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CATEGORIAS

DA
NARRATIVA
Comunicação literária

A comunicação literária distingue os homens dos outros


seres vivos, e confere uma capacidade de comunicar
com os outros homens (transmitir e receber
informações), bem como recolher e tratar dados.

Graças à linguagem, o homem é capaz de pensar e de


comunicar. Pensamento e linguagem estão, portanto,
indissoluvelmente ligados. Podemos dizer que não há
pensamento sem linguagem, nem linguagem sem
pensamento
Tipo ou classe de Texto
Para identificar um tipo de texto é necessário reconhecer os tipos
que apresentam traços idênticos que podem ser definidos como
características.
Outra forma de identificar o tipo de texto é encontrar as
sequências textuais que são unidades constituídas por conjuntos
de elementos ou momentos interrelacionados.

Num mesmo texto podem existir características de diferentes tipologias.


Mas ele é classificado pela sequência textual predominante.
Comunicação literária

A Literatura é uma forma particular de


comunicação tão antiga como o homem.

• emissor (autor)
• recetor (leitor)
• mensagem (a obra literária), que circula de um para o outro
Autor Texto literário
Leitor
Géneros Literários

A literatura é entendida como a busca do prazer estético


através da linguagem.
• antes das primeiras narrativas serem registadas pela
escrita já existiam contos que os mais velhos transmitiam
aos mais novos, a tradição oral, de geração em geração
• antes da poesia circular em cancioneiros já existiam
canções
• antes de Ésquilo e Aristófanes escreverem as suas
tragédias e comédias já havia certamente
representações por ocasião das festividades aos deuses
O Texto Narrativo

A narrativa é o modo/género literário


que permite contar ou relatar factos,
acontecimentos, ou sequências de
ações.

Por isso, a narração é um ato comunicativo.


Nesse ato comunicativo existem, em traços muito simples:
• emissor (designado narrador)
• recetores (os narratários)
• mensagem (o discurso narrativo que recria a
história)

Essa história recriada pelo discurso do narrador


contempla uma ação, envolvendo personagens e
decorrendo em certos espaços e ao longo de um certo
período de tempo.
Narrador, narratário, ação, personagens, espaço e
tempo são as chamadas categorias da narrativa.
Em esquema…

Narrativa
Autor

Narrador discurso Narratário

Leitor
Categorias da narrativa
Ação
Espaço
Tempo
Personagem
Narrador
Narratário
A Ação
Ação: é qualquer acontecimento
(sequências narrativas), provocado ou
Categoria da Narrativa - AÇÃO

experimentado por personagens, que se


desenrola em determinados espaços e num
tempo mais ou menos extenso. É o
desenvolvimento dos factos e
acontecimentos.
Classificação da Ação quanto ao
Desfecho / Delimitação
Ação fechada - quando se conhece o desenlace
da história e este é definitivo, conhecendo-se o
Categoria da Narrativa - AÇÃO

destino das personagens; a história fica


solucionada. Também conhecida como “narrativa
fechada”.

Ação aberta – quando as sequências narrativas


não apresentam desenlace algum e o desfecho da
história fica em suspenso, ou seja, não
solucionada. Também conhecida como “narrativa
aberta”.
Classificação da Ação quanto à
Importância
Ação principal: consiste nas sequências
narrativas com maior relevâ ncia dentro da
Categoria da Narrativa - AÇÃO

histó ria e que, por isso, detêm um


tratamento privilegiado no universo
narrativo, ocupando maior tempo narrado.

Ação secundária: a sua importâ ncia


depende da açã o principal, em relaçã o à
qual possui menor relevâ ncia.
Construção da narrativa
As sequências narrativas, que fazem parte
da ação, formam blocos narrativos de
Categoria da Narrativa - AÇÃO

significado coeso, variam em número e


seguem, normalmente, a seguinte
estrutura:
◦ apresentação,
◦ desenvolvimento,
◦ peripécia(s),
◦ clímax (ponto culminante)
◦ desenlace
Articulação das sequências
narrativas
As sequências narrativas podem surgir
articuladas de três maneiras
Categoria da Narrativa - AÇÃO

diferentes:
- Encadeamento
- Encaixe
- Alternância
Construção da ação - Encadeamento
As sequências narrativas seguem uma
ordem cronológica, em que o final de
Categoria da Narrativa - AÇÃO

cada uma é o ponto de partida da


seguinte; os acontecimentos sucedem-
se como elos de uma cadeia

Sequência
inicial S2 S2 Sequência final

Introdução Desenvolvimento Conclusão

Exemplo: O conto do Capuchinho Vermelho


Construção da Ação - Encaixe
Uma, ou mais, histórias (sequências
narrativas) são introduzidas (encaixada) no
Categoria da Narrativa - AÇÃO

interior da que estava a ser narrada, a qual é,


por isso, interrompida, prosseguindo mais
tarde.

