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DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CENTRO DE TECNOLOGIA - UEM “TRATAMENTOS SUPERFICIAIS BETUMINOSOS" NOTAS DE AULAS DISCIPLINA: ESTRADAS II PROF. JOSE KIYNHA YSHIBA JULHO /86 INDICE 1. INTRODUGKO 1, Tipos de Revestimentos Betuminosos. II, TRATAMENTOS SUPERFICIAIS BETUMINOSOS...........0ss0eeereeeeeee cy 1. Definicao........ 2. Funcdes...... 0.05 3. Principios Basicos de Comportamento.........+-+++ 4, Materiais..... 4.1. Agregados.. 4.2. Ligantes Betuminosos.. 5. Método de Dosagem.. 5.1, Dosagem de Agregados........+-+++-++ 5.2. Dosagem de Ligantes Betuminosos... 6. Especificacdo do DNER...... 7. Equipamentos.. 8. Processos Executivos.. 9. Defeitos... BIBLIOGRAFIA. Pagina a1 a1 a oO 02 02 03 03 06 09 09 12 13 15 15 18 20 1. INTRODUGAO 0 revestimento betuminoso constitue nos pavimentos flexiveis, ca- mada de maior nobreza. E a camada que recebe diretamente os esforcos verticais provenientes dos veiculos parados ou em movimento, esforcos tangenciais produ- zidos pelos veTculos em movimento e sofre aco direta de agentes atmosféricos como 0 sol, a chuva e a neve. Um revestimento betuminoso bem projetado e construtdo deve sa- tisfazer certas caracteristicas fundamentais para que cumpra um bom desempenho durante a sua vida dtil. Entre elas destacam-se: superficie suave e nao desl i- zante (conforto e seguranca); resisténcia aos esforcos verticais de compressao; resisténcia aos esforcos horizontais de tracéo; resisténcia aos esforcos tan- genciais tratores e impermeabilizacdo suficiente para evitar infiltracdes de gua em quantidade capaz de comprometer o pavimento. 1. Tipos de Revestimentos Betuminosos Os revestimentos betuminosos sao constituTdos por associagao de agregados e ligantes betuminosos. Esta associacao pode ser construidos por penetracao ou por mis- tura,nos revestimentos por penetracdo, distinguem-se os de penetracdo direta (macadame betuminoso de penetra¢ao direta e os de penetracao invertida, enqua- drando-se neste grupo os tratamentos superficiais simples, duplo, triplo e ca~ pas selantes. Nos revestimentos por mistura tem-se os de mistura na pista ¢ os de mistura em usina, a quente (concreto betuminoso, areia-betume) e a frio (pré-misturados denso e aberto). II. TRATAMENTOS SUPERFICIAIS Definicdo E um revestimento eni que 0 agregado & distribuido uniformemente 02 sobre o ligante betuminoso previamente aplicado na pista e em seguida compac- tado. Sua espéSsura @ aproximadamente igual 4 maior dimensdo do agregado - DNER (1975). Geralmente, os tratamentos superficiais sao mito delgados, com espessura maxima de 38 nm, sendo mais comum 25 mm, podendo no entanto ser mais reduzido. 2. Funcoes So as seguintes as funcées de um tratamento superficial: a) Como funcao primordial, @ a de servir como revestinento das estradas, capaz de propiciar 0 desenvolvimento mais suave e seguros dos veTculos e, ao mesmo tempo, de proteger a estru- tura subjascente da.a¢do sempre prejudicial das aguas de in- Filtracaos b) Como funcdes complementares: restaurar pavimentos ( desgasta- dos, oxidados, empenados, fissurados, etc), obter textura an- ti-derrapante, etc. 3. Principios Basicos de Comportamento Para que se obtenha tratamentos superficiais de alta qualidade, & necessario que atenda as seguintes exigéncias de execucao: 12) 0 ligante betuminoso deve ser aplicado em quantidade bastan- te para aglutinar e manter firmes os fragmentos de agregados; 28) 0 agregado deve ser aplicado de modo a cobrir inteiramente a pintura betuminosa, mosaicamente distributdo, sem faltas ou excessos; 3a) 0 grau de retencdo ou aglutinacdo entre os dois materiais constituintes devem ser capaz de impedir que 0 agregado seja arrancado pela a¢ao do trafego. . 