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Sexualidade Humana
Sexualidade Humana
SEXUALIDADE HUMANA
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da humanidade tratados sobre sexo como componente humano. Traz ainda que
alguns textos da mitologia grega, ou da tradição judaica encontra-se o sexo como
uma punição desejada, ou então como causa de uma transgressão as regras que
incide em castigo, e não como aspecto de desenvolvimento humano.
Perdura ainda a associação de sexo ao pecado ou punição, contribuindo
para preconceitos, o que não é uma forma saudável de se fazer orientação sexual.
As políticas públicas, além de escassas, não apresentam a compreensão do todo,
nem da composição biológica e cultural do ser sexual, dificultando a ação dos
educadores e profissionais da saúde. Quase sempre vemos educadores com
dificuldades de lidar com a sexualidade de seus educandos, e essa dificuldade se
dá muitas vezes por falta de argumentos, ou mesmo por serem educadores fruto
de uma educação repressora, que os impede de reconhecer sua própria
sexualidade, ou seja, há uma dificuldade pessoal em compreender a
complexidade da sexualidade humana.
Pensar a sexualidade no mundo paradoxal em que vivemos é um grande
desafio, pois, segundo Barp (2010), a modernidade surge com tantas incertezas
em que a pedofilia, o estupro e a mentalidade distorcida sobre sexualidade fazem
do sexo um artigo de consumo. Sendo o corpo prisão e possibilidade ao mesmo
tempo, retrata, assim, a incapacidade de ver o mundo em sua totalidade, apenas
por meio de pequenos lampejos e recortes de informações que circulam pelos
meios de comunicação.
De acordo com Barp (2010), “uma infinita mídia dos dias atuais traz, sutil
ou explicitamente, um apelo sexual que enche os olhos e desperta muito
precocemente as crianças para vivência de sua sexualidade”.
Percebe-se uma antecipação das experiências corporais em relação ao
período e à época dos pais e educadores que atualmente estão em contato com
as crianças e adolescentes. Mudanças significativas ocorreram ao longo da
história, quando o corpo era considerado uma parte natural do meio ambiente,
mas, durante a Idade Média ou eras religiosas, foi transformado em algo
vergonhoso, devendo ser reprimido e escondido. No mundo contemporâneo, o
corpo é usado como atrativo sensual, despertando desejo e sensualidade e poder.
Com a mudança de perspectiva sobre o corpo e a sexualidade, mudam
comportamentos, culturas, o que acaba afetando a biologia humana.
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TEMA 2 – EVOLUÇÃO DA ESPÉCIE E SEXUALIDADE HUMANA
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Ao pensar na teoria evolutiva, Morin (1975) retrata que o ser humano surgiu
há menos de 100.000 anos. Trazendo o entendimento pela ótica da sexualidade,
observa-se que o comportamento sexual do ser humano difere muito, se
comparado a outros mamíferos dos quais nossa espécie se ramificou.
Diamond (1999) mostra que a sexualidade humana é muito anormal
segundo os padrões dos outros 30 milhões de espécies de animais existentes no
mundo. Para esse autor, a sexualidade normal das espécies acontece da seguinte
forma:
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Barp (2010) retrata que, no Período Paleolítico, os hominidas viviam em
bandos nômades coletando e caçando para sua sobrevivência. Mais tarde, surgiu
o fogo, que pode ser concebido não apenas como uma inovação que aumenta o
conhecimento prático, mas uma aquisição ampla de utilização e significado,
proporcionando uma nova forma de vivência da sexualidade. A sensualidade e a
sexualidade foram intensificadas no novo local de encontro.
Comunidades foram surgindo ao redor do fogo de forma paulatina, e
homens caçadores fabricavam instrumentos cada vez mais complexos.
Quando o hominida passou a andar ereto para visualizar a caça, seus
órgãos sexuais começaram a se deslocar de trás para frente, de modo a se tornar
útil para cópula. Durante toda as etapas, a sexualidade humana foi sendo
construída e constituída de forma cada vez mais humana, ou seja, diferenciando-
se sempre cada vez mais em relação aos outros animais (Barp, 2010).
Atualmente continuamos a observar a função que a sexualidade ocupa,
tendo sua dimensão ampliada, e o sexo tem se transformado em impulso de
muitas ações humanas, deixando de ter o papel reprodutivo para a função extrema
de controle, poder, manipulação.
Na raiz da nossa cultura está inscrito o conflito entre o cultural e o biológico
na evolução da sexualidade humana. A cultura tentou inibir a evolução biológica
natural da sexualidade por muito tempo, porém a sexualidade está irrompendo
com mais força atualmente, tanto pela estimulação a que está submetida quanto
pela própria cultura que evoluiu significativamente.
Mudanças de comportamento e de sistemas físicos evoluem de forma
complexa e constante. Um comportamento nunca termina para que outro comece,
uma geração nunca morre para que outra nasça, uma forma de viver nunca
termina de forma pontual: trata-se de uma evolução paulatina (Barp, 2010).
