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ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.790-7179-1-LE.

0402201018

Araújo MFM, Beserra EP, Marques MB, Moreira RAN et al. Health professionals difficulties in preventing…

ORIGINAL ARTICLE
HEALTH PROFESSIONALS DIFFICULTIES IN PREVENTING NOSOCOMIAL
INFECTIONS
DIFICULDADES DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE NO CONTROLE DE INFECÇÕES
HOSPITALARES
DIFICULTADES DE LOS PROFESIONALES DE LA SALUD EN EL CONTROL DE INFECCIONES NOSOCOMIALES
Márcio Flávio Moura de Araújo1, Eveline Pinheiro Beserra2, Marília Braga Marques3, Rosa Aparecida Nogueira
Moreira4, Thiago Moura de Araújo5, Joselany Áfio Caetano6
ABSTRACT
Objective: to know the difficulties encountered by professionals working in the Intensive Care Unit before the challenge
of controlling nosocomial infections. Methodology: they were participants of the qualitative research nine professionals
from the university hospital in June 2009. A semi-structured script was used as an instrument of data collection about
possible problems for the control of nosocomial infections and interviews. The results were organized by categorical
technique, and then the data were analyzed in light of reference to Morse and Field. The study was approved by the
Ethics in Research of the Institute Dr. José Frota, protocol number 86145/08. Results: the main problems in combating
the NI were the inadequate physical space, the long working day, combined with high turnover of patients. The lack of
infrastructure service in the implementation of a work within appropriate aseptic conditions was also mentioned.
Conclusions: it is important the partnership between the intensive care unit along with Committee of the Hospital
Infection Control are co-involved in the control and prevention of nosocomial infections. Descriptors: cross infection;
infection control; infection control practitioners; quality of health care; intensive care units; working environment;
burnout professional.
RESUMO
Objetivo: conhecer as dificuldades encontradas pelos profissionais que atuam numa Unidade de Terapia Intensiva diante
do desafio do controle das infecções hospitalares. Metodologia: estudo qualitativo desenvolvido com nove profissionais de
saúde de um hospital escola durante o período de junho de 2009. Adotou-se como instrumento da coleta de dados,
entrevistas e roteiro semi-estruturado sobre possíveis problemas detectados para o controle das infecções hospitalares. Os
resultados foram organizados pela técnica categorial, em seguida analisados a luz do referencial de Morse e Field. A
pesquisa foi autorizada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto Doutor José Frota, protocolo 86145/08. Resultados:
o espaço físico inadequado, jornada laboral extensa juntamente com a grande rotatividade de pacientes foram os
principais problemas verificados no combate as infecções hospitalares. A falta de infra-estrutura do serviço na
implementação de um trabalho dentro de condições assépticas adequadas também foi citado. Conclusões: a parceria
entre a unidade de terapia intensiva juntamente com a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar é um desafio
importante para que ambos sejam co-participantes no controle e prevenção das infecções hospitalares. Descritores:
infecção hospitalar; controle de infecções; profissionais controladores de infecção; qualidade da assistência à saúde;
unidades de terapia intensiva; ambiente de trabalho; esgotamento profissional.
RESUMEN
Objetivo: conhecer las dificultades encontradas por los profesionales que trabajan en la Unidad de Cuidados Intensivos
ante el desafío de controlar las infecciones nosocomiales. Metodologia: los participantes del estudio cualitativo fueron
nueve profesionales del hospital universitario durante el mes de junio de 2009. Se utilizó como un instrumento de
recolección de datos entrevistas e un guión semi-estructurado acerca de posibles problemas detectados en el control de
infecciones nosocomiales. los resultados fueron organizados de acuerdo a la técnica categorial y, a continuación, los datos
analizados a la luz del referencial de Morse y Field. El estudio fue aprobado por el Comité de ética en la investigación del
Instituto Dr José Frota, protocolo 86145/08. Resultados: la insuficiencia de espacio físico, el largo día de trabajo
asociados con la alta rotación de pacientes fueron los principales problemas en la lucha contra las infecciones
hospitalares. La falta de serviços de infraestructura en la ejecución de una obra en condiciones adecuadas de asepsia.
También se mencionó. Conclusiones: es importante la colaboración entre la unidad de cuidados intensivos, junto con el
Comité de Control da Infección Hospitalaria a fin de que ambos sean co-implicados en el control y la prevención de las
infecciones hospitalares. Descriptores: infección hospitalaria; control de infecciones; profesionales para control de
infecciones; calidad de la atención de salud; unidades de terapia intensiva; ambiente de trabajo; agotamiento
profesional.
1,2,4,5,6
Universidade Federal do Ceará/UFC. Fortaleza, Ceará, Brasil. E-mails: marciofma@yahoo.com.br; eve_pinheiro@yahoo.com.br;
nogueiramoreira@bol.com.br; thiagomouraenf@yahoo.com.br; joselanycaetano@hotmail.com; 3E-mail: mariliabm1@yahoo.com.br

