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& CARTA AFRICANA DA JUVENTUDE PREAMBULO GUIADOS pelo Acto Consttuvo da Unido Africana, os Estados Membros da Unido Africana, Partes na presente ‘Carta Aficana da Juventude' GUIADOS pola visdo, esperanga e aspiragdes da Unido Alficana, inclusive da integracdo de Africa’ inerentes a todos os membros da familia humana festabelecidas. na Declaraggo Universal dos Direitos Humanos (1948), na ‘Convengéo internacional dos Direitos Civis e Polticas (1976) e na Convencao Internacional relativa aos Direitos Econémicos, Socials e Culturais (1976) © articulados para os Povos Atticanos na Carta Afficana dos Diretos do Homem & dos Povos (1986): EVOCANDO a Resoluglo dos Chefes de Estado e de Govern emanada durante a Cimeira de Alger de 1999 relativa ao desenvolvimento da Carta Pan- aricana EMPENHADOS as virtudes ¢ os valores tradiclonas histbricos @ das civilizagoes aicanas sobre as quais se basela a concepedo dos Diretos das Povos; LEMBRANDO as injusticas fotas & Africa como o esclavagismo, a colonizaeao, ‘0 esgolamento dos recursos naturais e, tendo em conta a firme vontade dos povos africanos de lutarem pela auto-determinagao e a inlogragao econémica de Aig CONVENCIDOS de que o maior recurso de Arica é a sua populago jovem & que pola sua partcipacio plena e activa, os Africanos podem ullrapassar as diiculdades com as quais estio confrontados; EVOCANDO 2 Convengao internacional relativa 8 Eliminagdo de Todas as Formas de Discriminagao contra as Mulheres (1979). 0 Protocolo da Carta ‘Aricana dos Ditetas do Hamam e dos Povos reativo aos Diretos das Mulheres ‘em Africa (2003), assim como os realizados na combate contra a discriminago do géneros, mas tendo sempre consciéncia dos obstaculos que ainda impedem ‘8s mulheres de participarem plonamente na vida da sociedade africana ® REAFIRMANDO 9 nocossidada de tomar ae madidae necaesériae para o Promogao e a Protocgao dos Ditaltos e do Bem-Estar das Criangas consignados ha Convengdo dos Direitos da Crianga (1989) e na Carta Africana dos Direitos & {do Bem-Estar da Grianca (1999); RECONHECENDO o compromisso j assumido em relagao 20s Objectvos do Nilénio para 0 Desenvolvimento, das Nagbes Unidas (OMD), © convidando os parceiros areiterar o seu apoio a promozdo do bom-estar da juventude; CONSIDERANDO os esforgos ellos pelos Estados Membros © pelas sociedades civis para responder as necessidades de ordem econémica, socal, cultural, espintuale educativa da Juventude; NOTANDO com preocupacio a situagdo dos jovens afticanos cuja majoria se fencontra marginalizada em relagdo 4 sociedade devido 2 desigualdade dos rendimentos, do patiiménio @ do poder, ao desemprego © a0 Sub-emprego, Infectados @ afectados pela pandemia do HIVISIDA, vivendo em situagées de pobreza e da fomo, vitimas do analfabetiemo, de sistemas educativos de ma ‘ualdade, de acesso precario aos servigos de saide © & informago, expostos & Voléncia, incluindo @ violencia ligada as relagoes de genero, envolvidos em confitos atmados e que sao vitimas de civersas formas de discriminagaor, EVOCANDO 0 Programa de Acgio das Nagées Unidas para a Juventude do ‘Ano 2000, bom como as dez areas prioritrias Identficadas polos jovens (educacio, emprego, fome © pobreza, satide, meio-ambiente, consumo de ‘drogas, dolinguéncia juveni, actidades de laser, partiipagao das raparigas © da juventude na tomada de decisdes) bem como as outras cinco éreas complementares (HIVISIDA, NTIC, dialogo enlre geragbes,..) adoptadas pela ‘Assembleia Geral das Nagoes Unidas em 2005; RECONHECENDO uo a juventude representa um parce, uma mais-valia incontomavel para o desenvolvimento sustentavel, para a paz e a prosperidade {da Africa, com uma contribuigdo Unica para o desenvolvimento presente e futuro; CONSIDERANDO 0 pape! desempentado pela juventude na descolonizagao, 3 luta contra © aparthoid e, mals recentemente nos seus esforgos do Gesenvolvimento e promogdo do process democrética no Continente & REAFIRMANDO que 0 devenvolvimenta cultural continue da Aca depande dae jovons © precisa, desta modo, da sua paricipagao activa 6 esclarecida, tal como ‘etd definde na Carta Cultural Aficana;, GUIADOS pelo Quadro Estratégico do Programa da NEPAD para a Juventude de 2008, que visa o reforgo da capacidades @ o desenvolvimento dos jovens; CONSIDERANDO os apelos incossantes © 0 enlusiasmo da jwvantude para particpar activamente nas actividades locais, nacionals, regionals @ Internacionais tendo em vista determinar 0 seu préprio Geservolvimento e 0 progresso da sociedade no seu todo, RECONHECENDO IGUALMENTE 0 apslo langado em Bamako (2005) elas forganizagdes juvenis em Alfica para a promocdo da Juventude através do reforgo das suas capacidaces,lideranga e da responsabilidade e faciltagdo do ‘Seu acesso @ informagao para paderem desempenhar 0 seu papel como agentes sinamicos na goveragdo e na tomada de decisbes; CONSIDERANDO a intorigagso dos dosafios 208 quais os jovens estio ‘onfrontados com a necessidade de adopiar policas © programas inersectovials {que respondem globelmente as suas aspiragdes; RECONHECENDO QUE a promocio e a proteceo dos Direltes da Juventud ‘exigem igualmente que tanto esta ultima como todos os outtes actores da sociedade assumam as suas responsabilidades; ‘TOMANDO EM CONSIDERAGAO as necessidades e as aspiragdes dos jovens ‘deslocados e refugiados assim como dos que tém necessidades especiais; ACORDARAM