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VICENTE RODRIGUES Gradua em Psicologia pele inversidace Feder Ciénias oa See de Porto ‘Alegre (UFCSPR). vieentaroarigues.1@amai. om (MARIANA BOECKEL, Picologe, Meste em Pricologia Sociale 8 Personaiiae (PUCRS) ‘2 Doutora em Psioelogia (ucrs) ‘marianapb@utespaedubr Recebido em: 03042010, provado er: 14)0572016, CONJUGALIDADE E HOMOSSEXUALIDADE: UMA REVISAO SISTEMATICA DE LITERATURA CONJUGALITY AND HOMOSEXUALITY: A SYSTEMATIC REVIEW OF LITERATURE RESUMO: Tadicionaimente a Psicologia © a Te rapia Familar cantarame-se ra compreensio de familias geradas a parr da uno heterossexua Condo, tendo em vista a dvetsidade das con ‘iguragdes familiares. avas, faz-so necessano compreender conjugadades que fogem norma, ‘Agatir de uma breve contetuaizagdohistrica, 0 presente arigo obeva revsar sistematcamerte estudos que nvesigaram reagbes conjugais entre casaishomossenuas na reaade braiera. Para tanio, a8 bases de dads Lilacs, PePSIC e SCELO foram consutadas,resuando em sete artgos Mediane discussao dos achados, obsenonse que 4 pesquisas tetas no Brasil anda visam caracenzar esse fendmena, atculndo a seus resutados a tematcas coma a homo, fled biidade nas atibuigdes de geneo, apoio Soca, ‘questées neentes aos relaonamentos e a ele ‘matdade do relaonamentos contemporanoos. PALAVRAS-CHAVE: conjugalivade,homossenia- dade, nomoconugaldade INTRODUGAO ABSTRACT: Psychology and Famiy Therapy tae ional emphastas familias generated om the heterosexual unions. Howover, given the diversity ‘ofthe modern family configurations, is naces- ‘say {0 understand conjgalties out of the ord- nar. Stating from a bi historical background, {his article ams to systemateally review studies {nat investigated conjugal rations between gay ‘coupes inthe Brazian context. Therefore, Liacs, PePSIG. and SciELO databases were accessed, resulting in seven located articles. Tough dis- ‘cussion of the trngs, twas vere tat he e- searches made in Bra stil intent to characterize ‘mis phenomenon, articulating tai concusions ‘wih themes ike homophobia, flexi of gender assignments, social suppor, topics related to ‘elonshis and transience of tie contemporae neous relationships. KEYWORDS: conjgalty, homosexual conjugalty homo uuando se busca pelo termo “homossexual” no diciondrio Aurélio, en- contra-se, naturalmente, uma definigio que carece de complexidade: ser homosexual, segundo tal verbete, refere-se “A afinidade, atragao e/ ‘ou comportamento sexuais entre individuos do mesmo sexo” (Ferreira, 2004). Ao abordar a tematica de géncro ¢ sexualidade, 0 socidlogo Anthony Giddens (2005) apresenta uma conceituago que vai ao encontro do que define o dicionério: a ho- mossexualidade é, de acordo com 0 autor, uma orientagio das atividades sexuais e afetivas a pessoas clo mesmo sexo, cuja aceitagio varia conforme a cultura na qual se esta inserido. Mas por que um conceito aparentemente simples pode causar controvérsia © orientar longas discusses? As respostas para esse questionamento podem ser diversas, mas varias delas convergem para um aspecto que Giddens sabiamente apontou em sua obra: a cultura. Na Antiguidade Classica, as conviegoes morais, religiosas ¢ politicas acerca da sexuali- dade divergiam das culturas ocidentais dos dias de hoje (Ceccarelli & Franco, 2010). Na Grécia, por exemplo, as re- lagGes sexuais entre jovens € homens mais velhos detinham outra conota~ Gao: era possivel que os adolescentes aceitassem a amizade eo amor de ou- tros homens com o intuito de absorver seus conhecimentos e suas virtudes (Naphy, 2006). E com a emergéncia da cultura judaico-crista que as concepgdes que temos acerca da sexualidade humana comegaram a ganhar corpo (Cecea- relli & Franco, 2010) A ideia de que a homossexualidade é antinatural, uma vex. que nao propicia o surgimento de novas vidas, passou a ser fortemente disseminada pela Igreja Catélica du- rante @ Idacle Média (Goerch & Pichi- nin, 2015). Com a revolugio burguesa € 0 Tluminismo, a Cigncia do século XIX deu continuidade & perseguigio realizada pela Santa Inquisigao, po- rem de modo