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5 D 1a i O fi I ] Prefeitura Municipal de Camagari - Ano XXI- N° 2290 - 3° Caderno de 15 de dezembro de 2023 - Pagina 01 de 51 ___Atos do Poder Executivo— 3° CADERNO DIARIO N° 2290/2023 DE 15 DE DEZEMBRO DE 2023 Sexta-teira 15 de dezembro de 2023 - Ano XXI N° 2290 - 3° Caderno- Pagina 02 de 51 LEI LEI COMPLEMENTAR N° 1874/2023 DE 15 DE DEZEMBRO DE 2023 Institul © Cédigo Urbanistico do Municipio de Camagari © PREFEITO MUNICIPAL DE CAMAGARI, ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuigdes faz saber que a (Camara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei TiTuLol DAS DISPOSIGOES PRELIMINARES Art. 1° Este Cédigo estabelece as normas de ordenamento do territério do Municipio de Camagari, visando promover 0 desenvolvimento sustentavel em conformidade com as pautas das Organizacdes Intemacionais, com orientagao baseada na gestéo urbanistica @ ambiental estipulada na Let do Plano Diretor e na Lei Organica Municipal. TITULO I DOS PRINCIPIOS, DIRETRIZES E OBJETIVOS CAPITULO | DOS PRINCIPIOS Art, 2° Os principios do Cédigo Urbanistico do Municipio de Camagari orientam a criagao de uma cidade inclusiva e acolhedora para todas as pessoas, garantindo 0 uso equitative dos espagos piblicos, a inclusdo e a protegao das vulnerabilidades sociais, sao eles: | Direito & Cidade; II- Fungo Social da Propriedade; IIl- Inclusdo Social e Integracao Territorial; IV - Preservagao ordenada, regulamentada e inclusiva do Meio Ambiente; V- Alocagao equitativa dos efeitos resultantes do proceso de urbanizagao. CAPITULO II DAS DIRETRIZES Art. 3° © Cédigo Urbanistico deve ser observado no que diz respeito as politicas de desenvolvimento territorial do Municipio de Camagari, nas quais se indluem, dentre outras, a mobilidade, habitagdo, o saneamento basico, 0 uso e a ocupagao do solo, a cidade sustentavel, além da protegao e uso ordenado do meio ambiente. §1° O Cédigo Urbanistico deve ser interpretado luz da legislagao vigente no ordenamento juridico brasileiro, no Ambito nacional e estadual, nos diversos niveis da sua amplitude, considerando| os —aspectos_locais, metropolitanos e regionais, assim como a luz das discussées e diretrizes dos Organismos e Acordos Internacionais dos quais o Estado Brasileiro seja membro ou signatario, em conformidade com as orientages das Organizagdes Internacionais, em especial os Objetivos do Desenvolvimento Sustentavel (ODS) da Agenda 2030 para (© Desenvolvimento Sustentével e das Ades para o Enfrentamento das Mudangas Climaticas. Art. 4° Sao diretrizes do Planejamento Urbano do Municipio: = Promover 0 desenvolvimento urbano sustentével com — Atos do Poder Executive — & CAMACARI MUNICIPIO construgao de habitagdes acessivels ¢ de qualidade para todos; II Incentivar © promover a adequacao do direito de construir 8s normas urbanisticas, ambientais © aos interesses sociais, com a criagdo de orientagées objetivas © praticas aos ‘municipes, investidores © servidores piblicos; Ill Expandir e manter as areas verdes urbanas, alm de promover © requerer a criago de espagos verdes em Projelos, locais publicos ©. privados, sejam eles de natureza residencial efou comercial; IV - Garantir acessibilidade e mobiidade para todos os cidadaos; V = Requaiiicar os espagos urbanos verdes, integrados, seguros, acessiveis e inclusivos VI- Requalificar e ordenar as habitacdes imegulares; Vil - Promover 0 uso da cidade por todas as pessoas, incentivando 0 sentimento de pertencimento ¢ responsabilidade comunitéria: Vill - Estabelecer normas ‘para a preservago © uso responsavel dos recursos naturais em todo 0 Municipio, inclusive com previsdo quando da realizagdo de obras construgées circunvizinhas; IX - Promover a igualdade de género e empoderamento das mulheres em todas as areas do desenvolvimento urbano, com a criagao de espacos urbanos seguros, iluminados e com acessos que inviabilizem praticas discriminatérias; X - Estabelecer normas para a gestao eficiente dos residuos sélidos e saneamento basico; XI = Incentivar a cooperago entre 0 govemo local, ‘organizagées no governamentais, movimentos sociais, ‘empresas privadas e cidadaos para alcancar os objetivos sugeridos pelas Organizacdes Internacionais; Xil - Garantir 0 uso inclusive & equitativo' dos espacos publicos por todas as pessoas, independentemente de sua identidade de género, orientagdo sexual, idade, raga ou religido; Xill - Garantir que a cidade seja um lugar seguro ¢ acolnedor para as criancas crescerem, aprenderem, brincarem e preservarem os espagos publicos; XIV = Promover a diversidade cultural e religiosa © combater todas as formas de discriminagao; .V - Incentivar préticas agricolas, da pecuéria, da pesca © da_maricultura locais sustentaveis, com orientagao e assisténcia necessaria para implementagao e fomento como atividades econémicas com responsabilidade ambiental; XVI - Implementar regulamentos para as indiistrias para minimizar a polui¢éo, tratamento de dejetos e gestao de residuos, além de promover a responsabilidade social corporativa; XVII - Garantir a participagSo pUblica no planejamento tomada de decisées sobre o desenvolvimento urbano; XVII - Implementar medidas para mitigar e adaptar-se as mudangas climaticas; XIX - Regulamentar e ordenar 0 acesso As praias, rios, lagoas, reservas naturais e areas verdes, inclusive quando da cfiagdo de espagos piiblicos ou instalagao de ‘empreendimentos privados; XX - Incentivar e assistir com medidas. propositivas 0 desenvolvimento do comércio e a prestagao de servico no Municipio de Camagari com a criagao de Centro Comercial Metropolitano; XXI - Regulamentar, de forma objetiva e utlizando de linguagem acessivel, os procedimentos municipais de licenciamento como forma de atragao de investimento na regido: MUNICIPIO XXII - Ordenar e regulamentar medidas que incentivem & atraiam a fixagdo de novos moradores urbanos em regiSes que possuam capacidade de formacéo de novas localidades residenciais; XXill - Garantir 0 direito a um processo que seja objetivo, pratico, previamente regulamentado © que incentive investimentos no Municipio, alinhado as pautas das Organizagées Internacionais; XXIV - Pautar as andlises técnicas e decisées nas Leis, aplicavels & espécie, inclusive fazendo incidir, diretamente, quando necessario, as normas técnicas editaveis pela Associago Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) vigentes, bem como as normas dos érgaos e agéncias, regulatérias de Ambito nacional. CAPITULO IIL DOS OBJETIVOS Art, 5° Este Cédigo Urbanistico tem como objetivo garantir © bem-estar dos seus habitantes com a inclusdo social, 0 uso equitativo dos espacos pilblicos por todas as pessoas, especialmente, grupos menorizados, além do incentive a0 uso de procedimentos e tecnologias sustentaveis. Art. 6° Sao objetivos do Planejamento Urbano do Municipio: I~ Assegurar acessibilidade, de modo a promover a igualdade, com incluso de todos aqueles que usam a cidade; Il - Eleger as prioridades do Municipio no processo de intervengdes urbanisticas; lil - Priorizar investimentos pautados em sustentabilidade, reciprocidade de incentivo ao Municipio e municipes, inclusivos e que respeitem as orientagdes técnicas, relacionas ao uso racional do meio ambiente; IV - Promover o alinhamento espacial da populagao com incentivo de implementagéo das areas _residéncias, munidas, de forma digna, dos equipamentos, servicos & espacos necessarios 4 moradia, transporte © acesso a servigos e produtos, com a geracao de emprego por meio de mao de obra local; V = Regulamentar’ de forma clara, objetiva e com linguagem acessivel os regramentos relativos & expansdo urbana, bem como, aqueles relativos a regularizagao fundiéria, construgaio, ampliago de construgdes nas areas rurais; VI - Realizar as intervengdes necessérias_para urbanizagao formal de espagos ocupados de maneira clandestina, com regularizagao do imével e do seu entomo; VII Analisar e avaliar periodicamente a ampliagao urbana com a implementagao dos recursos publicos necessérios & moradia digna. TITULO II DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO E GESTAO DO DESENVOLVIMENTO URBANO CAPITULO DAS DISPOSIGOES PRELIMINARES Art. 7°, Fica criado o Sistema de Planejamento e Gestéo do Desenvolvimento Urbano e da Qualidade Ambiental, em beneficio da qualidade de vida e do pleno exercicio da cidadania. §1° © Sistema de Planejamento