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I SERTE — N* 26 — B.0. DA REPUBLICA DE CABO VERDE — ASSEMBLEIA NACIONAL CARTAO ESPECIAL DE IDENTIFICAGAO DE DEPUTADO [x] Nome: ‘Ass. do Deputado, fe ] (© Presidente, aa — vauipane O portador deste cart nde pode sor dade ou preso, som auto- vzagao da Assombleia Nacional, salvo em caso de Magraato dei, pur erimo aque eorresponda pena de priato cup limite maximo se superior a dois anos o, fora de Nlagrants delta or ernie a que cor responde pena, cjo limite masimo seja superior a ita anos de p= so art’ IBY? 92 da Consitigao da Replies ‘Tom drcto sonade, (ar 1 ire transito, om locas publico, de acceso con 2 alinea a) da Constituiga da Repablien Esta dispensa do lcenga de uso de porte de arma (anes d) art 21 da Lei n? 18192), revista pela Lal n# 70IVA2, de 30 de Dezembro, } Resolugio n* a21vi93 | de 19 athe. A Assembleia Nacional vota, nos termos da alinea ) do n® 3 do artigo 191° da Constituigao, a seguinte reso- lupao: ‘Artigo unico E aprovada a Carta Africana dos Direitos e do Bem Estar da Crianga assinada em 26 de Fevereiro de 1992, cujo texto oficial em portugués se publica em Aprovada em 28 de Maio de 1993, Publique-se. 0 Presidente da Assembleia Nacional, em exereicio, Ant6nio do Espirito Santo Fonseca. Primeira parte: Direito e deveres CAPITULO I Direitos e Protecedio da Crianga Artigo Obrigagses dos Estado Membros 1, Os Estados Membros da Organizagao da Unidade Africana, partes da presente Carta reconhecem os di- 19DE JULHO DE 1993 317 reitos, liberdades e deveres consagrados na presente Carta'e comprometem-se a tomar todas as medidas ne- cessarias em conformidade com os seus procedimentos constitucionais com as disposigdes da presente Carta, para adoptar todas as medidas legislativas ou outras necessarias & efectivacdo das suas disposigées. 2. Qualquer disposigtio da presente Carta nao tem efeito sobre qualquer outra disposigo mais favoravel na realizagdo dos direitos e na protecpéo A crianga que figure na legislagdo de um Estado Parte ou em qual- quer outra Convencao ou Acordo Internacional em vigor no dito Estado. 3. Qualquer costume, tradieao, pratica cultural ou re- ligiosa ineompativel com os direitos, deveres e obriga- 98es enunciados na presente Carta deve ser desencora- Jado na medida dessa incompatibilidade, Antigo 2 Definigiio da crianga Nos termos da presente Carta entende-se por «Crianga» qualquer ser humano com idade inferior a 18 anos. Antigo 3 Nie diseriminagio Qualquer crianca tem direito de gozar de todos os di- reitos e liberdades reconhecidos e garantidos pela pre- sente Carta, sem distingdo de raga, grupo étnico, cor, sexo, Iingua, religiao, conviceAo politica ou outra opi- nio, origem nacional e social, econémica, nascimento, ou de outro estatuto e sem distingao da mesma ordem para seus pais ou seu tutor legal, Antigo (Interesse superior da erianga) 1. Em qualquer acgdo respeitante a erianga, em- preendida por qualquer pessoa ou autoridade, o inte- resse da crianga sersi considerado primordial. 2. Em qualquer proceso judicial ou administrativo que afecte a crianga capaz de se comunicar proceder- -se-4 de maneira a que os pontos de vista da erianga possam ser ouvidos quer directamente quer através de um representante impareial que tomard parte no pro- cesso e os seus pontos de vista serdo tomados em consi- deragao pela autoridade competente de acordo com as disposigdes das leis aplicdveis na matéria. Artigo 6 Sobrevivéncia e desenvalvimente 1, Qualquer crianga tem direito A vida. Bsse direito imprescritivel. Esse direito 6 protegido pela lei 2. Os Estados-Parte da presente Carta asseguram, na medida do possivel, a sobrevivéncia, a protecgio ¢ 0 Gesenvolvimento da crianga. 3. A pena de morte nao é pronunciada por crimes co- metidos pelas criangas. 318 1 SERIE — N* 26 — B.O. DA REPUBLICA DE CABO VERDE — 19 DE JULHO DE 1993 Artigo 6 Nome e nacionalidade 1, Qualquer crianga tem direito a um nome desde 0 seu nascimento, 2. Qualquer crianga deverd ser registada imediata- ‘mente ap6s 0 seu nascimento. 3. Qualquer crianga tem direito a adquirir uma na- cionalidade. 4. Os Estados-Parte da presente Carta empenham-se a velar para que as suas legislagdes reconhegam o prin- eipio segundo o qual a crianga tem direito a adquirir a nacionalidade do Estado do territério no qual ele/ela tenha nascido, uma vez que no momento do seu nasei- mento, ele/ela néo possa pretender de: conformidade com essas leis a nacionalidade de um outro Estado, Antigo 7 Liberdade de expresso Qualquer crianca eapaz de se comunicar devera ver garantido o direito de exprimir livremente as suas opi- nides em todos os dominios e fazer conhecer as suas ‘opinises, sob reserva das restrigdes previstas pela lei. Antigo Liverdade de associagio Qualquer crianga tem direito a livre associagdo e & li- berdade de reuniao pacifica em conformidade com a lei Antigo # Liberdade de pensamento, de consciéneia o de reli 1. Qualquer crianga tem direirto a liberdade de pen- samento, de consciéncia e de religiao. 