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‘) ‘ «() IOS Capitulo 1 © CONHECIMENTO PREVIO NA LEITURA A compreesto de um texto € um proces que se caracerea pele tlio de coahecimento prévio: 9 letor lla na letura © ‘ue clef abe, o eonhecimento adquirldo 20 longo de sua vida. E Iedlante-eintragio de diverse nlvels de conhecimeni, come © onhecimento lingUsteo,o textual, o concimeata de mundo, que O Teor consegue consrir¢ serddo do texto. E porque 0 tor ulze jistmente divers nivels 6 conbecimento que ineragem ente ‘etre 6 eonsidoreda um proces intrativo,Podese dae com se tanga que som o engslamento do conkecimento prévio do Ieitor no aver compresnsi. Ells isto, aque conhecimeno implica, no verbalzalo, now Serbalsiel a grande mola das vous, que fez com que falemos Portugués como fulntes mativoe, Ese conhesimeno sbrange deve © “onal sobye conto promunierportipuc, pasando pelo coe iment de vosebulro e repay ds linge choando aldo calc trent tobe'o uso da lingua, ‘Velanes, no exemple a seguir, baseado num livo chamado Fen ‘manolgiae Exrturalomo, coma 9 coneciento Hinges € esa iat tas: (1) “Consideremes, por exemplo, se analysis of myths. Antes ‘Se mae ad & proce proceder tsyntagmatie decomposition of 6 the pute mythical marron, lolande the constutive units of the Sequence; em sepundo lugn, each of these snits deve ser Inserida num paradigmatic set; © 96 depos gue thls operation tier sido cabeda ela posers spreseaar a meaning.” © v9 de conbscimeno lingtisico do itor flea compromesido owe techo tune ver que todos a» poms, adelvos © argos (ras Dreclsment o integra nol) esto em ings, Sera ete o es xtemo de fae no conbecimento linge, Vejomes, em seid, ‘Simo imada a eompreeaio com a subattuieo do Téxico cm ings el leaio portugues: (10) “Consderemos, por exemple, a anise dos mits. Antes {de mais nade, € prosisoproceder& decompesio sntagmtia de ‘orm naragéo mica, Islando es unidodes consists da ‘ici em segundo lugar, nda uma devas unidades deveré {er inside mum conjumo poradipmatce: © s6 depois que esa ‘operagi tver sido arabada cla poder apresenta um eet” (Gonenh, Av Fenomenologa e Esruturaismo, Tiare Perpece tiva, Colegio Debates, 1973, p. 128, Com a eubtiuigio nfo M mais falas na compreensio devido a ‘Sonhesiment lings insfeene como em (Ja). No ewan, pode Ser guru compensa dese foro sinda eteja compromtida pelo ‘Seacanhecimeno, por exemple, do um das concelis que a polatas ‘mito, sitopmaic, paradigmdica coiicam. Por evito ldo, mio & pana falta de coneltvngio que pods provesrincomprcisto ne lingua tates; te veze, na9 Comber © ome de objets cones, ‘ude soneetos simples pode também star problemas de orden Tingistcabcompresato de um text. Por empl, um ao souber ‘ual 60 refcrente de colo da plata (to &,agula part da plana 2 {hue pela cio se refer), alo consegued. segue sult in ttucie,extaida de um manuel de jrdinagems "Nao cabrao clo de Plante prs nfo surat spodrecineto” (Notese encanto, que ese limo problem 6 rlavamente menos complex, pls a morn das eae cle no requer a apendagem de novos concn, apenas 2 ‘auisiso de um nome pote um objeto ji conhedio) (© conhecimentelingittko dxempenka um pape ental no pro cexsamento do telo. Enendese por proesamento aque avdade ‘elo sual as palavras,unidade dsrta, dint, so agropeda em unidedes ou ftist mores, também sgifcavas,chamadasconsitun- ten de free, A moda que ar plavatsdo percbids. a nossa mente (Std atlas oupede em contr sigifiados, eum dos primsros os pew avidade € © apropumento er fase (ai esa parte Procesamento chimarse tepnentpdo 00 feimento) com base 10 nccmento gama de contin: 0 ipo de coneciento sue ‘termina artgn precede nome e ete se combina com advo (Art Ng} 0 hore ao), asim como verbo com name (VN comes Gren easy svoewivmente, Exe combecento peri Ment Ticoio de eteprss (como, por exemplo,sintagna nominal), € das Tues dens segments ou Frases (como set, objeto) identiin (locte que permite que ese pocessmento contin, st se chega, ‘eottlinnt,& comprcenio, Para cxempllficr,considnemos ote ho # eeu (2) "No enianto,serciito que wm dos mults fatres emvonidos fm diieedede que om prieipene eoconta para