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REVISTA DIALETICA DE DIREITO PROCESSUAL beedat Sans ee ny 1 1 had We PY’) {ah U4) - | Tihade ssi ; » anal aH | a i 2 9 a Ks Py aa ee oy 2 0) ng es 0 u 8 He ieeov 18) a) Hi oh fa ES 4 Fovicts Diatica de Drto Precessval 129 evista Diltes de DistoProcessual #9 5 tere tha ft a ss pet oe secu -adadpegua ie pnd copies at Setanta Oa Smt lameeminenrmess “pistes amass fens hentia ee ss ns BES retcnaass roa A rvcrcime.crcm sais” Sactsinitaaes : Mario Mane! Maidame - Honoros de svogac a defesasem emburgos do iitiriagctemeein dat) 4 rare ea Cred Concept de re sectiea See eee : Keomereanierno ic Wren I Inodugdo. 2A dees sem embargo do exectado,%.Teminolgi naurza jr am memo tema ho A amt pagameno mors Napoledo Nunes Maia Flo. A aaa pelinina¢ a seiacin do proceso See “ease Tee elimina. tata judicial deconeligdo des pares. A nividade judicial de eanes, 2 TTD aetna 0 abo ce 106 Ast angi = pita - endosso dina mre si cio a Jurisprudéncia Satin nice arg slate nin NES ‘Stioulas da Jurisprudéncta Predominante (Desemoargador Federal Jo30 Batista Go- TAN mara Civil) 177 + Agi de indenizagio - assalto a posto ban- Ig de Acer a epee ten, Feet sasimae Ret at ceto- ve ieee ae ant + Assiincaadesiva ou simples assstncia de Cosa jugs feulrizagto do falta de + Ae de Jndeingte- ano mort: core, Goma SRE PMS | mae dedieio pig sing (i pepe ee aete STD, Geese fee e e ' + Agravo de instumento auienticagho de” « Bibarger de aac oa Neato ‘Stig de valves iaderidamente pags «Rito indentsago dano moral - po Spaesieccin ser: 8 pcan te ee cay, “Aetna, Pee + F-taponin- nada dean, “iene ame Sete cee ee eee ene a a Honorérios de Advogado e a Defesa sem Embargos do Executado (“Excegiio de Pré-executividade”) ‘Marcio Manoel Maidame Advogedo no Estado de So Plo, 1. Introdugio ‘meio de desu do devedor que permite aimpugnaca0 da execugto sem a nomeagio de bens & penhora é mais Co- nhecido na doatring e jurispradéncia como “exces 0 de pré- ‘xecutividade”, Contud,reeitamos tal nomenclaturs, endo ‘em vista que ofermo coniempla graves imprecisdestermino- Iogicas, como se sustentaré mais adiane. Neste estudo util zaremos o termo defesa sem embargos do execulado e pre- tendemos langar algumas lzes sobre um dos desdobramen- {os priticos do acolhimento deste incidente processual: a quesido dos honordrias de advogado, “Maitos execatados tm sido injustamentecondenados quando se rejeita o ini dente de defesa, © 8 matéria ainda & contrvertida nos tbunss, Este estado pare- ‘c2u-nos necessiio, endo cm vst: 1) a larga uilizao deste meio impugnativo ¢ 2) o principio que determina que a excougdo deve sepur seu curso do “modo me- nos gravoso para o devedor” (art. 620 do CPC). 2. Defesa sem Embargos do Executado ‘Moderamente- fastada, na mairia dos casos, a posibildade de stisfagio do direto peas prdprias mos“, com a falta de eumprimento de uma obrigagdo por parte do obrigado, surge para o credo o interesse de empregar meios juridics para realizagio da prestagdo devia. Se jédeclarado 0 direto em sentenga ou expresso em documento que ali determina se tata de titulo exceutivo, poder o eredor ut liar o processo de execugéo, procedimento tito mais efetio! -e, por iso, tam ‘bém, mais agressivo ~a fim de ver eoneretizado seu dito. ‘Contuo, numa sociedade de consumo em massa, em constante erie econdmi- a, na qual o capital €escasso, uma enorme gatna de relagdes juicas~ especial mente diversas modalidades de negécios que importam na concessio de crédito passaram areclamar um modo desatisfagdo das obvigagbesjuridicamente mais efe tivo, Por conta disso, assstmos, nas tims décadas do scl passado,o surgimen- to de intimeros novos titulo executives, novos “bilhetes de entrada” para o proces- ‘0 exeeutivo. Em decorréncia desse aumento advieram os abusos, e a0 observé-los Ponies cle Miranda defendeu a possibilidade do exeeuladoimpugnar a execuigao Sem 4 nomeagio de bens & penora, desde que flarante a nulidade do titulo ou da exe cugdo, ou que as matéras