03 4, Materiais 4.1. Agregados Em tratamentos superficiais os agregados ficam envolvidos por uma pelicula de ligante betuminoso de espessura uniforme e tema nobre funcao de receber diretamente as cargas do trafego. 4.1.1, Funcdes Basicas do Agregado Sdo as seguintes funcdes do agregado quando usados em tratamen- tos superficiais: a) Resistir a abrasdo provocada pelo trafego; b) Resistir ao intemperismos c) Transmitir as cargas 4 estrutura subjascentes 4) Proporcionar drenagem superficial adequada; e) Assegurar superficie anti-derrapante. 4.1.2. Caracteristicas ou Propriedades Fundamentais do Agregado Para cumprir as funcdes basicas, os agregados devem atender duas caracteristicas fisicas e fisico-quimicas. Nas caracteristicas fundamentai primeiras, enquadram-se a granulometria, tamanho, forma, dureza e limpeza; nas outras temos a adesividade e a alterabilidade (durabilidade) frente aos agen- tes atmosféricos e ao trafego. 04 4.1.2.1, Caracteristicas Fisicas a) Granulometria - Recomenda-se uma granulometria uniforme, sen- do 0 ideal usar agregados que sejam monogranulares (dimensdo Gnica), desde que economicamente possivel, pois o envolvimen- to do ligante betuminoso @ mais uniforme, fixam-se mais ade- quadamente e facilita a dosagem. Havendo acentuada diferenga entre as particulas maiores e menores (granulometrias conti- nuas) pode 0 ligante betuminoso cobrir as particulas maiores, evitando que as particulas maiores sejam envolvidas, facili- tando entao o arrancamento pelo trafego; pode provocar a exsu- daco do ligante e propiciar um acabamento deficiente, com- prometendo portanto a vida Gtil dos tratamentos superficiais. b) Tamanho - 0 tamanho maximo do agregado deve ser selecionado de acordo com as condi¢des da superficie subjascente (tipo de ba~ se ou condic6es da superficie do pavimento existente) e do trafego. Agregados muito pequenos, utilizados em tratamentos simples, por exemplo, de tamanho nominal inferior a 3/8 de po- legada, tém geralmente vida muito curta em rodovias de trafe- go elevado ou naquelas cuja superficie antiga tenha sofrido exsudacdo do asfalto. Agregados maiores, por exemplo, supe- riores a 3/4 de polegada sio extremamente perigosos se as par- ticulas ficarem soltas; além disso, geram mais ruidos que as superficies de textura mais fina. Segundo VISSER (1976) as propriedades da resisténcia a derrapagem de tratamentos su- perficiais mostravam que tratamentos simples construtdos com agregados de dimensio nominal de 1/2 polegada ou tratamento su- perficial duplo construtdo com agregados de 1/2 e 1/4 de po- legada, para 12 28 camada, respectivamente, fornece uma tex- tura adequada para um fluxo de trafego de alta velocidade. Co- mo regra geral para Lratamentos superficiais miltiplos, o ta manho do agregado subseqlente deve ser aproximadamente