Rev enferm UFPE on line. 2010 abr./jun.;4(2):587-95 587


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complexa, com múltiplos fatores causais,


INTRODUÇÃO havendo muitas dificuldades para a
implementação de um programa efetivo de
As Infecções Hospitalares (IH) ou
prevenção e controle, de maneira que, hoje,
nosocomiais são infecções adquiridas no
o enfrentamento das IH representa um desafio
âmbito hospitalar que se manifestam durante
cada vez maior para os profissionais da saúde.
a assistência terapêutica de enfermos nestas
Os entraves vão desde a adoção de medidas
instituições, ou ainda, após o período de
cotidianas simples, como o ato de lavar as
internamento quando a infecção é passível de
mãos, até a complexa dinâmica da estrutura
associação ou correlação com a internação
organizacional das instituições
anterior ou com procedimentos hospitalares
normatizadoras, provedoras e executoras.
realizados.1
Todavia, o maior desafio, apontado por
As IH, apesar de não haver dados autores, reside nas relações de trabalho e no
estatísticos documentados, são problemas pouco envolvimento dos profissionais.4,5
antigos na realidade dos hospitais, sabe-se
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
que era alta a sua incidência no cenário dos
constitui um importante foco de atenção
primeiros serviços, sobretudo devido às
relacionada às práticas assistenciais por
precárias condições sanitárias ofertadas
representar, em média de 20 a 30% de todas
nesses locais e na própria sociedade vigente.
as infecções notificadas no âmbito hospitalar.
Estudiosos dessa temática argumentam que 6
desde que as instituições hospitalares
existem, elas convivem com a problemática A morbidade relacionada a tais infecções
das infecções no seu âmbito. Dessa forma, pode representar 25% dos óbitos nesta
esta discussão é algo que remonta as unidade e tais números podem ser ainda
civilizações egípcias e babilônicas, maiores dependendo do tipo de UTI, perfil do
acentuando-se com o advento da Era paciente, sua gravidade clínica, uso de
Bacteriológica e a subsequente introdução dos procedimentos invasivos (sonda vesical de
antibióticos. Entretanto, apenas na primeira demora, ventilação mecânica, acesso venoso
metade do século XX a questão das IH passou central), exposição a terapias
a ser enfocada, como tema de saúde pública, imunossupressoras e antimicrobianas,
pelo Estado e, consequentemente, pelos manipulação constante de pacientes pelos
profissionais da saúde. Essa nova realidade profissionais, tipo de vigilância realizada na
possibilitou o redirecionamento da óptica instituição, juntamente com a baixa adesão
lançada sob esse tema e culminou com o da equipe assistencial multiprofissional aos
advento das Comissões de Controle de protocolos propostos para o controle de
Infecção Hospitalar (CCIH).2,3 infecção hospitalar.6
No Brasil, a última portaria do Ministério da A UTI por abranger assistência de
Saúde, referente à estruturação das comissões emergência e disseminação de resistência
e serviços de controle de infecção, que microbiana, devido a algumas características
reafirma a importância das CCIH, peculiares como: (1) unidade
determinando que todo hospital deve ter uma restrita/fechada, com alta frequência de
CCIH, composta por profissionais médicos, contato profissional-paciente; (2) maior
farmacêuticos e enfermeiros, além de possibilidade de transmissão cruzada de
membros executores que são o Serviço de patógenos (pela reduzida adesão à lavação das
Controle de Infecção Hospitalar (SCIH).1 mãos em frequência e qualidade, sobrecarga
de trabalho) e (3) alta pressão seletiva pelo
Atualmente, com os avanços da medicina,
uso freqüente de antimicrobianos de largo
especialmente da farmacologia, é observado,
espectro.6
contraditoriamente, que a problemática das
IH cresce, já que um de seus principais fatores Hoje as infecções hospitalares são um
de risco está associado ao uso indiscriminado problema complexo e embora nos hospitais a
de antimicrobianos que, continuamente, estão enfermagem participe amplamente do
selecionando microrganismos resistentes às enfrentamento deste problema de saúde
terapêuticas implementadas, demandando, coletiva, a produção científica da
assim, a adoção de tratamentos invasivos. Enfermagem nacional nesse tema ainda é
Isso, somado as condições clínicas e ao pequena em relação á dimensão do assunto.
manuseio incorreto do paciente, por Acerca disto, pode-se afirmar ainda que as
displicência profissional, aumenta a principais publicações brasileiras tratam
vulnerabilidade para a gênese da IH. acerca da legislação, ética versus CCIH e são
de caráter exploratório.
O controle das IH é uma temática