NO SEGUINT! DEFINIGOES “Presidente”, 0 Presidente da Comisso da Uniao Africana; "Carta", &a Carta Africana da Juventude; “Comissao, 6 2 Comissdo da Unigo Africana) Didspora", S80 as pessoas de ascendéncia @ oxigem africana vivendo fora do CContinenteindependentemente da sua cidadania e que se mantém empenhados fem contribuir para o desenvoWimento do Continente e para a consirugao da Uniao Africana (Doe. EX.CLI164 (Vil) "Estadormembros", so os Estados:membros da Unido Aticana, “Monores', s30 Jovons de idade compreondida entre @ 18 a 17 anos sujeitos as leis vigentes em cada pais; “Estados Partes”, 30 0s Estados-membros que ratifiaram ou aderiram & presente Carta “Unido”, @ a Unido Aficana “Jovem”, nos termos da presente Carta, juventude ou jovem refere-se a ‘qualquer pessoa com idade compreendida entre 15 @ 35 anos. CAPITULO: —_DIREITOS & DEVERES Artigo 1; Obrigagdes dos Estados Partes 1. Os Estados Membros da Unido Aicana, Partes & presente Carta, reconhecem 0s direitos, deveres e lberdades constantes desta Carta 2. __Os Estados Parles comprometem-se a tomar as medidas necessérias, fem conformidade com 0 proceso consitucional e com as disposicoes da presente Carta, para adoptarem legislagdes e outros instrumentos exigidos pera ‘a execugdo das disposigoes da Carla, Antigo 2: Nao Diseriminagio 1. Qualquer Jovem tem 0 dieeito de gozar das iberdades reconhecidas. {garantidas pela presente Carta, som distingdo de raga, grupo étnico, cor da pele, S210, lingua, relgido,fliagz0'partidério ou de opiniao, nacionaldade, grupo social, posse de bens, local de nascimento, entre outres, 2. Os Estados Partes devem tomar as medidas apropriadas de protecgao dos jovens contra quaisquer formas de diseriminagao com base no estilo social, ‘Actividades, opines ou crona exprimidas. 3. Os Estados Portes reconhecem os direitos do jovem pertencentes a grupos ‘marginalzados devido 8 sua oxigem étnica,religiosa ¢ linguistca ou jovens de ‘origem autéctone de desenvolverem a sua propria cultura, praicarem ivremente 2 sua propria religido ov utiizar a sua propria lingua com outro membro do seu ‘grupo. ‘Antigo 3: Liberdade de Circulagio ‘Todos os jovens tém 0 dieito de deixar qualquer pais, incluindo 0 seu, regressar quando quiserem. Artigo 4: Liberdade de Expresso 1. Todos os jovens tém o dirito de exprimir @ dvulgarliemente as suas idelas © a8 suas opini6es relatvas’ a queisquer assuntos, sob reserva das, restrigbes previstas peta le 2. Todos os jovens tm 0 altel de fazer pesquieas, receber @ divulgar informagées ideias de qualquer natureza, quer verbalmente, oralmente, por escrito, sob a forma de imprensa, atraves da arte ou por qualquer via da sua ‘escola, sob reserva das resrgdes prevsias pel ll. ‘Antigo 5: Libordade de Associagao 1. Tedos 08 jovens tém 0 dirsito de consttuir lvremente as suas associagdes @ a iberdade de reunir paciicamente, com o respeito das normas previstas pela lei 2. Os ovens ndo so obrigados a pertencor a uma associagao. Antigo 6: _Liberdade de Pensamento, de Consciéncia e de Religio ‘Todos os jovens tem o direto & lberdade de pensamento, de consciéncia e a prética ire da religido, sem prejudicar 0 seu semelhante. Artigo7: Protec da Vida Privada Nonhum jovem pode ser submetido a uma ingoréncia arbitra ou ilagal da sua Privacidade, da sua residéncia ou algo correspondente @ qualquer atentado ua honra ou 8 sua reputagzo, Artigo 8: Protecgéo da Familia 1, _A familia, como fundamento principal da sociedade, deve ser protegida apoiada pelos Estados Partes para a sua ciiagao e seu desenvolvimento, tendo om conta que as estruturas @ os modelos familiares variam de acordo com 08 diferentes contextos socials e cultura 2. Os jovens de ambos os sex0s que stingem a idade ndbil devem cas se, na base do livre consentimento, © gozar de direitos e deveres igus. ‘Artigo 9: Propriedade 1. Todo « jovem tem 0 dirato de possuir¢ herdar uma propriedade. & 2. Oe Eetadoe Partas dovom zolar para qua oe javene do amber oe eoxos ‘gozom dos mesmos ditto de possuir uma propriedade. 3. __Os Estados Partes devem zelar para que os jovens nao sejam privados: atbitraiamente do seu dirito& propriedade, inciuindo a propriedade herdada, Artigo 10: Desenvolvimento 4. Todos 0s jovens t8m dreito 20 seu desenvolvimento social, econémico, politico e cultural, no respeito da sua lierdade, da sua identiéade bem como no Usufuto igual do patriménio comum da humanidade, 2. _Os Estados Partes devem encorajar a8 organizagoes juvenis a liderar programas juvenis © assegurar o exerciio do direto a0 desenvolvimento 3. Os Estados devem: 2) Encorajar a comunicagdo social no sentido de civulgar informarées fm beneficios dos jovens do ponto de vista econémico, politico, sociale cultural, Promover 0 desenvolvimento da divulgagdo de Informagio estinada aos jovens; Encorajar a cooperagao internacional no dominio de produgao, intercmbio e difusdo ée informago através de fontes nacionais © Internacionals com valor econémica, social e cultural para a juvontude; Facilitar 0 acesso a informagdo, educagso formagao para que os Jovens possam conhecer ‘seus lideres © responsabilidades, ¢ serem igualmente orientados nos processos de democratizacao, eidadania, decisoes, govemagdo e lideranca _permitindo-hes desenvolver as suas capacidades técnicas © conlinuar para parlcipar nestes processos. Artigo 11: Participagio dos Jovens Todos os Jovens tém 0 direito de pariipar em todas as esferes