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oN oT ENG EULA TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL Casos praticos 4.2 Edigao Bey ‘Nendumapre desta pablo pode Ser repodusia poe ular pacesso testis mec 0 oct incids sip, serotp ou Bavag, em auorzaplopevia do editor Exeepuam-seastnseSes dears panapensparctetorde apse, stitien 0 seuss ds dis opnies canta vo. Falaexope2 0 ode, net, sr inerpretas como erin a wane deere er reethas antolgins ou sims Ql pont rear Puzo para 0 interes enor ‘Os infactore sf pases de proce judi, os emo Bee eee (Cantos Lacenpa BaRAta TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL Casos praticos 4 edigio 2012) 2 reimpressio. stm eDTona Lisboa 2015 Nota introdutéria a 4* edicio ‘A Tearia Geral do Direito Civil Casos priticos, agora, na sua 4 eligdo, mantém a estrutura das anteriores e integra casos pticosreferentes is vrias matérias que compiem a Teoria Geral do Dire Civil lea Teoria Geral do Direito Civil, ministradas no I ato da lcenciatra, como discipinas autdnomas, aps a reformade Bolenba ‘Mais uma vez, slo apresentados miltiplos casas, que fomos claborando em virios periodos e com finalidades distntas: 0 ttabatho em aulas priticas, realzasao de provas de avalag%o, com difrenes naturezase, ainda, pntualmente, a integragio na colectanea, A presente edigdo surge com ligeira alteragdes e tumentida: foram inluides novos easos, em especial, alguns «que, nos titimos anos, ntegraram provas de avaliago, inetuindo exames finais, endo, entio, acompanhados dos respectivos t6picos de cores. A nova edicio mantém, naturalmente, © propésito das aniecedentes: como sempre, ela visa proporeionar aos Alunos um elemento potencialmente i Carlos Lacerda Barata Lisboa, Setembro de 2012 Caso ne Considere que foi celebralo um contrato, composto pelas seguintes clusulas: 1%, Antinio declara vender a Bento, que declara comprar, 0 automével x, por 25,000 euros. ‘A partir da assinatura do presente contrato, Bento tomna-se proprietrio do automével, podendo vendé-Io, doo ow hipotecé-o, bom como ile utilizé-1o como entender. 28, Anténio fica adsrito 1 respeitar 0 dirito de Bento ¢, ‘pomeadamente, ano dnificar nem destruiroautomével, sob pena de indemnizar Bento pelos danos sofridos. 3%, Antonio fica obrigado a entregar 0 automével a Bento 44%. Anténio tem, no entanto dirt de no entegaroveiculo enquanto Bento nfo Ihe pagar o prego acordado. 5% AntOnio obriga-se ainda a instalar um alarme no caro vendido. 64, Bento poderi resolver o contrat seo automével vendo lo estiver em boas eondigGes de funcionamento. 7%, Bento poderé, no case de defeto do automével, ¢ em altemativa,exigit a sua substituigdo, Nest cas, ter de denunciar 0s vcios a Aménio, no prazo de 30 dasa partir do momento em que temar conhecimento do defeito, {8 A responsabilidad por dans decorrentes do incumprimento deste contrato presereve no prazo de 20 anos, Qualitique, a tuz dos vrios eriérios, as situagbesjunicas identitiedveis no texto, Cason? 2 Considere as seguntesstuagbes, ocorridas com Abilio Te Hipotese: Pretendendoarrendar um quarto de sua cas, Abitio fez pubicar lum anincio num jomal. Apareceram ento dois interessados, ave ofereceram igual quanta: Belmiro, nascido em Angola, a trabalhar na constugo evil, e César, nascdo em Lisbo, estate de Dirt, No dia seguinte,Abilioe César clebraram ocontato de arren- damento, Belmiro, sustentando que foi discriminado, retende reagir judicialmente Quid juris? 