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© FasSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO DIDATICA DO ENSINO SUPERIOR Revisado: Prof? Daniela Monteiro Fassheber ~ 27/12/2022 E expressamente proibida a reprodugao total ou parcial, sem autorizagao. Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG % (31 3822-2194 - (31) 98908-9153 we 7 {© consutor@taccidadesouza.combr @ Fasouza Pagina 1 de 96 © FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO DIDATICA DO ENSINO SUPERIOR." Mariana da Silva Pinto (ORG.)? A presente apostila é um resultado de uma compilagao de diversos textos, artigos e trechos de obras que tem o eixo comum com o tema DIDATICA DO ENSINO SUPERIOR. A apostila se divide na parte conceitual de cada tema, apresentando fundamentaco e argumentacao textual, tendo entéo um parametro de entendimento acerca dos temas individuais, bem como uma reflexao na aplicagao de ambos em nosso cotidiano. Caro aluno, nessa disciplina sera abordado a didatica do ensino superior, ou seja, 0 conteudo desta apostila esta centrado nos fundamentos tedricos e metodolégicos que norteiam a diversidade acerca do assunto. Boa leitura! Bons estudos! Fonte:https:/www.lemeconsultoria.com.br/artigos/treinamento-e-desenvolvimento-rogerio- leme-cisp/ ‘ Este material apostilado trata-se da compilagaio de artigos académicos que versam sobre a temética Didatica do Ensino Superior.”. Desse modo, coube a organizadora deste material apenas selecionar 05 trabalhos e fazer recortes nas segdes relevantes para abordar a tematica desta apostila, Assim, os créditos autorais dos estudos selecionados esto devidamente referenciados no inicio de cada secéo elou subsegao e nas referéncias bibliograticas. ® Graduada em Letras e Pés-Graduada em Recursos em ensino da lingua Inglesa, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie E expressamente proibida a reprodugao total ou parcial, sem autorizacao, © Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG (21 3822-2194 - (39 98908-9153 @ Fasouza = consultorafaculdadesouza.com.br Pagina 2 de 96 © FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Caro discente, vocé esta pronto para comecar seus estudos acerca da disciplina? Esta em um local agradavel e propicio a aprendizagem? INTRODUGAO Esta apostila propée discorrer sobre a relagao entre a didatica e a docéncia no ensino superior. Atualmente, so muitos os livros e os artigos com o propésito de aprofundar as discussdes acerca da didética e seu papel no campo educacional, assim, nosso principal objetivo é refletir, a partir de artigos estritamente tedricos, os principais desafios, que s&o postos didatica dentro das Instituigses de Ensino Superior e do professor na atualidade, levando em consideracao sua significdncia e suas diversas modalidades. Desde a tiltima década do século XX, temos observado ampla expansao das instituigdes de nivel superior, que buscam suprir a demanda por profissionais cada vez mais qualificados. Esta crescente demanda, pela qualificacdo de nivel superior, tem elevado a procura por docentes universitarios, nas mais diferentes areas de competéncia. No caso especitico do Brasil, podem atuar no nivel de ensino superior os professores que tenham conclufdo, no minimo, um curso de pés-graduagao lato sensu e, que possuam aderéncia na sua formagao académica e/ou profissional com as disciplinas que porventura ministrarem. Assim sendo, essa apostila contard um pouco da histéria das universidades, 0 contexto histérico da Educagao, as leis que regulamentam o ensino, assim como, a estrutura do ensino no Brasil. Em um segundo momento, seré aprofundado o conceito de didética e seus pressupostos tedricos, apontando alguns dos principais estudiosos sobre 0 assunto, e fazendo a relagao entre didética e pedagogia. Em seguida, o material trabalharé 0 que prevalece como didatica nos cursos de formagao de docentes, na perspectiva do formador. Por fim, na ultima parte a relaco entre ensino- aprendizagem enquanto processos idénticos e nao separados, sendo a didatica um saber que toma como objeto de estude nao apenas o ensino, mas, sobretudo, os processos que produzem a aprendizagem. E expressamente proibida a reprodugao total ou parcial, sem autorizagao. Aw Santa Helena, 1140- Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG (21 3822-2194 - (39 98908-9153 @ Fasouza = consultorafaculdadesouza.com.br “TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 3 de 96 © FaSouza 1. AHISTORIA DA UNIVERSIDADE Em cada era da historia, os acontecimentos registram as etapas evolutivas da humanidade, seja na fixagao de papeis sexuais e sociais desempenhados, como no mundo antigo, ou no estabelecimento de locais de aprendizagem. (BOHER, et all 2008). Todavia, a origem da universidade, mesmo com olhar das perspectivas de épocas distintas, 6 contestada e de dificil concordancia. Entretanto, seguindo uma ordem cronolégica, os registros e marcas apontam a origem da universidade, ainda na época helénica, quando no ano 387, antes de Cristo, o grande filésofo Platdo, da Grécia, criou a Academia, localizada nos arredores de Atenas, no bosque de Academos (REALE, 2008). Fonte:https:/www.tacebook.com/Donm0303/photos/a. 119447659675037/126772762275860 /?type=3 Arqueélogos poloneses, numa misséo para limpeza do pértico do Teatro Romano, na parte leste da cidade antiga de Alexandria, descobriram 13 sales de aula, com dimensdes idénticas e fileiras de bancos em degraus, na forma de semicirculo, e uma tribuna elevada, aparentemente, para o professor ou conferencista (LULAT, 2005). A Universidade de Alexandria, no antigo Egito, tinha capacidade para 5.000 estudantes. Os arqueélogos poloneses, também, encontraram a antiquissima biblioteca em Alexandria, fundada por Ptolomeu | cerca de 295 A.C., ¢ incendiada no século IV, a qual era localizada na regido portudria da cidade de Alexandria (LULAT, 2005). Estas obras tinham como propésito refletir os valores de sua época, ou seja, davam apoio a difusao do saber grego classico para o Oriente (MEY, 2004). E expressamente proibida a reprodugao total ou parcial, sem autorizacao, © Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG & (3 3622-2194 - (31) 98908-9153 @ Fasouza = consultorafaculdadesouza.com.br “TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 4 de 96 } FaSouza Para Barreto e Filgueiras (2007), 0 conjunto constituido pela Biblioteca e pelo Museu de Alexandria condiz como a primeira instituigéo, a qual mais se aproxima do conceito de universidade. Embora nunca tenha sido assim designada formalmente, a Biblioteca e o Museu constituiram um centro de ensino e pesquisa, de certa forma, antecipando a viséo moderna de uma universidade de pesquisa (BARRETO e FILGUEIRAS, 2007; PETERS, 1996). Segundo estudiosos, no Século IV A.C., a educagao grega congregava um conjunto complexo de estudos com curso de retorica, filosofia e medicina. (BREVIARIO, 2013). Todavia, na Grécia, no século V A.C., aparecem os primeiros professores e profissionais remunerados, mesmo sem haver escolas como instituigdes. O método utilizado na escola era conhecido como preceptorado coletivo, por estar incumbido da formagao completa dos jovens a eles confiados (BREVIARIO, 2013). Posteriormente, outras instituigoes de ensino, registraram que estes estabelecimentos remontam a milhares de anos, e em alguns casos continuam em atividade até a atualidade, como o caso da Universidade de Al-Karaouine (Al Quaraouiyine), em Marrocos, na regio de Fes. Esta universidade com origem numa Madrasah, um tipo de escola, foi criada no ano de 859 D.C., mas, somente em 1957, passou a ofertar graduagées em matematica, fisica, quimica e linguas estrangeiras e, ainda hoje, permanece em atividade (COLLEGESTATS, 2009; BREVIARIO, 2013). A Universidade Al-Azhar, a segunda universidade mais antiga ainda em atividade, localiza-se no Cairo, capital do Egito. Fundada entre 970 e 972 a universidade de Al-Azhar, centrada na Teologia, procura conciliar fé e ciéncia para muitos mestres e alunos de todas as partes do mundo islamico até o presente (COLLEGESTATS, 2009; BREVIARIO, 2013). A Universidade Nizamyya constitui uma rede de universidades fundada por Khwaja Nizam al-Mulk no século XI, no atual territorio do Ira. Dentre as suas faculdades, a mais famosa é a Al-Nizamiyya of Baghdad, estabelecida em 1065. Acredita-se que as Nizamiyya serviram de modelo para universidades fundadas posteriormente na regiao e, continua em funcionamento (COLLEGESTATS, 2009; BREVIARIO, 2013). E expressamente proibida a reprodugao total ou parcial, sem autorizacao, 9 A Santa Helena, 110 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG (21 3822-2194 - (39 98908-9153 @ Fasouza = consultorafaculdadesouza.com.br Pagina 5 de 96 © FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO 2 CONTEXTO HISTORICO DA EDUCACAO SUPERIOR NO BRASIL Embora tenha sido descoberto no ano de 1500, pelos portugueses, 0 ensino formal, no Brasil, foi instituido quase meio século depois, com a chegada dos padres jesuitas, que vieram com a misao de catequizar os nativos e domesticd-los para 0 trabalho. ‘Ao mesmo tempo em que atuavam junto aos nativos, os jesuitas foram responsdveis pela fundagao das primeiras instituigdes de ensino do Brasil Colonial. Os principais centros de exploracao colonial contavam com colégios administrados dentro da colénia. Dessa forma, todo acesso ao conhecimento laico da época era controlado pela Igreja. A ago da Igreja na educago foi de grande importancia para compreensao dos tragos da nossa cultura: 0 grande respaldo dado as escolas comandadas por denominacées religiosas e a predominancia da 16 catélica em nosso pais. Fonte: https://escolakids.uol.com.br/historia/jesuitas-no-brasil-colonia.htm Mas os jesuftas ndo ensinavam apenas os indigenas. Os filhos de colonos, principalmente dos senhores de engenho, também eram educados por eles. Para oferecer essa educagdo, os jesuftas criaram alguns colégios pela colénia, sendo 0 mais conhecido 0 Colégio de S40 Paulo, em torno do qual foi fundada a cidade de ‘S40 Paulo de Piratininga, atual Sao Paulo. A educacao dos colonos era rigida. A disciplina era duramente cobrada. Em caso de desobediéncia a alguma norma ou mesmo no erro de alguma ligdo, os alunos eram punidos pelos jesuttas com castigos, muitas vezes fisicos. O mais conhecido foi E expressamente proibida a reprodugao total ou parcial, sem autorizacao. © Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG & (30) 3822-2194 - (31) 98908-9153 9 FaSouza = consultorafaculdadesouza.com.br Pagina 6 de 96 © FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO © uso da palmatéria, um instrumento de madeira utilizado para bater na palma da mao dos alunos. Porém, como a educagdo tradicional indigena era diferente, baseada na solidariedade e na cooperagao, com os indios mais novos aprendendo com os mais velhos, foram necessérias algumas mudancas. Podemos destacar os seguintes jesuitas que vieram ao Brasil no século XVI: Padre Manoel da Nobrega, Padre José de Anchieta e Padre Ant6nio Vieira. Em 1760, alegando conspiragao contra 0 reino portugués, 0 Marqués de Pombal expulsou os jesuitas do Brasil, confiscando os bens da ordem. Posteriormente, foram criados os primeiros colégios particulares, voltados aos filhos dos nobres, que aqui residiam. Com relagdo a criago de uma instituigdo de ensino superior na Col6nia, a Metropole era contrdria a essa ideia, apenas admitindo sua implantacao apés a vinda da Familia Real, em 1808. Quando finalmente as primeiras universidades foram criadas, ficaram restritas a um seleto grupo, servindo apenas para aumentar o poder das elites e como forma de demonstrar 0 seu poder. 2.1. PERIODO COLONIAL E AS ORIGENS DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL. Com telacao ao Brasil, a criacdo de instituigSes de ensino para a Colénia Portuguesa demorou a ocorter, por falta de interesse da Metr6pole. De acordo com Saviani (2008), os jesuitas iniciaram suas obras educativas em 1549, no intuito de cumprir a determinaco do rei de Portugal na época, D. Joao Il e catequizar os povos indigenas. Todavia, 0 rei enviava verbas apenas para a manutenedo e as vestimentas dos padres jesuitas, os quais nao tinham recursos para construir e manter as escolas. Dessa forma, os jesuitas dependiam de doagées para a implementagao e manutengao de suas atividades. Ainda para Saviani (2008), praticamente, toda a verba encaminhada pela Coroa Portuguesa para a educagdo era empregada no Colégio da Bahia. Essa situagéo sé mudaria em 1564, quando ficou determinado que 10% dos impostos arrecadados na colénia seriam destinadas as instituig6es jesuiticas. E expressamente proibida a reprodugao total ou parcial, sem autorizagao. Aw Santa Helena, 1140- Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG (21 3822-2194 - (39 98908-9153 @ Fasouza = consultorafaculdadesouza.com.br Pagina 7 de 96 9 FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Colégio dos Jesuitas da Bahia Fonte: https:/;vww-historia-brasil.com/bahialprimeira-universidade.htm Flores (2017) salienta que, no inicio, a principal fungao dos jesuitas na Colénia se limitava apenas na tentativa de catequizar os indigenas e domesticd-los ao trabalho. Entretanto, assevera a autora, que a partir de 1573, as atividades dos padres jesuitas se estenderam a educar os filhos dos colonos que aqui residiam. Ainda para Flores (2017) com a ampliagao das atribuig6es