2. Os pais e, se for 0 caso, o tutor legal deverao dar conselhos e orientagdes no exercicio destes direitos de maneira compativel com evolugio das eapacidades e superior interesse da erianga, 3. Os Estados-Partes da presente Carta deverdo res- peitar a obrigagao dos pais e, se for o caso, do tutor de dar conselhos e orientagdes no gozo desses direitos em conformidade com as leis e politicas nacionais ap! veis na matéria. Artigo 10" Protecgio da vida privada Nenhuma crianga poderd ser submetida a ingeréncia arbritréria ou ilegal na sua vida privada, sua familia, seu lar ou sua correspondéncia ou a atentados a sua honra ou reputagdo, entendendo-se entretanto que aos, Pais é reservado 0 direito de exercer um controla razod- vel sobre a conduta da crianga. A erianga tem direito A protecgo da lei contra tais ingeréncias ou atentados, ‘Antigo 118 Eaucagio 1. Qualquer crianga tem direito a educagao. 2. A educagao da crianga visa: @) Promover e desenvolver a personalidade da crianga, os seus talentos bem como as suas capacidades mentais ¢ fisieas até o seu com- pleto erescimento; 4) Encorajar o respeito dos direitos do homem e das liberdades fundamentais, nomeada- mente dos que esto enuneiados nas disposi- g0es dos diversos instrumentos africanos re- ativos aos direitos do homem e dos povos nas declaragées e convengdes internacionais sobre 0s direitos do homem; ©) Preservar e reforgar os valores morais, tradi- cionais e eulturais africanos positives; @ Preparar a crianga para levar uma vida res- ponsdvel numa sociedade livre, num espirito de compreensio, tolerancia, didlogo, respeito miituo e de amizade entre 0s povos ¢ entre os grupos étnicos, as tribos e as comunidades religiosas; ¢) Preservar a independéncia nacional ¢ a inte- gridade territorial; ) Promover e instaurar a unidade e a solidarie- dade africanas; g) Suscitar o respeito pelo meio ambiente ¢ pelos recursos naturais; 1) Promover a compreensao dos cuidades prim rios de sauide pela crianga. 3. Os Estados-Parte da presente Carta tomario todas as medidas apropriadas com vista a prosseguir a plena realizagao desse direito e, em particular, compro- metem-se a: @ Garantir um ensino de base gratuito e obriga- t6rio; 4) Encorajar o desenvolvimento de ensino seeun- dario sob diferentes formas e tornd-lo pro- gressivamente gratuito e acessivel a todos; ©) Tornar, por todos os meios apropriados, o en. sino Superior acessivel a todos, tendo em conta as capacidades e as aptiddes de cada um; d) Tomar medidas para encorajar a frequéncia regular dos estabelecimentos escolares e re- duzir a deserpsio escolar; e) Tomar medidas especiais que garantam que a erianga de sexo feminino, de todas as cama- das sociais, dotadas e destavorecidas, te- nham igual acesso a educagao. 4. Os Bstados-Parte da presente Carta respeitardo os direitos e deveres dos pais e, se for caso, os de tutor legal de escolher para suas criangas um estabeleci- ‘mento escolar que nao os criados pelas autoridades pi- blicas, desde que esta esteja conforme com as normas minimas aprovadas pelo Estado para asegurar a educa- 40 religiosa e moral da crianga de maneira compativel com a evolucdo das suas eapacidades. I SERIE — N* 26 — B.O. DA REPUBLICA DE CABO VERDE — 19 DE JULHO _DE 1993 5. Os Estados-Parte da presente Carta tomario todas as medidas apropriadas para garantir que uma crianga submetida a disciplina de um estabelecimento escolar ou dos seus pais seja tratada com humanidade e com respeito pela dignidade a ela inerente e de conformidade com a presente Carta. 6. Os Estados-Partes da presente Carta tomardo todas as medidas apropriadas para assegurar As meni- nas (que engravidem) antes de terem terminado os seus estudos tenham a possibilidade de os prosseguir tendo em conta as suas aptidses individuais, 7. Nenhuma disposigao do presente artigo poder ser interpretada como favorecendo a liberdade de um indi- viduo ou de uma instituigio de eriar e dirigir um esta- belecimento de ensino, sob reserva dos prineipios enun- ciados no pardgrafo’ 1 do presente artigo serem respeitados e que o ensino ministrado neste estabeleci- meto respeite as normas minimas fixadas pelo Estado competente. Antigo 12° Lazer, actividades recreativas e eulturai 1, Os Estados-Parte reconhecem o direito da erianga a0 descanso e ao lazer, o direito de praticar jogos e acti- vidades recreativas de acordo com a sua idade e de participar livremente na vida cultural e artistica. 2. Os Estados-Parte respeitardo e favorecerao o di- reito da crianca a participar plenamente na vida cultu- ral e artistica favorecendo o desabrochar de activida- des eulturais e acessfveis a todos. Antigo 19° (Criangas deficientes 1, Qualquer crianga que seja mental ou fisicamente deficiente tem direito a medidas especiais de proteegaio correspondentes &s suas necessidades fisicas e morais, € nas condigdes que garantam a sua dignidade, favore- sam a sua autonomia e a sua participagdo activa na vida comunitaria. 