2 Hipstese: Abii acitontahthar para Catlos de segunda fer a sibado Depois de convertido ao judaismo, Abilio passou a faltar todos 0s sibados. Carlos pretende agora responsabilizar Abii, Quid uric? eee seecesae esac eae auc aeee 2¢ Hipotese: Abilio,profundamente ste, casou hi alguns anos com Dina ave perihava iguais conviegdes. ‘Agora Abilio pretende obtero divircio, invocando que Dina, entretano, aderi &religito catia Quid juris? caso Aatio credor de Bento, no vale de 5.000 euros, encontrano- sea divida vencida hi varios anos, sem que Bento se disponka 4 efectuar © pagamento, no obstante as viriasinterpelagdes feita por Anténio. Antio, cujapacincia se exgotu, pretend agora obter a prio de Bento ou, em alternativa, promover as medidas nevessirias a resolver situagdo, Bento, porém, afrma nada dever,alegando que a diva resultaria de um acordo no vineulativo, porque nfo previsto na lei, Quid juris? Caso nt 4 "Antero props, verbalment, a Bemardo vender he um reli por 250 euros. Para melhor convencer Bemarde comprartho, Antero — que ‘onfiavaplenamente no potencal aurea ~ enregou-Ihe © reldgio, afirmando que se, no prazo de 15 dia, Bernardo nada Ihe dssesse, considerava a vend efectuada, ‘Bemardo sori enigmatcament propost,colocou oreligio sno pals, othou-y ent agrado & apés Um amavel "bom dia”, retour, "Vinte dias depois, sem que Bemardo nada dssesse, Antero ‘endeu, por esrito, © mesmo regio a César, por 300 euros € Bemardo vendes-oe entregou-0 a Dimas, por igual quanta, Quid juris? Cason? 5 AAfedo, vendo na monta da ourivesara de Bemardo um colar e pérolas pelo prego de 1.000 euros, drige-se a Bernardo afirmando querer adquitir o colar ‘Bernardo responde-the que “ndo lhe pode vender o colar” T Hipétese: ‘Bemardoalepa,sucessivamente: 1. No dia woterior, uo telerone, oferovera 0 colar rm Mo 2. Na semana anterior prometera vendé-Io, por 1.000 euros, Carolina, que se comprometera a compré-lo, Quid juris? 2° Hipstese: Adonite que na mont, junto a colar com o prego, se encatava uma tabuleta dizendo “reservado”. Quid jure? Cason? 6 or cata de 2 de Novembro, Abilio prope vender ose squeito 1 Belmire, por 200 euros, pedindo uma resposta até ao dia 15 de Novemnbo. [No envanto, nessa cars, alegando urgéncia na obtengio do Ainheiro, Abii explicit que se rservao dirito de, em qualquer momenta, vender 0 isqueiro a outro interessado. ‘Aca de Abilo¢reebida por Belmizo no dia 4 de Novembre, Conkecendo objecta, Belmiro responde no préprio dia 4, aceitand, também por carta. ata carta colacada na caixa de coneio de Abiio no dia 5, is 17130m, $6 vindo, no entanto, a ser lida por Abilio na manhd sequins [No di 6 de Novembro, César compra 0 isqueio a Abilio por 250 curs. De imediato,Abitio envia a Belmiro um telegrama dando sem efeito a sua carta inci, Quid juris? Cason? 7 Em de Psri, Andro resident m Coif, escreveu ‘ Bemardino, domiciliado em Lisboa, uma carta com oseguinte teor “Palmente solv alnar 0 me Renault, que bom conte Caso ainda te interesse, 0 prego é de 15.000 ews”. Bemardino recebeu a carta de Amtico em 4 de Fevereiro, ata da morte de Américo ‘No dia 10 de Fevereiro, Bernardino enviou um telegrama nos Sseguintes terms: “Concontointiramente”. Porém, por lapso dos CTT, 0 telegrama 86 foi recebido por Carotno (fiho de Américo) & 20 de Fevereiro, Em 22 de Fevereiro, Carolin tlefonou a Bernardino, fcando acordado que este enviar, de imediato, um cheque de 15.000 euros a Caroino, o que, efectivamente, aconteceu 1 Hipétese: 1. Admita que Bernardino descobrix que o Renault tina sido ‘vendido, por Carolin, a uma sociedade revendedora de autombveis, em 21 de Fevereiro. Quid juris? 