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Preparatório para Concursos em Biblioteconomia

Módulo 3 – Aula 1
Prof. Juliete Calazans

FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES

1. FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES

“Formação e desenvolvimento de coleções é uma política desenvolvida por e


para bibliotecas e museus, e visa o crescimento do acervo na área de conhecimento em
que as mesmas estejam inseridas, de maneira equilibrada e racional, estabelecendo
prioridades para a aquisição do material e determinando critérios para a sua seleção,
assim como diretrizes de descarte”.

2. CRITÉRIOS PARA O DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES

Os princípios gerais para o desenvolvimento de coleções segundo Vergueiro são:

a) O desenvolvimento da coleção deverá atingir as reais necessidades da


comunidade ao qual a biblioteca está inserida;
b) Deverá existir um planejamento eficaz para o desenvolvimento e formação de
coleções, visando não somente os usuários reais, mas, também, os usuários
potenciais;
c) Este processo de desenvolvimento deverá seguir a dinâmica dos programas
cooperativos em escala local, regional e federal;
d) Deve-se considerar todos os suportes/formatos de materiais;
e) O processo de seleção é subjetivo, muitas vezes sendo “impossível” não trazer as
características pessoais do selecionador para o processo;
f) O selecionador não irá tornar-se um expert apenas lendo livros, será pela sua
prática no desenvolvimento de coleções que essa habilidade será desenvolvida; e
g) Processo de seleção.

Segundo Vergueiro, no processo de seleção contamos com seis etapas para a


formação e desenvolvimento de coleções, são elas:
1. Estudo da comunidade;
2. Política de seleção;
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3. Seleção;
4. Aquisição;
5. Avaliação; e
6. Desbaste.

2.1 Estudo da comunidade


É uma investigação de primeira mão, uma análise e coordenação dos aspectos
econômicos, sociais e de outros aspectos inter-relacionados de um grupo selecionado”.

2.2 Política de seleção


Instrumento de trabalho primariamente destinado a dar suporte às decisões de
seleção, ou seja, etapa 2 e 3 estão relacionadas diretamente. e deve informar: a
identificação dos responsáveis de seleção, os critérios utilizados no processo, os
instrumentos auxiliares, as políticas específicas e os documentos correlatos.

2.3 Seleção
A seleção propriamente dita, visa “o processo de tomada de decisão título a título,
livro a livro” (FIGUEIREDO,1998,p.84).

2.4 Aquisição
Após realizar a seleção do material, partimos para a etapa da aquisição “é o processo
que implementa as decisões tomadas no processo de seleção” Relacionada a compra em
si, dinheiro, processo licitatório etc.

2.5 Avaliação
É, efetivamente, uma avaliação dos seus métodos de seleção”.

2.6 Desbaste
É o ajuste do acervo às necessidades da comunidade e à missão institucional. A
implementação de suas ações traz como consequência a renovação de espaços para o
armazenamento, contribuindo ainda mais para melhorar o acesso dos usuários ao
material informacional.
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3. A POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES

O dicionário de biblioteconomia e arquivologia conceitua a política de


desenvolvimento de coleções como o conjunto de critérios que vão consubstanciar um
documento. Ou seja, a política vai resumir o conjunto de critérios de um documento. E
seu objetivo é de assegurar o crescimento racional de um acervo ou coleção.

Vale salientar que a política de desenvolvimento de coleções é um documento


formal que deverá expressar o interesse comum entre a unidade e a comunidade a que
irá servir. E que a formalização dessa política vai ser através de um documento que é
elaborado por uma equipe.

Para Weitzel (2013, p.20) a política de desenvolvimento de coleções deve seguir os


seguintes passos:

1. Identificação da missão e objetivos institucionais: Serão delimitadas a razão


de ser daquela biblioteca, quais atividades serão realizadas e, também será
necessário definir quais serão as áreas prioritárias de atuação desta biblioteca.