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Sexualidade é o conjunto dos fenômenos da vida sexual, um conceito
cultural, constituído pela qualidade e pela significação do sexo, portanto, algo
exclusivamente humano.
Em pleno século XXI, o ser humano apresenta muitas mudanças biológicas
em relação ao Neandertal.
De acordo com Morris (1975, p. 20),
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Freud (1997a), explicando essa posição por meio da psicanálise, usa como
modelo o domínio do fogo, sua utilização como um bem cultural a partir da
renúncia à satisfação de um desejo.
De acordo com Freud (1997a, p. 110),
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Crianças e adolescentes muitas vezes agem utilizando-se de um
mecanismo de anestesiamento da consciência. Atualmente, as redes sociais e os
youtubers, em especial, influenciam as pessoas de forma intensa.
Luft (2000, p. 320) retrata esta influência como fanatismo. Segundo o
dicionário, fanático é:
Para a maioria dos seres humanos, prazer é uma palavra que evoca
sentimentos conflitantes. Ocorre uma associação com o que é agradável e a tudo
que nos dá esse sentimento de prazer; frequentemente a reação é positiva e boa,
mas tolhida por medos e receios. O medo do prazer está ligado a uma sensação
de que o prazer nos leve a caminhos perigosos, de esquecer as obrigações,
deixando o prazer descontrolado tomar conta. Outra associação ao prazer é uma
conotação lasciva, especialmente em relação ao prazer sexual, vinda de uma forte
influência religiosa, inscrita na história, como o prazer associado a demônios,
tentação e pecado. Segundo Lowen (1984), para os calvinistas, todos os prazeres
eram pecados.
O autor ainda enfatiza que a cultura contemporânea é dirigida mais pelo
ego, ou seja, a própria imagem do que pelo corpo. O corpo estaria escravo da
imagem, da performance e do controle.
Lowen (1984, p. 10) comenta que:
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jovem e esbelta. Quem não consegue está fadado ao fracasso (Menezes; Mayer,
2004).
A sexualidade contemporânea encontra-se escrava da performance, do
ideal de virilidade em detrimento aos sentimentos reais, humanos, perdendo
assim o potencial criativo e o real prazer.
Lowen (1984) afirma que o prazer é a única força capaz de se opor à
destrutividade em potencial do poder.
A sexualidade idealizada, submetida ao poder, coloca a cultura e o
indivíduo num afastamento do seu verdadeiro eu, sua real essência, produzindo
indivíduos fragmentados. A busca por perfeição faz com que o indivíduo passe a
buscar intensamente validar essa imagem ideal que criou de si mesmo.
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REFERÊNCIAS
_____. Reich: História das ideias e formulações para a educação. São Paulo:
Ágora, 1994.
_____. Narcisismo – prazer: uma abordagem criativa. São Paulo: Summus 1984.
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AULA 2
SEXUALIDADE HUMANA
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que ninguém ousasse fazer o que a Igreja não permitisse. Segundo a psicanálise,
a base de toda religião está na necessidade do homem de humanizar a natureza
e vê-lo como um pai. De acordo com essa ótica, toda religião traz o reflexo de uma
relação de pai e filho, estabelecendo-se dessa forma o poder da religião. Muitos
séculos foram necessários para esclarecer nossa incapacidade de questionar e o
grande poder que a Igreja exerceu e ainda exerce sobre nós.
De acordo com Barp (2010), aceitamos até hoje explicações culturais que,
mesmo não sendo autênticas, são passadas de gerações em gerações.
Freud (1997) retrata que muitos dos nossos antepassados nutriam as
mesmas dúvidas que nós, mas a pressão a eles impostas foi forte demais para
que se atrevessem a expressá-las.
O ponto a se verificar é a diferença que existe entre a cultura dos que foram
educados dentro de preceitos religiosos repressivos e a cultura dos que foram
criados de forma menos repressiva e mais liberal em sua vivência da sexualidade.
Para muitos, sexo é motivo de vergonha e traz o sentimento de pecado; para
outros, sexo é possibilidade de prazer e vivência corporal
Dentro dessas expressões e explicações sobre o controle sexual a que
estamos submetidos até hoje, não apenas a Igreja, mas toda mitologia refletiam
as primeiras interferências da religião sobre a sexualidade.
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Entre os seres humanos, em nenhum lugar o sexo permaneceu
meramente um ato físico para aliviar certas tensões corpóreas. Ele
transformou-se dentro de todas as sociedades humanas, para tornar-se
uma área básica para moralidade e a organização da sociedade. Numa
distância ainda maior da biologia, ele gerou temas que passam através
da religião e da arte, assim participa de sistemas simbólicos
exclusivamente complexos. (Gregersen, 1983, p. 17)
O mundo patriarcal tem origem no Oriente Médio por volta do oitavo milênio
a.C. A Bíblia relata, desde as primeiras narrações, algumas representações que
podem ter sido distorcidas e interpretadas de forma a acentuar o patriarcado.