mais intclectualizado: apoiavam-se em conceitos advindos de dreas como a Filosofia ¢ a Biologia para rotular © homosexual como um perverso, uma anomalia ~ ¢ nao mais, como um pecador, um sodomita (Cec- carelli & Franco, 2010) Foi somente apés a segunda me- tade do século XX que o movimento gay comecou a ganhar notoriedade e reivindicar direitos civise visibilidade social. Apés protestos de ativistas em conferéncias anuais da APA (Asso- ciagio Americana de Psiquiatria) € 0 surgimento de dados de pesquisado- res como Alfred Kinsey, a associagio responsivel pela publicagio do DSM (Manual Diagnéstico e Estatistico de Transtornos Mentais) retirou, em 1973, a homossexualidade do seu rol de psicopatologias (Dunker & Neto, 2011). No contexto brasileiro, um fe- némeno social semelhante ocorreu na década de 1980: 0 Grupo Gay da Bahia (GGB) liderou uma campanha nacional visando a despatologizagio da homossexualidade no Brasil. Foi «partir desse movimento que a iden- tidade homosexual deixou de ser considerada um transtorno sexual ¢ passou a ser enquadrada no cédigo 2062.9 da CID (Classificagao Inter- nacional de Doengas), que designa outras circunstincias psicossociais. ‘Anos depois, em 1990, a OMS (Or- ganizagdio Mundial da Saide) aboliu a patologizagio da homossexualida- de também no plano internacional, retirando-a de todas as suas listas de doengas (Carneiro, 2015). Diante de um cenério politico como esse apresentado, ¢ natural que a tematica da homossexualidade des- perte inquictagdes na comunidade cientifica. Nomes como James Green © Guacira Lopes Louro ~ historiado- a que se tornou referéncia na drea de género, sexualidade © educagio ~ se destacaram nas iiltimas décadas. To- davia, ao mesmo tempo que oferecem grandes contribuigdes, esses expoen- tes suscitam entre pesquisadores da frea de Psicologia uma indagagio: de ue forma os conhecimentos psicolé- gicos podem contribuir para os estu- dos de género e sexualidade? A partir disso, chegou-se & conclusiio de que seria pertinente estudar nio apenas aspectos intrapsiquicos ~ tio vasta- mente estudados ao longo da historia da Psicologia ~ mas sim focar em um elemento essencial ao ciclo de vida humana: as relays. Diversos estudos acerca das rela- ges gays tém sido publicados inter- nacionalmente (Mohr & Fassinger, 2006; Starks, Newcomb & Mustanki, 2015; Morcira, 2004; Julien ct al, 2003; Joyner, Manning & Bogle, 2015). Joyner e colegas (2015), atitu lo de exemplo, examinam a estabili- oii feet: towns sini wwe Hisoriadorconsagrad pa bea Al do Carne Iomesenuaidate masclna tn Braid skal XX, 200, Nova Perspectiva Sistémica, Rio de Janeiro, n. 55, p. 96-108, agosto 2016. 1 8 | Ante 2016, * sig para t2sbicas, ‘cays, sexta, Haves, Transexuaise Tansgineros ~ Terme cunhado por “ygant Bauman, 2006 dade de relagdes afetivas e/ou sexuais entre jovens ¢ adultos hetero ¢ ho- mossexuais, a partir de dados de um programa denominado National Lon- sgitudinal Study of Adolescent to Adult Health, sediado nos Estados Unidos. Em contrapartida, no contexto brasi- Ieiro, podemos citar trabalhos como os de Maria Berenice Dias (2009), Eduardo Lomando ¢ colegas (2011) € Anna Paula Uziel ¢ colegas (2007). Estes tiltimos, a propésito, reuniram em uma coletinea diversos artigos idades e parentalidades Dentre as intimeras formas de rela- «es que podem ser estabelecidas en tre 0s sujeitos, ha aquela na qual duas pessoas, advindas de familias distin- tas, com suas caracteristicas € histé- rias de vida tinicas, compartilham experiéncias e convivem com um de sejo conjunto, um projeto de vida de casal: a conjugalidade (Féres-Carnei- 10, 1998; Oliveira, 2012). Discorrer acerca de relagdes conjugais implica nna andlise de uma perspectiva histé rica de como os relacionamentos tém sido edificados ao longo do tempo. Antigamente, os casamentos eram arranjados segundo interesses poli- ticos, econdmicos e sociais, indepen. dendo, dessa forma, da vontade dos cOnjuges envolvidos (Pereira, 2012). J4 no final do século XVII, o Roman- tismo, movimento artistico, politico, cultural e filoséfico que aflorou na Europa, gerou