da & (0s Estados Partes davem tomar ae medias que se soguem para promover 2 participagio activa da juventude na sociedade. Devern: ” » Garantir a participagao dos jovens no Parlamento @ noutros 6rgaos {e decisdo, de acordo com as leis em vigor, Faciltar a criagio ou 0 reforgo de plataformas para a participagtio Gos jovens na tomada de decisdes aos nivels local, nacional, regional e continental de governagao; Assegurar 0 acesso equitalivo dos jovens de ambos os sexos na tomada de decisées @ no exercicio de responsabildades civicas; Dar prioridade as politicas © aos programas que incluem a ‘6vocacia para os jovens bem como 08 pragramas de educacao polos pares dostinados aos jovens marginalizados da sociedade, fais como analfabetos @ desempregados, oferecendoJhes a oportunidad @ a motivacao de reinsercéo na Sociedade Faciitar 0 acesso @ inlormagio de modo a permitr aos jovens 0 Conhecimiento dos seus diretas assim coma as oportunidades que ‘hes 20 oferecidas para partcipar na tomada de decisoes © na vida cviea ‘Tomar medidas que visam a profissionalizagio do trabalho dos jovens @ a introdugdo de programas de formacio pertinntes no ‘ensino Superior @ em outras insiuigdes de formagao similares; Dar assistincia técnica efinanceira para a capacitagdo institucional {das organizagoes jwveris; Adoptar politicas e programas voluntirios destinados para os Jovens aos nivets local, nacional, regional e interactional como um frum importante da pertcipagdo da juventude na governagdo e no esenvolvimento do Continente © como um instrumento de formaggo pelos pares; ® Faciitar © acesso 8 informanto @ servigos que permits 20s jovens formarem conhecimento dos seus direitos e responsabiidades; Incluir representantes da juventude nas dologagtes as Sesstes Ordinarias e oulras reunies importantes de mado a alargar as redes de comunicagdo e promover debates. sobre questoes telalivas aos jovens. Artigo 12: Politica Nacional da Juventude Todos os Estados Partes a presente Carta, devem implementar uma politica nacional global @ coorente para a juvantude: a) Essa politica deve ser de natureza intersectorial devido 8 Interigagdo existente entre os desafios aos quais os jovens esto ‘controntados; ‘A elaboracao da politica nacional para a juventude deve ser felts ‘com base numa consulta massiva dos jovens e deverd prever 3 Partcipagdo activa destes dtimos a todos os nivels de tomada de ‘dacisdes e de govornagao sobro os problemas da juventude e da sociedade om geral ‘A perspectiva da juventude deve ser tomada em consideraggo na planficaggo, na tomada de decis6es assim como na elaboragio de Programas. Este processo sera faciitado pelo recrutamento de Pontos focais dos jovens nas estruturas governamentas; Devem ser concebidos mecanismos que visam ultrapasser estes esaflos no quadro do desenvolvimento nacional do pals, Esta politica devoré tragar as grandes linhas da definigao da juventude adopiada ¢ especificar os sub-grupos elvos para o desenvolvimento, Esta flosofia deve fazer advocacia em pro! de oportunidades iguals ‘ara os jovens de ambos os sex0s; & Uma avaliagte da hase ex uma andlisa da situagto avientara a politica relatva as prioridades na promogdo da jwventude: Esta politica seré aprovada pelo Parlamento © promulgada em forma de Ii ‘Sera estabelecido um mecanismo nacional de coordenagao dos jovens, que servira de plataforma e de agente de ligagao para as ‘rganizagdes juvenis paticiparem na elaboragdo de pollicas na Implementagio, monitorizagio e avaliagdo dos. respectivos program Devem ser formulados programas de ac¢ao com prazos definidos @ ligados a uma estratégia de avaliagdo e implementacao para a qual serdo defnidos incicadores; Este programa de acco devera fazer se acompanhar de uma afgctagao de um orgamento adequado e sustentavel Antigo 13: Educagio © Desenvolvimento 1, Teds 0s ovens tém o dreto & educacao de boa qualidade. 2. _Deve ser tomado em conta o valor das diferentes formas de ensino que Compreendem a educagao formal, no formal, informal, o ensino a distancia © 3 ‘ormagdo a0 longo da vida para responder as necessidades dos jovens, 3. eeducagao dos jovens terd coma objectives: 8) Promover e desenvolver as suas capacidades cognitivas, ciadoras ‘© emocionais na sua totalidade, b)_Estimular 0 respeito pelos Direitos Humanos @ as liberdades fundamentals referidas em diversss dlsposigoes da Carta Aicana dos Diitos do Homem o dos Pavos, em Declaragies © Convengies intemacionais elativas & materia; ® repartlos para uma vita regpanséunl am sociadadas Hutas contribui para a paz, entendimento, tolerincia, didlogo, respato ‘mituo e amizade entre as Nacbes, através de todos os ‘agrupamentos populacionais; Salvaguardar @ promover os valores morais positives, os valores e ‘as culluras tradicionais africanas assim como a Wentdade © © ‘orguiho nacional eafricano: Promover 0 respeite pelo meio ambiente e pelos recursos naturals Desenvolver as capacidades para enfrentar a vida, permitindo-thes ‘comportarse e agit com eficécia_na sociedade em diversas areas fais como 0 HIVISIDA, a saude reprodutva, 9 prevengao do ‘consumo de substdncia téxicas e priticas culturais peigosas para ‘a satide dos jovens de ambos os sexos, questées que devem ‘constar nos programas educativos. 