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6 A estrutura dos atomos Oca ney Dees. Sumario do capitulo IEEE Radiacao Eletromagnética KEE Quantizacao: Planck, Einstein, Energia e Fétons ca Dualidade Particula-Onda: Preltidio para Mecanica Quantica AVisdo Moderna da Estrutura rg ca IEEE As Formas dos Orbitais Atémicos Mais uma Propriedade do Elétron: Rotacdo do Elétron (Spin) PARTE DOIS» ATOMOS E MOLECULAS Espectros de Linhas Atomicas e Niels Bohr Eletrénica: Onda ou Mecanica Quantica SORRIA! Desde a invencio da fotografia de imagem permanente por volta de 1800, as pessoas do mundo todo adoram tirar fotos. Uma grande mudanc2 que ocorreu nos Ultimos anos é a substituicao de cémeras de filme por c3- metas digits para muitos usos. As cimeras digitals esto disponiveis como dispositives autonomos ou como partes de nossos computadores e telefones celulares. Na fotogra- fia tradicional, a luz era focada por uma lente sobre um pedago de filme: em muitas cémeras digitals, ela € focada em um eispositivo de carga acoplada" (em inglés CCD). 0 CCD 6 um cicuita integrado feito de milhoes de pixels, cada qual consttuido por um material senstvel & luz em lum dispositive elétrico chamado condensador. Cada pixel define uma regido naimagem resultante. Em geral, quanto mais pieels presentes por unidade de area, maior seré a resolugdo da imagem. Quando a luz atinge um desses pixels, os étomos do material sensivel 2 luz transferem elétrons a0 capacitor em um processo semelhante ao efeito fotoelétrico. Com base na quantidade de carga que se acumula no capac- ‘or, um computador pode determinaro britho a ser usado CAPITULO Objetivos do Capitulo Consulte a Revisao dos Objetivos do Capitulo para ver as Questdes para Estudo relacionadas a estes objetivos. ENTENDER FAZER LEMBRAR © Ascaracteristicas daradiagdo —-—«@_—Relacionar comprimento de onda © A ordem dos diferentes tipos de eletromagnética (comprimento (2), frequéncia (v), velocidade (c) radiacao eletromagnética de onda, frequéncia, velocidade, @ energia (E) por foton de conforme o comprimento de nése energia). radiacio eletromagnética, onda, a frequéncia e a energia. © Aorigem da luzemitida pelos © Calcularaenergiade um elétion As regras pare determinar os ‘tomos excitados ¢ a sua relacdo fem um atomo de hidrogénio valores para 0s quatro niimeros ‘coma estrutura atomica. utilizando 0 modelo de Bohr. ‘quanticos (n, &, mem). © Aevidéncia experimental para Utilizar os quatro ntimeros © Asformas dos orbitais atémicos. dualidade particula-onda, uanticos (n, &; mee m,) pare & Ospaticgiosbasreseds descrever a estrutura eletronica de uum tomo, mecanica quantica, tals como quantizagao e fungdes de onda. na imagem resultante. Para obter uma imagem colorida, algumas cameras tém uma matriz de fitros vermelho, azul e verde sobre o CCD. Cada pixel recebe assim, informa- Ges sobre apenas uma dessas cores. Com base nas intensidades dessas trés cores em cada regio, 0 computador na camera pode determinar a cor real para utilizar nessa regio da imagem. Com a finalidade de compreender melhor os processos que ocorrem em um CCD, voce precisaré entender mais sobre as propriedades da luz, bem como 0 arranjo dos elétrons nos atomos. Estes s20 0s principais temas abordados neste capitulo. posto de protons e néutrons, com elétrons quase sem massa, orbitando 0 nii- Jeo como planetas em torno de uma estrela. Esta imagem simples, no entanto, esté apenas parcialmente correta. © mticleo 6 realmente pequeno e composto de pri- tons € néutrons, ¢ os elétrons estao localizados no espago exterior do niicleo; mas, ‘como veremos, um quadro mais preciso descreve os elétrons como ondas de matéria, € 86 podemos definir regides do espago em que & provavel encontrar um elétron, Este capitulo estabelece a base tedrica ¢ experimental para a nossa compreensio atual da estrutura atémica e descreve a visio moderna do dtomo, Com 0 conheci- ‘mento sobre a configuracio eletrdnica, podemos prever muitas das propriedades dos 4tomos e