ventiladas possam ser conhecidas de ofcio pelo juiz® "A ampli dol eo nea 6m de cea esa daa jut” (SHIMURA, Se fe, Tate cue S Pati Se 1997 p39, mnsns 00 Aoviate Dalton de Dito Procesual nt 8 Em face da violéneia do processo executive, a doutrna e a jurisprudéncia pas- saram a acetar, em casos espectfios, a defesa serr embargos, derrubando, assim, (0 “mito dos embargos”? TE, desde entio, este incidente de defesa tem sido amplamente aceito, e materia- liza-se no processo mediante petigao formulada ao jufzo da execugao, sem maiores formalidades,' que, inclusive, Segundo alguns autores, pode ser langada até por quem no é parte, a qualquer tempo no processo,* para argiir auséncia dos requisites da exeengto 3. Terminologia ¢ Natureza Juri ‘Segundo alguns autores, a defesa sem embargosequivale a um pedido de recon- sideragao, tendo em vista que o que se prope é um reexame de matérias que jé everiam ter sido analisadas pelo juizo antes de se ceterminar a citagao do executa~ {do, Discordamos dessa posig, uma vez que o incidente pode ir além e dar inicio a ‘uma selagao litigiosa que busca a extingo/suspensfo do processo executivo, OU 0 facertamento do valor eobrado, com a discussio de matérias de mérito ~ desde que ‘ispense a produgao de provas, o que afasta a possbilidade de tatar-se de mero pedido de reconsidera ‘Mas, a0 se abit a possibilidade de discussio sobre matétias de fundo como fal- sidade do titulo, pagamento, prescrigdo, etc, deve-se também fer em mente que 0 incidente de defesa nfo se confunde com ago, pots nao se prende a formalidades, ‘como as previstas nos arts. 282 ¢ 283 do CPC, e nfo permite a realizagio de pro: 'E, apesar de ser um instramento juridico de defesa do réu, o incidente no é contestago, posto que o executado nao esté atrelado a prazos e nio estaré obrigado ‘indicar todas as matérias de defesa que pretenda slegar em face da execugo (art. 300 de CPC). Eo incidente de defesa sem embargos do exe-ulado ndo se confunde com as excegies previstas o CPC (arts. 112, 134 e 135). As excesses visam discutir a in- Competéncia,o impedimento e a suspeigo, ou sea, visam, de uma manera ou de ‘outra, deslocar 0 julgamento do processo para outo juz. Hino sistema processval do antigo CPC de 1939, o termo excegio era utilizado como sindnimo de defesa “Tendo sido o termo “excegao de pré-execntividade” cunhado sob a égide do antigo, CBC, tal nomenclatura se justifieavae, afinal,seimpOs. Mas mesmo naquele periodo SE Tesco tenance Can tr on ue 8 je + Xiao prs fo ue eb © qb no poder ectbid.de que defers oq no peri ter een Haare ee peanin erat ous concei pesunirlmens tania oe tar nc See patna met” ROSA Ve Ere Ct ens tn is ini po vene Revita Dilticn de DieteProcessul #9 wor fo termo nao passou incblume, recebendo criticas, endo em vista que, apesar de ser texcegaio (defesa) no era de “pré-executividade”, posto que o processo executivo jf existia e surtia seus regulares efeitas. Contudo, com a nova sistemética do CPC de 1973, 0 temo tomou-se ainda mais inadequado, e por isso, nesse trabalho ado~ {amos @ nomenclatura proposta por Alberto Camiia Moreira em seu Defesa sem Embargos do Executado. [No sendo a defesa sem embargos do executado excecio, contestagi0, ago ou pedido de reconsideragao, lemos que esse instrumento impugnativo tem natureza de Jncidente processual" Para De Plicido e Sliva, por “incidente processual cntcudle~ se toda a questio suscitada no processo que no se mostre prépria ou normal do mesmo, € que nele se julga sem alterar a marcha da demanda, embora por vezes tenha forga de modificar 0 seu rumo” ? Ora, a defesa sem embargos do executado hada mais € sendo o ato processual, destiuido de maiores formalidtades, que visa provocar 0 érgdo jurisdicional a decidir uma questdo de cardter acidental (que prescinde de momenta processual preestabelecido), geralmente prejudicial a exe- feugdo, e que, se bem sucedida, visa influir no andamento do proceso executivo(sus- pendé-lo), ou mesmo extingui-lo. ‘Ora, como se ve, a defesa sem embargos nfo ests adstritaa prazo, podendo ser agitada a qualquer tempo, para provocar a discussio de questées processuais de or dem paiblica ou matérias de mérito que possam ser decididas sem a necessidade de ilagao probatéria, desde que ateladas 3 nulidade do procedimento executivo ou do titulo, revelando que este meio impugnativo possui,nitidament, natureza juridica de incidente processual. 