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88-(22) CAPITULO IV Gestio adminietrativo-financeira e de Recursos Humanos: Gestéo. administrativo-financeira ‘Anrico 28 Regras apticéveis A gestio administrativa e financeira do LEM segue as regras estabelecidas no presente Estatuto e as aplicdveis 4808 servigos pXblicos personificados e dotados de autonomia administrativa ¢ financeira, Arico 29, Patriménio Constituem patriménio & guarda do LEM os bens, drei tos ¢ outros valotes adquiridos ou a adquirir no exercicio das suas actividades ou que Ihe forem afectos por qualquer meio legal. ‘Antio0 30 Receltes Constituem receitas do LEM: 4@) As quantias recebidas como contrapartida de pres- tagio de servigos ao Estado, no émbito das obras pliblicas; 5) As quantias recebidas como pagamento das activi- dades remuneradas realizadas para entidades privadas ou singulares, designadamente estudos, invesigagbes, entlo, homologies ¢cetfie: 085 ©) Texas resultantes da actividade de licenciamento de laboratdrios comerciais; 4) Percentagem sobre as quantias recebidas como resultado da actividade de licenciamento dos produtores de materiais de construgdo da égide do Ministério das Obras Pablicas e Habitacao; 2) As dotagées anualmente inscritas no Orcamento do Estados f) Os saldos de geténcia anterior; | 2) Quaisquer ouiras receitas, incluindo donativos, ‘que, nos termos legals, Ihe venham a ser atribuf- das, ‘Anrio0 31 Despesse Constituem despesas do LEM: : @) Os encargos com o respectivo funcionamento, incluindo a formagGo de recursos humanos, as deslocagées em servigo, a8 visitas de estudo € 1 participacio em actividades de cardcter cienti- fico dentro e fora do Pafs, nos termos da loi; B) Os custos de aquisigdo, manutenglo € conservacio de equipamentos, bens ¢ servigos necessiios & prossecucio das suas actividades, efectundos em conformidade com a fei; ©) Os encargos com estudos e investigagées no ambito de aceio. tespectiva, Arrigo 32 Disciplina de geetio A gestio administrativa, financeira e patrimonial do LEM realizarse-é com base: a) Na legislagaio em vigor; I SERIE — NOMERO 22 6) Nos planos de actividades, orcamentos, balancos e contas de geréncia definidos; ©) Nos contrato-programa e de prestagiio de servicos. Anrioo 33, Fiscaizagto 0 julgemento de conta ‘As contas do LEM respeitantes a cada exetcicio \estio sujeitas & apreciagéo pelo Tribunal Administrativo, de- vendo 0 Presidente do Consetho de Administragio ‘sub- meté-las nos termos da legislacao em vigor. ‘SECGAO 1 Gestéo dos Recursos Humanos Antico 34 Regime aplicével Os trabalhadores do LEM regem-se pelas normas aplicé- veis d funcio piblica © pelo presente Estatuto. Annie 35 Carroiras.profiesionale © quadro de pessost © LEM seré dotado de um regulamento de carreitas profissionais ¢ de um quadro de pessoal préprios, aprova- dos nos termos definidos pela Fungo Pablica, Anrico 36 Formaso do pessoal © LEM promoverd 0 aperfeigoamento continuo do seu pessoal, designadamente através de estfgios, missécs de estudo, cursos € participagdes em reunides cientificas. ‘Antioo 37 Livre acesso © pessoal do LEM, quando no desempenho das suas fungdes, terd livte entrada nos estaleiros de obras ¢ nos estabelecimentos das indistrias de maieriais de construcio, mediante exibigo de cattio de identificagdo, em cujo ver! 80 se encontra transcrita a presente disposicao. Armico 38 Sigfo.profiesional Ao pessoal do LEM aplicam-se as regras de confidenciali- dade e sigilo profissional, estando-lhes proibido, salvo auto- rizago expressa do Presidente do Conselho de Administra- gio, divulgar as actividades da instituicéo e os resultados por eld alcangados, ——— Decreto n: 29/98 de 9 de Junho A Lei n? 4/94, de, 13 de Setembro, estabelece os prinof- ppios bésicos para estender e incentivar a acgio dos cidadios ou colectividades, que desenvolvain ou apoiem activida- des no campo das artes, letras, educacdo, ciénela, preser- vacdo e restauro do pairiménio cultural, satide e accdo social, e delega no Conselho de Ministros a faculdade de alargar o seu Ambito de aplicacao. 