2. Os Estados-Parte da presente Carta empenham-se na medida dos recursos disponiveis, a prestar & crianga deficiente e aos que sido responsdveis pela sua manu- tengdo a assisténcia que tenha sido solicitada e que seja util, tendo em conta a condigao da crianga e vela- rao nomeadamente para que a erianga deficiente tenha efectivamente acesso a formacao, preparagao para vida prfissional e as actividades reacreativas de modo a as segurar a sua mais plena integragio social, cresci- mento individual e seu desenvolvimento. cultural ¢ moral. 3. Os Estados-Parte da presente Carta utilizam, os recursos de que dispdem com vista a garantir progres- sivamente completa liberdade de movimento aos difi- cientes mentais e fisicos e permitir-Ihes acesso aos edi- ficios puiblicos construidos em elevacées e noutros lugares aos quais os deficientes poderao legitimamente pretender ter acesso, Artigo 14° Satide e servigos médicos 1. Qualquer erianga tem direito a gozar o melhor es- tado de sauide fisiea mental e espiritual possivel. 319 2. Os Estados-Parte da presente Carta comprome- tem-se a prosseguir o pleno exercicio desse direito n¢ meadamente tomando medidas com os seguintes fins: a) Reduzir a mortalidade pré-natal e infantil; 6) Assegurar a prestagao de assisténcia médica e 08 necessirios cuidados de satide a todas as criangas, incidindo no desenvolvimento dos euidados primérios de satide; ©) Assegurar 0 fornecimento de uma alimentagao adequada e agua potavel; @ Lutar contra a doenga ¢ a mé nutrigdo no qua- dro dos cuidados ‘primarios de satide me- diante a aplicagio de técnicas apropriadas; ©) Dispensar cuidados apropriados as mulheres gravidas e as maes que amamentam; ) Desenvolver a profilaxia, a educagao ¢ os servi- gos de planeamento familiar; 4g) Integrar os programas de servigos de satide de base nos planos de desenvolvimento nacio- nal; A) Velar para que todos sectores da sociedade, ‘em particular, os pais, os responsdveis das comunidades infantis ¢ os agentes comunit4- rios sejam informados e, encorajar a utiliza- ‘go dos conhecimentos alimentares em maté- Tia de sade e nutrigéo da crianga: as vantagens do aleitamento natural e higiene do meio e, prevengtio dos acidentes domésti- cos € outros; ) Associar activamente as organizagbes nao go- ‘vernamentais, as comunidades locais ¢ as po- pulagbes beneficidrias a planificagio e & ges- tao dos programas de servigos de base para as eriangas; BD Apoiar através de meios téenicos e financeiros ‘a mobilizagdo de recursos das comunidades locais em favor do desenvolvimento dos cui- dados primarios de satide para as criangas. Antigo 15° ‘Trabalho infantil 1. A crianga é protegida contra toda a forma de ex- ploragao econémica e exereicio de trabalho que prova- velmente comporte perigo ou que tende a perturbar a educagao da crianga ou comprometer a sua satide ou 0 seu desenvolvimento fisico, mental, espiritual, moral ou social 2. Os Estados-Parte da presente Carta tomardo todas as medidas legislativas e administrativas ade- quadas para assegurar a plena aplicagao do presente artigo que visa tanto o sector oficial e informal como 0 sector paralelo do emprego, tendo em conta as disposi- ges pertinentes dos instrumentos da Organizagéo In- ternacional do ‘Trabalho relativos as eriangas. As Par- tes comprometem-se nomeadamente: @) A fixar, por lei propria, a idade minima reque- rida para ser admitido ao exereicio deste ou daquele emprego; 20 I SERIE — N® 26 — B.O. DA REPUBLICA DE CABO VERDE — 19 DE JULHO DE 1993 6) A adoptar regulamentos apropriados referen- tes as horas de trabalho © as condigdes de cemprego; ©) Aprever penas apropriadas ou outras sangies para garantir a aplicagio efectiva do pre- sente artigo; @) A favorecer a difusao de informagio sobre os riscos para todos os sectores da comunidade que o emprego de mao-de-obra infantil com- porta. Antigo 16" Protecgao contra abuso © maus tratos 1. Os Estados-Parte da presente Carta tomardo m didas legislativas, administrativas, sociais‘e educa vas especificas para proteger a crianga contra qualquer forma de torturas, tratamentos desumanos degra- dantes e em particular, qualquer forma de atentado ou de abuso fisico ou mental, enquanto estiverem sob a responsabilidade de um parente, de um tutor legal, da autoridade escolar ou de qualquer outra pessoa a quem tenha sido confiado a guarda da erianga. 2. As medidas de protecedo previstas em virtude do presente artigo compreendem procedimentos efectivos para a criago de organismos especiais de vigilancia enearregados de fornecer & crianga e aqueles que os tém a seu cargo, 0 apoio necessario bem como outras formas de medidas preventivas e para detectar e assi- nalar os casos de negligéncia ou de maus tratos e pro- mover inquérito a esse respeito, o tratamento do caso e © seu seguimento, Antigo 1F Administragio da justiga para menores 1. Qualquer crianga acusada ou declarada culpada de ter transgredido a lei penal tem direito a um trata- mento especial compativel com o sentido que tem da sua dignidade e do seu valor e proprio a reforgar 0 res- peito da crianga pelos direitos do homem e pelas liber- dades fundamentais dos outros. 