4, Matérias Argiveis e Pedidos ‘As matérias alegéveis na defesa sem embargos do executado so aquelas con- templadas no art, 618 do CPC e também no art. 267 do CPC, ou sea, as jé bastante conhecidas matérias de ordem publica, até mesmo por forga do § 3° desse sitimo artigo. Contudo, admite-se a alegagao de outras matérias no incidente e que nem sem- pre poderio ser analisadas ex oficio pelo jui, tais como a prescrigao (Novo CC, art. 193 e CPC, art. 219, § 5" ele o art. 295, IV), a decadéncia, o pagamento a falsida- deivicio do titulo e o erro de efleulo.E, ainda, o incidente de defesa poderé servir ‘como vefeulo para informar o juizo da propositura le demanda prejudicial ao an amento da execusdo, requerendo, pois, a suspensdo do processo executive. ‘Ora, analisando-se as matérias argufveis no incidente de defesa sem embargos do executado, verificar-se-4 que os pedidos poderio ser apenas os seguintes: 1) ex- ge ta cn ans al 2, Reem ace 9p Oa = 102 Revita Dinca de Dito Proczsual nt 9 tinglo do processo de execugtio; 2) suspensto do pracesso de execuglo; 3) acerta- ‘mento do valor exeqiiendo.® 5, Espéeies de Decisties Judiciais ¢ a Questo dos Honordirios de Advogado Conforme o rol de pedidos acima exposto, os provimentos jurisdicionais a se- ‘fem exarados 20 final do incidente impugnativo sero um dos dois previstos no at 162 do CPC. Se acolhida a defesa do executado para extingur 0 processo executivo teremos, pois, uma sentenga, ou seja“o ato pelo qual o juiz pe tetmo ao processo” (§ I do art, 162 do CPC), Assim, se esta defesa for lancada por advogado consttuido para tala condenagio em honorérios em desfavor doexegiente impor-se-s, por forga do art, 20:do CPC, Contuda, se: 1) a defesa nilo for acothida; 2) e for acolhida e julgada parcial- mente procedente ou improcedente; 3) se for acolhida e determinar a suspensao do proceso executivo, ou; 4) se for acolhida para determinar © acertamento do valor texeqiendo, o despacho da juiz terd naturetza de decisao interlocutéria, conforme determina 6 art. 162, § 2° do CPC, desafiando, ainda, o recurso de agravo de instru- ‘mento, E, nesse caso, ¢ impossivel a condenagao em honordtios de advogado,” até por- que a execusdo continuars seu curso, demonstrando que ainda no se chegou 20 ‘momento processual para tal condenagao. ‘© que se observa, na pritica, entretanto, & que as magistrados vém condenando 10s executados em honoririos de advogado quando nio acolhem ou quando acolhem as defesas e as julgam improcedentes."? Pretende-se demonstar, todavia, que tal condenagio € incabivel “Mauitos jufzes aplicam a verba honorétia em desfavor do executado fundamen- tando-se na necessidade de impor uma penalidade pelo “pseudo” ato procrastinaté- rio caracterizado pela propositura da defesa sem embargos do executado. Chama- mos de “pseudo” ato procrastinatério a propositura do incidene, porque, de Fato, io deveria importar em prejulzo nenhum ao andamento do processo executivo, pots ndo tem esse incidente processual o condo de suspender a execugdo, ‘Somente em casos extremos, onde se vislumbre que a execugdo é mesmo nati ‘morta, justficar-se-ia tal proceder. Ou entio é necessdrio haver agao auténoma na ‘qual jd se discuta a viabilidade da execugao," ¢ é no bojo dessa ago que poderd ser projerida decisao antecipatdria que leve d suspensao do processo executivo, ‘opm apa crime evi wo 8 dn M6 do CP . ‘hot, scan em gue a mates alegad &daqelss que oi pode conecet de oii. a efes poe er apreseaa Sheff ppm ea eat ego ORIN ntti. tn. 28 =— tT evista Dini de Dito Procacsul #9 103 servindo a defesa do executado apenas para