You are on page 1of 12
A epistemologia “critica” Gutroflaoe ae Tense ele 2 is teuslizia API ASSU, Caged. K Ro- Franciece | fawn , 4992 to ido cs tsk grand coerentes eisterticas ama tented entencer = om econo das Te Tages ent ene Scsutande afabcloer o-ealct¢ du ngungem cleniica¢ cn pesquisa mctdln 6 tras igless qe presiem a todo enuncindo correto (em pirlemo ou pstivismo logiens); 2 tensardo alueldar & atividade clenfics e partir o una peeoogia da intaligénca, eulminando mani € fruturatlsmo cenelico e construtivista (episterologla de J. Piaget); 3.2 procure fo etuciar 8 lige cien- {fier e puree de uma sndlize da propria histéra das ‘léncis, de a388 revolugées e das démarches do exptito tlentitico (Buchel, Canguilbem, Fouemult); 20 lado, ‘pols demas OAs manelras de abordar a cléncla em sua a7 isitade, vemos surgi, reentemente, um ‘piterio SGA elise, ira dren the ce ps fm a mesa Tratace do uma reflexdo helen fans chats str pret, ei Slzagdo,o lugar, o alsunee os mites « ngltensto Sleultrals da alividade clentieao gue Os preten- Gem mmesrat ¢ as edna, hoje em dia, nko i rh trae por st mesmas; que tus Teulon Po. Sociedade Indust) ¢ teenScizada; que gs peaquisadores ‘Seven responsebiizarse pelas couneyOeuelas que ous Uncochortat devin ter satre a socedade: ave ees Dre- Clam tomer concelénela dr que, na vida aa cléncia, hi ons cs eos tne: aera oe ‘orrespondem acs objetivos da ve ‘que correspondem a0 desenvoivimento natural dda lene; portanto, preekum tomar conseiéneia de que fs clénela esta cada vex malt Integrada num processo 80+ ‘il, Endustia e peli, ‘Acepatemologlacrtieg pos, tem por objetivo easen- cut ticrogiret oe, (Ss ‘éentistan¢ deg téenicos. sta interrogegso terna-se hoje ‘uma das questoes cruceis de nossa culture. fora os ‘propria clentisaa que, em primelre lugar, colosaram ste problema Hd algumas décadas atrés, nem mesmo 18 ‘os intetectuais mais extremistas, que contestaram todas 4h Inaituigder existentes, outavam criticar a cléncia [Nem tampouo os niitas mals ferenhos, ao atacarem: todos ot vatons refmantes, colocaramn em questBo a ct fia. Ao contntio, estavsin convencidas de que & igno- fla era a ente de todos as males, e de que somente ft cltnela podria resrver todos os problemas ¢ CUrar to doe oe mates da socledade, Todavia, tal otimismo dese cpgecctaeenretd at ‘Vivo, HA tods uma mentalldade mais ou menos difuss Tendo por fuidamento ideol6gio a f na cléneia e em thus resultads: 0 deminio da natuners, « riqueta ma terial a orgariracéo efieaz da vide social, ete, Contudo, Deira cade wr mate ima suspelta yobre o aiimero eres Rinte de corsegiéncias co desenvolvimento eietieo: e dogradagac cas rlagies indvidunis nas socledades in- Gunritizada a tllizagso das pevqulses clentifiens para fins destruiores, » poosibilidade ce manipulagio cres- ‘Gente Gos iuvidves, 2 uulllaegSo macige deo clentitas, sree métedos ¢ ae xeus "produtes™ para fins repres- Sivoo ¢ obsasio patoligica pelo consumo, gerando um fegotamento rracionl dos recursos natura ¢ um™ po- falgto pratiamente ireversivel do meio ambiente, et Diante (esta stuuaglo, quo ¢ nov, es ientistas co sm a regi. & & a esta interrogagio sobre Dubles, epasentacee como um poder enipotente, come fom suber migteo, admirado, vernido,intervindo ex todos pe dominaeda vida, Podemos dizer que a sciedade atual parece vene# e ‘Trindade: Sivia, Tratase de um triunvirato “Guemay poe ore aptsntarse como um conhecimety 109 eat to puro. tmacuind oo aitertis, como uma cotem- Palo amorcae da Verda ss con Um conbectnen: {oteminentemente