2. Os Estados-Parte da presente Carta devem em particular: @) Velar para que nenhuma erianga detida ou resa ou que esteja de qualquer outro modo desprovida da sua liberdade nao seja subme- tida a tortura ou a tratamentos ou castigos desumanos ou degradantes; }) Velar para que as criangas sejam separadas dos adultos nos lugares de detengdo ou de prisao; ©) Velar para que qualquer crianga acusada de ter transgredido a lei penal: 1) seja presumida inocente até que seja devi- damente reconhecida culpada; iW) seja atempadamente informada e em de- talhe das acusagGes feitas contra ela e be. neficie dos servigos de um intérprete easo no possa compreender a lingua utilizada; iii) possa receber assisténcia judicidria ou outra apropriada para preparar e apresen- tar a sua defesa; iv) veja 0 seu caso solucionado téo rapida- mente quanto possivel por um tribunal im- parcial e se for reconhecida culpada, tenha 2 possibilidade de apelar a um tribunal de instancia superior; v) néo seja forgada a testemunhar ou a reco- nhecer-se culpada; vi) proibir a imprensa e ao publico de assistir 0 Proceso, 3. O objectivo essencial do tratamento da crianga du- rante 0 proceso é, mesmo se for declarado culpado de ter transgredido a lei penal, a sua correceao, sua rein- tegragio no seio da familia ¢ sua reabilitagao social 4, Uma idade minima deve ser fixada, aquém da qual se presume que nao tém responsabilidade perante allei penal. Artigo 188 Proteegio da familia 1, A familia é a eélula de base natural da sociedade. Ela deve ser protegida e apoiada pelo Estado na sua instalacao e desenvolvimento, 2. Os Estados-Parte da presente Carta tomarao me- didas apropriadads para assegurar a igualdade de di- reitos e responsabilidade dos cOnjuges perante as criangas durante 0 casamento e durante a sua dissolu- sao. Em caso de dissolucao, disposicoes deverdo ser to- madas para assegurar a proteceao das criangas. 3. Nenhuma crianga podera ser privada de meios para sua manutengao em raziio do estatuto matrimo- nial dos seus pais, Antigo 19° Cuidado e proteegio pelos Pais 1, Qualquer erianga tem o direito & protecgiio e aos euidados dos seus pais ¢, se possivel residir com estes, Ultimos, Nenhuma crianga poder ser separada dos seus pais contra a sua vontade, salvo se a autoridade judicidria decidir conforme as leis aplicdveis na maté ria, que essa separacio € no proprio interesse da erianga, 2. Qualquer erianga, separada de um dos seus pais ou dos dois, tem direito a manter regularmente rela- es pessoais e contactos directos com os seus dois pais. 3. Caso a separagdo resulte da acgio de um Estado- Parte, esse Estado dever fornecer & erianga ou em vez desta, a um outro membro da familia, informagies necessarias concernentes ao local exacto de residéncia do ou dos membros ausentes da familia. Os Estados- Parte velardo igualmente para que a interposigao de tal pedido nao tenham sido objecto desse pedido. 4. Caso uma crianga seja apreendida por um Estado- -Parte os seus pais ou o seu tutor deverdo ser o mais, rapidamente informados pelo Estado-Parte, sobre 0 su- codido, I SERIE — N* 26 — 1. Os pais ou outra pessoa responsivel pela crianga séo 0s principais responsdveis pela sua educagdo & ‘erescimento e tem o dever: a) De velar para que tenham sempre presentes 0s interesses da crianga, 6) De assegurar, tendo em conta as suas apti- does e capacidades financeiras, as condigies de vida indispensdveis ao crescimento da erianga, ©) De velar para que a disciplina doméstica seja ‘administrada de maneira a que a crianga seja tratada com humanidade com o devido respeito pela dignidade humana. 2, Os Estados-Parte da presente Carta, tendo em conta os seus meios e a sua situagao nacional, tomardo todas as medidas apropriadas para: @) Assistir os pais ou outras pessoas responsa- veis pela crianga e, em caso de necessidade, prever programas de asistencia material € de apoio nomeadamente no que concerne a nutrigo, smide, educagio, vestudrio e hal tacao, b) Assistir os pais ou outras pessoas responsd- veis pela crianga para ajudd-los a desem- penhar as suas tarefas em relagdo & erianga fe assegurar 0 desenvolvimento de institui- sgoes que se encarreguem dos cuidados infan- tis. ©) Velar para que as criangas de familias cujos pais trabalham, beneficiem de instalagdes ¢ Ge servigos de creches. Artigo 21° Protecgiio contra Pri icax Sociais ¢ Culturais Negativas 1. Os Estados-Parte da presente Carta tomario todas as medidas apropriadas para abolir 03 costumes e praticas negativas, culturais e sociais que prejudicam ‘obem-estar, a dignidade, o crescimento e 0 desenvolvi- mento normal da erianga e em particular: a) Os costumes ¢ praticas prejudiciais a sade e ‘mesmo a vida da crianga; 5) Os costumes e praticas que constituem diseri- ‘minagdo em relagdo a certaseriangas por ra zes de sexo ou outras. 2. 