2. sociedade pretende exigie de Carlino a restituigio dos 15.000 euros, acreseidas de uma indemnizagdo por prejulzos, que afin poder prove. uid juris? 2 Hipotese: Considere agora que o automevel fo vendido por Amético, a ‘um vizinbo, em 3 de Fevereiro. Quid juris? caso na. Em 15 de Janeiro, Belmiro recebeu uma carta de Ambrésio com o seguinte conteido: “Estow interessado em vender 0 meu Fat verde aface, de que tanto gostas, Caso te nteresse compro, diz-me fem gue termas. Se eu nio responaer no prazo de quince dias & porque acelto as twas condigies”. b Em I de Fevereiro, Belmiro escreveu ¢enviow a Ambrosio & seguinte cat ““Quero comprar o teu automével, Pago 10.000 euros Conforme o que fi por 1 proposo, se nao responderes no _prazo de quince dias a contr desta carta, é porque aeitas: de qualquer modo s6 posso ir buscar 0 carro dagui a um aoe Momentos depois, Belmiro reeebe uma carta assinada por Casimiro onde se pode ler “Preciso, com urgéncia, de 1.000 euros emprestados por dois meses. Pago-te 10% de ros”. Imodiatamente, Belmiro envia a Casimiro um fax de concor- ‘nia e ind um cheque no valor de 1.000 euros, que Casimiro veio a descontar no hanco em 5 de Fevereiro. [estas circunstinias,no proprio di 1, Belmiro arepende-se cede epi tare ma go pecs ous do ee eal 40, Pores sea’ pret stad reco acre deers Sd par aresr no cone do cei 240) Fader de eonron cooo team een cov da ipo eel freed sarors dongs vrs aud eattsone 69 gate eatmssal decd dscespodeus pr 4. Bsté om causa a matéria das clamulas contratuais gerais Indcagdofindamentada dos respectas requisites (171 LCCG) das aplcagdo a cao concrete 2" 3*LCCG}- Provavelment, clsula om causa considerar-sené excluida, por violago do deveriencargo de (adequade) comunicaso("‘pequeno disco’) (9°e 8%) LCCG): de todo 0 modo, ratase de uma cliusula de exclu da responsabildade, proibida (18%), b)/20° LCC), como ta mula, nos trmos da LCCG (128. € 24° 6o Caso n? 58 lexame 14-07-2008) Asdribal decid vender a sua vivenda no Algarve, tendo, para iss0, coloeado um ansineio num jomal, de 1 de lunho, de ual constavam a earatristicas localiza da casa eo sequins texto: “Vide se. Bom estado, excepto o ar condicionado, Pro 200.000 euras. Berto deperou com o anno e, muita interes na quis sda casa pelo valor anunciado, escreveu uma carta a Asdribal, ne ‘qual, por laps, esereveu “ompro por 220.000 euros: mas ari tudo sem efeto 8 0 ar condicionado no for subsiuido até 8 dias aps ‘ eseritura Por razesfiscais, desta deverd consar apenas ‘0 valor de 100.000 euros” Em $ de Junho, Asdribal recebeu a carta, radiante com 0 ‘lor que ira reeber, telfonou, de imediato, a Beno, dizende-the ‘ue estava de acordo De seguida, Asdribal dirgiu-s ao estabelecimento comercial de Celio, por escrito ~ mediante a asinatura de um formalirio sempre uilizado por est -, comprou-e um medemo aparelho, de ar condicionado, Depois, em corwers, ambos eombinaram ainda que a entree montagem ocomriam at a final de ntretanto, perant inesperados problemas financeieos, Berto arependev-se © comunicou a Andra que desistia do nope. Todavia, Asdibal no se conformou ¢ contratou Dimas, um ‘linguente seu conhocid, para “comvencer” Berto a compart inigiu-se a casa de ‘po catério notarial, Em 30 de Junho, Dimas dig ‘Berto e, explicando-e 0 motivo da sua presenga, agrediu-, «com violencia, ‘Assim, em I de Julho, Asdribal e Berto outorgaram a escritura, or 100,000 euros. 1, Asdribal exige o pagamento de 220.000 euros a Berto, © due ae eis, contapondo ue deena consa prego de 100,000 euros e que, mesmo que assim nio fose, 6 teria de pagar 200.000 euros, dado ter indicado o valor ‘de 220.000 euros por mero laps. Quid juris? 