e Gestéo do Desenvolvimento Urbano e da Qualidade Ambiental atuara com 0 objetivo de organizar, coordenar e integrar as agoes, dos diferentes érgaos e entidades da administracao MUNICIPIO DE CAMACARI:14109763000180 & CAMACARI Sexta-teira 418 de dezembro de 2023 - Ano XXI N° 2290 - 3° Caderno - Pagina 03 de 51 — Atos do Poder Executive — piblica municipal, direta @ indireta, observados os principios e normas gerais estabelecidos nesta Lel & ‘demais legisiagdes pertinentes. §2° 0 Sistema de Planejamento e Gestdo do Desenvolvimento Urbano ¢ da Qualidade Ambiental sera organizado e funcionaré com base nos principios do planejamento integrado, da articulagao intersetorial da participagao social §3° Integra 0 Sistema de Planejamento e Gestdo do Desenvolvimento Urbano e da Qualidade Ambiental, o sistema Informatizado de icenciamentos, plataforma virtual na qual tramitaro os processos administrativos relativos a8 questées urbanisticas, ambientais, fiscalizatérias e sancionatérias — no érgao municipal que detém ‘competéncia para questdes urbanisticas e ambientais. §4° Também poderdo ser utilizados, no ambito do Sistema de Planejamento © Gest4o do Desenvolvimento Urbano e da Qualidade Ambiental, outros sistemas. eletrénicos criados ou que venham a ser criados pelo Municipio, ou uitiizados por este, e que contenham tramitagao’ de informagées, pareceres e decisées _administrativas vinculados as tematicas urbanistica e ambiental capituto DA COMPOSICAO E DAS ATRIBUIGOES: Art. 8°. O Sistema de Planejamento e Gestéo do Desenvolvimento Urbano e da Qualidade Ambiental é ‘composto por: I~ Orgios Colegiados: 0 Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMAM), 0 Conselho Municipal da Cidade (CONCIDADE), 0 Sistema Municipal de Meio Ambiente (SISMUMA); IV Orgio Executor: Orgao a qual é atribuido o conjunto de competéncias correlalas a0 Planejamento, Urbanismo, Meio Ambiente e Desenvolvimento da Gestao Urbana; lll - Orgaos Setoriais: os demais érgéos da administrago. publica direta e indireta; IV - Orgaos Julgadores: Juntas de primeira e segunda instancia, com alrbuigdo para julgamento de penalidades urbanisticas e ambientais. §1° Compete aos Orgdos Colegiados propor e aconselhar Sobre questées urbanas e ambientals, nos termos das leis especificas §2° Compete ao Orgo Executor implementar a politica e diretrizes fixadas para o meio ambiente e desenvolvimento urbano §3° Compete aos Orgaos Setoriais contribuir para a execugao da politica’ de desenvolvimento urbano © qualificagao ambiental do Municipio, através de planos, programas, projetos e agdes. Compete @ Conferéncia Municipal da Cidade propor iretrizes gerais para implementagéo da politica de desenvolvimento urbano e acompanhar a implementagao do Plano Diretor. '§5° Compete a Conferéncia Municipal do Meio Ambiente propor diretrizes gerais para implementagao da politica de meio ambiente e acompanhar a sua execugao. CAPITULO IIL DOS SUBSISTEMAS DE PLANEJAMENTO E GESTAO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Art. 9°. O Sistema de Planejamento e Gestéo do Desenvolvimento Urbano e da Qualidade Ambiental & ‘composto dos seguintes Subsistemas Basicos: |- Subsistema de Planejamento e Gestao Ambiental; II Subsistema de Planejamento e Gestao Urbanistica; Sexta-teira 15 do dezombro de 2023 - Ano XXI N® 2290 - 3° Caderno - Pagina 04 de 541 II- Subsistema de Informages Municipais. Art. 10. 0. Subsistema de Planejamento e Gestéo ‘Ambiental, operado pelo Orgao Executor, responsavel pela gestéo dos. recursos ambientais © pela garantia da Qualidade ambiental do Municipio, tem, dentre outras, as ‘seguintes atribuigdes: | - Encaminhar as agées necessarias para garantir o cumprimento das diretrizes da politica ambiental; Il - Estabelecer diretizes, normas, critérios © padrées relativos ao controle e & manutengéo da qualidade do meio ambiente; ill ~ Avaliar © aconselhar sobre a implantagéo de empreendimentos com potencial de impacto ambiental; IV = Controlar,fiscaizar e monitorar a qualidade ambiental \V - Promover e coordenar os foruns de discussao publica © avaliagao da politica ambiental, especialmente a Conferéncia Municipal do Meio Ambiente; VI - Atualizar e divulgar permanentemente informagées ‘sobre a qualidade ambiental no Municipio, para os Orgaos da Administragao © para toda a sociedade em todos os meios de comunicagao institucionais, em portal eletrénico da Prefeitura Municipal de Camagarie outros: Vil - Firmar convénios com Orgaos Piblicos estaduais, federais e entidades ambientais Art. 11. 0 Subsistema de Planejamento e Gestéo Urbanistica, operado pelo Orgao Executor, meio ambiente e desenvolvimento da gestao, responsavel pela gestao da politica urbana do Municipio tem, dentre outras, as seguintes atribuigdes: I= Acompanhar a implementagao das diretrzes, programas € projetos previstos no Plano Diretor, Il = Promover e coordenar os féruns de discusséo piblica para a avaliago da pollica urbana, especialmente a Conferéncia Municipal da Cidade; Ill = Assegurar a parlcipagao social na elaboragéo do orgamento © 0 acompanhamento da sua execugao, de conformidade com as diretrizes do Plano Diretor; e IV - Controlar 0 uso e ocupagao do solo, incluindo as atividades de orientagao, fiscalizagéo e licenciamento urbanistico Paragrafo tinico. © CONCIDADE um érgéo colegiado de aconselhamento na operacao do Subsistema de Planejamento e Gestio Urbanistica na gestdo partcipativa da cidade que tem por finalidade estudar e propor diretrizes gerais para a formulagdo © implementagao da politica urbana, bem como acompanhar e avaliar a sua execugao.. Art. 12. © Subsistema de Informagées Municipais sera mantido e atualizado pelo Orgao Executor, devendo conter dados relativos ao cadastro geral, a cartografia geoprocessada e atualizada dos empreendimentos © atividades, 4s fontes potencalmente impactantes, 8 qualidade ‘dos recursos ambientais, tendo, dentre outras, as seguintes atribuigées: |= Coletar, sistematizar e disponibilzar dados e informagées ‘continuos, padronizados e inferiveis de interesse ambiental © urbanistico, inclusive através de termos de cooperagdo e temo de referencia com universidades, prestadores de servigos ptiblicos, entre outros; Il - Implantar e manter atualizado banco de informagdes municipais georreferenciadas contendo dados sobre finangas piblcas, economia, saide, educagao, saneamento basico, demografia, urbanismo, cultura, meio ambiente, fomecidos pelos diversos " érgéos da administrag8o municipal e outros de interesse publico para Uso do Poder Publica e da sociedade; IIl- Colocar, de forma ordenada, sistémica e interativa, os — Atos do Poder Executive — & CAMACARI MUNICIPIO ragistros e as informagées dos érgéos, entidades e empresas atuantes no\ Municipio, disposigéo dos diversos érgdos do Poder Piblico e da sociedade; \V ~ Atuar como instrumento regulador dos registros necessarios 5 diversas unidades do Sistema de Planejamento e Gestao do Desenvolvimento Urbano e da Qualidade Ambiental; e \ - Estabelecer agao conjunta com as demais secretarias e 6rgao com a finalidade de inovacao, transformagao digital para eficincia, bem como o desenvolvimento de processos de produgao e difusdo de informagao. Art. 13. 