mudangas de valores € ideais e fez surgir um modelo que ainda hoje € referéncia nas priticas amorosas. “Seus aspectos mais evi dentes eram 0 sentimentalismo e a valorizagio da singularidade, a qual deveria se manifestar através do uso da scnsibilidade ¢ da capacidade ima- ginativa’ (Amorim & Stengel, 2014, p- 181). A partir dele, aspectos como a privacidade, a intimidade e a con cessio de certa margem de escolha pessoal passaram a interferir direta- mente na formacio de casais, abris do espago para um conceito de amor que € idealizado ~ ora prazeroso, ora causador de angtistia ~ ¢ concebido como algo espontineo, natural e un versal: 0 amor romantica (Amorim & Stengel, 2014). A partir da década de 60 do século XX, muitas transformagdes cultura, socioeconémicas ¢ cientificas contri- bbuiram para uma mudanga de para- digmas, 0 que propiciou um ganho de visibilidade a configuragées familiares como os casais homossexuais. Erico ‘Vieira e Marcia Stengel (2010) discu- tem que, como consequéncia dessas mudangas, dois ideais amorosos di pares se sobressacm na atualidad amor romintico ¢ o “amor liquide’ Para os autores, esta concepgio se re- fere a uma busca incessante dos pra- zeres dos relacionamentos a despeito de um enfrentamento dos momentos Alificeis. E, na pritica, “a transposigio da légica das relagdes de consumo ppara as relagdes amorosas” (Vieira & Stengel, 2010, p. 151), nas quais os outros sio tratados como objetos © descartados quando nao se ha mais ganhos. Diante disso, os individuos, independentemente de suas orienta- ‘goes sexuais, veem-se em um comple- x0 conflito no qual idealismo e indi- vvidualismo se chocam — isto é, se por ‘um lado ha o desejo de ter seguranga € estabilidade, concretizados na figura de um relacionamento, no outro ex te Asia por liberdade, segundo a qual as possibilidades de enraizamento sio cencaradas como opressoras (Vieira & Stengel, 2010). Mesmo com a presenga de uma literatura sobre conjugalidade que contempla orientagdes além da hete- rossexualidade, dogmas e preconc tos ~ subsidiados na contextualiz [Nova Perspectiva Sistémica, Rio de Janeiro, n, 55, p. 96-108, agosto 2016, sécio-hist6rica deserita no inicio deste trabalho — ainda justificam atitudes de repulsa frente a homossexualidade, como o heterossexismo" € a homofo- bia, As estatisticas sobre violencia con- tra LGBTs sio alarmantes, conforme demonstra 0 Relatério sobre Violéncia Homofébica no Brasit: durante 0 ano de 2012, a violencia motivada por homofobia fez 13,29 vitimas por dia (Brasil, 2012). Nao obstante, 0 cené- tio politico brasileiro tem assistido a tum aumento progressivo da bancada de religiosos fundamentalistas, cujas prioridades incluem barrar reivindi- cages do movimento LGBT, tal como a criminalizagio da homofobia. Em 2006, eram 32.0 niimero de deputados evangelicos no Congresso; ja em 2014 foram eleitos 75, de um total de 438 congressistas (Gonzatto, 2015). Essas preocupantes conjunturas reforgam a necessidade de se realizarem estudos abordando a homoconjugalidade™* a partir de critérios cientificos que este- jam além de preconceitos socialmente estabelecidos. Outro aspecto concernente & im- portancia da produgio cientifica sobre relacionamentos homossexuais refere- -se a0s novos arranjos familiares. His- toricamente, a Psicologia e a Terapia Familiar centraram seus esforgos na compreensio das familias nucleares fundamentadas na unio heterossexu- al, na procriagio e em definigdes nor- mativas de relagdes de género; assim sendo, torna-se de grande relevaincia estudar conjugalidades que fogem & heteronorma’”, no apenas porque clas tém sido mencionadas em dife- rentes meios, mas principalmente por- que refletem a diversidade dos modos de conjugacao entre seres humanos, Partindo desta breve contextualiza- Gio, 0 presente artigo objetiva revisar sistematicamente estudos que anali- saram relagdes conjugais entre casais homossexuais no contexto brasileiro, com o intuito de entender como essas relagdes sio retratadas © de oferecer lum panorama nacional das pesquisas que abordam tal tematica. MeToDO ‘Tendo como referencia 0 