.

§ 1° Para efeito de atuação na área de estudos e pesquisas, não serão reconhecidos


trabalhos monográficos desenvolvidos como requisitos para obtenção de titulação
acadêmica, tais como monografia de fim de curso superior (trabalho de conclusão de
curso), dissertação de Mestrado e tese de Doutorado.
Art. 19º O candidato servidor público municipal deverá comprovar, no momento da
inscrição, a possibilidade de permanecer à disposição do Conselho Tutelar.

IV - DA POSSIBILIDADE DE RECONDUÇÃO

Art. 20º O membro do Conselho Tutelar, eleito no processo de escolha anterior poderá
participar do presente processo.

V - DOS IMPEDIMENTOS PARA EXERCER O MANDATO

Art. 21° São impedidos de servir no mesmo Conselho Tutelar os cônjuges,


companheiros, mesmo que em união homoafetiva, sogro e genro ou nora, cunhados,
durante o cunhadio, padrasto ou madrasta e enteado ou parentes em linha reta, colateral
ou por afinidade, até o terceiro grau.

Art. 22° Estende-se o impedimento ao membro do Conselho Tutelar em relação à


autoridade judiciária e ao representante do Ministério Público, com atuação na Justiça
da Infância e da Juventude da mesma Comarca.

VI - DAS INSCRIÇÕES

Art. 23° As inscrições ficarão abertas do dia 03 (três) de abril de 2023 a 24 (vinte e
quatro) de abril de 2023, em horário de atendimento ao público das 08:00 às 12:00hrs,
na Casa dos Conselhos, sala do CMDCA, Rua Duque de Caxias, Bairro Rodoviária, N°
335.

Art. 24° Nenhuma inscrição será admitida fora do período determinado neste Edital.

Art. 25° As candidaturas serão registradas individualmente e numeradas de acordo com


a ordem de inscrição.

Art. 26° No ato da inscrição, os candidatos deverão apresentar requerimento de


inscrição para registro da candidatura, além dos documentos previstos no art. 18° deste
edital.

Art. 27º Na hipótese de inscrição por procuração, deverão ser apresentados, além dos
documentos do candidato, o instrumento de procuração específica e fotocópia de
documento de identidade do procurador.
Art. 28° A inscrição do candidato implicará o conhecimento e a tácita aceitação das
normas e condições estabelecidas neste Edital e na Lei Municipal Nº 05, de 09 de
dezembro de 1999, bem como das decisões que possam ser tomadas pela Comissão
Especial e pelo CMDCA em relação aos quais não poderá alegar desconhecimento.

Art. 29° O deferimento da inscrição dar-se-á mediante o correto preenchimento da ficha


de inscrição e a apresentação da documentação exigida no art. 18° deste Edital.

Art. 30° A inscrição será gratuita.

Art. 31º É de exclusiva responsabilidade do candidato ou de seu representante legal o


correto preenchimento do requerimento de inscrição e a entrega da documentação
exigida.

Art. 32° Caberá à Comissão Especial decidir, excepcionalmente, acerca da


possibilidade de complementação de documentação apresentada dentro do prazo pelos
candidatos.

Art. 33° Sem prejuízo da publicação oficial, os candidatos serão notificados das
decisões da Comissão Especial e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente que lhe digam respeito por meio do endereço de e-mail ou por aplicativo de
mensagem eletrônica do número de telefone identificado no formulário de inscrição,
dispensando-se a confirmação de recebimento ou outras formas de notificação pessoal.

VII - DA HOMOLOGAÇÃO DAS INSCRIÇÕES DAS CANDIDATURAS

Art. 34° As informações prestadas na ficha de inscrição serão de inteira


responsabilidade do candidato ou de seu procurador.

Art. 35° O uso de documentos ou informações falsas, declaradas na ficha de inscrição


acarretará na nulidade da inscrição a qualquer tempo, bem como anulará todos os atos
dela decorrentes, sem prejuízo de responsabilização dos envolvidos.

Art. 36° A Comissão Especial tem o direito de excluir do processo de escolha o


candidato que não preencher o respectivo documento de forma completa e correta, bem
como de fornecer dados inverídicos ou falsos.
Art. 37° A Comissão Especial tem o direito de, em decisão fundamentada, indeferir as
inscrições de candidatos que não cumpram os requisitos mínimos estabelecidos neste
Edital, na Lei Municipal Nº 05, de 09 de dezembro de 1999 e na Lei Federal nº
8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).