0 casamento de eriangas ¢ a promessa a casa- mento de meninas e rapazes sao interditas e, medidas tfectivas, ineluindo legais, serao tomadas para especifi- car que a idade minima requerida para o easamento 6 de 18 anos e para tornar obrigatorio e registo de todos (08 casamentos numa lista oficial. Antigo 22° Confitos Armados 1, Os Estados-Partes da presente Carta compromete- ram-sé a respeitar e a fazer respeitar as regras do Di- reito Internacional Humanitario apliedveis em caso de ‘conflito armado que afectam particularmente as erian- as. B.O. DA REPUBLICA DE CABO VERDE — 19 DE JULHO DE 1993 321 2. Os Estados-Parte da presente Carta tomario todas as medidas necessdrias para velar para que ne- nhuma erianga tome directamente parte na hostili- dade e, em particular, que nenhuma crianga seja alis- tada, 3, Os Estados-Parte da presente Carta, devem se- gundo as obrigagdes que Ihes sao incumbidas no am- bito do direito internacional humanitario, proteger a populace civil em caso de conflito armado e tomar todas as medidas possiveis para assegurar a proteceao e cuidados as criangas afectadas pelos conflitos arma- dos. Esta disposieao aplicam-se também as criangas submetidas a situagdes de conflitos armados internos, de tensées ou de tumultos civis, Antigo 23 Criangax Refugiadas 1, Os Estados-Parte da presente carta tomarao todas as medidas apropriadas para garantir que as criangas que pretendam obter 0 estatuto de refugiado, ou que sejam consideradas como refugiadas em virtude do di- reito internacional ou nacional aplicdvel na matéria, possam receber, quer estejam acompanhadas ou nao de seus pais, tutor legal ou de um parente proximo, a pro- teegdo e assisténcia humanitaria que pretender no exercicio dos direitos que Ihes sao reconhecidos pela presente Carta e por qualquer outro instrumento inter- nacional relativo aos direitos do homem e ao direito hu: manitario, do qual os Estados sao signatarios. 2. Os Estados-Parte ajudam as organizagdes interna- ionais enearregadas de proteger e de assistir os refu- giados, nos seus esforgos para proteger e assistir as eriangas citadas no pardgrafo 1 do presente artigo, a reecontrarem 05 pais ou os parentes proximos das criangas refugiadas ndo acompanhadas com vista a obter as informagdes necessarias para as remeter a fa- milia, 3. Se nenhum parente, tutor legal ou parente préximo for encontrado, a crianga beneficiara da mesma protecsio como qualquer outra erianga privada, temporariamente ou permanentemente, do seu meio fa- miliar qualquer que seja 0 motivo. 4, As disposiges do presente artigo aplicam-se muta- tis mutandis &s eriangas deslocadas no interior de um pais, seja em consequéncia de uma catastrofe natural de um conflito interno, de perturbagées civis, desmoro- namento de edificios, econémicos e social, ou por qual- quer outra causa, ‘Antigo 24° Adopeio (Os Estados-Parte que reconhegam o sistema da adop- a0 devern velar para que 0 interesse da crianga preva- Tega em todos 0s casos © comprometem-se particular- mente a: a) Criar instituigdes competentes para decidir ‘sobre questées da adopgao e garantir que esta seja efectuada de acordo com as leis © procedimentos aplicdveis na matéria, e na base de todas as informagdes pertinentes fidveis, disponiveis, que permitam saber se a 322. adopgiio pode ser autorizada, tendo em conta © estatuto da crianga em relagio aos seus pais, parentes préximos e do seu tutor se for necessdrio, caso as pessoas relacionadas te- nham consentido, com conhecimento de causa, na adopedo apés terem sido aconse- Thados de maneira conveniente; 4) Reconhecer que a adopgao_transnacional sobre os direitos da crianga nos paises que ratificaram a Convenedo Internacional, ou a presente Carta ou a ela aderiram, pode asse- gurar a manutengao da crianga, se ela nao pode ser colocada numa familia de acolh mento ou uma familia adoptiva, ou se é im- possivel cuidar-se da crianga de uma ma- neira apropriada no seu pais de origem; ©) Velar para que a erianga afectada a uma adop- sao transnacional goze de uma protecgio de ormas equivalentes, as existentes do caso de uma adopgao nacional; d) Tomar todas as medidas apropriadas para que em caso de adopsao transnacional, a co- locagdo nao dé lugar a um tréfico com ga- nhos financeiros inapropriados para procu- rar adoptar uma crianga; ©) Promover 0s objectivos do presente artigo, efectuando acordos bilaterais ou multilate- ais ¢ interessar-se, para que, dentro deste quadro, a colocagao de uma’ crianga num outro pafs seja realizada a bom termo pelas autoridades ou organismos competentes; PD Criar um meeanismo que se encarregue de vi- giar o bem estar da erianga adoptada, Artigo 25° Separagio de Junto dos Pais 1. Toda a erianga, privada permanentemente ou tem- porariamente do. seu ambiente familiar seja porque azo for, tem direito a uma protecgao e uma assisten- cia especiais. 2. Os Estados-Parte da presente Carta comprome- tem-se a velar para que: a) Uma erianga érfa, ou que esteja tempordria ou permanentemente privada do seu am- biente familiar, ou eujo interesse exige que ela seja retirada desse meio, recebe cuidados familiares de recolocagao, que poderiam com- render particularmente a colocagiio num ir de acothimento, ow a colocapao numa ins- tituigdo conveniente que assegure os cuida- dos infant b) Que todas as medidas necessdrias sejam to- ‘madas para reencontrar e reconciliar a crianga com os pais, 1d onde a separagao é ‘causada por um deslocamento interno ou ex- terno provocado por eonflitos armados ou ca- tastrofes naturais. 