dos padres jesuitas, estes além de educarem os povos indigenas, passaram a administrar as escolas de ensino primario, lecionando para as classes mais abastadas do local, formada na maioria, pelos filhos dos nobres ocupantes de cargos pUblicos nomeados pela Coroa. Posteriormente, verificando a necessidade de formarem novos padres, passaram também a ministrar 0 curso de Teologia, além de criarem o curso de Filosofia, destinado aos homens ocupantes de cargos burocraticos. Nesse momento do Brasil Colonial, segundo Flores (2017), ainda nao haviam sido implantadas faculdades ou universidades, formalmente. A Unica formagao superior que existia eram os j4 mencionados cursos de Filosofia e Teologia, ofertados pelo Colégio da Bahia, mas que nao eram reconhecidos pela Metrépole Portuguesa nos moldes dos cursos ministrados na Europa. O curso de Filosofia, por sua vez, somente viria a ser reconhecido, oficialmente, em 1689, uma vez que a Coroa proibia a criagéo das universidades na Colénia, com o propdsito de impedir 0 acesso da E expressamente proibida a reprodugao total ou parcial, sem autorizacao, © Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG © (31) 3822-2194- (1 98908-5153 @ Fasouza = consultorafaculdadesouza.com.br © FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 8 de 96 populagao ao conhecimento e dessa forma, manter a ordem e, evitar qualquer tipo de revolta. Além dos cursos de Filosofia e Teologia, os jesuitas passaram a ministrar 0 curso de Letras Humanas, que ao contrario dos outros dois cursos, que estavam vinculados as suas respectivas carreiras profissionais, esse curso nao tinha uma finalidade, sendo classificado apenas como um saber desinteressado, conforme pontua Flores (2017). ‘Ainda de acordo com Flores (2017), caso 0 aluno optasse por fazer esse curso, deveria prosseguir seus estudos em alguma faculdade europeia, mediante realizacao de exame de admissao, tendo em vista que a Metropole indeferiu em 1675, 0 pedido de equiparagao do Colégio da Bahia com a Universidade de Evora. Desse mods, ao fazer com que 0 aluno se mudasse para a Europa para estudar, havia uma elitizagao das pessoas que cursavam o ensino superior. Entretanto, em 1689, os mestigos comegaram a reivindicar esse direito, em fungao do status social 0 qual era conferido aqueles apresentados como letrados e, aliado ao fato deles serem proibidos, desde 1681, de se matricularem nos colégios jesuitas. Tal acontecimento ficou conhecido como “a questao dos mogos pardos” (FLORES, 2017). Flores (2017) ressalta que, muitos mestigos indagaram @ Coroa Portuguesa acerca do motivo pelo qual eram proibidos de se matricularem nos cursos ministrados no Brasil, mas, em contrapartida, eram admitidos para estudarem na Metrpole. Em apertada sintese, a Coroa afirmou que as instituigdes de ensino na Colénia eram administradas pelos padres jesuitas e que os cursos superiores eram considerados adicionais, sendo ministrados de forma particular, cabendo a instituigao escolher seus alunos da forma que melhor Ihe conviesse. Nota-se que, nesse periodo, o acesso as instituigdes de ensino era restrito a uma minoria. Contorme destaca Saviani (2008), no ano de 1759, quando os jesuitas foram expulsos, a quantidade total dos seus alunos compreendia menos de 0,1% da populagao. O ensino era restritivo com relagéo as mulheres, que na época representavam metade da populagdo, aos escravos, que diante do grande trafico negreiro compunham 40% dos habitantes, além dos negros livres, mestigos e os considerados filhos bastardos ou abandonados, que eram renegados pela sociedade. E expressamente proibida a reprodugao total ou parcial, sem autorizacao, 9 A Santa Helena, 110 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG (21 3822-2194 - (39 98908-9153 @ Fasouza = consultorafaculdadesouza.com.br “TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 9 de 96 © FaSouza Costa e Rauber (2009) asseveram que Portugal fez forte oposigaéo quanto a rio era criagdo de instituigdes de ensino superior no Brasil, tendo em vista que 0 terri considerado apenas col6nia de exploracao nao valendo tais investimentos. Quanto & populagao, que era composta majoritariamente por analfabetos, estes afirmavam que no viam sentido em criar instituigdes de ensino superior no Brasil, alegando que caso a elite quisesse formagao superior deveria estudar na Metrépole. Bortolanza (2017) destaca que no ano de 1801, uma Carta Régia do Principe Regente D. Joao, criava no Hospital de Vila Rica uma Cadeira de Cirurgia, Anatomia @ Arte Obstetricia que funcionou até o ano de 1848, quando foi extinta. Embora nao fosse uma Escola de Medicina, podia ser comparada a uma instituico que formava paramédicos, que prestavam assisténcia a populacdo para suprir a caréncia dos profissionais da satde. Outro passo importante para o desenvolvimento da educagao superior no Brasil, foi a vinda da Familia Real Portuguesa, no ano de 1808, fugindo da Metrépole, devido a invasao francesa, liderada por Napoleao Bonaparte (BORTOLANZA, 2017). De acordo com Bortolanza (2017), no ano de 1808, D. Jodo VI criou estabelecimentos isolados, atendendo as necessidades do momento, que era formar médicos para a marinha e 0 exército. Dessa forma, foram fundadas a Escola de Cirurgia na cidade de Salvador, a qual posteriormente passou a ser denominada de Academia Médico-cirtirgica da Bahia, hoje a UFBA e na cidade do Rio de Janeiro, a Escola e Academia Médico-ciruirgica, que se transformou na atual UFRJ. J& em 1810, a Academia Real Militar foi criada pela Carta de Lei de 4 de dezembro de 1810 e tinha por objetivo ministrar na colénia um curso completo de ciéncias matemticas, de ciéncias de observagdes, como a fisica, quimica, mineralogia, metalurgia e histéria natural que compreendia o reino vegetal e animal, das ciéncias militares em toda a sua extensdo, tanto de tatica como de fortificagao & artilharia (BRASIL, 1810). De acordo com Flores (2017), apenas apés a elevagao do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarve, em 1815, 0 ensino superior, no Brasil, foi implementado de fato. A autora nesse aspecto faz duras criticas, pois 0 Brasil fundou suas faculdades de forma bastante tardia, comparado aos demais paises da América Latina. A Espanha mesmo tendo grande interesse na exploracéo econémica de suas colénias, nao E expressamente proibida a reprodugao total ou parcial, sem autorizacao, 9 A Santa Helena, 110 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG (21 3822-2194 - (39 98908-9153 @ Fasouza = consultorafaculdadesouza.com.br Pa ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO ‘agina 10 de 96 C Faculdade } FaSouza ’ deixou de implantar o ensino superior, trazendo inclusive professores vindos da Europa. Por outro lado, Portugal durante um longo tempo, proibiu a instalagao de instituigdes de ensino superior na Colénia, no intuito de impedir 0 acesso da populagao ao ensino, pautado pelo receio que um povo mais instruido colocaria em risco a ordem e como consequéncia, culminaria no surgimento de movimentos revoluciondrios. O pensamento vigente era que a educagao era dispensada ao trabalhador bracal, uma vez que nao havia interesse em qualificar a mao de obra. Era exigido, apenas, aos professores, ocupantes de cargos pliblicos e membros do clero, que soubessem ler € escrever. 