a me- tade daquele da camada inicial. Por exemplo, um tratamento su- perficial triplo seria construido com agregados de 3/4, 3/8 e 1/4 de polegada. c) Forma - A existncia de particulas de agregado arrendondadas ‘ “pes aveee aide 05 @ prejudicial pois o atrito interno € menor, exije maior ta- xa de ligante sao escorradias; ja as particulas lamelares, facilitam a fragmentacao e se sobrepdem-se; enquanto que as cibicas provocam risco de exsudacao e nao facilitam a drena- gem superficial. A forma ideal @ a poliédrica: fixam-se mais adequadamente, atrito interno elevado, maior resisténcia a fragmentacao. d) Dureza - E uma caracteristica extremamente importante. Os a- gregados sao submetidos diretamente @ aco do trafego e, por- tanto, podendo sofrer esmagamento (esforcos verticais) e des- gaste (esforcos tangenciais). Um método de avaliar esta ca- racteristica @ 0 ensaio de Abraso de Los Angeles. 0 DNER re- comenda na sua especificacao, que o desgaste Los Angeles seja inferior a 40%. e) Limpeza - Se as particulas estao envolvidas por po, silte ou argila, 0 envolvimento (adesdo) do ligante fica prejudicado. 4.1.2.2. Caracteristicas Fisico-Quimicas a) Adesividade - A adesividade do agregado ao 1igante betuminoso @ uma propriedade essencial para se obter bons resultados dos tratamentos superficiais. Adesividade & a capacidade do 1i- gante envolverem e molharem as superficies dos agregados. Re- comenda-se que os agregados a serem empregados nos tratamen- tos superficiais, devam ser constituidos de particulas limpas, duraveis, isentas de pd ou recobertas de outras substancias nocivas adesividade ao ligante. b) Alterabilidade - 0 agregado, conforme sua origem (tipo de ro- cha) pode sofrer processo de decomposicao por estar submetido diretamente 3s intempéries e acéo combinada dos agentes atmos- féricos e do trafego. Um método de avaliar a durabilidade do agregado & 0 ensaio de durabilidade (perda maxima com sulfato 06 de sédio/magnésio < 12%). 4.2, Ligantes Betuminosos 4.2.1, Consideracoes Gerais A finalidade dos ligantes betuminosos @ de fixarem os agregados e impermeabilizar o pavimento. Na escolha dos ligantes mais apropriados, devem-se considerar di- versos fatores tais como: caracteristicas dos agregados, trafego, condices climaticas locais, caracteristicas da superficie subjacente, resisténcia ao en- velhecimento e economia. 0 ligante betuminoso para tratamentos superficiais deve satisfa- zer a trés pontos basicos: 19) Quando do espalhamento, o ligante deve ser suficientemente fluido para obter-se uma ap] icacdo uniforme sobre a superfi- cie a cobrir; 20) quando do espalhamento do agregado, o ligante deve estar su- Ficientemente fluTdo para envolver rapidamente as particulas do agregado; 30) Apds a conclusdo do tratamento superficial e entregue ao tra- fego, 0 Tigante deve ter viscosidade adequada para reter 0 gregado no lugar. A aplicagao do ligante betuminoso com viscosidade adequada é uma exigéncia por vezes conflitantes. Se a viscosidade do ligante € baixa, facili ta a sua distribuicdo na pista, a molhagem do agregado e a reorientacao das particulas pela acdo do trafego; se a viscosidade @ alta, o ligante retém me- Thor os agregados no lugar, evita escorrimentos e esxudacao. 