tension grectnando do ede uu Se tscuto um eganteco prota de produgto racine. Tnado eindsiriaenso ae no fobs dan fl nce. ses doer das rc agée co chamadoetabihmen, ‘nas tars ston ts stele do um ante 6 Cit sempre main, o homer tetera enente. Se como que tstalaco te ontate promeilo por ua iccmanre sempre tl aprons, One i ie tar suas esperanet? Tanta soabe ingtsae Sepa an sper tho ingen do ‘como motor essencal e Jncandvel felleidade humane, pareoeu no mals ter raaio de ser. Tudo indie que, hoje em éla, of clentistas tornazary-se objeto de propaganda, Quem nko os vé send exibdos fem toda parte coma vedeter ou cempedes? Como 20 fa ‘im um precieso capita, uri alto investimento cuja ren- tbilidade dove oor garentida: ume moeda de tree, una Inagenn de soarex clonal 9u lae0.0ge8. Num certo gen tido. a funcin da clentista fol taatyaieada. Elo 6 ma fespécie de ceber9 do saber Nutuando sobre o oceano de nossas ignorincias ¢ incertezas, Toda a parte cculte © ropriamente clentiien de eeu trabalho parece justificar ‘seu estatuto pristegiado, que ninguém parece contetar, No entanto, 0 clentista nfo pode ser estranho & “socle- ‘ade do espaticulo”. Noe Gist tempos ele aalu de sua ‘iegdo neutralista¢, com eb, também « elénela. ‘Torou-se famess, no lafelo da tina guerra mun dia, a atirmagio rando vooss vi- rem ago de tecricamente ‘eliias (eveet), continue cm frente e fajamno, sera se perguntarem s06r6 © que 6 preciso faze, a no ser cepcs que words tiverem ebtido {24 sucesso idenleo". Come podemes noter, esta tean- ‘ila “ierespmssbitiéade”, que fer com que « cléneia ‘conserve st eariier Idle rio somente degrada o len ‘ota, mas reela a impoténcla da prépria socledede em fconceber tim proto que seje capes de finaliacr © pro resto clentifce, ume ver que ele estaria entregue A Snarqula de seu préprio ereesimento. Ora, relativamen- te mie cosets, ¢ aro gue Baan sobretudo pen Himitagho dos erates. ° flentiste flea eubmetido a insténlas burocrétiess es ‘ramhes & atvidade propamenta racional, Dende a dispute des wentistes, que se verificn na concorréncia fem vista da gteneio de financiamentes. Por outro lado, fenquanto ‘para 0 clen iste, um derejo meramente remantico ou 0 cbjeto de ‘ume’ futurokgia vaga, o Unico modo que ele tem para reconguistar tua sutonomia conaste em vincularse act poder, pare que este Inspire direamente uma politica Ge elineln Todavie, mesmo neato eas, sameTbante po- tien ainda yermanece uma alana fama meacin de racional e de flonal: De qalquer forma, 20 20 aprovimarer do poder poltie, er dentstas cumentam sua dependéncla. Sen ‘20 assim, tela ainda sentido falarmos de meutregade eer, pr exe, um acne lcance univieal, caja causa posse ser atrbulda & ires- ponaablldad” ot “plenario” dos clentistes, como po- Gerlam oles weg? HA duss possiblidaces de tomada de povlefo: a) 20 ees accitam esta alienagio como se ela fosse tum esindo de eolsas natural, continuando a exta- belecer uma distingto nitida entre « responsabiidade ‘da eriagdo ¢ 8 da utizapdo do saber; v) ow entlo, re ‘oltemse cota cla, maa temblm contra eeu estado de Drodutores wneutroe” de Informagées, passando # pree- Cupar ee com os objetives fundamentals da petqutse, ua ‘Semunco ea pier, co cena dee- made on conegeio funduenta dx rata de nin trea, Por cute inn, devia sbandonee 8 ‘cite sempre Siiliibe data © ‘contarsinagto pare ace ltln de urn ciency, copes Ge waar us eases gus sis meant com a cede, ben eomo aa oterafes tu ulzagGen events una voted pode hee focihe, Farend nto Srnistns tomar mpegs {pes cutcrprominra