0 Subsistema de Informagées Municipais sera ‘organizado @ administrado pelo Orgéo Executor, que provera os recursos orgamentarios, materiais ¢ humanos necessarios e contera unidades para | - Registro de entidades com atuagao no Municipio que incluam, entre seus objetivos, a agao urbanistica e ambiental; Il - Cadastro de érgaos e pessoas juridicas, inclusive de cardter privado, com sede no Municipio ou nao, com agao na preservagéo, conservaco, defesa, | melhoria, recuperagao e controle do meio ambiente; Ill Registro de empresas cuja atividade comporte risco efelivo ou potencial para o meio ambiente, IV ~ Cadasiro de pessoas fisicas ou juridicas que se dediquem a prestagdo de servigos de consultoria sobre questées ambientais e urbanisticas, bem como a elaboragao de projetos na area ambiental e de urbanismo; V - Cadastro de pessoas fisicas ou juridicas que cometeram infragdes as normas ambientais, incluindo penalidades a elas aplicadas; VI = Organizagdo de dados e informagées técnicas, bibliograficas, lterdras, jomalisticas e outras de relevancia para 0s objetivos do Sistema de Planejamento e Gestdo do Desenvolvimento Urbano e da Qualidade Ambiental; Vil - Organizagéo metadados técnicos geoespaciais ou nao, conforme os padrées e boas praticas nacionais internacionais, como as séries ISO 19115 e mais atuais, perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil MGB 2.0 e mais recente, ¢ a ISO/IEC 11179 e mais atuais; Vill - Cadastro técnico municipal contendo informagdes basicas necessérias avaliagéo permanente do processo de ordenamento do uso e ocupagao do solo, bem como da qualidade ambiental, composto, dentre outros, pelo seguinte: 2) cadastro técnico multifinaltario georreferenciado, b) banco de mapas; ¢) banco de imagens do Municipio; 4) banco de projetos para o Municipio; e) cadastro de uso e ocupacao do solo, de infraestrutura em rede e equipamentos sociais; f) cadastro dos empreendimentos aprovados (edificagées, parcelamentos, inlervengées urbanas, entre outros); 9) cadasiro das Areas Verdes ¢ das Unidades de Conservagao Ambiental do Municipio; h) cadastro de atividades; i) cadastro de logradouros; j) cadastro imobilario k) planta genérica de valores; 1) planos, programas e projetos de obras municipais; m) cartografias, dados e informagées censitarias e outras informagdes oriundas de fontes diversas, sobre a realidade socioeconémica, urbanistica e ambiental do Municipio; n) acevo digital de todas as normas legais municipais, especialmente das leis orgamentarias, urbanisticas ¢ ambientais, bem como das normas estaduais e federais incidentes sobre o territério municipal §1° As pessoas fisicas ou juridicas, inclusive as empresas MUNICIPIO « entidades piblicas da administragao direta ou indireta, cujasalividades sejam potenciais, ou efetivamente oluidoras, ou degradadoras, ficam obrigadas ao cadastro no Subsistema de Informagées Municipais. §2° E garantido 0 acesso de qualquer pessoa ao Subsistema de Informagdes Municipais, podendo ser fornecidas certidées e cépias dos documentos, que correréo as expensas do peticionario, observada a Lei Geral de Protegao de Dados. §3° O. Subsistema de Informagdes Municipals sera alimentado pela Org’o Execulor, com os dados obtidos através de estudos, pesauisas, auditorias, processamento das autorizagées, licengas, _anuéncias__prévias, monitoramentos ¢ inspegées, relatérios © processamento das infragées. §4° As informagées disponiveis em outros dérgaos municipais, estaduais, federais ou fornecidas por Organizagdes Nao Governamentais (ONG's) e prestadores de servigo deverao constar, também, do Subsistema de Informagoes Municipais, inclusive com exigéncia em termo de cooperasao e termo de referéncia de disponibiizagao de dados auditaveis © publicaveis no Subsistema ‘de Informagées Municipais TiTuLow ; DOS INSTRUMENTOS DE CONTROLE URBANISTICO CAPITULO DAS DISPOSIGOES GERAIS. Art. 14. Os instrumentos de controle urbanistico séo ferramentas complementares ao Plano Diretor para ordenamento do uso @ ocupagao do solo do Municipio de Camagari, assim como sao oS instrumentos incentives & fomento ao desenvolvimento e planejamento urbano, social e territorial, estabelecendo estratégias que devem ser adotadas para atingir o bem-estar da_sociedade, respeitando as balizas urbanas, sociais e ambientais CAPITULO IL DO PLANO DIRETOR Art. 15, O Plano Diretor é responsavel por orientar as previsdes contidas nesta Lei, conferindo os principios, as diretrizes e os instrumentos urbanisticos e ambientais necessarios para ordenar e planejar o desenvolvimento da cidade, servindo de baliza normativa para que a Administracao Municipal crie e aplique regramentos de ordem puiblica e interesse socioeconémico, com finalidade de auxiliar as agées de desenvolvimento municipal, ponderando, sempre, os anseios da populacao, da sustentabilidade, da livre iniciativa e da preservagao ambiental, conforme os Objetivos de Desenvolvimento Sustentavel (ODS). Paragrafo unico. Todas as mudangas realizadas nesta Lei devem estar de acordo com as previsdes existentes no Plano Diretor. CAPITULO IIL DAS NORMAS DE USO E OCUPAGAO DO SOLO Secdol Zoneamento Art. 16. © macrozoneamento consiste na organizagao territorial, determinando as formas de uso e ocupacaio do solo com base nas orientagdes do Poder Publico para promogao das politicas de valorizagao dos espagos lurbanos sob os aspectos socials, econémicos & CAMACARI Sexta-teira 18 de dezembro de 2023 - Ano XXI N°.2290 - 3° Caderno - Pagina 05 de 51 — Atos do Poder Executive — ambientais, previstas para o tempo de eficdcia do Plano Diretor, conforme o Mapa 01 do referido diploma legal. Paragrafo Unico. Com base no macrozoneamento sdo determinadas as macrozonas do territério, sendo estas: |- Macrozona Urbana; I= Macrozona Industrial; lil Macrozona Rural. Art. 17. Esta Lei adota 0 seguinte zoneamento urbanistico definido pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentavel (PDDU-S), com seus sublipos conforme Mapa 02: I= ZOUC - Zona Urbana Consolidada: compreende a regido central da cidade de Camagari, bem como outros bairros e localidades consolidadas no que diz respeito ao tempo de ocupagao e as infraestruturas e servigos urbanos disponiveis, sendo areas passiveis de maior adensamento © (re)qualificagdes urbanas; ll = ZE - Zona de Expansao: compreende areas sob influéncia de processo de urbanizagao, mas pouco adensadas, bem como dreas ainda vazias ou com ‘ocupagées rarefeitas proximas as areas mais urbanizadas, nas quais deve ser estimulada a ocupacdo; lil - ZDC - Zona de Desenvolvimento da Costa: compreende baitros e localidades da Costa de Camagari consolidados ou em consolidagdo no que diz respeito ao tempo de ocupagao e as infraestruturas e servigos urbanos disponiveis, passiveis de maior adensamento e estruturagao urbana; IV - ZOC — Zona de Ocupagao: compreende bairros © localidades da Costa de Camacari em processo de crescimento urbano, passiveis de estruluragéo urbana, assim como dreas de ocupagao de baixa densidade sob influéncia de processo de urbanizagao nas quais a ‘ocupago deve se dar ambientalmente controlada de forma a ndo comprometer a qualidade ambiental das areas periurbanas; V = ZAICS - Zona de Apoio a Indiistria, Comércio e Servigos: compreende as areas consolidadas do Polo de Apoio, Polo Logistico Via Parafuso, SENAI CIMATEC PARK e Poloplast, bem como novas éreas destinadas Prioritariamente 4 instalagéo de indistrias de transformagao, comércio e servigos, podendo comportar sos incémodos ou de impacto local reduzido; VI - ZUE ~ Zonas de Usos Especiais: compreende areas distribuidas ao longo do tecido urbano, da Sede ou da Costa, que necessitam de tratamento ambiental e urbanistico diferenciados de acordo com suas caracteristicas fisiograficas, subtipos e potencialidades de sos do solo; Vil_- ZEIS — Zona Especial de Interesse Social compreendem as reas urbanas predominantemente ‘ocupadas por populagéo de baixa renda destinadas & produg&o e manutencao de habitacdo de interesse social, visando integrar & cidade legal espagos como assentamentos precarios. ou em areas de isco, loteamentos irregulares ou clandestinos e outras formas de moradia precéria; vill - ZPIC — Zona Polo Industrial de Camagari: compreende area consolidada destinada exclusivamente & instalagao de indistrias de transformacao, comércio & servigos, de diferentes tipos segmentos, em sintonia com © perfil definide pelo Governo do Estado da Bahia para o Polo Industrial de Camagari - PIC; IX - CeLin — Centralidade Linear: compreende faixas continuas de terrenos, de larguras varidvels, lindeiros a Fodovias estaduals que possuem acessos por elas definidos e que perpassam 0 tecido urbano da Sede © da Costa de Camagari, bem como novas vias que objetivem Sexta-teira 15 de dezombro de 2023 - Ano XXI N° 2290 - 3° Caderno - Pagina 08 de 541 ampliar a conexdo interna entre regiées urbanas e rurais, do Municipio, de forma a melhor aproveltar as potencialidades locacionais e econdmicas desses eixos estruturantes; Paragrafo unico. As Zonas de Usos Especiais compreendem parte do territério que _necessitam tratamento especial, diante das suas particularidades urbanisticas, ambientais, culturais. Seco Il Dos usos e ocupagées do solo Art. 18. Com base no uso e ocupago do solo, podem ser atribuidas as divisées a seguir descritas: I Uso residencial, dividido em a) uniresidencial: edificagao destinada a uma unidade residencial por late; ») pluriresidencial: edificacao destinada a mais de uma uunidade residencial por lote, podendo ser agrupadas horizontalmente ou verticalmente. Il- Uso