melhor compreender a estrutura da Tabela Periddica. Grande parte de nosso entendimento fundamental da estrurura atémica vem do conhecimento de como os dtomos interagem com a radiagio eletromagnética (luz visivel € um tipo de radiacio eletromagnética) ¢ como os étomos que absorveram energia emi- tem a radiagio cletromagnética. As trés primeiras segbes deste capitulo descrevem a radiagao eletromagnética e a sua relagio com a nossa visio moderna do atomo, 273 \ imagem que muitas pessoas tém do étomo & a de um pequeno niicleo, com- 274 — Quimica gerale reagdes quimicas FIGURA 6.1 Aradiagio ‘letromagnética ¢ ‘caracterizada por sou ‘comprimento de onda e frequéncia. Tades 2s formas de radiagio eletramagnetica sia propagadas através do espaco ‘como campos elétricos e ‘magnéticas oscilantes, em ngulos retos uns com os ‘outros. Cada campo é descrito matematicamente por uma, ‘onda sencidal.Tais campos coscilantes surgem de cargas vilratérias de fontes como ampadas ou do seu celular ESB Radiacao Eletromagnética Em 1864, James Clerk Maxell (1831-1879) desenvolveu uma teoria matematica outras formas de radiaga0 em termos de oscilagao ou tipo de s € magnéticos (Figura 6.1). Assim, luz visivel, micro-ondas, sinais de televisio e radio, raios X e outras formas de radiagio sio agora chamados de radiagio eletromagnética. ‘A radiagao eletromagnética é caracterizada pelo seu comprimento de onda e frequéncia. © Comprimento de onda, simbolizado pela letra grega lambda (A), € definido como a distancia entre um determinado ponto sobre uma onda e 0 ponto co respondente no proximo ciclo da onda; muitas vezes & medido como a distancia entre cristas sucessivas ou pontos mais altos de uma onda (ou entre sucessivas depresses ou pontos mais baixos). ‘© Frequéndia, simbolizada pela letra grega mu (v), refere-se ao nimero de ondas, que passam por um determinado ponto em alguma unidade de tempo, geral- mente por segundo. A unidade de frequéncia é escrita como sou 1/5 € 1 ciclo ou oscilagao por segundo é chamado de hertz. O comprimento de onda ¢ a frequéncia estio relacionados com a velocidade (c) na qual a onda se propaga (Fquacao 6.1). (m/s) = A (m) xv (1/5) (oy A velocidade da luz visivel e todas as outras formas de radiagao eletromagnética no vacuo € uma constante: ¢ = 2,99792458 x 10* m/s (aproximadamente 186000 mithas/s ou 1,079 X 10° km/h. A radiagao eletromagnética consiste em oscilagdes elétricas € magnéticas. Por essa razao, 08 elétrons nos étomos ¢ nas mokkculas podem interagir com esses cam- pos elétricos e magnéticos, e essas interagdes permitem aos cientistas sondar a ma- téria nos niveis atémico ¢ molecular. Tal como ilustrado na Figura 6.2, a luz visivel & apenas uma pequena porgio do espectro total da radiagao eletromagnética. A radiagao ultravioleta (UV), que pode re sultar em queimaduras solares, apresenta comprimentos de onda mais curtos que os da luz visivel. Raios X e raios y, este iltimo emitido no processo da desintegracao radioa- tiva de alguns 4tomos, tém comprimentos de onda ainda mais curtos. Fm comprimentos de onda mais longos que aqueles da luz visivel, encontramos primeiro a radiagao infra vermelha (IR). Os comprimentos de onda da radiaga0 utilizados em foros de micro -ondas, nas transmissdes de rédio e televisZo, em instrumentos de ressondincia magnética e-nos telefones celulares so mais longos ainda. Amplitude etoreltrica Vetor magnético Aestrutura dos atomos 275, sama weet get aee ag e pened |r elle eer ave we 0% wR i 198 woe 10? 