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  • Geografia - Factores Da Evolucao Demografica

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    FACTORES DA EVOLUGAO DEMOGRAFICA ‘Admite-e o carter mals ou menos estacionério da populagio portuguesa até ‘meados do século XV, ultrapassando um tanto, embora com altos e bales, @ mihao de habitants. costume atribuir 8 mortalidade um papel moderador na demogafia do Antigo Regime, caracterizads por im evescimenta. moderada, quand) nfo pela ‘estagnago simples, De tempos a tempos fariam sentir os seus efeitos pestese outras, epidemias, crises de fome, guerras; 0 excedente de vias era ainda contrariado em Portugal pelo movimento migratério que a expansio desencadeou a partir do século XV, A methoria, ainda que em termos muito relatives, das condigdes de vida, com Incidéncia da dlfusio cada vex mator do milho, cereal de grandes rendimentos,e do termo das. grandes epidemias medievals teré contibuido para 2 progressio demogrfica dos anos 700; crescimento mals acentuado, que os censos permitem constatar,esté ligado a uma evoluglo demogrfica comandada fundamentalmente pela taxa de crescimento natural e pela emigrario. Os grandes aumentos da popuilagio coincdem com periodos em que a emigrarSo se tornou diminuta, como dle 1931-1049 e o que se segue a 1973, Entre 1911 ¢ 1920, a uma emigracso muito volumosa somaram-se as consequénclas das epidemias de 1918 e 1919 e da Primeira Granide Guerra Mundial flou-se também na influéncia da instabildade politica deste periodo © da mudanga de regime em 1910. Entre 1950 e 1970, a emigrago, legal & clandestina, fo a grande responsivel pela retraglo do aumento populacinal;juntem- 2 ainda a influncia da guerra colonial a diminulgSo da taxa de crescimento natural pela redugio da natalidade, a partir de meados dos anos 60. Estas tendéncias rmantiveram se até 1973, altura em que se desencadeou 0 surto demogréfico tvidenciado pelo censo de 1981 e condicionado nio s6 pelo acentuado declinio da cemigray, mes tambien pele reyresio de portugueses estabelecidos nas antigas colénias, aproximadamente 600000, 0 decréscimo do. ritmo de progressio demogrfica entre 1981 ¢ 1991, ue pratlcamente condcionou estagnaci, esta ligado | diminuigio acentuada da taxa de cresclmento naturale, 20 contrio do que com {requéncia se admit a saldos migratrios negativas apreciévels, @) Taxa de variago (ou saldo} natural Designa a diferenca entre as taxas de natalidade e de mortalidade. A nivel do Pals, 05 saldos tim sido em regra postivos, deste que em 1886 comecaram 3 ser Aifundidos regularmente elementos sobre nascimentos e dbitos, Mas howe uma excegio em 1918, por Inlugncia da preuménica (taxa de mortaldade, 414%, taxa de vorlagio natura, -13,7%) F em anas rerentes, nn quadio de divistes adminstatvas, também se tm registado taxas de variago natural negativas. A taxa de natalidade, ‘muito elevada nos fins do séeulo XIX, manteve-se com valores equivalentes até cerca {de 1930, altura em que comegou a diminuir gradualmente. A taxa de nortalidade ‘evolucionou no mesmo sentido mas, por largo periodo, de modo mals acentuado. DDaqui resultou que, se 05 nasclmentos decresceram, os progressos na asssténcia médica e no nivel gerade higiene orignaram a perssténcia de valores evultados da taxa de cresclmento natural até meados dos anos 60, altura em que 2 nataidade comegou a diminuir mats sensivelmente que @ mortaldade, Os babs valres da taxa 4 varlagio natural tornaram-se um fator multo iniuente da evolugso cemogrsico ‘Nos ditimos anos, em diversas areas, © nimero de dbitos superou 0 de rados-vivos. £m 1993 com incidéncia bem sensivelno Norte Interior eno Alentelo. As taxas de mortalidade Infantil mantiveram-se até tarde em sivels muito levadose 6 em anos recentes se tém reistado decréscimos sensvels, ) Emigragtio ‘rata-se de uma constante da nossa populagio, desde que, em 1425, comecou 1 colonizagio da Madeira. Ao longo de todos estes séculos, 0 movimento inser contextos muito diverificados, 20 mesmo tempo que variavam também c volume dos cemigrantes