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Dessa forma, sob uma perspectiva significado de passagens específicas e alocá-


qualitativa, objetivou-se, nesta pesquisa, las em categorias apropriadas. 7
conhecer as dificuldades encontradas por
Assim, inicialmente, houve a descrição dos
profissionais de saúde de um hospital escola
profissionais, seguida da transcrição das
de Fortaleza-CE no controle das infecções
informações coletadas, a fim de se realizar
hospitalares em UTI.
uma leitura criteriosa e a organização dos
depoimentos em unidades de significação.
CAMINHO METODOLÓGICO
Neste último passo, observou-se a
conformidade e semelhança dos depoimentos
Estudo de caráter qualitativo realizado
que, finalmente, foram alocados no texto em
numa UTI de um hospital escola localizado em
quatro categorias temáticas. Posteriormente,
Fortaleza-CE, que possui abrangência
confrontaram-se os dados com um referencial
terciária, referência na assistência em
teórico compatível com a temática abordada.
especialidades traumatológicas na região
Norte-Nordeste. Os participantes foram nove A fim de se garantir o anonimato dos
profissionais de saúde que atuam numa das pesquisados, identificou-se cada um com os
quatro UTI’s da referida instituição. códigos E(enfermeiro), M(médico) e Aux
(auxiliar de enfermagem).
Os dados foram coletados por meio de
entrevista individual no setor de trabalho dos Como princípio global e ético, a pesquisa
pesquisados, com agendamento prévio, respeitou os princípios da Resolução 196/96
durante os meses de junho a agosto de 2009. Conselho Nacional de Saúde/Ministério da
Apesar do agendamento, os principais horários Saúde. 8 Dessa forma, ela foi desenvolvida
para a realização das entrevistas eram no após ser devidamente autorizada pelo Comitê
final dos plantões das profissionais. de Ética em Pesquisa do Instituto Doutor José
Frota, conforme protocolo 86145/08.
Primeiramente, foi utilizado um roteiro
semi-estruturado para coleta de dados que
RESULTADOS
contemplava dados pessoais e questões que
envolviam possíveis problemas detectados no
Todos os investigados eram do sexo
controle e combate das IH.
feminino. Excetuando-se uma profissional (E4),
Em seguida, na execução das entrevistas todas tinham uma carga horária de 40 horas
foi utilizado, como mecanismo norteador das semanais na instituição em questão. Além
dificuldades profissionais vivenciadas, as disso, parte delas (E3, E4, M2) possuíam outro
seguintes indagações: 1. Como você se sente emprego, perfazendo uma desgastante
diante dos obstáculos para prevenir as jornada laboral.
infecções hospitalares no seu trabalho?
Acerca dos principais problemas no
2.Como você busca superar essas dificuldades
controle das infecções hospitalares das
do seu trabalho? As respostas foram gravadas
pesquisadas, percebe-se que os principais são:
em aparelho MP4, em média esse momento
grande número de pacientes internados nas
durou entre 15 a 20 minutos.
unidades, o espaço físico inadequado e a
Para a análise dos dados, considerou-se o elevada carga de trabalho (Figura 1).
referencial de análise de conteúdo proposto
por Morse e Field que preconizam, na análise
qualitativa os seguintes passos: identificação,
codificação e categorização dos dados. Nesse
método o pesquisador deve procurar o

Problema relatado Profissional Relator


Quebra das técnicas assépticas Aux1, M1, M3, E1, E2
Recursos financeiros deficientes Aux2, M1, E1, M2
Carga horária de trabalho elevada Aux, M1, E4, E1, E2
Falta de trabalho interdisciplinar Aux, M1, E2, M2
Superlotação junto das unidades Aux2, M1, E4, E1, E2, M2
Espaço físico inadequado Aux, M1, E4, E1, E2, M2

Figura 1. Principais problemas relatados por profissionais de saúde no controle das infecções
hospitalares em um hospital universitário.