2.De todo 0 mode, Berto sustenta que a nada est vinculado, invocando que até hoje oar condicionado no foi substituido anda, a agressio de Dimas. Quid juris? '3.Alegando atraso na instal doar condicionado,Asdribal cexige de Célio uma indemnizagio, que este se recusa a Stisfazer,invocando ura elusula constante do formuléeio, segundo a qual a entrega seria efectuads no prazo de 6 Quid juris? Ne 58-4 Tipensdeconecsto 1. Formaedo do contrato de compra e venda, entre A eB, apenas em I de Julho: ax anteriores declaragdes negociais no valem 6 0 como propostaeaceitaedo contratuais vidas (requsitos da _proposa eda acetagao), por inufcénca formal (875% 220%, dentificagdo da simulagao eindteago, damentada, doy sens ‘requistos (24071). Caracterizagdo da simulaao ~ objectiva, Sraudulenta e reativa~e aplicagio do regime: nuldade do ‘neiciosimulado (vend por 10.000 euros) (240°), tvocvel nnomeadamente, por 4 (242°), sem prejuzo da valdade do egécio dissimulado (venda por 220,000 euros) (241°/1), ‘entendendo que a esertura pica otorgada aif exigent de forma (24172). Conteido do negicto dissimulado: das sleclarages das partes (pf 236%!) resulta wm acordo por 220.000, Lapso, quanto ao prego, na carta B (erro-obsteulo): ero de exerts, que no cas, no dé hgar & reeticagio (para 200.000 euros), por nao vrifcasdo dos requisites legats (249°) (nem, enquanto ero na declaragdo, daria lngar& anal, por nao reenchimento do requsto da cognoscbilidade ~ 2479, 2. Clinsula acessiria resutante da carta de B (eda concondancia de A): qualificasao, fundamentada, como condicao resolutva (270%) Aplicagao do regime de verificagio da condigao. extingo do nego com eficicia retroactva (2769) gress de D a8: idenificagdo da exiténia de coacyio moral 2559) e aplicagao do regime legal ao caso concreto (2869. Refernca fundamentada, as crtvios de distin entre couegao Jfsicaecoacedo mora Clausuias contraruais gerais:indicagdo fundamentada dos ‘respectivos requstos (I LCCG) eda sua apcagd ao caso concreto(2°e 3° LCCG). Em abstracto,acldusula em causa sera relativamenteproibida (19°B) e20° LCCG) e, pr iss, no ‘quadro.om questo, nua (12° 24° LCCG). Porm, enre eC, {ol expecfcamente acordado um menor prazo de cumprimento ldusula prevalente (CCG), Ambito da forma vohmicia: @ estigulago verbal da cléweula tio colide com a sua validade (22272), Cason? 59 (Ean 10-08-2009) [No dia 1, Aur enviou 8 Bruno uma carta, como seguits tor: “Venko oferecer-te a compra do meu Fiat, que conheces, por 10,000.00 euros; reservorme, porém,odieto de mudar de ideias a qualquer momento. Responde-me até da 10” Por atraso dos correios, no dia 7 esta carta $6 fo entegue Bruno, Este respondeu @ Artur, tmbiim por ert, concordan, "No dia 10, a carta de Bruno foi depositads na caixa de correio da casa de Amur, que faleera, subtamente, no dia anterior. Assim, apenas no dia 13, Celso ~ indo e tinico familiar de ‘Artur ~ Jeu a carta subserita por Bruno e, nessa noite, enviou a ‘tum e-mail, dizendo-Iheque a declragio feta por seu irmiio Ficava sem efeito. Bruno desconsiderou tetalriente 0 e-mail eebidoe, de mest, ontaciou Dimas, que sempre dssera que aquee Fiat pertencera 0 seu pai e que “tudo fare para o adguirir”. Dias depois, por eno exert, Bruno vendeu caro a Dimas, pot 20,000.00 uros, a pagar até ao final do més; ficou ainda convencionado Aue o acordo ficava som efsito se Dimas no “eonvencesse” — Se necessrio, pola forga~ Elio a pendoar uma valtuoss divida ‘ue Bruno tha para com este Bee 6 Passado o fim do més, Brin telefonou a Dimas advertindo-o de que, se no pagasse o prego de imediato,instauraria contra ‘ele uma acpo judicial; perante esta ameaga, Dimas entregou-Ihe (05 20,000,00 euros. 