10 10 10 10° wt A on) Espectio visivel 400 00 ‘00 700 Alem) ‘Aumento da frecuencia encigia___Aumento do comprimento da onda EXEMPLO 6.1 Conversées entre Comprimento de Ondae Frequéncia Problema A frequéncia da radiacéo utlizada em telefones celuiarescobre uma faixa de de 800 Miz a 2 GHz aproximadamente. (MHz significa "megehertz’ em que 1 MHz = 10" “Us: GHe signifiaeigahertz; em que 1 GH2= 10° 1/5). Qual éo comprimento de onda (em ‘metios) de um sinal de telefone celular operand em 1,12 GHz? (© que voce sabe? Foi fornecida a fequincia de radiagbo em GHz eum fator para con- verter frequencia de GHz para He (1/5) Para calular 0 comprimento de anda desta radiacao usando a EquacSo 6.1, voc precisaré do valor da velocidave da luz, c= 2998 x 10 mv Estratégia Rearranje a Equacio6.1 para obter A. Substitua os valores para a velocidade dda zea frequéncia (primeira converta v para as unidades de 1/9) na equacio e resova, Solugao y= = 2998-108 m/s 266 TR K IO 4/5 Pense bem antes de responder Um comprimento de onda de 0,268 m localiza-se 1a egido de micro-ondas do espectio eletromagnetico (Figura 62). Certfique-se de pres- taratencio nas unidades quando resalver este problema, Note que, excolhendo a frequén- ciaem 1/sea velocidade da uz em mvs, ocomprimento da onda calculado seré em metros (on. \Verifique seu entendimento (@) Qual cor do espectrovisivel tem arequénciamaiselta? Qual tema frequéncia mais baixa? (b) O.comprimento de onda da radiacdo utlizada no forno de micro-ondas (2/45 GHz) & mais longo ou mais curto que a da sua estagso de rédio FM preferida (por exemple, 91,7 MHZ)? (00s comprimentos de onda dos raios X s80 mais longos ou mais curtos que os da luz ultravileta? (a), Caleule a frequéncia da luz verde com um comprimento de onda de 510 nm, FIGURA 6.2 O espectro eletromagnético. 276 — Quimica gerale reagSes quimicas Soar 1. Qual dos seguintes tines de radiacao eletromaanética tem © maior comprimento de onda? (@) a luz ultraviolet (2 aluzvermena de um apontador de laser (©) ios x (6) miero-ondas de um fore de micro-ondas 2 Qual é0.comprimento de onda de um sina de rico FM que tem uma frequéncia de 7 Mis? @) 306mm © 37m (©) 306 mm (@ 327x10m = Quantizacao: Planck, Einstein, Energiae Fétons Equacao de Planck Se uma peca de metal € aquecida a uma temperatura elevada, a radiacio eletromagné: tica 6 emitida com comprimentos de onda que dependem da temperatura (Figura 6.3). Em temperaturas mais baixas, cor é um vermelho escuro. A medida que a temperatura aumenta, a cor yermelha comega a brilhar e, em temperaturas ainda mais elevadas, uma luz branca brilhante € emitida. Seus olhos detectam a radiagao emitida na regio visivel do espectro eletromagnético. Apesar de nio serem vistas, ambas as radiacoes, ulteavio- leta ¢ infravermelha, também so emitidas pelo metal quente (Figura 6.3). O compri mento de onda da radiagao mais intensa esté relacionado a temperatura de modo que A medida que a temperatura do metal aumenta, a intensidade mxima desloca-se para comprimentos de onda mais curtos, ou seja, em dire- Gio 20 ultravioleta. Isso cortesponde 4 mudanca na cor observada quando a temperatura é elevada Até 0 final do século XIX, os cientistas no eram capazes de explicar a relagio entre a intensidade e 0 comprimento de onda da radiac30 emitida por um objeto aquecido (muitas vezes chamada de radiacio de corpo negro). Teotias vigentes na epoca previam gue a intensidade deveria aumentar continuamente com a diminuicio do comprimento de onda, em vez de chegar a um maximo € depois decrescer, como & Radiagéo do corpo negro. Ka observado atualmente. Essa situagio desconcertante peepee aeeene ficou conhecida como a catdstrofe ultravioleta, porque stperveseuin avast ince as previsies falharam na regido do ultravioleta. schey SNe mens, Meritt Em 1900, um fisico alemao, Max Planck (1858-1947), ofereceu uma explicagio energie com um comprimente de para a catistrofe ultravioleta: a radiagio eletromagnética emitida era originada por ees ete a eae tomos vibrando (chamados osciladores) no objeto aquecido. Ele propés que cada tur. cor da uz emiida depende Be tai os Cations County oa ioe eho oscilador tinha uma frequéncia fundamental (v) de oscilagao ¢ que esses osciladores s6 poderiam vibrar ou nessa frequéncia ou naguelas cujo valor seria milltiplo de rimero inteiro da primeira (mv). Devido a isso, a radiagio emitida poderia ter so- mente certas energias, dadas pela equagio E=nhv culos de Visdo Noturna Nes em que m deve ser um niimero inteito