Art. 38° A relação de inscrições realizadas será publicada no dia 05 (cinco) de maio de
2023, nos locais oficiais de publicação do Município, inclusive em sua página
eletrônica.

Art. 39° Publicada a lista dos inscritos, qualquer cidadão poderá impugnar a
candidatura, mediante prova da alegação, no período de 5 (cinco dias), de 06 (seis) de
maio de 2023 a 10 (dez) de maio de 2023, no horário de atendimento ao público, de
08:00 às 12:00h, na Casa dos Conselhos, sala do CMDCA, Rua Duque de Caxias,
Bairro Rodoviária, N° 355, admitindo-se o envio de impugnações por meio eletrônico
para o e-mail cmdcadompedro@outlook.com.br.

Art. 40° Havendo impugnação, a Comissão Especial notificará os candidatos


impugnados, concedendo-lhes prazo de 2 (dois) dias para defesa, e realizará reunião
para decidir acerca do pedido, podendo, se necessário, ouvir testemunhas, determinar a
juntada de documentos e realizar outras diligências, no prazo máximo de 5 (cinco) dias.

Art. 41° Independentemente de impugnação, a Comissão Especial analisará


individualmente o pedido de registro das candidaturas e publicará, até o dia 09 (nove)
de junho 2023, a relação dos candidatos inscritos, deferidos e indeferidos, nos locais
oficiais de publicação do Município, inclusive em sua página eletrônica.

Art. 42° Das decisões da Comissão Especial, os candidatos ou os impugnantes poderão


interpor recurso, de forma escrita e fundamentada, dirigido ao Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente, no prazo de 5 (cinco) dias, no período de 24
(vinte e quatro) a 29 (vinte e nove) de maio de 2023, no horário de atendimento ao
público, 08:00 às 12:00h, na Casa dos Conselhos, sala do CMDCA, Rua Duque de
Caxias, Bairro Rodoviária, N° 335, admitindo-se o envio de recurso por meio digital,
no e-mail cmdcadompedro@outlook.com.br

Art. 42° Havendo recurso, a Plenária do CMDCA se reunirá em caráter extraordinário


para julgamento no prazo de 5 (cinco) dias, notificando os interessados acerca da data
definida, publicando posteriormente extrato de sua decisão.
Art. 43° Finalizada a etapa recursal, a publicação, pela Comissão Especial, da lista final
de todos os candidatos cujas inscrições foram deferidas e indeferidas deverá ocorrer até
dia 09 (nove) de junho 2023, nos locais oficiais de publicação do Município, inclusive
em sua página eletrônica, encaminhando-se cópia ao Ministério Público.

VIII - DA PROVA DE AFERIÇÃO DE CONHECIMENTO

Art. 44° No dia 25 (vinte e cinco) de junho de 2023 (Domingo), das 13:00 às 17:30,
será realizada a prova de conhecimento em local a ser posteriormente divulgado. O
conteúdo programático da prova objetiva e discursiva serão:

I - REDAÇÃO OFICIAL – Manual de Redação da Presidência da República: Aspectos Gerais


da Redação Oficial (Capítulo I); As comunicações oficiais (Capítulo II).

II - INFORMÁTICA – Sistema Operacional Windows: Componentes do ambiente de trabalho:


ícones, barra de tarefa e menu iniciar; sua utilidade e forma de configuração; Processador de
texto Microsoft Word: Manipulação de ficheiros, técnicas de edição, seleção e reedição de
textos, configuração de páginas, formatação de caracteres, parágrafos, limites e sombreados,
inserção de cabeçalhos e rodapés, estilos, vantagens, sua formatação e utilização, títulos,
legendas e referências cruzadas, construção de índices, criação de tabelas e sua modificação,
impressão de documentos; Envio de e-mail.

