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1 Acultura da memoragdo na historia da Repiiblica Federal da Alemanha ry cl se ys cd the sue [Wir étder 0 anes eos (rang ecole 1 Cultura da memoragio na cigneiahistrica lem (0s atuais debates em torn da cults da memorago eda ago cultural? podem scr entendidos come parte de ma ra istieo-cuural qe ene istic lem execute ht ban tempo’, Na estira dessa virde, a dimensio das percep. Fach Tne tn raion So Poser pte Sot 3h Pecan Nee sng Hay, Dien rare Ci AER gee Meee Sraiane es culturas,experitncis,autinterpretagies, normas de aso também memeragSes, que fora trada de foco ou negligenciada 1a trig da histria sociale da soca, iressa no campo seul de mancira nova etasan mais imnsanente do que até agora. Aborlagens a rartr da histria do cotiiano e bordagens iroanalitias of procedimentos metodeliyicos da descrigio dens dt orl hitory*e tanbémn a consideragéo de memora 8es como fatores da oriomtagio identidade culturas® cara terzam essa correntes mas recentes do pensamentohistrico. A bisa soil eda sociedad ava obtido sew impulso or _lnalnente da desconfangs em ago a esas experincas e me- rmoragbes hemencutcamenteapeenscs dos sje em can twapartde afrmaram que a tart espectca da eel consi justamente em rlatvar ¢transcender, nos pines alien © da rica ideokgica, o horizonte da experénc, interpreta © me moragio dos ator envolsidos, No seu mis recent vende da cline social da histria, Jorgen Kocka run a sua concepio eMC Co Cee ten Gren iene CorceAanechetesLOOTHE Ur! sane Meh Ae eine OTH sary ot a oa rs He = SCHLOMBOYOM rh gee oe ‘htt: tock ar Former SONAEE ssa, rts on MNO Uren nine 15 00a Step Guit stne inCOMEDINE t {scethr2 coetectating-SesqezunYernelateterSptene ASN ue ats eh roenndolit tt ica de bisa rmula da “vradaanaltica” quo én da striata eetuado na dcada de 1970:"Vieadasnaliti- ais dizer] ue os historaorespussaram a tender com mais za. cstrturar conceilmente wa peste eustrsbalhos, Jando perguras lars ¢explitas em conexo com debates de cuho mas eral. les comecaram a dfn seus con- commis eeetisobre eles, Els utilizar abordagens tipo © comparatvas, asim como un atplo espetrs de outos fos. Pergunta causa cram evant, E, pra respond, mpregaas tora que erdenvam ss nformages ound fortes. mas que io provinhom dessa ene Os historia se despediam das formas mais wodiionis da narrative, Sut de comunicag, tanto entre af como dime da esfera pe tomnouse mais argument conceit, expctamente ls eautorreferva, © ponto de referéncia eracienca ea fol levado asi, fi eclarada Televi carla is como ponto de referBncia, prépea cici fol enendida arte do eslarccimentosociopoliico,Faiase hist para ler a partir dole certamnte também para beta dea 0 saber histrico no sentido da cnc soca hisrica maz, ara campo de vis aor ondicionantes da mada rica no pasado que rompem o adr habitual das memo « narratras dos sujet eescapam a sus compresnsio ou conceiuaidade; que remetem, portato, para uma raid a lem das experineias, rientages ¢ interpretagscs do tian? A categoria “wociedade” da histvia socal visa corespon: te anes de tudo, 2 interagio complesa de macrofe jwelsxore usp rnetintdesasepaaioe renter 9 menos como urbenzasio e profisionslzaio, processos de Formasio de clases sociaizag5o do mercado, buroratizasio Juricizaso, desenvolvimentos demogréfics © dks confunt ras. Como atores propriamente dito so tides enews que agers ‘anonimaments, como classes soca, ites fansionai, oderages fe burvcracias estat, que juntos se scializam mediante ela fe legals formalizadas, mecanismos de mereado, imereses Je dominagio conflios soca, Os indvidvos despertam iniresse como representantes desses megagrupos sons, mas no como ersnalaes concretas om um bograi singular. A tare da cnc histrca conse ness cso, na anise ena crca dessa cours estruturas