noticiar tl fato ao jufzo da execugio.e Fequerer a suspensio."" ‘Mas, se alguns jufzes sempre suspendem a execugao quando opostoo incidente de defesa do executado, o fazem em desacordo com a le, e tal ato nfo pode ser o ‘motivo para a condenagao quando rejeitada a defesa, uma vez que a suspensio s6 { justifica nos easos de flagrante impossibilidade da execugio prosperar, com base na tutelaantecipada, ‘Ademais, 0 ordenamento juridico prevé regras especificas para ponir 0 execu- tado, nos casos onde a defesa se revele procrastinatria, quais sejam: a condenagio por ltigineia de mé-fe (art, 17, IV e VI do CPC) ¢ por ato atentatrio a dignidade a justia (ars. 600 e 601 do CPC).!* (Outros jufzes alegam, ainda, que a condenagao se impoe pelas despesas causa- das pelo executado ao exeqiente, mas esse argumento também nio se sustenta,Pri- ‘meiro, porque a condenagao em honordrios de advogado nfo se confunde com des- ‘esa processual, que engloba as eustas,viagens, honorétis de petito, et. E, segundo, porque esta condenagdo em nada aproveita ao exeqtiente. O art. 23 da Lei 8.90694 etermina que os honorévias arbtrados pertencem exclusivamente ao advogado. ‘Logo, a fraqueza do argumento revela-se na medida em que a verba nao se reverte A pessoa que efetivamente sofren prejuizo, Diferentemente, acontece com a condena- ‘Go por litigancia de mé-fé ou por ato atentatério 3 dignidade da justiga, pois estas Sim revertem em favor do exeqtiente, verdadero prejudicado quarido a defesa tenha finalidades procrastinat6rias, CObviamente, as despesas processuais geradas pelo executado sero de sua res: ponsabilidade, tanto por forga do § 1° do art. 20, quanto do art. 31, ambos do CPC. Outro argumento utilizada para condenago em honorérios nos ineidentes jul- gados improcedentes, é 0 de que, se berto 0 contraitério, com resposta do exeaiien- te ao pedido formlado pelo devedor, ustficada esta imposigao de verba honors- ria.” Mas, data maxima venta, este agumento também nfo se sustenta. Ora, man- tera condenagao da verba honoriria somente pelo fato de que a defesa do executa- do tomou rumo litigioso, com a necessidade de apresentagio de manifestagao do Nin Aho Foner fe Eas Aco pe Vl 2 Sto Pl: RT 201, p35 No meso ‘dictate peo ser pease J a Dt do CL (S11 REs 368 S05, eM, ‘it ras 0804290 eva an Fane S78) 2 ‘pc hn mac er fe » Ne Sn Cina gu unare nos pecal m deer ae , {Gems gu snp sae do case en dep co devi, oe oon 0 seeceetn ds ema de eumbtnc nds Aone Sh an RT 199 p90) Ae adn i cin ST, REx 96989010, Rel Min Mances Deo, va} 13102001, 104 8 Ditto Procmesual nt 9 exeqiente, é err de morte oat. 20 do CPC. Todasos recursos cabtveis conta tos Jiudiciais so contraditados pela parte recorvida -tomando forma litgiosa, ena hd noticia até hoje da condenagao em honordrios r julgamento de agravos de in. irumento, embargo infingentes,agravas regiments, embargas de divergéncia, ‘Apesar de haver na doutrin a afrmagao da exsténcia de um “principio geral da sucumbéneia”, de carder objetivo, o que efetivamente se observa é que a conde inago em honordrios de advogado decorre da lei. Como € sabido,nlo existe con denagio em honorsros no mandado de seguranga as reclamagSes tabalhistas, nos {uizaos especiais (nas causas onde nio haj recurs), e em varios oultos proced- tmentos do CPC (verdadeiras ages), 1udo isso porque @ lei nao determina ta tipo de condenagdo, Alm disso, ndo hd condenagio em hanoréros, também, nos vérios inedentes processuas prevists no CPC. Sem merciona a variada pama de tecur- 05 - todos despidos de condenacio em hanoritios ‘A prspria natureza juridica da defesa sem embargos da executado no permite a condenagio em honotiios, quando ndo extinta 2 execugdo, pois nesta hipStese serdreslvida por decisto inertocuria. Logo, o §2" do art. 162 combinado como aut.20, ambos do CPC, vedam tal condenagio. Ader clusion 24 do Vi Encontro Nacional ds Tribunas de Algada, “nao hi honors- rios em inidente do processo”." ‘ B. ST enfremou a questo, solucionando-a cm harmonia com