Além da excessiva carga laboral, outro estrutura do serviço na implementação de um


aspecto citado pelas pesquisadas e presente trabalho em condições assépticas adequadas:
em alguns de seus relatos é a falta de infra- Com relação à área física me sinto

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impotente por não ter poder de decisão profissionais e estudantes [...] (M1)
quanto à estrutura física [...] (M3).
Percebeu-se, que dentre as diversas
Se tivesse recursos financeiros ou o pouco dificuldades e necessidades existentes no
que o hospital tem fosse melhor distribuído
para melhorar os aspectos da unidade [...] controle e prevenção das IH, destaca-se as
(Aux2). relacionadas ao comportamento humano e
O espaço físico é inadequado, sem a interpessoal.
disposição correta para as pias e
medicações, e sem manutenção [...] (E3). DISCUSSÃO
Observou-se ainda relatos que refletem
frustração, impotência e estresse diante das A partir das ideias centrais das falas das
funções e rotinas da unidade de terapia de profissionais da saúde que participaram do
intensiva, quando se questiona os sentimentos estudo agrupou-se em categorias sendo elas:
dos profissionais no controle das IH, como se O estresse e a Desmotivação; A Enfermagem
percebe a seguir: no controle das infecções hospitalares; A
interdisciplinaridade; Educação continuada:
Desestimulada, impotente, insatisfeita
um caminho para o compromisso profissional;
profissionalmente! (M1).
discutindo-se as ideias centrais das mesmas.
Impotente! (M2).
A falta de compromisso dos profissionais
 O estresse e a desmotivação
com o uso das técnicas assépticas, no meu Nesta pesquisa, verificaram-se
ponto de vista poderá estar associado ao
cansaço do profissional, devido à carga verbalizações de desmotivação e estresse
horária de trabalho e o espaço físico frente ao exercício profissional de controle de
inadequado para a aplicação das medidas de IH, além de excessiva jornada de trabalho.
prevenção de IH [...] (E2).
Essa situação, por sua vez, compromete a
Outro aspecto ressaltado pelas saúde mental e as atividades desenvolvidas
investigadas, como grande problemática, é o pelas investigadas para a comunidade
descompromisso profissional com o controle hospitalar.
das IH, no momento em que esses não
Estudo desenvolvido com enfermeiros de
obedecem a regulamentos e padronizações da
unidades clínicas de um hospital catarinense
CCIH, como exposto abaixo:
evidenciou como obstáculo para a aplicação
Os profissionais de saúde, principalmente os do cuidado de enfermagem, a saber: a falta
médicos deveriam, dispor de seus horários
de motivação pessoal, as dificuldades pessoais
para participar dos treinamentos da CCIH e
ouvir as normas de prevenção [...] (E1). em lidar com situações limites, as limitações
institucionais e o uso intuitivo da relação de
Com relação ao descompromisso. Ele sempre
será um desafio para os profissionais de ajuda.9
CCIH e uma parte essencial do nosso
trabalho, que é o de estimular os
Há certa ansiedade em que os profissionais
profissionais de saúde a desenvolver suas da saúde adotem as medidas de precauções
atividades baseadas nas medidas de contra infecções nosocomiais. Todavia, essa
prevenção das IH [...] (E2). mudança de comportamento é um processo
Deveria haver um maior compromisso da complexo, de cunho multi-fatorial, e
equipe, principalmente os médicos [...] gradativo, de maneira que, enquanto a
(Aux1).
alteração de comportamento não ocorre,
Mesmo mediante diversos discursos sobrevém sobre os profissionais da CCIH o
desmotivadores e negativos, pode-se sentimento de frustração e incapacidade
perceber, também, falas positivas e de funcional. 5
esperança, entre as estudadas, quando se
Ao se observar, especificamente, a
questiona como superar as dificuldades no
controle das IH, como a seguir: persistência do comportamento de risco para
IH dos trabalhadores de saúde como fator
Com dificuldades, porém sempre usando da desmotivador ou estressante para os
criatividade para não desmotivar os demais
funcionários envolvidos no processo [...] trabalhadores das CCIH, encontram-se estudos
Através de comunicados para as chefias que argumentam que a rotina dessas
responsáveis e nas reuniões com a CCIH e comissões, por lidar com o desafio da
demais setores [...] (E1).
mudança de comportamento, expõe
Acreditando no ser humano sempre. frequentemente os seus funcionários a
Investindo na educação continuada e situações complexas, que exigem reflexão na
treinamentos [...] Motivada e disposta a
investir em meus conhecimentos e no busca de soluções menos desgastantes que o
treinamento que oferto no hospital normal. 10, 11
universitário [...] (E4).
É fato que o combate ás IH passa pela
Rediscutindo com a direção e chefia os
adesão a medidas como lavagem das mãos,
problemas, tentando conscientizar