2. Perfil da comunidade: A partir de informações coletadas na base de dados da


instituição ou estudo de usuários: serão delimitadas a razão de ser daquela
biblioteca, quais atividades serão realizadas e, também será necessário definir
quais serão as áreas prioritárias de atuação desta biblioteca. Neste estudo serão
definidos os usuários reais (aqueles que usam de fato a biblioteca) e os usuários
potenciais. Toda a política vai ser desenvolvida a partir deste estudo

3. Perfil das coleções: Descrição do estado atual das coleções. É preciso realizar
um levantamento para informar o que já existe no acervo da biblioteca e o estado
dessa coleção. Ou seja, deverá ser feito um levantamento crítico com
informações sobre quantidade de material informacional e de conteúdo dessa
coleção
4. Descrição das áreas e formatos cobertos pela biblioteca: Descrição das
fronteiras gerais de assuntos das coleções e os formatos incluídos ou excluídos.
Será feito um levantamento do que já existe, não só dos assuntos primários, mas
dos assuntos secundários também. A partir deste levantamento será feita uma
análise para identificar os assuntos que ainda não fazem parte do acervo e quais
os assuntos terão prioridades para uma futura aquisição.
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5. Descrever a política de seleção;


6. Descrever o processo de seleção;
7. Descrever o processo e a política de aquisição;
8. Descrever o processo de desbastamento e descarte;
9. Descrever o processo de avaliação;
10. Detalhamento de outros aspectos importantes: Que não encontram seu lugar
nas etapas anteriores;
11. Documentos correlatos: A política de desenvolvimento deve ser revista
periodicamente, é fundamental que seja um instrumento vivo e que atue na
realidade de forma dinâmica de modo a beneficiar as pessoas e a instituição. E o
que são esses documentos exatamente, Juliete? São os documentos que estão
vinculados a política de seleção. É importante também, pessoal, que esses
documentos sejam armazenados em um local especifico.

12. Avaliação da política: A avaliação deverá ser realizada periodicamente. E ela


vai garantir que a missão e os objetivos da biblioteca estejam em conformidade
com a missão e os objetivos da instituição que mantém esta biblioteca.

4. PROCESSO DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES

Para Maciel (2016) existem algumas funções dentro do processo de formação e


desenvolvimento de coleções. São as funções de: Planejamento e elaboração de
políticas, seleção, aquisição, avaliação de coleções, desbastamento e descarte. Em
contrapartida, Figueiredo (1990) nos diz que esse processo é composto por seis
elementos, são eles: análise da comunidade, políticas, seleção, aquisição, desbastamento
e avaliação.
Além disso, podemos inferir que o processo de formação e desenvolvimento de
coleções é cíclico, ou seja, terá início, meio, fim e início. E que as atividades elas não
são etapas interdependentes, mas que devem ser consideradas como um todo.

Aqui eu trouxe para vocês a visão de dois autores renomados e muito cobrados pelas
bancas de concursos, o Maciel e Figueiredo.
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MACIEL FIGUEIREDO

Planejamento e elaboração de políticas Análise da comunidade

Seleção Políticas

Aquisição Seleção

Avaliação de coleções Aquisição

Desbastamento e descarte Desbastamento

Avaliação

Observem que existem algumas diferenças entre as etapas descritas por Maciel e as
etapas de Figueiredo. No processo de formação e desenvolvimento de coleções descrito
por Maciel, não teremos a análise da comunidade numa etapa isolada, e a avaliação
ocorre antes do desbastamento.

Como mencionado anteriormente, o desenvolvimento de coleções funciona como um


processo. É exatamente isso, essa atividade pode ser descrita como um processo cíclico
(Começo, meio, fim, começo). No núcleo deste processo encontramos a figura do
bibliotecário que será o responsável por elaborar o processo, ao redor dessa esfera ficam
as demais peças que irão compor o processo de desenvolvimento de coleções.

Figura 1- processo de desenvolvimento de coleções. Fonte: Vergueiro (1989)


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Trouxe para vocês a figura que representa o modelo do processo de


desenvolvimento de coleções, elabora por EVANS. Esse modelo é muito didático, já
que ele enfatiza o caráter cíclico do desenvolvimento de coleções. Conseguimos
visualizar que uma etapa não se sobrepõe a outra, todas estão em pé de igualdade.

