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Marion Welchmann
Introdução............................................................... 03
O que é o Autismo?................................................ 04
O transtorno do Espectro Autista........................ 05
Autismo na Educação Infantil............................... 07
Conheça as necessidades do Aluno................................................. 08
Converse com os Pais......................................................................... 08
Adapte o Espaço de Aula e as Práticas Pedagógicas...................... 09
Estabeleça uma Relação de Confiança entre Professor e Aluno... 09
Crie Projeto de Inclusão.................................................................... 10
Estimule a Socialização..................................................................... 10
Formação dos Professores..................................... 11
Professores Especializados.................................... 13
Conheça um pouco sobre a FAEC........................... 15
Introdução A história da humanidade foi construída sob
teorias e práticas sociais excludentes, que
afetaram a educação de forma direta.
por meio de diversas abordagens psicológicas, para atuar de maneira correta na educação,
isto é, sem gerar preconceitos e produzir estigmas, é preciso olhar para o aluno autista e o
O QUE É O
ESTEREOTIPIAS EM CASOS MAIS GRAVES
AUTISMO?
No entanto, essas características são generalizadas e nem todos os autistas
terão esses comportamentos e atitudes. O processo de desenvolvimento da
doença depende da interação que a criança teve ao longo da sua história de
vida, da sua criação e do seu acompanhamento psicológico.
Eugen Bleuler Léo Kanner hipótese de um grupo de pesquisa da Universidade do Colorado no mesmo
período citado. Especulações sobre vacinas também surgiram, mas foram
descartadas ao longo dos anos. Recentemente, o uso do ácido fólico (vitamina
Os primeiros registros datam 1911, feitos pelo pesquisador que pode diminuir até 75% o risco de má formação no tubo neural do feto,
prevenindo problemas neurológicos, como anencefalia, paralisia de membros
Eugen Bleuler, referindo-se a indivíduos com perda de contato
inferiores, incontinência urinária e intestinal, retardo mental e dificuldades de
com a realidade. Mas, foi em 1940 que o psiquiatra austríaco, aprendizagem) durante a gravidez também foi relacionado ao transtorno por
Léo Kanner, definiu o termo autismo, quando identificou pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, durante
comportamentos e distinções diferentes em algumas crianças um congresso ocorrido em Baltimore em 2016, mas nada foi comprovado
como dificuldades em estabelecer relações comunicativas com
outras, além de resistência a mudanças e isolamento.
até o momento.
James Watson
1% da população
mundial = 1 em
cada 68 indivíduos
fonte: https://nacoesunidas.org
A educação é um direito que deve ser garantido a todos os cidadãos, Para a família não é tarefa fácil encontrar instituições que possam
conforme estabelecido pela Constituição Federal de 1988. Além disso, proporcionar as condições necessárias para o atendimento à
a Lei nº 12.796, de 4 de abril de 2013, estabelece que creches e criança com autismo.
pré-escolas também devem ofertar educação infantil para alunos
diagnosticados com o transtorno do espectro autista e outros problemas
A escola também deve buscar as regularizações necessárias e
de aprendizagem.
profissionais qualificados para garantir o direito à educação.
Lei nº 12.796
Para tornar isso possível, a dica fundamental é deixar o aluno falar. Muitas vezes, as escolas procuram
informações científicas para sustentar suas atividades. Embora seja uma prática importante, não se pode
deixar de lado o conhecimento do aluno sobre o seu processo de aprendizagem.
Desenvolver um diálogo fortalecido com os pais auxiliará a escola a compreender a aprendizagem daquele
aluno. Isso porque a família convive diariamente com a criança e esteve presente durante o desenvolvimento
da doença e do diagnóstico, reconhecendo suas facilidades e dificuldades.
Ao conversar com os pais, você reconhece as possíveis formas de enfrentamento e garante uma ação mais
direcionada, que estimula o aluno a manter-se focado em sala e a aprender o conteúdo teórico com mais
AUTISMO NA facilidade.
EDUCAÇÃO INFANTIL
O Autismo na Educação Infantil - 08
ADAPTE O ESPAÇO DE AULA E AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
De maneira geral, as crianças autistas desenvolvem uma hipersensibilidade, aprimorando os sentidos
auditivos, táteis, olfativos ou visuais. Para adaptar a sala de forma efetiva e eficaz, isto é, que facilite o
processo de aprendizado do aluno com autismo, é importante conhecer as suas dificuldades e
facilidades, investido nos aspectos que chamam a sua atenção.
Por exemplo, se a criança tem uma grande facilidade para realizar operações matemáticas e se sente
muito atraída por imagens e figuras, uma excelente forma para auxiliá-la no processo de aprendizagem
é investir em exercícios curtos e lúdicos que tragam figuras chamativas, como os jogos de tabuleiro
adaptados.
A escola deve proporcionar reuniões periódicas com todo o corpo docente, estimulando a discussão
e leitura sobre o autismo, para aprimorar as práticas de ensino. Isso potencializará a atuação dos
professores, possibilitando o estabelecimento de uma relação de confiança entre o aluno e o professor
e, então, fortalecendo a aprendizagem da criança.