Entre os hebreus, a mulher era um ser inferior ao homem, não podendo participar
ativamente da religião a não ser pela obediência e autorização do marido. A
adúltera era apedrejada, e a menstruação tida como impureza. A mulher era
discriminada e semiescravizada pelo marido, pai, ou senhor.
Passando o período mítico, surge o advento das civilizações urbanas no
mundo antigo. O sexo gradualmente perde seu caráter mítico e passa a ser
racionalizado e controlado. Nunes (1997) refere-se a essa etapa em que se
distingue se sexo de reprodução e da fecundidade e é introduzida a noção de
prazer. Essa distinção coloca a mulher na dupla condição de reprodutora mãe e
uma mulher instruída nas artes do amor. Fica acentuada a divisão do trabalho,
fazendo com que os homens tomem o controle da produção e reprodução da vida.
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o tema virgindade pede a dignidade que se confere a ela, que é a possibilidade
de escolha, em uma doação, em uma integridade.
A estrutura familiar patriarcal reforça o machismo desde a infância e educa
o menino para exibir seu sexo e ostentá-lo orgulhosamente. Acabamos repetindo
as mesmas estruturas machistas e repressoras, repetindo a matriz que se dá num
nível de macroestruturação social, em que prevalece o poder, a dominação e a
expropriação (Nunes, 1997).
A teoria de Santo Agostinho foi a que teve grande impacto nas percepções
sobre a sexualidade. Agostinho foi teólogo cristão, e suas teorias se embasavam
na ideia de que o pecado era transmitido por meio do ato sexual pelas gerações.
Esse teólogo trazia o Cristianismo como proposta para toda doença relacionada
ao corpo e ao desejo.
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A relação sexual era possível dentro do matrimônio, contudo havia a
presença do uso do cinto de castidade na tentativa de impedir relações sexuais
fora do casamento.
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• Relações sexuais com mulheres na menopausa era um abuso à saúde
pública;
• O sexo era responsável por transmissão de muitas doenças sexuais,
inclusive demências;
• Condenação da masturbação como recomendação médica, pois a prática
poderia desenvolver tumores, podendo levar à morte.
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sagrado, envolve a busca de maior prazer associada as experiências místicas.
(Aquino, 1997).
Há muitos exemplos históricos de culturas e religiões que a praticaram, tais
como o hinduísmo védico, o taoísmo chinês, a Grécia e Roma clássicas. Com
opiniões divergentes, alguns historiadores relatam que Ars Erotica não teria
desaparecido do Ocidente cristão, mas alguns autores apontam que algumas
formas de arte possuíam essa vertente: como Ovídio, o amor cortês e a poesia
trovadoresca.
Foucault (2019, p. 79) reforça o pensamento:
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de origem inteiramente diversas. Entre uma e outra nenhum intercâmbio
real, nenhuma estruturação; a primeira desempenhou apenas, em
relação a outra, o papel de uma garantia longínqua e, ainda assim, bem
fictícia: de uma caução global sob cujo disfarce os obstáculos morais, as
opções econômicas ou políticas, os medos tradicionais, podiam
reescrever num vocabulário de consonância científica.
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5.3 Período da descompressão sexual
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REFERÊNCIAS
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AULA 3
SEXUALIDADE HUMANA
A contribuição dos estudos de Sigmund Freud foi decisiva para que hoje
fosse reconhecida a existência da sexualidade infantil. Formado em neurologia,
Freud dedicou-se a estudar a neurose e organizou uma teoria chamada
psicanálise. Até a época de Freud, os tratados de sexologia do século XIX
apontavam para os perigos da sexualidade, sendo a causadora de doenças
nervosas, fazendo da sexualidade algo a ser combatido e difícil de ser inserida na
vida como natural.
A edição de 1905 dos Três ensaios sobre a sexualidade afirma com maior
ênfase que a sexualidade nasce paralela a uma atividade vital. Souza (1997)
retrata que a sexualidade nasce apoiada numa função biológica, e a característica
dessa análise traz a noção fundamental de sexualidade para a psicanálise.
Freud, que desmonta alguns conceitos e evoluciona o entendimento sobre
a concepção biológica separada da subjetividade, distinguiu a normalidade de
anormalidade, elucidando que tinha influências de ordem biológica, estatística,
moral e social.
As superfícies do corpo são encarregadas de uma função vital, das quais
surge a sexualidade.
Freud criou a teoria do funcionamento mental. Durante muito tempo, os
problemas mentais eram tratados como doenças exclusivamente físicas. Alguns
médicos, como o francês Jean Martin Charcot, usavam a hipnose para curar suas
pacientes. Ocupando-se dos estudos sobre a paralisia surgidas depois dos
traumas, Charcot descobriu que essas paralisias eram consequências de
representações do psiquismo.