ehepir a ler Fieetamente € que or extos qu ee Ie sio tas vers dca thas pare ol (Perini M, As “Tépios dlsursivos 2 legit Tide dos textes", 1980), Durante 9 proceso sepmentacto, o tor dover aprupar st iets com vrbor descotingos um dos mls fatores, 6 que os (exis. ao muita vzendifcels lt €, dverd esi cam base tno conhecimento de agua come scrd © srupamento © segme Tap de cementos descontinos,dhereor Jo texts Vejanos um outoextmplo, extraid de revit ato ¢ Senor, 991 (14/05/88) utliado recntemonte pum exame Vestibule (6) [os estodantes) "Esto recamando, apenas, que 2 Univer fidade de Campinas et eigindo a itura de‘um fivro que teri ne came incrnente no Brasil: A conisdo de Lilo, Miso‘de Si-Carnir.” ‘A fim de procesar ete trecho 0 etor deveré opr por um sgropanento do adjetivo inexttome com fv (ivzo isxMente 0 ‘rath ov om exame (xume inexintente m0 Bra, to &, deverd ‘trina seo cho dst iro ou examesinexistntes,sendo que feu ninforrugz lngistcn¢ rsficlent parapet tal di (ures por de conherimentosjudardo a decidir ques tata de um 15 lvgo inoxseate (por exemple, o fto de que © peo & um exame que jé ease, o da Universidade de Campinas), apesar de que w infor ‘oro pramatcl avorece eiterprctagio de exome inewistente, po fat de'o adi e'9 nome estrem comtgios. Hi, en, Intro Ar lveros pos de conbocinento. Quando bd problemas no pro Sento em um sivel, ours tips de conecimento podem sar = stant a ambigidade ov obscuridae, num proses de ngajmento ‘ds memdiae do conhelnento do Tete gue 6, exenialmente, ie ratvo © compenaério; isto é quando 0 Ictor €incapaz de chegar Wcompreenio através de'um' nivel de Unfrmasé, ele ative ous ‘ipos de conbecinento para compensa ay falhon momentines. © conhecinento lngisico, eno, ¢ um componente do cha mado conieciment prévio sem 6 qual» compreensio no € possi Temién o conjuno de novies € coneites sebre o texto, gue chamaremos de cotecimento textual, fer pane do sonecimento Me vio eéesempenha um peel impotaie na ompreesio de textos. A frye verifier © que thamames de tonkecinento texte, come rere, prinirament,o eguinte echo, extrado do oral © dado de Sao Paulo de clo anos tts, 0 Tamamento do, endo, imo tivo de Ruth Rech, O Rel que no sabia de nada (61 “Visas verespremiodn, cloglade pea ec, indicade 40s Peavenorleitorer por profesores © pedagogor, mito apesads pr eas, Ruth Rosha se define como ua "invenadiea de his Wie", como diia'« bono Emil, de Mentcro Lobato, com ‘quem cla tom im certo. prenteso, seund ations eink. £4 prdpea Talns, especie em literatura infantil, gem firma qUe 2s histras de Ruth tm de tudor "Enredos neh {ener crits, linguagem colequalleve © sls, ym sono 4 humor contaplnie, som projuisn do potico, um logue & ‘lal qe athe cooeervaroiterete do poquene lchor sem rec: fa suspense eon pareide” .) (--) Rath Rochs, de acordo com Tatiana Beinky, 6 uma tauors gue eneara a chlanga som. putrhalmo 08 plegles, “anand, porém, valores Geos fundametss, como ui, bere, slidriedade, independénea, implies na vam, nu ‘a mensgom evsconal sem ida ou morale, mode, here e questenedor © Kei que nao sabie de nada € puliado pela Esltora Cal tara tem utrapos de José Carlos de Bio, tum timo pofis- ona”, segunda, Roth Rocha, ue como ela também tesbalho pare a Revista Recelo. Como as bons eee de antgumente, omega como “Ere uta vex", porgue o peonnger pencil ‘Pl sel, mateargitrad dor contr de fad: Mar dao dante ts cole ee mdiieam. Un peqdeno exemplo: "Neste Iga tna tim res muto diferente dor vee que endam por equ. Esteve {Enka uns mlaisos, mult ngios, que viviam Tingindo que teabaheven, max que no fasiam nada de neds. Tudo muto Ciferentsdaget E Rath Rocha coment: "E, a realidade pode fer repesntide nama padbol, moms hitela nonsense, as ‘feta, de manera que se perce o elemento ral do esunio tertado""(0 Estado de Si Paulo, 12/03/80). No echo acim caconvamos exemplificndos divers tpos de texto de formas de dsino, cup conosimento const agullo ue fumes chamando de conbeciment rex. Corsidermos, em Pr Inco luge, classifiagio do texto do ponto de vista dn etratra, Conttaporent prmeire «esrttra expotive esirturasaraia, fibas matritizndse na tetesio