9 DE JUNHO DE 1998 88-25) Neste sentido, a0 abrigo dos artigos 3, n.° 2, ¢ 12 da Lei n 4/94, de'15 de Setembro, o Conselho de Ministros decreta: Artigo 1 8 alargado 0 ambito de aplicagao da Lei n° 4/ +94, de 13 de Setembro, para as reas do desporo © meio ambiente, ‘Art. 2. E aprovado o Regulamento da Lei n 4/94, de 15 de Setembro, em anexo, que € parte integrante deste decreto. Aprovado pelo Conselho de Ministros. Publiquese © Primeiro-Ministro, Pascoal Manuel Mocumbi. Regulamento da Lei n.° 4/94, de 13 de Setembro CAPITULO 1 Definigdes Axno 1 Patrocinio 1. Considere-e patrocinio, no ambito deste Regulames.to, © apoio, a cessio de créditos, a assungo de obrigaydes fou a prestacio gratuita de servicos para a promogio dle eventos € actividades no campo das artes, letras, educacio, cigncia, preservacio ¢ restauro do patriménio cultural, satide, ‘aeqdo social desporto e do meio ambiente, sem proveito pecuniério ou patrimonial directo para o patro- Ginador ou objectives de proselitismo confessional ow partidério. 2. O patrocinio quando nfo envolva valores monetérios, deve ser quantificado, para o respectivo cémputo nos beneficios fiscais. ‘Antico 2 Doagso 1. Considera-se doagio, no émbito deste Regulamento, a transferéncia de bens, valotes ou direitos ou a assuncio de obrigacées com cardcter gratuito e definitivo, por espf- ‘de liberalidade e sem objectivos de proselitismo con- réssional ou partidério. 2. O objecto da doagao livre de quaisquer encargos. inalienfvel, impenhordvel € Annico 3 LUberatidades. Para efeito deste Regulamento o patrocinio ¢ a doagao serio genericamente considerados liberalidades. CAPITULO II Ambito de aplicagéo Arico 4 Uboraiidades olegives So classificadas de liberalidades no Ambito deste ‘Regulamento as seguintes actividades: 1. No dominio das artes: @) A concessio de bolsa ow outras formas de financia- mento de estudos, de pesquisas ¢ de teabalhos, no pafs ou no estrangeiro, de autores, artistas € técnicos nacionais residentes em territério nacional, para formagio artistica e cultural; 5) A concesséo de prémios a autores, artistas, técnicos de artes, associagdes ¢ clubes desportivos, filmes, espectéculos musicais e de artes ofnicas, em concursos © festivais realizados em territério nacional ou no estrangeiro; ©) Dosgio de valores monetérios ou de obras de valor cultural a museus, bibliotecas, arquivos e outras entidades de cardcter cultural, juvenil ou des- portivo, devidamente reconhecidas, 2. No domfnio da letras: @) O financiamento & edigéo de obras de reconheci- do mérito e interesse nos campos de ciéncia, das letras, das artes © noutros de cardcter cultural; b) © financiamento a edigio © produglo de discos, videos, filmes, ¢ outras formas de reproducao fono-videogrifica de cardcter cultural; ©) O apoio a exposigdes, festivais de arte, espectéculos teatrais, de danga, de musica, de circo e outras actividades congéneres, 3. No dominio da educagio: 4) Doagées em espécie ou valores monetérios que ‘visem equipar bibliotecas e laboratérios das escolas puiblicas ou privadas, sem fins lucrativos; 5) Financiamento de bolsas de estudo em obediés 203 ctitérios estabelecidos pelo Ministério da Educagio; ©) Financiamento a obras de construsio, ampliacdo ‘ou manutengao de estabelecimentos de ensino iblico ou privado sem fins lucrativos. 