4. Os Estados Partes na presente Carta devem tomar as medidas ‘apropriadas para a realizagdo integral destes direitos © comprometem-se a: 2) Estabelecer um sistema de educagso de base gratuito © ‘brigatério, tomar medidas que visam reduzir para minimo os custos inerentes ao ensino; Volar, com todos os molos possivels para que todas as formas do fensino secundirio sejam dsponiveis e acessivels, ou soja, Progressivamente gratuites; Adopiar medidas tendentes a encorajar 0 ensino e reduziro indice {e desistancias; Melhorar os ingressos na formagao em ciéncia @ tecnologia bem ‘camo a qualidade desta formagao; =| Ralangar a formacia proissional garadora da amprega, para 0 presante @ 0 futuro, e slargar o acesso a esta formagao através da riagdo de cenitos de formagso nas zonas rurals mais recdnditas; TTornar 0 ensino superior mais acessivel para todos, prevendo nesta Optica a ctiagdo de centtos de exceléncia do ensino & distancia; Estabolecer diversos pontos de acesso a formagio © a0 Gesenvolvimento de competéncias, incluindo as oportunidades existentes fora das estruturas classicas de formacao, por exemplo: fem locais de trabalho, ensino & disténcia,alfabelizagao de adultos fe programas de servigo nacional para os jovens;, \Velar para que as raparigas que contraem gravidez ou matiménio antes de conclur os seus estudos possam ler a oportunidade de prosseguira sua formagao: Mobilizar recursos para a melhotia da qualidade do ensino ministrado se assegurar que este responda as necessidades da sociedade contemporénes e benefiie mais 0 pensamento criico do que lavagem do cerebro; ‘Adoptar uma pedagagia que tire vantagens das Novas Tecnologias de Informagao e da Comunicagao e failarize os jovens no uso dostas, de modo a preparé-los para o mercado de emprego: Estimular a particinagao das jovens em trabalhos comunitrios ‘como parte integrante da educagao em deneficio do senso do ever cvieo: Estabelocer programas de concessao de bolsas de estudos para fencorajar inscrigbes no ensino secundario e superior, com particular atango para as jovens provenientes das comunidades ‘mais desfavorecidas, principalmente as raparigas; ® Institue © promover a participa de todos os jovens de amos os ‘sex0s em actividades desportivas, cultuais e de laser como parte do seu desenvolvimento integral: Promover uma educagao culluralmente apropriada, como uma ‘componente da vida sexual e reprodutiva que corresponde a faixa ‘tdi @ uma paternidade responsavel, Promover a equivaléncia de diplomas entre institugdes de ensino stricanas para emilir 808 jovens estudar © trabalhar nos Estados Partes; P) Adoptar um processo de recrutamento proferencial de jovens africanos especializados no seio dos Estados Membros. 5. Os jovens esto determinados a transformar 0 continente nas areas da iéncia da tecnologia, Por conseguinte, elas comprometem-se a 8) promovere utlizar aciéncia @ a tecnologia em Alia: b)_efectuar a investigagao nos dominios da ciéncia e da tecnologia 6. Os Estados Partes devem encorajar os jovens 2 dedicarem a Investigagdo. Neste contexto, deve-se proclamar um Dia de Descobertas ‘Aficanas, com 0 respectivo mecanismo de concessio de prémics a nivel continental 7. Empresas que funcionam em Africa devem estabelecer parcerias com Institutes de formagao, a fim de contribuirem para a transferéncia de tecnologia para o beneficio de estudantes e pesquisadores afticanos. ‘Artigo 14: Combate contra a Pobreza e a Integra¢lo Séclo-econémica os Jovens, 1. Os Estados Partes deverdo Reconhecer a dirito de terem condigbes de vida que Ihes permitem o seu desenvolvimento global; ® 2. Reconhecer 0 direlto dos jovens de nao correrem o risco da fome e ‘dover, para o ofelto, iomar medidas individuals e colectivas que visam: 12) Promover a alracgo dos jovens para as areas rurais methorando 0 facesso aos semvigos e inf-estruturas, como as de ensino © cultures; Formar os jovens para dominarom a producao agricola, mineral, comercial @ Industral, através do uso de tocnologias, Contempordneas promover os conhecimentos trados das Novas ‘Teenologias de Informacao e da Comunicagao para terem acesso ‘208 morcados oxistentos bem como aos novos centros de ‘comercializagio; CConceder terrenos aos jovens @ as organizagées juvenis para a prossecugao dos objectivos de desenvolvimento sdcio- ‘econémicos: Faciitar © acesso a0 crétito para promover 2 pattcipaggo dos jovens em projectos agricolas e outros geradores de melos de Subsisténcia duradoira; FFacitar a partcipagso dos jovens na concepgéo, implementagao, monitorizag 0 de panos de desenvolvimento nacional, politicas © estratégias de combate 8 pobreza: 2. Os Estados Partes deverto reconhecer © direto dos jovens de boneficar da soguranga social Para 0 leit, eles deveréo tomar as medidas necessérias para a plena realizagao deste direlto, em conformigade com a legislagao nacional, Drincipalmente no que diz respeito & seguranga alimentar, vestusro, alojamento fe oultas necessidades fundamentals Artigo 15: Meios de Subsisténcia Sustentaveis e Emprego para Jovens: 1. Todos os jovens tam direto a um emprego remuneravel % 2 Todas 0s jovens tm direito& proteccao contra a exploracéo econdmica {© 0 exercicio de fungdes perigosas que podem alectar os seus estudos ou susceptiveis de prejuicar a sua saide ou o seu desenvolvimento 3. Os Estados Partes devem zelar para que estejam disponivels bases de ‘dados procisos sobre 0 emprego, desemprego e sub-emprego de jovens, de mado que estes Ultimos possam ser reconhecidos como elementos prioritrios hos programas do desenvolvimento nacional, complemantados com programas concrelos de resolugao do desemprego. 