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rigor nas técnicas assépticas, uso de correspondem a momentos únicos na evolução


equipamentos de proteção individual e individual, coletiva e organizacional, tendo
coletiva e controle racional de como pré-requisito a existência concomitante
antimicrobianos. 1 Entretanto, salienta-se de paz social e respeito à liberdade
que, na árdua e contínua ênfase no controle individual. Garantir este cenário é
das IH deve existir, além do que é fundamental na mudança do agir dos
preconizado pela CCIH a busca de mudança de profissionais de saúde, já que a forma de
comportamento e conscientização do uso de atuar do individuo em um determinado
técnicas descritas cientificamente como ambiente é, em grande parte, função do seu
preventivas de IH, um estímulo positivo, uma psiquismo, independente das informações
motivação aos profissionais da saúde técnicas que tenha recebido.10
veiculados a estes serviços, para que eles
É primordial pontuar também que, como
venham a desempenhar suas atribuições de
qualquer outro ato clínico, o controle de IH é
forma mais dinâmica e prazerosa, podendo ser
uma responsabilidade profissional e ato
este estímulo estabelecido após a aceitação e
sujeito à cobrança legal, sendo a matéria
julgamento da concepção dos mesmos sobre o
cobrada sob a forma de lesão corporal ou até
tema.12-3
mesmo homicídio culposo. 2
Ao se trazer aqui a Teoria Motivacional do
 A enfermagem no controle das
psicólogo Abraham Maslow, na tentativa de se
aprofundar nesta discussão, entende-se que a
infecções hospitalares
motivação, fator determinante para a A maioria das investigadas eram
excelência funcional das organizações, é um enfermeiras, exemplificando o papel de
produto de forças que age sobre os indivíduos, destaque da Enfermagem na função de
culminando numa ação. Porém, quando os combater infecções no âmbito clínico-
estímulos externos ou internos não ocorrem, cirúrgico. A trajetória da Enfermagem no
sobrevém a frustração individual que poderá controle das IH é algo que remonta o século
se somatizar em: agressividade, XIX e se funde com a fundação da própria
comportamento ilógico, nervosismo, insônia, Enfermagem moderna e, consequentemente,
problemas circulatório-digestivos, com a figura de Florence Nightingale.15
desinteresse pelo trabalho, baixa autoestima,
De acordo com a ideia de que a natureza
pessimismo e resistência às modificações.
curava, Nightingale entendia que a
Estes aspectos, por sua vez, chegam a nível
Enfermagem deveria manter o paciente nas
sistêmico, afetando todo o trabalho
14 melhores condições possíveis para que ela
organizacional.
pudesse agir. Assim, a enfermeira
Maslow esclarece ainda na Teoria implementava atitudes como criação de
Motivacional que, para alcançar o ápice ou colchões de palha, serviços de limpeza e
nível basal funcional, o homem tem que estar lavanderia separados, rede de esgoto e água
motivado e isso só ocorre quando contempla a quente chegando às enfermarias. Dessa
realização de necessidades humanas forma, ela consegue, conjuntamente com as
fundamentais (fisiológicas, sociais e de 38 enfermeiras que a acompanharam, reduzir
segurança) ou as de autorealização (prestígio, a taxa de mortalidade institucional de 42%
status, auto-desenvolvimento contínuo). para 2,2%, uma redução de aproximadamente
Qualquer frustração ou possibilidade da 20 vezes. Era o começo dos cuidados de
mesma passa a ser considerada uma ameaça enfermagem na prevenção e controle das IH e
psicológica que produz reações que se um divisor entre o hospital antes e após as
refletem no comportamento e labor humano. ações de Florence Nightingale, quando,
14
anteriormente, a morte coexistia
Por sua vez, infelizmente, ao se retomar ao desveladamente com a vida, enquanto depois
cenário das profissionais pesquisadas, de Nightingale a saúde e qualidade tornam-se
percebeu-se que os aspectos econômicos, a os principais produtos.13,16
alta carga de trabalho, somados à As atividades desenvolvidas pelos
permanência do comportamento inadequado enfermeiros que compõem a CCIH são
das profissionais quanto às práticas diferentes das desenvolvidas por outros
assépticas, atuam como fatores enfermeiros, pois se associam a ações
desmotivadores. técnicas, burocráticas, de educação
13
As iniciativas de controle de IH (vigilância, continuada, dentre outras.
educação continuada e sistematização de Na prevenção de infecções nos serviços de
técnicas), assim como todas as iniciativas de saúde, os profissionais que realizam ações
controle de qualidade assistencial, educativas enfrentam problemas na sua

