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CALCULO Fungées de uma e varias varidveis 23 edicao (1D Saraiva ‘wn editorasaraiva.com.br | Capitulo 1 Conjuntos Introdugao para 0 desenvolviment alemao Georg Cant nio se define. Podemos dizer que um con- tuido de elementos. conjunto esté bem izado quando podemos estabelecer com certeza se um to pertence ou nao ao conjunto. Surge assim uma relagdo também primitiva: relagzo de pertinéncia entre um elemento e um conjunto. Constituem conjuntos: Designamos os conjuntos geralmente por letras m: 8: A, B,C, s elementos sao habitualmente representados por letras mindsculas latinas: a,b, ¢.. Assim, se A for 0 corijunto dos mimeros inteir conjunto A significa que x é um nimero inteiro positivo qualquer, e escrevemos, simbolica- | mente, x4, usando o simbolo de peringncia € (se “pence”. Po out ado, ato pertence a A, 0 que representamos simbolicamente por de A. O simbolo € (lé-se “no pertence”) é a negagio de €. | Eposstvel usar figuras para representarconjuntose, comoem muitos casos nfo saber quais so seus elem Por uma curva fechada, Tis figuras, muito ites no estudo dos conjunto, so chamadas de | diagramas de Euler-Venn. Pelo motivo exposto,faremos algumas vezes abstrasio dos elementos de um conjunto Estes podem ser pessoas, livros, pontos de um plano, nimeros raise outros. H& duas maneiras de designar simbolicamente os elementos e 08 conjuntos: 1 — Métody da enumeragao ou método tabular ‘método € usado geralmente quando 0 ndmero de elementos do conjunto no nde. © método consiste em escrever os nomes dos elementos entre chaves. ‘© conjunto dos ntimeros pares positives e menores do que 12 pode ser assim representado: (2, 4, 6, 8, 10]. ‘A mesma notagdo poderd ser usada se 0 mimero de elementos for grande, desde que, escrevendo-se os primeiros elementos, possamos quais so os elementos omitidos. Assim, 0 conjunto dos nimeros pares positivos e menores que 50 pode ser representado por {2, 4,6, ... 48], em que separamos por reticéncias os primeiros ele- quando © conjunto infinito, mas com possibilidade de identificagio dos elementos que se sucedem, usamos também as reticéncias para indicar os elementos ‘omitidos. Assim, 0 conjunto dos nimeros pares positivos pode ser representado por (24,6, 2, Siioilustrages do método da enumeragio: ) 0 conjunto A dos mimeros primos positivos menores do que 10: A=(2,3,5,71 ') oconjunto B dos nimeros pares positives menores do que 6: B= (2,4); 6) oconjunto C dos niimeros primos positives pares: c=12h 4) 0 conjunto dos ndmeros inteiros no negativos, que denotaremos, daqui por diante, por W: N=(0, ©) © conjunto dos niimeros naturais, indicado por N*, e que é o préprio conjunto N sem o ero: N*=(1,2,3,4, } O conjunto B é chamado conjunto bindrio (formado por dois elementos), 0 conjunto C € chamado conjunto unitério (constituido por apenas um elemento). Os conjuntos Ne N* sto chamados conjuntos infinitos. Observemos que, ao indicar um determinado conjunto seguido de asterisco, estamos indicando o conjunto original com a eliminagao de nimero zen. = 7 — 2.