III- DIREITO CONSTITUCIONAL – Direitos e Garantias Fundamentais: Direitos e Deveres


Individuais e Coletivos; Direitos Sociais; Nacionalidade; Administração Pública: Art. 37, caput;
Das Funções Essenciais à Justiça: Ministério Público (Art. 127; Art. 129); Advocacia (Art.
133); Da Defensoria Pública (Art. 134); Da segurança pública (Art. 144, §4º, §5º e §8º); Da
Saúde (Art. 196); Da Assistência Social (Art. 203); Da Educação (Art. 205, Art. 206, Art. 207,
Art. 208 e Art. 209); Da cultura (Art. 215); Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e
do Idoso (Art. 226, Art. 227, Art. 228 e Art. 229).

IV - DIREITO PENAL- Dos crimes praticados por funcionário público contra a administração
em geral (Art. 312, Art. 313, Art. 313- B, Art. 314, Art. 315, Art. 316, Art. 317, Art. 319, Art.
320, Art. 321, Art. 322, Art. 324, Art. 325, Art. 326, Art. 327, todos do Código Penal Brasileiro
- Decreto Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940); Dos crimes contra a administração da
justiça (Art. 339, Art. 340, Art. 341, Art. 342, Art. 343, Art. 344, Art. 345 e Art. 357, todos do
Código Penal – Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940). DIREITOS DA INFÂNCIA
– ECA (Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990); Marco Legal da Primeira Infância (Lei nº 13.257,
de 8 de março de 2016); Lei Estadual nº 11.379, de 11 de dezembro de 2020 (Art. 4º e Art. 5º);
Lei Federal nº 12.318, de 26 de agosto de 2010; Resolução do CONANDA nº 139, de 17 de
março de 2012 (Capítulos III, IV, V, VI, VII, VIII e IX).

V -DIREITOS DA INFÂNCIA – ECA (Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990); Marco Legal da


Primeira Infância (Lei nº 13.257, de 8 de março de 2016); Lei Estadual nº 11.379, de 11 de
dezembro de 2020 (Art. 4º e Art. 5º); Lei Federal nº 12.318, de 26 de agosto de 2010;
Resolução do CONANDA nº 139, de 17 de março de 2012 (Capítulos III, IV, V, VI, VII, VIII e IX).

I.I - PROVA OBJETIVA: 40 QUESTÕES

- CONHECIMENTO ESPECÍFICOS • 20 QUESTÕES DE DIREITOS DA INFÂNCIA

- CONHECIMENTO GERAIS • 5 QUESTÕES DE REDAÇÃO OFICIAL • 4 QUESTÕES DE


INFORMÁTICA • 6 QUESTÕES DIREITO CONSTITUCIONAL • 5 QUESTÕES DE
DIREITO PENAL

NÃO PODENDO ZERAR NENHUMA DAS MATÉRIAS DE CONHECIMENTOS GERAIS.

I.II - PROVA DISCURSIVA: 2 ESTUDOS DE CASO

CRITÉRIO MÍNIMO DE APROVAÇÃO: OBTER 50% DE APROVEITAMENTO


CONSIDERANDO OS CRITÉRIO DE COERÊNCIA, COESÃO, LETRA LEGÍVEL,
OBJETIVIDADE E CLAREZA DO TEXTO, BEM COMO A ADEQUAÇÃO DA RESPOSTA
À PREVISÃO LEGAL, SEGUNDO O PARÂMETRO DE RESPOSTA DO GABARITO
OFICIAL.

Art. 45° A divulgação do gabarito da prova de conhecimentos ocorrerá no dia 26 (vinte


e seis) de junho de 2023, nos locais oficiais de publicação do Município, inclusive em
sua página eletrônica, sendo possível a interposição de recurso pelos candidatos, no
horário de atendimento ao público, 08:00 às 12:00h, na Casa dos Conselhos, sala do
CMDCA, Rua Duque de Caxias, Bairro Rodoviária, N° 335, no prazo de 2 (dois) dias,
no período de 27 (vinte e sete) a 28 (vinte e oito) de junho de 2023, admitindo-se o
envio de recurso por meio digital, no e-mail cmdcadompedro@outlook.com.br

Art. 46º Os recursos relativos à prova de conhecimento serão apreciados pela Comissão
Especial, que deverá publicar decisão até o dia 05 (cinco) de julho de 2023,
publicando-se, em seguida, a lista final dos candidatos habilitados, com cópia ao
Ministério Público.
|Art. 47º Os candidatos habilitados receberão um número de inscrição composto por, no
mínimo, 2 (dois) dígitos, distribuído em ordem alfabética, pelo qual se identificarão
como candidatos.