econ, pesenas fot upnae com asses que poder ter eas deans hectoertane tvengtes pare fn nfo-nomanoa, Tole sia soundo a prime hips, oe slontsas gue do. {aie al alte continua conioarse nuns ct {s eva do trabaino efor «toda responasbade © argumento que tlm, aparentemente Iefitave Conctrae QUIROS etn naa tem o> co co Con oee eeee Pal patios cx ito ‘etasleres an Béla eto a gual, ano havenio un {autho ehcmente nlite tre etin e duaherf- erie are ercwcnerece ‘ittier ce cbetivignde,fando to sabor day mungies oie. Contudo, & um fato que citneia et rudende. As condgfios met is da peaqulsa ‘chamada de “pura” (aéria ou fundamental) alters- ramet gubslancialmente. Donde a questao: 2? B qual € sun verdacelr ? Falar da signlilcagso ds eidneta cousste em elu Jar, de um lado, © termo “einen”, do outro, o termo sgnileagio”. Soré que ale pxienos ‘elar de.¢ etta- cla? Nio seria melhor e mels correo empregarmos 0 termo no plural, e diuermes az eiénsles? Quanto dize- ros a ciénci, nio eslariamer adotando, 4 fale, um ua nes ona ve ne soto tenet Dm ee — oooh foe tie ete ionarwen mes Seer ees che are Mes ett’ perc ge soe Staite Sto ica mo ne ental amit Fai tat etn ome SRO, cencceoies pena See area acetone oe ira constltul, nes “industriieadas, signif cee ae cece evans os SE ee Dente os oe “Tate “pater” dn inela to oe stan fore i saree te tse sere ON re pn et acre apts beam mare Toca amma: sana aS face Bie, Contud>, ndo ae pode negar que, hoje em di, elk esempenhe um papel tio importante no desenrolvk ae ia onges produlores, que hé uma pereminéncia Seaaber pare © poder, Winguém contesta que a pesguss Gentes wbretido em nossos dias, comands cad ves a mais diretamente todo 0 desenvolvimento eonbarko. O ugar que & ciéneis ocupa ma soctecade atual#t8o gran- de e to signiticativo, que ela te lerne ama dis moels Iimportantes atividades hurmanas, a ponto de eonstitulr- fs mesmo numa das formas expecifcts da exatincia rpoderna do homer. E 6 a cada ou de desenvolvimento, estd fatimamente vineuls- fo ao poder que o saber ckntitico cantere. B mmos dae que nfo 6 mals posse) ad- ‘muito que ela perdeu sua "'neatnela” ou sus Yeandura”. De hé muito que ela ¢ aomplies d " ‘rlalzacto 7 continua a raclonallzar seu funelo- Generis evaicrr en wtcrate De mee oa ‘ecco eta rateriaide maifertadem nde, Cet Sher eta gaan em perfor ao ove fle ‘de a mutipicar esate de sos pti epee “nena, 0 goer ce sur ntrmentay errno sn ie lt pa ua fas necting guile cor, fle ds partis) ao ase (eporgeo 20 ee 00. Com induct pon denen mato de ena cane que Ge ue, © tempo @o "aenca isgar sna snout coos at ane wach ou nr oj el enouno ands Jogo epic Gu cect As wee do pasado m ‘edeu lugar 1 bi sofende atual. Houve uma Invasio da Tertigem do quantitative. A pesquisa foi absereida na fapiel do eescimemte, Eat sempre & cate de eréltgs. ‘Aveta on cortratas que thes eo ofertades para subsist ‘Avcorrida erramentista 10 serve dela, Outrora promessa ide felicidade a ciéncia torna'se amenca de morte, Esté hoje subordada a instincias burocriticus que slo e:- franhas b sividade “racionalizante”, B as tomadas de ela nfo satho male submetidas numa reulaments- co proprianente cients s, tines, 60 que biofalla, Muites slo demasioramente arpa, f ponto de ago mals distinguirem entre ciéncla © expe Culncho, Osizas 280 por demas retritas. a ponto de re Gduzirem a cfc ao saber funado em fatos observives tradunidae rua Unguagem formallzada e susceptivel de uma verflagdo experimental em laboratori. H& uma rraneira “jvallsta” de ee conceber a cigncia: ea