8. Se se prevé colocar uma erianga numa estrutura de acothimento ou de, adopede, considerando 0 inte- resse da crianga, nao se perderd de vista o desejo de as- segurar uma continuidade na educagio da erianga e nao se perderd de vista as origens étnicas, religiosas e linguisticas da crianga. I SERIE — N* 26 — B.0. DA REPUBLICA DE CABO VERDE — 19 DE JULHO DE 1993 Antigo 26° Protecgio contra Apartheid ¢ a Diseriminagio 1. Os Estados-Parte da presente Carta comprome- tem-se, individual e colectivamente, a conceder priori- dade maxima as necessidades especiais das criangas ‘que vivem sob o regime do apartheid. 2. Os Estados-Parte da presente Carta, comprome- tem-se, além disso, individual ¢ colectivamente, a conceder prioridade maxima as necessidades especiais, das criangas que vivem sob regimes que pratiquem a Aiseriminagdo racial, étniea, religiosa ou qualquer forma de discriminacéo, assim como nos Estados sujei- tos a desestabilizagao militar. 3. Os Estados-Parte comprometem-se a fornecer, sempre que possivel uma assisténcia material a estas criangas @ a orientar os seus esforgos no sentido da eli- minagio de todas as formas de discriminagao e apar- theid do continente africano. Antigo 27° Exploragio Sexual Os Estados-Parte da presente Carta comprometem se, a proteger a erianga contra toda a forma de explora- gio ou de maus tratos sexuais ¢ empenhamse particu. jarmente a tomar as medidas para impedir: @) A incitagao, a coerpao ou 0 encorajamento de uma erianga a,envolver-se em qualquer act- 4) Auutilizagdio de eriangas para fins de prostitui- ‘¢d0 ou qualquer outra pratica sexual; ©) A utilizago de criangas em actividades e ‘eehas ou publicagdes pornograficas. Aigo 25° Consumo de Drogas Os Estados-Parte da presente Carta devem tomar todas as medidas apropriadas para proteger a crianca contra 0 uso ilicito de substancias nareéticas e psicotré- picas tais como as definidas nos tratados internacio- nais pertinentes e para impedir a utilizacdo das erian- gas na produgio e trafico destas substancias. Antigo 298 Venda, Trafico, Rapto e Mendici Os Estados-Parte da presente Carta devem tomar as medidas apropriadas para impedir o seguinte: @) 0 rapto, a venda ou 0 tréfico de criangas seja para que fim for ou sob qualquer forma, seja por quem for, incluindo parentes ou tutor Tegal; b) A utilizagao de criangas na mendicidade. Aigo 30 Criangas de Mes Pristoneiras Os Estados-Parte da presente Carta devem prever um tratamento especial para as mulheres gravidas © mies jovens que tenham sido acusadas ou julgadas eul- padas de infracgdo & lei penal, e devem empenhar-se particularmente a: a I SERIE —N® 26 — B.0. DA REPUBLICA DE CABO VERDE — 19 DE JULHO DE 1993323 a) Velar para que uma pena diferente da pena de prisdo, seja considerada preferencial- ‘mente em todos os seus aspectos aquando da aplicagao da sentenga contra estas mes; 4) Estabelecer ¢ promover medidas que substi- tuam a prisdo pela reabilitagao destas maes; ©) Criar instituigBes especiais para assegurar a detencao destas maes; @ Garantir que uma mae ndo seja encarcerada com a sua crianga; e) Garantir que sentenga de morte néo seja pro- ‘nunciada contra estas miles; P Velar para que o sistema peniteneidrio tenha essencialmente por finalidade a reforma, a reintegragao da mae no seio da sua familia e a reabilitagdo social. Antigo 31° Responsabilidades das Criangas Toda a erianga tem responsabilidades perante a fa- fia, a sociedade, 0 Estado e qualquer outra comuni- dade reconhecida legalmente, assim como perante a co- munidade internacional. A’ Crianga segundo a, sua idade e suas capacidades, ¢ sob reserva de restrigies contidas na presente Carta, tem o dever de: 4) Trabalhar para a coesdo da sua familia, res- peitar seus pais, seus superiores © as’ pes- Soas idosas em todas as cireunstancias ¢ de as assistir em caso de necessidade; 6) Servir a sua comunidade nacional colocando ‘as suas capacidades fisicas e intelectuais & sua disposigio; ©) Preservar e reforgar a solidariedade da socie- dade e da nacao; d) Preservar e reforgar os valores culturais afti anos nas suas relapdes com os outros mem- bros da sociedade, num espirito de toleran- cia, didlogo e consulta, e de contribuir para 0 bem estar moral da sociedade; @) Preservar e reforgar a independéncia nacional ea integridade do seu pais; Contribuir no melhor das suas capacidades, em todas as circunstincias e em todos os ni veis para promover e realizar a unidade afri- SEGUNDA PARTE CAPITULO II Criagiio e Organizagio de um Comité Sobre os Direitos ¢ 0 Bem Estar da Crianga Artigo 32 © Comite Um comité africano de peritos sobre os direitos ¢ 0 bem estar da crianga acima denominado «O Comité» & eriado junto da Organizagio da Unidade Africana para promover © proteger os direitos e o bem estar da crianga, Antigo a3¢ Composigso 1. 