e dese procedinentosinstitucionlizades durante a soeaizagio dos grupos socais, vad tors mais ‘ransparemes no presente e, deste modo, franquear esqugos de ‘mancka para a liberdade nas scidades moderns, ise social ference nue expagos comunicatvamen te aberts eespagos estruturalmentefechados da wealdade his: tirea, expeessando ess dferenciagio com a distingio entre el tura sociedad: “O coneeito de sociedad esté mais propenso 8 dar margem A pergunta pelos recursos, pels desiguadades © relages de poder que, Seu tempo, no esuvam comunica mente manifests, que nfo estvam simbolicamenterefrgades € que possivelmentendo estavam presents para os ators on: tempornsos, 20 passo que © concito de cultura, reduzindo 0 sleanoc com requincia atand uma postr Honea, dessa ‘ lhar pars os mbitos da reaidade qu estavam presents para ‘os tres como objeto da comunieasoe come lugar derepeses ah simica™™, woe Sobre a base dessa concepgio mctodogicaanti-herme tice da histria sci, a ciéciahistrica tonou-se ma ins gio que suplants a autocompreenao ea memoragio extra ores sits porter céncia das dimensSes da mudanga his a no representa nas ermorageseinerpreiages desses “Tendo por base fontesprocesadas, muita vezes sequen cic se cones como wma anise de nexos estrus. tal el conseguc dsponibilizarinfrmayies e interpret mais confiveis do que as produzdas peas memorages ivamentetokladas ou at conscentemente unilaterais dos temporncos. Estas So tas, muito antes, em comparagio 1 ciéncia que trunfa com a pretensio de obeidade, como modo defctrio do pensamentohisrico. Diane dese pao defundo histrco-e6reo, discus da gio alendo ds hima dcadas quire contornos mais porque, ester de uma viradaeulturlist ow entio ,.submeteu tanta 0 conedto de inca quanto sociedad da histra social» uma clara revsio. A oral hs da cada de 1980 © as discusses em torno da microhis- a aniropologia hstrica ¢ da stra da ultra tveram Jeoteato uma fungi niciadora dos debates tus em tor memoragio eda rpemera, 9 repsiconarem, no interior ‘o significado das memoragGes subjetiva, das formas Jo ¢ das interpretagies da realidad de ndivduos © soci", Titou-se do resgate de testemunhas da época ‘ds memoragio hstrica que se pretends registrar © ir & posteridade de um modo metodolgicamente nove. ho sot mr ee cat He tog eninge era sncen ota rete 93 Um exemple disse que se tornouinuente é 0 Pojto Oral His: io humane, es attonomia teria de ser reafirmada em opo- tory ittulado “Lebonsgeschichte wnd Socilkulur im Rulrge itn bjeivadora bier [Misra de Vids Culura Social na Regio do Rio Rub ‘Com a virad para cultura da memoragio, a eigncia his {Ui ders por Lata Nether, co al retendi caper o pidgin da mena eral « pcemeo recon documenta, sobre a bse mice de enrvss ro, de net instcionalzdo ceca de pec Traporatik abel Ma aipaiintian a slergtlieae’ det sta, passou a ser uma rede de comunicaglo social entre i tame ¢ sind pica Federatna da Aleman Gala pipe Gerd cern ponies Medion esas enc obra «peter me reac, iad cpl imo, Esa ede ae nopelita da inca objetador bre o tala memati Se ae pei Narco e mediante a recurso 8 categoria du comesinemt coivso, no qua st, endo como me Imrie complemenada com frmas sujet ow co a merce, po rea tres prvi Jo (Gl eel. Oceans io, Umm ala era eta s cert mum auto de Se ntactoeatios ia manana eae mye shin icles pe prone dela da coro cera om enone oa enticed vl cts vcore oe trac cm os pies dana epic da eco outrin ee aegurade sever no med de memoro (prc enna a ep dpe Tso tao ¢acomparhade de uma reso profad on da memria sci, nos trmos de Maurice Halos 530 esi da hint oil na mci em gue, a eniraporos ao efcio mnifndor dx procedimenios metodo jr des orgs nals do olan «das bores Iigion abictivdores da cic, dese md, gia 0 tr: ai a ct, ere the da vada medina, Nomad da cura da menor, cio proce mazados