seria tata procure dexinteresaca do Conheclmento ou da Ver (Oude. For oro ado, 1s umn malo realist, porten, fm fetnna ae eencebéla: ea se confundivia com a tecnolo- lt, com o saber meramente operacionalizavel cestinado f peodurie ndustriaimente. Ura cola ¢ cotta: n80 po- eer Foetoien oc ses, por OULD, pademos considers come fama maneta de inierprstar a mundo. Na relidade. o- dm, poderos coasiderivia ‘Fuad aeaderia, acus grupos Ge pressio e seu ritual pr6 pelo, F seth verdadeito dizer que ea se tora cada ver tor Baste analisarmos atentamente a5 Con elo contrari, us fomas tvados were Que 0 saber cients no 6 as como outora, eminentemen'e raconel, sean matio ae Dok ni ni” tule Sea cienea et so mesno,sZo cendiclona das e evluem. Por outro ado, 0 Boderaoe alma Com trangiidade que os clases oem kero de pre Conceltes ou de parti.pria. Hesse server: des liagh agio, Nio esto o abrigo cas Meng nem Gat pee és soces, Na medida em que @ clénela penetrot na indistla, fo) protndarente indoscallaca Isto fee alee que os fing meramente uBliérlos pred them na orlntapio da einaa, tas que a8 nowas i felctulse ties doe Gentes sotreram ce efeto Ge notes imperatives, passundo cada vez mals a depencer a a “mundo clentiice”. As ‘que & principio Cems, rca gu dtr ope tras 20 intereso imanenta 8 lénca et pay pe aa Suara anes rly mrt na ec Se pee ca meee fom (el pela experiéacia o que implica uma du- ‘alopecia: , Sntrinseea A teria, alters eet oacenar opera (Geeta, ce natureca exp:rmental, tenta conserui él ‘oaltvce experimentale « efetuar medidas. B & por ieee fue, na elfpela, nfo se distnguem mat a coatetaois Ge saber” e a “consciéncia ¢e poder". Porgue, a> tato, 146 — J do que nuns, con- ‘Por conseguinte, juer no plano tedrico, quer no pr tien, a eléncla st fustifien por seu poder. Alia, este € um fos exgumentos mais uitlzades pelos elentistas quando fe trata de angie funds pare suas pesquisa: o inte- Feeve social ou prética que elas poder proporcionar. Ege ndo fosse sim, ” conc que no Seer ee ar Perini Saute on fe eager a sete sles re ese ah vane BS oe ee a eg op ee pp oar ee eke Se cae a Sa Gig sane Dee ese poder da tecnten 04 da eltncia realiaada, quer no poder Eevcertoe nomine, ce Marneeratan"” Ra idealogin gue funda a cléneh como poder chama-se cientificism, Re. Bie cele selene en eae cere (© wientifiaamo eontempordineo, através de um pro- ‘eeso Ge “anexagio immperiallata”, eviow uma Idzologla que the € propia, Base eologia tem todas as earacte- Tsticas de uma verdadelra religio. © grande pblico ‘omo que velnms © presia culto « esta nova divindade fo sécuto: a cénela, obretdo, suas marayilhss teeno- {ogleas, Ndo bi muita aiferenga entre os adeptos da "re Nelo cléncl © 0s partidérios des cutras religiges. AtE Pademor nor prgunter ae o einticlemo no suplantou fe demals relgives trediclonals, pelo menos enguanto “peiglio”aaserurundo todas as “verdades". Sua snfén- 1 fia nas mentalldades e na educapko emrodes os nivels 6 tio grande, que uas "verdades" parecem ‘nciseutiels fu assemenam.se & dogmas inqueotlonSvets. ‘ao leso, apesar de o grande pubieo a Neate comin, ee ser eolarecedor. AU ese now mele unlvertiron, 4 clinciaqunce no €coneci, ps contin aren (camo previa eordenara Com fe) duns como oe ea Soar ure Se Sela” 256 por io que a patovra “lena” exere tal fa conagio ¢ ta! poder na mertaldade Go homem eomum, Se heen at apresentars co a Brigentenente, Mas nem por iso a grande malorla dos RO. ‘Hens deiza de ver na linia urn eapcie Ge "magia ne. fra, tho Indlscutivel ineompreensivel ¢ a. autoridade fe sins "verdades". Bf exatamente nso que contste o carter Enguento ta, esta ‘dimensio & irracenat e emocional em as Moliées CContudo, por outro lado, em sua pratice eotidlana, che. ‘se & ser prosuncamente imtolerante. Sem falarmos do ‘speta da jae a lanltinicra tem a pestenae de tr ou erado todas as religides¢ todos os mites. Pretende ba- Sear bre & Rea: © que nem sono va ade pie, fs palavras dos teendiogos, doe tconceratus e dos experts (8 noves "pontifice” dessa nova “relighia") apresen- tamse come palarra em matéria ce verdade dessa "religido' ¢ Daatnbe herm6- Abs, nem ehega a ser ura in fu, mas um conjunto de disietes, cada um com su Jstpto especlatizedo, noma verdadsira "tore de Babel” ‘onde ninguéen entende singuem. I toca a ralidade,tn- clusve a experiéncla¢ as relagées humana, teria que fexpriminse nesta inguagem eifrada, coma 9e 0 mundo ne esse wma extrutira particular no selo das mateméitias in sume, t clticia et tecnologia, que dela decorre, oblemes do homer, E eomente os Seta ae ome cee mente ttm valor seus pore: ‘ra, olentLsumo atu, evade 40 proamo © do sto atu, oF apestnta com tes exis iulto eora pss ser = reronpi, onto e neceaede, None. Todas, poteona mr tcrmon a petento goa iets oo ensue Tas open contr Ut See Sess "verte in tera eile Gr a epstemolga vite pocira deena. Poder: lost t eon sine STEED Toplias. d eetieume sta Em Br GARR, Nicer ca tented gue 38 aarte foro versie real © onesie cetfeamente CGreecra, agu gue pe expresso quant {Savane gut fou et forma ou ser sep se heenaee de inborn, © combat qe ti suse ass cones evra me toned ee ese ao snleamente ebjervoCoptnts ‘ aa : per, will eos pent, pera aléin des vociedades e das formes de cultura. AS Tensegiea, as experifneias do amor, do praver, da dor, Ge cmoio, da era, ete, devem ser abolidas €o dicio- histo do conheslmento verdadeire. Porque, de fato, 96 x eas rece: 8 Se aie, 9 «ob x RE piss co ont aaa ge expe mcrae srgein mi Peerdede se kenifiea com 0 cenbecimento clentitco ‘Tota realidade, para set conhecida de modo verdadelro, Me [uw See “ecco or Sea” Peter tentsepercse cen: Heaps cognitive, dete vaso domilo de questing que se ocup © aque bij se cenomina be eros Cn. {tan omega a eomprendert amblgade do pepe ae deversprntam ou que alo fogados a Gevenpeaar ‘no sto de bockedade’H dear eos uma, cla Fesponedee!, no sevens conslete do au Papel re e suns fongiee cin mar tamblrs peestpadn em entre ot. pio menos asst suas propane. Sts centro du scence Ses queen talat a Cone: se ur pe fer ae code ese wf ur du Mtn, Fesutadon ets feoesns € snvengées cientift ee aoe rb pris «um colecionadr de selos, mas nio Aqueles que Interforem diretamente, quer quetram, quer Mo, nas ‘cansformacdes socials, Ao tentarem fazar uma relerao tsi deervelvendo unm — inés chamamos de “erin” NBo se trata, de forma algu- ma, ce negur a oxpocifeidade da cléncia. Trata.se do mostrar que ela ndo corstital um mundo & parte, uma fespécie de rein igolndo ence os elentiatatviveriar para fo “suber desinteressade”, Evidentemente, eles constvoem lum saber rigeroso, governado por normas recionals, onde 5 teoras cio confrontadas com as experiéncies. Tods- ‘la, 0 que a epstemologia critica pretende evidenciar & que, na prética, as cosas se complicem e as peaqulsas Neo em esa teanspurdneia e essa objetinidade que fe ‘quentemente thes atribuimos. O que estd em questéo é © proprio pape! de clénda, Se ha uma “eriee” da elén- la, & pore MA clentistas que se interrogem sobre & Slgnitieaghe de seu trabalho, sobre a verdadetra signif! feapdo