método Cochrane (Cochrane Haematological Malignancies Group, 2007), trés bases de dados, voltadas principalmente para contexto latinoamericano, fo- ram acessadas na busca de artigos: Lilacs, PePSIC SciELO. Para isso, as palavras-chave “conjugalidade and homossexualidade’, “conjugalidade and sexualidade’, “relagio and gay’, “relagio and homossexual’, “relacio- namento and gay’, “relacionamento and homossexual’, “relacionamen- tos and gays’, “relacionamentos and homossexuais’, “relagies and gays” ¢ “relagdes and homossexuais” foram empregadas durante a pesquisa, pri- vilegiando, desse modo, um grande niimero de combinagies entre os ter- mos relacionados as temsticas alvo da Diante de um total de 242 resultados encontrados, constatou-se que 68 des- tesse repetiam entre as bases de dados, totalizando 174 artigos candidatos & anélise. Depois de realizada leitura dos resumos e aplicados os critérios de ex- clusio na amostra — descritos na segio seguinte -, encontrou-se um total de sete artigos a serem sistematicamente revisados. Adicionalmente, foi reali- zada uma busca por intermédio das referencias dos estudlos selecionados,a qual resultou cm um artige. Contudo, este artigo foi excluido por nao estar indexado nas bases pesquisadas, man- tendo-se on = 7. A Figura 1 ilustra como o processo de selegao descrito se deu durante a busca, oii feet: towns sini wwe *Proaso pao gua psoas asorhcteoneniae 30 Categortandasedscrinadae fem func de sua ont Sexual (Giddens, 2005, 122, Term alizado por Amorim e Stengel 2014. xe subtanno se tefereoo concede Iseronormatniade 0 “umengearamentode todas aereages ~ mesmo ae supotamente instal etre pasous do esto exo emt, fumbinarsmo de gna gat fongania suas pris tose ‘scjosa par do modelo do casa hetereseraleprodativ” (a, 207, 160. Nova Perspectiva Sistémica, Rio de Janeiro, n. 55, p. 96-108, agosto 2016. 100 1 8 | Ante 2016, Resulados da pesquisa om Liber (ma, PEPSIC (n=25) Seilo (n= 00) W_——- Artigosrepetidos(n=68) y Potenciis artigos para alse, raareados a paid lets di rename (2=174) y ‘Argos exeaion(2=107) “Tesere dsseapien(n=16) “Materials sobre polices pois ‘Revsces tics ou stein n= 42) Dados prez fra deconsext risileito(n=21) Fondo tema (0-85) Potcaias artigos para revisio (n=7) fod nc devid no indexagto ns 0) ‘Busca de amigos pr inermédio das refocus bbliogeficas, aqua resulou fem umarige. No entane,omesm6 no base de eerencin| ‘Artigosrevisads (n=7) Figura 1 —Fuxorame do metodo emareged ne revisio GRITERIOS DE INGLUSAO E EXCLUSAO © presente trabalho se baseou nos seguintes critérios de incluso para a busca dos artigos: (1) artigos redigi- dos em portugués ou inglés € (2) p blicados nos iltimos quinze anos. Por outro lado, coma critérios de exclusio da amostra, tém-se: (1) teses e disser tagdes; (2) materiais sobre politicas piiblicas; (3) revises tesricas ou siste miticas; (4) dados produzidos fora da realidade brasileira; e (5) fuga de tema ~ oui seja, 0 artigo nao realiza intersec «io entre as teméticas homossexuali dade e conjugalidade. RESULTADOS E DISCUSSAO Com intuite de facilitar a visualiza io dos dados, elaborou-se uma tabela ‘que apresenta os achados desta revisio (Tabela 1). Mediante leitura dos sete artigos localizados, catalogaram-se nomes de autores, ano de publicagio, objetivos de pesquisa, delineamento de estudo, participantes, instramentos utilizados e principais resultados de cada trabalho. Primeiramente, € possivel verificar, com base nos objetivos apresentados ena predominancia do delineamento descritivo, que a realidade das con- jugalidades homossexuais no Brasil esti sendo recentemente vislumbrada pelo meio cientifico, tendo em vista também que, apesar dos critérios de inclusio abrangerem estudos produzi- os a partir do ano de 2000, foram en- contradas apenas pesquisas realizadas 1nos tltimos nove anos. De uma forma geral, os estudos se propdem a com- preender aspectos gerais e especificos dessa forma de relagio. Contudo, para lémica, Rio de Janeiro, n, 55, p. 96-108, agosto 2016, lum entendimento dessa dimensio, 0s estuclos de Mossmann, Lomando © ‘Wagner (2007), Vieira