— Método da designagao de uma propriedade caracteristica dos elementos [Nem sempre ¢ possivelrepresentar um conjunto pelo método anterior. Assim, ndo podemos designar 0s nomes de todos elementos do conjunto formado pelos nimeros reais entre 0 eI ‘Uma outra maneira’ de representar simbolicamente um conjunto € por meio de uma propriedade que € satisfeita por todos os elementos do conjunto € que nao é satisfeita por elementos que estio fora do conjunto. Sio exemplos o conjunto dos mimeros fracionsrios menores do que 5, do conjunto dos nimeros que so primos, do conjunto dos pontos de uma ‘eta entre dois pontos dados, do conjunto das cidades de determinado Estado. ‘Seja P 0 conjunto dos niimeros fracionérios entre 0 1. Cada elemento de P deve ser um ‘onério compreendido entre 0 ¢ 1 (propriedade definidora do conjunto). Para representarmos um elemento qualquer do conjunto P, usamos um simboto chamado varidvel, que pode ser indicado por uma letra do alfabeto, x por exemplo. Dizemos que a variavel é um simbolo que pode ser substituido por qualquer elemento de um conjunto, deno- rminado dominio da variével. No caso do presente exemplo, © dominio da varisvel x € 0 conjunto dos nimeros fraciondrics compreendidos entre Oe 1. Portanto P pode serindicado por: P= (xtal que x6 fraconttioe 09), ou entio E=(x€ Fix? 2 9), tes, € interessante observarmos a existéncia de um con- junto que no contém elementos, o qual seré chamado conjunto vazio. Assim, o conjunto dos niimeros primos divisiveis por 6 ¢ o conjunto das rafzes naturais, dda equago x? + 1 = 0 sio exemplos de conjuntos vazios. Usaremos a notago { } ou @ para representar 0 conjunto vazio, Convém notar a di- ferenga entre 0 conjunto vazio ¢ aquela cujo tinico elemento € 0 zero, isto €, 0 conjunto {0} que nao € vazio, Nas consideragSes segu 1.2 Subconjuntos Dados os conjuntos A = {1, 2, 3) ¢ B= (1, 2,3, 4}, notamos que todo elemento de A ertence a B. Dizemos que A € parte de B ou que A esté contido em B. De um modo geral, dizemos que um conjunto A esta contido no conjunto B, ou que A é subconjuinto de B, see somente se todo elemento de 4 também pertence a B. Indicamos por A C B. stragies da definicdo: 8) (0,2.4,6,.1 EN. Se A CB dizemos também que B contém A, e indicamos por B > A. E facil observar que o conjunto vazio est cotido em qualquer conjunto. De fato, se 0 conjunto vazio nto estivessecontido em A, existiria pelo menos um elemento do conjunto vazio (()) que nao estaria em A; mas isso é um absurdo, pois 0 conjunto vazio nao contém elementos, ibolos © ¢ C. O primeiro é usado para relacio- {enquanto o segundo relaciona dois conjuntos. Assim, dizemos que 2} e nao 1C {1,2}. Todavia { rio. A rnegagdo do simbolo C é ing Admitiremos a existencia de um conjunto que contém todos 0s elementos com os quais estamos trabalhando, Tal conjunto é chamado conjunto universo e serd indicado pela letra ina, 0 conjunto universo pode ser considerado como todos 0s pontos do = CAPITULO. T SL COMIUNTOR TAT, Figura 1.1: Represenlogéo da relogio A CB, ‘Vimos que (0,1) C (0,1). Logo, a afimmagio de que C B néo exclui a possibilidade de B estar contido em A. Quando isso acontece, dizemos que os conjuntos A e B sio iguais e indicamos por A = B. Formalmente, dizemos que os conjuntos A e B sto iguais se, e somente se, todo elemen- to de A pertence a Be todo elemento de B pertence aA -4=0) @ O= (re Flxt+1=0) Se nio for stisfeita a igualdade entre os conjuntos Ae B, dizemos que A & diferente de Beescrevemos A No caso do item (a) do exemplo anterior é importante observarmos que a ordem com que aparesem os elementos no conjunio € imelevante reva em notacéo simblica a6 elemento de A b) 6 subconjunto de B od) Aconiém B A nao esié contide em B e) A nao contém B A) andoé-clementa de A 2, Enumere os elementos de cada um dos conjunios: 0) conjunto dos nimeros ni (i]s? =9ex-3=-6) (xl 6 olgorismo do nimero 