comercial, podendo ser dividido em a) tipo A: comercializacéo de produtos alimenticios © artigos de primeira necessidade de consumo da populagao, com caracteristica varejista, localizagao ‘compativel com o uso residencial, e outros clasificados na categoria de bens de conveniéncia; ») tipo B: comercializagdo de produtos especializados de consumo eventual, caracteristica varejista © localizagao toleravel para setores residenciais, ©) tipo C: comercializagao de produtos de abastecimento periédico ou eventual, caracteristica atacadista localizagao incompativel com o uso residencial. Ill - Servigos: a) tipo A: servigos de Ambito local, prestados @ populacdo, que podem adequar-se aos mesmos padrées de usos residenciais; ») tipo B: servigos diversificados, prestados 4 populacdo, que implicam a fixagdo de padrées especificos de ccupagao, localizagao, infraestrutura, trafego e meio ambiente; ©) tipo C: servigos especiais, prestados 4 populacao, de localizagao incompativel com o uso residencial. IV = Uso Institucional: atividades de variada natureza, cujo objetivo maior 6 a prestagao de servigos publicos de interesse social, voltados & satide, educagdo, esporte, lazer, culto religioso, administragao publica, assisténcia social, de infraestrutura urbana, dentre outros; V- Uso Industrial a) tipo A: atividades voltadas para extracdo, ou transformagao de substancias, ou produtos em novos bens de servigos ou produtos, por métodos mecanicos ou uinicos de belo impacto, nBo inebmeda, compativl com inhanga residencial no que diz respeito as Caracteristcas de ocupagdo, acess, localzacao, tafego e de servicos urbanos e aos niveis de ruido, de vibracdo & de poluigdo ambiental; b) tipo B: atividades voltadas para exiracdo, ou transformagao de substancias, ou produtos em novos bens de servigos ou produtos, por métodos mecanicos ou quimicos de médio impacto, compativel com a vizinhanga residencial no que diz respeito as caracteristicas de ocupagao, acesso, localizagao, trafego e de servigos urbanos € aos niveis de ruido, de vibragao e de poluigao ambiental; c) tipo C: atividades volladas para exlracdo, ou transformagao de substancias, ou produtos em novos bens de servigos ou produtos, por métodos mecanicos ou quimicos de alto impacto, que implica a fixagao de padrées especificos referentes as caracteristicas de ocupacao, MUNICIPIO DE CAMACARI:14109763000180 — Atos do Poder Executive — & CAMACARI MUNICIPIO acesso, localizagdo, trafego e de servigos urbanos ¢ aos nivels de ruldo, de vibracdo © de poluicdo ambiental, de localizagao incompativel com 0 uso residencial;, VI - Uso Especial: atividades de complexo turistico ou centro de convengées e conferéncias, _mineragao, comitérios @ outras atividades especiais ou nao relacionadas; Vil - Uso Misto: configura-se pelo exercicio concomitante de duas ou mais atividades de naturezas distintas em um mesmo empreendimento. Segao Itt Dos parametros de uso e ocupagao do solo Art. 19. Os pardmetros de uso e ocupacao do solo deseritos nos incisos deste artigo, estabelecidos com base na natureza do uso @ nas zonas de localizagao do Municipio de Camagari, encontram-se definidos nos ‘anexos QUADRO 06 A ~ PARAMETROS URBANISTICOS = ZONAS + ZDG - ZOG - ZE - ZOUC - ZAICS - ZUE - RURAL - ZPIC; QUADRO 06 B - PARAMETROS URBANISTICOS" - CeLin; QUADRO 08 CG PARAMETROS URBANISTICOS - ZEIS, QUADRO 08 — VAGAS DE ESTACIONAMENTO e QUADRO 03 - MODALIDADES DE PARCELAMENTO DO SOLO: | Area e testada - minimas do lote; Il Area e testada - maximas do lote; Ill - Area e comprimento maximo de quadra; IV -Taxa de ocupagao maxima; V- Coeficiente basico, minimo @ maximo; VI- Taxa de permeabilidade minima; VII- Limite de altura (gabarito); Vill - Recuo minimo frontal, lateral e de fundo; IX - Aplicagao de largura_ minima prevista para logradouros, canteiro central, passeios, via de pedestres, ciclovia, ciciofaixas, e demais instrumentos do sistema Vidrio do Municipio; X - Reguisitos © prerrogativas especiais, quando forem aplicdveis, §1° Como incentivo ao Empreendimento Turistico, sao Previstos parametros de uso e ocupagao do ' solo espectficos ao seu licenciamento, observados os estudos técnicos a serem requeridos, em especial a limitagdo de sombreamento, 0 QUADRO 05 — ENQUADRAMENTO DOS USOS e, quando for 0 caso, Estudo de Impacto de Vizinhanga (EIV) ¢ do respectivo Relatério de Impacto de Vizinhanga (RIV). §2° Os fatores de interesse social © planejamento sao definidos nos QUADROS 09 A e 09 B desta Lei, conforme ‘a sequinte organizagao | QUADRO 09 A~FATORES DE PLANEJAMENTO; Il- QUADRO 09 B - FATORES DE INTERESSE SOCIAL '§8° A altura da edificagéo deverd ser medida a partir do pavimento térreo, assim considerado 0 pavimento implantado em cola de até 1,50 m acima ou abaixo da cota cdo meio-fio no trecho de acesso ao empreendimento. §4° Os recuos minimos de frente - RF, laterais - RL @ de fundo - RF sao definidos em fungao da altura da edificacao @ da zona de uso, conforme QUADROS O6A, 06B © 06C, sendo que os recuos laterais seguiréo a seguinte formula: RL= 1,5 m + 0,50 (n-2) Onde: n= niimero de pavimentos §5° Independente da sua localizagdo, nos terrenos de ‘esquina incidirdo apenas os recuos frontais e laterais, no ‘se aplicando 0 recuo de fundo. {§6° Para fins de calculo do gabarito de altura maxima da edificacdo, considera-se a diferenca entre a cota de nive! MUNICIPIO do pavimento térreo @ @ da cobertura da titima Iaje da edificago, incluindo casas de maquinas ¢ reservatérios superiores, §7° Em lotes com testada superior a 10,00 m (dez metros) Serd permitido que a edificagao encoste em uma das divisas laterais, desde que 0 recuo lateral exigido soja dobrado na divisa oposta, exceto para empreendimentos localizados na Macroarea da Costa para os quais devem ser observados os requisites © prerrogativas contidos nos QUADROS OBA, 068 e 06C, anexos desta Lei §8° Em lotes com testada igual ou inferior a 10,00 m (dez metros), 0 recuo lateral zonal sera exigido em apenas uma das divisas laterais, desde que atendido 0 quanto estabelecido nos requisitos e prerrogativas especiais contidos nos QUADROS O6A, 068 e OBC anexos desta Lei Art. 20. Com 0 objetivo de promover a conexao do uso entre os espacos pilblicos e 0s espagos privados, ficam definidos os seguintes parametros qualificadores para a cocupagao do solo: 1 Fruigdo pablica; Il Fachada ativa; IIl- Limite de vedago do terreno; IV- Arte urbana; V-- Utilizagao de tecnologias sustentaveis; VI- Gentilezas urbanisticas; ¢ VIL- Via parque, §1° Na utlizacdo de parametros qualificadores, os incentivos previstos nesta lei poderdo ser aplicados de forma cumulativa, desde que respeitados os seguintes limites: 1 ~ até 20% (vinte por cento) sobre a taxa de ocupagio do solo; € Il até 30% (trinta por cento) para a destinagao de reas verdes, §2° Podem ser regulamentadas por Ato do Poder Executivo Municipal as dimensdes, _configuragées, localizagées, restrigées, critérios de acesso e visibilidade, padres de conforto e outras delerminagdes que se fagam ecessatias aos parametros qualificadores para a ocupagdo do solo. Art. 21. Area de terreno privado com fruigdo pilblica tem a finalidade de criar novos caminhos na cidade e novos espagos privados de uso publico voltados para os pedestres, devendo atender aos seguintes critérios a) Acesso livre e no nivel das calcadas; b) Possuir largura minima de 4,00m, no caso de passagem de fruigao publica; ¢) Possuir no minimo 100m, no caso de espago de Convivio de fruigao piblica; 4) Nao podera conter fechamento, ser ocupada ou estar em area de influéncia de estacionamento ou de manobra de veiculos, carga e descarga, ou embarque de passageiros, devendo permitiro livre transito de pedestres §1° As dreas de fruigdo piblica poderao se apresentar Como alargamento de calgada, rotas de acesso a praia, areas de apoio de praia, via parque, dentre outras configuragdes que atendam aos critérios estabelecidos nesta Lei, sujeito a aprovagao do projeto pelo Poder Executivo Municipal §2 As Areas de fruigdo plblica poderdo ser equipadas Com gentilezas urbanas como bancos, coberturas, chuveirdes, mobiliério urbano, arte urbana, desde que seja assegurado 0 seu live uso e acesso, §3° Para fins de incentivo, as areas da fruigéo pilblica nao seréo computadas para fins de coeficiente de aproveitamento e taxa de ocupagao. & CAMACARI Sexta-teira 18 de dezembro de 2023 - Ano XXI N°2290 - 3° Caderno- Pagina 