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wey D er _e e Prefeitura Municipal de Camagari - Ano XX - N° 2290 - 2° Caderno de 15 de dezembro de 2023 - Pagina 01 de 46 ___Atos do Poder Executivo— 2° CADERNO | DIARIO N° 2290/2023 DE 15 DE DEZEMBRO DE 2023 Sexta-teira 415 do dezembro de 2023 - Ano XX N° 2200 - 2° Caderno- Pagina 02 de 48 — Atos do Poder Executive — LET LE| COMPLEMENTAR N° 1873/2023 DE 15 DE DEZEMBRO DE 2023 Instiui 0 Plano Diretor_— de. Desenvolvimento Urbano Sustentavel (PDDU-S) do Municipio de Camacari © PREFEITO MUNICIPAL DE CAMAGARI, ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuigdes faz saber que a Camara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei: TITULO! DA PARTE GERAL CAPITULO DAS DISPOSIGOES GERAIS Art. 1° Esta Lei Complementar revisa o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentavel do Municipio de Camagari, abrangendo todo o seu territério e revoga, por sua vez, toda e qualquer norma contraria as suas disposigdes, em especial, a Lei Complementar Municipal 2 866/208, Paragrafo Unico. © Poder Executivo deverd rever © atualizar a presente Lei, no prazo maximo de 10 (dez) anos da sua aprovagao pela Camara Municipal, devendo realizar 0 seu acompanhamento @ monitoramento continuo, podendo ser revista antes do prazo estabelecido neste pardgrafo, caso haja_relevante interesse piblico ¢ sempre garantida a ampla participagao popular. Art. 2° O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano ‘Sustentavel do Municipio de Camacari ¢ 0 instrumento de politica urbana cujo propésito € ordenar e planejar o desenvolvimento da cidade, servindo de baliza normativa para a Administragéo Municipal criar e aplicar regramentos de ordem publica e interesse socioeconémico, com finalidade de auxiliar as agdes de desenvolvimento municipal, ponderando, sempre, os anseios da populacdo, da sustentabilidade, da livre iniciativa e da preservacao ambiental, §1° 0 Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentavel do Municipio de Camagari, dentre outras aplicagdes, deve ser observado no que diz respeito as politicas de desenvolvimento territorial do Municipio de Camagari, nas quais se incluem, dentre outras, a mobilidade, a habitagdo, o saneamento basico, o uso'e a cocupacao do solo, a cidade sustentavel, além da protegao @ do uso ordenado dos recursos naturais. §2° O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentavel_do Municipio de Camacari deve ser interpretado luz da legislagao vigente no ordenamento juridico brasileiro, no ambito nacional e estadual, nos diversos niveis da sua amplitude, considerando os aspectos locais, metropolitanos e regionais, assim como @ luz das discuss6es ¢ diretrizes indicativas dos Organismos @ Acordos Internacionais dos quais o Estado Brasileiro seja membro ou signatario, em especial os Objetivos do Desenvolvimento Sustentavel (ODS) da Agenda 2030 para © Desenvolvimento Sustentavel e das Ades para o Enfrentamento das Mudangas Climaticas. ‘MUNICIPIO DE CAMACARI:14109763000180 & CAMACARI MUNICIPIO CAPITULO II DOS CONCEITOS BASICOS Art. 3° Sem prejuizo dos demais conceitos trazidos por esta Lei, bem como por outros diplomas municipais, o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentavel do Municipio de Camagari contém os seguintes conceitos basicos: I — Agées Pri 18 nos Sistemas Estruturantes do Territério so conjuntos de interveng6es e investimentos que tém por finalidade melhorar, ajustar e complementar 08 sistemas urbanos e ambientals; ' — Areas de Intervengao Urbana sao porgdes do territério nas quais a Administracdo Municipal identifique interesse para reestruturagao, transformagao, recuperagao @ melhoria ambiental e urbana com efeitos positives na qualidade de vida, no atendimento as necessidades socials, na efetivagao de direitos sociais e no desenvolvimento econémico do Municipio; lll — Certidées de Transferéncla de Potencial Construtivo so documentos concedidos pelo Poder Publico Municipal, mediante regular proceso administrative, As Certidées de Transferéncia de Potencial Construtivo conceito género, cujas espécies (ou tipos de certidées) serao reguladas por esta Lei e pelo Cédigo Urbanistico, Elas fixarao, conforme o caso, o potencial construtivo equivalente, do imével cedente, passivel de ser transferido para lotes, glebas ou iméveis receptores, calculade conforme o disposto nesta Lei e no Cédigo Urbanistico; IV — Contrapartida Financeira 6 0 valor em pectinia, Pago ao Poder Publico, seja ao Erario Municipal, ou a algum Fundo criado, ou regido por lei municipal especrfica, correspondente @ contrapartida paga pelo proprietério, construtor ou incorporador, tanto nas contrapartidas dos Empreendimentos a serem executados, quanto na outorga ‘onerosa de potencial construtivo adicional, a ser pago ao Poder Publico Municipal pelo proprietario do imével, na forma da lei municipal especifica; V—Empreendimento de Habitacdo de Interesse Social = EHIS corresponde a uma edificacdo ou um conjunto de edificagdes, destinado total ou parcialmente @ Habitagao de Interesse Social e usos_complementares, conforme disposto na legislagao especifica; VI — Equipamentos Urbanos, Sociais ou Comunitarios ‘so iméveis destinados a servicos publicos de uso coletivo, que integram as politicas publicas de diferentes setores voltados a efetivagao e universalizacdo de direitos sociais, bem como a melhor fruigo da cidade; VII — Habitacdo de Interesse Social - HIS 6 aquela destinada ao atendimento habitacional das familias de baixa renda, podendo ser de promogao publica ou privada, cujos parametros sero regulados por _legislagao especifica; Vill — Instrumentos urbanisticos séo mecanismos de ordenamento e transformagéo do. territorio urban, estabelecidos pelo Plano Diretor e outros diplomas municipais, possibilitado a aplicagdo das diretrizes politicas puiblicas definidas para o desenvolvimento do territério municipal; MUNICIPIO 1X — Ndcleo Urbano Informal corresponde a agrupamento formado por ocupagdo iregular do solo urbano, que pode ser clandestino, irregular ou no qual nao foi possivel realizar, por qualquer modo, a titulagao de seus ocupantes, ainda que atendida a legislagao vigente & 6poca de sua implantagao ou regularizagac X — Projeto de Regularizagéo Fundiaria ¢ aquele que integra. medidas juridicas, urbanisticas, ambientais ¢ sociais destinadas a regularizagdo dos assentamentos precérios e iregulares, titulagdo de seus ocupantes, reassentamentos, adequagao urbanistica, ambiental ¢ administrativa, Integrando-o @ cidade formal, elaborado pelo Municipio, ou por provocagao de particulares ao Poder Publico Municipal, quando for o caso; XI — Rede de Infraestrutura Urbana corresponde ao conjunto de elementos que estruturam ¢ integram de forma estratégica 0 territério urbano, tais como: Sistema de Saneamento Ambiental; drenagem; manejo de residuos slides; mobilidade urbana; equipamentos urbanos @ sociais; eletrificagdo e telecomunicagées. - CAPITULO II DA POLITICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO MUNICIPAL Art. 4° A Politica de Desenvolvimento Urbano consiste na sistematizagao e execugdo de planos e agées que objetivam gerir, regulamentar e orga cidade por meio de padrées factiveis de melhoria da infraestrutura urbana rural, dos padrées de sustentabilidade, da aplicagdo praia de conceitos atuaimente estudados pelo Direito Urbano e pelo Planejamento Urbano, melhoria da qualidade de vida da opulacao e atragdo de investimentos, piiblicos e privados. Art. 5° A Politica Urbana do Municipio de Camagari rege- se pelos seguintes pilares, extraidos das pautas das Organizagées Internacionais: 1 — Valorizagéo do meio ambiente, incentivando a ocupacao ordenada e regular do solo urbano, nos termos & limites da Lei, inclusive a partir de alternativas pautadas em estudos, técnicas e bases tecnolégicat Ml — Integragéo dos Distritos e Zonas da cidade, diminuindo as desigualdades entre eles; Ill — Ampliagéo dos meios que garantam o direito a mobilidade urbana eficaz; IV — Fomento do desenvalvimento econémico, a partir de estratégias que gerem maior oferta de ensino, emprego, cultura e acesso as melhores técnicas para a execugao de atividades urbanas e rurais; V — Melhoria da qualidade de vida da populagao, inclusive com a ampliagao de meios para a regularizacao fundiaria, nos termos da Lei, ¢ naquilo que competir ao Municipio; VI — Ampliagéo do protagonismo do Municipio de Camagari no Ambito da Regido Metropolitana da qual a cidade faz parte. “MUNICIPIO DE CAMACARI14109763000180 & CAMACARI Sexta-teira 15 de dezembro de 2023 - Ano XX N° 2290 - 2° Caderno - Pagina 03 de 46 — Atos do Poder Executive — CAPITULO IV DOS PRINCIPIOS E DIRETRIZES DA POLITICA URBANA MUNICIPAL Art. 6° O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentavel do Municipio de Camagari deve ser analisado, interpretado e aplicado conforme as bases orientadoras que regem a Politica Urbana de Desenvolvimento Municipal descritas no Capitulo Ill deste titulo, em consondncia com a Constituigao Federal, o Estatuto da Cidade, e sendo regido pelos seguintes principios: | — Fungo