2.2. PERIODO DA INDEPENDENCIA: A CRIACAO DOS PRIMEIROS CURSOS PARA A ELITE BRASILEIRA Apés a Independéncia, no ano de 1827, foram criados os Cursos Juridicos em Olinda - PE e Sao Paulo - SP, mediante o Decreto de 11 de agosto de 1827 (BRASIL, 1827) editado por José Feliciano Fernandes Pinheiro, futuro Visconde de Sao Leopoldo. Os professores seriam regidos pelos mesmos estatutos da Universidade de Coimbra. Reale Junior (2013-2014) ressalta o interesse da elite brasileira em criar um curso de Direito no Brasil, uma vez que manter seus filhos estudando na Europa era muito dispendioso. A Faculdade de Direito de Olinda foi instalada no ano de 1828, no Mosteiro de Sao Bento, cedido pelos monges beneditinos. Em 1854, houve a transferéncia para a cidade de Recife-PE e, passou a ser denominada de Faculdade de Direito de Recife. Faculdade de Direito do Recife, instalado no dia 15 de maio de 1828 E expressamente proibida a reprodugao total ou parcial, sem autorizacao, 9 A Santa Helena, 110 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG (21 3822-2194 - (39 98908-9153 @ Fasouza = consultorafaculdadesouza.com.br Faculdade FaSouzd ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 11 de 96 Fonte:http://basilio.fundaj.gov-bripesquisaescolarlindex.php?option=com_contenté&view=articl, e8id=4418ltemid=191 No mesmo ano de 1828, foi criada a Faculdade de Direito de Sao Paulo, que era sediada no Convento de Sao Francisco, sendo que o imével foi solicitado aos padres da Ordem Franciscana, pelo Governo Imperial, para instalar a faculdade, o que demonstra a influéncia da Igreja Catélica na época, uma vez que, ambos os iméveis, cedidos para abrigar as faculdades, eram de sua propriedade. Mas, em contrapartida, com a cess4o dos iméveis, a Igreja conseguiu incluir, no curso, a disciplina de Direito Eclesiastico (REALE JUNIOR, 2013- 2014). Conforme pontua Flores (2017), os cursos juridicos conferiam, aos seus alunos, um grande prestigio social, sendo desse modo, um dos cursos mais procurados, assim como 0 curso de Medicina, pelo fato de distanciarem, ao maximo, dos trabalhos bragais ou pesados, que eram associadas as atividades desempenhadas pelos escravos e pelas classes mais pobres. ‘Aduzem Costa e Rauber (2009) que, apés a vinda da familia real para o Brasil, foi intensificada a preocupacao do Império em criar universidades na Col6nia, embora favorecesse apenas uma pequena parcela da populagao, que compunha a elite brasileira da época e que aspirava em formar seus filhos como “doutores”. A.Lei de 11 de agosto de 1827 (BRASIL, 1827) reforga essa ideia ao criar os cursos de Ciéncias Juridicas em Olinda e Sao Paulo, no qual em seu artigo 92, confere © grau de doutor: E expressamente proibida a reproducao total ou parcial, sem autorizacao. Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG _ % (3) 3822-2194 - (31) 98908-9153 9 = consultor@faculdadesouza.combr OUza © FaSouza Pa ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO agina 12 de 96 Art. 9° — Os que frequentarem os cinco anos de qualquer dos Cursos, com aprovagéo, conseguirao 0 gréo de Bacharéis formados. Haverd, também, 0 ‘gro de Doutor, que sera conferido aqueles que se habiltarem com os requisitos que s¢ especificarem nos Estatutos, que devem formar-se, € $6 08, que 0 obtiverem, poderao ser escolhidos para Lentes [sic] De modo parecido, a Lei de 03 de outubro de 1832, também confere o grau de doutor para os graduados em Medicina, conforme o seu artigo 26 (BRASIL, 1832) Art. 26 — Passados todos os exames, 0 candidato néo obterd o titulo de Doutor, sem sustentar em piiblico uma tese, o que faré quando quiser. As Faculdades determinarao por um regulamento a forma destas teses, que sero esoritas no idioma nacional, ou em latim, impressas a custa dos candidatos; os quais assim como os Farmacéuticos, e Parteiras, pagarao também as despesas feitas com os respectivos diplomas [sic] Analisando essas constatagées, verifica-se que os cursos superiores eram considerados como sendo algo além da simples formagao de nivel superior, pois, era utilizado pela minoria como um mecanismo de exploracdo e, dominagao das classes mais baixas, evitando que se promovesse a igualdade social (COSTA E RAUBER, 2009). De certa forma, esse prestigio social perdura até hoje. Passados quase 200 anos, ambas as leis continuam em vigor e além disso, é costume da sociedade ao se referir ao médico, advogado, juiz e promotor como doutor, mesmo que tal profissional nao tenha 0 titulo académico de doutorado, o doutor nesse caso, serve apenas como um pronome de tratamento. Doutor Fonte: https:!/pauloabreu 14 jusbrasil.com.br/artigos/431235782/advogado-e-doutor E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizagao © Av, Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG % (30 3422-2194 - (31) 98908-9153 = consultorafaculdadesouza.com.br @ Fasouza Pa ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO agina 13 de 96 © FaSouza 2.3. PROCLAMACAO DA REPUBLICA: NOVOS VENTOS SOPRAM A FAVOR DA EDUCAGAO SUPERIOR Com 0 advento da Proclamagao da Reptiblica em 1889, houve grandes mudangas no Brasil, incluindo na area da educagao. De acordo com 0 autor, destaca- se 0 fato do ensino superior ter sido descentralizado, sendo permitida, inclusive, a instalagdo de instituig6es de ensino privadas, causando um aumento na quantidade de cursos ofertados pelas faculdades (BORTOLANZA, 2017). Nesse sentido, Bortolanza (2017) afirma que entre os anos de 1889 e 1918, foram criadas 56 (cinquenta e seis) novas instituiges de ensino superior. Contudo, tais criagées nao foram realizadas para atender as demandas da sociedade, pelo contrario, foi apenas uma estratégia adotada pelos grupos politicos da época, que visavam manter-se no poder, apoiados pela classe dominante. Flores (2017) ressalta que o Decreto n * 981, de 08 de novembro de 1890, previa que 0 exame de aprovacdo do ensino secundario serviria como exame de admissao no ensino superior. Todavia, esse processo nao perdurou por muito tempo, uma vez que no ano de 1911, foi institufda a Lei Organica do Ensino Superior, que impunha, novamente, a realizaga4o de exame para o ingresso dos alunos nas instituig6es de formagao superior. Além disso, de acordo com Flores (2017), os alunos apéds serem aprovados e, ao realizar a sua matricula, deveriam apresentar documentos comprovando possuir no minimo 16 anos de idade, atestado de idoneidade moral, comprovante de pagamento da taxa da matricula, bem como comprovago de que foram aprovados no exame de ingresso. Contudo, com a edigao do Decreto n.