07 de 51 — Atos do Poder Executive — §§4° Para fins de incentive em edificagées, podera haver 0 increment de alé 10% (dez por ‘cenio) da taxa de ocupagao maxima prevista para a zona, no caso de utilizagao da fruigao ptiblica. §5° Para fins de incentivo em parcelamentos, até 30% (trinta por cento) da area destinada para drea verde exigida podera ser atendida por meio de fruigao publica, §6° Sera acrescido gratuitamente ao potencial construtivo do terreno, desde que respeitado 0 coeficiente de ‘proveitamento maximo, 100% (cem por cenlo) das areas extemas destinadas a fruigéo publica e 70% (setenta por Cento) das areas internas a edificagio destinadas a fruigo pilblica de live uso e acesso. §7° No licenciamento de obras novas, ou de ampliag8o que ultrapasse 50% (cinquenta por cento) da area construida existente, com area constru(da total a partir de 5,000,00m? (cinco mil metros quadrados), devera ser destinado, no minimo, 15% (quinze por cento) da area total do lote para fruigaéo publica, exceto quando se tratar de atividades industrials ou de risco. §§8° A mesma obrigagao prevista no paragrafo anterior serd devida em parcelamentos em terrenos a partir de 10.000m? (dez mil metros quadrados). Art. 22. A fachada ativa promove a integragao das calgadas com as atividades nao residenciais no pavimento térreo das edificagdes, promovendo a utilizagao por servigos, comércio e outros usos que estimulam a interagdo da vida urbana nos espagos publicos e privados, devendo atender aos seguintes critérios: a) Acesso livre e de mesmo nivel entre a calada © a unidade situada no pavimento térreo de fachada ativa; b) Possuir allura de pé direito minimo de 4,00m (quatro metros): ©) Ter permeabilidade visual de, no minimo, 60% (sessenta por cento) da superficie da fachada, a fim de evitar a formagao de planos fechados na ‘interface entre as construgées e o logradouro; d) Nao podera ser ocupada ou estar em area de influéncia de estacionamento ou de manobra de veiculos, carga e descarga, ou embarque de passageiros, devendo permitir olive transito de pedestres §1° Para fins de incentivo, as éreas da fachada ativa Poderdo estar situadas dentro da falxa de recuo, nos casos de calgadas com largura igual ou superior a 5,00m (cinco metros) , nos _demais casos, poderd estar integrada fisicamente com a calgadas, com livre uso e acesso. §2° A Area utilizada como fachada ativa nao sera Computada para fins de célculo do cosficiente de aproveitamento e taxa de ocupagao §3° Para fins de incentivo em edificagées, podera haver o incremento de até 10% (dez por cento) da taxa de cocupagao maxima prevista para a zona, no caso de uilizagao da fachada ativa §§4° No licenciamento de obras néo residenciais novas, ou de ampliagao que ullrapasse 50% (cinquenta por cento) da area construida existente, sera obrigatério destinar no minimo 80% (oitenta por cento) da testada do lote para fachada ativa, quando lindeiras 4s Vias Arteriais e Vias Coletoras definidas no MAPA 06.1. Art. 23. O limite de vedagao do terreno é um requisito de qualificagao a permeabilidade visual e a interagao das calgadas com os lotes que possuam testada superior a 50m (cinguenta metros), sendo obrigatéria a observacéo dos seguintes critéios no licenciamento de obras novas © de ampliagao que ullrapasse 50% (cinquenta por cento) da rea construida existente: 4) Ter permeabilidade visual de 40% (quarenta por cento) de elemento de fechamento em gradi ou outro elemento Sexta-teira 15 de dezembro de 2023 - Ano XXI N° 2290 - 3° Caderno - Pagina 08 de 51 arquitet6nico de transparéncia, a fim de evitar a formagao de planos fechados na interface entre as construgdes € 0 logradouro; b) Fechamento com muro na face dos terrenos vottados para logradouros piblicos no limite maximo de 25% (vinte @ cinco por cento) do alinhamento de gradi Paragrafo tinico. As atividades industriais ou de isco. Uniresidencial, escolares e areas de seguranca excetuam= se ao quanto disposto no caput deste artigo. Art. 24. Arte urbana ¢ compreendida como os elementos de pintura, grafismo artistico, murais, esculturas, espacos de anfiteatro, coretos, entre outros elementos artisticos de livre acesso e circulagdo de pedestres, devendo atender 0s seguintes critérios: a) Ter permeabilidade visual logradouros piblicos; b) Atender as diretrizes desta Lei, em especial, em tematicas que promovam a igualdade racial, de género, etaria, religiosa e/ou a protecao as vulnerabilidades sociai e meio ambiente. §1° Para fins de incentivo, as areas de arte urbana ndo seréo computadas para fins de coeficiente de aproveitamento e taxa de ocupagao. §2° Em parcelamentos, até 30% (rita por cento) da area destinada para drea verde exigida poderd ser atendida por meio de reas dotadas de arte urbana. §3° Em empreendimento que fizer uso de arte urbana, verificado pelo Orgtio municipal responsavel pela cultura o atendimento as diretrizes e teméticas definidas por esta lei, serd acrescido gratuitamente 5% (cinco por cento) do potencial construtivo da érea total do terreno, desde que respeitado 0 coeficiente de aproveitamento maximo e 0 incremento de até 10% (dez por cento) da taxa de ocupagao maxima prevista para a zona. §4° A arte urbana quando se der por meio de pintura, grafismo artistico, murais ou esculturas devera adotar tematicas que promovam a igualdade racial, de género, etaria, religiosa e/ou a protegao as vulnerabilidades sociais, meio ambiente ou outros temas especificos sugeridos pelos Orgdos Colegiados. §5° No licenciamento de obras novas, ou de ampliagao Que ultrapasse 50% (cinquenta por cento) da area construida existente, com area construida total a partir de 5,000,00m? (cinco mil metros quadrados) sera obrigatério o Uso de arte urbana, exceto quando se tratar de atividades industriais ou de risco. §6° A mesma obrigacdo prevista no pardgrafo anterior sera devida em parcelamentos em terrenos a partir de 10.000m? (dez mil metros quadrados). §7° Nas empenas cegas de edificagées, sera estimulado 0 Uso de artes urbanas que poderdo ser incentivados através de programas municipais especificos. Art. 25. As tecnologias sustentaveis so compreendidas como engenhos, mélodos e técnicas que estimulem o desenvolvimento sustentével, € que se apresentem como altemnativas para o incremento da permeabilidade do solo Urbano, conforto urbano, estimulo a cobertura de vegetacao na cidade, entre outras agdes e praticas de sustentabilidade que atendam aos seguintes requisitos: \- Eficiéncia Energética: atender ou superar os requisitos minimos de ceficiéncia energética estabelecidos pelas normas técnicas aplicdveis, comprovados por meio de certificagao energética emitida por érgao competente; I - Uso de Energias Renovaveis: incorporar 0 uso de fontes de energia renovavel, como energia solar ou edlica, de forma a atender parte significativa de suas necessidades energéticas; Ill- Gestdo de Residuos: implementar um sistema eficiente na Area voltada aos — Atos do Poder Executive — & CAMACARI MUNICIPIO de gestdo de residuos sélidos, incluindo a coleta seletiva, rectlagem. 2” destnagso,adequada do" resiauos, Comprovado por relatio de gosto te reslaio; re Conservagao da Agua: adotar medidas de conservagao da agua, como captagao de agua da chuva, reuso de aguas cinzas e adogdo de dispositivos ‘economizadores de agua, comprovados por laudo técnico; V = Uso de Materiais Sustentaveis: utilizar materiais de construgdo sustentéveis e de baixo impacto ambiental, comprovados por meio de certificacao ou laudo técnico; VI - Vala Técnica Multluso: utlizar galerias de servigos piblicos promovendo o conforto estético e seguranga. §1° Em empreendimento que fizer uso de dois ou mais Tequisitos indicados caput, seré aplicado o Fator de sustentabilidade = 0,7 ao valor da contrapartida definido pela formula constante do Plano Diretor ou o incremento de até 5% (cinco por cento) da taxa de ocupagao maxima prevista para a zona, desde que respeitado 0 coeficiente de aproveitamento maximo. §2° Para fins de incentivo da adagao de tecnologias Sustentaveis em parcelamentos, sera permitida a conversdo, em metro quadrado, de até 30% (trinta por cento) da area destinada para area verde por plantio de vegetagao de espécie naliva de porte arbéreo que garantam a melhoria da qualidade de vida urbana, desde que observada a indicagao do érgao licenciador quanto ao espagamento de cada espécie ou aquele constante do