positive. Ou seja, Planck propos que a energia é enor quantizada. Quantizacao significa que apenas certas energias S30 permitidas. A cons- ee eee “8° tante de proporcionalidade h na equagio ¢ conhecida como constante de Plandk, ¢ seu Nocusrcenumd essa Valor experimental é 6,6260693 X 10" J-s. A unidade de frequéncia é 1/, de modo hhfowrrshaemitdepo deers que a energia calculada usando essa equagto é em joule (J). Se um oscilador varia de cites Coos purenosmasquerts, uma energia maior para uma menor,a energia éemitida como radiagao eletromagnética, pecerrrocmvemmaanaya ea cfernga de energia entre os estado de maior e menor energia € dada por inftavermetha que os objetos mas fos AE = Ena Easier = Anhw Aestrutura dos atomos 277 Tntensiade da Lu Ei do 200 300 400 $00 600 700 800 900 1000 Comprimenta de Onda (am) Se 0 valor de An é 1, 0 que corresponde & mudanga de um nivel de energia para 0 proximo inferior para esse oscilador, ent3o a variagao de energia para 0 oscilador e a radiagao eletromagnética emitida teria uma energia igual a E=hv (62) Fsta equagio é chamada equagao de Planck. Agora, suponha que, como Planck fez, deve haver uma distribuicao de oscila- dores em um objeto ~ alguns estao vibrando em uma frequéncia alta, outros, em uma frequéncia baixa, mas a maioria tem alguma frequéncia intermedidria. Os poucos osciladores com vibragdes de alta frequéncia sao responsaveis por uma parte da luz, digamos, na regio do ultravioleta, e aqueles poucos com vibragdes de baixa frequéncia, pelas energias na regio do infravermelho. No entanto,a maior parte da Iuz deve vir da maioria dos osciladores que tém frequéncias de vibragao intermedié- ras, Isto é um espectro de luz é emitido com uma intensidade maxima em alguns comprimentos de onda intermediarios, de acordo com o experimento. A intensidade no deve tornar-se cada vez maior ao se aproximar da regido do ultravioleta, Com essa percepeao, a catstrofe ultravioleta foi resolvida Os aspectos principais da teoria de Planck para a quimica geral sao o fato de que Planck inteoduriu a ideia de energias quantizadas e a equacao F = hu, que teria um impacto importante no trabalho de Albert Einstein para explicar um outro fe- ‘nmeno intrigante. Einstein e o Efeito Fotoelétrico Alguns anos apés o trabalho de Planck, Albert Binstein (1879-1955) incorporou as ideias de Planck para uma explicacio do efeito fotoelétrico e, ao fazé-lo, mudou a deserigio da radiacio eletromagnética. No efeito fotoelétrivo, os elétrons sdo emitidos quando a luz incide sobre a supertt- cie de um metal (Figura 64), desde que a frequéncia da luz seja suficientemente alta para isso, Se a luz.com uma frequéncia mais baixa for usada, nenhum elétron ¢ emitido, in- dependentemente do brilho da luz. Se a frequéncia esta acima de um minimo, chamada frequéncia critica, aumentando a intensidade da luz, mais elétrons sao emitidos. FIGURA 6.3 Aradiagio ‘emitida por um corpo aquecido. ‘Quando um objeto é aquecido, cle emite radiagao cobrindo um ‘espectro de comprimentos de ‘onda, Para uma determinada ‘temperatura, uma parte da radiacao & emitida com ‘comprimentos de ondas maiores ‘eoutra, menores. A maioria, no ‘entanto,éemitida com ‘comprimentos de onda intermeditios, o maximo na ‘Arolagio de energia, comprimento deonda efrequénda Codomeatesl , amet ele = hae fae =lt | (efor oconminenta donk) Si, seven) amen 278 (Quimica geral ereagSes quimicas Luz (tons), Amperimetr| paramedida da corente ata frequeéncia | uzde ay i ay # gs c eS 8 ‘ited He Wee — #3 i #3 treonicase re) ‘rscage z zl z ees ees Once {2)Ums cluafotoelitica funciona david (b) Quando luz tlzada é de meior {Se msiorintensidade de hz fr soefetofotorlétrica A principal parte da —frequancia ea minima necessaia,o Uizads mais elttons deve set (ula um citodo sensive hz. Este cexcessode energi dafitonfarcom queo_liberados da superfice, Um valor malo da ‘materal gerelmente€ um metal queemite _eletron escape do atom com maior cottente¢cbservado na mesma életrons quando aingido