Narrativa Narrativa
encaixada 1 encaixada 2

Narrativa principal

Exemplo: O narrador inicia uma história e depois uma personagem


(funcionando como narrador) inicia uma outra história (por exemplo, conta
o passado da sua família), dentro da primeira narrativa.
Construção da Ação - Alternância
 Uma vez que a escrita é linear, não é possível contar
várias histórias (ou sequências narrativas) em
simultâneo.
 Daí
Categoria da Narrativa - AÇÃO

que sejam narradas alternadamente, ou


seja, uma história é interrompida para dar
lugar a outra(s) de origem diversa, que, por
sua vez, fica(m) em suspenso, cedendo o seu
lugar e assim sucessivamente.

N2 N3 N2 N3
N1 N1

Narração

Exemplo: as telenovelas – várias histórias diferentes contadas em alternância


Espaço
O Espaço é o lugar onde o(s)
C a t e g o r i a d a N a r r a t i v a - E S PA Ç O

evento(s) se realiza(m)
O Espaço possui também uma
dimensão social e psicológica
importante para a interpretação
textual.
Classificação do Espaço quanto ao Tipo

Espaço Físico
C a t e g o r i a d a N a r r a t i v a - E S PA Ç O

Espaço Psicológico
Espaço Social
Espaço Físico

Espaço Físico: é constituído por todos os


C a t e g o r i a d a N a r r a t i v a - E S PA Ç O

elementos que servem de cenário (local


real) ao desenrolar da ação e à
movimentação das personagens. Assim,
podemos falar em espaço exterior e em
espaço interior. O espaço físico confere
verosimilhança à história.

Exemplo: uma história narrada que acontece numa aldeia e na igreja da


aldeia de um país
Espaço Social

Espaço Social: designa o ambiente social


C a t e g o r i a d a N a r r a t i v a - E S PA Ç O

(características económicas, políticas,


culturais, etc), composto pelas camadas
sociais representadas na obra onde as
personagens se integram.

Exemplo: uma história narrada que acontece numa rua de ourives e de


sapateiros, com os seus problemas do quotidiano
Espaço Psicológico
 Espaço Psicológico: é a zona interior das
personagens, isto é, toda a gama de referências que
C a t e g o r i a d a N a r r a t i v a - E S PA Ç O

nos deixam ver a alma dos intervenientes da ação.


Tem que ver com as vivências íntimas (pensamentos,
sonhos, estados de espírito, memórias, reflexões,…)
e, por isso, com a problemática do tempo subjetivo e
da perspetiva da narrativa.

Exemplo: uma história narrada que acontece num sonho ou nas


divagações de um jovem isolado
Tempo
As sequências narrativas ocorrem durante
Categoria da Narrativa - TEMPO

um tempo que pode ser, mais ou menos


extenso e que abarca várias aceções e
várias classificações.
Tempo
O tempo pode ser classificado quanto
Categoria da Narrativa - TEMPO

ao tipo:
◦ Tempo cronológico (da história)
◦ Tempo do discurso (do narrador)
◦ Tempo psicológico (das personagens)
Tipos de Tempo na narrativa
Tempo cronológico ou histórico: é
revelado pelos acontecimentos de um
Categoria da Narrativa - TEMPO

certo período da história de uma


sociedade referidos no texto. Relaciona-
se com datas e pode ser encontrado
facilmente através de indícios no texto.
Tipos de Tempo na narrativa
Tempo do discurso: resulta da elaboração
do tempo da história levada a cabo pelo
Categoria da Narrativa - TEMPO

narrador. Consiste no modo como o


narrador conta os acontecimentos, podendo
elaborar o seu discurso segundo uma
frequência, ordem e ritmo temporais
diferentes. O tempo do discurso pode não
ser igual ao da diegese (da história).
Tipos de Tempo na narrativa
Tempo psicológico: é o tempo filtrado pelas
vivências subjetivas das personagens. Está
Categoria da Narrativa - TEMPO

diretamente relacionado com a problemática


existencial da personagem (como sente o passar
do tempo e a influência que o tempo exerce
nela) revelando a sua mudança, o seu desgaste,
as suas contradições e a sua erosão, tudo isto
provocado pela passagem do tempo e as
vivências felizes ou infelizes.
Classificação do Discurso do Narrador
quanto à Frequência temporal

Discurso singulativo: o narrador conta apenas


Categoria da Narrativa - TEMPO

uma vez o que aconteceu uma só vez.