Plano Municipal de Arborizacao Urbana, quando houver. '§3° Poderdo se beneficiar também do incentivo previsto no § 1° deste artigo, desde que observadas as diretrizes a serem estabelecidas pelos Orgaos Colegiados, o empreendimento que fizer uso de tecnologias que promovam a melhoria da qualidade de vida urbana por otério conforto estético das intervencées construtivas, Areas de convivéncia e/ou pela preservagao e aumento das areas verdes da cidade. §4° No licenciamento de obras novas, ou de ampliagao que ultrapasse 60% (cinquenta por cento) da area construida existente, com area construida total a partir de 5.000,00m: (cinco mil metros quadrados) sera obrigatério 0 uso de ao menos dois requisites indicados no caput. '§5° A mesma obrigacao prevista no pardgrafo anterior serd devida em parcelamentos em terrenos a partir de 10.000m? (dez mil metros quadrados). Art. 26. As gentilezas urban|sticas so compreendidas ‘como os equipamentos e mobiliério urbano de livre acesso @ uso que promovem o conforto urbano de pedestres, como bicicletarios, bancos, coberturas, chuveirdes ¢ mobiliério urbano, que estimulem a mobilidade ativa e a sustentabilidade, devendo atender aos seguintes critérios: a) Atender as diretrizes desta Lei, em especial em tematicas que promovam a igualdade racial, de género, etéria, religiosa, e/ou a protecdo as vulnerabilidades socials e meio ambiente; b) Nao poder ser ocupada ou estar em area de influéncia de estacionamento ou de manobra de veiculos, carga e descarga, ou embarque de passageiros, devendo permitir o livre transito de pedestres e passantes. §1° Em empreendimento que fizer uso de gentilezas Uurbanas, serdo acrescidos, gratuitamente, 5% (cinco por conto) do potencial construtivo da area total do terreno, desde que respeitado 0 coeficiente de aproveitamento maximo, e até 10% (dez por cento) da taxa de ocupagao maxima prevista para a zona, §2° Para fins de incentivo, as areas dotadas de gentilezas Urbanisticas nao seréo. computadas no célculo do coeficiente de aproveitamento e da taxa de ocupagao, '§3° Em parcelamentos, até 30% (trinta por cento) da area MUNICIPIO destinada para drea verde exigida poderd ser atendida por meio de reas dotadas de gentileza urbanistica §4° No licenciamento de obras novas, ou de ampliagao que uttrapasse 50% (cinquenta por cento) da area construida existente, com rea construida total a partir de 5,000,00m? (cinco mil metros quadrados) sera obrigatério o uso de gentilezas urbanistica, exceto quando se tratar de atividades industrials ou de risco §5° A mesma obrigagao prevista no pardgrafo anterior serd devida em parcelamentos em terrenos a partir de 10.000m? (dez mil metros quadrados) Art. 27. Via Parque é uma via de pedestres que busca incentivar a mobilidade ativa, 0 conforto urbano paisagistico, bem como orientar as areas verdes a serem doadas a Municipalidade ou mantidas por particulares para fruigéio publica, devendo atender aos seguintes critérios: a) Acesso livre e no nivel das calgadas; ) Possuir largura minima de 4,00m (quatro metros); ©) Sor dotada de vegetagao; d) Ter permeabilidade visual logradouros piblicos; €) Nao poder ser ocupada ou estar em area de influéncia de estacionamento ou de manobra de veiculos, carga € descarga, ou embarque de passageiros, devendo permitir o livre transito de pedestres. §1° As dreas de Via Parque poderao se apresentar como Tolas de acesso ou dreas de apoio a praia, dentre outras configuragées que atendam aos critérios estabelecidos nesta Lei. §2° As areas de Via Parque poderdo ser equipadas com gentilezas urbanisticas como bicicletérios, _bancos, coberturas, chuveirdes e mobilidrio urbano, desde que seja assegurado o seu livre uso e acesso. §3° Para fins de incentivo, as areas de Via Parque nao seréo computadas para fins de coeficiente de aproveitamento. §4° Em empreendimento que fizer uso de Via Parque, sera acrescido gratuitamente 5% (cinco por cento) ao potencial onstrutivo permitido para a zona ou o incremento de até 5% (cinco por cento) da taxa de ocupagao maxima prevista para a zona, desde que respeitado 0 coeficiente de aproveitamento maximo. §5° Em parcelamentos, até 30% ({rinta por cento) da érea destinada para drea verde exigida poderd ser atendida por meio de Via Parque. §6° No licenciamento de obras novas, ou de ampliacao que ultrapasse 50% (cinquenta por cento) da area construida existente, com rea construida total a partir de 5.000,00m? (cinco ‘mil metros quadrados) deverd ser destinado, no minimo, 15% (quinze por cento) da area total do lote para Via parque, exceto quando se tratar de atividades industriais ou de risco. §7° A mesma obrigacdo prevista no pardgrafo anterior sera devida em parcelamentos em terrenos a partir de 10.000m? (dez mil metros quadrados) nas faces lindeiras a Segao IV Das normas incidentes sobre o sistema viério e sua relacao com 0 ordenamento do uso e ocupagao do solo Art. 28, O Sistema de Infraestrutura Urbana do territério do Municipio de Camacari, no tocante ao sistema vidrio, é identificado nos MAPAS 06.1, 06.2 © 06.3 da seguinte forma: I- Sistema vidrio principal: a) Rodovias; b) Vias Estruturantes Metropolitanas; ) Vias Estruturantes Municipais; MUNICIPIO DE CAMACARI:14109763000180 & CAMACARI Sexta-teira 18 de dezembro de 2023 - Ano XXI N° 2290 - 3° Caderno - Pagina 09 de 51 — Atos do Poder Executive — 4) Vias Arteriais; €) Vias Coletoras; 4) Vias Locas 9) Estradas e vias rurais; fh) Anel Viario: i) Outros modais (ciclovias, metré e VLT); }) Ferrovias (oxistente © provisto). Il - Terminais municipais ¢ intermunicipais (existentes © previstos ftodos 0s modais); Ill- Pragas de pedagios. Art. 29, Para os efeitos desta Lel, a rede vidria do Municipio sera definida por uma hierarquia de vias, cujas caracteristicas apresentam as seguintes calegorias funcionais: | Vias Expressas (VE) - com a fungao de atender ao volume de ‘réfego interurban, apresentando elevado padréo de fluidez, assegurado por suas caracteristicas fisicas © acessos aos lotes lindeiros através de Vias Marginais, com pontos de interligagao sujeltos a controles espectficos; I= Vias Arteriais (VA) - com a fungdo de atender as maiores demandas do tréfego intraurbano, assegurando sua fluidez e adequadas condigdes de acesso e circulacao, coneiliando os tréfegos de passagem e local IIL- Vias Coletoras (VC) - com a fungao basica de coletar distribuir 0 trafego dos bairros e nucleagées, efetuando a alimentagao das vias arteriais; IV - Vias Marginais (VM) — com a fungao basica de auxiiar as vias expressas ¢ arteriais, desenvolvendo-se paralelas a estas, de forma a possibiltar-Ines melhor desempenho e permitir o acesso aos iméveis lindeiros; V- Vias Locais (VL) - com a fungao basica de permitir 0 acesso as —habitagdes_ | demals _alividades complementares; VI- Vias de Pedestres (VP) — destinadas exclusivamente & circulagao de pedestres, Vil - Ciclovias (CV) '— destinadas exclusivamente a circulago de biciclos e/ou equivalentes néo motorizados; Vill - Via Parque (VPA) — via de circulagao de pedestres, contendo calgadas amplas, areas ajardinadas e reas de lazer nas laterais ou canteiros centrais e faixa destinada exclusivamente & circulacao de biciclos e/ou equivalentes nao motorizados. Art. 30. Os empreendimentos de grande porte, potencialmente geradores de impactos urbanisticos, enquadrados na subcategoria especial PGT (Polos Geradores de Trafego), nos termos desta lel, terdo exigéncia de apresentacao de Relatorio de Impacto no Transito (RIT), para andlise do setor competente. Art. 31. Os empreendimentos ou atividades enquadradas como Polos Geradores de Trafego (PGT) s40 0s que apresentam, ao menos, uma das seguintes caracteristicas: I Servigos de armazenagem, distribuigdo e logistica com mais de 10.000m? (dez mil metros quadrados) de rea construida; Il - Servigos de diversdo, cultura, recreagao @ lazer com mais de 1.500m? (um mil’e quinhentos metros quadrados) de drea construida; Ill - Supermercado ou Hipermercado com area construida acima de 1.500,00m? (um mile quinhentos metros quadrados) ‘e/ou com 200 (duzentas) vagas de estacionamento de veiculos; IV = Locais destinados @ pratica de exercicio fisico ou atividades esportivas com mais de 1.000m? (um mil metros quadrados) de area construlda; V - Estabelecimentos de ensino com area construlda superior a 1.500m? (um mil @ quinhentos metros ‘quadrados) Sexta-teira 15 de dezembro de 2023 - Ano XXI N° 2290 - 3° Caderno - Pagina 10 de 51 VI_- Servigos de satide com Area construida superior a 1.500m? (um mil ¢ quinhentos metros quadrados); Vil ~ Locais de reunigo ou eventos com capacidade superior a 500 (quinhentas) pessoas; Vill - Guarda e estacionamento ‘de veiculos leves e pesados com mais de 200 (duzentas) vagas; IX- Cemitérios, crematorios ou espagos para velorios; X Shopping Center e Centros Comerciais. com mais de 30 (trinta) lojas; XI = Residenciais com 200 (duzentas) estacionamento ou mais; XII - Demais empreendimentos no residenciais com 100 (cem) vagas de estacionamento ou mais. §1° O enquadramento dos empreendimentos como PGT odera ser revisto através de lei municipal especifica, §2° Caberd ao drgao municipal competente a definicao de medidas de mitigagao ou compensagao, ficando o ‘empreendedor obrigado a cumpri-las, para a aprovagao do ‘empreendimento ou da atividade. §3° O licenciamento de empreendimentos ¢ atividades Que, por sua localizago, possam gerar impactos negatives, na circulagao vidria, ou no caso dos loteamentos de acesso controlado, estard sujeito 2 apresentacdo_¢ aprovagao do Relatério de Impacto no Transito (RIT), mesmo que o empreendimento nao se caracterize como PGT. Art. 32. 