Art. 48º A Prova de Aferição de Conhecimentos Específicos sobre o Estatuto da


Criança e do Adolescente, que integra o processo de escolha dos Conselheiros
Tutelares, será realizada por empresa de seleção a ser licitada pela municipalidade.

Art. 49º A Prova de Aferição consistirá de prova objetiva composta de 40 (quarenta)


questões, com 4 (quatro) alternativas de respostas cada, sendo somente uma a correta,
valendo 1,5 (um e meio) pontos cada questão, perfazendo o total de 60 (sessenta)
pontos, e de uma prova discursiva versando sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente, valendo o total de 40 (quarenta) pontos.

Parágrafo Único. Serão considerados aprovados os candidatos que obtiverem no


mínimo cinquenta por cento dos pontos previstos para a prova objetiva, e cinquenta por
cento dos pontos previstos para a prova discursiva.

IX - DA PROPAGANDA ELEITORAL

Art. 50º Toda propaganda eleitoral será realizada pelos candidatos, imputando-lhes
responsabilidades nos excessos praticados por seus simpatizantes.

Art. 51º A propaganda eleitoral poderá ser feita com santinhos constando apenas
número, nome e foto do candidato e curriculum vitae.

Art. 52º A veiculação de propaganda eleitoral pelos candidatos somente é permitida


após a publicação, pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente,
da relação final e oficial dos candidatos considerados habilitados.

Art. 53º É permitida a participação em debates e entrevistas, garantindo-se a igualdade


de condições a todos os candidatos.

Art. 54º Aplicam-se, no que couber, as regras relativas à campanha eleitoral previstas
na Lei Federal nº 9.504/1997 e alterações posteriores, observadas ainda as seguintes
vedações:

I. abuso do poder econômico na propaganda feita por meio dos veículos de


comunicação social, com previsão legal no art. 14, § 9º, da Constituição Federal;
na Lei Complementar Federal nº 64/1990 (Lei de Inelegibilidade); e no art. 237 do
Código Eleitoral, ou as que as suceder;

II. doar, oferecer, prometer ou entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de


qualquer natureza, inclusive brindes de pequeno valor;

III. propaganda por meio de anúncios luminosos, faixas, cartazes ou inscrições em


qualquer local público, exceto nos espaços privados mediante autorização por
parte do proprietário, locatário ou detentor de concessão de moradia;

IV. a participação de candidatos, nos 3 (três) meses que precedem o pleito, de


inaugurações de obras públicas;

V. a vinculação político-partidária das candidaturas e a utilização da estrutura dos


partidos políticos para campanha eleitoral;

VI. a vinculação religiosa das candidaturas e a utilização da estrutura das igrejas


ou cultos para campanha eleitoral;

VII. favorecimento de candidatos por qualquer autoridade pública ou utilização,


em benefício daqueles, de espaços, equipamentos e serviços da Administração
Pública Municipal;

VIII. confecção de camisetas e qualquer outro tipo de divulgação em vestuário;

IX. propaganda que implique grave perturbação à ordem, aliciamento de eleitores


por meios insidiosos e propaganda enganosa:

a. considera-se grave perturbação à ordem, propaganda que fira as posturas


municipais, que perturbe o sossego público ou que prejudique a higiene e a
estética urbana;

b. considera-se aliciamento de eleitores por meios insidiosos, doação,


oferecimento, promessa ou entrega ao eleitor de bem ou vantagem pessoal
de qualquer natureza, inclusive brindes de pequeno valor;

c. considera-se propaganda enganosa a promessa de resolver eventuais


demandas que não são da atribuição do Conselho Tutelar, a criação de
expectativas na população que, sabidamente, não poderão ser equacionadas
pelo Conselho Tutelar, bem como qualquer outra que induza dolosamente o
eleitor a erro, com o objetivo de auferir, com isso, vantagem à determinada
candidatura.

X - Propaganda eleitoral em rádio, televisão, outdoors, carro de som, luminosos,


bem como por faixas, letreiros e banners com fotos ou outras formas de
propaganda de massa.

XI – abuso de propaganda na internet e em redes sociais, na forma deste Edital.