Freud, não satisfeito com o método da hipnose, se dedicou ao estudo do
inconsciente, por meio do método da livre associação. Fundou a psicanálise e
defendeu a ideia de que os desequilíbrios emocionais eram consequência de um
complexo aparelho psíquico, dinâmico de forças antagônicas.
As reflexões de Freud sobre o inconsciente em 1915 tiveram destaque
dentro de sua teoria psicanalítica, juntamente com os temas sexualidade,
psicoses, histeria, sonhos etc. Com efeito, possibilitou muitas curas método
fundado por Freud.
A psicanálise deu início ao entendimento das neuroses e formulou ideias
revolucionárias sobre a mente e o inconsciente. Freud, considerado o pai da
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psicanálise, revolucionou a medicina com seus conceitos sobre o significado dos
sintomas. A descoberta predominante de Freud é a de que o sintoma nos
possibilita compreender a doença.
Criou o termo instâncias psíquicas, cujas funções estão interligadas entre
si, representando estruturas na mente e chamou-as de aparelho para mostrar
essa organização psíquica dividida em sistemas, cujas funções estão interligadas
entre si, representando estruturas na mente.
Volpi e Volpi (2003) mostram que a teoria de Freud passou por fases:
inicialmente formulou a primeira tópica, conhecida como teoria topográfica, e
posteriormente trouxe a segunda tópica, conhecida como teoria estrutural ou
dinâmica. Propôs que o aparelho psíquico é constituído por investimentos
energéticos em três sistemas: o inconsciente, o pré-consciente e o consciente.
Segundo Sigmund Freud (1976), o pré-consciente está localizado entre o
inconsciente e o consciente, as informações transitam do inconsciente para o
consciente e vice-versa, e tem a possibilidade de tornar-se consciente de forma
fácil. Volpi e Volpi (2003) destacam que as características do pré-consciente são:
• Ausência de cronologia;
• Ausência de contradição;
• Predomínio do princípio do prazer;
• Igualdade de valores para o mundo interno e externo.
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O consciente é responsável pela percepção do mundo psíquico, inclui tudo
de que estamos cientes e é um amortecedor das sensações, trazendo consciência
atualizada e impressões do mundo interno e externo.
No desenvolvimento do seu trabalho, a teoria do inconsciente permitiu o
entendimento da formação de trauma do indivíduo. Na investigação da origem dos
traumas, ele apresentou que o início dos conflitos está na repressão sexual sofrida
pelos indivíduos na fase infantil.
Característica do inconsciente:
2.1 Pulsão
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2.2 Objeto sexual
2.4 Libido
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Na teoria psicanalítica, Freud retrata a libido como uma energia originada
nas pulsões, direcionando o comportamento humano. Sua teoria mostra que a
libido se faz presente em todas as experiências sensoriais da infância, refletindo-
se nas sensações de prazer e desprazer.
3.1 O Id
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3.2 O Ego
3.3 O superego
• Auto-observação;
• Consciência moral;
• Censura dos sonhos;
• Repressão;
• Exaltação dos ideais.
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então se instala o princípio de realidade. As experiências vão se configurando
como boas ou ruins, prazerosas ou desprazerosas. Se o desenvolvimento ocorrer
de forma saudável, as experiências boas e ruins vão se integrando de forma total.
As energias de desejos, oriundas do id, devem chegar ao nível do ego para
que este possa articular ações das necessidades então impostas.
A meta fundamental da psique é manter um nível aceitável de equilíbrio
dinâmico que aumenta o prazer e diminui o desprazer. A energia que é utilizada
para movimentar todo sistema nasce no id, que é de natureza primitiva, instintiva.
O ego, que emerge do id, existe para lidar com a realidade e as pulsões básicas
do id e agindo ainda como mediador entre as forças que operam no id e no
superego e as exigências da realidade externa. O superego, emergindo do ego,
atua como um freio moral ou força contrária aos interesses práticos do ego,
estabelecendo uma série de normas e regras que definem e limitam a flexibilidade
deste último.
Nesses termos, o propósito é o fortalecimento do ego.
Nunes (1997) retrata que um indivíduo formado sob uma pressão muito
forte do superego no campo sexual faz com que o id, seu reservatório energético,
acumule excesso de energia e ocasiona uma tensão enorme. Biologicamente o
físico reclama um objetivo, que, embora se descubra em processo primário
(sonhos noturnos, conversas no sonhar), anseia por uma real satisfação de si
próprio. Entende-se sexualidade por toda abrangência afetiva da palavra. O ego,
encarregado pelo processo secundário de dirigir-se à realidade, é afetado por uma
pressão muito grande do superego, pois tudo que é sexual lhe é ensinado como
mau e reprovável, mesmo o relacionamento afetivo com outra pessoa. O processo
secundário não responde ao ID no que ele exige; o ego não satisfaz por uma força
muito grande do superego. O social torna-se maior que o biológico (Id) e o
psicológico (ego).