Discurso repetitivo: o narrador conta várias


vezes o que aconteceu apenas uma vez.

Discurso iterativo: o narrador conta uma vez o


que aconteceu várias vezes. Utiliza expressões como
habitualmente, todos os dias/meses/anos, muitas
vezes...
Classificação do Discurso quanto à
Ordem temporal
Isocronia ou Ordem linear - O narrador
Categoria da Narrativa - TEMPO

segue uma ordem cronológica dos eventos (primeiro os


mais antigos e depois os mais recentes).

Anacronia - O narrador narra os acontecimentos


alterando a ordem temporal dessa narração. E o
narrador pode fazer isso de duas maneiras:
• Analepse – conta no presente acontecimentos já
passados
• Prolepse – conta acontecimentos futuros,
antecipando-os
Classificação do Discurso quanto ao
Ritmo (velocidade) temporal
Isocronia - O tempo da diegese/história pode ser
idêntico ao do discurso. Acontece, por exemplo, nos
diálogos.
Categoria da Narrativa - TEMPO

Anisocronia – o tempo da diegese/história difere do


tempo do discurso das ações narradas. A anisocronia
pode ser conseguida através de:
• Resumos – o narrador condensa o tempo dos
acontecimentos (o tempo do discurso é menor do
que o tempo da história)
• Elipses – o narrador omite acontecimentos
• Pausas – o narrador entretém-se em descrições,
reflexões ou divagações (o tempo do discurso é
maior do que o tempo da história)
Personagem
Categoria da Narrativa - PERSONAGEM

A personagem é uma entidade ficcional,


dotada de um retrato físico
(características físicas observáveis) e
psicológico (maneira de ser/pensar), e à
qual é, normalmente, atribuído um nome ou
identificação. As personagens suportam a
ação, visto que é através delas que a ação
se concretiza. Elas vão adquirindo "forma"
à medida que a narração evolui, num
processo designado por caracterização.
Classificação da Personagem quanto ao
RELEVO
Categoria da Narrativa - PERSONAGEM

 Personagem principal ou protagonista: tem papel central,


é o herói da obra, tem uma importância fundamental para o
desenvolvimento da ação.

 Personagem secundária: o seu papel é de menor relevo na


economia da obra, desempenhando uma importância menos
significativa para o desenvolvimento dos acontecimentos.

 Personagem figurante: tem um papel irrelevante no


desenrolar da intriga, mas na ação pode desempenhar um
papel importante para ilustrar uma atmosfera, uma
profissão, uma ideologia, um ambiente social, etc.
Classificação da Personagem quanto à
COMPOSIÇÃO
Categoria da Narrativa - PERSONAGEM

Personagem Plana (ou desenhada):


Caracteriza-se por possuir um
conjunto limitado de traços que se
mantêm inalterados ao longo da
narração. O seu comportamento
não sofre alterações ao longo do
desenrolar da ação. É previsível.
Classificação da Personagem quanto à
COMPOSIÇÃO
Categoria da Narrativa - PERSONAGEM

Personagens Modeladas ( ou
redondas): caracterizam-se por serem
dinâmicas, dotadas de densidade
psicológica e de conflitos, vida interior, e
por isso surpreende o leitor pelo seu
comportamento dado que este evolui e
altera-se ao longo do desenvolvimento
dos acontecimentos.
Classificação da Personagem quanto à
COMPOSIÇÃO
Categoria da Narrativa - PERSONAGEM

Personagens-tipo: caracterizam-se
por que representar um determinado
espaço social, um grupo cultural, um
estatuto profissional ou religioso, com
os padrões e aspetos que lhe estão
associados.
Processos de caracterização da
Personagem
Categoria da Narrativa - PERSONAGEM

 Caracterização DIRETA: consiste na descrição


das características da personagem feita pela
própria personagem, ou pelo narrador ou por outra
personagem. Esta modalidade de caracterização é
eminentemente estática e são proferidas
diretamente no discurso.
A caracterização direta pode assumir duas formas:
 Autocaracterização – é a própria personagem que
refere os seus traços característicos
 Heterocaracterização – os traços da personagem
são apresentados explicitamente pelo narrador ou
por outra(s) personagem(s)
Processos de caracterização da
Personagem
Categoria da Narrativa - PERSONAGEM