2.134) 3,5,7, 15) 7) €) oconjunto dos nimeros pares entre Se 21 ) ©conjunto dos nimeros recs entre -1 e 10, incluindo -I e excluindo o 10 [reAlx+1¢A) 5. SeA= (3, ¢,i), diga seas proposigées abaixo x60 corrstas ov ndo: a aca daca d fa)EA J) a)CA 6. Construe todos os suaconjuntosd 1 bo 7. Dados os conjuntos A = (x1x 6 par positivo e menor que 7] @ B= (2, 4,6] assincle ¥ (rerdadeiro) ov F (ols): o) ACB d (R.O.M.A) b) BCA AaB oboiKo s60 corretos ou nao: # 6,23) 2,3} > (xl@—5e+6=0) B,R,A,S,A) C (B,R,A,S} ‘baixo como fnitos ou infintos: 0) © conjunto dos nimeros inteios méltiplos de 1) 0 conjunto das fracées compreendidas entre 1 ¢ 2 ¢) 0 conjunto des raizes da equacdo x! +3—s=0 o) (x2|x Nex <5) e 1.3 Operacées Envolvendo Conjuntos Passemos a estudar certas operagées que podem ser efetuadas entre conjuntos. Aqui, sio de fundamental importincia dois conectivos: owe e. Convém considerar a diferenga que existe, ‘mesmo no vernéculo, entre esses dois conectives ¢ as duas versées sobre © conectivo ou. Poddemos dizer: a) Ap6s 0s exames, passarei de ano ou ficarei reprovado, ) Vou encontrar Joao ou Paulo. SE SA 'Na primeira sentenga 0 ou € exclusivo, pois ndo poderdo acontecer as duas coisas simultaneamente: passar de ano ¢ ficar reprovado. Na segunda 0 ou é inclusivo, pois poderei encontrar Jodo, Paulo ou ambos. Em geral € no que segue o ou seré utilizado no sentido inclusivo, isto 6, dizer p ov q significa p ou q ou ambos. O conectivo e € usado quando liga duas afirmagSes que devern valer simultancamente, ‘Assim, dizer “Vou ao cinema ¢ ao teatro” significa que irei ao cinema e também ao teatro. Sejam P e Q dois conjuntos de um mesmo conjunto universo E. Passemos a estudar algumas operagies envolvendo Pe Q. Intersecsao de Conjuntos Chama-se intersecg0 de dois conjuntos Pe Q de um universo E a0 conjunto de elementos de E que pertencem simultaneamente a P e Q. Indica-se a intersecylo por P 1 Q (lee P inter Q). Em simbolos: PNQ={xEE|xePexeQ). ‘A regio destacada da Figura 1.2 representa a intersecglo de P € Q. Figure 1.2: Represenloro da rlagio P90. P E Exemplo 16 a) Sendo P= {1,2,3,5} © =| entdo PM O= (1,3,5}- b) Sendo A }eB= JentioA N B= 6. €) Sendo M: S= MNS=S. Ou seja, quando $C M entio MMS =S (Figura 1.3), Figura 1.3: lusragdo de Min $=. 4) @ MA= 6 qualquer que seja 0 conjunto A ©) NYON=N*, pois N* CN. IY: ‘PARTE | — PRELIMINARES: a Toda vez que dois conjuntos Pe Q tém intersecgdo vazia, s4o chamados de disjuntos (Figura 1.4). No exemplo dado (item b) os conjuntos A e B sio disjuntos. Figure 1.4: Osconjuntos P e@ séo dsjuntes. e eo Consideremos 0s conjuntos P e Q de um universo £. Chama-se unio (ou reunido) de P com Q a0 conjunto dos elementos de E que pertencem a P ou Q (ou inclusivo). Indica-se @ unio de P com @ por P U Q (lé-se P unio Q). Simbolicamente temos: e Unido de Conjuntos PUQ=[r€£|x€ Poux €Q). A regido destacada da Figura 1.5 representa a unio de P com Q. Re Figura entop6o da relocéo PU 0. O. a) SeA=(1,2,3} B= (1,3, 5}, teremos A U B= (1,2, 3,5). b) SeP=(0,2,4,6, ©) SeD=(1,3,5)eF= Isto é, se F CD, entio D d) NUNN, As definigdes dadas para dois conjuntos podem ser estendidas para ts ou mais conjuntos, reduzindo-se sempre a uma operaco com dois conjuntos. CComplementar de um Conjunto Dado um conjunto P contido num niverso E, chams-se complementar de P ao con- junto de elementos de E que ndo pertencem a P. Indica-se o complementar de P por P® A operagdo realizada chama-se complementagao. A regio destacada da Figura 1.7 