porfotons de uz velocidad Tal dispositive pode ser frequéncia que aquele com menor de alta energi empregado como um interrupter em Interedade de 2. circus eletrico. FIGURA 6.4 Uma célula fotoelétrica. Einstein concluiu que as observagdes experimentais poderiam ser explicadas pela combinagao da equacao de Planck (F-= bu) com uma nova ideia, 2 de que a luz apre- senta propriedades semelhantes as das particulas. Finstein caracterizou essas particulas sem massa, agora chamadas fotons, como pacotes de energia ¢ afirmou que a energia de cada féton & proporcional a frequéncia da radiacao, tal como definido pela equagao de Planck. No efeito fotoelétrico, os fotons que atingem os dtomos de uma superficie me- ‘Mapa tstratésico ory tiliea fari0 com que os elétrons sejam emitidos somente se os fotons tiverem energia Glee a enegin dos fétons da tur suficientemente alta. Quanto maior © niimero de fotons que atingem 2 superticie, com vermelha, energia igual ou maior que certo limite minimo, maior © niimero de elétrons emitidos. | Qs dtomos do metal nao perderdo seus elétrons, se nenhum {ton individual tiver ener- sabesjsaronnacoes eonneeroos 82 Stficiente para desalojar um elétron de um tomo. ‘Comprimento de onda se ur ermal (640 nm) EXEMPLO 6.2 Tira 1 Convert o compe mento de onda or frequéncia, (Eguacio 6.) Energia e Quimica: Usando a Equacao de Planck Problema Aparelhos de DVD utilzam lasers que emitem luz vermelha com comps Prossterss OS eet ee tee mento de onda de 640 nm. Qual é a energia de um féton desse luz? Qual é a energia de 1,0 le luz vermetha? Tiara 7, Galea enagia zando) | "01d f6tons a uz vermelha equa de Pench. Equagse 52)| | O que voce sabe? Foi fornecido um comprimento de onda de radiacSo eletromag- — nética, em nm. Vocé sabe arelagSo entre o comprimento de onda ea frequancia(Equacs0 Obtenha a aes en 9/foton. 6.1) e também entre a enetgia por foton e a frequeéncta (Equacio 6.2), Por fim, vocé sabe 7 = {que um mol de fétons corresponde a 6,022 x 10” fétons. ‘Avogar par converter Estratégia 2/stomo en 3/mot ws © Converta 0 comprimento de onda de unidades de nanémettos para unicades de metros ‘btenha a eneaia er 3/mol. © Use a Equacao 6.1 para determinar a frequéncia da luz. Aeestrutura dos étomos © Use aEquacao 62 para determinar a energia por fétan. © Utilize a energia por féton e o nimero de Avogado para calcular a energia por mol de fétons. Solug&o 0 comprimento de onda (640 nm) expresso em metios 6 64 x 107m. A frequencia é determinada utiizando-se a Equacdo 6.1 2,998 x 108 m/s ™ = 47104 4/6 64x 10 ‘i endo, a frequéncia ¢ utlizada para calcular a eneraia por foton. E por faton 1Y = (6/526 x 10 J -s/féton) x (47 » 1041/5) = 3110" ston. 279 Finalmente, a energia de um mol de fotons 6 calculada multiplicando a energia por foton pelo némero de Avogadro: E por mol = (31x 10-* Jfoton) x (6.022 x 10 F6tons/mol) = 19 X10 /mol (ou 190 kd/mal) Pense bem antes de responder Tenha em mente que o comprimento de onda e a frequéncia s8o inversamente proporcionais, a0 passa que a energia por féton ea frequéncia sio diretamente proporcionais. A luz vermelha compreende a faixa de maior comprimento de onda do espectrovisvel, de modo que a frequénca ea energia por fiton ‘0 menores que aquelas das outras cores. Verifique seu entendimento Calculea energia por mol de fétons para © laser usado em aparehos de Bluray 405 nim). UM OLHAR MAIS ATENTO. Voce ja teve uma queimadura de Sol? A principal causa & radiaggo ultraviolet (WV) do Sol com comprimentos de onda entre 200 400 nm (Figura 62). Além de provocar ‘queimaduras, a exposiio 3 radiacio ultra- violeta € um fator de risco para o desenvol vimenta de varios tipos de cancer de pele Por que a exposicao a luz UV é muito ‘mais perigosa do que até mesrme longas ‘exposigdes a luz visive? Tendo um compri _mento de onda mats curto que o da uz vist vel, luz UV poseui uma frequéncia maior, pportanto, a energia iberada por féton & maior. A elevada energia dos fétons uit violets ésufciente para causar a quebra das ligagaes quimicas em molécuias dos nossos 1) so chamados de es- tados excitados. FIGURA 6.7 Os nivels de ‘energia para o étomo de H no modelo de Bohr. 4 n= 2-4.