1.Celso recuss-se a entegar 0 Fiat, invocando que Bruno no 0 chegou a adquirs tendo em conta a morte de Artur, para além do ter da cata deste edo email por si enviado Bruno diseorda, Quid juris? 2.Diasreclama a devoluso do prego pago alegando que, ‘eniretanto, descobriu cue, afinal, Fiat nio perencera ao seu pai, citeunstincia que Bruno considera irrelevante. Quid juris? 3.Para sustentar a sua pretensio, Dimas invoca ainda © conteido do negécio ea ameaga sofda, Bruno recusa-se restituiro prego, afimando no exstr qualquer causa de invalidade, Quid juris? NP 59.8 Tepicesdeconeccto 1. Formagio do contrato: qualified fundamentada da carta de ‘ia como propasta contatual de compra e venda (indicagao dos requisitos) cléutula de revogabildade (230%, I parte) Firagao de praco de eficdca, pelo proponente (2287/1, a) CO), og Milo da efi da prope ele de A: da 7 22471. 1° parte); nda hd qualquer problema de recepsdo tarda jé que se trata de uma propasta. Resposta de B: declaragdo de aceitagio, ‘flea no da 10 (22671, parte), ao que no obstaa mote ae A (231°), Consequentemene: no dia 10, formowse,vadamente, 0 ‘contato of. 2329, Declarago de dia 13: do obstante aca de revogabldade, no vole como revogaedo da proposta Ps, desde dia 10,Ji-hé contrat, Tratase de um contrat de comora fe vena: negiclo real quoad effectum: B éproprietirio do cava desde da 10 (40871) (ndependoniement da entra da coisa oH ‘do pagamento do preg), podendo, portato, nomeadameste, vendé-to a tercero 2, Ero sobre os mtivos (25271): qualfleago, earacteiza como cere-sico, indicapto dos requstorderelevinla, enuanto casa ddeamulabildade do negocio, em especial quanto ao sentde do ‘acordo” sobre a esencialldade do motivo: aplicagdo fda ‘mentada do regime do artigo 252°/1 ao caso concrto Celebrago do negécio por escrito: forma voluntria (222). 3. Kdenificagdo, justificada, da cliusulanegocial acessériaem ‘usa e indicagdo do respective regime legal condigdo resolva (2709, conréria let 2711); malidade (2897), Ameaga de Ba D: inexiséneta de coaegdo moral 255% arte) 7 66 Cason? 60 (ame2001-2010) Noda 1, Aledo enviou uma carta a Bruno, dizendo: “Talvez venka a vender 0 meu Mercedes, que conheces, por 25.000 euros; estards interessado?” Esta carta foi recebida, ro dia 3, por Bruno, que — pretendendo o caro, para usar no transporte de contrabando ~ no dia segunte,deixou a seguinte rmensagem no gravador do telefone de Alfredo: “Temos nico fechado” De imodiat, com vista recotha do veiculo, Bruno contratou 0 empreiteiro César, que, mediante determinada quanti, se comprometew a reparar @ garagem da vivenda de Brino, no prazo de 15 das; o acordo foi celebrado mediante a assnatora de um formuléri, sempre utilizado por César, que, naquele ‘momento, se encontravaligiramente embriagado. No dia 5, Alfredo foi contactado por Dino, que ~ invacando razies sentimentais: convicto de que © Mercedes, em tsmpos, pertencera seu pai ~ the propds a aquisiglo do veiculo, por 35,000 euros, Alfredo aceitou de imediatoe entregou-th, logo, as chaves do veieulo, fieando combinado o pagamen para dia 20, 0 acordo foi redueido a escrito, fcando insetto no respectivo documento 0 prego de 20,000 euros, para evitar que Dino tivesse problemas com a mulher, que fequenterente 0 avusava de gastar demasiado dinero 1. Bruno reclama, de Alfredo, a entrega do Mereedes ou 0 ‘pegamento de uma indemnizagio, correspondent quantia ‘asta na empretada; Alfredo recusa, contrapondo que ilo cotratou cam Bruno e que, mesmo que assim no osse, 0 cord seri nvlido, nada devendo indemnizat Quidjuris? 