° 11.530 de 18 de margo de 1915, as novas diretrizes causaram mais restrigéo ao acesso A educagaio superior. Entre as principais medidas, houve a modificagao na nomenclatura do exame de admissao, 0 qual passou a ser chamado de exame vestibular. Mas, o que prejudicou os estudantes, foi a exigéncia ao aluno de ter sido aprovado no curso ginasial, nas disciplinas ministradas pelo Colégio Pedro II, ou por colégio a ele equiparado, a critério do Conselho Superior de Ensino (FLORES, 2017). E expressamente proibida a reprodugao total ou parcial, sem autorizacao, 9 A Santa Helena, 110 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG (21 3822-2194 - (39 98908-9153 @ Fasouza = consultorafaculdadesouza.com.br Pagina 14 de 96 @ Fasouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Exame vestibular Fonte: hitps://vestibular-brasilescola.uol.com.br/especial/a-origem-vestibular-no-brasil.htm JA no ano de 1925, 0 acesso ao ensino superior foi ainda restrito, por meio do Decreto n. 16.782-A. O decreto, além de manter as medidas do decreto anterior, também previa a cobranga de taxa de exame vestibular, taxa de matricula, taxa de frequéncia, taxa de exame, taxa de transferéncia, dentre outras, cujos valores encontravam-se discriminados nas tabelas A, B e C do referido Decreto (FLORES, 2017). De acordo com Flores (2017), a edig&o do Decreto nao passou despercebida. Foi nesse contexto que nasceu a UNE (Unido Nacional dos Estudantes), a qual criticava, fortemente, a politica de exclusao implementada no ensino superior, além do método adotado pelas instituigses, que voltavam os seus estudos apenas ao ensino, deixando em segundo plano a pesquisa, 0 que para os estudantes, era considerado um atraso, em comparac&o com as instituigdes de ensino estrangeiras. Diante desse cenario, a UNE passou a reivindicar um modelo de universidade acessivel a todos, com professores capacitados, pregava a liberdade de pensamento, dentro das instituigdes de ensino. Bortolanza (2017) tece criticas a essa fase, pois, nao houve um seguimento nas politicas piiblicas voltadas ao desenvolvimento do ensino superior no Brasil. © autor chama, ainda, a atencdo para o fato do Ministério da Educagao ter sido criado E expressamente proibida a reprodugao total ou parcial, sem autorizacao, 9 A Santa Helena, 110 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG % (3) 3822-2194 - (31) 98908-9153 9 ‘aSouzd = consultorafaculdadesouza.com.br Pa ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO agina 15 de 96 } FaSouza apenas em 1930, sendo que, anteriormente, o ensino no Brasil era de competéncia do Departamento Nacional do Ensino, que era subordinado ao Ministério da Justiga. ‘Apés a criag&o do Ministério da Educagao, este néio recebeu autonomia e passou a ser ligado ao Ministério dos Negécios da Educagao e Satide Publica, que além de atender os assuntos voltados a educagao, também tratava de matérias relacionadas @ sade publica, esportes e até mesmo, meio ambiente. De acordo com Simées (2013), no ano de 1931, houve uma série de reformas na educagao brasileira, que ficaram conhecidas como Reforma Francisco Campos, em referéncia ao nome do entao Ministro da Educagao, destacando-se o Decreto n.* 19.851 de 11 de abril de 1931, que dispunha sobre a organizagao do Ensino Superior no Brasil e o Decreto n.° 19.852 de 11 de abril de 1931, que dispunha sobre a organizagao da Universidade do Rio de Janeiro e adotava o regime universitario. Mesmo apés a criagdo do Ministério dos Negocios da Educagéo e Saude Publica em 1930, nao foi dada a devida atengao a educacao, o que fica evidenciado ao longo dos anos seguintes. O advogado Francisco Campos foi o primeiro a ocupar ‘0 cargo de ministro, refletindo o autoritarismo do periodo do Estado Novo. Em 1932, foi substituido pelo médico Washington Ferreira Pires, que embora atendesse as demandas na area da salide publica, sobretudo com seus estudos voltados a area da Neurologia, até entaéo pouco difundida, entretanto 0 médico neurologista nao conseguia atender as demandas do setor da educacao. Em 1934, houve outra mudanga, 0 advogado Gustavo Capanema assumiu 0 cargo de ministro dos Negécios da Educagao e Satide Publica, posigéo que ocupou até 0 final do Governo Vargas em 1945. O periodo da gestao de Capanema, ficou marcado pela criagao de instituigdes de ensino profissionalizante, com cursos voltados a qualificar a classe trabalhadora para o mercado de trabalho, enquanto o direito de cursar o ensino superior era reservado as elites. 2.4, MANIFESTO DOS PIONEIROS: UMA OPORTUNIDADE DE INOVAGAO PARA A EDUCAGAO Diante do descaso com a educagdo por parte do governo Vargas, um grupo de educadores, além de intelectuais de outras areas, mobilizaram-se em 1932 por E expressamente proibida a reprodugao total ou parcial, sem autorizacao, 9 A Santa Helena, 110 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG (21 3822-2194 - (39 98908-9153 @ Fasouza = consultorafaculdadesouza.com.br Pagina 16 de 96 © FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO meio de um manifesto, no qual propunham que o Estado efetuasse um plano geral de educacao, com as diretrizes voltadas para uma escola publica e gratuita, estabelecida de forma laica e de cardter obrigatério. Esse episédio ficou conhecido, popularmente, como Manifesto dos Pioneiros da Educagao Nova (BORTOLANZA, 2017). No texto de introdugao do manifesto, escrito por Fernando Azevedo et al. ficam evidenciadas as criticas ao sistema de ensino superior, o qual era voltado apenas para a formagao profissional, sendo que a pesquisa cientifica néo era abordada nas universidades: Toda a cultura superior, no Brasil, nunca ultrapassou os limites das ambigdes profissionais. Mas, organizada exclusivamente para a formagao profissional, ‘sem qualquer aparelhamento de cultura livre e desinteressada, ela constituiu, no Império e na Republica, o Unico sistema de instrugao superior, cujas deficiéncias em vao se procurava suprir com os esforgos raramente compensadores da autodidaxia e de viagens de estudos que acabavam frequentemente em viagens de recreio. Tudo, na cultura nacional, sob esse regime, tinha de ser precério, incoerente, fragil e desoonexo. © homem, preparado para 0 exercicio de uma profissao, quando