representa 0 complementar de P. Em s{mbolos: Pe=(x|r€ Bex € P). Figura 1.7: Representordo de Ps b) SeE=NeeP= ©) SeE=NeP=N* entio P= { Diferenca de Conjuntos Sejam P e Q dois conjuntos contidos num universo E. Chama-se diferenga P — Q 0 ‘conjunto dos elementos do universo que pertencem a P, mas nio pertence a Q. Simbolica- ‘mente, temos: P-Q= (xe E|xe Pex EQ). ‘A regido destacada da Figura 1.8 representa a diferenga P -Q. Figura 1.8: Reprasantagdo de P - 0. z e ELIMINARES: Bxemplo 1.9 a) Se P= (1.3.5.7) 9), entdo P- Q = (1, 3, 7) b) Se P= (1, 2,3, 4,5) €Q={1, 2, 3} , entio P~O= (4, 5) eO-P=9. ©) Se P= (0,2, 4,6.) €O= (1,3 entio P-Q =P. Observemos que P= E-PeP-O=PQ Considerando conjuntos quaisquer 4, B, C ¢ um universo E, sio validas as seguintes propriedades: (@D ANA=A; 6) F= 4 AUA=A "EB (2) ANB=BNA; AUAT=E; AUB=BUA. ANA=O; (P3) ANBNO=ANBNC OyaA. AU(BU O=(AUB)UC. (7) ANAUB)=A; AUANB)=A. (4) ANBUO=ANBUANO; AUBNO=AUBNAUO. (5) AN E=A; ANb=% AUE=E; AUO=4. ‘ais propriedades podem ser verificadas por meio do diagrama de Venn. Assim, por exemplo, a propriedade (P3) — associativa da intersecgdo — pode ser verificada (P8) (AN BY =A UBS, AU BE =A B. por meio da Figura 1.9, em que a parte (a) destaca AM (BMC) ao passo que a parte (b) destaca (A BY. Figura 1.9: Verticagdo da propriedade P, A Y B Y c c @ © Exemplo 1.10 ‘Num experimento aleat6rio, chamamos de espago amostral (¢ indicamos por E) a um conjunto de todos 0s resultados possiveis. No experimento do langamento de um dado e observagio da face de cima, temos E = {1, 2, 3, 4, 5, 6). ‘Chamamos de evento a qualquer subconjunto de £. Assim: + o evento ocorréncia de um nimero par € dado pelo subconjunto A = (2, 4, 61 + oevento ocorréncia de um nimero maior que 4 € dado pelo subconjunto B = + o evento ocorréncia de um ntimero maior que 7 € dado pelo conjunto vazio; + o.evento ocorréncia de um niimero menor que 7 € o préprio conjunto E- O evento dado pelo conjunto vazio € denominado evento impossivel, a0 passo que © evento que coincide com £ € denominado evento certo. 4,68} €C=(1,2,3.4,5)- a 1m) (A- BY b) BUC i ap ACF J AnB usr @-pnc ganc anc p) A-OUB-O 11. Sejam £= (0,1, 3,5,7,9),B=10,2,4,61€C: ‘Obtenhe os conjuntos: ) ANB d) OB anane b) AUB 2) AUB NAUO hy ance BNC 4) Aue 12, Pora 6s diagramas abaixo, ossinale a regiéo comespondente: a A-B ANB 13, Para os diagromos obei epondente: 8 co AnB @uBnc 14, Sobendo-se que E representa corjunto univero, determine os conjunos: 6) EUA UA 9 ) ADA b) AUA e) ANA hy ENA W) A-@ oe ) UA ) EA DAE oo Peaaereemae ee 15, Verque, por meio do diagrame de Venn, que a) ANBCA ) A-B)CA 5 Acwua) J) A-DCE 16, Verfique, usando o diagcama de Venn, que: a) SeAC BeBCCeniioA CC 5 ANBUANB=A od) AUB)NAUBI=A -@-O)=(A-BUANBNO, 17. Verifique, por meio do diagrama de Venn, que se A CB, entSo: o) AN Baa b) AUB=B 18. Usondo os propriedodes dos operacdes, simplifique, o) ANN) 6) AuaNvUBD od anauB d anBynwna) fe sent A), 1.4 Conjunto das Partes de um Conjunto ‘Considcremos 0 conjunto A = (1, 2}. Os possiveis subconjuntos de A so: { Jeo. Esses conjuntos constituem um novo conjuato chamado conjunto das partes de A e indicado por P(A). Assim: PIA)= {| $1. De um modo geral, o conjunto formado pelos subconjuntos de um conjunto A & chama- cdo conjunto das partes de A e € indicado por P(A). Exemplo 111 a) Dado 0 conjunto A = |. © conjunto das partes de A é PiA)= 3), ©) Se A = {1}, entdo P(A) = { 4d) Se A = @, entio P(A) = [4] que nio € vazio, Notemos que no exemplo (a) 0 