| maior oro Fle = 545 x10"? Yétona| |e e y= Baw a0 a/aton Aeestrutura dos étomos © Uma ver que a energia € dependente de 1/n2, os niveis de energia sio progressi- vamente mais préximos entre si, com o aumento de 1. © Umelétron na érbita m= 1 esta mais proximo do micleo e tem a menor energia (mais negativa). A medida que 0 valor de m aumenta, a distancia entre o elétron © onticleo aumenta e a energia do elétron torna-se maior (menos negativa) EXEMPLO 6.3 Energias dos Estados Fundamental e Excitado do Atomo deH Problema Calcule aseneigias dos estados n= 1 en'=2do atomo de hidragénio em joules ‘por dtomo e em quilojoules por mol. Qual & a diferenca de energia desses dols estados em kymol? O que voce sabe? Os niveisn= 1 en=2si00 primeiro eo segundo estados [o menor 0 mals préximo 30 estado de menor energia) na descrig3o de Bohr do stomo de hi: rogénio, Utilize a Equacio 64 para calcular a energia de cada estado. Para os célculos, vvocé precisaré das seguintes constantes:f (constante de Rydberg) = 1,097 x 10" ar h {constante de Planck) = 6,626 x 10 J» sc (velocidade da luz) = 2,998 x 10 m/s e Na {ntimero de Avogadro) = 6,022 x 10% Stomos/mol Estratégia Pare cada nivel de energi, substituindo os valores apropriados na Equagdo 64 resolvendo-a, obtém-se a enetaia em tomo, Multilique esse valor por Na para encontrar a energia em I/mol Para se obter a diferenga de energia subtaia a energia do nivel = 1 da energia do nivel n ‘Selugae Quando: = |, energia de um elétron em um nico atomo de H& b= fhe E, = {2,097 x 10" m2Y(6,626 x 10% 3 -5(2,998 x 108 m/s) 2,179 X 10-8 J/atomo Em unidades de k/mol, eed x fake =o Mares ~1312 40/mol Quando n =2, aenergia é ‘he __& __ 217910" a/atomo & ze @ Em unidades de ki/mol, T5448 108 3 ‘tome: 6,022. 10 stomos 110 mmol i000 3 = $328.1 10/mol [A diferenga de eneraia, A, entre 0s dois primeleos estados de energia do atomo de Hé AE = & ~ 6 = (-3281 Kimal) ~ (132 mol) = 9841U/mol Pense bem antes de responder As energies calculedas so negatives, com & mais regativo que EO estado n= 2 é malor em energia que o estado m= 1 por 984 Klimol. Alem isso, certifique-se de que 1312 k/molé © valor de Ric multipicado pelo nimero de Avoga- dro Ns sto &, Note). Esse valor, 1372 ki/mol ser til em cdleulos futures. Verifique seu entendimento Caleule a energia do estado n = 3 do stomo de H em (a) /étame e (b) ki/mol 283 284 —— Quimica gerale reagdes quimicas FIGURA 6.8 A absorcio de ‘energia pelo étomo conforme ‘ elétron passa para um estado excitado. A energia ¢ absorvide ‘quando um elétron move-se do estado n= para oestadon=2 {AE > 0). Quando o elétion retoma para estado n=13 partir den =2,aenergiaé liberads (XE 0). A energia ‘emitida & de 984 kl/mol, como ‘alculade no Exemplo 6.3. FIGURA 6.9 Radiasées ‘emitidas devidas as mudangas nos niveis de energia. Um elétron exctado até n=3 pode ‘retomar ditetamente para ‘ou retornar paran=2 primeira © depots para n=". Essas ts transigées possiveis 80 ‘bservadas como tres ‘comprimentos de onda diferentes na radiacéo eritida. As ‘energias eas frequéncias esto nna order (E,~E,) > (E,~6,) > (8) | acs 3 Energia é = 7 Se) =e ae, A Teoria de Bohr e os Espectros dos Atomos Excitados A woria de Bohr descreve os elétrons como tendo somente Grbitas e energias espe- cificas. Se um elétron move-se de um nivel de energia para outro, entao a energia deve ser absorvida ou liberada. Essa ideia permitiu a Bohe relacionar as energias dos clétrons ¢ 0 espectro de emissao dos atomos de hidrogénio. Para mover um elétron do estado m = 1 para um estado excitado, a energia deve ser teansferida para 0 atomo (a partir da vizinhanea). Quando Ejay tem # = 2e Eyxit tem m= 1, entio 0,75Rhc = 1,63 x 10" Jfstomo (ou 984 kJ/mol) de energia deve ser transferida (Figura 6.8 ¢ Exemplo 6.3), nem mais nem menos. Se 0,7Rbc ou 0,8Rhc for fornecida, nenhuma