Caracterização INDIRETA: é deduzida, é


aquela que resulta dos atos, dos discursos e
das reações da personagem face aos
estímulos que lhe são oferecidos por outras
personagens e pelo desenrolar da ação. É a
mais dispersiva e dinâmica.
Processos de caracterização da
Personagem
Categoria da Narrativa - PERSONAGEM

Seja através da caracterização direta ou


indireta, a caracterização das personagens
pode ser feita em várias vertentes:
◦ Física – aborda as características corporais da
personagem
◦ Psicológica – aborda as características da
personalidade
◦ Social – aborda as características da vida social da
personagem e a relação com os outros.
Funções actanciais das personagens
Categoria da Narrativa - PERSONAGEM

 As personagens desempenham muitas vezes (mas nem


sempre) certas funções narrativas chamadas actantes da
narração.
 Essas funções narrativas ou actanciais das personagens
podem ser resumidas no seguinte esquema:

adjuvante sujeito oponente

destinador destinatário
objeto
Funções actanciais das personagens
Categoria da Narrativa - PERSONAGEM

 SUJEITO – personagem ou entidade empenhada na


procura ou consecução de um objetivo, representado
no objeto; o sujeito quer atingir o objeto.
 OBJETO – personagem ou coisa que o sujeito
procura ou deseja.

sujeito Ex. O Chico, personagem


da história, quer casar. A
narração conta a vida do
Chico.

objeto
Funções actanciais das personagens
Categoria da Narrativa - PERSONAGEM

 ADJUVANTE – personagem ou coisa que facilita a


obtenção do objeto por parte do sujeito; favorece a busca
ou procura.
 OPONENTE – personagem ou coisa que dificulta a
obtenção do objeto por parte do sujeito; prejudica a
busca ou procura.

adjuvante sujeito oponente

Ex. Na procura do
casamento, o Chico encontra
os pais que já não o querem
objeto em casa, mas os amigos não
o querem perder.
Funções actanciais das personagens
Categoria da Narrativa - PERSONAGEM

 DESTINADOR – personagem, coisa ou força superior


que decide (favor ou contra) a obtenção do objeto pelo
sujeito; permite ao sujeito obter o objeto.
 DESTINATÁRIO – personagem ou coisa sobre quem
recai a decisão do destinador.

adjuvante sujeito oponente

destinador destinatário
objeto
Narrador
Categoria da Narrativa - NARRADOR

O autor é uma pessoa verdadeira, com existência

real, que escreveu a narrativa num determinado

momento histórico. Tem nome, BI, existência real.

O narrador é uma invenção do autor, é uma

entidade fictícia, de natureza textual, que tem a

função de contar a história. Vive apenas no texto.


Classificação do Narrador quanto à
PRESENÇA ou participação
Categoria da Narrativa - NARRADOR

Narrador Autodiegético
Narrador Homodiegético
Narrador Heterodiegético
Classificação do Narrador quanto à
PRESENÇA ou participação
Categoria da Narrativa - NARRADOR

 Narrador Autodiegético - o narrador participa na ação


como personagem principal e faz a narração na primeira
pessoa.

 Narrador Homodiegético - o narrador participa na ação


como personagem secundária, e faz o discurso na
primeira pessoa.

 Narrador Heterodiegético - o narrador não participa na


ação como personagem, sendo exterior à história.
Discursa na terceira pessoa. Também conhecido como
narrador não participante ou narrador de “grau zero”.
Classificação do Narrador quanto à
CIÊNCIA ou FOCALIZAÇÃO
Categoria da Narrativa - NARRADOR

Narrador Omnisciente

Narrador de focalização externa

Narrador de focalização interna


Classificação do Narrador quanto à
CIÊNCIA ou FOCALIZAÇÃO
Categoria da Narrativa - NARRADOR

 Focalização omnisciente – o narrador possui um

conhecimento ilimitado de toda a história, bem como do íntimo

das personagens. Ele sabe tudo, assumindo uma posição de

transcendência no relato dos acontecimentos. Pode, por isso,

explicar as motivações das personagens, revelar o que

pensam, antecipar a referência dos acontecimentos, descrever

espaços interiores e exteriores,… É uma perspetiva só

possível a um narrador heterodiegético.


Classificação do Narrador quanto à
CIÊNCIA ou FOCALIZAÇÃO
Categoria da Narrativa - NARRADOR

 Focalização interna – o narrador relata os

acontecimentos, assumindo o ponto de vista de uma

personagem, daí que, neste caso, o seu conhecimento

se restrinja ao que a personagem vê/sabe. Há uma

redução dos acontecimentos que pode narrar, pois tem

somente a capacidade de conhecimento de uma

personagem que intervém na história.


