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DADAÍSMO
Introdução
O Dadaísmo, ou Movimento Dadá, é uma Vanguarda Europeia do
século XX, que surgiu em Zurique, na Suíça. O movimento foi
criado por artistas refugiados da Primeira Guerra Mundial e tinha
como lema “a destruição também é criação”.
O marco inicial do movimento ocorreu em 1916, quando Tristan
Tzara, Hugo Ball e Hans Arp formaram e lideraram um grupo de
escritores, artistas plásticos e poetas, fundando o Cabaret
Voltaire, uma casa noturna feita para ser um espaço de
manifestações políticas e artísticas.
O grupo tinha como objetivo fazer um tipo de arte de protesto,
que chocasse a população burguesa da época. A arte do
Dadaísmo pode ser considerada espontânea, pautada pela
liberdade, pelo pessimismo e pela irracionalidade.
Foi a partir disso que surgiu o nome do movimento. Os artistas
resolveram escolher um nome que indicasse a irracionalidade e
falta de lógica presente nas artes dadaístas. Em francês, o termo
dadá significa “cavalinho de madeira” ou “brinquedo de criança”.
Além disso, os adeptos do Dadaísmo eram contra a guerra, pois
consideravam que ela era motivada por motivos capitalistas e
devido aos valores burgueses da época. Os dadaístas também
eram contra qualquer tipo de sentimento nacionalista e
materialista.
O Dadaísmo é considerado uma forma mais radical das três
Vanguardas Europeias anteriores: o Cubismo, o Futurismo e o
Expressionismo.
Características Ruptura com os modelos de arte
tradicional, já que os artistas do
movimento estavam descontentes com o
Déméter (1960)
Principais artistas do Dadaísmo
Julius Evola (1898-1974):
Foi um filósofo, escritor, pintor e poeta italiano. Além disso, representou o Dadaísmo nas artes
plásticas. Suas principais obras são “Mazzo di fiori” (1918) e “Five o’clock tea” (1917).
“Dada-Review” (1919)
Dadaísmo no Brasil
No mesmo período em que o Dadaísmo surgiu e tinha seu ápice na Europa, no Brasil, a arte moderna vivia seus dias gloriosos, como a Semana de Arte
Moderna de 1922. Em comum a necessidade de produção de obras de arte polêmicas e originais, e foram justamente esses elementos que permitiram que o
dadaísmo no Brasil alcançasse a abrangência que conseguiu.
Entre os desejos da arte moderna no Brasil estava a busca por liberdade criativa e de expressão, especialmente conseguidas por meio das características do
dadaísmo europeu.
E foi assim, por meio da apropriação dos ideais dadaístas, que o modernismo no Brasil absorveu a anti-arte e seus discursos políticos, filosóficos e inquietantes.