transicdo entre estados € possivel. Exigir uma quan- tidade especifica de energia € uma consequéncia da quantizagao. processo oposto, no qual um elétron cai” de um nivel n de maior energia para um m de menor energia, leva 3 emissdo de energia, uma transferéncia de ener- gia, normalmente na forma de radiagao, do atomo para a vizinhanga. Por exemplo, para uma transigio do nivel n = 2 para o nivel n = 1, AE = Eig ~ Epi = ~1,63 X10 J/Stomo 984 Ka/mol) sinal negativo indica que 1,63 x 10-1* Vitomo (ou 984 k/mol) é emsitido. Agora, podemos visualizar © mecanismo pelo qual foi originado o espectro de emis- Sio de linhas caracteristco do hidrogénio, de acordo com 0 modelo de Bohs. A energia € fomecida aos étomos por uma descarga elétrica ou por aquecimento. Dependendo da quantidade de energia que é adicionada, alguns tomos tém seus elétrons excitados do estado n = 1 para o estado m = 2, 3 ou outros ainda mais elevados. Depois de absorver energia, esses elétrons podem retornar para um nivel de menor energia (seja diretamente fou em uma série de ctapas)liberando energia (Figura 6.9). Observamos essa energia li- berada como fotons de radiac3o eletromagnética e, como somente certos niveis de SS eer tr) Aestrutura dos atomos 285, cenergia S40 possiveis, apenas fétons com determinadas energias € comprimentos de onda sao emitidos. ‘A energia de qualquer linha de emissio (em J/Sromo) para étomos de hidroge- nio excitados pode ser calculada utilizando-se a Equacio 6.5. AE = Fea ~ Fuss = Roc (e -4) (65) © valor de AE em tomo pode ser relacionado ao comprimento de onda ou & frequéncia da radiacao usando a equacio de Planck (AE = hy) Para o hidrogénio, uma série de linhas de emissao com energias na regido do ul- teavioleta (chamada série de Lyman; Figura 6.10) surge do movimento dos elétrons dos estados com n > 1 para o estado r= 1. A série de linhas que tém energias na regio visivel ~ a série de Balmer ~ surge de elétrons movendo-se de estados com m > 2 para 6 estado m = 2. Ha também séries de linhas na regio espectral do infravermelho, provenientes de transigdes de niveis de maior energia para os niveis 1 = 3,4 ou 5. ‘© modelo de Bohr, introduzindo a quantizaczo na descricao do atomo, ligou 0 invisivel (a estrutura do détomo) ao visivel (as linhas observaveis no especzro do hidro- génio). Isso é importante porque a concordancia entre a teoria ¢ a pritica é tomada como evidéncia para que o modelo teérico seja vélido. No entanto, esta teoria tem limitagées. Esse modelo do étomo explicou apenas o espectro do hidrogénio ¢ de ‘outros sistemas que tém um elétron (tal como He"), mas falhou para todos 0s outros sistemas, Um modelo melhor da estrutura eletrdnica era necessério. Energi 3/Stomo ahs x 10° 6,06 10 =136 x10 =242 x10 =5s x 10-8 4 Z 5 forma que a equacio de Bale (Fquagios3) em que = FIGURA 6.10 Algumas das ‘transigbes eletrénicas que podem ocorrer em um étomo, de Hexcitado. 1 Série de Lyman: regiio do ultra: volta, ransicdes para o| n=. ++ Série de Balmer: regio visivel, transigies dos niveis com va- lores den > 2 parain =2. ++ Série de Ritz Paschen: cio do Infravermelno, wansicoes de nivels comn>3 para niveln=3. 1+ Transigdes den=8 eniveis _maiores para os niveis menores também corre, mas néo so smostradas nesta figura, 286 (Quimica geral ereagSes quimicas ‘Mapa Estratégico 6.4 Calcul a energa de tina verde no espectro do H. 1 DADOs/MFORNAGDES CoNMECIDOS ‘Alina verde coresponde 8 transicfo de a= 6 para a= 2 1, Use a Equacio 65 lr SE par Misa = 4 Obter SE = Ent ~ Ent ara, Determine Figen IE] ber Fins ‘ara, Use a equarto de Paanek © valer de es Bara «leur o comprimento de onda bter 0 comprimento de onda do foton EXEMPLO \ Energias Associadas as Linhas de Emissao dos Atomos Excitados Problema Calculeo comprimento de onda da linha verde no espectrovisivel dos dtomos deHexctados. © que vocé sabe? linha verde no espectro do hidrogénio surge da transcao do elé- tron no estado n= 4 (ne) Para 0 estado n= (rns) (Figura 6.10). Estratégia 4 