0 Comité & compost de onze membros possuindo as mais altas qualidades de moral, de integridade, de imparcialidade, e de competéncia para todas as ques tes respeitantes aos direitos e a0 bem-estar da erianga. 2, Os membros do Comité ocupam um cargo a titulo pessoal. 3. O Comité nao pode ter mais do que um membro pertencente ao mesmo Estado, Antigo a? Eleigao Logo ap6s a entrada em vigor da presente Carta, os membros do Comité sio eleitos em escrutinio secreto pela Conferéneia dos Chefes de Estado e de Governo através de uma lista de pessoas apresentada para 0 feito pelos Estados-Parte da presente Carta. Antigo 35° Candidatos Cada Estado-Parte da presente Carta pode apresen- tar dois candidatos ou mais. Os candidatos devem ser cidadios de um dos Estados-Parte da presente Carta Quando dois candidatos sao apresentados por um Es- tado, um dos dois ndo pode ser nacional deste Estado. Antigo 36° 1, O Secretério-Geral da Organizagiio da Unidade Africana eonvida os Estados Parte da presente Carta a proceder dentro de um prazo, de pelo menos seis meses antes das eleigdes, a apresentagao dos candidatos ao Comité, 2, O Seeretario-Geral da Organizacdo da Unidade Africana elabora a lista alfabética dos candidatos e co munica aos Chefes de Estado e de Governo, pelo menos dois meses antes das eleigves. Antigo a7” Duragio do Mandato 1. Os membros do Comité séo eleitos por um man- dato de cineo anos e ndo podem ser reeleitos, Todavia, ‘© mandato de quatro dos membros eleitos pela ocasidio da primeira eleigao terminaré no fim dos dois anos, ¢ 0 ‘mandate dos seis outros, no fim de quatro anos. 2, Imediatamente apés a primeira eleigdo, os nomes dos membros visados na alinea 1 do presente artigo, sio tirados & sorte pelo Presidente da Conferéncia, 3. O Secretario Geral da Organizagdo da Unidade Afrieana convoca a primeira reunido do Comité na Sede da Organizagao, nos seis meses seguintes, 2 elei- ‘go dos membros do Comité e seguidamente, 0 Comité Tetine-se, cada vez que for necessdrio segundo a convo- cago do seu Presidente, pelo menos uma vez por ano. Antigo 38° Bureau 1. 0 Comité estahelece 0 seu regulamento interno. 324 2. O Comité elege a sua Mesa por um periodo de dois, anos. 3. 0 quorum é constituide por sete membros do Co- mité, 4, Em caso de divisio igual dos votos, 0 Presidente tem um voto preponderante. 5. As linguas de trabalho do Comité sao as linguas oficiais da Antigo 39° Se um membro do Comité deixa o seu posto livre por qualquer raz, antes do fim do seu mandato, o Estado que tiver designado este membro designard um outro entre os seus nacionais para servir durante 0 periodo restante do mandato respectivo, sob reserva de aprova- a0 da Conferéncia, Antigo 40° Secretariado 0 Secretério-Geral da Organizagao da Unidade Afti- cana designa um Secretario do Comité. Antigo 41° Privilégios e Imunidades No exereicio das suas fungies, os membros do Co- mité desfrutam de privilégios ¢ imunidades previstas na Convengiio Geral sobre os privilégios e imunidades da Organizagao da Unidade Africana, caPTULO II Mandato e Procedimentos do Comité Antigo 42° Mandato 0 Comité tem por missao: a) Promover e proteger os direito consagrados na presente Carta e nomeadamente: i) reunir os documentos e as informagoes, pro- ceder a avaliagdes inter-disciplinares res- peitantes aos problemas africanos do domi- nio dos direitos e da protecgtio da criang: organizar reunides, encorajar as institu des nacionais e locais competentes em ma- teria de direitos e de protecgao da crianca , se for necessario, dar a conhecer os seus Pontos de vista e ‘apresentar recomenda- ges aos Governos; i) claborar e formular os principios e regras visando proteger os direitos e 0 bem estar da crianga em Africa; iii) cooperar com outras instituigdes e organi- zagées africanas internacionais e regionais gue se eeupam da promorao ¢ da protecpto ios direitos e do bem-estar da erianga, 6) seguir a aplicardo dos direitos consagrados na presente Carta, e velar para que sejam res- Peitado: SERIE — N* 26 — B.O. DA REPUBLICA DE CABO VERDE — 19 DE JULHO DE 1993 ©) Interpretar as aplicagdes da presente Carta a pedido dos Estados-Parte, das instituigées da Organizagao da Unidade Africana ou de toda outra instituigdo reconhecida por esta orga- nizagdo ou por um Estado membro. @ Desempenhar qualquer outra fungio que Ihe poderd ser confiada pela Conferéncia dos Chefes de Estado e de Governo, pelo Secreté- rio Geral da OUA ou por qualquer outro oro da OUA. Artigo 43 Submissio de Relatérios 1. Todo Bstado-Parte da presente Carta compromete- se a submeter ao Comité por intermédio do Seeretario Geral da Organizago da Unidade Africana, relatérios sobre as medidas adoptadas para tornar efectivas as disposigoes da presente Carta, assim como sobre os progressos realizados no exercicio desses direitos: @ Nos dois anos seguintes a entrada em vigor da presente Carta pelo referido Estado-Parte; 4) Seguidamente, de trés em trés anos; 2. Todo 0 relatério em virtude do presente artigo deve: @ Conter informagées suficientes sobre a