2.Passados 15 dias, som que a obra tivesse sido, sequer, iniciada, Bruno exigeuma indemnizagio deCésar,queeste serecustastisfazes,invocandoaembriaguer, parasustentar a invalidade do contato,¢ ainda uma clisula constante do ormuliio, segundo a qual “nko hi responsabilidade do ‘empreitero porquaisqueratrasosma realizagao da obra” Quid juris? 3. Hoje Alfedo exige 35.000 euros a Dino, que se recuse a ‘agar, alegando a invaldade do contrato, pois, entretanto, deseobriu que o Mercedes no pertenceraaseupaeque de todo 0 modo, do acordo esritoconsta 0 prego de 20.000 Quid juris? N° 60a Topics curegio tExame 2001-2010) 1. Qualifcusto fndamentada da carta de dia 1 como conve ‘@ contratar ndo como proposta contratal de compra & venda, por flla de firmeza (nao hi vontade tneqivoca de Ccontratar) A delarigda de B, devidamente nerpretada, no vale, assim, como aceltagdo, mas como proposta (2171 € 2369, que dena B, no da 3 (2247), em estado de suc. A ndo exerce, porém, 0 respectivo direito potestarivo: ‘no his contro entre Ae B. “A ilcitube do fim no afectaria a validade do conrato proposto esr, 6 6 (0s dados ndo apontam para que a eventual confianca de B na celebragdo do contrato, soja imputivel a A: inevsténcla de responsabilidade, por culpa in contahendo, perante 0s requsitos de aplicagdo do artigo 227" . Consideragto da incapacidade acental de C, enquanto vicio dda vontade ¢ aplicagto do respect regime (257%) CCliusulas contratuals gerais: indicagdo fundamentada dos respectivos requisitos (172 LCCG) e da sua apticagdo ao fata concreto (2%, 3° @ 4° LCCG). Trat-se de uma clusula de exclusdo da responsabilidade, proibida (18%)/20° LCCG), como fal, mula, nor trmos da LCCG (12" ss. 24%) 1. Ero sobre os motivo (2524): qualifcwgdo, caractrizagao como erro-vicio e indicagdo dos requisites de relevincia, fenquanto causa de anilablidade do negécio, em especial (quanto ao sentide do “acordo” sobre a essencialidade do motivo, que, perante 08 dados, net. Simulagao (240%) objectiva, iocente e rlativa; aplicagao “do regime legal: nulidade da venda simulada (por 20.000 feuras) (24072), invocivel, nomeadamente, por A (24271) € Yaldade da venda disimulada (par 35.000 euros) (241°), celebrada com forma voluntiria (222%, Cason? 61 ltsame 12-07-2011) [No dla 14 de Junho, Artur remeteu uma cata a Bruno dizendo ‘oseguinte: "Venho oferecerte a venda do meu apartamento ¢ ido meu automével, que conheces, respectivamente, por '250.000,00 euros e por 25,000,00 euros. Respondeome com lungéncia, sob pena de considerar que nao te interessa. sta ‘ara chegou no dia 16 casa de Bruno, que a leu no dia segue. ‘No dia 17, Art fol antar ao retaurante de Celso; em vrtude de ter ingerido determinados alimentos, que ai tinham sido indevidamente acondicionados, Artur softew uma gravssima imtoxicagio alimentar,vindo a falever nessa mesma noite. ‘Em 18 de Junio, Bruno enviou a Artur um fax, onde dizia “nego fechado”, 0 qual foi reebido, nesse di, por Dimas, filho e dni familiar de Artur Porém, no dia seguinte, arependido da sua decisto, Bruno cnviou, para casa de Artur, um felegrama, com 0 segunte teor: "Pensei melhor: afinal s6 fico com o apartamento.” "No inicio de Juli, Dinias contactou Elio, que, em tempos. rmostrara muito interessado no apatamento, por erer que nee j& habitara o seu avd, cireunstincia qu, efectivamente nfo o2orer. Em 10 de Julbo, por documento particular autenticado, Dimas vende a eas Elio, por 280,000,00 cues, tendo, porém, fiado ‘ constar do documento o valor de 200,000.00 euros, apenas ara diminuie 05 inerentes custo fiscais. 