4, Os Estados Partes & prosente Carta deverdo tomar todas as medidas necessérias para a realizac30 do direito dos jovens a um emprego remunerado, fe devem principaimente: 8) Garant © acesso equitative 20 emprege e a remuneragio, velar pela protecoo contra todas as formas de discriminagao com base na etna, raga, sexo, defciénca, religizo, cultura, fllagdo pardérla, festatuto social ou aconémico de erigem; Elaborar polticas macro-econémicas orlentadas para a criagao de ‘empregos, principalmente para os jovens de ambos os sex0s; ‘Adoptar medidas que visam regulamentar a economia informal para se precaverem de préticas injustas de trabalho exercida matortariamente pelos jovens; Estabelecer uma esteitacolaboracio entre 09 mereada de emprego, © sistema de ensino € @ formagao profisional de modo a se assegurarem de que os. programas escolares respondem as Inecessidades do mercada de trabalho e que os jovens sao formados fem areas onde existem oportunidades de emprego ou entso em lena expansao; Estabolecer uma otientagdo de carreras profisionals para os jovens, escalonadas no tempo, como parte integrante do sistema educativo © pos-educativo; © Promover 0 espiito empreendedor no seio dos jovens através da Inclusdo, nos. programas oscolares, de matérias rolativas 20 ‘empreendimento técnicas de gestio de negécios, oferecendo-hes opertunidades de crédito © de patrocinio assim como as melhores informagbes sobre 6s oportunidedes de mercados; Estabelecer sistemas e estimulo através dos quais os empregadores overdo investir na capacitagao dos jovens empregadas e os sem ‘emprego, CCriar programas de serviga nacional para os jovens orlentados para 1 partcipagao comunitaria e 0 desenvolvimento das competéncias {que do acesso a0 mercado do emprego. Artigo 16: Saiide 4. Todos os jovens t8m 0 direilo de gozar de um melhor estado de sate fisica mentale espinal 2. Os Estados Partes a presente Carta comprometem-se a prosseguir a plena implementagio deste dcsto e devem tomar as seguintes medidas: 8) Promover 0 acesso equitaivo @ répido a assisténcia médica, e aos servigas de saude, principalmente nas zonas rurais € urbanas mals desfavorecidas, com particular atengao pera a prestagso do culdados de sadde basicos; Assogurar 0 envolvimento pleno dos jovens no processo de identiicagéo das suas necessidades reprodutvas e sanitrias, bem ‘como de concepea0 de programas que respondam a essas nnecessidades com uma atengao especial para os jovens portadores de deficiéncias e os desfavorecidos; Garantir 0 acesso oquitalvo dos jovens 20s servigos de sade reproduliva e de proviséo de contraceptives, incluindo a saude ‘materno-ifantl Estabelacer programas de tratamento de pandemias em Africa, tais como 0 VIHISIDA & Tuborculose 6 @ Malaria Estabelecer programas globais de prevengao de _doencas seruaimente transmissiveis © HIVISIDA, através da educagao. Informagio, comunieagio e sensiblizagio assim como por Inteemédio de medidas de protecrdo e disponibilizacao de servigos do salce reprodutvos; Divuigar © encorajar os jovens a recorrerem aos servigas de ‘aconselhamonto ¢ de testes voluntérios e confidencials do HIVISIOA; Garant, no momento oportuno, que os jovens infectados com o HIVISIDA tenfiam acesso a0 tratamento, incuindo os servigos de prevencéo da transmissao verical, a profaxia, os servicos de ‘acompanhamento apés a infecgdo © a terapia antietroviral, bem ‘come a eriagdo de contros de sale especifins para os ovens; Garantic a seguranca alimentar para as pessoas infectadas com 0 VIRISIOA: Estabelecer programas globais que incluem, entre outros, medidas legisiativas de prevencdo de abortos clandestinos; ‘Adoptar les tals como a interdigdo de publiciade ¢ 0 aumento das vvorbas destinadas & prevenedo @ reabillagdo para controlar 0 Consumo do tabaco, a exposiglo ao fumo do tabaco e 9 abuso do Alcoo! Sensibilizar os jovens sobre 0s perigos relatives ao consumo da droga através de uma relacdo de parceria entre os primeiros, as, corganizagées juvenis @ 2 sociedade cil, Rofocgar as parcerias locals, nacionais, regionais @ intomacionals com vista a erradicar @ procura, fomecimento e trafico da droga, incluindo o uso de criangas no traico de substancias psicotoxicas;, © [Assegurar a reabiltacdo de jovens drogados para a sua reintegracio na vida social © econdmica: Prestar apoio técnica e financeito para reforgar a capacidade institucional das organizagdes juvenis para tatorem de questoes de Saude pablica incuindo as relacionadas com os jovens portadores de deficiéncia eos que casaram precocemente, Antigo 17: Paze Seguranga 4. Conscientes do importante papel desempentiado pela juventude na promogao da paz e da no violéncia assim como as profundas marcas fisicas e Psicol6gicas deixadas pela paticipagao na violencia, nos confitos ermados e na ‘uerra, os Estados Partes & presente Carta dever: 8) Reforgar 2s capacidades dos jovens e das organizagbes juvenis na Consolidagdo da paz, na prevencio e resclucdo de confltos através dda promogdo de uma educagao intercultural, educagao civica, folerancia, direitos humanos, democracia, respelto mituo pela diversidade cultura, étnica ¢ religiosa, importéncia do didlogo, da ‘cooperagéo, da responsabilidade © da solidariedade © da ‘c00p2r8940 intemaciona ‘Griar mecanismos capazes de desenvolver, nos jovens, uma cultura dda paz e tolerancia para desencorajar a paticipagao em actos de