07 4.2.2. Tipos de Ligantes Betuminosos Para tratamentos superficiais, o INSTITUTO BRASILEIRO DO PETRO- LEO-IBP (1978) recomenda os seguintes tipos de ligantes betuminosos: a) Cimento Asfaltico de Petrdleo: CAP - 150/200. b) Asfaltos Diluidos: CR - 250 (70% de asfalto + 30% de diluen- te); CR - 800 (82% de asfalto + 18% de diluente); CR- 3000 (86% de asfalto + 14% de diluente). c) Emilsdes Asfalticas: RR-1C (62% de asfalto residual); — RR-2C (67% de asfalto residual). 0 IBP recomenda que as temperaturas de aplicacao deverdo ser as que permitam a execuco, dentro das seguintes faixas de viscosidade: a) CAP e ASFALTOS DILUIDOS: 20 a 60 SSF (Segundos Saybolt Furol). b) EMULSOES ASFALTICAS: 25 a 100 SSF. 4.2.3. Vantagens e Desvantagens de cada Tipo de Ligante Betumi- noso a) Cimento Asfaltico de Petrdleo - CAP Vantagens: - Propriedades reoldgicas adequadas; - Pelicula envolvente com.espessura satisfatoria; = Desenvolvimento rapido de elevada viscosidade; = Adesdo completa dos agregados; = Impermeabil izacao ef icaz. Desvantagen: = Execuco mais artesanal (“panos de 150 m); = Cobertura imediata com agregados apés apl icacao; i = Perigo de superaquecimento (nao se recomenda aquecer o CAP Be além de 177°C); i = Cuidados extremosos na distribuicao; b) c) 08 - Eventual limitacdo na jornada de trabalho; = Controle total da relacdo viscosidade x temperatura; = Adesividade em alguns casos deficiente (os agregados nao sao aquecidos). Asfal tos DiluTdos Vantagens: = Facilidade de execuco (ndo exije cobertura imediata de gregados) ; - Alto produtividade ("panos de 500 m); = Propriedades reolégicas adequadas; = Pelicula de espessura conveniente; = Impermeabilizacao satisfatorias - Distribuigao uniforme. Desvantagens: = Desenvolvimento lento da viscosidade; = Controle rigoroso da velocidade do trafego (interdic¢ao do trafego). Emulsdes Asfalticas Vantagens: ~ Facilidade de execucao; = Condigdes de trabalho sob condicdes pouco propicias; = Nao exije cobertura imediata dos agregados; = Aquecimento do ligante @ baixas temperaturas (< 70°C); = Alta produtividade ("panos" de 500 a 800 m); = Propriedades reolégicas adequadas; = Espessura de pelicula conveniente; = Distribuigao uniformes - Impermeabil izacdo satisfatoria; ~ Instalagées e equipamentos mais simples (menos onerosos). Desvantagens: = Desenvolvimento lento da viscosidade; = Controle rigoroso do trafego (interdicdo de pelo menos 48 09 ~ Limitacao da taxa de aplicacdo maxima (> 1,4 1/m? ocurre es- ‘coamento) ; - Tempo de estocagem limitado (< 7 dias). 5. MBtodo de Dosagem Existem uma série de métodos de dosagem e na sua maioria, esses m@todos se fundamentam em duas propriedades principais, ou seja: dosagem do a- gregado e dosagem do ligante. 5.1. Dosagem de Agregados - Distingue-se dois métodos: — métodos diretos e métodos indiretos. 2 , po a) Métodos Diretos - A quantidade de agregados @ determinada ex- perimentalmente. So os mais precisos e racionais. Destacam- -se entre eles, 0 método da Placa (mais usual), método de Hachintosh e método de Vaniscotte e Duff. 0 “Wétodo da Placa" consiste em distribuir uma camada de a- gregado sobre uma placa de rea conhecida (50 x 50 cm). Os a- gregados estéo dispostos de forma tal a formar uma camada uni- forme, sem superposicao e sem deixar claros. Esta operagio de- ve-se repetir 3 vezes, obtendo-se a