de cic doe me « pensmento istrco ae converte mum proceimento eto terse Deena ced entre doligio que express ead os sspectos fatimossubjeivon da ura ils prices cuturuis de predusio comuncaiva smadanga hstrca, Os procedimentosanalitics de assegur sgificadn,imerpretages e orenage, em eyo centro se cienifca da cbjetividde si peresbidos, em contraposgfo, de ‘mode similar crea nitescheaa da cine € do posits, oa pei bern itso ier como uma ame 8 prosimiade imc da vs 0 erap9 Powmanioener snes netrasnons es como teen © a eartreomaicativo do teabo mcm Secon marenenmecery sero toe ‘Pecoraro dn oo METER en ences ramon enti dathereatns sangria pre suns ne nan tn rea sta cence encontram as operagdes organizadoras do tempo da cura ds memoragio esse modo, fol aclarado em grandostagoso context his ‘6rio-temporalhistvico-teico, no qual a dscussioatual er torn da cultura momorativaalems Posterior Segunda Guer a Mundial deve se studs, No que segue, cla serétematizada ‘em, ao todo, quatro passs: rma primeira parte, a questi ses xtra un conto vdeo com 0 qu sja possvlinerpretar ‘adequadamente os fendmenos empiric da ultra memorativa led, Nessecontexo, sero levantadas, antes de tudo, ques ‘es referents a constituglo da memorag como fendmene da ‘consinciahistrica (1), bem como, ademas, quests rele: rents fangs orientadoras das prise vt da memonasio cultural a categoras central da gscussto (1.2). No eoncito ‘da memoragio,sbrepem-se operagSes mentas bem diferencia «das: da pereepgo ou ds experiénla cultural ada comunicago verbalzag; a da orienta da ago; a da legitimagéo caltral ou erica dalegiimidade: por fim, a da formagéo da identidede. ‘Assim sendo, memoraggo & um fenémeno eompexo, que Pr cio devera ser claborado em sun estrutura pragmstico-tooriss, antes de passarmes aos aspects indvidais da cultura da me rmoragio na Replica Federativa da Alemanka apés a Segunde ‘Guerra Mundial Ess cult fa memoraglo 6 o tema da segunda parte, Ne ‘ser desert, em primeito lugar, diversidade institucional das formas da cultura da memoraeio cu da cultura histérica (1), ‘para, por fim, examinar com mais precisio a controvérsia em tomo do narim como o cena temiticoeprablea desir ‘propriamente dios da elra memoraiva ales (2). HG quem posse achar que esse programa eas Enfass a cle assocadas em ncssa contibuigSo selam em sev conjuto por is cienticos ou caregados de tora, No enamto aso & ramente propose protende ser ma reagio a tendéncias fncrior do dscurso mais recente da memoragio e da me 1. Nelas, a eincia istics fequentements€ obscuecida © ko foe come ftor da memorago cultural e da meméria i € vere até inerpretada come anlagonisn e ameaga acontesinent comwnicaive de tradigfo, Noses e480, 08, esos motives do pensamento de Nictsche eelebram un iunfl sumnamene problemstica, Diane dessa tendén ‘consideramos a efledo teres a rcionaide ientica constutves da cultura da memoraseo\e da eukura his: lems. Adm da também nosa duplaperisténca, por ado, na necesidade da fundamentagio tric da eur da 0 como concepso de pesquisa € de orientag oe, por lado, no significado constivatva da ciénia na efetuago de rages pbs da memoragio, Cultura da memoragio: elementos de wma concepeio Estruturas da consclciahisGriea eda eltur histéria scidnciahistrica a forma da consencia temporal hi- do pasado enquantohiséria énter a0 presente A histéia enquanto conte da cons- isrics € uma grandezaorintadora da pris vial hu Hla funciona como meio cura, no sal so negocadas 1s determinagSes do rumo a seguir nas mudangas eterminages que, em vetade do sorimento,exigem que so posts ou mantidas om movimento pek p= El funciona simultaneamente ann como mo cul qual os que sol € 0s que agem chegam a um acordo mesmos, wo qual negociam o seu petencimento ea sua 7

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