Social da Cidade; Nl — Fungao Social da Propriedade Urbana e Rural; Il — Direito a Cidade Sustentavel IV — Inclusao Social e Integragao Territorial; V — Eficiéncia na Circulagao Urbana e racionalizagao dos modais de transporte, VI — Cooperagao entre as diversas esferas de governo, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo de urbanizago, em alendimento ao interesse social. VII — Justa distribuigéo dos beneficios e onus decorrentes do processo de urbanizagao. Art. 7° O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentavel do Municipio de Camagari é pautado pelas seguintes diretrizes, oriundas das normas editadas por Organismos Internacionais dos quais 0 Brasil é membro: I — Proporcionar, nos limites da competéncia municipal, moradia digna, adequada, segura e acessivel, ll — Requalificar e ordenar as habitagGes irregulares, nos termos da Lei; ML — Garantir que a ampliagao da infraestrutura urbana basica seja pautada em bases sustentaveis; IV — Buscar a ampliagao e requalificacao do sistema de mobilidade local, integrando, se necessarios, modalidades diversas de transporte, priorizando a mobilidade ativa, de modo que estes sejam inclusivos, seguros’ ambientalmente admitidos; V — Criar e requalificar espagos urbanos verdes, integrados, seguros, acessiveis e inclusivos; VI_— Incentivar a nogao de pertencimento do cidadao a cidade, & cultura, as tradiges e ao meio ambiente local, inclusive para valorizagao turistica; VII — Incentivar @ participacao da iniciativa privada positiva no desenvolvimento sustentavel econdmico, com contrapartidas de fomento cultura, a0 desenvolvimento Urbano e preservagao do meio ambiente: Vill — Utiizar 0s recursos naturais de forma sustentavel, aliado a programas de compatibilizagao do seu uso, planejamento e regularizagao de ocupagdes em areas com protegdo ambiental; 1X — Corrigir as’ distorg6es decorrentes da ocupago desordenada na zona urbana, rural e em area de protegao ambiental com a regularizago fundiaria e planejamento da distribuigéo econdmico socioespacial da populagao em atendimento ao interesse social, Sexta-teira 15 do dezembro de 2023 - Ano XX N° 2290 - 2° Cadero- Pagina 04 de 48 X — Coordenar, atualizar e simplificar a legislagéo e os procedimentos administrativos de uso, ocupagdo e Parcelamento do solo e normas correlatas como meio de incentivo a regularizagao e ao investimento privado para o corescimento organizado e sustentavel da cidade; XI — Planejar os programas para redugao de desastres decorrentes de habitagao em areas de risco; XI — Incentivar estratégias de protecdo ambiental com pollticas de responsabilidade as indistrias estabelecimentos comerciais da regido, inclusive em relagéo as obrigages decorrentes da geragao de residuos; Xill_— Estimular intervenes _urbanisticas para atendimento do interesse ptblico, desenvolvimento da cidade com respeito as condigdes ambientais, locais © infraestruturas, sempre por meio de estratégias que conjuguem eficacia e custo reduzido; XIV — Promover as medidas capazes de conferir equidade oportunidade para gestio democratica, através da efetiva participago popular na formulago, monitoramento, gestdo e fiscalizagao; XV — Estimular a promogao da equidade das minorias com a estruturagao de espagos mais iluminados, seguros, acessiveis, munidos de mobilidade para a ser cidade oportunizada para todas as pessoas, realgado 0 sentimento de pertencimento a cidade; XVI — Garantir, de forma regulamentada e ordenada, o acesso 4s praias, aos rios, as lagoas, as reservas naturais, @ as reas verdes, dando visibilidade e integrando essas reas a0 tecido urbano, com expressa obrigacao de Preservagao pelos usuarios, inclusive com fomento ao turismo sustentavel; XVII — Incentivar e proporcionar programas de educacao, conscientizagao e sensibilizagao ambiental & populagao & 0s investidores; XVIII — Ampliar e conservar os espacos verdes da cidade, bem como, incentivar e exigir a implantagdo de ambientes verdes nos empreendimentos, espacos piblicos privados, sejam estes residenciais e/ou comerciais; XIX — Impulsionar, nos limites das atribuigdes recursos municipais, projetos e programas relacionados preservagdo da fauna, flora e preservagao dos ecossistemas, incentivando © proporcionando programas de educago e conscientizagdo ambiental 4 populacdo & aos investidores; XX — Orientar assistidamente a agricultura, a pecuaria, a pesca e a maricultura locais, por meio de incentivos a implementar atividades econdmicas sustentaveis ambientalmente responsaveis; XXI — Combater a poluigéo dos recursos hidricos com estudos © monitoramentos especificos e constantes, além da aplicagao de paliicas estimuladoras ao uso consciente da gua ¢ redugao da poluigao dos mananciais e oceano; XXII — Assegurar a periédica adequacao da legislagao as necessidades da populagdo com a sua efetiva participagao na elaboragéo do planejamento _urbano, conforme determina a Constituigéo Federal e 0 Estatuto da Cidade; ‘UNICIPTO DE CANACARE 4109763000780 — Atos do Poder Executive — & CAMACARI MUNICIPIO XXII — Definir objetivos e parametros estratégicos que viabilizem a fiscalizaco, o controle e o monitoramento das Politicas previstas no Plano Diretor; XXIV — Ampliar as estratégias para evitar processos de desindustrializagao, conjugando, sempre que possivel,, Projetos na area de educagao e tecnologia, que sojam atrativos a industria, em todos os niveis de ensino; XXV — Garanlir a melhoria constante dos servicos prestados nas dreas da sade, educacdo, seguranca publica, mobilidade, iluminagéo publica, manejo dos Fesiduos sélidos, drenagem pluvial, abastecimento de ‘Agua, esgotamento sanitario, bem como a articulagao com outras esferas govemamentais, concessionarias e agentes Piblicos e privados, sempre no interesse da comunidade; XVI — Ampliar estratégias que faciltem a comunicagao e a racionalizagao dos procedimentos para as pessoas com interesse em investir no Municipio, independentemente do seu poderio econdmico; XXVII_— Plangjar e investir no turismo, como atividade prioritéria na geracéio de empregos, no desenvolvimento Urbano ordenado e na dinamizagao econémica; XXVIII — Garantir que as obras de infraestrutura urbana considerem aspectos estratégicos para ampliar 0 uso de ‘equipamentos e servigos urbanos existentes, mesmo nos casos em que a Lei dispense o Estudo de Impacto de Vizinhanga e estudos ambientais; XXIX — Proporcionar a incluso socioeconémica e a regularizacao ambiental de populagGes rurais em situagao de vulnerabitidade; XXX — Adequar o plano plurianual, a lei de diretrizes orgamentarias @ a lel orgamentéria anual para incorporar as diretrizes e as prioridades contidas nesta Lei Art. 8° Quaisquer intervengdes, obras, implementagdes ao nivel urbano ou rural na abrangéncia do Municipio de Camagari devem se submeter as regras contidas neste Plano Diretor, alinhadas com os principios norteadores, as, politicas ¢ as diretrizes. Art. 9° As leis do sistema orgamentario do Municipio de Camagari devem prever @ garantir os recursos necessarios, o propésito politico, meios e instrumentos que assegurem a exequibllidade das diretrizes apontadas nesta Let Art. 10. 0 Municipio de Camagari, por meio de indicadores de eficiéncia de gestdo previstos em regulamento proprio a sor definido no Plano Plurianual e revisto, anualmente, na Lei Orgamentaria Anual, adotara método que permita o acompanhamento e controle da Politica Urbana e das Diretrizes apontadas nesta Lei §1° Como critério a ser adotado no regulamento proprio indicado no caput, o Municipio devera apresentar escala de evolugao percentual nos indicadores urbanos relativos aos Sistemas Estruturantes do Terrtério. §2 Valendo-se de escala de evolug4o percentual, o regulamento devera indicar a evolugao alcangada pela Administracéo Municipal, contextualizando aspectos positivos e negativos incidentes nas escalas local, regional, nacional e internacional. §3° © Poder Executive criaré um modelo de Monitoramento, gestdo e avaliagao do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentavel do Municipio de Camagari, que implemente as disposicdes deste artigo. MUNICIPIO TITULO II DO ORDENAMENTO TERRITORIAL capiTuLoL DOS LIMITES DO MUNICIPIO Art. 11. Os limites do territério do Municipio de Camagari so estabelecidos através da compatibilizagao residual com 0 tertitério dos municipios circunvizinhos, delineado no Mapa 01 ___capiruLoll DA DIVISAO POLITICO-ADMINISTRATIVA Art. 12. © tertitério do Municipio de Camagari & organizado administrativamente por meio dos Distritos: Sede, Abrantes ¢ Monte Gordo, delineados no Mapa 02. CAPITULO IIL DO MACROZONEAMENTO Art, 13. © Macrozoneamento consiste na organizagao territorial, determinando as formas de uso ¢ ocupagao do solo com base nas orientagdes do Poder Publico Municipal ara promogao das politicas de desenvolvimento urbano, Social, econémico e de protegao ambiental, previstas para © tempo de eficacia do presente Plano Diretor, conforme o Mapa 03. §1° Com base no Macrozoneamento so determinadas as macrozonas do terrtério, sendo estas: 1 —Macrozona Urbana; M— Macrozona Industrial; Ml — Macrozona