violbnesa, tertorismo, xenofobla, dscriminagao racial e com base No ‘género,invasso eslrangeira rico de armas ¢ de drogas: Estabelecer uma educagio de cultura da paz © do didlogo nas fescolas & nos centros de formagao @ todos os niveis; Desencorajar 0s confitos armados @ prevenir, por todos os meios possiveis, a participacdo, 0 envalvimento, 0 recrutamento. © fescravatura sexual da ovens nesse tipo de coritos; ‘Tomar todas as medidas necessérias para proteger a populacdo il, Incluindo os jovens desiocados © as vitimas de confios armados; ® 2 Mobilizar os jovens para a reconscrucao de zonas devastadas pola ‘guerra, ajudando os refuglados e as vitimas dos confllos armados a promagdo da paz, reconciliagao e reinsergao socal; Tomar as medidas apropriadas que visam a promogio da reablitagao fisica e psicolégica assim coma a reinsergao social dos jovons vitimas da guerra e dos confitos armados, oferecendo-thes 0 ‘acesso a educagao e 20 desenvolvimento das suas capacidades tals ‘como a formagdo profissional, para devolvé-los a uma vida social Os Estados Partes devem garantira proteagaa dos jovens contra a aologia do gonocidio; Os Estados Partes deve protegr os jovens contra a ideologia do ‘genosidio, Artigo 18: Aplicagio da Lei 1 Qualquar jovem que for acusado ou considerado culpado de ter violado lei temo direito @ um ratamento humana bem como ao respeito da dignidade umana; 2 Os Estados Partos na presente Carta comprometem-se a: a) Velar para que os jovens detidos, condenados ou em centros ‘coreccionais nao sejam sujetos a toruras, tratamento ou penas desumanas; Garantir que 0s detidos menores sejam separados de prisioneiros condenados, com direlto a um tratamento diferenciado, segundo 0 seu estatuto: Construir centos de reabiltagso para jovens menores detidos @ condenados @ sopard-os dos adultos; ® Estabelecer proaramas de reinseredo ara os jovens condenados {que consistem na reciciagem, reablltagao e reinsergao social; Garantr um ensino continue e a valerizagao das competincias dos jovens condenados como parte inlogranta do processo do Festauragao da jusiga; Garantir que 0s Jovens detidos © acusados tenham direito a acvogados. ‘Antigo 19: Melo Ambiente 4. Os Estados Partes devem garanti’ que fazem uso de métodos ‘sustentave's @ apropriados para melhorar as condigées de vida dos jovens populagdes de modo a que as modidas tomadss ndo comprometam as ‘expeclativas das geragdes Vindoiras. 2 0s Estados Partes devem recomendar 0 interesse dos jovens na Proteceaa do meio ambiente natural, na sua qualidade como herdeiros do patriménio natural. Neste contexto, os Estados Partes devern: 12) Encorajar 0s érgios de comunicagzo © as organizagdes juvenis em pparceria com instiuigdes nacionals e internacionais, a produzir, frocar © divulgar informagdes relatvas 2 preservagao do meio ambiente bem como as melhores praticas para a protecg3o do habitat; ‘Assegurar a formagao dos jovens sobre a utlizagdo de tecnologias ‘que protegem e conservam o melo ambiente; Dar apoio as organizagdes juvenis através da adopgao de programas que inctam & preservaco do meio ambiente tals como a Fedugao de dejectos, a sua reciclagem e o reflorestamento; 4) Faclltar a participacao dos lovens na elaboracdo, execucao @ ‘avaiaga0 de. pollicas ambientals, inciuindo @ conservaggo dos recursos naturais aficanos eos niveis local, nacional, regional € Internacional, Desenvolver estratégias concretas e fexiveis para a rearborizagao das forestas: Iniciar acgbes intensivas de prevencao da expansio dos deserts. Artigo 20: Cultura e Juventude 1. Os Estados Partes presente Carta devem tomar as medidas que se seguem para a promogao e a protecgdo dos valores morais tradicionais, reconhecidos pola Comunidade: a) Eliminar todas as préticas que afectam a dignidade @ integrdade fisica das mulheres; b) Reconhecer © valorizar as crencas © préticas tradicionsis que Ccontrisuam para o desenvolvimento; ©} Estabelecer insttulgses e programas que contrbuem para a valorizagdo, documentagdo, proservagie e difusso da cultura; 8) Trabahar_om ostreita colaborago com insttuigoes do. onsin corganizagSes juvenis @ outros parcsiros com vista & sensibilizacs fensino @ informagao dos jovens sobre a cultura, os valores © os conhecimentos endgenos africanos; Promover a cratvidade dos ovens na promacio dos valores @ das tradigoes culturais, apresontando-os de uma forma aceito polos jovens © numa linguagem e contexto aos quais a juventude poder’ se identifear, Promover © expandir 0 ensino das linguas nacionais africanas como parte integrante de formagao escolar, tendo em vista acelerar © desenvolvimento econémico, social, politico e cultural; Promover a tomada da consiciéneia intercultural através de programas de intercambios entre os jovens @ as respectivas organizagoes, 2 Os Estados Partes reconhacem que a evolucéo para uma economia baseada no eonhecimanto. depende das novas tecnologias de Informagao @ da CComunicagao que contibuiram uma cultura dindmica para a juventude,e uma tomada de consciéncia global. Neste contexto, devem 1) Promover um maior acesso as Novas Tecnologias de Informagao & ‘da Comunicagao como meios de ensino, evar postos de trabalho, Inleragirefectivamenta com o resto do mundo, astimular a concbedla, ‘a folerdncia e apreciar as culturas dos jovens;, Promover a produgéo de informagDes locsis © 0 acesso ao conteddo {das Novas Tecnologias de Informagao e da Comunicagio; Sensiblizar os