ou fing que a atlvidade clentifica deve desem- ‘peniar na sociedade, e sobre as rerponsnblidades que los dever assur diante éaqullo que fazem. Por outro Indo, Rd uima "rise" do melo clentifieo, € porque os Cteltos des ou indiretor da cifncla sobre todos os 3 fores da vita social susitar reagbes de temo, de mede, Ge trastendo, quando nko de rejeigio, Sem duvidn, de- (tes precsenn ser temadas, Pena que no hajs im tnétodo obetivo raclonal pare determinG-tss Bate tho de andllse ¢ desenvalvido por um dos mals fnustres moras da “Escola de Pranks", 1 a ae pantie ar Oey Co Platt, em La teenique et la science comme "idéotogie” (trad, fratcesa), Haberinas faz uma analise bastante pertinentedo toma “Clanca e Sociedade”. Em particular, fle ge dot sobre ersns questéer essenciis de que fe Sue E para abordar o prover das relagées centr por exemp’o, bem como entre fica Si polit, ie Ustingwc wes odslce: Erne tl ee (ave toma de empeéstino . Ty ha UWE tberdinagso dos especllisas AAqueles que deeidem pouiicameate Sid estes que formu- Jam as oes fundamentals, reterindo-se de modo male fon ren recional” a certos valores; mas si0 08 expe- Shain or forces ey “mck rcionai” ele rd Sh ce oesdaan O Se ETE c » piles opie tornewe Se et neta Se mca iteligenss erin ser tctaenclcaen em tron pin, se tio chinio do tennn cx roenas se taneformam eee ees tran Come tak, Sper ser olvidar pelos experts, As questdes concernentes & t Fpildade, aos objeivos a em perseguldes, slo elimi: ast | redas. O gue se pretends teser 6 depender as deciates poiticas Unlea e exclusivamente ef iOgica das “congdes onjetivas" E ¢ por ver em tudo isso uma lusto per t optar por um terelro modeto ‘implica em fungie de urn "projeto palltieo” ‘que precisa levar em conta az poesiblldades tence, Scmente este modelo pode, para ) apreseatar ‘im vineulo necessicio coms democracia, Atuelmente, porém, este didlogo nfo somente € dif, mas, quese Impossivel, pois a tecnocraela tmpera e domine, Dara ree ‘e Instaurar as condiqbes de Unt veTdadelro e_ pol s leo, de nfo. mais eonfunditmes questdes Wenieas (como fazer?) com questées reativas aoe tins (quai 0 tipe de socledade que queteres?). acionaiée oe", "de ativida- & econdmien (forma de toes 30'nel Go dren et Vado «tore Sorin de dmg) ase soles au or cs at Siemeeatees > int Henle. 2 ca ‘hal pest ar apres un SE eg ther cher ent mos dose uaa Rgeestoeae ‘Seonsopas eo npanar "aster" ena nt ‘a nalines prebencate fzes em tanger dah Wo entane, nu mca co que ent racenseneho rent, to ts sparc de rete de tees Uru rina nano um iebe de flees maces ninco no slo do qual stots as eps cao cas sition ws GR Ene tote ao aamito dn mctpaago iene Ito fer foro eenagitsla cn tps entree te dmagaa 82 sobre a naturea, mas também sobre 2 socledade. B neste ‘por sua prépris estrutura, ‘Donde & idensidade entre “eséneln” e "Yeniea” e, por eonseguinte, entre "teen ca e “deminggdo”. Em virtude ee teu proprio métoda fe de sens concitos, a cinea projetou um mundo no in se também em do ‘5 pode deixar ee ser “politico”, uma vez que e'a se torma forma unvewal da prosugso material, define umn eu tura e projets, sants, um "mundo" interamente die E é exatanente por isso que a imagem de marca do clentista e de suas atlvdedes esté hoje seriamente aes vst cr i cs = {yr formas de co (artistic, mlstien, Mo soto) pia thjeUsidade de seus Wwureanan, pea cotbenn fe suga else rarantia de seus resultados experimentals, Ehdadouen' atiecttc evertendo Gas cen peta socledade fem gue se inere, aprestntando todas as marcas dessa