densidade aparente (o =°). A taxa de agregado & calculado em 1/m?. A espessura média calculada, dividindo-se a taxa em Kg/n? pela densidade apa- rente em Kg/n?. b) Hétodos Indiretos - A quantidade de agregados @ determinada a partir de formulacées matematicas, baseadas em dimensées par- ticulares dos agregados (média da menor dimensdo - MND - ta anho efetivo). Fundamentaco dos Métodos Indiretos: quantidade de agrega~ dos = f (dimensdes e forma). Demonstracao: . ) ~ Agregado de forma esférica de diametro D (nm); | °- Quantidade de agregados/m?: n x D x D = 1000 x 1000 = 10°/0?; / | = Volume total aparente de agregados/m?: veh x Bm . (Oe Wg vole me 7 De 0% = 10602 6 9 6 6 6 reso Isto significa que o volume de agregado/m? @ proporcional a média da menor dimensdo (HMD); - Volume de vazio’ considerando um cubo de aresta nD, que en- cerram n esferas de diametro D, temos: = volume total, Vz = n9D* ane ew eo > vol 3 - aos bu + volume real de esferas = n? x x -2 7 = volume de vazios, Vy = n20? - ns xe = nev9(1 - 2) + % de vazios = Vy/Vq x 100 = (1-2) x 100 = 47,64% Logo, a porcentagem de vazios depende do niimero n de esferas e de seu diametro D. B.1) Método de Hanson - 0 engenheiro neo-zelandez F. M. Hanson (1935) foi o precursor na fundamentacao de dosagem de agregado e ligante para tratamentos superficiais. 0 método de Hanson baseia-se nos seguintes principios (teoria dos vazios): 19) 0 agregado devera ter uma granulometria estreita ou seja 20) Apds o espalhamento e antes da compactacdo, as particulas Ficam numa posicao desarranjada eo volume de vazios en tre os agregados atingem aproximadamente 50%; 30) Apds a compactacao, as particulas do agregado se orientam no sentido de ficarem mais estdvel, apoiando-se na sua maior dimensfo e 0 volume de vazios entre as mesmas se re- duzem a mais ou menos 30%; 20) Ande > ahartuwa do trfenn as varine co reduzem a mais ou menos 20%; todas as particulas se colocam numa posicao correspondendo ao seu lado mais achatado - Figura 1, ha- vendo alguma quebra das :particulas do agregado devido rolagem e ao trafego. A espessura média final do tratamen- to superficial @ determinada da menor dimensdo média’ to- tal das particulas do agregado. E 0 que Hanson chamou de “Média da Dimensao Minima" (MDM) - Figura 1. MOM Figura 1 - Camada de agregado solta e camada compactada. Hanson recomenda a obter a NOM, escolhendo-se aleatoria- mente 100 particulas de agregado a ser utilizado no tra- tamento superficial, medindo sua dimensao minima com pa- quinetro. A quantidade de agregado em 1/m? @ feita da seguinte maneira: Chamando-se de Es a espessura da camada solta de agregados, ce Ea a espessura do agrecado, de Ey a espessura correspondente aos vazios e de E¢ a espessura final comprimida, ten-se, entao, baseado no 29 principio: On L0eS Ey, = fo 0,50 E, (01) 12 e que Ey = Ec - Eg (02). Substituindo (01) em (02), vem: ¢ 7 0950 ES (03) Tendo em vista o 49 principio, tem-se que: 0,20 E, (04) Comparando (03) com (04), vem: 0,206 =E,- 0,506, ou £, = 0,625 E, Como a espessura comprimida E¢ € também igual a om, tem-se: E, = 1,6 MOM Considerando-se 10% de perdas, ten-se: Eg. = 1,76 MDM (1/m?), onde MDM @ medido em mm. REGRA FRANCESA D+d (1/2), onde De d, didmetros maximos e Agregado: V, = 1,1 minimos em mm, 5.2. Dosagem de