Rural. §2° 0 Macrozoneamento é 0 instrumento da politica Urbana do territério que traz as definigdes gerais para as estratégias a serem implementadas no decurso do Plano Diretor, compreendendo: 1 — As definigoes de uso e ocupagao do solo, permitindo que ocorra 0 melhor aproveitamento da ordenacao jé existente, bem como 0 desenvolvimento ¢ estruturagao das macrozonas que precisam de intervengéo do Poder Executivo Municipal; Ml — Na definigéo da Macrozona Urbana esta contida a formagao urbana caracterizada pelos aspectos relativos a0 crescimento urbano de areas de ocupacao jd consolidadas por meio do crescimento ocorrido de forma espontanea a malha urbana, dreas em estruturagdo e areas de expanséo, sendo sua ocupagéo _predominantemente anterior a 2016 para efeitos da Regularizagao Fundiaria Urbana (REURB), e implantada e integrada a cidade anteriormente a 1979 no que possui cadastro de contribuinte imobilirio deste perfodo, atestagdo esta que admite 0 seu processamento direto no Oficio de Registro de Iméveis, na forma da Lei, acompanhado do respectivo cadastro; Ml — As areas que se integraram consolidadamente ao tecido urbano em decorréncia de Planos Especiais ¢ modificagées pontuals da legislagao foram parcialmente incorporadas, considerando a necessidade de sorem revisitados os sous limites, abservados aspectos de oferta de infraestrutura e impactos ou sobrecargas ambientais indesejaveis, nas definiges dos limites da Macrozona Urbana; IV — A Macrozona Urbana considera o entomo das instalages do SENAI/CIMATEC, reconhecendo 0 projeto do Cimatec Park como importante indutor de desenvolvimento como Parque e Polo Tecnolégico; ‘MUNICIPIO DE CAMACARIT4109763000180 & CAMACARI Sexta-teira 16 de dezembro de 2023 - Ano XX N° 2290 - 2° Caderno - Pagina 05 de 46 — Atos do Poder Executive — V —A Macrozona Industrial abarca a 4rea atualmente delimitada pelo Polo Industrial do Municipio de Camagari, acrescida da area de apoio logistico e de tratamento & emissdo de efluentes, sendo uma area de interesse publico, parcelada anteriormente a 19 de dezembro de 1979, implantada e integrada a cidade, podera ter a sua situagao Juridica regularizada para fins de Regularizagao Fundiaria Urbana (REURB), na sua modalidade inominada, diretamente perante o Registro de Iméveis; VI — A Macrozona Rural agrega a maior parcela do municipio onde ha localidades e moradores rurais e areas, livres e destinadas atividade agropastoril ou extrativista no municipio. §3° Caberd ao Poder Publico Municipal, para fins de implementagéio de agdes de politica urbana, observar 0 Sistema de Centralidades, previsto no MAPA 08, do Anexo Il desta Lei. CAPITULO IV DAS MACROAREAS Art. 14, As Macrozonas so identificadas em Macroareas contidas no Mapa 04, conforme objetivos e politicas especificas, sendo definidas como: | — Macroarea de Estruturagao Metropolitana; Nl — Macrodrea de Estruturagao Urbana; Il — Macroareas de Consolidagao Urbana; IV — Macroareas de Expansao Urbana; V — Macrodreas de Desenvolvimento Rural Sustentavel; VI — Macroareas de Valor Ambiental e Cultural Vil — Macroarea da Costa. §1° A Macrodrea de Estruturaco Metropolitana inclui as Areas de importancia regional, como o sistema viario estruturante que serve para a articulagao regional com deslocamento de pessoas e mercadorias, a area do Polo Industrial, Polo Logistico, Poloplast, Parque e Polo Tecnol6gico e Polo de Apcio, cuja importancia em termos de desenvolvimento extrapola notadamente os limites do Municipio, sendo suas diretrizes especificas | — Estabelecer politicas de apoio e incentive ao desenvolvimento dos polos especializados e atragao de empresas, centros de pesquisa, ensino, tecnologia, industria € logistica de alcance metropolitano conforme a vocacao especifica de cada territério, otimizando os beneficios econdmicos e sociais para o Municipio; NW — Garantir a circulagao de bens e servigos de maneira eficiente, observando a necessidade de flvidez no deslocamento em casos de emergéncias; Ill — Apoiar e incentivar o desenvolvimento de empresas & instituigdes voltadas & prestagdo de servicos de ponta & maior complexidade, em especial empresas emergentes de grande potencial e incubadoras, sobretudo nos ramos de pesquisa, informatica, alta tecnologia, telematica, energia, reciciagem, industrias limpas e de baixo impacto € de atividades associadas as principais bases industriais, induzindo e intensificando a complementaridade entre elas; IV — Garantir a utilizagao dos recursos naturais, mitigando ‘os impactos ambientais das atividades empreendidas, observando as politicas ambientais; V = Incrementar a eficdcia da ago municipal, promovendo a integragao e articulagao regional e a cooperacéo com os governos federal, estadual e outros municipios da Regio Metropolitana de Salvador, no processo de planejamento e gestao das questées de interesse comum. Sexta-teira 415 do dezambro de 2023 - Ano XX N° 2290 - 2° Caderno- Pagina 08 de 48 §2° A Macroérea de Estruturagéo Urbana inclui as areas ja Scupadas, que necessitam de investimentos publicos © rivados om infraestrutura, sistema viario, equipamentos © instalagées_publicas, urbanas © socials, sendo suas diretrizes espectticas: 1 —Implementar uma politica de qualificagao das areas em processo de ocupagao do solo, promovendo implantagao de infraestrutura como saneamento, iluminagao, além da estruturagéio de espagos pliblicos e _comunitaios, garantindo a implementagao das polticas piblicas para os Sistemas estruturantes do ternilério, em especial om Telago ao sistema de area de valor ambiental, saneamento ambiental © mobilidade, com investimentos em transporte piiblico, vias de circula¢do, ciclovias, ciclofaixas © calgadas acessiveis, visando melhorar a mobilidade e a acessibilidade para todos os cidadaos; i — Estimular a oferta de equipamentos piiblicos e privados de atengdo a satide, educagao, cultura, esporte & lazer, Ill — Estruturar a criagao e instalagao de parques ¢ reas verdes piblicas, bem como incentivar’ a criagao. de fespagos privados de fruigéo publica, de forma integrada com 08 uses privados; IV. — Incentivar a implementagao de atividades néo residenciais capazes de gerar emprego e renda; V —Incentivar a ocupagao ¢ 0 parcelamento de espacos ainda nao urbanizados, de forma compativel com a infraestrutura implantada, articulado com as diretrizes da politica urbana e ambiental, além de adequada aos projetos de estruturagao urbana e de qualificagao do fertério, garantindo a qualidade do ambiente urbano construido e natural em parceria com oulros agentes piblicos e privados; VI — Promover a articulagao © participagao do setor Privado, fomentando a parceria em investimentos e agdes para implantagdo de infraestrutura adequada a ocupagao urbana qualificada, com a utilizagéo dos instrumentos e ferramentas de politica urbana; ‘Vil — Promover a reestruturagao e/ou ocupagao de areas degradadas ou subuilizadas © a regularizagao fundiara, garantindo a implementagao da politica habitacional em areas. ja dotadas de alguma infraestrutura, visando proporcionar moradia digna e acessivel para a populacao de baixa renda, evitando adensamentos excessivos que resullem no comprometimento da qualidade urbana e/ou ambiental; §3° As Macroareas de Consolidagdo Urbana incluem as areas onde a ocupagao urbana esta em compasso com a infraestrutura instalada, sendo suas diretrizes especificas: 1 — Implementar uma politica de requalificagao das areas ja ocupadas, promovendo a revitalizagao, readequagao e implantagao de espagos publicos, comunitarios e de lazer, iluminaeo, garantindo a implementago das polltcas publicas para os sistemas estruturantes do territério, em especial em relago ao sistema de area de valor ambiental, saneamento ambiental, e mobiidade, com investimentos em transporte puiblico, vias de circulacao, ciclovias, ciclofaixas. @ calgadas ‘acessiveis, visando melhorar a mobilidade e a acessibilidade para todos os cidadaos; Ml — Promover a manutengao da populagaéo moradora e a Uurbanizagao © requalificagao do terrlorio, com oferta adequada de servicos, equipamentos © infracstruluras lrbanas, com incentivo & parlicipagao do setor privado, com dimensionamento adequado de espacos publicos e de reas destinadas as alividades comerciais e de servigo de Ambito local, viabilzando as conexdes e pertencimento & estrutura urbana existente; MUNICIPIO DE CAMACARI14109763000180 — Atos do Poder Executive — & CAMACARI MUNICIPIO Il — Promover a regularizagao fundidria, de assentamentos precarios e irregulares, ocupados por Populagdo de baixa renda, garantindo moradia digna a Populagéo fundiaria, aproveitando a _infraestrutura existente; IV — Eliminar as situagées de isco, perigos © vulnerabilidade que expdem diversos grupos sociais, em especial especialmente os de baixa renda © populagao vulneravel; V —Estimular e ampliar a oferta de equipamentos publicos ou no para atencdo a salde, educacao, cultura e lazer de escala urbana local, promovendo a sua articulagdo municipal; VI — Promover a requalificagao urbana de forma coerente ‘com a politica de planejamento urbano e a fungao social da