AUTISMO NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
O Autismo na Educação Infantil - 09
CRIE PROJETOS DE INCLUSÃO
Para lidar com o autismo na educação infantil, a escola precisa criar projetos de inclusão que promovam o
acolhimento dos alunos autistas, possibilitando espaços em que o respeito seja priorizado e que as mesmas
oportunidades de aprendizagem sejam oferecidas.
Isso só é possível se toda a equipe pedagógica (diretores, coordenadores, professores e funcionários), participar
de forma ativa no desenvolvimento das diretrizes de trabalho de inclusão. Além disso, para que a sua escola tenha
uma educação inclusiva, é preciso considerar cada aluno na sua subjetividade, criando um plano de desenvolvimento
individual (PDI) que favoreça a sua aprendizagem.
Uma das melhores formas de introduzir os projetos de inclusão é atuar no coletivo. Em outras palavras, é importante
criar oportunidades para que as crianças e o corpo docente entendam o que é o autismo, estimulando todo o corpo
escolar a entender as diferenças e diversidades que existem, aprendendo a lidar de forma inclusiva e empática com os
seres humanos.
ESTIMULE A SOCIALIZAÇÃO
A socialização é uma ferramenta essencial para uma boa aprendizagem dos alunos. Estabelecer vínculos amigáveis e
confiáveis, diferentes afetos e ter uma base sólida de relações é um dos pilares que sustentam a educação enquanto
formação humana.
Lembre-se de respeitar ao máximo os limites da criança, evitando a imposição de tarefas que não poderão ser realizadas
AUTISMO NA e que podem atuar como gatilhos para o desenvolvimento de uma crise. Trabalhar com o autismo na educação infantil
pode ser desafiador. No entanto, é preciso criar técnicas de enfrentamento que promovam um ensino saudável para o
aluno, com respeito e inclusão.
EDUCAÇÃO INFANTIL
O Autismo na Educação Infantil - 10
São muitos os desafios encontrados no processo de implantação
da política de educação inclusiva no Brasil, mas a falta de preparo
das professoras e professores ganha destaque. Com a entrada de
pessoas com deficiência, transtorno do espectro autista (TEA) e altas
habilidades/superdotação nas escolas comuns, muitos docentes
passaram a se sentir confusos, despreparados e incapazes para
acolher esses estudantes e, sobretudo, para trabalhar com propostas
que atendessem às necessidades, expectativas e demandas próprias
de cada um.
DOS PROFESSORES
FORMAÇÃO
DOS PROFESSORES
Como é possível perceber, há uma diferenciação entre educadores com especialização para os atendimentos
especializados e aqueles capacitados para atuarem nas classes comuns. Acompanhando o que está posto na LDB,
o documento Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica, traz uma definição mais
detalhada dos termos e as competências de cada um.
Os professores capacitados, para serem assim denominados, devem ter uma disciplina em sua formação inicial a
respeito da educação especial e da educação inclusiva, além de adquirir competências para perceber as
PROFESSORES necessidades educacionais específicas dos estudantes e flexibilizar a ação pedagógica para atender as suas
especificidades.
Mas essas não são tarefas simples. Uma disciplina nos cursos de formação docente que aborde questões relativas
ESPECIALIZADOS à educação especial e à educação inclusiva não dá conta da complexidade e da abrangência dos temas. Nesse caso
podemos falar de informação, mas não de formação.
OBJETIVOS
DISCIPLINA CARGA HORÁRIA
Apresentar e introduzir o conceito e as mudanças 30 HORAS
INTRODUÇÃO AO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA - TEA
ocorridas em relação ao Transtorno do Espectro ASPECTOS GENÉTICOS, FILOSÓFICOS E METABÓLICOS DO AUTISTA 30 HORAS
Autista, através de notas introdutórias sobre os AUTISMO E A REABILITAÇÃO FUNCIONAL - COMUNICAÇÃO,
30 HORAS
COMPORTAMENTO E INTEGRAÇÃO
sistemas de classificação da Educação Especial; DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: DISGRAFIA, DISCALCULIA,
30 HORAS
DISLEXIA, TDAH E HIPERATIVIDADE
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E COMORBIDADES: TOD –
Apresentar também aspectos históricos da TRANSTORNO OPOSITOR DESAFIADOR, TOC – TRANSTORNO 30 HORAS
nominação e definição do Autismo: as Condutas OBSESSIVO COMPULSIVO E PSICOSE
100 HORAS
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
Graduados em curso superior, que atuam ou OFICINA PEDAGÓGICA SOBRE TRANSTORNO DO ESPECTRO
250 HORAS
AUTISTA APLICADO NO AEE
desejam atuar no campo da Educação Especial
ESPECIALIZADOS
360 HORAS
e nos desafios de uma sociedade inclusiva.
Mostre para seus colegas que você Este documento foi desenvolvido com muito
se importa com eles. carinho e atenção pelo Departamento
Compartilhe esse conhecimento! Pedagógico e Marketing da FAEC.
Fontes
nacoesunidas.org
diversa.org.br
educacaoinfantil.aix.com.br
pedagogia.com.br
educamaisbrasil.com.br