0 Relatério de Impacto no Transito (RIT) devera conter abordagens quanto a: | = Caracterizagao do empreendimento, quantificando ¢ identifcando a distribuigéo das vagas de estacionamento de veiculos ¢ tipo de controle de acesso a ser adotado, compativel com a demanda e capacidade do espaco para acumulagao de vefculos no acesso; II - Caracterizagdo do entomo, com andlise das principais intersecgdes pertencentes a sua area de influéncia; IIl- Metodologia de andlise; IV- Estimativa da Geragao de Viagens com dados do atual movimento do trafego no sistema vidrio lindeiro caracteristicas da via; \V = Avaliagao dos acessos de veiculos e pedestres, ¢ da circulagao. vidria. com Identificago dos Impactos no Transito na drea de influéncia do empreendimento; VI- Sistema de transporte coletivo; VIl- Previséo de implantacao de via marginal, quando for 0 cas Vill-"Seguranga e Conforto; IX- Medidas Mitigadoras ou Compensatérias, Paragrafo tnico. A andlise do RIT e emiss8o do respectivo parecer técnico final caberd ao érgao municipal responsavel pelo planejamento e gestéo do transito e transporte e faré parte do processo de licenciamento Urbanistico do empreendimento. Art. 33. Aos empreendimentos de grande porte, potencialmente geradores de impactos urbanisticos, enquadrados na subcategoria especial EGIV (Empreendimentos Geradores de Impacto de Vizinnanea), nos termos definidos nesta lei, serd exigida a apresentacao de Estudo de Impacto de Vizinhanga (EIV) e do respectivo Relatério de Impacto de Vizinhanga (RIV), para analise do setor competente. Art. 34, Os Empreendimentos Geradores de Impacto de Vizinhanga (EGIV) sao os seguintes: 1 - Servigos de armazenagem, distribuigao e logistica com mais de 10.000m? (dez mil metros quadrados) de érea construida: Il - Supermercado ou Hipermercado com area construida acima de 10.000,00m? (dez mil metros quadrados) de area construida; vagas de MUNICIPIO DE CAMACARI:14109763000180 — Atos do Poder Executive — & CAMACARI MUNICIPIO IIL - Shopping Genter ¢ Centros Comerciais com mais de 50 (cinquenta) lojas; IV_- Empreendimentos de hospedagem com area de terreno superior a 10.000m? (dez mil metros quadrados): \V- Usos industrials, exceto de empreendimentos inseridos ‘em locais nos quais 0 zoneamento utbanistico definiu como ZPIC © ZAICS; VI- Hospital e maternidade; Vil - Empreendimentos nao residenciais constituidos por uma ou mais atividades que apresentarem area construlda total superior a 10.000m? (dez mil metros quadrados); Vill - Uso residencial com area construlda total superior a 10.000m? (dez mil metros quadrados) ou que apresentem mais de 400 (quatrocentas) vagas de estacionamento para automével; IX - Empreendimentos constituldos por usos residenciais nao residenciais, cujo somatério das areas. construidas totais soja superior a 15.000m* (quinze mil. metros quadrados); X = Urbanizagao integrada a partir de 200 (duzentas) nidades habitacionais; XI - Parcelamento e urbanizago do solo com area Superior 2 30ha (trinta hectares); Xil - Empreendimentos sujeitos & apresentagao de EIA — RIMA, nos termos da legislagao pertinente. Pardgrafo nico. © enquadramento dos Empreendimentos Geradores de Impacto de Vizinhanca (EGIV), poderd ser revisto através de lei especifia, Art. 35. O Estudo de Impacto de Vizinhanca (EIV) ¢ 0 respectivo Relatério de Impacto de Vizinhanca (RIV) deverdo ser elaborados tecnicamente de forma a contemplar 0s efeitos positivos e negalivos da atividade ou ‘empreendimento quanto aos impactos na qualidade de vida da populagdo residente no entorno, incluindo, de acordo com o nivel de impacto, a andlise das seguintes questdes I~ Caracterizago do empreendimento ¢ sa Area de Influéncia Direta (AID) de raio, no minimo, 500m (quinhentos metros); Il- Caracterizagao da vizinhanga e seus efeitos sobre 0 fespago urbano 8 populagdo moradora © usuéria da regido considerando Area de Influéncia Indireta (All) de raio, no minimo, 1.000m (mil metros); IIL - Caracterizago dos impactos - positives ¢ negatives — decorrentes da instalagaio do empreendimento, levando em consideragao: a) Meio ambiente urbano; b) Mobilidade, incluindo-se, aqui, questdes de transporte e trafego; ¢) Infraestrutura de saneamento basico; 4d) Dinamica socioeconémica; ) Uso e ocupagao do solo; {) Palsagem urbana e patriménio natural e cultural; {g) Adensamento populacional, ih) Equipamentos urbanos e comunitarios; i) Valorizagaio imobiliar }) Ventitagao e iluminacab. IV - Capacidade de atendimento das redes de infraestrutura (esgoto, agua, comunicagées, energia clétrica e gas canalizado), \V-- Geragao de ruido e a emissao de residuos sélidos e de efluentes liquidos © gasosos: VI- Ampliagao ou redugao do risco ambiental urbano; VII ~ Alleragées na paisagem urbana e nos padres urbanisticos ¢ ambientais da vizinhanca; Vill - Caracterizago de medidas mitigadoras: relacionar as medidas de prevengdo, recuperacdo, mitigago e ‘compensagao de impactos, que devem ser adotadas para MUNICIPIO rminimizé-los. §1° Para emissdo de suas respectivas licengas, as atividades e 0s empreendimentos classificados como geradores de impacto de vizinhanga ficam sujeitos 4 aprovagao do EIVIRIV. §2° A concessio do Alvard de Habite-se efou Alvara de Concluséo de Obras do empreendimento, fica condicionado ao cumprimento das exigéncias relacionadas a0 EIVIRIV, ainda que para o cumprimento destas soja necessério um licanciamento espectfico §3° A andlise do EIVIRIV ¢ emissao do respectivo parecer Cabera ao 6rg0 municipal responsavel pelo licenciamento Urbanistico ¢ ambiental §4° Todo e qualquer empreendimento, independente da ecessidade de EIVIRIV, quando localizado na faixa da linha de vegetagao, definida no Corredor Ecolégico Orla Maritima do MAPA 07.4, até 90,00m (noventa metros) no sentido do continente, devera apresentar estudo solar a fim de evitar qualquer sombreamento na faixa de praia no periodo das 2h00 as 1500. §5° Todo © qualquer empreendimento, independente da Recessidade de EIVIRIV, uma vez inserido no Parque Natural Municipal das Dunas de Abrantes e Jaud, deverd tengo ao seu respectivo Plano de Manejo. Art. 36. Os empreendimentos deverao atender as exigéncias quanto. aos Padres de Incomodidade e Exigéncias do QUADRO 07 — PARAMETROS DE INCOMODIDADE, inclusive quanto a postos @ servigos de abastecimento de’ combustiveis ¢ derivados (a exemplo de GLP, GNV), eletropostos, comércio de fogos de artficios, alividades de mineracao, infraestrutura ERB e outros usos especiais, sem prejuizo da necessidade de atendimento as legislagdes estaduais e federais especificas, normas técnicas ABNT, resolugdes de agéncias reguladoras © demais normas @ ofientagées técnicas aplicdveis a espécie. Pardgrafo tinico. Nos casos de servicos de abastecimento de combustiveis e derivados (a exemplo de GLP, GNV) serd necessério respeitar a distancia minima de 500 (quinhentos) metros de percurso, no sentido da via, entre empreendimentos da mesma natureza, cabendo a0 interessado obedecer aos demais parametros regulatérios municipais, estaduais e das agéncias reguladoras pertinentes, Art. 37. No licenciamento, 0 Poder Executivo Municipal procedera ao enquadramento do sistema