e Stengel (2010) e Amorim Stengel (2014) incluem comparagdes entre hetero © homosse- xuais, isto € visam compreender 0 que € diferente a partir daquilo que ja é amplamente estudado (a conjugalida- de heterosexual). Os instrumentos escolhidos tam- bbém corroboram esse achado acerca do propésito geral das investigagdes. ‘iad Deer dso nts fash eine Teme Stone eae espera T Shar) TT etqrscrvareaie Deco ‘Tipricpanee Outage! —— Carrere cm ‘ora Norco adntae (ewan) oaamegedene sesenuepwe algabbin He gon srl ile swe Cotnadoa ocde acePeoAepe fi) “Lue sewage fe Ct? am conse! ‘ome Spud ‘homo tne, beri prgenae psa egoo eee 9 reser de Stvclacienines yb menwode FeSO) ere ‘eaten doge® ilesin eon ane SF teen ‘ccm aio “Esa acide Ima Seoha pe Gas tain Isis onh Fst T Rahim IN huloragnmaie Osbo _Ssieeoseqain Ewe neiniun Rison apt eotrnioemal ware ‘Rincaene fsa) miter techn,” omcaaipmcpate ams op tems ar i re Fant “msn cer sa wr [perm one ‘pecgevan une ars neering tas Pepe soe ‘Cote at coins wert oo at “trogen noe ove aes rea repost cman ‘Sees eer oe {somes mas cee ‘Seprani apa oe oe ‘Shlstretes ergo pon er a pecan ‘Sens bine escapee ‘Soe sensi eae 7 Ronnie BG Dore Fars cn osc aia etn | bese esto th) ‘rods ag sats the (Reem e tre a ees Sen Specutenneb "ew omeriara, cn a coe cet ger Specs ose Fron cei (nied epee eon ma a ‘ie os pr sie Cpaorascneeie aris ‘eerwsoe oli maa Songenamgne te untsna) Trot nneas io atmo oma choco Gai ogee qaesmamenn — Capaniencsm owe 227 ous at feo, "eat onesoue tnbin rat reser (C2839 qos sen Sia
talver.osdadosaqui representados no reflitam as realidades das regides Norte € Nordeste do pais, tampouco das populagdes economicamente me- nos favorecidas, abrindo uma lacuna para a realizagio de pesquisas que re- tratem esses contextos, No que tange aos sexos dos indivi duos, observa-se que nas pesquisas de Lomando, Wagner ¢ Gongalves (2011), Madureira e Branco (2010) e Moss- mann, Lomando e Wagner (2007), ha uma superioridade percentualmente relevante da quantidade de homens perante 0 miimero de mulheres, dado esse que se opée a realidade brasilei ra ~ segundo as estatisticas, a maioria da populagio (51%) é formada por in- dividuos do sexo feminino (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica, 2010). Se, por um lado, isso pode de- correr da disponibilidade de pesquisa- dores participantes; por outro, pode sugerir uma valorizagio da perspec- tiva dos homens em relagio ao tema conjugalidade e homossexualidade. Alm disso, observa-se também que, ros estudos dos quais participam tan- to sujcitos hetero, como homossexu- ais (Mossmann, Lomando & Wagner, 2007; Vieira & Stengel, 2010; Amo- rim & Stengel, 2014), hi em dois de- oii Femateae: ama towns sini wwe 104 1 8 | Ante 2016, Jes uma predominancia numérica de heterossexuais, © que pode assinalar, novamente, quests relacionadas 20 acesso aos sujeitos, assim como pode indicar a reprodugio, na pritica, de ‘uma primazia que sustenta preconcei- tos contra demais orientages sexuais. Preconceito, a propésito, é um tema que perpassa 0s resultados da pesquisa de Madureira e Branco (2010), a qual evidencia uma preocupacio, entre os participantes, relacionada 4 explicita: 0 ou nao da orientagao sexual em di ferentes contextos, tais como trabalho ¢ familia. Giddens (2005) aborda dois construtos diretamente associados a essa questio: (a) heterossexismo, ter ‘mo ja referido na introdugio do pre: sente artigo, segundo 0 qual pessoas no heterossexuais so categorizadas € sofrem preconceito ¢ discriminagio em decorréncia de sua orientasio, ¢ (b) homofobia, conceituada como um desdém direcionado A parcela gay da populagao. Uma forma de homofobia internalizada, voltada para si mesmo, pode ser observada quando uma das participantes do estudo de Madureira € Branco (2010) adota a estratégia de ocultar suas experiéncias homoeréti- cas com 0 intuito de atender & hetero- norma vigente. Nao obstante, no arti go de Lomando, Wagner e Goncalves 2011), a homofobia e a discriminagio sio dadas como possiveis motivagbes para uma restrigio das fungdes de apoio social em contextos de trabalho! escola, tais