Assim, todo esse conflito de origem sexual é gerador de muita angústia,
novamente vemos as forças da instância biológica e cultural trazendo maiores
reflexões.
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Os mecanismos de defesa são meios utilizados pelo ego para dominar,
controlar para regular a homeostase psíquica. As qualidades necessárias ao
funcionamento resiliente pressupõem a flexibilidade dos modelos de ajustamento
e de manejo de tais mecanismos, seguidas da criatividade nas formas de
adaptação para vencer a adversidade (Fenichel, 2000)
Do conflito entre prazer e desprazer surge a angústia, e para lidar com os
conflitos, surgem defesas, que têm como finalidade aliviar a tensão interior.
De um modo geral, a defesa incide sobre a excitação interna (pulsão) e,
preferencialmente, sobre uma das representações (recordações, fantasias) a que
está ligada, sobre uma situação capaz de desencadear essa excitação na medida
em que é incompatível com este equilíbrio e, por isso, desagradável para o ego.
Os afetos desagradáveis, motivos ou sinais da defesa, podem também ser objeto
dela.
Mecanismos de defesa são ações psicológicas que têm por objetivo reduzir
manifestações que ameacem a integridade do ego. Vejamos alguns mecanismos
de defesa de que o aparelho psíquico lança mão para lidar com a sexualidade.
4.1 Repressão
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4.2 Negação
4.4 Projeção
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4.5 Racionalização
4.6 Sublimação
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causado por impulsos secundários que devem sua existência à supressão da
sexualidade natural.
O autor ainda traz que a fonte da energia da neurose está na diferença
entre o acúmulo e a descarga da tensão. A fórmula seria a seguinte:
TENSÃO MECÂNICA→ CARGA BIOELÉTRICA →DESCARGA
BIOELÉTRICA →RELAXAMENTO.
De acordo com Nunes (1997, p. 44),
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REFERÊNCIAS
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AULA 4
SEXUALIDADE HUMANA
Freud trouxe o conceito que todo corpo tem potencial de ser erógeno. A
zona erógena se desloca de uma parte a outra no corpo, ou vai se espalhando
por todo o corpo. A vida sexual infantil é autoerótica, encontrando a satisfação
no próprio corpo. Freud identificou, ainda, quatro zonas erógenas principais e
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cada uma delas ligadas a um estágio do desenvolvimento emocional: olhos,
boca, ânus e genitais. Reich aprofundou essas zonas principais ligadas ao
organismo e no processo de encouraçamento muscular. Baker (1980) retrata os
estágios do desenvolvimento denominado ocular, oral, anal, fálico e genital, e
cada estágio executa suas funções temporárias, servindo a capacidade de sentir
prazer.
O desenvolvimento da personalidade é apoiado na estrutura física do
organismo, as primeiras motivações e ansiedades do ser humano estão ligadas
aos processos fisiológicos.
Com as frustrações e o enrijecimento muscular, o organismo vai formando
a couraça, que aprisiona a energia impedindo-a de chegar livre até o último
estágio do desenvolvimento emocional, que é o genital. Esses bloqueios vão
provocando sintomas nessas zonas erógenas e provocam fixações que
determinam a formação da personalidade.
As etapas para o desenvolvimento da personalidade e libido são: fase
ocular, oral, anal, genital, latência, adolescência, adulta e velhice.
Dandrea (1987) retrata que a maneira como a pessoa resolve os
problemas desses três primeiros estágios e os mecanismos de defesas e
adaptação utilizados são os responsáveis pela estrutura básica da
personalidade.
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muscular, em que podemos compreender a personalidade do indivíduo. Baker
(1980) diz que o bloqueio do funcionamento natura pode começar a ser realizado
antes mesmo de o bebê nascer, através de um útero contraído que iniba sua
movimentação e, logo a pós o nascimento, dependendo da forma como se
recebe o bebê, faz com que ele vá se contraindo, como forma de autoproteção.
Boadella (1985, p. 52) retrata que o bebê passa por uma transição
sensorial entre o amniótico e o terrestre, e a mudança de vida é muito grande.
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regressão parcial da mãe com o objetivo de poder identificar-se com essas
necessidades do bebê.
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de vivacidade e de prazer, estando assim em contato com o seu centro saudável
e com os seus impulsos primários. Na sensação de ausência de contato, o
impulso interno é semelhante à contração que vem de fora, ou seja, são
equivalentes as forças repressoras e as reprimidas, decorrendo o bloqueio do
movimento de energia.
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• Personalização: o alojamento da psiquê no corpo é facilitado pelo manejo,
que é um aspecto mais específico relativo ao cuidado físico.
• Contato com a realidade: é propiciado pela apresentação gradual do
contato com o mundo ao bebê.