imple- ‘mentagao da presente Carta no aludido pats; 4) Indicar se for caso disso, os factores ¢ as difi- culdades que entravam 0 respeito das obriga- es previstas pela presente Carta, 3. Um Estado-Parte que tenha apresentado um pri- meiro relatério completo ao Comité ndo tera necessi- dade, nos relatérios que apresentaré ulteriormente em aplicagdo do pardgrafo 1 do presente artigo, de repetir as informagdes de base que ele tera fornecido anterior- mente. Antigo 448 Comunieagses 1. O Comité esta habilitado a receber comunicagées respeitantes a qualquer questo tratada pela presente Carta, de qualquer individuo, grupo ou organizagao go- vernamental reconhecido pela Organizagao da Unidade Africana, por um Estado membro, ou pela Organizagao das Nagdes Unidas. 2. Toda a comunicagao enderegada ao Comité devera conter 0 nome e o enderego do autor e sera analisada de forma confidencial. Antigo 45° Investigagies 1. © Comité pode recorrer a qualquer método apro- priado para inquirir sobre questdes relevantes da pre- sente Carta, solicitar aos Estados-Parte toda a infor- magio pertinente sobre a sua aplicagao e recorrer a métodos apropriados para inquirir sobre as medidas adoptadas por um Estado-Parte na aplicagéo da pre- sente Carta, } I SERTE — N* 26 — B.0. DA REPUBLICA DE CABO VERDE — 19 DE JULHO DE 1993 325 2. 0 Comité submete em cada uma das Sessbes Ordi- narias da Conferéncia dos Chefes de Estados ¢ de Go- verno, um relatério sobre as suas actividades. 3. O Comité publica o seu relatério apés a andlise pela Conferéncia dos Chefes de Estado e de Governo, um relatério sobre as suas actividades. 4, Os Estados-Parte asseguram uma larga difuséio aos relatérios do Comité nos seus paises. CAPITULO IV Disposi¢des Diversas ‘Artgo 46 Fontes de Inspiragio 0 Comité inspira-se no direito internacional relative 8 direitos do homem, nomeadamente nas disposigdes da Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos, na Carta da Organizacdo da Unidade Africana, na De- claragao Universal dos Direitos do Homem, na Conven- ga0 Internacional sobre os Direitos da Crianga e outros instrumentos adoptados pela Organizago das Nagoes Unidas e pelos paises afrieanos no dominio dos direitos do homem assim como nos valores do patriménio tradi- cional e cultural african. Artigo 47" Assinatura, Ratificagio ¢ Adesso. Entrada em Vigor 1. A presente Carta esta aberta & assinatura dos Es- tados Membros da Organizagao da Unidade Afrieana, 2. A presente Carta sera submetida & ratificagdo ou adeso dos Estados-Membros da OUA. Os instrumen- tos de ratificagtio ou adesdo da presente Carta serdo depositados junto do Secretério-Geral da Organizagio da Unidade Africana, 3. A presente Carta entrard em vigor nos 30 dias se- guintes, & recepedo pelo Secretario-Geral da Organiza- a0 da Unidade Africana dos instrumentos de ratifica: $40 ou de adesdo de 15 Estados Membros da Orga zagéo da Unidade Africana, Antigo 48° E yenda © Revisio 1, A presente Carta pode ser emendada ou revista se um Estado-Parte enviar para o efeito um pedido es- crito ao Secretério-Geral da Organizagilo da Unidade Africana. Sob a reserva de a emenda proposta ser sub- metida & Conferéncia dos Chefes de Estado e de Go- verno para andllise, depois que todos os Estados-Parte sejam devidamente avisados e que o Comité tenha dado a sua opinio sobre a emenda proposta. 2, Toda emenda ser adoptada pela maioria simples dos Estados-Parte. Adoptada pela Vigésima Sexta Sessiio Ordinaria da Assembleia dos Chefes de Estado e de Governo da OUA, Adis Abeba Etiépia — Julho de 1990. * Resolugio n? 83/1V/93 19 de Julho } A Assembleia Nacional vota, nos termos da alinea /) do n® 3 do artigo 191° da Constituigao, a seguinte reso- luca Antigo tinico Sao ratificadas as resolugdes nimeros 3 e 4/IV/93 de 19 de Abril, 5, 6 e 7/1V/93 de 10 de Maio e 9/IV/93 de 17 de Maio, da Comissao Permanente, publicadas, respec- tivamente, nos Boletins Oficiais mimeros 13,16 e 17 da I Série. Aprovada em 28 de Maio de 1993, Publique-se. 0 Presidente da Assembleia Nacional, em exereicio, Antonio do Espirito Santo Fonseca. Resolugio n° 34/IV/93 de 19 de Julho A Assembleia Nacional vote, nos termos da alinea ) do n® 3 do artigo 191° da Constituigao, a seguinte reso- Tuga. Artigo tinieo E reconhecida a qualidade de beneficidrio dos direi- tos referidos no mimero 1 do artigo 12 da Lei n® 15/1V/ #91 aos cidadaos Arménio Adroaldo Vieira e Silva e Fernando Jorge Joaquim dos Santos, Aprovada em 31 de Maio de 1993 Publique-se. © Presidente da Assembleia Nacional, — Amilear Fernandes Spencer Lopes. Resolugio n? 35/1V/93 de 19 de Julho A Assembleia Nacional vota, nos termos da alinea /) do n° do artigo 191 da Constituigdo, a seguinte reso lugao: Artiga 8 (Constituigao) E constitufda, nos termos dos artigos 219° e 220° do Regimento da Assembleia Nacional, uma Comissto de Inquérito Parlamentar com a seguinte composigso: — Felisberto Alves Vieira — PAICV ~ Presidente, — Pedro Rodrigues Lopes — PAICV — Admilo Waldir Fernandes — PAICV;

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