as i defendidas, em aeérdao assim ementado Excejo de pé-execulividade- Honoris de avogado em prinepio, sto devidos (CPC, ar 20,5 4°)- Disingto enue execugo ext nie execugio nao encerrada Em linha de principio, na excega de pré-execulvdade, cob a condenagao em verbs ho nord, convindo, porn, fazer a tng ene 9 xcega extn ou no da xcet {o. Se importa, por initia do devedor em ext ago da execu poe a om denagdo om verbs honor, cis que caratrizada asucumblnta. Nao ein «ee tnpto, a ere de pré-erecutividade fem carer de nino tncidente processua, Aeseabendo inpor-seo encargo da Verba de paracna:"™ Paulo Henrique dos Santos Lucon entende que, quando a defesa do executado jlgada procedente, mas 0 pedido € apenas de acertamento do valor exeqlendo, ot quando € pacialmente procedente, io devidos honoririos ao executado tendo em vista que “oesfrgo vitorioso de impedit uma execu desconexa com o direito nt pode deixar de ser recompensado."® Data maxime venie, pelos mesmos motivos cima expostos, entendemosincabivel a condenacio de honorros nesses e203, Virtude de que no haveré érmino do processo executive. O que o juz deve fazer € diminuir ou mesmo cassr a verba honorira do advogado do exequenteliminarmen- tefxada no despacho ctaério (Com base no att. 2 do CPC), quando proferitasen- tenga de declaragdo de extingio do processoexecutvo (ats. 794 e795 do CPC), ot condenaro exeaiene pela litigincia de mé-é, tendo em visi que maejou execu «#0 tentando receber 0 que era indevido, pal NEGRAD, Ths, Ci le Pres Chie eas Pcral am Vig," oP: San + “Spe m Esse (Ost Eade Pa ence’ SHIMURA eWAMBIER. ep. 58. = De todo o exposto, observa-se que a condenagao em honorérios de advogado em incidente de defesa sem emibargos do executado somente & possivel nos casos em {que seextingue o processo de execugZo, Caso contritio a defesa é decidida por meio de despacho interlocutério que no pée fim ao processo de execucdo, nav havendo possiblidade de condenagao em honorétios. 6. Conelusio ‘A defesa sem embargos do executado, ato processutl despido de maiores for ‘malidades, tem natureza yuridica de incidente processuat, nao suspendendo neces satiamente a execugio,e visa, sem a necessidade de penhora, demonstrar que 0 pro cess executivo ni possui condigbes para seu desenvolvimento valido. As questbes vventiladas esto sempre atteladas ao jufzo de admissibilidade da execusio, ou ma- {érias que possam ser conhecidas de oficio pelo juiz, ou, ainda, outras matérias de fando, que possam ser debatidas sem a necessidade de dilacio probatGria, como, por ‘exemplo, a prescrigao, a decadéncia, o pagamento, a suspensio do crédito por meio de outras medidas judiciais/extrajudicais, o erro de cielo, etc Do julgamenta da defesa sem embargos poderdo advir duas espécies de deci- soes: 1} a que a julga procedente, determinando a extingdo do processo executivo. [Neste caso, o juz proferird sentena, condenando o exeqilente nas verbas de sucurn™ béncia e em honordrios de advogado, se for © caso (ver nota 11); 2)a que nao aco- Ihe a defesa, a que acolhe ea julga parcialmente procedente ou improcedente, a que acolhe para determinar a suspensio do processo executivo, ou, ainda, a que acolhe 1 dofesa e a julga procedente apenas para aceriar 0 valor da execugdo. Nesses ca- 06, 0 juiz proferira decisdo interlocutsria, que ndo poe fim ao processo executivo, inexistindo, portanto, possibilidade de condenago em honorsrios, (O sistema processual vigente jé prevé medidas tecnicamente corretas para pu- hiro executado que subverte a defesa sem embargos, ou utiliza-a de modo temer Fio, como a condenacio por litigincia de mi-fe ou por ato atentatério & dignidade dda justiga, A condenago sucumbencial em honorérios, nos casos em que a defesa sein embargos ndo leva a extingao da execugdo, revela-se ato teratol6gico, arbitrs- rio e contrario 8 lei nao devendo subsistr, em homenagem a justica, & pureza dos institutos legaise a correta interpretagao do dircito,

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