Sociedade, refetingo todas a8 suas ambiguidades e con- fradigees, tao em sua organizzgio interna quanto em sua roprlamento {gen Sen 183 redlea, real hoje ad meas fangs que tsio- flu duempenhava ne Tde Média. Ate pace que sos bere! oe coxpenat ee sua ttle tne fe eapecaee, ca tertintnig de tmpottct de fru "rain de lgvorocla > omtem modern. Na eo ecpitn, i én sma organiadh« ecole rt nesses, para ce. Ge soar lenagn. © 8 ent torso to vepetacie, ‘sesh a ‘tomincaet Sheades ene en Sonatas que # leno do con. de 2atuema puree cont Secegcto do poser que snail 9 proceso. lentifon Udenln © home modemo deegou sun clei tts- ‘ulmica ot mii, ons também, por utr lado, dle fou ar saber aos compatacoey, ace proemnes, act Droctsos de estomacio de ernie sti. com Sin elem orn am etemado. No ne, poderce et ue i no sabe" le ago que conta 80 procs Serge a orige.Quer ot: ni sabe mai ello ae vode, Portas nia pode mai ule gue pase, Pore So al gee pot ma © so pe de transorma see lei, «pari Go moment em ue pictnde pore emo a dni forma de vasions lidad® possivel, Podemes ilustrar isso a partir de uma anilise sumaria do coneeto de a ‘Quais as carscteristions da aTRdade cientiticastua!, tale como a epstemolog’. centemperines as pereebe? plstemelogia abut reconneee stxceptivels de compor um fixe ce rriacoes mate ov meres formalizadas, Eases objetos pnfem ser pucamente ideals (logions ou materdtice). Fo felze de waqdes forma sistemas feciadcs, rexldos por algociimos definidas @ prion. Ou entho, este fae ve relagées pode ser conetituldo por reerénela @ sma 184 realldade, endo 0 papel da axiomatizagho o de reinter. pretar decuivamente o conjunto des resultados adqut- fos num ioniniolimitado; ou entio, o de servir de ine frumento de pesquisa num eampo inexpiorado onde os Aedes de observagho nfo se prestam dizetamente & i obese experimental. Era 8 eplterotonla Peconect praticadas sobre esses fbjetes e sobre tu repelibildade pode ter 9 fate do algoritmo empregado ou 0 da verifleagio ‘Experimental, 8 dela que deriva a in de “conirale ob- jetivo” aque deve submeterse o centista, i 2 eplatemologia zecomhece a (charac de "prosresso"): de um la oa con frugio di objetos novos, de outro, levando em conta @ fragmestacio de um dominio do saber, dando-lugat 2h remifingao de uma eifnciam> em vias diseipteas Derma earactristicns, m ot Penne STEGER dis conta om a. oa dete do aber 0 slr neiate i tifee dev ao valor dos objetos eonstrufans, ao pode: os modes empregeioerelatirarsente aos dads ds ex. ritnet.¢ nko 4 umn Tepreducéo tel da “realidade”, ‘A objelvidace eientifiea nfo est sents de ros, nem Tampouto pode eximi-ee de uma escolha; #86 podemas falar de "verdado” cientifen no sentido de uma conve: fldncla sce cs modelos € a6 predigSes que eles podem futoriear € 08 fatos realmente pertinentes. Bsta conve Iléncia we define, formalmente, por uma nflo-contradi- Nas cléncias experimental, a “prova’ consiste En mnerar que as respotzs da expzléncia as questées Ghe The sto coloendas, nio contradizem uma hip6tese fhom eeajunto com exelusio das demalsi(® A objet (lage se define, em tims andlise, por um respite As 45 eam is ann a a ging nt woe unre rm Ldecldgica que se eevetenta & atividede elentitica Fa Go resultado de urea dupsa objtivagdo: de um lado, (lewpraut cesta asus, aj cesemetvimento con: fepulmos parer a fim de estabelecermas um saber que eprotuza "parte" de real: do outee, a GB@pBhibe deten- {do saber. er troca de sua nestralidade ¢ de sun sub rmlesio ao real, Portanto, a epstematogia eiiea nfo nege ‘que a eine sea