némero de elementos de A é 3 ¢ 0 de P(A) €2> = 8, Poe CAPITULO WD COMUNTOR i fg 0 nino de stants de A € nie de cori 3 dno omnes O40 (il a1 poe contangio€ cox el) sas daano te comnts Ge 3 thnenss mais tnt on aso nn de obi gies de sent fader 22 nals o nine de combiobes de 3 cnetss tomados 3 a 3. sin, o into de cero PA) (3)+(2}+3)+(2)emae(3) epson de combined elements tomados i a i, Ora, a andlise combinat6ria nos ensina que essa soma vale = 8, ‘Com raciocinio andlogo, verificamos que: + no caso (b), 0 ntimero de elementos de P(A) é 24 + no caso (c), 0 ntimero de elementos de P(A) € 2! = 2; + no caso (d), © niimero de elementos de P(A) € 2° = 1. De ummodo gl eum jn lene cao coxa a reste een 1.5 Produto Cartesiano 44 vimos que os conjunts (a,b) e (b, a} so iguais porque a ordem dos clementos no importa. Todavi, 4s vezes essa ordem €essencial; assim, na geometria analitca, o par de nimeros (3, 4) define o ponto de abscissa 3 e ordenada 4, ao passo que o par (4, 3) define o pponto de abscissa 4e ordenada 3. Quando inteessaa ordem dos elementos considerados, os clementos sio indicados ent parénteses. Quando houver dois elementos (e, b), 0 par € chamado de par ordenado; quando tvermos tes elementos (a,b, ), cuja ordem importa, teremos uma tripla ordenada e assim por diante. Exeu 2. Sejam os conjuntos A = (1, 2) ¢ B = (3,4, 5). Podemos formar um novo conjunto de pares ordenados, cujos primeiros elementos pertencem a A e cujos segundos ‘elementos pertencem a B, isto €: +3), Esse conjunto & chamado produto cartesiano de A por Be é indicado por A x B. De um modo geral, dados dois conjuntos A e B, chama-se produto cartesiano de A por B © conjunto dos pares ordenados cujos primeiros elementos pertencem a A e os segundos elementos pertencem a B, isto & AxB=((x y)Ix€Aey EB). 2, 5) Notemos que em geral A x B é diferente de B x A. No Exemplo 1.12 temos: BxA= ‘Assim, nenhum elemento de A x B pertence a Bx A (note que (1, 3) # (3, 1D) srg vaie TS paetinnwaees = Podemos representar graficamente © produto cartesiano. A Figura 1.10 mostra 0 grifico de A x B do Exemplo 1.12, Figura 1.10: Produ caresono A 8 do Exemplo 1.12. Exemplo 1.13, Uma maneira de obter todos os elementos de um produto cartesiano de dois conjuntos€ por meio do diagrama de érvore. A Fi lementos de Ax Bem que A= (1, 2,3} €B= (a,b, ¢.d}. Figura 1.11: Diagrama de érvore do produto cariesiono Ax do Exemplo I & we if 6 << q << 4 £ facil verificar que o nimero de elementos de um produto cartesiano A x #6 igual 5 ec x 20 produto do ntimero de elementos de A pelo ntimero de elementos de B. Isto €: ie n(A x B) = n(A) -n(B), ee nih B), n(A) e n(B) representam 0 niimero de elementos de A x B, Ae B respectivamente. ————— xemplo 1d. Uma moeda e um dado sio lngados. Um espagoarestal desse experimen fe pode ser obido pelo produto caresiano Ax B, em que A é0 conjunty dos resultados do | Pett de ura moeda e B 0 dos esulkados do langamento de um dado, ou sje | HST Cl e B= (1,2, 3,4, 5, 6) em que K representa cara € C representa coroa, Os i tlementos do produto cartesiano sio os pares ordenados (K, «cd { «k, C2 | «, Gd 4) | (K,9) (5) 1 «8 Co. mmoneiro de obler of elementos de um produto im dos diagromas de érvore) & por meio da construc ‘oxomplo, os elementos de x B, em que A= (1.2.3) ¢ B= pelo tabela 0 seavi XB nos casos ir do cidade A para « cidade C, pasando pelo cidade B. Existem rds exirodos igando A e B e cinco estradas ligondo Be C. De quantas maneimos ppoderd @ pessoa fozer o seu