jovens e as respectivas organizagbes sobre a relactio existente entre 2 cultura conlemporanea @ a cultura tradicional aricana a fim de thes permit a expressao deste simbolo através do teatro, ate, eseita, musica e outras formas de expresso cultural 0 atistica; ‘Ajudar os jovens na utlizag3o dos componentes positivos da globalizacao ais como a Ciéncia, tecnologia © as Novas TTecnologias de Informacso e da Comunicagao para promogao de ‘nova formas culturals que estabelacam a ponte entre 0 passado © futuro, Artigo 21: Jovens na Diéspora Os Estados Pattes reconhecem o direto dos jovens de viver em qualquer parte do mundo. Neste contexto, eles comprometem-se a: © 2 12) Promover a equivaléncia de diplomas entre as insituigdes de Ensino ‘Aricanas para permitir aos jovens de estudar e trabainar no Estado Partes; b) Promover pollticas de recrutamento de joven africanes ‘especializados no contexto dos problemas @ solugSes para a Arica, ‘em conformidade com as paliticas e priordades de ambito nacional; ©) Faclitar as organizagSes juvenis @ deservolver contactos e trabalhar ‘com 08 jovens afficanos na diaspora; 4) Estabelecer estruturas que encorajam e ajudam os jovens na diaspora a regressarem e reintegrarem-se na vida social @ ‘econémica da Attica; ©) Promover@ proteger os direitos dos jovens que vivem na Diaspora: 1) Encorajar os jovens na diaspora @ empenharem-se mais, de modo a ppermitr que participem no processo de desenvolvimento da seu pals de origem, Antigo 22: Actividades Séclo-educativas, Desportivas e Culturais Os jovens tém direto @ repouso © lazer, brincar e perticipar em actividades esporivas © sécio-educativas, que fazem parte da higione da vida, praticar esporto, teatro, art, misica e outras formas da vida cultural, Para o efeito, os Estados Partes: a) Devem tomar as medidas que permitam 0 acesso equitativo dos Jovens de ambos os sexos a educagéo fisiea, actividades esportivas,culturas,artistices, recreativas e de laser; b) Criar servigos ¢ infra-estrutras adequados, em zonas rurais Uurbanas, que permitam aos jovons partiipar na educagao fisica © fem actividades desportivas, cullurais, aftisticas, recreativas @ de lazer ® | Artigo 23: Raparigas e Jovens Mulheres Os Estados Partes raconhecom a necessidade de erradicar a discriminagao contra as raparigas e jovens mulheres em conformidade com 0 disposto nas varias convengées @ instruments intemacionais, regionals © nacionsis de Gireites humanos destinados & protecgao e promocio dos direitos das mulheres. Neste quadro dever: 2) Adoptarlogistagoos que proibem qualsquor formas de discriminagao Contra as raparigas, garantindo o exercicio dos seus direitos © das ‘suas liberdades fundamentals Garantir que as raparigas estejam a altura de partcipar activa, equitativa @ eficazmente com 0s rapazes a todos 03 nivets da vida social, educative, econémica, cultural, civica de lideranga, assim ‘coma no ambilo cientfco: Estabelocer programa de sonsibiizagso das raparigas sobre os seus direllos © igualdade de oportunidades de partipar como membros da sociedade’ Garantir 0 acesso ensino formal © possiblitathes a sua conclusao ‘num periodo minimo de nove anos; Garantir igualdade de acesso a formagdo técnica, secundaria, superior e para reduzir 05 desequlibrios entre os rapazes © as raparigas em algumas profissées; Garantir que 0 material didéctico 6 as prticas de ensino tenham em consideragdo a igualdade de géneros; ¢ encorajar as raparigas © 35 Jovens mulheres 2 prosseguirem os estudos no dominio das Giéncias; Oferecer um sisiema de ensino que ndo impeca as raparigas, imnluindo as casedas ¢ as que se encontram em estado de gravide2, de prosseguir os seus estudos; ® Tomar medidas que visam oferecer igualdade de acesso aos ‘cuidados de sade de nutigao para raparigas e jovens mulheres: Protegor as raparigas contra a exploragao econémica @ do exerciclo do profissées perigosas que thes forcem a abandonar a escola ou {ue atectem 2 sua salicefisica e mental; Oferecer as raparigas igualdade de acoso ao emprego @ promaver a sua particisagao em todos os sectores de emprego; Adoplar uma legislacgo e programas de ago espedials que Clerecem oportunidades as rapangas, tomando 0 acesso a educagio ‘como condigo prévia_e uma prloridade para um rapido desenvolvimento socal e econémico; ‘Adoptar @ reforgar leis que protegem as raparigas contra todas 3s formas de violéncia, mutlacéo genética, inesto, violaga0, abuso exploragdo sexual, tien, prostituigao e pomografia; Etaborar programas de acqo que dém um apoio fsico @ psicologico 8s raparigas que foram viimas de violagses e abusos, permitindo- thas a plena reintegragao na vida social © ocondmica; 1) _Assegurar 0 dlteto das jovens mulheres @ homens a férias de parto ‘Antigo 24: Jovons com necessidade de cuidados espec! 