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implantação, sendo um dos principais o ato de lavar as mãos, ação essencial até hoje
contingente funcional reduzido para no controle e prevenção das IH juntamente
contenção de custos, o que interfere em toda com o médico Ignaz Semmelweis.
a cadeia do controle das IH, além de
Nas instituições hospitalares, a equipe
desempenhar importante papel no emocional
multiprofissional atua desenvolvendo suas
dos profissionais com a constante ameaça de
atividades num contexto em que, muitas
demissão e aumento da carga laboral,
vezes, o paciente é fragmentado, dividido em
desencadeando desmotivação e desconfiança
especialidades e até em ações. Diante disso,
na instituição.13,17
apesar de existir uma convicção, por parte da
O ato caracterizador do enfermeiro, equipe de saúde, de que o trabalho seja
prestar o cuidado, está relacionando realizado em equipe, muitas vezes ele
diretamente ao paciente, logo, este acontece de forma individualizada,
profissional se envolve como um dos principais fragmentada e descontextualizada.18
veiculadores de IH, devendo ser treinado
Há autores que argumentam que entre os
continuamente e incentivado a atualizar seu
profissionais clínicos, que assumem atividades
saber e adquirir consciência do seu
administrativas e de assistência de maior
compromisso com o controle da IH. Assim, por
complexidade junto ao paciente, há o
ser a Enfermagem uma equipe, as propostas
sentimento de se envolver e interar junto à
educativas devem ser organizadas e
CCIH nos serviços prestados ao doente e
convergentes, a fim de permitir o êxito. Nesse
funcionários, minimizando, dessa forma, as
propósito, a integração e comunicação
dificuldades encontradas para a realização de
permanentes entre os membros da equipe é
um trabalho em conjunto, objetivando os
fundamental para se reconhecer e analisar a
mesmos ideais.14,18
realidade, a fim de se buscar ações de
implementação.5,9,12,15 Etimologicamente, o termo “saúde”, em
latim salus, significa “são”, “inteiro”. Desta
Dessa forma, é fundamental, na dinâmica
forma, fica claro que a compreensão de saúde
da UTI, a atuação da equipe de enfermagem,
como integridade não permite a fragmentação
pois ela promove a interação e o equilíbrio
deste conceito em esferas como a física, a
entre a abordagem clínica e a epidemiológica,
mental e a social, mas, ao contrário, exige a
aprimorando a qualidade do atendimento
fusão destes numa visão holística, quando se
prestado. Atribui-se ainda ao enfermeiro a
trata dos dilemas correlatos à área da saúde.
aplicação de uma abordagem essencialmente
No âmbito das questões de saúde coletiva, no
preventiva em âmbito hospitalar, alicerçada
qual se insere as IH, este posicionamento é
nos conceitos de promoção da saúde,
complexo e primordial.13,18-9
focalizada na minimização de agravos e riscos
e na satisfação de necessidades básicas Entre as dificuldades para a adoção da
humanas, todos aspectos necessários à interdisciplinaridade na área de saúde estão:
construção de uma saúde coletiva a forte tradição biocêntrica no tratamento dos
harmoniosa. 15, 18 problemas de saúde, o espaço hierárquico e
de poder construído pela disciplinaridade, as
 A interdisciplinaridade estruturas das instituições e a ausência de
Houve pelas falas das participantes desse experiência no manejo dos métodos
19
estudo, a exposição da necessidade de todos interdisciplinares. De maneira que muito
os profissionais da saúde participarem da precisa ser construído nessa temática,
dinâmica do controle das IH, ou seja, de haver necessitando que os profissionais da saúde de
um trabalho interdisciplinar e diferentes áreas envolvam-se no cuidado
multiprofissional e não restrito a algum grupo holístico e no controle e prevenção de IH.
profissional específico, como o que parece  Educação continuada: um caminho
ocorrer na instituição avaliada.
para o compromisso profissional.
A interdisciplinaridade é extremamente
No que diz respeito à possibilidade de se
importante no controle de IH, já que uma das
aplicar um controle de infecção eficaz, aqui,
possíveis medidas de enfrentamento dessa
as pesquisadas colocaram a educação
problemática é a coesão de diferentes olhares
continuada como instrumento intervencionista
e abordagens sobre os diversos problemas que
e de capacitação profissional, capaz de
esta temática apresenta. Apesar da
solucionar a problemática das IH.
contribuição de Florence, é fundamental
comentar a relevância de diferentes Compromissada com o controle de IH, a
categorias profissionais, como Siems Lewws, CCIH tem, dentro de uma instituição, o papel
com a sua impactante proposta de promover o de sugerir propostas de mudanças na dinâmica