posse e da propriedade; Vil — Incentivar a implementagao de atividades nao residenciais, capazes de gerar emprego © renda para a mao de obra local; Vill — Fomentar a participacao ativa da comunidade na definigéo de projetos e agées para as 4reas urbanas ja ocupadas, assegurando a parlicipagéo popular nas definig6es de planejamento urbano local. §4° As Macroareas de Expansao Urbana incluem as areas direcionadas ao desenvolvimento e o direcionamento da expansdo urbana ambientalmente equilibrada_e distribuigéo socialmente justa dos beneficios © énus decorrentes do processo de urbanizacao, protagonizando © processo de crescimento urbano, garantindo 0 ‘crescimento compativel com a infraestrutura existente e prevista, bem como com 9s limites da sustentabilidade © do equilforio ambiental, E orientadora dos vetores de ‘expansdo urbana mais adequados para evitar e aliviar as presses de crescimento sobre areas de risco e areas ambientalmente frageis, sendo suas diretrizes especificas: 1 — Implementar uma politica de estruturagao, promovendo a implantacéo de infraestrutura basica ‘espagos publicos, comunitérios e de lazer, garantindo a implementagao das politicas publicas para os sistemas estruturantes do territério, em especial em relagao aos equipamentos piiblicos,_ saneamento ambiental, e mobilidade, com investimentos em transporte publico, vias, de circulagao, ciclovias, ciclofaixas e calgadas acessivels, visando melhorar a mobilidade e a acessibilidade para todos os cidadaos; | — Promover a expanso do tecido urbano de forma ordenada, qualificada © sustentavel, respeitando 0 regramento ambiental; ll — Estimular as parcerias piiblico privadas_na estruturagao do terrtério e implantagao de infraestrutura, por meio de investimentos © ages com a aplicagao dos Instrumentos e ferramentas de Politica Urbana '§5° As Macrodreas de Desenvolvimento Rural Sustentavel incluem as areas nas quais so identificadas atividades de produgao agropecuaria, extrativista, florestal e pesqueira, sendo suas diretrizes especificas: | — Garantir reas destinadas & produeao agricola e de criagao de forma articulada com as cadeias produtivas ‘com 08 circuitos regionais agroalimentares, considerando a especificidades da produgao de agricutura familiar local © visando garantir condigdes de abastocimento © a sseguranca alimentar no Municipi Il — Incentivar a adogao de praticas mais sustentaveis como agricultura regeneraliva e a restauracao ecolégica, incorporando zonas Umidas e de varzeas, para manter ¢ ‘expandir as reservas de agua e de areas verdes; Ml — Compatiblizar 0 uso da terra e os meios necessarios para reproduzir os modos de vida dos grupos minoritarios MUNICIPIO elou excluldes, nos termos da Constituigao Federal e da legislagao vigente, inclusive em areas periurbanas, com especial atengdo as demandas das comunidades tradicionais, “povos _tradicionais__e/ou_nativos, assentamentos rurais e da produgao familiar; IV — Fomentar a adogao de tecnologias © métodos de producao com baixas emissées, © contribuir assim para 0 ganho de produtividade do extrativismo, agricultura © agropecudria, incentivando a utiizagao de biodigestores, economia verde, agricultura regeneraliva, restauragéo ecolégica e a prestacdo de servigos ecossistémicos © outras agées que podem contribuir para controlar os impactos das atividades rurais; V_ — Incentivar, também,’ 0 uso dessas mesmas tecnologias e inovagées alternativas para dotar o territério de infraestrutura urbana; VI — Apoiar as atividades extrativistas de subsisténcia em comunidades tradicionais, promovendo agées de educagao ambiental © de preservagéo do modo de vida © subsisténcia; Vil — Garantir a seguranga hidrica municipal, fortalecendo redes de preservacao e integragao das areas verdes, que protegem os cursos d'agua e as nascentes com matas Glliares e promovem condigdes para a circulagao ecolégica (fauna, flora) no municipio; Vill — Apoiar os assentamentos rurais _existentes, fomentando a integracéo da comunidade de forma articulada com as cadeias produtivas © com os circuitos regionais _agroalimentares, considerando as, especificidades da produgao local. §6° A Macroarea de Valor Ambiental e Cultural inclui as reas onde estéo identificados ecossislemas a serem preservados e outras Areas de interesse ambiental @ cultural, especialmente comunidades tradicionais e areas de mananciais hidricos, sendo suas diretrizes especfficas: 1 — Priorizar a conservagéo e a recuperagao de ecossistemas naturais, como Areas de mananciais, florestas, mangues e zonas costeiras, por meio de agdes, de protegao, restauracao e manejo sustentavel, visando a preservagao da biodiversidade e dos recursos hidricos, em consondncia com a politica municipal de desenvolvimento urbano e ambiental; Il — Promover @ estimular a estruturagdo de agdes, programas ¢ atividades de educagao ambiental e cultural que envolvam a comunidade local, escolas e instituigdes culturais, aumentando a conscientizagdo da importancia da preservacdo ambiental e da valorizagdo da historia & cultura locais; Ml — Controlar 0 uso do solo em areas cultural & ambientalmente sensiveis, limitando 0 adensamento, promovendo a gestéo dos ecossistemas em equilibrio apropriado entre a conservagao ¢ a utiizacao sustentavel da biodiversidade, em atividades ecossistémicas e de baixo impacto, como a agricultura familiar sustentavel e a preservacdo de espacos histéricos; IV — Implementar um sistema de planejamento e gestao integrada que promova a coordenagéo entre areas protegidas e a melhoria da qualidade ambiental, incluindo a criagao de parques contiguos, trilhas e espagos de lazer que conectem a natureza a histéria © cultura loci conforme a politica municipal de desenvolvimento urbano e ambiental, garantindo 0 acesso publico, o sentimento de pertencimento e de preservacdo. §7° A Macroérea da Costa consiste em porgées do territério destinadas prioritariamente ao uso residencial e turistico, admitindo-se outros usos, desde que conciliaveis, com os usos residenciais, sendo suas diretrizes especificas: & CAMACARI Sexta-teira 15 de dezembro de 2023 - Ano XX N° 2290 - 2° Caderno - Pagina 07 de 46 — Atos do Poder Executive — 1 — Promover de forma articulada com as demais esferas do governo a integridade da qualidade das praias e dos atributos naturais da faixa litoranea; Nl — Apoiar as atividades extrativistas de subsisténcia em comunidades tradicionais dedicadas_ & pesca e mariscagem, promovendo agées de educagao ambiental © de preservacao da cultura local; ML — Estimulo circulagéo de pedestres por meio do dimensionamento adequado dos espacos _puiblicos destinados mobilidade ativa, articulado com o sistema de transporte de passagelros de média capacidade, e oferta © disposigdo de equipamentos e mobiliério urbanos; IV — Valorizar e aproveitar 0 potencial turistico de lazer da area da Costa, estimulando a implantagao de ‘complexos ou empreendimentos de entretenimento e lazer, @ atividades voltadas para a cultura, 0 esporte e o turismo, ‘como hotéis, marinas, restaurantes, museus e teatros, resguardando as caracteristicas da paisagem ¢ as fungées urbanas predominantes em cada trecho; V — Valorizar e/ou requalificar espagos e equipamentos de uso piblico e recuperacéo urbano-ambiental, a regularizagdo ou, se for o caso, a relocagéo dos assentamentos localizados em reas de risco para a ‘ocupagao humana, especialmente nas areas de influénci das marés, em Areas inundaveis e de preservagao permanente; VI — Promover e incentivar a qualificagao do uso e ‘ocupagéo do solo, regulando o adensamento © promovendo a estruturagao de infraestrutura como ‘saneamento, iluminagao, com investimentos em transporte Piblico, vias de circulacdo, ciclovias, ciclofaixas e calgadas. acessiveis, visando melhorar a mobilidade © a acessibilidade para todos os cidadaos, além da estruturagao de espacos piiblicos e, de lazer controlando a altura das edificagdes, visando a0 controle do sombreamento da praia no periodo das 9 (nove) horas até as 15 (quinze) horas, resguardando o conforto ambiental urbano; VII — Proibigao do fechamento de quaisquer dos acessos piblicos @ praia existentes quando da publicagdo desta Lei CAPITULO V DO SISTEMA DE AREAS DE VALOR AMBIENTAL (SAVAM) Segao! Da Estruturacdo do SAVAM Art. 15. © Sistema de Areas de Valor Ambiental (SAVAM) 6 composto pelas areas do Municipio de Camagari que desempenham papel significative para a preservagdo © a onservagéo dos recursos nalurais, da biodlversidade e ddos espagos inlegrados & nalureza e & historia, buscando Valorizar @ cultura, a meméria e a Identidade locais, além de promover o bem-estar, a educagao e a sustentabligade ambiental, utiizando-se.de sistema de. planejamento © gestdo que tem em vista inlegrar os espagos temorais protegidos e a melhoria da qualidade ambiental. Paragrafo Unico. Integram o SAVAM as areas indicadas nos Mapas 5,1 a 5.5 do Anexo | desta Lei, sem prejuizo da incorporaco de novas. areas que eveniualmente. sejam identitcadas e oficalizadas por lel especfica Art. 16. Compéem o Sistema de Areas de Valor Ambiental (SAVAM) os seguintes subsistemas: Sexta-teira 15 de dezambro de 2023 - Ano XX N° 2290 - 2° Caderno- Pagina 08 de 48 | — Subsistema de Unidades de Conservago, constituido elas Unidades de Conservacdo Federais, Estaduais ou Municipais de uso sustentavel, ou de protegao integral Il — Subsistema de Areas’ de Protegao de Recursos Hidricos (APRH), constituido por areas que contribuem Para a manutengao da permeabilidade do solo, para a preservagao dos mananciais © dos recursos hidricos, para assegurar a manutengao da vida e para o bem-ostar da sociedade; Il — Subsistema de Areas de Relevancia Ambiental & Cultural, constituldo por areas relevantes 20 meio ambiente cultural, a0 conforlo ambiental e/ou remanescentes do bioma Mata Allantica, que se caracteriza por formagées florestais e ecossistemas associados, como as restingas ¢ os manguezais; IV — Subsistema de Areas Especialmente Protegidas, constituido por areas mulifuncionais que oferecem beneficios ambientais, sociais, culturais © estéticos © contribuem para_a conexéo de reas _protegidas, fragmentadas por ago humana, como florestas, unidades de conservagéo ou habitats’ naturais, permitindo 0 deslocamento de animais, a dispersdo de sementes, 0 fluxo génico @ a manutencao da biodiversidade entre as areas conectadas; V — Subsistema de Areas de Risco, constituide por areas suscetiveis 2 ocorréncia de deslizamentos de grande impacto, inundagdes bruscas ou processos geolégicos, ou hidrolégicos correlatos. Art, 17. Séo direrizes para o Sistema de Areas de Valor Ambiental (SAVAM) 1 Integrar as éreas de valor ambiental, para assegurar a qualidade dos recursos hidricos e da paisagem natural do municipio de Camagar I~ Instrumentaizar ages colaborativas entre os setores pibicos © iniiatva privada, por meio de Polticas Publico-Privada (PPP), Acordos de Cooperacao, Convénios, Termos de Acordo e Compromisso, quando possivel, visando a requalificagao ambiental, bem como a implantagao de espagos sustentaveis voltados ao turismo ambiental e atvidades de lazer MM — Estimular a execugao de iniciativas educativas Voltadas ao melo ambiente, visando a sensibilzagao da Comunidade sobre os recursos nalurais do Municipio e a importancia de sua conservacao: IV'— Estabelecer a elegiblidade de Areas de Preservagéo Permanente, Reserva Legal e zonas com restigoes, administrativas conforme definido na legislagao ambiental vigente para Pagamento por Servigos Ambientais (PSA); V — Priorizar, para o recebimento de recursos pliblicos aévindos de programas de PSA, as reas préximas a hascenles eas. bacias hidrogréficas erlticas a0 fomecimento piblico de agua, assim designadas por ato do Poder Executivo Municipal, ou espagos relevantes para a preservagéo da biodiversidade éreas prioriléias da Mata Allantica, Segao Il Do Subsistema de Unidades de Conservacao Subsegao | Das Disposi¢es Gerais Art. 18. © Subsistema de Unidades de Conservagao compreende espacos territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as Aguas jurisdicionais, com caracteristicas naturais relevantes, legalmente instituidas pelo Poder Publico Municipal, Estadual ou Federal, com objetivos de conservacao e limites definidos, sob regime [MUNICIPIO DE CAMACARFTA709765000780 — Atos do Poder Executive — & CAMACARI MUNICIPIO especial de administrago, as quais se aplicam garantias adequadas de prote¢ao, conforme disposto na Lei Federal n° 9.985 de 18 de julho de 2000, e na Lei Estadual n° 10.431 de 20 de dezembro de 2008. Art. 19, O Subsistema de Unidades de Conservagao divide ~se nos seguintes grupos: 1 — Unidades de Protegao Integral; ll — Unidades de Uso Sustentavel. {§1° 0 objetivo principal das Unidades de Protecdo Integral & preservar a nalureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com excecdo dos ‘casos previstos em Lei, sendo esse grupo de unidades ‘composto pelas seguintes categorias: 1— Estagao Ecologica; Nl — Reserva Biolégica; Il — Parque Nacional, Estadual ou Municipal; IV — Monumento Natural; V— Refligio de Vida Silvestre. §2° O objetivo principal das Unidades de Uso Sustentavel & compatibilizar a conservacdo da nalureza com 0 uso sustentdvel de parcela dos seus recursos naturais, sendo esse grupo de unidades composto pelas seguintes categorias: rea de Protegao Ambiental; ll — Area de Relevante Interesse Ecolégico; Il — Floresta Nacional, Estadual ou Municipal; IV — Reserva Extrativista; V— Reserva de Fauna; VI — Reserva de Desenvolvimento Sustentavel; Vil — Reserva Particular do Patriménio Natural, Art. 20. Ficam estabelecidas as seguintes diretrizes gerais para o Subsistema de Unidades de Conservacao: 1 — Articular com entidades do terceiro setor, iniciativa privada e individuos para o desenvolvimento de estudos, Pesquisas cientificas, préticas de educagéo ambiental, atividades de recreacao e de turismo ecolégi monitoramento, conservagao e outras atividades de gesto das Unidades de Conservagao; ll — Estimular a participagao e a gestdo das comunidades locals e das entidades privadas na criagdo e no funcionamento de Unidades de Conservagdo inseridas no territério do Municipio; I — Estabelecer uma rede de protecdo ambiental ‘composta por Unidades de Conservagao e por outras reas do SAVAM que sejam proximas ou adjacentes umas 4s outras, e suas respectivas zonas de amortecimento & corredores ecolégicos, estimulando acdes de conservagao da biodiversidade, uso sustentavel dos recursos naturais, @ restauragao e a recuperagao dos ecossistemas; IV — Assegurar as comunidades tradicionais que dependam do uso de recursos naturais existentes nas reas de conservagdo formas de sustento alternativas ou a devida compensagao pela impossibilidade de uso dos recursos em decorréncia de restrigdes decorrentes do regramento das unidades; Vv — Prever a utilizagao do instrumento da Quota Ambiental como parametro qualificador do uso e da ‘ocupago do solo, ‘Subse Da Reserva Particular do Patriménio Natural (RPPN) Art. 21. A Reserva Particular do Patrim6nio Natural (RPPN) € constituida por area privada, gravada com Perpetuidade, para conservar a diversidade biolégica. MUNICIPIO Art. 22. O Municipio de Camagari, por meio do 6rgao executor da Politica Ambiental, sempre que possivel & oportuno, prestara orientagdo ‘técnica e cientifica aos proprietarios das Reservas Particulares do Patrimonio Natural inseridas no seu territério, para a elaboragao de um Plano de Manejo ou de Protegdo e de Gestéo da unidade. Subsegao Ill Das Areas de Protegio Ambiental (APA) Art. 23. A APA é uma porgdo territorial, em geral extensa, com certo grau de ocupagéo humana, dotada de atributos abiéticos, bidticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populagdes humanas, @ tem como objetivos basicos proteger a diversidade biol6gica, disciplinar 0 proceso de ocupagéo e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais, §1° A APA 6 constituida por terras piblicas ou privadas; §2° As condig6es para a realizagao de pesquisa cientifica e visitagdo publica nas areas sab dominio publico serao estabelecidas pelo érgdo gestor da unidade; §3° Nas Areas sob propriedade privada, cabe ao proprietario estabelecer as condigdes para pesquisa & Visitagao pelo piiblico, observadas as exigéncias © restrig6es legais. Art. 24. Integram o subsistema de Unidades de Conservacdo representadas no Mapa §.1 do Anexo | desta Lei, as APAs instituidas pelo Governo do Estado da Bahia, total ou parcialmente inseridas no terrtério do Municipio de Camagari, a seguir indicadas: 1 — Area de Protego Ambiental Joanes/ipitanga, instituida pelo Decreto Estadual n.° 7.596, de 05 de junho de 1999, com Zoneamento Ecolégico-Econdmico aprovado pela Resolugéo CEPRAM n.° 2.974, de 24 de maio de 2002, ou outro ato normativo que suceda; Wl — Area de Protegao Ambiental Lagoas de Guarajuba, instituida pela Resolugao CEPRAM n.°'387 de fevereiro de 4991, © com parémetros urbanisticos (ambientais e paisagisticos) estabelecidos pela Resolugdo CEPRAM n° 388 de fevereiro de 1991, ou outro ato normativo suceda; Il — Area de Protecdo Ambiental Rio Capivara, institulda pelo Decreto Estadual n.° 2.219 de 14 de junho de 1993, com Zoneamento Ecolégico-Econdmico aprovado pela Resolugdo CEPRAM n.° 2.872 de 21 de setembro de 2001 0U outro ato normative que suceda; IV — Area de Protegdo Ambiental da Plataforma Continental do Litoral Norte, instituida pelo Decreto Estadual n.