como apoio emocional, companhia social e aceitacio da orien- tagio afetivo sexual. No estudo que se propés a comparar homo ¢ heterossexuais (Mossmana, Lomando & Wagner, 2007), constata- -se que 0s homossexuais obtiveram melhores niveis de coesio ¢ adaptabi- Tidade conjugal. Jaa pesquisa de Vieira e Stengel (2010) encontrou que, apesar da existéncia de uma concepgio se- gundo a qual as relagdes gays sio efé- eras, a possibilidade de separagio € apontada com menor frequéncia pelo casal de homens entrevistados do que pelos heterossexuais. A efemeridade dos relacionamentos esteve, na ver dade, mais presente no discurso dos casais heterossexuais, desconstruindo, dessa forma, ideias popularmente di seminadas acerca da suposta promi cidade e depravagio sexual dos gays (Toledo & Pinafi, 2012) e legitimando a aptidio dos pares homossexuais para estabelecer vinculos afetivos estiveis, No Ambito da questio de género, uma comparagio de outra natureza também pode ser observada: na pes- quisa de Madureira e Branco (2010), encontrou-se divergéncia entre ho- ‘mens ¢ mulheres relacionada a manci- a como suas relagies afetive-sexuais sio apreendidas. Enquanto para elas, 5 relacionamentos sio percebidos a partir do vinculo afetivo efou a iden- tificagao intragénero, no caso deles, hha uma expectativa de atitudes asso- ciadas virilidade e a capacidade de Aissociagio entre sexualidade e afetivi- dade, Este achado reforga a existencia de construgies de género que ditam «quais comportamentos sio ou nio de- sejiveis. Ainda em termos de comparagies, © estudo de Meletti ¢ Scorscolini-Co- min (2015) verificou que, a despeito de ‘uma estereotipia no que concerne aos apéis conjugais que os casais desem- penham, percebe-se que nio hi uma divisio de papéis ¢ responsabilidades ‘embasada em posicionamentos histo- icamente construidos segundo 0 bi- narismo de genero, mas sim partir de interesses ¢ habilidades de cada mem- bbro da diade. Segundo os autores, este resultado reflete uma flexibilizagio das atribuigdes de género comumente as- sociados a homens e mulheres em ‘tuagdo homoconjugal, a qual tem sido [Nova Perspectiva Sistémica, Rio de Janeiro, n, 55, p. 96-108, agosto 2016, recentemente observada, também, na conjugalidade heterossexual, Apesar desses constantes paralelos estabelecidos entre geupos suposta- mente distintos, 0 que se identifica nos resultados de todos os estudos sto questées associadas aos relacionamen- tos humanos, os quais sio atravessa- dos por emogées e conflitos. O artigo de Meletti e Scorscolini-Comin (2015) evidencia esse achado ao apurar que os casais fundamentam suas relagdes ‘nos sentimentos de amor, companhei- rismo, parceria,lealdade e fidelidade ~ caracteristica essa que vai ao encontro do discurso de amor romantico refe- renciado por Vieira e Stengel (2010) e Amorim e Stengel (2014), 0 qual res- salta uma dimensio mais subjetiva dos relacionamentos ¢ valoriza a expressio de sentimentos. Outro importante re- sultado, encontrado no estudo de Lo- ‘mando, Wagner € Goncalves (2011), refere-se a fatores externos que cau- sam impacto na relagao: encontrou-se correlagao positiva entre coesio/adap- tabilidade conjugal (CA) e apoio social da familia e de amigos, 0 que indica que © amparo ¢ accitagio oferecidos pela rede social contribuem para me- Ihores indices associados & qualidade conjugal. Os sentimentos humanos também sio enfatizados nos resultados dos artigos de Salomé, Espésito Moraes (2007) e Amorim e Stengel (2014). En- quanto no primeiro, os participantes ressaltam a importancia de se conside- rar 0 outro na relagio e compartilhar tanto sentimentos, como situagdes problemiticasdo dia dia, no segundo, 6 casal de Lésbicas entrevistadlo desta- ca prazer de estarem juntas € afirma ue o descjo pelo outro motiva a cons- trugio de seus projetos de vida. Além disso, constata-se que, para ambas as mulheres da iltima pesquisa, arelagio ‘ocupa uma dimensio significativa em Nova Perspectiva Sistémica, Rio de Janeiro, n. 55, p. 96-108, agosto 2016. suas vidas, o que denota uma ideia de proximidade que vai sendo construida