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dos serviços. Porém, muitos impasses existem, quanto do interpessoal, a fim de cumprir os
dentre eles, a rotina hospitalar e a resistência objetivos da instituição. Nesse propósito, a
dos profissionais a atividades de educação educação continuada treina, orienta e
preventiva, que se manifesta na acompanha, visando corrigir desvios, ou sanar
indisponibilidade de espaço físico e de tempo deficiências de desempenho. Entretanto, os
para comparecer às reuniões, ou até na resultados esperados só se efetivam na
arrogância de se achar desnecessário medida em que todos os envolvidos
reformular atuações profissionais pré- participem da análise e decisão das
estabelecidas. A isto se acrescentam a mudanças.12-3
escassez de recursos financeiros e a
As dificuldades para a educação dos
rotatividade do pessoal.20
profissionais residem principalmente na rotina
Dentre os fatores que buscam explicar o desses, com respaldo em experiências
não envolvimento da equipe assistencial no anteriores de formação, que estabelecem
planejamento de ações de prevenção de alicerces difíceis de serem reformulados.
infecções, cabe citar o frágil ensino durante a Dessa forma, a educação dos profissionais de
graduação, nesse ponto, com uma visão saúde deve basear-se em resolução de
limitada e que não busca modificar a problemas e em atitudes práticas, a fim de
realidade. 18 É pertinente salientar a serem adotadas e implementadas rumo à
importância da universidade na formação de aquisição de um serviço de qualidade para a
profissionais da saúde mais compromissados, comunidade.5
uma vez que é justamente nos hospitais
Outro fato essencial é que os profissionais
escolas que se tem verificado a maior
consigam lidar com o controle de infecções,
incidência de IH. Os fatores relacionados a
mesmo mediante um cenário que exija
este problema são o grande fluxo de
conservar recursos, diminuir gastos e apontar
estudantes, profissionais e clientes. Somado a
melhoras nos resultados clínicos e nos
isso, constata-se que os usuários desses
indicadores de satisfação, visto que o fator
serviços, são pessoas humildes que além da
econômico tem influência no processo de ação
patologia possuem deficiências nutricionais,
no trabalho.21
higiênicas e imunológicas, além de conviver
com uma pluralidade de doentes e doenças, Fica nítido, então, que os profissionais da
outro agravo é o excessivo manuseio desses saúde que atuam na assistência em UTI devem
pacientes para fins didáticos.12-3 continuamente atualizar-se sobre as novas
técnicas e métodos de assistência na
Dentro dessa perspectiva, os profissionais
prevenção das IH, atuando como agentes
devem sempre buscar se atualizar
informativos e facilitadores mantendo
cientificamente e criticar os assuntos
parceria com a CCIH na meta de prevenir as
relacionados ao controle de IH, a fim de
IH.
aplicar o conhecimento cientifico em práticas
preventivas, aprimorando e assistindo o CONSIDERAÇÕES FINAIS
paciente com qualidade. Aqui, cabe ressaltar METODOLÓGICA
a adoção de práticas de educação continuada O controle das infecções nosocomiais
neste sentido. apresenta diversas facetas, das quais muitas
Na dinâmica das CCIH, é notória a são dificuldades passíveis de superação rumo
concentração das ações em torno dos ao êxito da prevenção. O processo de
levantamentos epidemiológicos, devido à promoção da saúde, atrelado ao constante
necessidade de se conhecer a realidade da fluxo de informações, demanda das
instituição, em detrimento da questão da instituições e organizações de saúde um
prevenção mediante a educação continuada. serviço de maior qualidade para os cidadãos.
As ações de controle de IH devem, realmente, Assim, fica notória a necessidade de se agir
se basear na epidemiologia das infecções do sobre a questão das infecções hospitalares,
hospital. Esse processo, porém, deve culminar um preditor da qualidade dos serviços de
em subsídios para a elaboração de saúde, na prestação de uma atenção clínica
mecanismos internos de combate e controle mais qualificada.
de infecção, norteados por ações de educação Os achados desse estudo, associados à
profissional contínua, e não apenas se resumir literatura consultada, demonstraram que os
numa ação de vigilância.20 desafios encontrados, em torno desta
O termo educação continuada refere-se ao questão, vão desde a adoção de medidas
aperfeiçoamento contínuo do serviço, visando cotidianas simples, como o ato de lavar as
à capacitação e a qualificação dos recursos mãos, até a estrutura organizacional das
humanos, tanto do ponto de vista técnico, instituições normatizadoras, provedoras e