percurso® ) o subconiunto T= ( 23. Use oconcsitode predul coresione pare representrocorjnio dos estodos poses rnolongamento simulténeo de dois dados. +4, Use oconcito de produ cvesiona pare represent ocorjunio dor estodes pest para longamento de das moedos. sitmareaniveone ee EE INARES: a 25, Define-se como dierenga simérica de dois conjntos Ae B, condos um universo E09 conjunto dado por AQB=(AUB)-(ANB) Por exemplo, se A= (1,2,3) e B= (2,3,5,7), entdo. AAB=(1,5,7) ©) Verifique que (A B)AC=4A(BAO, b) Obtenha aA E ©) Obtenha A.A d) Obtenha a Ag 26, Um conjunto den elementos possui um total de 1.024 subconjuntos. Qual o valor denn? 27. Dinemos que os conjunios A, As, y todos no vis, frmam uma porigbo do Conjunto Universo &'se s80 dois a dois dsjuntos e sua uniGo & igual a Ella & 9) Ay @ para todo #= 1,2,3, cai 4,014; = pora todo i=) A, UA,U “UA, =E (Odiagrame absixo representa uma paricéo do conjunto E: Dé duos possi Partigées de E=(1,2,3,4, 5,6). 28. Em uma pesquisa com 100 estudonis veriicou-se que aqueles que gostom de uma sb "siea, 20; Quimico, 22. Gostam de duas ciéncios: Mate. ica @ Fisica, 17; Matemética 2 Fisica, 9. Gosiom dos trés iéncia sd0: Motematico, I éncias 6 alunos. ©) Foca © diagrama de Venn para a sitvacdo. 5) Quontes estudantes gostam de pelo menos duos ciéncias? ©) Determine nt, n(F) @ (0), em que ntl, n(F)e n(Q)indicom respectivamente © némero de olunos que gostam de Matemética, Fisica e Quimica 4) Determine n(M") « niM UF UO), 29. Foco um diogrome de Grvore pore (1,2, 5} x [a,b, 4). 30. No figura, esreva umo expressdo para code regio numerado, Por exemplo, & & AURUCS. 33 34 caPiruto 1 coNiuNTOe 19 Se A, Be C sdo corjuntos quaisquer, determine uma férmula paca 0 nimero de ele mentos de A U BUC. G) Que porceniagem nao fuma nenhuma dos 3 marcas? ‘b) Que porcentagem furma exatomente duos marcas? Num levantamento constalou-se que 80% dos entravstodos so casedos, 44% s00 homens casados, 12% s0 mulheres casadas sem fihos e 30% so mulheres casodus com filhos. Verifique se essos porcentagens so compatives Capitulo 2 Conjuntos Numéricos 2.1 Numeros Inteiros Ja conhecemos 0 conjunto dos niimeros inteiros positivos N= (1.2.3.4, 5,6, oe) € 0 conjunto dos ntimeros naturais N={0,1,2,3,4,5,6, oo). idade de efetuarmos a subtracdo a ~ b para todos 0s valores ae b de N, ximeros inteiros negativos, colocando, por defini¢Zo: a-b=-(b-a),sea 0 é representado pelo ponto Pa direita de O, de modo que a medida do segmento OP. ej igual ax; omimero negativo —x érepresentado pelo ponto P simétrico de P em relagdo 2.0. O nimero 0 € representado por O. Figure 2.2: Rapresentordo geomética dos nimeros reais, E-claro que, se xp > X, entio x, € representado a direita de x). PI z Exemplo 2.3. Represente geometricamente 0s nimeros: 4; -3 € 0,15 Temos: 1. Diga 20 code umo dos sentengasé verdadeira ou flso. adneQ dFEZ o-3€Z gi xel ) meg Gen der 9 EQ ‘hHowseQ j) 2444.7 2. Escreva.na forma decimal (exats ov dizima periddi 2 3 z wg 42 a5 9S a5 13 ) 9 3, Escreva os seguintes ndmeros no forma decimal, arredondando © resultado para duos cere ecole pose ve uma ekelodor) mg hg 150 18 1mm 9 Fe 8 580 screvo 08 seguintes nsimeros rocionais cb o forma de fracéo: 043 6) 007) 2454 o) 1212 e) -072 A) 3.1415 1b ¢ forme de fragéo: <) 0,722. ¢) 0,655... f) 0,62555. 1008 sequintes dizimas per a) 0,888...) 02424...) 