4. No dominio da ciéncia: financiamento de trabalhos de investigagio para dreas definidas ou aprovadas pelo Governo ou instituicdes pé- blicas de ensino. 5. No dominio da preservacio € restauro do patriménio caltural: a) O restauro, a preservacdo © conservagao de edi ios, stios histéricos, culturais © arqueolégicos, devidamente identificados e classificados; 6) © restauro de obras de arte, e de outros bens méveis de reconhecido valor artistico, cultural © hiist6rico, acessiveis a0 ptiblico; ©) A construc, equipamento © manutengio de mo- numentos, museus, arquivos de biblioteces abertas a0 piblico; ) © apetrechamento de bibliotecas ¢ cinematecas iblicas ou de associagSes culturais ou despor- tivas com obras adquiridas no mercado nacional ‘ou no estrangeiro; 2) A construcio, o restauro, a reparacdo ¢ 0 equipa: mento de ‘salas ¢ outros locais destinados a actividades artisticas e culturais, desde que sejam propriedade do Estado ou de associacces, xt entidades sem fins Iucrativos; 88-(24) 1) A promogio e manutengao de cursos de cultura artes; ®) A promogéo © perservagio do folelore © das tra- digdes. popula 1h) A doacko de arquivos, bibliotecas e outras colec: ‘96es particulates, de’significado especial, a asso- clagies ¢ estabelecimentos culturais de interesse piblico; 1) © pagamento de passagens pata o transporte de aftistas ¢ bolseitos quando em missdo de cardcter cultural no pais ou no exterior. reconhecida pelo Ministério da Cultura, Juventude © Des- portos. 6. No domfnio da Satide @ O financiamento de bolsa de estudo para as éreas de ciéncias de satide, definidas pelo Ministério da Satide; ) © apetrechamento de loboratérios de instituigdes de ensino ou hospitalares; ©) Contribuigdes para acorrer a situagdes de epide- mias declarades por entidades competentes. 7. No dominio da Acg#o Social: @) A construgio, reabilitaglo c apetrechamento de infantérios, centros e lares que beneficiem cetiangas, idosos, deficientes, doentes crénicos ou delinguentes; 5) O financiamento de material de compensagéo para pessoas portedoras de deficiéncia; ©) © financiamento de actividades que visam a ccupacdo sadia, treinamento © enquadramento da crianga em situacdo dificil; 4) © pagamento de entradas para espectéculos artis ticos culturais e desportivos para jovens defi- cientes © velhos, vivendo em lares da Accao Social ou de Terceira Idade. 8, No dominio do Desporto: @) © financiamento de provas oficiais de caricter nacional ou internacional que envolvam selec- ‘ees ou clubes nacionais; 6) O financiamento de tomcios perisdico de desporio escolar; ©) A construgdo, ampliagéo ou manutengéo de insta laces desportivas abertas a0 desporto escolar © a0 piiblico; d) A organizaglo e financiamento de campos de férias de acordo com critérios fixados por entidades ‘competentes; @) A construcio ou apettechamento de pousadas da juventude, nos termos definidos pelas institui- odes competentes, 9, No domfnio do Meio Ambiente: @) A ctiagéo, 0 restauro ou a manutencéo de jardins pblicos e botfinicos, parques zoolégicos e locais ecol6gicos; 5) © financiamento de cursos de formagio na érea do meio ambiente, incluindo as acgées de for- macio de monitores para o meio ambiente. I SERIE — NUMERO 22 Annico 5 Procedimentos @ controle 1, As liberalidades praticadas sero comunicadas por escrito 90s beneficiérios ¢ as entidades governamentais, que tutelam as éreas em questo. 