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LITERATURA SÉRIE: 7º ANO TURMA:______ Data:_____/_____/_____

Professora: Cecília Andrade ROTEIRO DE LEITURA – A OUTRA FACE

Aluno (a):_____________________________________________________________________

A OUTRA FACE
Comentários

O livro conta a história de uma garota afegã que precisa ajudar sua família e para isso precisa se vestir de homem. A história
é baseada nas histórias que Deborah Ellis ouviu no campo de refugiados no Paquistão. Ela se passa na cidade de Cabul no
Afeganistão durante o regime da milícia do Talibã. Parvana, a personagem principal, precisa ajudar a família após a prisão de
seu pai. Mas para poder trabalhar e ir ao mercado ela tem de se vestir de homem e cortar seu cabelo para poder sobreviver no
regime machista.
Contexto histórico
O Talibã é um grupo político que atua no Afeganistão e no Paquistão. A milícia tem origem nas tribos que vivem na fronteira
entre esses dois países e se formou em 1994, após a ocupação soviética do Afeganistão (que durou de 1979 a 1989) e durante
o governo dos também rebeldes mujahedins. Apesar de islâmico, esse governo era considerado muito liberal, deixando
descontentes os muçulmanos mais extremistas. Assim, a milícia invadiu a capital Cabul e tomou o poder, governando o país de
1996 até a invasão americana, em 2001. Apesar de ter sido destituído do governo formal, o grupo continuou sendo influente.
"Hoje, o objetivo do Talibã no Afeganistão é recuperar seu território e expulsar os invasores dos Estados Unidos e da OTAN",
explica Reginaldo Nasser, coordenador do curso de Relações Internacionais da PUC-SP. Para tentar desestabilizar o inimigo, o
grupo utiliza táticas de guerrilha e ataques de homem-bomba. Uma hipótese é que o dinheiro para financiar as ações venha de
tributos cobrados dos plantadores de ópio. Mas a característica principal do grupo é ter uma interpretação muito rígida dos
textos islâmicos, incluindo proibição à cultura ocidental e a obrigação ao uso da burka pelas mulheres.
Um dos maiores erros que o ocidente comete em relação ao Talibã é confundi-lo com os terroristas da Al Qaeda. "O Talibã
é provincial, age apenas na sua região e não tem nada a ver com os ataques a países do ocidente", explica Nasser. Outra
diferença entre as milícias é que a Al Qaeda é composta por árabes, enquanto o Talibã congrega indivíduos das tribos afegãs, a
maioria deles da etnia pashtun. Porém, apesar das ideologias distintas, os dois grupos são aliados e se ajudam nas questões de
logística, armas e dinheiro. Além disso, quando expulso de vários países, Osama Bin Laden, um dos fundadores da Al Qaeda, foi
acolhido pelo Talibã no Afeganistão.
https://novaescola.org.br/conteudo/364/o-que-e-o-taliba Acesso em: 04/05/2021.
Regime machista

Aisha, 18 anos, teve seu nariz e orelhas cortadas, no ano passado, sob ordens do Talibã, porque ela fugiu da casa de seu
esposo. De acordo com a Time Magazine, Aisha posou para a foto como forma de denunciar a crueldade dos talibãs contra as
mulheres.

Malala ficou conhecida mundialmente após ser baleada na cabeça por talibãs ao sair da escola em outubro de 2012, quando
tinha 15 anos. Seu crime foi se manifestar contra a proibição dos estudos para as mulheres em seu país.

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Veja algumas das proibições do regime talibã impostas às mulheres:

1. Total proibição do trabalho feminino fora de casa. Apenas algumas médicas e enfermeiras estão autorizadas a trabalhar nos
hospitais de Cabul.
2. Total proibição de qualquer atividade feminina fora de casa se a mulher não estiver acompanhada por um mahram (parente
próximo do sexo masculino, como pai, irmão ou marido).
3. São impedidas de fazer compras com comerciantes masculinos.
4. Não podem ser tratadas por médicos do sexo masculino.
5. Proibidas de estudar em escolas, universidades ou qualquer outra instituição educacional (o Taliban converteu as escolas
para meninas em seminários religiosos).
6. Obrigação do uso da burca, vestimenta que as cobre da cabeça aos pés.
https://www.bonde.com.br/comportamento/em-dia/regime-taliba-saiba-29-proibicoes-que-sao-impostas-as-mulheres-297421.html Acesso em: 04/05/2021.

ATIVIDADES

QUESTÃO 1 - “A moral da história, minhas filhas, é que o Afeganistão sempre foi a terra das mulheres mais corajosas do mundo.
Vocês são mulheres corajosas.”
ELLIS, Deborah. A outra face. trad. Luísa Baêta. 2 ed. São Paulo: Ática, 2012.

Explique como Parvana demonstra coragem durante o regime talibã e estabeleça uma comparação entre essa personagem e
Malala, jovem atacada por talibãs na atualidade.

QUESTÃO 2 - “A outra face” é uma história de esperança. Explique por que o desfecho dessa história reafirma a importância de
lutar mesmo quando tudo parece perdido.

QUESTÃO 3 - Apesar de o livro “A outra face” se basear em relatos verídicos, é uma ficção. Comprove por que essa afirmação
é verdadeira.

QUESTÃO 4 - Durante o regime talibã, as mulheres foram tratadas pior do que em qualquer outro momento ou por qualquer
outra sociedade. De acordo com os talibãs, as mulheres

a) podem ter alguns direitos como votar.


b) são proibidas de realizar qualquer trabalho.
c) podem estudar até 10 anos de idade.
d) podem procurar ajuda médica masculina.
e) devem usar a burca apenas em mercados.

QUESTÃO 5 - Na obra “A outra face”, o regime talibã exerce poder no Afeganistão e afeta a vida das pessoas com regras rígidas
baseadas em leis religiosas extremistas. Uma dessas leis é a de que as mulheres são proibidas de estudar em escolas,
universidades ou qualquer outra instituição educacional. Esclareça como isso afeta a vida de Parvana, citando fatos da narrativa
para confirmar sua resposta.

QUESTÃO 6 – Parvana e Shauzia seguem rumos diferentes na vida. Comente em que a decisão de cada uma pode resultar no
futuro delas.

QUESTÃO 7 - O Talibã é um grupo político que atua, principalmente, no Afeganistão. A milícia se formou em 1994, após a
ocupação soviética do Afeganistão entre 1979 a 1989. Apesar de ter sido retirado do poder, ainda tem influência na região. O
objetivo desse grupo no Afeganistão é

a) obrigar a população a aderir aos invasores da OTAN.


b) recuperar o território e expulsar os invasores ocidentais.
c) proibir os ataques de homens-bomba.
d) formalizar ataques de guerrilhas em países árabes.
e) impedir que terroristas da Al Qaeda dominem o Afeganistão.

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