Art. 55º A campanha deverá ser realizada de forma individual por cada candidato, sem
possibilidade de constituição de chapas.

Art. 56º Os candidatos poderão promover as suas candidaturas por meio de divulgação
na internet desde que não causem dano ou perturbem a ordem pública ou particular.

Art. 57º A livre manifestação do pensamento do candidato e/ou do eleitor identificado


ou identificável na internet é passível de limitação quando ocorrer ofensa à honra de
terceiros ou divulgação de fatos sabidamente inverídicos.

Art. 58º A propaganda eleitoral na internet poderá ser realizada nas seguintes formas:

I. em página eletrônica do candidato ou em perfil em rede social, com endereço


eletrônico comunicado à Comissão Especial e hospedado, direta ou
indiretamente, em provedor de serviço de internet estabelecido no País;

II. por meio de mensagem eletrônica para endereços cadastrados gratuitamente


pelo candidato, vedada realização de disparo em massa;

III. por meio de blogs, redes sociais, sítios de mensagens instantâneas e aplicações
de internet assemelhadas, cujo conteúdo seja gerado ou editado por candidatos ou
qualquer pessoa natural, desde que não utilize sítios comerciais e/ou contrate
impulsionamento de conteúdo.

Art. 59º Para o fim deste Edital, considera-se:

I. internet: o sistema constituído do conjunto de protocolos lógicos, estruturado


em escala mundial para uso público e irrestrito, com a finalidade de possibilitar a
comunicação de dados entre terminais por meio de diferentes redes;
II. aplicações de internet: o conjunto de funcionalidades que podem ser acessadas
por meio de um terminal conectado à internet;

III. página eletrônica: o endereço eletrônico na internet subdividido em uma ou


mais páginas, que possam ser acessadas com base na mesma raiz;

IV. blog: o endereço eletrônico na internet, mantido ou não por provedor de


hospedagem, composto por uma única página em caráter pessoal;

V. impulsionamento de conteúdo: o mecanismo ou serviço que, mediante


contratação com os provedores de aplicação de internet, potencializem o alcance e
a divulgação da informação para atingir usuários que, normalmente, não teriam
acesso ao seu conteúdo;

VI. rede social na internet: a estrutura social composta por pessoas ou


organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que compartilham
valores e objetivos comuns;

VII. aplicativo de mensagens instantâneas ou chamada de voz: o aplicativo


multiplataforma de mensagens instantâneas e chamadas de voz para smartphones.

VIII. disparo em massa: envio automatizado ou manual de um mesmo conteúdo


para um grande volume de usuários, simultaneamente ou com intervalos de
tempo, por meio de qualquer serviço de mensagem ou provedor de aplicação na
internet.

Art. 60º Os materiais gráficos utilizados na campanha eleitoral, bem como os conteúdos
eleitorais publicados nas redes sociais, deverão ser retirados de circulação e/ou
exposição até o dia 30 (trinta) de setembro 2023.

Art. 61º No dia da eleição, é vedado aos candidatos:

I. Utilização de espaço na mídia;

II. Transporte aos eleitores;

III. Uso de alto-falantes e amplificadores de som ou promoção de comício ou


carreata;
IV. Distribuição de material de propaganda política ou a prática de aliciamento,
coação ou manifestação tendentes a influir na vontade do eleitor;

V. Propaganda num raio de 100 (cem) metros do local da votação e nas


dependências deste;

VI. Qualquer tipo de propaganda eleitoral, inclusive “boca de urna”.

Art. 62º Compete à Comissão Especial processar e decidir sobre as denúncias referentes
à propaganda eleitoral, podendo, inclusive, determinar a retirada ou a suspensão da
propaganda, o recolhimento do material e a cassação da candidatura, assegurada a
ampla defesa e o contraditório, na forma de resolução específica.

Art. 63º Os recursos interpostos contra decisões da Comissão Especial serão analisados
e julgados pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Art. 64º O candidato envolvido e o denunciante, bem como o Ministério Público, serão
notificados das decisões da Comissão Especial e do Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente.

Art. 65º É vedado aos órgãos da Administração Pública Direta ou Indireta, Federal,
Estadual ou Municipal realizar qualquer tipo de propaganda que possa caracterizar
como de natureza eleitoral, ressalvada a divulgação do pleito, sem a individualização
dos candidatos.