2 As entidades governamentais, a que se refere on’ 1 deste artigo, poderio mandar certificar a conformidade do valor declarado, 3. Os beneficiérios de fiberalidades deverdo igualmente comunicar ao Ministério do Plano e Finangas ou as Direc- ‘g6es provinciais do Plano e Financas das respectivas reas, (s bens ow valores recebidos, para efeitos de confirmagic dos beneficios fiscais a conceder sot beneméritos. Axnico 6 Termo de entrega A centrega das liberalidades deverd ser feita com a pre- senga obrigatdria de um representante da entidade govema- mental que tutela a Grea beneficiada, que rubricard 0 termo de entrega. Axnio0 7 Incompetibilidades 1. As liberalidades néo poderdo beneficiar directamente «a pessoas fisicas ou juridicas vinculadas a quem as praticat. 2, Consideram-se pessoas vinculadas: @) A sociedade de que seja administrador, gerente, accionista ou sécio & data da liberalidade, ou nos dozes meses anteriotes ou posteriores; 5) © conjuge, os parentes até a0 tetveiro grau © 0 afins, os dependentes ou administradores, ge- rentes, accionistas ou sécios da benemétito nos termos da alinea anterior; 90 ‘mesmo quando se trate de outra pessoa juridiea, CAPITULO 1 Beneficios ‘Axmioo 8 Especiticugto. Os que praticarem as liberalidades cobertas por este Regulamento gozardo de Beneficios Sociais e ou Fiscais. Annigo 9 Bonoficios socials Consideramse beneficios sociais, no ambito do presente Regulamento, os seguintes: @) As Menges Honrosas © 0s Diplomas de Mérito atribuidos as pessoas singulares © colectivas que promovam acgées classificadas como libera- Tidades neste Regulamento; b) A publicitagdo de tais actos nos érgios de infor- ‘mao nacionais pelos beneficiérios; ©) O livre acesso as instalagdes dos beneficidrios por pessoas indicadas pelos beneméritos; d) A realizagio de espectécuilos artisticos, culturais € desportivos gratuitos destinados aos benemé- ritos. 9 DE IUNHO DE 1998 Axrico 10 Benoficios Fiscale 1, As acgées realizadas no Ambito do presente Regula mento, desde que obedecam as condigdes estabelecidas, gozam de beneficios fiscais, designedamente: @) Isengio total dos direitoe de importagéo e do Imposto de Circulagéo ou correspondente em relagio ao fivro cultural, cientifico e escolar ou seus insumos para producdo nacional, b) Dedusio & matéria colectével da Contribuigéo Industrial, como custo ou perda do exercicio, ow na Tiquidagio do Imposto Complementar, do ‘montante equivalente a0 da liberalidade, no devendo o valor ser superior a 15 por cento do rendimento colectével. 2. A fruiglo efectiva do beneficio fiscal no poderd ser revogada, nem poderio ser diminufdos os direitos. adqui ridos, salvo se houver inobservancia as obrigacGes estabele- cidas para o beneficiérios ou este tiver sido indevidamente contemplado, 88-25) 3. Os benemétitos $6 terdo direito aos beneficios fiscais se declararem, expressamente, que a liberalidade € irre- versivel. CAPITULO IV Disposig6es finais Awrico 11 Entidades competentes 1 Sao entidades competentes para a confirmacao, com vista ao gozo efectivo dos beneficios fiscais previstos neste Regulamento, 0 Ministro do Plano e Finangas e cada uma das entidades, 2 nfvel central ou local, que superintende a Grea coberta pela liberalidade. 2. Para efeitos do disposto no néimero anterior, o respec- tivo expediente deverd correr pelas Reparticdes de Financas do Ministério do Plano ¢ Finangas e pelas Direce6es das respectivas Areas, conforme 08 caso. ‘Antico 12 Alargamento das. sctvidades Por déspacho conjunto do Ministro que superintende em cada uma das éreas objecto deste Regulamento e do. Ministro do Plano ¢ Finangas poder, no ambito do artigo 4 considerar-se liberalidades outras actividades ou ini vas.

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