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Na mente da criança, o seio, a mamadeira e a chupeta na boca podem ser
percebidos como a retenção da própria mãe ou a sua proteção.
No bebê, a boca está altamente carregada de energia. Para o recém-
nascido, alimentar-se exprime a necessidade de ser amado, garantido e de
poder abandonar-se em repouso, depois de saciado. A alimentação se confunde,
para ele, com a relação de amor e assume um significado afetivo, em que se
busca a segurança. “O colo é o primeiro chão da criança, e juntamente com o
ato da amamentação e contato ocular, são a base para proporcionar a segurança
básica para o bebê”.
Lake (2006) diz que, na fase da vinculação, a ênfase está na função de
"conter" que a mãe exerce com seus braços e com o contato visual, o que reforça
a sensação do abraço do útero. Ao ser nutrido, o bebê passa a ser o contentor
(recipiente) e a mãe o conteúdo, uma vez que ele a bebe, ou bebe o que ela lhe
oferece ou introduz em seu corpo. Os problemas dessa relação estão ligados ao
sabor que o mundo tem, à sensação interna de bem-estar (p. 17). A tensão que
surge pode ser muita intensa para uma criança na situação vulnerável da
amamentação. Leite insuficiente, bico frio ou leite muito quente e ausência de
contato. Tanto no caso de ser privado do alimento correto quanto no caso de ser
completamente invadido por alimentos inadequados, a alimentação pode, em
vez de ser uma fonte de sustentação, transformar-se em sofrimento.
O bebê é capaz de regular seu próprio ritmo, segundo suas necessidades,
porém, muitas vezes o ambiente interrompe o ritmo e a conexão que a mãe tem
com o seu bebê, e ela acaba impondo regras sociais, como horários rígidos com
a amamentação. Essa fase é marcada pelos aspectos de dependência e
independência, que vão definir os aspectos nas relações na vida adulta. O
indivíduo poderá buscar sua independência na vida adulta quando a
amamentação e o desmame acontecem de forma saudável, com respeito ao
ritmo do lactante. Quando isso não acontece, deixará registros de repressão e
insatisfação. Volpi (2009) diz que a sensação das pessoas fixadas nesta fase é
de vazio, carência, faltando força para ação e para concretizar suas
necessidades. O indivíduo tentará para o resto da vida buscar o direito de estar
seguro, que deriva da função de suporte e de alimentação por parte da mãe
durante os primeiros anos de vida.
Nessa etapa ou estágio estão em questão o direito de ter a sensação de
ser preenchido e o período de sustentação. É a experiência de ter, saborear e
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satisfazer suas necessidades, que foram privadas nesse estágio (Lake, 2006, p.
7).
Esse estágio ocorre entre dois e três anos de idade, período em que o
esfíncter anal passa a ser um órgão funcional e o prazer é derivado da retenção
e expulsão das fezes e do controle muscular. A criança vivencia a sensação de
orgulho e satisfação quando produz um movimento intestinal, ou seja, sente-se
no controle. Esse momento ela está aprendendo a se separar da mãe e formar
sua identidade e independência, e começa a perceber com maior intensidade o
seu corpo. Volpi (2009) retrata esse estágio como a etapa de produção, a criança
nessa fase já pode andar se sua atenção está focada nas atividades excretoras,
e fezes e urinas são vistas pela criança como produto do seu corpo. Quando a
criança é respeitada, pode lidar com a autonomia e produtividade de forma
espontânea na vida adulta. Quando o contrário ocorre e a criança precisa chegar
nessa fase e esse senso de realização sofre interferências, pode ser distorcida
de forma fundamental a sua personalidade. Baker (1980) diz que, quando a
criança precisa aprender o controle esfincteriano antes de estar madura, pode
retesar sua musculatura das coxas, nádegas e soalho pélvico. Lowen (1982)
também retratou os prejuízos da criança ser forçada a usar os músculos das
nádegas e das coxas para obter o controle anal leva a uma imobilização das
pernas e a distúrbios no andar e na sustentação sobre os próprios pés.
Essas tensões diminuem a espontaneidade deixando a criança submissa
e dependente das instruções externas, e cria uma profunda teimosia (retenção).
As informações que chegam para a criança são segurar sua função natural e
abandonar o prazer. Lowen (1982, p. 143) traduz que como a repressão atua
movida por ocorrências na fase anal:
Isso vem de uma mãe que é super protetora, super solícita ou super
'cuidadora'. O interesse material no bem-estar da criança é um
substituto do carinho e afeto que devem acompanhar a crescente
independência do novo indivíduo. Isso se chama 'sufocamento' ao
contrário de maternagem. Essa atitude pode tomar a forma de
alimentação forçada, ansiedade e interesse no funcionamento
intestinal, um zelo excessivo para que a criança não se machuque em
alguma atividade física. Isto é feito em nome do amor, mas significa
reprimir o crescimento do ego da criança. Resistência e rebeldia são
logo erradicadas, auto-afirmação e auto-regulação não são permitidas.