° 8.553 de 5 de junho de 2003, ou outro ato normativo que suceda; Paragrafo Unico. O'Municipio promoverd as agées de arliculagio necessérias junto aos érgdos gestores das APAs acima mencionadas para acompanhar a criagdo ou revisdo do Zoneamento ¢ Plano de Manejo, de modo a onciliar 0 uso @ a ocupacao do solo com o direito ao meio ambiente ecologicamente equilirado. Art. 25. Sao diretrizes especificas para as areas do Municipio incluidas na APA do Joanes/ Ipitanga | — Nas areas localizadas na faixa de protegao da represa Joanes Il, nos limites com Simées Filho, Rio Joanes & Represa Joanes |, e nos limites com Lauro de Freitas, estimulo a iniciativas de preservagéo ambiental @ recuperagao de areas degradadas; ll — Controle das atividades de mineragao, garantindo o seu equilbrio com 0 ambiente em que esido inseridas, ‘MUNIGPIO DE CAMACARI4T05769000180 & CAMACARI Sexta-teira 16 de dezembro de 2023 - Ano XX N° 2290 - 2° Caderno - Pagina 09 de 46 — Atos do Poder Executive — especialmente quanto a sua restauragdo, exigindo a reabiltagdo da drea ao final da exploracdo, inclusive em relagao a paisagem: lil — Ages de fiscalizagao sobre a expansao desordenada dos assentamentos préximos as areas de contribuigao da bacia hidrdulica do Rio Joanes, especialmente nas suas faixas marginais consideradas_ de __preservagao permanente, nos termos da legislagao ambiental vigente, IV — Monitoramento continuo da operacao e do impacto do Cemitério Municipal Vila de Abrantes e Cemitério de Parafuso sobre a qualidade das 4guas do manancial e sos das Areas adjacentes; V — Fiscalizagao continua do Poder Puiblico Municipal sobre a expanséo urbana desordenada e turismo Predatério nas areas do estuario do Rio Joanes, dunas, lagoas, matas ciliares e manguezais; VI — Implementagao de um sistema de alerta de cheias para areas propensas a inundagGes, e de iniciativas de ‘educagao ambiental para a populagao ribeirinha, Art. 26. Sao diretrizes especificas para as éreas incluidas na APA Lagoas de Guarajuba: 1 — Fiscalizacao continua do Poder Publico Municipal sobre a expansdo urbana desordenada e turismo predatério nas areas Umidas, dunas, lagoas, matas ciliares, manguezais e faixa de areia das praias e faixa adjacente; I — Garantia do livre acesso as praias, especialmente através do controle da ocupagao desordenada nas areas proximas a faixa de areia; IN| — Articulagdo junto ao érgéo gestor da APA e Instituto Chico Mendes de Conservacao da Biodiversidade - ICMBio no controle do turismo predatério em toda a extenséo da APA, especialmente quanto a0 controle do transito de veiculos nas faixas de areia das praias, visando a preservagao dos ovos ¢ dos filhotes de tartarugas; IV — Articutagao junto ao érgao gestor da APA © demais ‘Srgdos competentes, para a promogdo de estratégias, ‘conjuntas que contemplem: a)integrar as agées de protec ao meio ambiente as praticas recreativas, turismo sustentavel ¢ atividades culturais; b)Promover a restauragéo ¢ manutencao da vegetagao de restinga, em especial, o macico de dunas, manguezais ¢ coqueirais; o)Desenvolver agdes conjuntas de fiscalizago ¢ combate 2 caga © pesca predatérias, bem como a extragao nao autorizada de recursos minerals. Art. 27. Sao diretrizes especificas para as areas incluidas na APA Rio Capivara: | — Articulagao junto ao érgéo gestor da APA para a promogo de estratégias conjuntas que contemplem: a)Controle rigoroso sobre a ocupagdo © ampliagdes de edificagdes em areas de linha de cosla, reas de risco, em especial, Sangradouro, entorno do Emissario Submarino da Cetrel, Caratina, Loteamento Fonte das Aguas e Praga Salustiano Santiago de Souza; b)Elaboragao de estudos ‘especificos referentes as, ‘ocupagdes situadas em areas de risco de inundagdes ou de preservagao permanente, devendo ser avaliada a possibilidade e a necessidade de realocagao; c)Implementago de um sistema de alerla de cheias para Areas propensas a inundagées, e de inicialivas de ‘educagéio ambiental para a populacao ribeirinha; d)Elaboracao de estudos especificos referentes ao risco de erosao costeira na localidade Praga Salustiano Santiago de Souza (Praga das Amendoeiras), Praia de Arembepe; Sexta-teira 15 do dezembro de 2023 - Ano XX N° 2200 - 2° Cadermo- Pagina 10 de 48 e)Monitoramento continuo da operagao e do impacto do Cemitério de Arembepe sobre o meio ambiente, sobre especialmente a qualidade das aguas do manancial, bem como sobre os usos das areas adjacentes; Ml — Fiscalizagao continua do Poder Puiblico Municipal visando controlar a ocupagéo desordenada e o turismo predatério ao longo da faixa ltoranea onde se destacam os Rios Capivara Grande, Capivara Pequeno, bem como brejos e manguezais associados as areas estuarinas; Il — Garantia do livre acesso as praias, especialmente através do controle da ocupacdo desordenada nas areas préximas a faixa de arela; IV — Articulagao junto ao érgao gestor da APA, Instituto Chico Mendes de Conservagao da Biodiversidade - ICMBio e Marinha do Brasil, em toda a extensdo da APA e em especial, no Rio Jacuipe e na faixa de areia das praias & faixa adjacente, para serem estabelecidas ag6es conjuntas de fiscalizagao visando a preservagao dos ovos © dos filhotes de tartarugas; V — Controle das atividades de mineracao, garantindo 0 seu equilorio com 0 ambiente em que estdo inseridas, especialmente quanto 4 sua restauragao, exigindo a reabiltago da rea ao final da explorago, inclusive em relagdo 4 paisagem Art. 28, Sdo diretrizes para as éreas incluidas na APA Plataforma Continental do Litoral Norte: 1 — Articulago junto 20 Governo do Estado para zoneamento ambiental da APA e do Plano de Manejo, com a participagao do Municipio de Camagari nos assuntos pertinentes ao seu territério; Il — Articulagao junto 20 érgdo gestor da APA © ao Govern do Estado para o desenvolvimento de acdes compartihadas visando a promocao do turismo de observacao de baleias (whale watching); Il — Implementagdo_ de politica de desenvolvimento sustentavel que conciie a conservagdo do ambiente natural com a protegao das caracteristicas socioculturais, das populagées nativas, resguardando os sitios de desova @ criagdo de larvas de peixes, preservando os niicleos de pesca’ e veraneio, turismo € incentivando a produgao econémica artesanal; IV — Controle rigoroso do Poder Pilblico Municipal sobre: a)A ocupacao desordenada da faixa de areia das praias, especialmente por edificagdes ou outras obras de cardter permanente: b)Pesca e turismo predatorio; ©)Descarte e disposigao inadequados de residuos sélidos e. langamento de efluentes que impliquem na contaminagao das plataformas continentais marinhas; 4)Exploragao inadequada dos recifes de corais. Subsegao IV Das Unidades de Conservagao Muni pais (UCM) Art. 29. A criagéo e a regulamentagdo de Unidades de Conservagao no Municipio de Camagari, bem como a alteragao dos limites daquelas ja constituidas, atenderao &s disposigdes da Legislagao que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservagao (SNUC) ¢ 0 Sistema Estadual de Unidades de Conservagao (SEUC). Paragrafo unico. Denominam-se Unidades de Conservagao Municipals (UCM) aquelas instituidas no territério do Municipio de Camacari por ato do Poder Executive Municipal. Art. 30. Em razdo das suas caracteristicas especificas, Municipio de Camagari podera promover estudos técnicos ‘MUNICIPIO DE CAMACARI4109763000180 & CAMACARI MUNICIPIO — Atos do Poder Executive — para a insttuigéo de UCM nas areas indicadas no Mapa 5:1 do Anexo Idesta Lei, especialmente: IAs Areas Priortarias da Mata Alantica: ll — Area de Protegao Recursos Hidricos da Barragem de Santa Helena: Il — Parque Urbano do Rio Camagari; IV — Corredores Ecolégicos da Zona Costeira. Art. 31. O Parque Natural Municipal das Dunas de Abrantes e Jau4, instituido por meio da Lei Municipal n° 1.710, de 11 de janeiro de 2022, é definido como UCM de proteco integral, possui 344,00ha (trezentos e quarenta e quatro hectares), delimitados pela poligonal constante no Anexo Il da Lei Municipal n° 1.710, de 11 de janeiro de 2022, sendo os seus limites’ territoriais aqueles representados no Mapa 5.1 do Anexo I desta Lei. §1° O Parque Natural Municipal das Dunas de Abrantes © Jaué tem como objetivo basico a preservagao de ecossistemas naturais de grande relevancia ecolégica © beleza cénica; §2° O uso do Parque Natural Municipal das Dunas de Abrantes @ Jaud € limitado @ realizagdo de pesquisas cientificas @ o desenvolvimento de atividades de educagao ¢ interpretagao ambiental, de recreagéo em contato com a natureza e de turismo ecolégico; §3° Nos termos do art. 28 desta Lei, deverdo ser elaborados 0 plano de manejo e definidos programas de gestao, visando a conservagao ambiental da UCM, Art. 32. O Parque Municipal do Rio Joanes instituido por meio do Lei Municipal n.