1.Bruno considerase proprictitio do apartamento, que ‘sustenta ter comprado eexige a sua enrega; Dimas discord ¢, por sua vez reelama de Bruno o pagamento de 25,000,00 eos, relatives ao carro, que Bruno afima no er ada. uid juris? oo 0 2. Dimas exigeo pagamento de 280,000.00 euesa Elio; este recuse pagar, invocando a invalidade do contrat, por, cntretanto, ter coneluido que 0 seu av6 nio habitara aquela casa e que, em qualquer caso, s6 seria devido 0 valor constante do documento. Quid juris? '3.Dimas pretende ser indemnizado por Celso, que afirme ‘nada dever pagar, alegando, por um lado, a invalidade do negécio celebrado com Artur, dado que este estava ‘embriagado e, por outro, que no restaurante sempre esteve afixado um pequeno leteio, com o seguinte teor. "A _geréncia nao se responsabiliza por danas" Quid juris? N6rA Tpcosde cones (tsame12-07-20111 1. Farmagdo do contrao: qualificago fundamentaa da carta de 4, de dia 14 como propasia contratual de conpra e venda Aindicasio dos requistos), do automéveh, formaimente vida (219° CO), emitda por declaragdo expressa (217, 1* parte © por forma volunria (2227; quanto ao aparameno: ndo ‘hi proposta vida de venda(875" e 220%; referncia 3 figura do convte a contratar. Declaragdo unilateral de atibuigdo lo valor de rejelgdo ao silénclo do destinatiria: inoperante 18%, Firaedo da efiieia da proposa de verda do carro (22871, by). Recepeto da proposta de venda o dutomivel tno dia 16; inicio da efledeta (swjeledo de A) (2287/1, 1 porte). Resposta de B declare de acetagao (indicaga0 dos requsites), vida (quanto ao carro) eficaz no dia 18 (2271. 1" parte), a0 que ndo obsia a morte de A (231°). Consequentemente: no dia 18, formow-se, validamente, 0 contrato (fr. 232%) de compra ¢ venda do avtomével, entre Dee B. Quanto d casa, no hi também acitaio vila (pela refer falta de forma lepa), inexistindo, pois, compra € vena vida (2209. Tlegrama de dia 19: pretensa decaragio ide revogagie da aceitado da proposia de compra do caro, que no produz efeitos (23572), dado jit haver contro. Formow-se um contrato de compra « venda vido: newicio real quad effect; B & propritirio do carr, desde 0 dia 18 (408%), devendo, pols, pagar 0 prev . Erro sobre ox motives: qualificagdo fundamentada, ‘caracterizagto como erro-vieio ndicagdo dos requstos de relevincia, enquanto causa de anulabiidade do negécio, fom especial quanto ao sentido do “acordo” sobre a ‘arenetalidade do motivo (282°), que, no caso, parece Ines: consequente vaidade Simulagio: identficagao da existéncia de negicio simulado Explicitaséo dos requisitos legais simulagdo (240°) Caracterisagdo, fundamentada, da simulagdo: relative: objec: fraudulenta. Problema da (jvaldade do negicio Simalado (240°/2) ¢ do dissimulado (241°): mulidade do tnegcto simulado, invocivel, nomeadamonte, por D (242%) @ validade do negocio dissimulado, celebrado com orm legal (24172 e 878), D tem rast, Eventual incopacidade acidental de A, enquanto vicio da ontade, a luz dos reguisitos legals (2579. Regime da anulabilidade: insuscepbilidade de invocasdo. por €. por falta de legittmidade para 0 efeito (87D. CCliusulas coniratuais gers: tndicacdo fundamentade dos n n respectivos requstos (1/1 LCCG) ¢ da sua aplicagdo ao ‘aso concreto (2% 3° e 