Sob a crença de que a mãe sabe mais o espírito da criança é
literalmente esmagado, oprimido.
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Nessa fase, a criança corre o risco de perder sua espontaneidade. E ser
violado o direito e ser livre, que é o direito de não ser submetido às necessidades
do outro (Lake, p. 8). Nessa frase, o autor retrata ainda que, na formação da
personalidade, podem acontecer duas situações: a criança pode se submeter
aos pais e externamente aceitar seu controle e repressão; ou ela pode resistir e
afirmar seu próprio controle de forma a obter poder sobre os pais.
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• As forças negativas dos pais podem ter levado a tal culpa e medo de que
as sensações de prazer genital estão todas bloqueadas e uma grande
ansiedade se desenvolve em seu lugar.
• A brincadeira genital e seu prazer são sentidos, culpa e medo são
produzidos e, assim, serão guardados para momentos e locais secretos.
• A criança está consciente de que as brincadeiras genitais deixam os pais
incomodados, apesar de verbalmente o permitirem. A criança usa esse
fato para provocar irritação quando se sente agressiva.
• A rejeição dos pais pode tomar várias formas: pode consistir em punição
direta, ou carinho sedutor e estímulo corporal seguido de rejeição abrupta
às reações impulsivas da criança. Os efeitos são produzir uma ruptura
massiva da necessidade de contato e fusão e um corte tanto dos
sentimentos amorosos quanto dos movimentos pélvicos espontâneos.
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Conclui-se que, quanto mais tranquila for a passagem por essas fases,
maior fortalecimento se tem para a construção de uma personalidade saudável.
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REFERÊNCIAS
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AULA 5
SEXUALIDADE HUMANA
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de acordo com os princípios sociais que foram incorporados com a imagem dos
pais e outras figuras significativas do mundo infantil, sendo que grande parte do
inconsciente explica sua irracionalidade. Com o estabelecimento e o reforço do
superego muitas emoções se alteram. O temor e a ameaça de perda de amor e
desaprovação. A autoestima do indivíduo não depende mais exclusivamente da
aprovação externa, mas da sensação de haver procedido conforme o superego
determina.
Dias (2003) fala que, se na puberdade a sexualidade não estiver madura,
o indivíduo não será capaz de enfrentar as difíceis e importantes mudanças físicas
associadas à essa fase e ao próprio desenvolvimento. “Mesmo para crianças
saudáveis não há como escapar das ansiedades decorrentes dessa passagem,
mas o modo como lidará com elas, depende essencialmente do padrão que foi
estabelecido na infância”.
3
de seus controles. Na interação grupal, o superego individual tende a ser alterado
pelas normas e regras do grupo.
Na latência, a ambivalência é atuante e os sentimentos de amor e ódio são
muito presentes. O grupo serve também para o controle da ambivalência, os
membros manifestam todo amor para os companheiros e exteriorizam seu ódio e
agressividade para os membros de outros grupos.
Embora a fase da latência não traga à personalidade traços tão marcantes,
como ocorre nas fases anteriores, é considerada uma fase que possibilita a
segurança interna para lidar e expressar sua potencialidade e lidar com as
relações interpessoais, com recursos para enfrentar conflitos psicossociais.
2.1 Adolescência
5
TEMA 3 – ADOLESCÊNCIA E SUAS CARACTERÍSTICAS
6
3.2 Adolescência e conflitos socioculturais
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TEMA 4 – SEXUALIDADE E MATURIDADE
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• Ser capaz de amar, obtendo prazer tanto em dar quanto receber amor;
• Tomar decisões a respeito de si próprio sem influenciar-se por valores
externos e preconceitos.
4.1 O climatério
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A medicina, a psicologia e a sociologia têm aprofundado a terceira idade
como objeto de estudo, e ainda há muito a ser compreendido em profundidade
sobre esse período do desenvolvimento da personalidade.
O conflito psicossocial da terceira idade é manter a integridade do ego
frente à finitude e às adaptações necessárias para as mudanças internas e
externas.
Os impulsos podem se acalmar, dando espaço para a serenidade e para
maior tolerância às ocorrências da vida, atingindo-se a sabedoria. Por outro lado,
se o desenvolvimento da personalidade não se realizar, as situações internas e
externas podem levar o idoso à posição de maior dependência, reativando os
conflitos que ocorreram nas primeiras fases do ciclo vital, e que permaneceram
reprimidos, mostra Dandrea (1987).
A má integração do ego, juntamente com a falta de apoio do meio, acaba
deixando o idoso com dificuldade para suportar as revivências em fases
anteriores.
Que a sociedade sonega o espaço aos mais velhos, é fato, sabido e grave.