objetva, quar des, forneea verdades ste recto ponto indepensentes da histévia daqueles {que a fazem, Tambémn no jgrora que o elentista seja ‘ebjetivo, quer dizr. soja capaa de deseobrir eseas verda- es, apagondose, até certo poato, dlante delas, « fe2en- foo ststragi de sua subjetividade ou elevando'se aelma Ge suas paiages« preconenites, SK n atioluio e aise, nalibéepetenci da reatonse gues pictende conhecer rtivamente aoe melas €o fonneeimeto. & tse mages densi que fore 0 ai ee im outras palavras, 0 objetivo da epletemologia eri= Higa € mostrar que se deve @liinglr, na cléneia tual, de um lado, 0 mito da Ciencia que necessa- do cutro, 0 mito da Clk © primer mito fol accito por multe tempo como uma espicle de dogma ebsoluto, E até hoje wie ainda serve de argumento aqueles que pestulam ft. 186 hanciaments Segundo este medo de pansar, a cifnels ‘Gove eer jtigada pelo valor social de seus resultados, © segundo mio, portm, toma a ciéneie como senéo seu ‘proprio fim: cha a6 deve prestar contas a si mesma, Isto fio quer daer que nfo posse prestar servigos, © impor ante, porn, @ qve Cnea.Pura seja sempre uma ‘buses dosirieresaada do Conbecimento, Bste ¢ um ber ‘em sl mesno, sem nenhoma eigatieacae moral o% poi. {ira Ora, éapoiande se newe mita que 0s clentistas f= rem que ‘a ciéneia” no € responsével pelo raat uso ‘que tercine poses fe2er dela, por suas apiiengdes no ‘Gives ao hansin, Ge clentistae ge Imitam & procura me {iadiea e desinteressade de tm saber sempre malor 2 mais certo, © fideo cu bilogo ndo deve preoeupar-se com as feventuaie tlilizegaee que poderdo ser ‘elias de seus tra. balhoe ot Sescobertan. Easas utlizagdes nao podem ser ‘oe sun reponsabiidade, mas da do poder politico, 2 ‘retado ds reeponsabilidade do sistema industrial, Alés, eee nom podevlam prever eventuals utilzagies, Bs fas paderip ssvir para o bem 03 Dara o mal. Cont 9, rile argument vista, parece Intact! Costods,« epsiemalog etica rom mat var qu acinen forooe sn ser; que ee Saber cote dere gt, equ ie roy wrvino a fis W- econ iam rapt os Censta que cx produzen ot ute nist tem mode oe oda lee Para fund, dem ido, con Shera et fre nay “i ipoitame de pages chic. Ora, nos Soe eget naje a Cimeneto soil ox lence, Basia Topo w cites pera vermos que © psqusn € sube fencatrete integrade 4 um sniern Soo-econiaico- seincormitas pete, Enquano indie, © one 17 lista pode te movido pete curlosdade intelectual, pelo esajo de fee descobertas, por boas iniengies, ete. TO: avin, quer te quer, quer Alo, a eine tem uma fun. ‘edo social ‘estente no desenvolvimento da. sociedade no progreso tecnologleo, E isto ndo eptesenta nada, 4e evcandaiao, Pelo contrrlo, seria prego malta inge- nuldade ou erts candura pura se achar que 4s Insitule es financiidcras de “peaqulaas putas" gasterlam 20. ‘mas fabuloss por snples amor A Clénela-Pura. por etm. es culo ao Gabor lao» interro- ‘visdes do mundo” que sstio implcitas na Atiridade cletifin, tentando descobrir mela todos 03 postos ¢ condicionmentor poseves. nnem tampouro ser diretamente veritiendas por eles, evemos pasar & idéla segundo © qual as clencias # construgoes arbitrdrias, For outro lado, da ida sa do qua! © Método ndo pode ger absoluto e eterna podemos comtuir que os mélodos nao tentam vale. eplstemoiogta critica ndo pode consitui-ce em eplsie ‘o'ogla hipecritce, chegando a negar a espeiteld a eitnela,o1 a afirmar uma concepedo radiealment rlativista e mesmo “irracional” da cllnela. Bla contes: ‘as formes ingtuas do clentifiesmo, Al ee exeree 88

You might also like