5. ETAPAS DO PROCESSO DE SELEÇÃO


Para uma boa seleção precisamos estar atentos a quatro etapas:
Assunto: Deverá ser levantado quais assuntos são pertinentes e estão de acordo com a
área/especialidade da biblioteca;
Usuário: É de fundamental importância que o selecionador conheça seus usuários (reais
e potenciais).
Documento: Valor do documento e como este irá contribuir quando incorporado ao
acervo.
Preço: Deve ser verificado e avaliado o custo-benefício do documento a ser adquirido.

6. CRITÉRIOS DE SELEÇÃO
“O estabelecimento de critérios de seleção é uma tarefa bastante individual,
subjetiva mesmo, que deve ser realizada pelos profissionais levando em consideração a
comunidade a que estão servindo, os recursos disponíveis para aquisição e as próprias
características do assunto ou do material objeto da atividade de seleção, o que não quer
dizer que será o bibliotecário a realizá-la pessoalmente”.
Os critérios de seleção visam garantir a representatividade da comunidade nas
atividades do serviço de informação, contribuindo para uma expansão racional,
equitativa e equilibrada do acervo.
Segundo Vergueiro, os critérios de seleção abordam o:
a) Conteúdo dos documentos;
b) Adequação ao usuário;
c) Critérios relativos a aspectos adicionais do documento; e
d) Seleção de documentos eletrônicos.
Cada um desses critérios descritos por Vergueiro possui uma série de etapas e
características. Vamos analisar na sequência cada um desses tópicos.
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6.1 Critérios que abordam o conteúdo dos documentos

Autoridade: Vai definir a qualidade do documento de acordo com a reputação do autor,


da editora ou do patrocinador.

Precisão: Diz respeito ao conteúdo do documento, se a informação descrita por este é


rigorosa, precisa e exata.

Imparcialidade: tópico será verificado se o documento a ser selecionado não é dotado


de preconceitos ou favoritismos.

Atualidade: o documento deverá estar atualizado. Principalmente os documentos


científicos.

Cobertura/Tratamento: verifica se o documento aborda de forma profunda ou


superficial o assunto. E se os aspectos importantes foram cobertos.

6.2 Critérios que abordam a adequação ao usuário

Conveniência: Verifica se o documento está de num nível visual e de vocabulário que


sejam compreensíveis ao seu usuário.

Idioma: Haverá uma verificação se a língua descrita naquele documento será


compreensível para o seu usuário.

Relevância/Interesse: A observação a ser feita diz respeito ao conteúdo do documento,


se este irá despertar a imaginação, a curiosidade do usuário e se, de alguma forma esse
documento poderá ser relevante.

Estilo: Este critério busca verificar se o estilo do documento e o objetivo do texto são
adequados ao seu usuário.

6.3 Critérios relativos a aspectos adicionais do documento

Características físicas: Serão levados em consideração os aspectos tipográficos dos


documentos, se estes são legíveis, se o tamanho do documento é apropriado, se a
encadernação é boa, a qualidade do papel entre outros aspectos

Aspectos especiais: Se esse documento vai ter bibliografias, notas, índices entre outros
aspectos que vão contribuir para uma melhor utilização do documento.
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Contribuição potencial: Será analisado o que já existe no acervo da biblioteca e nesta


perspectiva o que uma nova obra poderia trazer de diferente a esta coleção já existente.
Como este novo material poderia enriquecer mais ainda o acervo.

Custo: o principal ponto deste critério é a verificação de edições mais baratas, desde
que não afete os critérios anteriormente explanados.

6.4 Critérios de seleção de documentos eletrônicos

Conteúdo: Não difere dos critérios para seleção de documentos impressos.

Acesso: Se o documento é compatível com o sistema utilizado pela biblioteca, e se


existe autorização para que esses documentos sejam acessados apenas em rede local ou
se é possível o acesso remotamente.