formal do texto (aspect este ue splorartos male go terciro capil). A esuutura naratina see factran ple marcgio temporal cronclégica (po uso dos divercs tempos por snliardivereos momentos narratvs I vefetncas © ‘veroot moments no trpo rea dasa a Yer gue © momento fem que se da + mio 4 importante parao deserclar da mesma). © Pein cavalidade (0 porqut do ao, sua motivago so. impuraies {Gmbin pura desenvelver a exdra). Ceuse e tempo eso ligeds, Dos muas ager sto conigents de outs apes. previs, Outre craceistien Sn narrativa @ © destague dado wos agentes dat oe Ialeilizado nu lntodugGo de peronages. i rosso sos compo™ rents, a arava padsio cv nareativa annie teria plo menos as ‘Sguines paves ewstneai cendio oa elenario onde sho eprese- tados s pesonagens, lugar onde aeontecem or fee, enfi, © pao 4e fondo da hiss complcard, que €o ino da ‘rama propria ‘mente da, resold, © desenolar de tama até seu fi 1 na ears expose, 20 comteio da nareative ovietagio temporal € tsevente, impose de ser espolflada, ou restive demas, Podese dizer que Enfse € temitien, esti mas iis © mio fat ages. Asim ambirn os apenes das pes no st lo elevanes ” do pono de vista da oranizasto dos components: ums extruture expo es onanizada em componente Hgaderente a por diver 5 relagoeslegcas: premisa concise, prbleina © solgto, tee « evidence, causa e fet, analgin, comparasao, defile exem lo, Tipleament, esses components #80 resus: por exemp:Ey ‘oposes podem consul uma tee © uae erdenco,e Foe sts ‘ez, podem consituir ume evidércia para uma tse maior do’ tech, ‘gee, por sus vez, pode serum dos termes que exo sendo compare: © echo supraciado tem exttura expose: i ume tse, "0 tui tv de Ruth Rocha € bom” e hi ind, me série de ede ‘las ara essa tse; come, por exempo, aa evidecian forma de ‘logs. Em "a autora do lio 6 ns bow tector” ead pists ‘go tons autores sempre eervem bons livros, pofanoo tims Hive lambem € bom; hi uma evidéacle por stordade que fancione. de ‘mesma manera: se especial na dre, como Tatiana Belin, diem sue Ruth Roche {hos ecto, eno el é Boo; tember ‘vidtncls organizade na forma de me comperag: © livw € come oF Feros deanigament No exemplo em questi semos ttém um techo de exeutrs norratveeandnie, na etaggo do Tivo que “emo of bons lvoe de antgamente eomeca com “Era ui ver, porque & personage pit Sjpal um rei, marca reystradn du contr de fader" Logo eos fda encontremos a narrative proprismente dita: "Neste loge ta tam fel muito diferente ds rls gue andam por aqui. Este re! tiahe ‘es minitos, muito fingdes, qu viviam fingindo que trbulhavam, ‘mat que no feaiam nada de nadu”, echo ele que fez parte Jo ‘enio da histea que est sendo iad Exit um treo spo de estuurao textual, &desrg0, que se opie geriimente A naraco, A desryso tem uta ota > ‘gentva al como a expoigo, mas soa etutra em mas impe. cis; inttvamente podemos recomhecer oma dxexigfo pela preensa de certs efiosdescrtvos: um elito de listagem, por exemple, plo fio de vivias qualdadeee clmenoeselccionades Jo obew tmat ado serem daterios; tun efeio de_qualifingi, palo scum. de devs orabes adjeivase gusiiedors em geval, um efito de Pattcslarizasio de objeto teatiado, Hinds una otcntacgo ater. pol, como a do gine exposvo, pois a descrigio valeae do pee senie¢ do preitoimperete. Alu atores maim, por exempo, ‘que o pret imperfeto,ipieamentewizado no sendrio nate ‘va, exer ume Tango deveritva ineror da aragée A dscrigo, ao contro da narragio € da expsigo gue pues: ram consi genet, com indmeras manifests indopendetes ‘om esas estates, taramente € uma forma independence tore charada e manuais de Instugso elm geramente deseries urs), A'desrigi,tpcamente,enconiase no intron de um het Faso ou de wnu explo, quando um abjeto deve ser parca ido ou auaifcado. Asim, no exerpl (2) asia, encontrmos diver te momentos descitives nab cidenlas pretentads pate gertitr ‘fundamentar a promisa de x autora ser uma bos eertore en fee {soir ser um bom lie (pr exempo, a hss fem “linguagem ‘slog levee sls, um sao de humor contagion =") Os textos também podem ser clasificados levandose em const

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