viatio nas diferentes categorias, segundo suas fungdes no sistema Vidrio atual, de acordo com as diretrizes da Lei do Piano Diretor, Plano de Mobilidade Urbana e parametros contidos nesta Lei. CAPITULO IV DO PARCELAMENTO DO SOLO Art. 38. A disciplina do parcelamento e urbanizagaio do solo regula a divisdo ou redivisao do solo, com ou sem abertura de logradouros piiblicos, da qual resultam novas unidades imobiliérias, objetivando o equilibrio entre areas Piiblicas e privadas e seu adequado aproveitamento urbanistico. Art. 39, O parcelamento © a urbanizagéo do solo no Municipio de Camagari ocorrem através das seguintes modalidades: 1 Loteamente: a) LC ~ loteamento convencional (residencial, comercial, industrial ou misto); b) LIS — loteamento de interesse social II- Reloteamento; & CAMACARI Sexta-teira 18 de dezembro de 2023 - Ano XXI N° 2290 - 3° Caderno- Pagina 11 de 51 — Atos do Poder Executive — lil Amembramento; IV- Desmembramento; V- Remembramento; VI- Desdobro; VIL - Urbanizacao integrada: a) URB — C - urbanizagao integrada convencional; b) URB — IS - urbanizagao integrada de interesse social; Vill - Reurbanizagao integrada;, IX = Condominio de lotes. Segio | Das Disposicées Preliminares Art. 40, A aprovagao de projeto de parcelamento e urbanizagdo fica condicionada a celebragao de Termo de ‘Acordo e Compromisso (TAC) entre o empreendedor e 0 Municipio de Camagari §1° Excetuam-se da condigdo de que trata o caput deste artigo os _desmembramentos, os remembramentos, os amembramentos ¢ os desdobros, que poderdo ocorrer de forma auténoma ou incidental no processamento de outras ‘modalidades de parcelemento, urbanizacéo ou edificagdes. §2° 0 Termo de Acordo e Compromisso (TAC) devera Conter, no minimo, as responsabilidades do empreendedor previstas no §9° do Art. 41 desta Lel, as do Municipio e a indicagao das éreas afetadas ¢ transferidas ao dominio publico, destinagao, os prazos, garantias ¢ as penalidades abiveis no caso de descumprimento dos compromissos assumidos. Art. 41. Os parcelamentos urbanizagdes nas modalidades previstas nos incisos |, ll, Vl, Vill @ IX do Art 39 devem ser eniregues com’ infraestrutura urbana implantada, constitulda pelos equipamentos de drenagem @ escoamento das aguas pluviais, ilminago publica e/ou ‘condominial, quando for o caso, das dreas comuns ou de parametros qualificadores, quando houver, esgotamento Sanitario, abastecimento de agua, energia elétrica piiblica cefou condominial, quando for 0 caso, e sistema vidro, incluindo ciclovias ou ciclofaixas, areas de estacionamento calgadas e passeios, com condiges adequadas de acessibiidade. §1° Quando da implantagao de novas vias, os respectivos projetos geométricos deverdo estar compalibilizados todos 0s projétos de infraestrutura das redes de servicos publicos, de terraplanagem, pavimentagao, drenagem. §2° As redes de servicos publicos existentes ou a serem implantadas, bem como os projetos de infraestrutura, devem estar em consonancia com as exigéncias dos {6rg40s piiblicos © das concessionérias dos servigos. §8° Quando se fizer nocessario 0 remanejamento, a implantagao, ou a ampliagao das redes de servicos publicos ‘existentes, ou a implantagao de novas redes, estas seréo localizadas em areas proprias, em um dos lados da via, protegidas contra impactos © esforgos atuantes, observados os critérios técnicos de fornecimento de servigos piblicos. §4° As faixas onde se implantarem as redes serdo, de preferéncia, recobertas por vegetagéo ou aplicada outra solugao urbanistica, de modo a favorecer a conservagao @ faciltar-Ines a manutencdo. §5° 0 sistema de escoamento de dguas pluviais deve comportar equipamentos de retencao ou inftracao @ de dissipagao de energia, de modo a atenuar os picos de cheias, favorecer a recarga das aguas subteraneas e prevenir os processos erosivos '§6° As redes de servicos piblicos devem ser implantadas em galeria técnica multiuso, para a_instalago ‘compartihada de dutos e cabos subterraneos, destinada a acomodar os servigos de energia, telecomunicagées, redes Sexta-teira 15 de dezombro de 2023 - Ano XXI N° 2290 - 3° Caderno - Pagina 12 de 51 de dados e fibra ética, gés @ abastecimento de agua, exceto para os Loteamentos de Interesse Social (LIS) € para as Urbanizagées Integradas de Interesse Social (URB. -IS), observados 0s critérios técnicos de fomecimento de servigos publicos. §7° Os projetos de parcelamento © urbanizagao deverao Obediéncia aos critérios de densidade arbérea, conforme regulamentagao do Plano Municipal de Arborizagao Urbana, quando houver. §8° A analise e parecer dos projetos de infraestrutura, bem como a fiscalizago dos servigos em execugao, deverao ser objeto de avaliagdo e parecer técnico do érgao ‘competente. §9° A aprovagao do projeto de parcelamento ou Uurbanizagdo nas modalidades referidas no caput deste artigo, apés exame @ anuéncia prévia das autoridades competentes, fica condicionada a assinatura, _pelo interessado, de Termo de Acordo e Compromisso (TAC), no qual se compromete a realizar, 4 prépria custa, no prazo fixado pelo Municipio de Camagari, as seguintes obras, de acordo com os respectivos projetos aprovados para _os_loteamentos convencionais, reloteamentos, urbanizago integrada, _convencional, _reurbanizagao integrada convencional e condominios de lotes: | - Locagao de ruas e quadras ©, no que couber, locagao dos lotes; II Movimento de terra; Ill - Assentamento de meios-fios; IV- Rede de abastecimento de agua potavel; V - Redes de esgotos e Aguas pluviais; VI - Pavimentagao de todas as ruas, calgadas, ciclovias e vias de pedestres; Vil - Muros de sustentago, quando necessérios; Vill - Rede de iluminagao publica e de energia elétrica; IX Galeria técnica para as redes de infraestrutura, quando for 0 caso; X - Delimitagao fisica das reas institucionais; XI - Tratamento paisagistico, arborizacao, areas verdes & de lazer, XII - Outras obrigagdes constantes do Termo de Acordo & Compromisso. §10° Decreto do Poder Executivo Municipal podera fixar condigdes minimas especificas para a infraestrutura urbana dos Empreendimentos de interesse social, nos termos da Lei Federal, Art. 42. Os Parcelamentos do Solo Rurais deverdo observar a legislagao federal aplicavel. Seco Il Dos requisitos e impedimentos gerais Art. 43. O parcelamento e a urbanizagao do solo ndo so permitidos nas seguintes situagGes: | Em terrenos alagadigos e sujeitos a inundagées, antes de tomadas as providéncias técnicas e geotécnicas para assegurar 0 escoamento das aguas, se compativeis com as condigées de resiliéncia da cidade; Il - Em reas comprovadamente’ com contaminagao ambiental Ill - Em reas com potencial ou suspeita de contaminagao, sem que sejam reabilitadas para 0 uso seguro, atestado pelo drgdo competente; IV - Em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo comprovada viabilidade mediante estudos técnicos e geotécnicos aprovados pelo érgao licenciador; \V-- Em terrenos onde a incidéncia de processos geolégico- geotécnicos nao aconselhe edificacao; Vi - Em areas de preservagao ambiental, sem parecer — Atos do Poder Executive — & CAMACARI MUNICIPIO prévio favoravel do 6rgao competente; Vil - Em reas onde a poluigdo, em suas diversas formas, impega condigdes sanitarias ' suportaveis, até a sua corregao Vill - Em iméveis que nao estejam regularmente inscritos no cadastro imobiliério municipal. Art. 44. O parcelamento © a urbanizagao do solo no Municipio de Camagari deverdo atender aos critérios, as exigéncias @ as restrigoes desta Lei no que couber, das Leis Federais n° 6.786, de 1979, @ n® 9.785, de 1999, ou legislagdo superveniente que venha a alteré-las’ ou sUbsttu-las, além dos seguintes requisitos: |-- Respeitar as faixas marginals de cursos d'gua naturais, perenes e intermitentes, as areas no entorno de lagos lagoas naturais e de nascentes definidas pela Let Federal n® 12,681, de 25 de maio de 2012 - ou por legistagao que venha a alteré-la ou substitutla, salvo malores exigéncias dallegislagao especifica; Il - O Municipio poderd, complementarmente, exigir a reserva de faixa nao edificavel destinada a: 2) abastecimento de agua; b) servigos de esgotos; ©) energia elétrica 4) coleta de Aguas pluviais; @) rede telefonica; #) gas canalizado; 4) outros servigos de infraestrutura. Ill - Respeitar as faixas de dominio de ferrovias ¢ rodovias estabelecidas polos

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