25 o) Viz b) 30 og VB ) ¥500 2.4 Equasées do Primeiro Grau Chamamos de equagio do primer grav na incégnitax, no universo rea, toda equago redutivel forma a-x=b, em que a eb sio nimeros reais quaisquer com a % 0. Fara resolvermos esse tipo de equacSo, basta dividirmos ambos os membros por a: atebozo a @ a vlorencontado © & cana dec deg 4, Resolva a equacio: 4x -12 = 8 — 6x. Re + Transpondo os termos.com xparao 18 membro,e 0s mimeros para 028 membre, cobtemos 4x+6x=8+12. + Agrupando os termos semelhantes, 10x = 20. re PARTE = PRELIMINARES + Dividindo ambos os membros por 10, + Conjunto solugio: $ = (2. z-2 1-3 3 2 Exemplo 2.5. Resolva a equagio -t Resolu * Multiplicando todos os termos da equago por 6 (em que 6 ¢ 6 minimo méltiplo comum dos denominadores): + Efetuando as operagdes indicadas: 2(e-2) + 3-3) =1, 2e~443x-9=1 * Transpondo os termos com x para o 14 membro, e os nimeros para o 2° membro: Qee3r=14449, + Agrupando os termos semelhantes: Sead, * Dividindo ambos os membros por 5: + Cont tg: $= 4] mm 8. Resolva as equagées do 18 grou: 9) S(x-2)= 4x46 b) -4(4-2) = 26x-1) ¢) -2= d) arti =-8 a) 30- ) e+ y=2 -2)+0,52=0,7 Ose 4 ‘SAPITULO 3 CONSONTOS NUM ERTOOIGF 05 seguintes equacées do I? grav x 25 1g oe a J =a x3 3 Bes? 1 a =4 T 3 . ~St2y a ‘ +1 ole te 4 4 $-™el., YM 100+ 100% fncégnita 1 m) 26232, mos ) AT =F +55 Gncsgnita m W702 prcage 10, © cre mensalde ume empresa & dodo por = Ste 2 ° 226 dado por L=0x~200, em que.x 6. quonidade rensal vendida de seu produto, ‘Qual quentidade que deve. wien pote te pore que o lucro mensol sej0 Igual a $ 5,000,002 "© caso mensal de pedi de x oes de una {canis dea sbi &C= 5000+ 1% Qvale .x +2, Femos sucessivamente: 36-4) > x42, 3-12 > x42, 3r-z>24 x>7. Fortanto, 0 conjunto solugdo & $= (x © R|x > 7), Exemiplo 2.7. Resolva a inequagio 2(x ~ 1) < Sx +3. Resolusao ‘Como no exemplo anterior, 2-1) < 5x43, 2x-2<5r43, 2x-5x<342, <5, od, 3 Portanto, © conjunto solugéo € 5= [x © R| x> -4}. 19, Resolve em R es inequacées: o) 2x>10 d) 3ix-4) = 20-6) 9 222-283 1 bh) ae<2 @) 42x-3)> 24-1) ty US 4 2s2 oa ) +1 B2-5 9 apl+ges m= 14. O lucro mensol de ume empresa 6 dado per L= 30x 4.000, em que x é 0 quantidode mensol vendida. Acima de qual quantidade menscl vendida o luro é superior © $ 11.0002 15. O custo diério de producto de um ertigo C=200+ 10x. Sabendo-se que em determi- nado més 0 custo diéro oscilou entre um méimo de $ 4.000 e um minimo de $ 2.000, fem que intervalo variou a producéo didria nesse més? 2.6 Equagées do Segundo Grau Uma equagio do segundo grau, na incégnita x, é toda equacdo redutivel & forma ee + bx += 0, em que a, b ec sio cons is quaisquer com a # 0. As raizes desse tipo de equagio podem ser obtidas por meio da seguinte f6rmula resolutiva: _ bales aan i ra qual o valor B? ac, indicado usualmente por 4 (deta), é chamado de diseriminante da equagio. & fécil notar que: + Se A > 0, a equagio terd duas raizes reais distintas. + Se A = 0, xequacéo terd uma dnica raz ral. + Se A <0, a cquagio mio ter raizes reais. meee Sj eArinuio 2 conaNte ‘A dedugio da formula ‘acima é feita da seguinte forma: at tbx+c=0; : e+ 2xe-S; om be, Bee (adi Babee Be Be -£ (alcionamos £ ambos 0s membros) (oye ag 0 ‘Como a=1,b=—4,.