° 1.260 de 17 de dezembro de 2012, & definido como UCM de protecao integral, sendo ‘suas’ coordenadas descritas no Anexo VI da Lei Complementar n° 1.312/2013 e seus limites terrtoriais ‘aqueles representados no Mapa 5.1 do Anexo | desta Lei. §1° O Parque Municipal do Rio Joanes tem como objetivo bésico a preservagao de ecossistemas naturais de grande relevancia ecolégica e beleza cénica; §2° O uso do Parque Municipal do Rio Joanes ¢ limitado a realizagao de pesquisas cientificas eo desenvolvimento de atividades de educacao e interpretagao ambiental, de Tecreagdo em contalo com a natureza e de turismo ‘ecolégico; §3° Nos’ termos do art. 28 desta Lei, deverdo ser elaborados o plano de manejo e definides programas de gestdo, visando conservagao ambiental da UCM. Subsegao V Das Areas de Protegao de Recursos Hidricos (APRH) Art. 33. As Areas de Protecgéo de Recursos Hidricos (APRH) tém como objetivo principal conservar os manancials, sujeltando-se as restrigdes de uso e ocupago do solo dispostas nesta Lei, para assegurar a preservagao dos recursos hidricos. Art. 34. As APRH so formadas pelos espacos ‘compreendidos em faixa marginal de 300 m (trezentos metros) ao longo dos Rios Joanes, Jacuipe, Pojuca e as, Bacias dos Rios Itaipu ¢ Capivara Grande e da Barragem de Santa Helena, estando delimitadas no Mapa 5.2 do ‘Anexo |, integrante desta Lei, denominadas ‘especificamente: I— APRH do Rio Joanes; I—APRH da Bacia do Rio Itaipu; Il — APRH da Bacia do Rio Capivara Grande; IV —APRH do Rio Jaculpe: V—APRH do Rio Pojuca; MUNICIPIO VI—APRH da Barragem de Santa Helena. Art. 35. Sao diretrizes para as APRH 1 — implementagao de programas de _recuperagéo ambiental, compreendendo a urbanizagao dos. assentamentos precérios urbanizaveis e o reassentamento das areas nao urbanizaveis, a critério do Poder Executive Municipal; Il — Desenvolvimento de agées para _recuperagao ambiental dos rios, manguezais e estuarios de modo a assegurar a recarga dos aqulferos e a manutengao da sua qualidade hidrica; Il — Realizago de estudos ambientais para a criagdo de Unidade(s) de Conservagao, voltada(s) para a protegao de mangues e de floresta densa associadas ao dominio de Mata Atlantica integrantes da APRH, atendidos os critérios da legislagao pertinente; IV — Compatibiizagao dos usos industriais com a conservagao ambiental, devendo ser realizado 0 monitoramento continuo de suas atividades incorporagao, @ base de dados do municipio, das informacdes sobre a qualidade das aguas superfciais e/ou subterraneas; V_— Implementacao de iniciativas de conscientizagao © educagao ambiental visando informar e sensibiizar a populagao sobre a importancia © 0s métodos de conservagao dos recursos hidricos; VI — Incentivo ao turismo sustentavel_na_APRH, garantindo que as atividades turisticas nao prejudiquem os recursos naturais © culturais das areas © proporcionem beneficios socioeconémicos para as comunidades locais; Vil — Estabelecimento de parcerias com organizagées do terceiro setor, instituigdes académicas e iniciativa privada para a realizagao de pesquisas, projetos © programas que ossam contribuir para a protecdo © gestao sustentavel das APRH; Vill — Criagao de incentivos & bioeconomia para produgao sustentavel de alimentos, a produgao de energia renovavel © a utlizacdo de recursos naturais renovaveis para a atividade industrial; IX — Estabelecimento de indices especificos de permeabllidade que possibiltem beneficios a qualidade ambiental, & retengdo e infltracdo de égua nos terrenos e © aumento da cobertura vegetal; X — Utllzagao do instrumento'da Quota Ambiental como arametro qualificador do uso e da ocupagao do solo. Art. 36, Para o licenciamento de edificagdes novas ou de reformas que impliquem em aumento de rea construida em iméveis que estejam localizados, ainda que parcialmente, nas APRH, poderd ser exigido pelo érgao licenciador 0 atendimento a uma pontuacéo minima de Quota Ambiental, conforme critérios a serem definidos em ato normativo municipal. §1° Ficam dispensados da exigéncia do caput os pedidos de licenga apresentados ao drgéo responsavel pelo licenciamento urbanistico no Municipio que atendam a um indice de permeabilidade (IP) igual ou superior a 0,7; §2° Até a publicagao do ato normativo a que se refere 0 caput, serao aplicados os parametros referentes a zona de uso onde 0 imével esteja localizado, Art. 37. Nos pedidos de licenga para construgao de empreendimentos, sera exigido o projeto de drenagem de Aguas pluviais, contemplando dispositives de drenagem sustentavel que permitam a recarga das aguas subterraneas, “MUNICIPIO DE CAMACARI:14109763000180 & CAMACARI Sexta-teira 15 de dezembro de 2023 - Ano XX N° 2290 - 2° Cadero- Pagina 11 de 46 — Atos do Poder Executive — Art. 38, O Municipio deverd, dentro de suas atribuigdes legals, instituir o Sistema de Gerenciamento de Recursos Hidricos, a fim de que possam ser aplicados instrumentos Preventivos e corretivos capazes de equacionar e ‘compatibilizar as demandas de diversos usuarios de agua assegurando a sustentabilidade do uso dos recursos hidricos, como condigao essencial para a cidadania plena, qualidade de vida, a redugéo da pobreza © do racismo ambiental. ‘Subsegao VI Do Subsistema de Areas de Relevancia Ambiental e Cultural Art. 39. As Areas de Relevancia Ambiental e Cultural so. reas relevantes ao meio ambiente cultural, a0 conforto ambiental e/ou remanescentes do bioma Mata Atlantica, que se caracterizam por formagoes _florestais © ecossistemas associados, como as restingas © os manguezais. Art. 40. 0 subsistema de Areas de Relevancia Ambiental ¢ Cultural subdivide-se em: I— Areas de Relevancia Ambiental (ARA); ll — Areas de Relevancia Cultural (ARC) Art. 41. As Areas de Relevancia Ambiental (ARA) ‘compreendem os espagos que apresentam ocupacao do solo de baixa densidade, com a presenga de remanescentes de vegetagao representativa do bioma Mata Atlantica, que se caracterizam por formagées florestais e ecossistemas associados, como as reslingas € ‘os manguezais, §1° Classificam-se como ARA aquelas, representadas no Mapa 5.3 do Anexo I desta Let, §2° Aplicam-se as ARAs, quando couber, as disposicdes da Lei Federal n.° 11,428/2006 e da Lei Complementar n.° 140/2011, ou aquelas que a substituam, devendo ser ‘objeto de parecer técnico do érgao ambiental municipal a avaliagao para confirmacao da incidéncia, no local, de vegeta¢ao do bioma Mata Atlantica e de seu estagio sucessional, §3° Nos licenciamentos referentes as areas ‘compreendidas pela ARA, serd exigido modelo urbanistico que viabilize maior preservacao de areas verdes e maior conforto bioclimatico, considerando os microciimas locais ‘como direcionadores de solugdes de projetos sustentaveis. areas Art. 42. Sao diretrizes para as Areas de Relevancia ‘Ambiental (ARA}: | — Assegurar a protecao das paisagens naturais e de notavel beleza cénica; ll — Contribuir para a manutengdo da diversidade biolégica @ dos recursos genéticos no territério municipal, Il — Buscar 0 apoio e 2 cooperacdo de instituiges do terceiro setor, da iniciativa privada, bem como de pessoas fisicas para 'o desenvolvimento de estudos, pesquisas cientificas, praticas de educagao ambiental, atividades de lazer e de turismo ecolégico, monitoramento e manutengo das areas de relevante interesse ambiental; IV — Estimular a criagao de unidades de conservacao da natureza, Art. 43. As Areas de Relevancia Cultural séo areas dotadas de elementos que compdem o patriménio histérico cultural do Municipio, incluindo aspectos histéricos, cullurais, espaciais e estéticos do Municipio de Camacari ¢ de seus habitantes, valorizando sua diversidade ¢ singularidade, Sexta-teira 15 do dezambro de 2023 - Ano XX N° 2200 - 2° Caderno~ Pagina 12 de 48 Art. 44, So enquadradas como de Relevancia Cultural as Areas abaixo relacionadas, delimitadas no Mapa 5.3 do ‘Anexo I que integra esta Let 1—A Igreja do Divino Espirito Santo, em Vila de Abrantes; I—A Igreja de Sao Bento, em Monte Gordo; I-A Capela de Barra do Jacuipe; IV - AAldoia Hippie, em Arembepe; V = A Comunidade Senhora Santana de Cordoaria, em Abrantes; VI — Os portos pesqueiros tradicionais de Busca Vida, Jaud, Arembepe, Barra do Jaculpe, Guarajuba, Itacimirim; VI — 0 Horto Florestal Linaldo da Silva; Vill — © Morro da Manteiga, em uma das nascentes do Rio Camagari; IX—A Prainha de Parafuso, em Parafuso; X—A Cidade do Saber, XI—A Fonte do Buraquinho, em Abrantes; Xi — A Lagoa da Paz, em Cachoeirinha - Barra de Pojuca; Xill — © Cacimbao, em Arembepe; XIV — As Piscinas do Parque Verde, no Rio da Prata; XV — 0 Chafariz, no Camagari de Dentro; XVI — Morro do Cruzeiro de Abrantes, no Parque Natural Municipal das Dunas de Abrantes e Jaua; XVI — As praias © seus respectivos acessos piiblicos conforme mapeamento apresentado; XVIll — Museu de Camassary; XIX— Arquivo Publico Municipal; XX - Terreiro Manso Kilembekweta Lemba Furaman, em Abrantes; XI Terreiro de Lemba, na Sede. Art. 45. Sao locais prioritarios para a realizagdo de estudos para definigdo de Areas de Relevancia Cultural: 1 — 0 Centro Histérico do Municipio de Camagari, compreendendo: 0 Museu de Camassary, Arquivo Histérico de Camagari, a Biblioteca Publica Municipal Jorge Amado, Praga Desembargador Montenegro, Catedral S40 Thomaz de Cantuaria e Praga Abrantes;, Il —A Praga da Mattiz de Vila de Abrantes; Il — O trajeto do fogo simbélico da Independéncia do Brasil na Bahia em Camagari Paragrafo Unico. Considera-se patriménio cultural os bens de natureza material e imaterial, portadores de referéncia a identidade e a meméria dos diferentes grupos formadores da sociedade. Art. 46, Sao diretrizes gerais para as Areas de Relevancia Cultural: 1 — Preservar o patrim6nio cultural, incluindo monumentos, artefatos, documentos historicos, préticas —culturais tradicionais e seus espagos de ocorréncia: Il — Garantir e estimular 0 acesso da populago a esas reas por meio de iniciativas publicas ou privadas, especialmente aquelas voltadas para populagGes de baixa renda; Ml —Promover 0 uso promocional dos espagos para 0 exercicio de atividades artisticas, criativas, educacionais © de lazer compativeis com a preservagao das areas; IV — Realizar estudos para a delimitagao de areas prioritarias © identificagdo