Classificação do Narrador quanto à
CIÊNCIA ou FOCALIZAÇÃO
Categoria da Narrativa - NARRADOR

 Focalização externa – o narrador conhece

apenas o que é observável exteriormente,

sabendo menos do que a personagem. Limita

a narrativa à apresentação de situações

superficiais e observáveis do exterior.


Classificação do Narrador quanto à
POSIÇÃO
Categoria da Narrativa - NARRADOR

 Objetiva – o narrador é imparcial /


neutro relativamente ao que conta, não
emitindo juízos de valor.

 Subjetiva – o narrador defende uma


posição/opinião face ao que conta,
proferindo, explícita ou implicitamente,
juízos de valor, comentários, orientações
ideológicas, ...
Discurso utilizado pelo Narrador
Categoria da Narrativa - NARRADOR

Para contar a história, o narrador socorre-se de um

conjunto de recursos narrativos e pode utilizar

vários:

◦ Modos de expressão

◦ Modos de representação

◦ Modos de reflexão
Modos de expressão no Discurso utilizado
pelo Narrador
Os Modos de expressão podem ser os seguintes:
Categoria da Narrativa - NARRADOR

◦ Diálogo
 Em discurso direto – a fala das personagens é representada

diretamente, reproduzindo-se as suas conversas

 Em discurso indireto – a fala das personagens é narrada de forma

abreviada ou interpretada

 Em discurso indireto livre – fusão da terceira e primeira pessoa da

narrativa, ou seja, as palavras proferidas pela personagem surgem

inseridas no discurso indireto do narrador

◦ Monólogo – expressão em que o locutor é também o interlocutor

(personagem fala de si para si)


Modos de representação no Discurso
utilizado pelo Narrador
Categoria da Narrativa - NARRADOR

Os Modos de representação podem ser os seguintes:

◦ Narração – momentos de avanço na ação em que se

faz o relato dos acontecimentos; desenvolve-se a ação;

progride a história.

◦ Descrição – momentos de pausa na narrativa em que

o narrador dá (descreve) informações sobre

personagens, objetos, espaços, etc.; a descrição

permite a caraterização e a identificação e elementos

importantes do espaço e do tempo.


Modos de reflexão no Discurso
utilizado pelo Narrador
Categoria da Narrativa - NARRADOR

O Modo de reflexão mais comum é o

seguinte:

◦ Digressão – a dinâmica da narrativa é

interrompida para que o narrador formule

comentários ou reflexões; suspende-se o

tempo da história narrada.


Narratário
C a t e g o r i a d a N a r r a t i v a - N A R R AT Á R I O

 O narratário surge no interior da narrativa como


entidade fictícia, a quem o narrador se dirige, explícita
(narratário intradiegético) ou implicitamente (narratário
extradiegético). É, portanto, o destinatário da
mensagem do narrador. O narratário é um entidade
incaracterizada, difícil de identificar.

Não confundir com leitor (recetor real e externo à história).


Em resumo, as categorias da narrativa

Principal
Importância
Secundária

Aberta
Desfecho /
Ação Delimitação
Fechada

Encadeamento

Articulação
Encaixe
das sequências

Alternância
Em resumo, as categorias da narrativa

Físico

Espaço Social

Psicológico
Em resumo, as categorias da narrativa

Singulativo

Frequência Repetitivo

Cronológico Iterativo
ou Histórico
Linear
Tempo do Discurso
Ordem Analepse
Anacronia
Psicológico
Prolepse
Isocronia
Ritmo /
velocidade
Anisocronia
Em resumo, as categorias da narrativa
Principal ou protagonista

Relevo Secundária

Figurante

Plana

Composição Modelada ou redonda


Personagem

Tipo

Direta
Processo
Indireta

Caracterização
Física

Tipo Psicológica

Social
Em resumo, as categorias da narrativa
Autodiegético
(participante 1ª p)

Homodiegético
Presença
(participante 3ª p)

Heterodiegético (não
participante)

Omnisciente

Narrador
Ciência Externa

Interna

Objetiva

Posição

Subjetiva
Em resumo, as categorias da narrativa

Narratário
Bibliografia e Netgrafia
Reis, Carlos, e Lopes, Cristina, Dicionário de
Narratologia, Almedina
Silva, Vitor Aguiar, Teoria da Literatura
Wikipedia - http://
pt.wikipedia.org/wiki/Categorias_da_narrativa
Blogues - http://
apoioptg.blogspot.com/2007/03/categorias-da-
narrativa.html
e http://
profpaulo.weebly.com/uploads/3/9/4/7/394769
/categorias_da_narativa.pdf

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