Ligantes Betuminosos Método de Hanson - Para se obter o teor de ligante , Hanson ve- rifica que: 50) 0 teor dtimo de ligante era aquele que preencha 2/3 dos 20% de vazios entre as particulas de agregado. Desta forma;-tenos: ida 13, Como Ey = 0,20 Ec, tem-se que: 0,133 MOM REGRA FRANCESA te 10 (1/m®), oride V, 0 volune de agregados. a) Correcdes das Dosagens Tedricas de Ligantes De um modo geral, os métodos de dosagem de ligantes levam em con- sideracdo 0 fator de correcao devido a certas caracteristicas como: superficie a tratar, trdfego, clima, agregados, tipo do ligante e geometria da via. As ca- racteristicas devem ser consideradas em conjunto e as correcdes devem oscilar no maximo entre + 20%. Betuminoso, b) Conclusao Os métodos de dosagem traduzem apenas uma ordem de grandeza pri- 6. Especificacdo do DNER Gracuacdo dos Agrecados e Quantidades de Agregado e de Liyante 1, Vratamento Superficial Simples - TSS l4 PENEIRA % PASSANDO, EM PESO MM A B c 12" 12,7 - 100 100 3/8" 9,5 100 85 - 100 4,585 - 100 T= no 4 4,8 85 - 100-5 10- 30 O- 04,3 No 10 2,0 10- 40-2 O- 10°29 0- 4 NO 20 1,2 o- 5 - - No 200. 0,074 o- 2 o- 2 - AGREGADO 7 kg/m? 12 Kg/m? 12 Kg/m? LIGANTE 0,5 1/m@ 0,8 1 /m 0,8 1 /m? 2, Tratamento Superficial Duplo - TSD PENEIRA. % PASSANDO, EM PESO MM 12 CAMADA 28 CAMADA 1” 25,4 100 A B 3/4" 19,1 90 - 100 D9 - - 1/2" 12,7 20- 55,4, 100 S 3/8" 9,5 0- 1585-10075 100° No 4 4,8 O- 5 10- 80 85-100 No 10 2,0 - 0- 102 0- 4. No 200. (0,074 o- 2 o- 2 o- 2 ‘AGREGADO. 25 kg/m? 12 Ka/m® 12 Kg/me LIGANTE 1,3 1/m? 1,0 1/m? 1,0: 1/m? ay PENETRAS ™ 18 CANADA, 1, 13 38,1 100 ” 25,4 90 - 100 3/4" 19,1 2- 55 1/2" 12,7 o- 10 3/8" 9,5 o- 5 No 4 48 - No 10 2,0 = No 40 0,42 - No 200 0,074 o- 2 ‘AGREGADO 36,0 Kg/m? LIGANTE 1,5 Vn a) b) 4) e) - Equipamentos Caminh3o tanque dotado fratanento Superficial Triplo - TST 1S % PASSANDO, EM PESO 28 CAMADA 3@ CAMADA 254) - - 100 4 > 85 - 100-43 10 - o- 5 o- o- 2 Oo- 2 16,0 kg/m 7,0 Kg/né 1,5 1/m? 0,5 1/m de barra espargidora Distribuidor de agregados Compactadores: rolo tan dem metal ico (5 a 8 toneladas) e rolo pneumatico autopropulsor Vassoura mecanica Equipamentos complementares: rastelos, pas, regadores e carri- nhos de mao. Processos Executivos is simples e duplo. As Figuras 2 e 3 mostram os detalhes de execucao dos tratamentos 76 Preparecio do pavimento Limpeza do pavimento Espathamento da camade de emulss0 Espathamento dos agregados Compactario 4 com role, preuinbico 5 Abertura a0 tréfego (velocidede reduzida) Limpeza dos 6 oraosexcedemtes FIGURA 2 - PROCESSO EXECUTIVO DO TRATANENTO SUPERFICIAL SIMPLES iP 4 Limpeza Espalhamento de 12 camade de emulsso 3 Espalhamento da 18 camada de agregado Espalhamento da 4 eamace de emulss0 x Espalhamento da 2 camada ce agregado Compactarao com rolo preumético 6 ‘Abertura a0 tréfegocom velocidade reduzida 4 FIGURA 3 - PROCESSO EXECIITIVO DN TRATAMFNTO SUPFRFICIAL NUPI.O 78 Em tratamentos superficiais as ocorréncias de defeitos mais fre- quentes sao: - Desagregacio; ~ Exsudagio; - Estrias; Rejeicao excessiva de agregados da GItima camada; = Corrugages; - Juntas de construcao defeituosas; - Rugosidade geométrica inadequada. Goan oene As principais causas de erros, sao devidos a: ~ Projeto inadequados = Dosagem na obra incorreta; ~ Execugo deficientes - MB qualidade