de novas areas e posterior regulamentagao; Estabelecer as parcerias com institulg6es piblicas & iniciativa privada para o atendimento das diretrizes previstas nesta Lei; — Atos do Poder Executive — & CAMACARI MUNICIPIO VI — Preservar 0 patriménio arqueolégico por meio da identificagéo de reas potencialmente afetadas e estabelecimento de exigénciasespecificas para intervengdes em tais areas; Vil_— ‘Observar os regramentos estabelecidos pela legislago municipal referente ao tombamento e registro para protegéo ao patriménio histérico e cultural do Municipio; Vill — implantar novos acessos publicos as praias, bem ‘como promover, nos existentes, melhorias estruturais e de sinalizagdo vidria ou turistica mediante estudos técnicos a ‘serem desenvolvidos. ‘Subsegao Vil Do Subsistema de Areas Especialmente Protegidas Art. 47. As reas especialmente protegidas sao constituldas por areas multfuncionais que oferecem beneficios ambientais, sociais, culturais © estéticos © contribuem para a conexéo de areas protegidas, fragmentadas por ago humana, como florestas, unidades de conservagéo ou habitats’ naturais, permitindo o deslocamento de animais, a dispersdo de sementes, o fluxo génico e a manutengao da biodiversidade entre as reas conectadas. Art. 48. As Areas Especialmente Protegidas podem ser classificadas nas seguintes categorias: 1 — Parques Urbanos; N— Parques Lineares; Il —Corredores Ecolégicos; IV — Anel Florestal (Faixa Florestal); V— Parque Ecolégico Aldela Hippie, em Arembepe. Art. 49. Os parques urbanos poderdo incluir na sua concepcéo trechos _urbanizados, _incluindo areas destinadas ao parcelamento do solo, dimensionados conforme a extensao territorial e as caracteristicas ambientais, e funcionais de cada area, ¢ serao dotados de mobiliério @ equipamentos de apoio aos usuarios que favoregam a visitago, 0 desenvolvimento de alividades culturais e uso pleno do espago pubblico. Art. 50. Os Parques Urbanos estdo definidos no Mapa 5.4 do Anexo |, que integra esta Lei, denominados: 1 — Parque Urbano do Rio Camacari; ll — Parque Urbano do Emissério de Arembepe; lil — Parque Urbano de Abrantes; IV — Parque Urbano de Barra de Pojuca. §1° Os critérios de uso e ocupago do solo nas areas ‘compreendidas pelos Parques Urbanos poderao ser objeto de Lei Municipal espectfica; '§2° Nas dreas inseridas na poligonal de Parques Urbanos, conforme Mapa 5.4 desta Lei, o Municipio podera exigir, para fins de aprovagao do parcelamento do solo, a apresentagao, pelo empreendedor, de projeto que contemple, na area do parcelamento, as intervenes urbanas necessarias a implantagao do respectivo Parque Urbano; '§3° O Municipio podera, por meio de lei especifica, instituir Novos Parques Urbanos que ficaréo sujeitos ao regramento disposto nesta Lei. Art. 51. Os Parques Lineares poderao prever implantagao de barreiras fisicas (ciclovia, pista para pedestres ou via, no limite das Areas de Preservagdo Permanente (APPs) ou areas de vegetag4o, na sua divisdo com a area do MUNICIPIO empreendimento, como mecanismo para desestimular invasdes e ocupagées indevidas por melo de agdes estruturadoras do territério, buscando conciliar tanto aspectos urbanos e ambientais como as exigéncias da legistagao e a realidade existente. §1° Os critérios de uso e ocupagao do solo nas areas ‘compreendidas polos Parques Lineares poderdo ser objeto de Lei Municipal especifica; §2° Nas areas inseridas na poligonal de Parques Lineares, conforme Mapa 5.4 desta Lei, o Municipio poder exigir, para fins de aprovagéo do parcelamento do solo, a apresentagéo, pelo empreendedor, de projeto que contemple, na area do parcelamento, as_intervengdes urbanisticas necessarias a implantagao do respectivo Parque Linear. Art. 52. Os Parques Lineares esto definidos no Mapa 5.4 do Anexo |, que integra esta Lei, denominados: 1 — Parque Linear do Eixo Urbano Central; M— Parque Linear do Jorrinho; Il — Parque Linear Rio Pernanduba; IV — Parque Linear Vale Landirana; V — Parque Linear Parafuso; VI— Parque Linear Nascente do Rio Capivara; Vil — Parque Linear Lagoas de Guarajuba; Vill — Parque Linear Jardim Limoeiro; 1X — Parque Linear Itacimirim; X — Parque Linear Barra de Pojuca; XI— Parque Linear Abrantes; Xill — Parque Linear Varzea da Meira; Xill — Parque Linear de Santo Anténio. Art. 53. As areas verdes identificadas nos parcelamentos do solo aprovados e as reservas legais em areas urbanas sero considerados, para o efeito desta Lei, areas preferenciais para implantagao de novos Parques Lineares ‘ou Urbanos. Art. $4. Os Corredores Ecol6gicos esto definidos no Mapa 5.4 do Anexo |, que integra esta Lei, denominados: Corredor Ecolégico da Orla Maritima; Ml — Corredor Ecolégico da Zona da Costa; Il — Corredor Ecolégico da Bacia Parnamirim. Art. 55. Sdo diretrizes gerais para as Areas inseridas nos Corredores Ecolégicos definidos no art. 54 1— Recuperar ou restaurar eossistemas degradados Il — Proporcionar meios ¢ incentivos para atividades de pesquisa cientiica, estudos e monitoramento ambiental, I — Favorecer condigdes © promover a educagao e interpretagéo ambiental, a recreacdo em contato com a natureza ¢ 0 turismo ecolégico; IV — Proteger os recursos naturals necessérios a subsisténcia de populagées tradicionais, respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo -as social e economicamente; V — Garantir a manutengao da fungao ambiental das areas protegidas; VI — Integrar os ecossistemas costeiros com a fungao de conectar unidades de conservagio municipais e estaduais, Permitindo 0 fluxo genético entre estas unidades © ampliando as areas de territério de fauna, Art. 56. Sao diretrizes especificas para os Corredores Ecolégico da Orla Maritima e da Zona de Desenvolvimento da Costa: 1 — Implementar a politica de desenvolvimento sustentavel que concilie a conservagao do ambiente natural com a MUNICIPIO DE CAMACARIT4109763000180 & CAMACARI Sexta-teira 15 de dezembro de 2023 - Ano XX N° 2290 - 2° Caderno - Pagina 13 de 46 — Atos do Poder Executive — protegdo das caracteristicas socioculturals das populagdes nativas, resguardando os sitios de desova e criagao de larvas de peixes, preservando os nucleos de pesca veraneio, turismo ¢ incentivando a produgao econdmica artesanal; I_— Promover ag6es de articulagao do Municipio junto ao ICMBio © a0 érgao gostor das APAs Joanes-Ipitanga, Lagoas de Guarajuba, Plataforma Litoral Norte © Rio Capivara no controle da circulagao de quadriciclos e do turismo predatério e da circulagéo de veiculos nas faixas de arela das praias em toda a extensio da zona de costa visando a preservacdo do habitat e ciclo de vida das fartarugas marinhas; Ill — Promover ages de articulagao junto as organizagoes do terceiro setor © érgaos estaduais ¢ federais para o desenvolvimento de agées compartihhadas. visando a promogao do turismo de Observagao de Baleias (whale watching); IV — Controlar as ages antrépicas visando a protecdo da biodiversidade marinha. Art. 57. Especificamente para as areas inseridas no Corredor Ecolégico da Zona da Costa, definido no Mapa 5.4 do Anexo |, desta Lei, somente seréo admitidas intervengées de interesse social, utllidade piiblica ou baixo impacto ambiental, conforme definido no Cédigo Florestal. Art. 58. Sao diretrizes especificas para o Corredor Ecolégico da Bacia Pamamirim: I — Promover agées para a protegdo de remanescentes florestais do Bioma Mata Atlantica, para o aumento da representatividade da vegetagao em todos os estratos (arbéreo, arbustivo, herbaceo e lianas) caracteristicos da floresta ombréfila densa; | — Monitorar e controlar preventivamente o uso ‘ocupago do solo na localidade, para garantia da manutengéo da funcao ambiental das dreas de preservagao permanente dos cursos d'aguas, nascentes, lagoas, rea umidas; It — 'Promover a’ recomposi¢ao dos ecossistemas no entorno dos afluentes do rio Parnamirim, para restabelecimento de corredor que permita o deslocamento da fauna; IV — Promover da recuperago de passivos ambientais de ‘empreendimentos e atividades que abrangem a area da sub-bacia do Rio Parnamirim, Art. 59. Sao diretrizes especificas para as areas que integram 0 Anel Florestal: | — Fomentar a participagao da populagao na fiscalizagao da extragao indevida de madeira, ocupagGes irregulares @ incéndios, valorizagao, preservagdo, conservacdo e protegdo da paisagem urbana do Anel Florestal, por melo de acGes de educago ambiental e projetos sustentaveis; Nl — Incentivar a’ manutengéo da area arborizada de seguranga entre as industrias e as areas residéncias vizinhas por meio de agdes de conscientizagao, sensibilizacao e educagao ambiental; Ml — Desenvolver, articular e implementar instrumentos técnicos, institucionais © legais para recuperagéo © ‘expansaio das areas arborizadas, por meio de plantio, prioritariamente, de espécies nativas do bioma Mata Antica com maior potencial de sequestrar carbono. Art. 60. As areas que integram 0 Parque Ecolégico da Aldeia Hippie, em Arembepe, ficam sujeitas aos critérios de uso e ocupagao do solo a serem definidos por ato do Poder Executive Municipal.

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