Suporte: os documentos precisam ter disponibilidade suporte técnico e facilidade de


acesso ao suporte.

Custo: Pessoal, aqui é importante salientar que não é apenas o documento que terá um
custo, é necessário verificar os custos de atualização, manutenção e uso desses
documentos.

Além desses critérios de seleção que estudamos, existem os instrumentos auxiliares


de seleção. Eles merecem uma posição de destaque dentro da política de seleção, já que
estes auxiliam no desenvolvimento de coleções fornecendo conhecimento a respeito dos
materiais de interesse da biblioteca. Como instrumentos auxiliares temos:

6.5 Instrumentos auxiliares de seleção

Catálogos: Vão expor um livro do qual o autor, o título ou o assunto sejam conhecidos.
Ajudará na escolha de um livro de acordo com a sua edição, por exemplo. Em termos
gerais, o termo catálogo se refere a uma lista organizada ou classificada de qualquer tipo
de objetos (moedas, produtos à venda, documentos, entre outros) ou então de pessoas.
Catálogo é o conjunto de publicações ou objetos normalmente classificados para a
venda.

Resenhas: É uma abordagem para a construção de relações entre as propriedades de um


determinado documento, analisando-o, descrevendo-o e enumerando aspectos
considerados relevantes sobre ele.
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Bibliografias: Disciplina que tem por objeto agrupar textos impressos segundo critérios
sistemáticos diversos (cronológico, autoral, temático, histórico etc.), visando facilitar o
acesso a eles. Vale salientar que o material a ser selecionado deve sempre levar em
consideração o público a ser atendido.

Listas de livros recomendados: são os livros clássicos, os livros de coleções básicas


que são recomendados sobre determinado tema.

Catálogos comerciais: Catálogos de livrarias que vai trazer o que há de novo no


mercado editorial.

7. AQUISIÇÃO

A aquisição é o processo que implementa as decisões da seleção. O processo de


aquisição é uma tarefa administrativa, que requer método e organização. As principais
formas de aquisição de materiais informacionais são: COMPRA, DOAÇÃO E
PERMUTA.

Nas formas de aquisição alguns aspectos, quanto a tomada de decisão no processo


de aquisição, devem ser levados em consideração. Aspectos de aplicação e distribuição
equitativa de recursos financeiros, a escolha de fornecedores, uma implantação do
serviço de permuta e recebimento de doações e a adoção de critérios para o registro das
coleções.

Além das formas de aquisição por compra, doação e permuta, temos outras
modalidades de aquisição de documentos informacionais para bibliotecas que são:
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7.1 Modalidade 1

Compra: É a aquisição mediante troca de valor ou crédito financeiro, onde o material


passa a constar no patrimônio contábil da organização.

Doação: é o recebimento de um documento bibliográfico doado por instituições, por


pessoas ou por outras bibliotecas. Vale salientar que as doações elas geram sim um
custo já que deverá existir uma avaliação do material, ocupando o tempo da equipe.

Permuta: – é uma aquisição mediante troca sem valor financeiro. Porém o material ele
passa a constar no patrimônio contábil da organização sem a identificação de haveres de
moeda ou de valor.

7.2 Modalidade 2

Em órgãos públicos a compra de material bibliográfico é realizada através da lei


8.666/93, que é a lei que estabelece normas gerais sobre licitações e contratos
administrativos. Dentro desta lei nós teremos as modalidades de:

Convite: é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu


objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela
unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento
convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que
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manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da


apresentação das propostas.

Tomada de preço: é a modalidade de licitação entre interessados devidamente


cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o
terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária
qualificação.

Concorrência: é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase


inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de
qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.

Concurso: é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de


trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou
remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na
imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias

Leilão: é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens


móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou
penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o
maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.