deixa o horizonte limitado em que se habituou a mover-se e chega a desprender-se das necessidades tiranicas de sua atividade profissional, é colhido numa rede apertada de ideias, fatos e teorias que o embaragam e entre as quais ndo se pode decidir pela incapacidade de reveld-las, coordend-las e sujeité-las a um ‘corpo de doutrina ou a um sistema de ideias. Ele tende, conforme o temperamento, a afirmar dogmaticamente ou a sorrir, como um cético. Sem espirito critico @ sem poder de sistematizagao, toda sua produgao acusa, na sua falta de coeréncia e vigor, de largueza e profundidade, a auséncia de contato com as fontes universitarias, em que se forma a verdadeira filoséfica ou cientifica; se amplia, se enriquece e se renova a cultura geral e se adquire 0 espirito e se aperteicoam os métodos cientificos, com que as ‘conclusdes faces, 0 espirito do “mais ou menos” e 0 habito da imprecisao cedem o lugar & solidez, & profundidade e a precisdo, que constituem o rigor cientifico e nos dao 0 quilate da vigorosa maturidade da inteligéncia (AZEVEDO et al., 2010, p. 18- 19). Para os pioneiros da educagao, como ficaram conhecidos, um dos principais problemas enfrentados pelo ensino superior no Brasil, era obter profissionais qualificados para lecionarem nas universidades. Foi sugerido a formagao de uma elite intelectual, a qual fosse selecionada nao pelos critérios econémicos, mas, pela sua capacidade diferenciada, para que pudessem desempenhar a missAo de formarem a forca, a qual influenciaria a sociedade, modificando a sua consciéncia social. No manifesto, também, ficou claro que os professores de todos os graus, deveriam fazer parte dessa elite intelectual, diante da importancia de sua fungao (AZEVEDO et al., 2010). E expressamente proibida a reprodugao total ou parcial, sem autorizacao, 9 A Santa Helena, 110 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG (21 3822-2194 - (39 98908-9153 @ Fasouza = consultorafaculdadesouza.com.br @ Fasouza Pa ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO agina 17 de 96 Logo apés a publicagdo desse Manifesto, com 0 advento da Constituicao Federal de 1934, a educagao passou a ser um direito de todos, conforme o art. 149, sendo ainda, de acordo com 0 paragrafo nico do art. 150, instituido o ensino primario integral gratuito e de frequéncia obrigatéria, extensivo aos adultos (BRASIL, 1934). Manisfesto dos Pioneiros da Educacao Nova - 1932 Fonte: http:/inep80anos.inep. gov. br/inep80anos/passado/manisfesto-dos-pioneiros-da- educacao-nova-1932/143 Bortolanza (2017) afirma que, com base na nova Constituigéo, 0 entaéo Ministério da Educagao e Satide Publica, implantou entre 1934 e 1945 as bases da educagao brasileira, além de promover uma reforma nos ensinos secundério universitario. Ja a separacao entre o Ministério da Educagao e 0 Ministério da Satide, 86 ocorteria em 1953, quando foi criado 0 Ministério da Educacao e Cultura (MEC). De acordo com Sampaio (1991), em meio a essa modemizacao da educacao, houve o chamado Golpe do Estado Novo (1937-1946) instaurado por Getulio Vargas, onde foi outorgada uma nova Constituico em 1937 (BRASIL, 1937), na qual restringia a autonomia de estados e municipios nas politicas educacionais, concentrando o poder na esfera Federal. Esse periodo foi marcado pelo autoritarismo e pela repressao ao comunismo ea liberdade de expresso, que acabou por refletir nas universidades. Sobre esse periodo, Flores (2017, p. 410) assevera: Entretanto, esse nao era 0 pensamento do governo militar, que considerava a universidade pablica como centro de subversao e ameaca aos objetivos de seguranga e desenvolvimento. Por outro lado, viam com bons olhos a ‘expansao do setor privado, embora fossem dependentes da ajuda financeira do Estado, mas que segundo a sua otica, as faculdades isoladas dificultavam ‘a mobilizagao politica dos estudantes (FLORES, 2017, p. 410). E expressamente proibida a reprodugao total ou parcial, sem autorizacao, 9 A Santa Helena, 110 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG % (3) 3822-2194 - (31) 98908-9153 9 ‘aSouzd = consultorafaculdadesouza.com.br Pa ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO agina 18 de 96 } FaSouza Em contraponto Bortolanza (2017), assevera que apés 0 ano de 1945, diante das fortes press6es politicas regionais, houve a criagdo desenfreada de universidades federais, sendo que algumas universidades estaduais passaram por uma federalizagao nesse periodo. ‘Sampaio (1991) pondera que o surgimento dessas universidades nao se deu diante de reivindicagées populares, mas mediante a influéncia politica local, com interesses nem sempre ligados ao ensino. Com a promulgagao da Constituigéio de 1946, havia previsdo expressa em seu texto, quanto a criacao de uma Lei de Diretrizes e Bases. Dessa forma, surgiram grandes debates, até ser redigida e entrar em vigor a Lei n.® 4.024/1961, a Primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educacao do Brasil (SIMOES, 2013). Para Bortolanza (2017) a LDB n.° 4.024/1961 conferiu aos estados e municipios uma maior autonomia na gestao da educagao publica. O autor destaca que logo depois, em 1968, houve a reforma universitéria, que propés um modelo Unico tanto para as universidades puiblicas quanto para as universidades privadas. Denota-se que esse foi um periodo de grande agitacdo na area da educaciio. O Manifesto dos Pioneiros da Educacao, criticou 0 modelo de ensino adotado na €poca, 0 qual era tecnicista, que nao valorizava os campos do conhecimento e da pesquisa. Nao havia por parte do Governo o compromisso de oferecer um ensino de qualidade, gratuito e totalmente laico. Pelo contrario, a educagdo brasileira era arraigada em valores religiosos e morais, conforme verifica-se através da incluso das disciplinas de Ensino Religioso e Economia Doméstica nas escolas, sendo esta ultima voltada as meninas, para que atendessem as expectativas da época e se tornassem boas esposas, donas de casa prendadas e mes exemplares. 