O que parece alvo de maior preocupação é que essas pessoas mais velhas
reduzam o seu espaço existencial.
Pinto (1999) aponta que a mulher que não vinculou sua vida sexual
excessivamente à reprodução tenderá a ter uma vida sexual mais plena na
velhice. Da mesma forma, o homem, se em seu processo de amadurecimento deu
espaço à sexualidade desvinculando-se do poder e dos preconceitos, tende
igualmente a passar com maior plenitude pelas mudanças em que seu corpo traz
nesse período da vida. “Tanto para os homens quanto para as mulheres a grande
luta na terceira idade é contra o preconceito. Não só a luta contra o preconceito
social externo, mas também a luta contra o preconceito interno, o preconceito
contra si mesmo” (p. 126).
5.1 A aposentadoria
11
tem que lidar com um desafio, diz Dandrea (1999), pois descarrega grande parte
da energia sexual e agressiva no trabalho, aprendendo a realização fora do
ambiente de casa.
A mulher, se teve menos conflito em relação à posição feminina social,
pode sentir-se em maior ou menor conflito, tendendo a lidar com essa situação
com esforço em um processo adaptativo.
O meio deve possibilitar que as pessoas na terceira idade tenham maior
estímulo para o enfrentamento de suas transformações, pois, inevitavelmente,
chega a etapa final, que é a cessação dos processos vitais do organismo das
funções físicas e mentais.
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REFERÊNCIAS
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AULA 6
SEXUALIDADE HUMANA
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profilática. Mesmo sendo necessária essa colaboração de anatomia e
fisiologia, não são informações suficientes para dar conta da complexidade
do tema sexualidade.
• Modelo terapêutico-descompressivo: com características da apologia
libertária e com abordagem centrada na descompressão.
• Modelo consumista-quantitativo: dando maior ênfase à revolução sexual de
fundamentos filosóficos e políticos e práticas sexuais desumanizadas,
quantitativas, modelo dominante da mídia e da indústria da pornografia e
mercantilização do corpo.
• Modelo de educação emancipatória: uma contraposição a esses modelos
e concepções anteriores.
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Busca-se a formação integral do indivíduo estabelecendo como temas
transversais: ética, pluralidade cultural, meio ambiente, saúde, orientação sexual
e estudos econômicos. Todos esses estudos se preocupam, de fato, com a
questão da cidadania como dignidade da pessoa humana e igualdade de direitos,
apontam Nunes e Silva (2006).
A sexualidade é, primeiramente, abordada no espaço privado, por meio das
relações familiares. Assim, de forma explícita ou implícita, são transmitidos os
valores que cada família adota como seus e espera que as crianças assumam.
O trabalho de orientação sexual tem como objetivos:
Silva e Nunes (1997) retratam que a criança passa metade do seu tempo
na escola, sendo impossível que o educador não perceba a criança expressando
sua sexualidade, junto com afetividade, criatividade e cansaço. Quando
trabalhamos adequadamente essa expressão, jamais se torna um obstáculo para
as atividades pedagógicas, ao contrário, colabora grandemente para que o
educador ganhe a confiança e desenvolva as atividades escolares com muita
segurança e sucesso. O autor ainda fala sobre a importância de o educador estar
atento a essas expressões e aproveitar a oportunidade para fazer a interferência
significativamente positiva.
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Algumas manifestações, segundo Nunes e Silva (2006) incluem:
Comum em torno dos três ou quatro anos, é uma das mais intensas
descobertas infantis. Procuremos ficar serenos, já que sabemos que isso é um
comportamento natural da criança. Se a criança se referir às coceiras,
brincadeiras, ou coisas do gênero, trabalhemos com ela, orientando-a para essa
forma de prazer, pois, para ela, está sendo prazeroso, gostoso, mas ensinando-a
que deve procurar fazê-lo em particular, não porque seja errado ou feio, mas
porque existem espaços públicos e privados.
Tenhamos sempre em mente que a masturbação faz parte do
desenvolvimento normal de homens e mulheres, desde a mais tenra infância até
a idade adulta.
• Namoro
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• Jogos sexuais e observacionismo
Comum entre as crianças entre três a seis anos. São atitudes típicas da
ansiedade em conhecer as identidades sexuais do outro. Atitudes como espiar
nos banheiros, espiar a cor da calcinha e da cueca, levantar as saias, brincar de
médico são expressões dessa curiosidade, normalmente manifestadas em
grupos, às vezes, mistos.
Atenção para algumas atitudes:
• Não se deve fazer uma análise maliciosa e contar piadas sobre o fato.
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• Bilhetes e desenhos sexuais
• Encontros clandestinos
• O exibicionismo
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as manifestações sexuais infantis sem repulsa e desgosto, o melhor é renunciar
o trabalho de educador.
Albertini (1994) retrata que Reich definiu que a compulsão por educar
passa pelos seguintes motivos:
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REFERÊNCIAS
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