4" LCCG). Eventual volagdo do dever! ‘nus de comunicagéo (5° LCCG, e respectivas consequences exclusdo da cléusula (8%) LCCG), sem prejuito da ‘manteneo do contrato (9° LCCC). Em qualquer cas, trta- se de uma cliusla de exclsdo da responsabldade, proibida 8%) 120° LCCC), como tal, mul, nas termas da LCG (2° ss. © 249) Os arguments de C ndo x20, portant, procedents. Caso n° 62 tse 25-01-2012) Aili, proprietirio de uma grande garagem e de um ‘utomével, afxou em ambos um Ietrero, com 0 seguinte teor: “Vende-se pelo melhor prego: respostas para o TM 99123456 Dias depois, Aili ecebeu um tlefonema de Belo, ofrecendo 40.000 euros pela garagem, a pagar no prazo de‘um més, dado «que precisaria de obter fnanciamento de metade do prego. Adio ‘mestrou-se muito satisfito, ficando de contactar Beto, antes de dia 10, “para acertar pormenores De seguida, Berio dirgin-se ao escrito de uma empresa de erédito ~a Crédibom, Lda. —ficando acordado, por escrito, "um erpréstimo, com jro muito belo, no valor de 25.000 euros, ‘@entregar no dia 10 a Beltrio. Esteconseguiu que o gerente da ‘Crédibom assinasse 0 acordo, depos de o agredire ameagar de que rlatria, comunicaglo social, que a empresa se dedicava A concessto de mituos usuriros. "No dia 3, Beltro enviou a Adilio uma cata, na qual dizi: “Compro também 0 seu automével por 5.000 euros, com ‘contrato escrito e assinaturas reconhecldés”. Bsa carta foi ‘ecebida no dia Se, no dia seguite, Adio enviou a Beltrdo um fax de concordnc No dia 9, Dino contactou Adil, com vita & aqusigdo da tgaragem que Dino considerava ideal, para esconder os virios veiculos, por si, furtados ~ oferecendo, por ela, 60.000 euros, «ue, deimedita, Adio aeitou ereebeu; o eantato fi assinado no da 10, em documento particular autentiado, no qual, porém, ficou inscrito prego de 30.000 euros, para evitar maioes estos fica, 1, Beltso rclama de Adio a enrega da paragem e do caro, que considera ter adquirido, ou, pelo menos, uma indemnizagio pelos danos soffides, 0 que Adilio se eeu a fazer, invocando que nada veneu a Beltrfoe que, fembora munca mais o teoha contaetado, no poder ser responsabiliade, Quid juris? 2. No dia 10, Beltrdo exige 25.000 euros Crédibom. Esta recusa,alegando que no celebrou qualquer negécio e que, de qualquer modo, este seria invlido, stent a conduta de Boliro. Quid juris? 3. Dino pretende que Adio the restitua 30.000 euros, ue, perante © documento contratual, afirma ter pago indevidamente. Adio discorda, sustentando que 0 prego indieado no documento nada Valo e — se assim min 86 entender ~ exige a devolusdo da garagem, por invalidade do negieio, pois, entctato, dew # ullizayio que Dino dela pretenia fazer Quid juris? NOZA Tepcosde covet tame 2s.01-20121 1. Quaificagdo das declarapies, contidas nos letrelros, como comites @ coniratar € no como propostas contratuais de venda, por falta de completude (quanto a ambos ‘a objects) « de forma (quanto ao imével ~ artigo 873° CO) telefomema de B: por igual motivo formal, no vale, ambi. como proposta de compra da garagem. Carta de B, de dia 3. roposta de compra do carr, efleaz no dia $ (224). Fax ide 4, de dia 6: sovitagdo, empestva (22871, ¢). Ha ainda, orém, acordo sobre @ forma convencional ‘A ndo vendeu a garagem a B: nao fol clebrado o respective Ccontrata. Quanto ao automével: presume-se que nao hd imeulagdo das partes 223°). 4 tem, pos, razdo, neste pono. Pretensdoindemnizatiria de B: anise da condita de A daz da calpain contrahendo e conseguente responsabilidade pri

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