7.3 Modalidade 3

E, por fim, ainda temos uma terceira forma de aquisição através de consórcios
interbibliotecas que podem ser de três tipos:

Cooperativa: As instituições, mediante acordos e convênios, vão estabelecer programas


envolvendo bibliotecas de uma rede. Alguns aspectos devem ser levados em
consideração na constituição desta forma de aquisição: é preciso determinar a visão de
responsabilidades e competências entre as unidades da rede e quanto à aquisição dos
itens. Localizar as obras por meio de catálogos coletivos. Fornecer as publicações
através de empréstimo entre bibliotecas de forma racional, padronizada, rápida e
flexível. E utilizar itens necessários para a manutenção do programa, em caráter
permanente ou conforme preconizado nos acordos ou convênios, inclusive quanto às
possibilidades técnicas e recursos financeiros de cada parceiro.
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Planificada: A instituição gestora da rede é que vai estabelecer um programa comum,


com princípios e orçamento definidos para uma rede.

Descentralizada: Cada biblioteca da rede faz a sua aquisição de material. Elas são
independentes.

Aqui nós fechamos o tópico de modalidades de aquisição. Ufa, muita coisa.

8. SELEÇÃO E AQUISIÇÃO DE PERIÓDICOS

Na política de seleção e aquisição de periódicos os seguintes aspectos devem ser


levados em consideração:

1. Ocupação de espaço físico;

2. Custo da assinatura;

3. Qualidade do periódico;

a) Existência e composição de comitê editorial;

b) Indexação do título em base de dados especializadas;

c) Presença de resumo em idioma acessível (indica que o título se propõe a uma


circulação internacional, universo em que as exigências são maiores).

4. Adequação dos periódicos aos usuários.

E outros aspectos de classificação de periódicos (a seleção propriamente dita)


foram atribuídos por LANCASTER, assim definindo quais títulos deveriam ser
descartados e retirados do acervo da biblioteca. Os critérios a serem levados em
consideração são os:

▪ Dados de uso real coletados na biblioteca;

▪ Dados de uso real coletados por outras bibliotecas;

▪ Opiniões de especialistas;

▪ Índices de citação;
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▪ Fator de impacto: relaciona o número de citações recebidas por um periódico


com o número de artigos publicados por esse periódico;

▪ Custo / eficácia: as revistas com melhor relação custo-eficácia são aqueles de


custo mais baixo por uso;

▪ Número de artigos publicados numa determinada especialidade.

9. AVALIAÇÃO DE COLEÇÕES

Se faz necessário o estabelecimento de critérios na etapa de planejamento e


elaboração de políticas, que expressem aquilo que realmente se pretende avaliar na
unidade de informação. Existem metodologias diferentes para se proceder à avaliação
de coleções, destacam-se:

▪ Quantitativas – Baseadas em dados estatísticos;

▪ Qualitativas – Ênfase no conteúdo do acervo; e

▪ Fatores de Uso – Adequação do acervo à comunidade.

10. DESBASTAMENTO

Consiste na retirada de documentos pouco utilizados pelos usuários, de uma coleção


de uso frequente para outros locais, os depósitos especialmente criados para abrigar este
material de consultas eventuais.

FIQUE ATENTO! Desbastamento: Retirada de documentos pouco utilizados para


um depósito. Os documentos ainda podem ser consultados.

Descarte: Retirada definitiva do material do acervo da biblioteca, com a correspondente baixa


nos arquivos de registro da mesma.
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Referências bibliográficas

BODÊ, E. C. Preservação de documentos digitais: o papel dos formatos de arquivo.


2008. 153 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) - Universidade de
Brasília, Brasília, 2008.
SAYÃO, L. F. Preservação de acervo digital. Disponível em: <
http://www.bibliex.com.br/job/encontro/Palestras/2 3nov10/Preservacao_de_Acervos_
Digitais.pdf>. Acesso em: 10 jan. 2020.
SPINELLI JÚNIOR, Jayme. A conservação de acervos bibliográficos e documentais.
Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 1997.
TRINKLEY, Michael. Considerações sobre preservação na construção e reforma de
bibliotecas: planejamento para preservação. 2. ed. Rio de Janeiro: Projeto Conservação
Preventiva em Bibliotecas e Arquivos: Arquivo Nacional, 2001

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