¢=3 ento: _4sVP—OT3 ie Aaa 4 ie + 8 8 os cave At toe Portanto, o conjunto solugao € $= (1,3), xe =. Exemplo 2.9. Resolva as equagGes incompletas do segundo grau: a) 2-3r=0; b) 2-9=0. Re 'As equagies do 2° grau com b = 0 ou ¢ = 0 sio chamadas incompletas. ‘Sua resolugao pode ser feita pela formula resolutiva, ou ainda como veremos « seguir: a) de x? 3x = 0 temos xr-3)=0. (© produto serd 0 se um ou outro fator for 0. Assim: x20) on 4-320 553. Portanto, 0 conjunto solugdo € S = (0, 3)5 PARTE 1 — PRELIMINARES b) de x79 = 0 temos x29, Se x elevado ao quadrado da 9, entio x = V9 = 3 ou. x = 19 = -3. Portanto, 0 conjunto solugio € $ = {3, ~3). mee _ iE 16, Resoha os sequintes equogées: 0) x2-5r44=0 oe) P-x4320 b) 2-1r412=0 f) 2+3x-2-0 6) P-648=0 9) ~m?45m=0 d) P4r44=0 }) y2-6y-3=0 17, Resolva os seguintes equacées: 0) B-5r=0 25-0 b) 292+ 6rm0 =m? +16=0 18. Quanto vole a soma das raizes do equacéo (3x —2Xx+5) =(2+3)°2 19. Pora que valores de ka equagao na incégaita x, x2 2kx= I~ 3k, tem razesiquois? 20. O lucro mensal de uma empresa & dado por L'=—1? + 10x — 16, em que x6 0 quonf dade vendida, Para que valores de x. luero & nulo? 21. Em relagdo 20 exercicio anterior, para que valores de xo lucro & igucl 0 92 22. Areceita diério de um estacionamento para automéveis & R= 100p~ Sp?, em que p & © preco cobrado por dic de estacionamento por carro. Gual o prego que deve ser cobredo para dar ume receita diirio de $ 3757 2.7 Intervalos Os intervalos sio paticulares ¢ importantes subconjuntos de R. Sejam os niimeros reais ae biais que a a). A representagio geométrica € dada pela Figura 2.7. Figure 2.7: Representagdo do intervalo Ja, ed + Intervalo fechado de a até infinito 0 conjunto de valores reais maiores ou iguais a a, indicado por a, of, isto é [a, eof = (x © Rx > a}. A represeningio geomética € dada pela Figura 28. Figure 2.8: Representordo do intrvalo a, od + Intervalo aberto de menos infinito até b Eo conjunto de valores reais menores de que b, indicado por }-~, Je, BL = (r € Rix <5} A representagio geométrica & dada pela Figura 2.9. Figure 2.9: Represenogto do intervlo }-m : + Intervalo fechado de menos infinito até b Eo conjunto de valores reais menores ou iguais a b, indicado por J~=, b], isto é: Jb] = (x Rix <0), ‘A representagdo geométrica € dada pela Figura 2.10. Figura 2.10: Reprsentéo do inerclo Hb a] Finalmente, todo 0 conjunto R dos reais pode ser identificado pelo intervalo }==, ~f. Como os intervalos so particulares subconjuntos de R, podemos operar com eles da mesma maneira que outros conjuntos, lembrando apenas que 0 conjunto universo € R. “Ls CAPITULO 2— CONIU xemplo 2.10. Se A= 1, 3 B= [4 of, determine: a) AUB; by ANB: AS Loge: a) AUB=[-1, ») ana=[}. 9) r= =, UB, of 2.8 Médulo ou Valor Absoluto Dado um niémero real x, chamamos de valor absoluto, ou médulo de x, a0 niimero indicado pelo simbolo |x| ¢ dado por x sex > 0, |x] =) sex <0, 0,sex=0. Assim, por exemplo: i=, [-dl=- 4) = 4, Hb-3 Se P € a representagio geométrica do mimero x, entio a distancia de P até a origem € dada pelo médulo de x (Figura 2.11). Figure 2.1 1: Representogo geométriea do [x ° P 5 ry * PARTE | — PRELIMINARES a = & entdo x = k ou x = ~k em que & é um nimero positive. k, entdo x > k ou.x <—k em que & é uma constante positiva, E 241 a) |x] =332=30ux5 b) [x] 7=4>Toux<-7, Exempl Resolva a inequagao |2x - 3] <7. Resolucio ‘Temos sucessivamente [2r-3} <7, “1<2x-3<7, “143<2r<743, ~4<2r<10, 23, o) B= 5 eo) [x-7]>2 f) [2-3r1>5 no CAPITULO 2 — CONIUNTOS NUMERICOS O35 27. Existe uno proboblidade iguol a 95% de que a vido x de uma beteria (medido em meses) satisfago 0 elag EY < 196 Qual o intervalo de variagéo de x? lade igual o 90% de que as vendos x de ume empresa, no préximo to E535] <1, quo van dads om mires do unidedes. Qual o intervalo de voriogéio de x? 28. Existe umo prob ono, satisfogam &

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