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Centro Universitário Mario Palmério

Aluna: Vanessa da Silva Santos


Curso: Pedagogia

RESUMO DO TEXTO:
AS CONTRIBUIÇÕES DE PAULO FREIRE NA EDUCAÇÃO DE
JOVENS E ADULTOS

MONTE CARMELO
2023
A obra de Freire estava relacionada à crença no aluno analfabeto como
sujeito viável e com capacidade de trabalho que, apesar de não possuir o código
que possibilita a leitura e a escrita, percorreu um caminho de grande riqueza
cultural e capacidade de aprendizagem, desenvolvido em conexão com vários
campos. O objetivo desta pesquisa foi tratar da educação de jovens e adultos na
perspectiva de Paulo Freire e consistiu em um estudo bibliográfico que objetivou
identificar os aspectos gerais do tema discutido e permitir a construção de novos
conhecimentos acadêmicos.
A educação de jovens e adultos no Brasil surgiu como uma alternativa
de formação de trabalhadores para atender à demanda industrial durante o
período de desenvolvimento econômico e crescimento industrial do país. A
principal tarefa do treinamento de adultos era ensinar as pessoas a agir e repetir
as instruções que recebiam sem motivo crítico.
Durante a colonização do Brasil, nas poucas escolas que existiam,
apenas as classes média e alta tinham acesso à informação, seus filhos eram
educados em casa, os jovens e adultos não precisavam ser ensinados a ler e
escrever. As classes pobres estavam numa posição mais fraca e não tinham
acesso à escola, e quando isso acontecia, acontecia de forma indireta.
O “MOBRAL” foi criado para substituir o programa de educação de
adultos criado por Paulo Freire, educador perseguido pelos militares,
considerado um comunista subversivo por sua proposta educacional que
priorizava o direito à educação.
Segundo Soares (2000), a primeira constituição do Brasil, em seu artigo
179 afirmava que “a educação básica era gratuita para todos os cidadãos”,
porém nem todos, principalmente as classes pobres, tinham acesso à escola.O
programa militar, que limitava a formação crítica do aluno educado sem uma
visão de mundo crítica e intervencionista, significava, portanto, sujeitos capazes
de consumir e de se adaptar às novas formas de produção.
O analfabeto chega humilde e culpado, mas aos poucos descobre com
orgulho que também é um “culturalista” e, além disso, que sua inferioridade não
se deve à sua incompetência, mas ao fato de ter sido roubado de sua
humanidade. O método de Paulo Freire visa superar a dicotomia entre teoria e
prática: no processo, quando uma pessoa percebe que sua prática pressupõe
conhecimento, concluindo que o conhecimento corrompe a realidade de certas
maneiras. Das diversas experiências de Paulo Freire pelo mundo, o resultado foi
sempre gratificante e muitas vezes comovente.
O conceito de educação de jovens e adultos transita para a educação
pública, quando a realidade passa a exigir sensibilidade e conhecimento
científico dos educadores. Bello (1993) relatou que Paulo Freire estava envolvido
na formação crítica dos alunos, sua metodologia era baseada no diálogo.
Os métodos de Paulo Freire (1967) não ensinam a repetição de palavras,
mas desenvolvem a capacidade de pensá-las a partir de palavras retiradas do
cotidiano dos alunos, formando assim palavras a partir das quais várias outras
palavras diferentes podem ser formadas e que são mais fáceis para os alunos
entendam. As introduções eram ensinadas usando um método de repetição de
palavras isoladas ou frases forçadas, muitas vezes chamado de alfabetização.
Ele acreditava que a educação deveria envolver pensar e tomar decisões, e não
apenas repetir ideias que lhe foram atribuídas.
A formação docente específica para a EJA deve incluir a formação
continuada durante a carreira profissional para que os professores possam se
engajar nessa modalidade de ensino, trocar experiências com os pares e refletir
sobre sua prática pedagógica, o que pode promover mudanças na educação
abrigada.
Segundo Freire, o educador deve ser capaz de ouvir o aluno em suas
experiências e através delas desenvolver seu cenário de atividades, apresentar
materiais que deem sentido à leitura e à escrita na vida dos alunos, oferecendo-
lhes riqueza. Momentos de reflexão sobre os círculos de cultura da nomenclatura
introduzidos por Freire nesta fase do método.
Segundo Arbache, a formação de professores da EJA deve ter um
enfoque que considere o perfil dos alunos da EJA, que inclua uma metodologia
que favoreça a autonomia e o protagonismo dos alunos adultos e ofereça uma
avaliação que considere a educação cívica.
O ponto de partida do pensamento de Paulo Freire vem de uma visão da
realidade em que o homem não era mais seu próprio sujeito, ou como ele mesmo
percebeu, o que anulava o sentido de sua vocação, ou seja, ele deixou de ser o
sujeito de suas ações.
Para Freire, um excelente professor é aquele que trabalha lado a lado
com o aluno e tenta superar sua ignorância e dificuldades com o aluno através
de uma relação de troca onde ambas as partes aprendem. Sentados no mundo
que nos rodeia, podemos ensinar adultos e crianças, se formos capazes de
aprender, a ser um professor que está pronto para procurar coisas novas, para
aprender todos os dias, e não aquele que pensa que sabe.
Ele enfatiza que a vocação ontológica de uma pessoa deve ser
entendida nesta análise como o ponto de partida para a libertação da
consciência, ou seja, uma pessoa só ganha consciência de seu contexto e tempo
na dialética dos relacionamentos, com a realidade, pois só assim é fundamental
que você aprofunde seus conhecimentos e atue em situações objetivas.
Nota-se que o modelo educacional proposto por Paulo Freire difere da
educação tradicional, onde o aluno é tratado como um objeto a ser modelado e
equipado do exterior através de um processo que transmite informações do
professor para o aluno. Para tanto, a tarefa do professor é buscar formas de
intervir e mudar a realidade, problematizando-a por meio de um diálogo contínuo
com o aluno.
Na verdade, tanto o professor de alfabeto quanto o aluno de alfabeto,
quando pegam, por exemplo, um objeto para amarrar o que tenho entre os
dedos, conhecem o objeto, veem o objeto sentido e conseguem expressar o
sentimento em palavras. e o objeto observado. O fato de necessitar da ajuda do
educador, como acontece em toda relação pedagógica, não significa que a ajuda
do educador anule a sua criatividade e responsabilidade na construção da sua
linguagem escrita e na leitura dessa linguagem.
Pelo contrário, o processo de alfabetização como conhecimento e ação
criativa tem no aluno o seu próprio sujeito. A aula, em que o alfabetizador
“preencheu” o que foi assumido, termina com suas próprias palavras.
Alfabetização é a criação ou compilação de expressão escrita a partir da
expressão oral.

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