a0 longo do relacionamento. Dificuldades caracteristicas relacionamentos também foram en- contradas nos achadlos dos artigos re- vvisados: (1) para os participantes do estudo de Salomé, Espésito e Moraes (2007), existem momentos em que © casal esti em crise, podendo ela se tornar uma dificuldade na comunica- gf. Contudo, avaliou-se que, se entre eles existe sinceridade honestidade, a crise € resolvida através do didlogo, possibilitando, dessa forma, a constru- 0 de uma vida em conjunto; (2) jéino artigo de Meletti e Scorscolini-Comin (2015), as relagdes entre os homens entrevistados pareceram estar pauta- das, entre outros, em uma interdigio da traigio, havendo a necessidade de que 0s companheitos fiquem juntos e fechados a qualquer modalidade de re- lacionamento extraconjugal. Em suas falas, a traigdo é separada em fisica ¢ emocional, mas ambas seriam igual- mente nocivas para 0 relacionamento; (3) 6 por fim, no caso da pesquisa de Vicira ¢ Stengel (2010), averiguou-se a existéncia de um acordo técito no qual tum dos membros do casal realiza mais concessdes relacionadas a perda de es- pago individual do que o outro, susci- tando sensagio de descontentamento naquele que concede e comodismo no sujeito que se coloca na outra posigao. Estes achados corroboram a ideia de que, independentemente do nivel de qualidade conjugal, qualquer relagio amorosa esti propensa ao surgimento de divergencias. De uma forma geral, o que se per cebe a partir dos resultados até entio expostos € que os ideais de casal dos homossexuais so semelhantes aideais tradicionais associados & conjugalida- de heterossexual, como, por exemplo, © embasamento das relagdes em cons- dos oii Femateae: ama towns sini wwe 106 1 8 | Ante 2016, trutos como fidelidade, companhei rismo, parceria, seguranga ¢ lealdade, aspectos que vio ao encontro do estu- do de Norgren et al. (2004). Ademais, evidencia © idealismo romantica das relagdes amorosas, no qual prevalece © sentimentalismo, a fidelidade, a bus- ca por seguranca (Amorim & Stengel, 2014). Nas investigagdes que foram conduzidas com os sujeitos isolados (Lomando, Wagner & Gongalves, 2011; Madureira & Branco, 2010; Mos smann, Lomando & Wagnes, 2007), observa-se também uma tendéncia a0 conservadorismo, tendo em vista a perspectiva de género (Colling, 2004) segundo a qual os homens prezam a virilidade, enquanto as mulheres va- Jorizam um ideal de relacionamento romantizado, Enfim, os estudos de Vieira ¢ Sten- gel (2010) ¢ Amorim e Stengel (2014) direcionam suas pesquisas para um aspecto que Bauman discute em sua produgio: a “liquidez” dos relacio- namentos amorosos contemporine- 9s (Bauman, 2004). Segundo 0 autor, vvivemos em um mundo tomado pela rapidez € a imprevisibilidade, o que provoca uma flexiblizagio da capaci dade humana de amar, gera niveis de inseguranca cada vez maiores € nos leva a priorizar relacionamentos em rede, 0s quais podem ser tecidos e des feitos com a mesma facilidade, Essa “fluidez” das relagdes pode ser consta- tada através de: (a) a expectativa dos entrevistados da pesquisa de Vieira ¢ Stengel (2010) de obter seguranga do relacionamento; (b) 0 desejo. desses participantes de que o vincule amore so seja duradouro, enquanto este pro porcionar satisfacdes suficientes para justificar a sua continuidade (Vieira & Stengel, 2010); ¢ (c) quando se encon- tra, no estudo de Amorim e Stengel (2014), a motivagio para a jungio do casal de mulheres lésbicas ~ a prépria relagdo em si, € no uma promessa de compromisso permanente -, 0 que implica na convivencia entre 0 inves- timento na relagio e a intimidade, de ‘um ado, ea auséncia da idcia deconti- nuidade da relagio em longo prazo, de outro. Do mesmo modo, percebe-se ainda que os projetos pessoais de cada tuma dessas mulheres, com os quais clas se identificaram mutuamente no inicio da relagao, sio relatados como objetivos de custo e médio prazos, as- ecto este que vai ao encontro da efe- meridade que caracteriza 0 amor dito liquide, Em diversas ocasides, a conjuga- lidade homossexual no alcanga. re- presentatividade social e politica su jentes para ser