Rev enferm UFPE on line. 2010 abr./jun.;4(2):587-95 593


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executoras. Todavia, os maiores desafios 8(1):19-30. Disponível em:


apontados encontram-se, sobretudo, nas http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_ar
relações de trabalho e no pouco engajamento ttext&pid=S0717-95532002000100004&lng=es.
de muitos profissionais de saúde na doi: 10.4067/S0717-95532002000100004.
problemática, o que revela uma lacuna para a
5. Konekewicz LR. Vigilância de processos
vivência de capacitações e discussões, numa
para a prevenção das infecções hospitalares.
óptica multiprofissional.
Rev Prática Hospitalar [periódico na internet].
Destaca-se ainda como fator agravante no 2006 Jul/Ago[acesso em 2009 Set 19];8(46):
manejo das IH a perpetuação do modelo 184-7. Disponível em:
biomédico ou biológico do processo de saúde- http://www.praticahospitalar.com.br/pratica
doença, por parte de alguns profissionais, ao %2046/pdfs/mat%2032.pdf.
tratar a questão da infecção hospitalar como
6. Fernandes AT, Fernandes MO, Ribeiro Filho
uma modalidade, meramente curativa da
N. Infecções Hospitalares e suas Interfaces na
medicina, ou ainda, um cenário restrito para a
Área da Saúde. Rio de Janeiro: Atheneu; 2000.
padronização de terapias farmacológicas
(antimicrobianos), ou ainda de tratar-se da 7. Morse JM, Field PA. Qualitative research
realização de procedimentos de forma methods for health professionals. 2nd ed.
asséptica ou busca ativa de infecções, e não Thousand Oaks, CA: Sage Publications; 1995.
como um espaço para a promoção da saúde 8. Ministério da Saúde (B.R). Resolução
que perpassa ações de prevenção, educação nª196/96: sobre pesquisa envolvendo seres
em saúde e terapêutica, envolvendo várias humanos. Brasília: Conselho Nacional de
esferas da instituição hospitalar. Saúde, Comissão Nacional de Ética em
Finalmente, é primordial, no confronto Pesquisa- CONEP; 1996.
dessa questão de relevância pública, a 9. Pinho L, Santos S. O relacionamento
convocação de outros setores do âmbito interpessoal como instrumento de cuidado no
hospitalar, não somente havendo a sobrecarga hospital geral. Cogitare Enferm [periódico na
na CCIH. Pois, ao se delegar responsabilidades internet]. 2007 Jul/Ago[acesso em 2009 Set
aos profissionais das demais unidades do 19];12(3):377-85. Disponível em:
hospital, haverá uma coesão de forças, de http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/cogita
modo que cada profissional ativamente co- re/article/view/10038/6895
participe no controle e prevenção da IH.
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Last received: 2010/03/20
http://www.ajicjournal.org/article/S0196-
Accepted: 2010/03/20
6553(00)90009-9/fulltext Publishing: 2010/04/01
Address for correspondence
Márcio Flávio Moura de Araújo
Rua Conselheiro da Silva, 708  Jardim Violeta
CEP: 60862-610  Fortaleza, Ceará, Brasil

Rev enferm UFPE on line. 2010 abr./jun.;4(2):587-95 595

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