Art. 66º É vedado, aos atuais membros do Conselho Tutelar e servidores públicos
candidatos, utilizarem-se de bens móveis e equipamentos do Poder Público, em
benefício próprio ou de terceiros, na campanha para a escolha dos membros do
Conselho Tutelar, bem como fazer campanha em horário de serviço, sob pena de
indeferimento de inscrição do candidato e nulidade de todos os atos dela decorrentes.

Art. 67º O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente organizará


sessão aberta a toda a comunidade para a apresentação dos candidatos habilitados, dia
07 (sete) de julho de 2023, com horário e local a ser posteriormente divulgados.

Art. 68º Após reunião para firmar compromisso, que será realizada até o dia 14
(quatorze) de julho de 2023, o candidato terá até o dia 30 (trinta) de setembro de
2023 para realização de campanha eleitoral.
X - DA ELEIÇÃO

Art. 69º Os membros do Conselho Tutelar serão escolhidos em sufrágio universal e


direto, pelo voto facultativo e secreto dos eleitores aptos no cadastro da Justiça Eleitoral
no Município, em eleição presidida pelo Presidente do Conselho Municipal de Direitos
da Criança e do Adolescente e fiscalizada pelo representante do Ministério Público.

Art. 70º A eleição será realizada no dia 01 (primeiro) de outubro de 2023, das 8hs às
17hs.

Art. 71º Os locais de votação serão definidos pela Comissão Especial até 14 (quatorze)
de julho de 2023, publicados nos locais oficiais de publicação do Município, inclusive
em sua página eletrônica.

Art. 72º Nos locais de votação, deverá ser afixada lista dos candidatos habilitados, com
os seus respectivos números.

Art. 73º Poderão votar os cidadãos inscritos como eleitores do Município no prazo de
até 180 (cento e oitenta) dias antes do pleito eleitoral, cujo nome conste do caderno de
eleitores fornecido pelo Tribunal Regional Eleitoral.

Art. 74º Não se admitirá a inclusão manual de nomes no caderno de eleitores nem o
voto de eleitores cujo nome não esteja ali indicado.

Art. 75º O voto é sigiloso, e o eleitor votará em cabina indevassável.

Art. 76º O eleitor deverá apresentar à Mesa Receptora de Votos a carteira de identidade
ou outro documento equivalente, com foto.

Art. 77º Existindo dúvida quanto à identidade do eleitor, o Presidente da Mesa poderá
interrogá-lo sobre os dados constantes na carteira da identidade, confrontando a
assinatura da identidade com a feita na sua presença e mencionando na ata a dúvida
suscitada.
Art. 78º A impugnação da identidade do eleitor, formulada pelos membros da mesa,
fiscais, candidatos, Ministério Público ou qualquer eleitor, será apresentada verbalmente
ou por escrito, antes de este ser admitido a votar.

Art. 79º O eleitor votará uma única vez, em até 05 (cinco) candidatos, na Mesa
Receptora de Votos na seção instalada.

Art. 80º A votação se dará em urna eletrônica, cedida pelo Tribunal Regional Eleitoral,
com a indicação do respectivo número do candidato.

Art. 81º Caso não seja possível contar com a cessão das urnas eletrônicas, a votação se
dará por meio de cédulas eleitorais impressas e padronizadas, aprovadas previamente
pela Comissão Especial, constando, em sua parte frontal, espaço para o preenchimento
do número do candidato, sem se admitir a indicação do nome dos candidatos.

Art. 82º Constituem a Mesa Receptora de Votos: um Presidente, um Mesário e um


Secretário, indicados pela Comissão Especial.

Art. 83º O mesário substituirá o Presidente, de modo que haja sempre quem responda,
pessoalmente, pela ordem e regularidade do processo eleitoral, cabendo-lhes, ainda,
assinar a ata da eleição.

Art. 84º O Presidente deve estar presente ao ato da abertura e de encerramento da


eleição, salvo força maior, comunicando a impossibilidade de comparecimento ao
Mesário e ao Secretário, pelo menos, 24 (vinte e quatro) horas antes da abertura dos
trabalhos, ou imediatamente, se a impossibilidade se der dentro desse prazo ou no curso
da eleição.