desmistificada ~ vide «caso do Congreso Nacional, citado na primeira segio deste artigo -, 0 que a torna, para muitos, uma realidade di tante de suas vivencias. Sendo assim, quando a temitica é abordada, abre-se margem para a emergéncia de refle- x6es, desconstruco de preconceitos e sensibilizagio da populagao para com a realidade do outro. CONSIDERACOES FINAIS Mediante 0 contetido aqui exposto, & ppossivel concluir que as pesquisas rea- lizadas em contexto brasileiro sobre ho- moconjugalidade ainda visam conhecer descrever atitudes, conviegdes e prin cipios de seus participantes, fazendo ‘uso de estratégias como comparagio entre geupos e correlagio de variaveis para compreender aspectos das rela- ‘goes que ainda nao foram satisfatoria- ‘mente clucidados na literatura cientifi- «a, Ademais, atenta-se também para 0 modo como o preconceito, nas suas for- ‘mas manifesta e velada, ainda impacta nas subjetividades ¢ aflige o bem-estar dos individuos, afetando a autonomia lémica, Rio de Janeiro, n, 55, p. 96-108, agosto 2016, das pessoas e culminando em violencia sofrimento intrapsiquice. A revisio evidenciou ainda que “homens’, “mulheres’, “gays” e “Iésbi- cas” no sio grupos coesos, apresen- tando peculiaridades nos seus modos de pensar ¢ agir. Apesar de serem re- alizadas distingdes intergrupais, de- ‘monstrou-se que um elo fundamental lune as experiéncias dos sujeitos inde- pendentemente de suas orientagoes sexuais: as emogdes humanas. Nio obstante, observou-se nos resultados 4 presenga concomitante da efemeri- dade e da perenidade do afeto, vincu- ada a0 modelo tradicional de relagio, entrelagamento esse que caracteriza a pos-modernidade e que se verifica nao apenas entre 0s heterossexuais, mas também entre os homossexuais. A compreensio ¢ a reflexio das di- versas formas de conjugalidades para além do modelo tradicional hetero- ‘normativo podem ser de grande rele- vvancia nas ages interventivas em Psi- cologia. Dentre os iniimeros espagos possiveis provocadores de mudancas, a psicoterapia mostra-se com grande potencial, Refletir criticamente acer- ca dos esterestipos que aprisionam as pessoas deve ser um dos objetivos primordiais das psicoterapias. E nos contextos conversacionais que cons- truimos a realidade, ¢ por intermédio das relagoes € dos discursos que da- ‘mos sentido aos eventos cotidianos (Gergen, 1997; White & Epston, 1990). Assim sendo, compreende-se a psi terapia como um espago promotor de conversas que fomentem novos senti- dos, novas realidades. Ademais, o emprego de diferentes termos para se referir ao fenomeno aqui estudado ~ tais como homosse- xualidade, homoerotismo ¢ homocon- jugalidade ~ é também, uma prética que deve ser observada, pois ilustra a construgdo de uma tipologia das se- Nova Perspectiva Sistémica, Rio de Janeiro, n. 55, p. 96-108, agosto 2016. -xualidades que ausilia na investigasa0 de particularidades de cada coletivo e, concomitantemente, contribui para a segregagao de minorias sexuais, pois assinala diferengas entre clas ¢ 0 res- tante da sociedade. Por fim, a0 reco- nhecer a diversidade como qualidade clementar da expressio de vida huma- na, 0 presente texto encoraja 0 estudo de outros contextos sociais, como o Norte e 0 Nordeste do pais, outras se- xualidades e miiltiplas possibilidades de vinculagio entre individuos. REFERENCIAS Amorim, A. & Stengel, M, (2014). Re- lagdes customizadas € 0 idedrio de amor na contemporancidade. Estu- dos de Psicologia, 19(3), 179-188, Bauman, 2. (2004). Amor liquido: so- bre a fragilidade dos lagos humanos (Tradugio de Carlos Alberto Me- deiros), Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, Brasil (2013). Relatério sobre violencia homofébica no Brasil: ano de 2012, Brasilia, DF, Secretaria de Dircitos Humanos da Presidéncia da Repi blica. Recuperado em 12 outubro, 2015, de http://www.sdh.gov.br/as- suntos/Igbt/pd/relatorio-violencia- -homofobica-ano-2012 Carneiro, A. (2015). A morte da clinica: movimento homossexual e luta pela despatologizagio da homossexuali dade no Brasil (1978-1990). 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