1. __ Os Estados Partes reconhecem o dirito dos jovens que necessitam de cuidedas especiais © velam para que esses jovens tenham acesso & educagao, formago, prestacdo de cuidados de sade, emprogo bem como & educaGao fisica, actividades desportivas, culturais ede lazer, 2. _Os Estados Partes devem trabalnar a fim de elinar qualquer obsticulo {que possam ter implicagdes negativas para uma integrago mental fisica de Jovens na sociedade incluindo a disponiblizagao de servigos @ infra-estruturas ‘adequadas para facitar a mobildade, ® a) ») Artigo 26: 2) » ° ® ° 9 9 Antigo 25: 26 Eliminagao de Praticas Sociais ¢ Culturals Nocivas Os Estados Partes a presente Carta devem tomar as medidas apropriadas que \isom eliminar praticas socials e culturais pergosas que afectam o bem-estar © 8 dignidade dos jovens, om particular 0 usos @ costumes que afectam a saide, a vida ou a dignidade os jovens; (5 us0s ¢ costumes discriminatérios para os jovens, com base na aiferenga dos sexos, das idadas ou de outros crterios, Responsabilidades dos Jovens “Todos os jovens tém deveres para com as respectivas familias @ socledade, 0 Estado © a Comunidade Internacional. Os jovens devern: Ser o garante do seu proprio desenvolvimento, ‘Trabalhar e zelar pola vida e coesdo familiares: Rospoltar os pals o os mais velhos devendo ajudé-los em caso de necessidade de acordo com os valores e principlos aficanos; Paticipar plenamente no exercicio dos deveres do cidadso, incluindo a votagao, a tomada de decisbes © a governacéo; Envover-se na educagao pelos pares tendo em vista a promogao da Juventude om dreas fais como a alfabetizagdo, 0 uso das Tecnologias de Informacao e da Comunicagao, @ prevengie do HIVISIDA, a luta conta a violéncia e a consolidagao da paz: CContribuir para 0 fomento do desenvolvimento ecanémico dos Estados Partes © do Continent no sou todo, colocando a6 suas capacldades fsicas e mentais ao servigo daqueles: ‘Acoptar uma ética integra de trabalho e ndo optar pela corrupeao: & ‘Trabalhar para a instauragdo de uma sociedade livre de drogas, violéncia, da opressao, da. crminalidade, da degradacao, da ‘exploragdo e da intimidagso; Promover a toleréncis, a concérdis, 0 dldlogo, a consulta ¢ 0 respeto pelos outros, sem distingdo de idade, raca, etna, género, ccapacidade, religiso, estatute ou flag3o partidara, Defender a democracia, o Estado de cieito assim como as Niberdades fundamentals Encorajar a cultura do voluntariade @ respeito dos dirsitos do hhomem bem como @ paricipagao nas actividades de sociedade ei Promover o espe patritic, a unidade e a coesio da Attica: Promover, preservar e respeitar as tradigbes e o patriménio cultural {da Africa bem como transmitvto as geraqses vindouras; Estar na vanguarda da representagio do palriménio cultural na linguagem e todas as formas nas quais os jovens poderao se identitcar, ©) Proteger o melo ambiente e conservar a natureza ‘Artigo 27: Divulgagdo da Carta Os Estados Partes & presente Carta tm o dever de, através do ensino, ‘educagdo © divuigagio, promaver e assegurar 0 respelto dos direitos, das responsablidades @ das liberdades contidos na prosonte Carta e volar para que ‘estas liberdades, estes direitos incluindo as suas responsabildades bem como ‘8 obrigagoes e deveres sejam bem entendidos, ‘Artigo 28: Responsabilidades da Comissao da Unido Africana ‘A Unido Alficana deverd assegurar que os Estados artes honrem os. ‘compromises assumidos e cumpram com 0s deveres eslabelecidos na presente Caria através: a) ») ° 4 28 Colaborando com insttuigdes governamentals, ndio-governamentais, € parceiros de desenvolvimento para identiicar as melhores praticas {de elaboracao @ execugto de pollicas para a juvantude e encorajar fa transferGneia de principios © de experiéncias entre os Estados Panes: Convidando os Estados Membros a inclirem representantes da Juventude como membros das suas delegagaes em Sessies COrdinarias da Unigo Africana e outras reunioes importantes como forma de slargar as bases de comunicagdo @ promover debates ‘sobre questées relatives 8 Juventude: ‘Adoptando medidas apropriadas para a divulgagdo das suas ‘actividades e por as informagses a disposigao dos jovens; Faciitando 0 intercambio © a cooperagao entre es organizagoes |venis de modo a promover 9 soidariedade regional, a consciéncia politica © a participagao democratica da juventude em eolaboragao ‘com 0s parceitos de desenvolvimento. » CAPITULO2: —_DISPOSIGOES FINAIS Artigo 20: Cléusula de Protecgéo Nenhuma disposicgo desta Carta deverd ser utilizada para minimizer os prineipies e valores contdos em outtos instrumentos pertinentes da promoeao dos direitos humanos, raificados polos Estados Pars, leis costumeiras ou paliticas. ‘Artigo 30: Assinatura, Raificagao ou Adesao 1, A presente Carta estard aberta & assinatura por todos os Estados Membros, 2. A ptasente Carta 6 submatida a ratiieagao ou adesdo dos Estados Membros. "Os instrumentos de ratiicaro ou adesdo 3 presente Carta serio \depositados junto do Presidente da Unigo Africana, 3. A presente Carta entrara em vigor tint (30) dias depois da recepeao, pelo Presidente da Comissao, dos instrumentos de ralificagao de quinze (15) Estados Memares. ‘Artigo 31: Emendas e Revisio da Carta 1. A presente Carta podera ser emendada ou revista se um Estado Parte enviar, para 0 efeto, um pedido escrito a0 Presidente da Comissa0, na condigéo do que 0 Projecto de omenda somente sera submetide a Conferéncia dos Chefes de Estado @ de Govemo quando todos os Estados Partes tiverem sido ovidamente informados © que a Comissao da Juventude da Unido alficana tonha dado 0 seu parecer sobre a emanda em quostdo. 2. Uma emends deverd ser aprovada por uma meiaria simples. dos Estados Partes, Esea emenda enirara em vigor para todos os Estados Membros que ja veram ralicado ou aderido & Carta na dala do depdsito do seu instrumento de ratifleagao, ‘Adoptada pela Sétima Sesséo Ordinéria da Confordncia dos Chefes de Estado e de Governo, realizada a 2 de Julho de 2006 em Banjul (Gambia) ®

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