Art. 85º Na falta do Presidente, assumirá a Presidência o Mesário, e, na sua falta ou


impedimento, o Secretário ou um dos suplentes indicados pela Comissão Especial.

Art. 86º A assinatura dos eleitores será colhida nas folhas de votação da seção eleitoral,
a qual, conjuntamente com o relatório final da eleição e outros materiais, serão
entregues à Comissão Especial.

Art. 87º Não podem ser nomeados Presidente, Mesário ou Secretário:

I. Os candidatos e seus parentes, consanguíneos ou afins, até o terceiro grau;


II. O cônjuge ou o companheiro do candidato;

III. As pessoas que notoriamente estejam fazendo campanha para um dos


candidatos concorrentes ao pleito.

Art. 88º Os candidatos poderão indicar até dois fiscais por cada seção eleitoral, que
deverão estar identificados por meio de crachá padronizado, encaminhando o nome e a
cópia do documento de identidade deles à Comissão Especial até 23 (vinte e três) de
setembro de 2023.

Art. 89º Somente os candidatos aprovados na prova de aferição e não impugnados pelo
CMDCA estarão aptos a participar do processo de votação.

XI - DA APURAÇÃO

Art. 90º A apuração dar-se-á no CRAS, ou em local definido pela Comissão Especial,
imediatamente após o encerramento do pleito eleitoral, contando com a presença do
representante do Ministério Público, se possível, e da Comissão Especial.

Art. 91º Após a apuração dos votos, poderão os fiscais, assim como os candidatos,
apresentar impugnação, que será decidida pela Comissão Especial, no prazo de 24
(vinte e quatro) horas.

Art. 92º Após o término das votações, o Presidente, o Mesário e o Secretário da seção
elaborarão a Ata da votação.

Art. 93º Concluída a contagem dos votos, a Mesa Receptora deverá fechar relatório dos
votos referentes à votação.

Art. 94º Os cinco candidatos mais votados assumirão o cargo de membro titular do
Conselho Tutelar.

Art. 95º Os demais candidatos serão considerados suplentes, seguindo-se a ordem


decrescente de votação.

Art. 96º No caso de empate na votação, será considerado eleito o candidato com melhor
nota na prova de avaliação; persistindo o empate, será considerado eleito o candidato
com mais idade.

XII - DO CURSO DE FORMACÃO OBRIGATÓRIA


Art. 97º Os candidatos eleitos, titulares e suplentes, serão convocados para curso de
formação acerca das normas do Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como sobre
as peculiaridades e aspectos práticos do exercício da função de conselheiro tutelar, cujo
conteúdo, carga horária e metodologia serão divulgados em instrumento próprio a ser
deliberado e publicado pela comissão eleitoral.

Parágrafo Único. O curso de formação incluirá estágio de três dias, in loco, no


conselho tutelar.

Art. 98º O candidato eleito só poderá tomar posse mediante frequência integral no curso
de formação a que trata o Art. 2°, VI, do presente edital, salvo faltas justificadas, sob a
pena de eliminação automática no processo de escolha do conselho tutelar.

Parágrafo Único. Só receberá certificado o conselheiro que estiver em conformidade


com o previsto no caput deste artigo.

XIII - DA PROCLAMAÇÃO, NOMEAÇÃO E POSSE DOS ELEITOS

Art. 99º O resultado da eleição será publicado imediatamente após a conclusão da


apuração de votos, em edital publicado nos espaços oficiais de publicação do
Município, inclusive em sua página eletrônica, contendo os nomes dos eleitos e o
respectivo número de votos recebidos.

Art. 100º Os candidatos eleitos serão nomeados e empossados pelo Prefeito Municipal.

Art. 101º A posse dos cinco primeiros candidatos eleitos que receberem o maior
número de votos será em 10/01/2024.

Art. 102º Ocorrendo vacância do cargo, assumirá o suplente que houver obtido o maior
número de votos.

Art. 103º Os candidatos eleitos deverão participar de uma capacitação promovida pelo
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, sendo os suplentes
também convidados a participar.

Art. 104º Os candidatos eleitos têm o direito de, durante o período de transição,
consistente em 10 (dez) dias anteriores à posse, ter acesso ao Conselho Tutelar,
acompanhar o atendimento dos casos e ter acesso aos documentos e relatórios expedidos
pelo órgão.