2.5. PERIODO DA DITADURA MILITAR: RESTRUTURACAO DO ENSINO SUPERIOR E expressamente proibida a reprodugao total ou parcial, sem autorizacao, 9 A Santa Helena, 110 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG (21 3822-2194 - (39 98908-9153 @ Fasouza = consultorafaculdadesouza.com.br © FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 19 de 96 Para Costa e Rauber (2009) mesmo com a reforma universitaria, as universidades sofriam com a intervengao decorrente da Ditadura Militar iniciada em 1964, que mantinha as instituigdes sob constante vigilancia. A Lei n2 5.540/1968 instituiu 0 tripé: ensino, pesquisa e extensdo nas universidades, criou os cursos de pés-graduagao, promoveu a democratizagao e a maior participagao estudantil. Contudo, na prética foi totalmente 0 oposto, pois, 0 crescente aumento na repressao das instituigdes de ensino superior pela Ditadura e, toda a inovagao trazida pela nova lei acabou sendo inécua (SAMPAIO, 1991). Nesse periodo, foi editado pelo entao presidente Marechal Costa e Silva, o Decreto Lei n.? 477 de 26 de fevereiro de 1969, que define as intragées disciplinares praticadas por professores, alunos, funciondrios ou empregados de estabelecimentos de ensino ptblico ou particulares, e propunha outras providéncias (BRASIL, 1969). O referido Decreto-Lei previa como infragao disciplinar os atos de aliciar, incitar ou participar de movimentos de paralisagao da atividade escolar; atentar contra Pessoas ou bens tanto dentro dos estabelecimentos de ensino como fora deles; praticar ou participar de atos destinados a organizagéo de movimentos subversivos, passeatas, desfiles ou comicios n&o autorizados; realizar, confeccionar, imprimir, depositar ou distribuir material subversivo de qualquer natureza; sequestrar ou manter em carcere privado diretor, membro do corpo docente, funcionério, agente de autoridade ou aluno e usar dependéncia escolar para fins de subversdo ou praticar ato contrario 4 moral ou a ordem publica (BRASIL, 1969). Com relagao as penas, elas variavam de acordo com a posi¢ao ocupada pelo infrator, sendo que, nos casos de docentes, funciondrios ou empregados dos estabelecimentos de ensino, a puni¢ao era a sua demissao e a proibicéo de ser admitido em qualquer outro cargo da mesma natureza, pelo prazo de 05 (cinco) anos: no caso dos alunos, a punic&o seria o desligamento do estabelecimento de ensino, sendo proibido de se matricular em outra instituigéo publica ou particular, pelo prazo de 03 (trés) anos. Além disso, nos casos de aluno bolsista, este perdia sua bolsa de estudos e era proibido de obter outra pelo prazo de 05 (cinco) anos. Para os alunos estrangeiros, a punico era ainda mais gravosa, pois, era imediatamente retirado do territério nacional (BRASIL, 1969). Educacao na Ditadura Militar E expressamente proibida a reprodugao total ou parcial, sem autorizacao, 9 A Santa Helena, 110 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG (21 3822-2194 - (39 98908-9153 @ Fasouza = consultorafaculdadesouza.com.br Pa ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO ‘agina 20 de 96 9 FaSouza Fonte: https://anchor.fm/molara/episodes/A-educao-no-perodo-de-Ditadura-Militar1964-1985- ejgtg2 De acordo com Sampaio (1991), nessa mesma época, paises como a Argentina, 0 Chile e o México, também enfrentaram problemas semelhantes aos do Brasil, com relaco a repressao e controle por parte do governo militar nas instituigdes. de ensino. Embora cada pais tivesse caracteristicas préprias quanto ao regime adotado pelo governo, todos tinham algo em comum, em todos os paises os reitores das universidades foram substituidos por militares, professores foram demitidos, alunos foram expulsos, disciplinas como Filosofia e Sociologia foram retiradas da grade curricular, sendo introduzida a disciplina de Educacao Moral e Civica. Em 1971, foi criada a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educacdo (Lei n.° 5692/1971), que trouxe entre as principals mudangas, a obrigatoriedade do ensino dos 7 aos 14 anos de idade. Por outro lado, a nova LDB definiu um curriculo para o primeiro e segundo graus, no qual o ensino era voltado a atender as necessidades das empresas e do mercado de trabalho em geral, o que acarretou na oferta de um ensino tecnicista aos alunos, além do aumento exponencial dos cursos técnicos profissionalizantes (BORTOLANZA, 2017). E expressamente proibida a reprodugao total ou parcial, sem autorizacao, 9 A Santa Helena, 110 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG & (3 3622-2194 - (31) 98908-9153 @ Fasouza = consultorafaculdadesouza.com.br Faculdade | FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO- Pagina 21 de 96 Com 0 inicio dos anos de 1970, de acordo com Costa e Rauber (2009), houve um aumento significativo na oferta do ensino superior no Brasil, especialmente, por parte das instituig6es privadas, impulsionadas pelo aumento da demanda de pessoas que buscavam se qualificar profissionalmente, em virtude de politicas de desenvolvimento econémico e pela infiuéncia do mercado estrangeito, principalmente, dos Estados Unidos. © aumento no ntimero de estudantes no ensino superior, em um primeiro momento, parecia ser um mecanismo voltado a diminuig&o das desigualdades soci: Mas, bastava uma andlise mais profunda para constatar que esse aumento se dava, majoritariamente, nas instituigdes privadas, as quais muitas vezes, ofereciam um ensino de baixa qualidade (FLORES, 2017). Desse modo, o que era para ser uma oportunidade, passou a deixar mais evidenciada essas desigualdades, pois, as vagas nas instituigdes publicas prestigiadas, devido ao seu rigoroso processo seletivo para admissao, eram destinadas aos estudantes das classes mais abastadas, enquanto as vagas nas instituig6es particulares, na maioria das vezes de baixa qualidade, era a nica forma de muitos jovens das classes média e baixa terem acesso ao ensino superior (FLORES, 2017). Fonte: https://engenheirorecemtormado.com/engenheiro-desempregado/ E expressamente proibida a reprodugao total ou parcial, sem autorizacao, © Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG & (30) 3822-2194 - (31) 98908-9153 9 FaSouza = consultorafaculdadesouza.com.br Pa ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO agina 22 de 96 } FaSouza Conforme os artigos 43 e 79 da LDB de 1971 (BRASIL, 1971), 0 Governo Federal passou a destinar dinheiro puiblico para as instituigdes de ensino particulares, (© que gerou um crescimento no numero de instituigdes privadas e por consequéncia, no aumento da oferta de vagas. Como nao haviam critérios estabelecidos quanto a contemplagao das instituigdes e, tampouco a fiscalizagéo quanto a qualidade do ensino, 0 qual era oferecido nestas instituig6es, ocorreu um sério problema: muitos alunos que saiam das faculdades, embora portassem diploma de curso superior, nao conseguiam uma vaga de emprego, pois, houve uma sobrecarga no mercado de trabalho, a qual nao conseguia absorver esses trabalhadores ou recém formados. Por outro lado, havia a escassez de bons profissionais capacitados. 