dos materiaiss Emprego de equipamento defeituoso ou nao apropriado; - Condigdes de clima desfavoraveis; Irregularidade da superficie a tratar. Noannene 1. Desagregacdes - Despreendimento de particulas de agregado sob a agdo do trafego e do intemperismo. Sdo normalmente local izadas. Causas mais provaveis: - Adesividade Tigante - agregado deficientes Subdosagem do Tigante; Excesso de agregados; Granulometria deficiente; Presenca de po e/ou impurezas; - Natureza e estado da superficie subjascente. 2. Exsudagdes - Afloramento do ligante excessivo na superficie do Ocorrem em zonas local izadas ou em faixas. Causas mais provaveis: = Excesso de ligante; "= Subdosagen de agregados; ~ Despreendimento de agregados; » 19 Agulhamento dos agregados na camada subjascente; Fragmentacao dos agregados; Excesso de finos; Ligante exageradamente fluidos Clima quentes Trafego pesado, 3. Estrias - Falhas longitudinais devidas ao despreendimento de agregados. Ocorrem nas faixas de trafego. Causas mais provaveis: - Altura incorreta da barra espargidora (recobrimento) ; - Inexisténcia de paralelismo barra/pista na execucao; Execugao deficiente da bomba dosadora; = Abertura angular inadequada dos bicos espargidoress = Envelhecimento do Tigante; = Falha do bicos = Bico defeituoso. 4, Rejeicao Excessiva de agregados (i1tima camada) - — Expulsao excessiva de agregados sob a ago do trafego. Causas mais provavei: - Excesso de po ~ Abertura imediatamente ao trafego (ligante: asfalto diluido ou emuls6es) ; Velocidade excessiva na abertura do trafego; Incompatibilidade de granulometria; Excesso de agregados; Subdosagem de ligante. 5. Corrugacdes - Pequenas ondulacdes formadas no sentido trans- causas mais provaves - Distribuicao irregular do ligante produzida por deficiéncia da bomba dosadora. 20 6, Juntas de construcao defeituoses - Juntas longitudinais e to- “nadas transversais vesiveis. Causas mais provaveis: = Execucao deficiente (recobrimento de ligante excessivo, reco- brimento de agregados insuficiente isuperposicdo das juntas Jong itudinais). 7. Rugosidade geonétrica inadequada - Superficie demasiadamente lisa, apresentando reduzida resisténcia 4 derrapagem. Causas mais provaveis: - Excesso de ligantes - Ligante de baixa viscosidade; = Agregados com caracteristicas inadequadas (forma e resistencia ao desgaste a fragmentacao e ao pol imento). BIBLIOGRAFIA 1 - DNER, Manual de Pavimentacao, Volume II, 1975. 2 - HANSON, F. M., Bituminous Surface Treatments of Rural Higways, Proc. New Zedland Soc. of Civil Engineers, Vol. 21, 1935. 3 - INSTITUTO BRASILEIRO DE PETROLEO, Informacées Basicas Sobre Materiais As- falticos, Rio de Janeiro, 1978. 4 ~ VISSER, A. T., Design and Maintenance Criteria Improved Skia-Resistance of Roads, The Civil Engineer in South Africa, Vol. 18, pp.177-183, 1976. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 1.- BAPTISTA, C. N., Pavimentacdo, Vol. III, Globo, Porto Alegre, 197 2 - GONTINO, P. R. A. e SANTANA, H., Tratamentos Superficiais Betuminosos, 208 Reuniao Anual de Pavimentacéo, Volume 2, Fortaleza, 1985. 3 - VISSER, A. T., Projeto e Construcao de Tratamentos Superficiais para a Con- servacio de Rodovias, 39 Encontio de Asfalto, pp. 122-147, Rio de Ja~ neiro, 1978,

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