Caleule diferenca de energie entre os estados usando a Equacéo 65. Voed pode simpli- ficar esse culo usando 0 valor de Rhc do Exemplo 63 (2.179% 10+" J. © Relacione a ciferenca de energia 20 comprimento de onda da luz usando a equagao = he/A. (Esta equacao 6 obtida combinando as Equacdes 6.1 6.2) Solugde calcule Ae. x = (Re) (Bt (HE) rot) 44) ~ -metna875 AE = ~{2,179 X 107 J)(0,1875) = —4,086 x 107 J/foton Reconhega que, enquanoavaragsoraenegjiatem um sal indica aired rans fers de enerpa 2 enegia do f6ton enti, Ea no tem um sina Ee = |SE= 4085 510" ton, st ovalor absolute da eneiaencontrada aro. Ago apique a eq {doi de Mond pra clear ocomprimento de onda Emm = WV= IA, e855 A= hE 26 10% 225 | ease cao me) $086 & 10° 9/Fetan = 4.862 10-7 = (4862 10-7 mf 10° nein) = 4e62m Pense bem antes de responder Vocé deve lembrarsede que a luzvisive tem com- primentos de onda de 400 a 700 nm. O valor calculado encontra-se nessa regido e sua res- ‘posta tem um valor apropriado paraa lia verde. O valor deterrinado experimentalmente, de 486,1 nm, est em excelente concordéncia com ess resposta Verifique seu entendimento A série de Lyman delinhas espectras para o étomo de H na tegiéo do ultravioleta surge das ttansigdes de nivels mais elevados para n= 1.Calcule afrequéncia e o comprimento de onda da linha com menos energia nessa série, Sees 1. Com base na teoria de Bohr, qual das sequintes transicSes para o étomo de hidrogénio cemitird a maior energia? (@) den=3paran=2 (©) den=Sparan=2 () den =4paran=2 (@) den =6paran=2 Aeestrutura dos étomos (eqbODECASO O Que Origina as Cores nos Fogos de Artificio? Foges de arificio envolvem muita quimical Por exemplo, deve haver um oxidantee algo Fara oxidar. Hoje em dia, o oxidante é ger ‘mente um perdorato, dorato ou sal de ni- rato, @ eles sé0 quase sempre sais de Potissio. A razio para o uso de sais de pots S10 € nao de sédio € que os sais de sédio ‘apresentam dois inconvenientes impor tantes. Hes so higroscdpicos - absorvern ‘umidade do ar ~ portanto,nio petmanecern secos quando ammazenados. Além disso, ‘quando aquecidos, os sais de sédio emit tum intensa luz amarela, que ¢ t30 brihante ‘que pode mascarar as outras cores Aspartes de qualquer exibicio defogos de artic, das quais mals nos lembramos, sos cores vivas #05 cares brllhantes. A luz branca pode ser produzida pela oxida- ‘s20.do magnésio ou aluminio metalico em altes temperaturas.Os clardes que voce vé fem concertos de rock, por exemplo, $50, ‘geralmente misturas de Mg/KCIO., ‘Aluzamarelaéa mals fac de ser produ: ida porque of sais de sécio emitern uma liz FFIGURA A emissio de uz por dtomos excita do. festos de chara S20 requentamente usados peta ienficaro% ele eur morta ‘Quimica, Aga exto ae chamss (ques de _metano) prdueias pelo NaCl amare), SC, (armen) esedo bance wade). voce quena rapid, neattio de —L papel Lt avi tera we ise) FIGURA B 0 projeto de um fogueteaéreo pa LD sos sie vi ruzae (Pavia io) | — composi da exrela vrata (KIDC0) | ompoceo oa era au (10,600) se KCAL Poglente de por ne yurima de fogos de atifici. Quando opavio ‘¢3cze9 le quama rapidement: st 0 pana de retard, ra parte supencr da mistra da estrl var ‘meth, propagando-s logo at 0 propaor de plore negara pare inferior propor islaa, {nutando a cartuch par a Enquanto so, o¢ pais de etardo quelmam, Se tempo exter caret ‘arto estou lon ca com forma ce uma estes veretha Em sequin acote us exlonso {uule depos um dardo eo sor intensa com um comprimente de onda de 589 nm. AS misturas nos fogos de artiido ‘geralmente contém sédio na forma de com ppostos nao higroscépices, como a iota, Na,AFs. Sais de estroncio sao mais frequen- temente utlizados pars produrir urna luz vermetha e a verce @ procuzida por sais de bio, como o BatNO,, AA préxima vez que voce assist a. uma exibiao de fogos de artificio, observe ‘aqueles que sao azuis. O azul sempre foi 3 cor mais dificil de se conseguir. Recents mente, 0s projetstas de fogos de artic

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