2.6. DA DECADA DE 1980 AOS DIAS ATUAIS: A IMPORTANCIA DAS LEGISLACOES EDUCACIONAIS Neves (2012) ressalta que, a deficiéncia do ensino superior nessa época, pode ser, em parte, justificada pelos problemas politico e econémico enfrentados pelo Brasil. A década de 1980, ficou conhecida como a década perdida, sendo marcada pela transi¢éo do regime militar para o regime democrético, depois de 21 anos. Embora tenha sido promulgada a Constituigdo em 1988, que retomava o Estado Democratico de Direito, 0 antigo regime deixou 0 pais imerso em uma grave crise econémica, causada pelos empréstimos contraidos, em uma frustrada tentativa de industrializar 0 pafs rapidamente, mas, que na realidade, causou nos anos seguintes, aumento da inflag&o, que chegou a indices alarmantes e sé foi controlada, em meados da década de 1990, com o Plano Real criado em 1994. O advento da Lei n.° 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educag&o), por sua vez, representou um grande avango para a educagdo superior, na medida em que garantiu a autonomia administrativa e didético-cientifica das universidades, além de ter condicionado o funcionamento dos cursos e das instituigses ao procedimento de avaliagao, 0 que contribuiu para a melhora da qualidade do ensino (BRASIL, 1996). Outrossim, foi incluida pela Lei n.2 13.184/2015, na LDB o art. 44, § 2%, a qual prevé que em casos de empate no processo seletivo, as instituigdes pUblicas de ensino superior deverao dar prioridade de matricula ao candidato que comprove ter a E expressamente proibida a reprodugao total ou parcial, sem autorizacao, 9 A Santa Helena, 110 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG (21 3822-2194 - (39 98908-9153 @ Fasouza = consultorafaculdadesouza.com.br Pagina 23 de 96 © FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO renda familiar inferior a 10 salarios minimos, ou ao de menor renda familiar, quando mais de um candidato preencher o critério inicial. Assim surge mais uma tentativa de democratizar 0 acesso ao ensino superior das classes mais baixas (BRASIL, 1996). Passado o periodo de instabilidade econémica, houve um ligeiro aumento na qualidade de vida da populagdo e redugao das desigualdades, 0 que causou um aumento no nivel de escolaridade da populagao, que por sua vez, acarretou em uma nova onda de expansao do ensino superior, predominantemente pelas instituigdes particulares que viu, no aumento da procura das classes mais baixas pela formacao superior, uma oportunidade de negécio (NEVES, 2012). Salata (2018) destaca que, as politicas piblicas voltadas a democratizar o acesso ao ensino superior, também, foram um ponto crucial para a sua expansao. Se antes as instituigées particulares tinham, como receita, somente o valor das mensalidades cobradas de seus alunos, com o inicio dos anos 2000, essas instituigdes passaram a realizar parcerias com o Ministério da Educagao, através do Programa Universidade para Todos (Prouni), 0 qual concede bolsas de estudo totais ou parciais para os alunos de baixa renda e, o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que financia 0 valor total do curso, o qual sé é pago pelo aluno depois de formado, com uma taxa de juros baixa Com relacao as universidades piblicas, algumas comegaram a implantar de forma auténoma o sistema de cotas socials e raciais, ganharam forca em 2012 com a sangao da Lei n.° 12.711/2012, conhecida como a Lei de Cotas, que estabelece a reserva de 50% das vagas de cada curso nas instituigdes de ensino superior publicas, destinadas aos alunos oriundos do ensino médio piblico. Inclui sobre esse percentual, as vagas destinadas a estudantes de baixa renda, cujas familias possuem renda igual ou inferior a 1,5 salario-minimo per capita e, aos estudantes autodeclarados pretos, pardos, indigenas e com deficiéncia (SALATA, 2018). A finalidade das cotas nas instituigdes de ensino publicas, visam diminuir as desigualdades raciais e sociais no Brasil que, ainda hoje, exclui parte de sua populagao do acesso as universidades e os empregos com melhores remuneragées. Trata-se de um sistema de equidade social, com ages afirmativas que devem ser acompanhadas de investimentos na educago basica, para que futuramente com uma educaco piiblica de qualidade e com mais pessoais inseridas nas instituicdes de E expressamente proibida a reprodugao total ou parcial, sem autorizagao. Aw Santa Helena, 1140- Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG (21 3822-2194 - (39 98908-9153 @ Fasouza = consultorafaculdadesouza.com.br Pa ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO agina 24 de 96 } FaSouza ensino superior, as cotas passem a ser reduzidas gradativamente, até tornarem-se desnecessarias. ALDB de 1996, trouxe significativas mudangas na educagao, na medida em que passou a regulamentar tanto a educaco basica quanto a educagao superior, incluiu a educagdo infantil na primeira etapa da educagao basica, trouxe a autonomia pedagégica, administrativa e de gestdo financeira as instituigses de ensino e estabeleceu os requisitos minimos da formagao do professor. 3. REGULACAO DO ENSINO SUPERIOR: TEXTO E CONTEXTO DAS LEIS 4,024/61, 5.540/68 E 9.394/96 No periodo que antecedeu a LDB 4.024/61, o ensino superior foi caracterizado por uma regulaco que, explicitamente, defendia os interesses de grupos dominantes, dando continuidade a um processo educacional iniciado pelos jesuitas em 1549, os quais se estabeleceram e mantiveram sua lideranga por mais de 200 anos. Segundo Cunha, 2007, com a chegada da familia Real ao Brasil, em 1808, houve um estimulo criagao das primeiras instituigdes de ensino superior para formagao de profissionais médicos, inicialmente, nos Estados da Bahia e Rio de janeiro, posteriormente, no Estado de Minas Gerais, através da Academia Militar. O objetivo desta formagao era © diploma profissional, para alcancar privilégio no mercado de trabalho e prestigio social. O inicio da politica educacional estatal deu-se a partir da primeira lei geral da educaco criada em 1827, denominada Lei Organica do Ensino no Brasil. Esta lei tinha 0 compromisso de criar escolas de primeiras letras, através do Estado. Até este periodo, a politica educacional era feita quase que exclusivamente pela igreja catélica, como forma de assegurar 0 dominio dos portugueses sobre os indios e os negros escravos. Embora fosse uma lei estatal, ela nao significou possibilidade de acesso & grande parte da populacao, contribuindo para a manutengao do compromisso, até entao existente, de formar apenas para garantir a mao de obra para o trabalho. As modificagées, deste cenario, comegam a delinear-se somente a partir de 1930. Neste periodo, é criado o Ministério da Cultura e da Satide em 1930 e em 1932, surge 0 Manifesto dos Pioneiros da Educagao, suscitando modificacdes no processo E expressamente proibida a reprodugao total ou parcial, sem autorizacao, 9 A Santa Helena, 110 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG (21 3822-2194 - (39 98908-9153 @ Fasouza = consultorafaculdadesouza.com.br

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