eos seus destinos. Apaitr de mieados do século XD,» anida de gente fo-seintensifiond, at atingie um méximo em 1911-13. A primeira indicago concreta dos emigrantes portugueses legals refere-se a 1855,Entre 1866 e 1877, oniimero de partidas legais fo, ‘em méiia, de 10000 por ano, para se aproximar das 26000 anus no decénio de 1891- 1900; 60000 emigrantes em 1911, 89000 em 1912 e 78000 em 1913. A primeira Grande Guerra Mundial orginou inevitivel regressio do fendmeno, mas logo no Udecénio de 1921-30 abandonaram 0 pals 325000 pessoas. A crise econémica Internacional, desencadeada em 1929 e que continuou nos anos seguints,travou 0 Impulzo, pois no debiou de ter reflexos no Brasil, para onde princigalmente se Airigiam os portugueses; medias resttivas adotadas por aquele pals easdifculdades e transportes, na guerra de 1939-45, atuaram no mesmo sentido e fo assim que 0 inimero de emigrantes babiou no decénlo de 1931-40. Nos anos 50 comera @ dacenhar-se nove mv (252000 emigrantes entre 1981 # 1960), que atage a breve tracho de proporgées lmpressionantes, com 681000 saidas em 1961-70 ‘Com o reerudescer da emigragio, modificam-se 05 lugares de destino. © Brasil foi, durante longo periodo, 0 pais preferdo e acolhera quase sempre muito mais de metade dos emigrantes portugueses. Tinha-se assim criado uma tradi migratoria, fundamentada nos lagos politicos que inicalmente uniam os dois terit6ros, | grande viragem nos destinas da emigragio deu-se no fim da década de 50, fem que comecaram a ganhar a dlantelra certos paises da Europa, muito especialmente 1 Franca, seguida pela Alemanha Federal. © Basi, tendo atingdo determinad nivel de desenvolvimento, passou a solar imigrago menos volumosa e mais qualificada, Registou-se um espetacular crescimento econémico de alguns patses da Europa Ocidental, que trouxe consigo a promorio socal das suas populagdes e anecessidade ‘de mio-de-obra habituada a nivel de vida modesto e, pouco exigente em sliios, para desempentar 0s trabathos mais duros ou de menor produtividade ‘Mas a crise econémica de 1974 fer diminulr consideravelmente 0 fluxo de portugueses que se diriga para os paises da Europa Ocidental. Os governos da ‘Alemanha Federal (Noverbeo de 1973) e da Franca (llho de 1974) tomaram medidas restrtvas quanto entrada de emigrantes @ os resultados no se fizeram esperar. Logo a seguir a 1973, a parte das Repides Autdnomas nos consngentes de cemigrantes aumentou de forma sensivel, © que fer avultar os paises de destino dos Insulares, diferentes ©, por mais alguns anos, ainda cecetivos: Cstedos Unidos © 0 Canad, no caso dos agorianos, a Venezuela (e também o Brasil ea Aria do Sul),no «caso dos madeirenses. © periado mais recente da emigracSo portuguesa, apds 1980, & complexo e bastante incerto quanto 4 composigio dos contingentes que partiam e 8 prépria awvaliagio do. miimera de pessoas que os consttulam. AS séres estatisticas que continuavam a ser dfundidas, tal como nos decénios anteriores fcaram Irvemediavelmente afetadas quando 0 Decreto-Lel n® 438/88, de 29 de Novembro, detiou de contemplar 0 passaporte de emlgrante. Durante alguns anos fol interrompida a publicagio de dados, que 0 LALE. s6retomou recentemente, com base «em métodos entretanto definis. Foi necessirlo valoritar com insisténcka algumas Fontes para estudo do fenémeno emlaratério: ponderaram-se as diferencas entre populagdo presente © residente no censo de 1991, fer-se a comparagio com os dados do censo anterior (1981), analisaram-se os elementos estatisticos produridos nos paises de destino. Haviaa nog de que os fluxes emigratérios se mantinham em baixos nies ede que cra relevante o regress de muitos emigrantes. Apés a quebra que se segult @ 1973, 4é assim, provivel que se tenha registado um importante recrudescimento da cemigragio portuguesa nos anos 80, sabretudo a partir de meados da década (..) 0s cerea de 70000 emigrantes ‘permanentes! que as estatistcas portuguesas haviam apurado, entre 1981 ¢ 1988, podem elevar-se a mais de 260000, no

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