XIV - DO CALENDÁRIO SIMPLIFICADO

Art. 105º Calendário simplificado da inscrição para o processo de escolha dos membros
do Conselho Tutelar:

Data Etapa

01/04/2023 Publicação do Edital.

03 a Prazo para registro das candidaturas.


24/04/2023

25/04 a Análise do pedido de registro das candidaturas, independentemente de


04/05/2023 impugnação, e publicação da relação dos candidatos inscritos, deferidos e
indeferidos, pela Comissão Especial.

05/05/2023 Publicação da lista dos candidatos inscritos e abertura do prazo de 5


(cinco) dias para impugnação das candidaturas junto à Comissão
Especial, pela população em geral.

24 a Prazo para interposição de recurso à Plenária do CMDCA acerca das


29/05/2023 decisões da Comissão Especial.

05/06/2023 Julgamento, pelo CMDCA, dos recursos interpostos, com publicação


acerca do resultado.

09/06/2023 Publicação, pela Comissão Especial, de relação dos candidatos


habilitados após o julgamento dos recursos pelo CMDCA, com cópia ao
Ministério Público.

25/06/2023 Aplicação da prova.

26/06/2023 Publicação do gabarito e abertura do prazo de 2 (dois) dias para recurso


dos candidatos.

07/07/2023 Publicação do resultado final da prova pela Comissão Especial, bem


como da lista final dos candidatos habilitados, com cópia ao Ministério
Público.
01 a Divulgação dos locais de votação.
23/09/2023

01/10/2023 Eleição.

Imediato após Publicação da apuração.


apuração.
Prazo legal.

10/01/2024 Posse.

Art. 106º Fica facultada à Comissão Especial e ao Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente promover alterações do calendário proposto neste Edital, que
deverá ser amplamente divulgado e sem prejuízo ao processo.

XV - DA COMISSÃO ELEITORAL DO CMDCA

Art. 107º A comissão eleitoral, formada para o processo de escolha dos conselheiros
tutelares da cidade de Dom Pedro referente ao mandato de 2020 - 2023, será dissolvida
em 30 dias após o término do processo eleitoral.

Art. 108º Os casos omissos serão resolvidos pela comissão eleitoral no período de 30
dias após a processo de escolha, cabendo ao CMDCA a responsabilidade dos casos após
esse período.

XVI - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 109º As atribuições do cargo de membro do Conselho Tutelar são as constantes na


Lei Federal n. 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), na Resolução nº
231/2022 do Conanda e na Lei Municipal Nº 05, de 09 de dezembro de 1999, sem
prejuízo das demais leis afetas.

Art. 110º O ato da inscrição do candidato implicará a aceitação tácita das normas
contidas neste Edital.

Art. 111º A aprovação e a classificação final geram para o candidato eleito na suplência
apenas a expectativa de direito ao exercício da função.
Art. 112º As datas e os locais para realização de eventos relativos ao presente processo
eleitoral, com exceção da data da eleição e da posse dos eleitos, poderão sofrer
alterações em casos especiais, devendo ser publicado como retificação a este Edital.

Art. 113º Os casos omissos, e no âmbito de sua competência, serão resolvidos pela
Comissão Especial do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente,
sob a fiscalização do representante do Ministério Público.

Art. 114º O candidato deverá manter atualizado seu endereço (físico e de e-mail) e
telefone, desde a inscrição até a publicação do resultado final, junto ao Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Art. 115º É responsabilidade do candidato acompanhar os Editais, comunicados e


demais publicações referentes a este processo eleitoral.

Art. 116º O membro do Conselho Tutelar eleito perderá o mandato caso venha a residir
em outro Município.

Art. 117º O Ministério Público deverá ser cientificado do presente Edital e das demais
deliberações da Comissão Especial e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e
do Adolescente, por meio do Promotor de Justiça com atribuição na Infância e
Juventude.

Art. 118º Fica eleito o Foro da Comarca de Dom Pedro para dirimir as questões
decorrentes da execução do presente Edital, com renúncia expressa a qualquer outro,
por mais privilegiado que seja.

Art. 119º Esta resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

Dom Pedro – MA, Data

Jonilson

Presidente do CMDCA

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