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ESTIMULACAO PARA O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM | TERAPIA EM NIVEL REPRESENTATIVO O tratamento que vai ser apresentado a seguir é 0 de Jon Eisenson (1972). Ele tem por base alguns principios que serdo listados a seguir: = Presume-se, com raras exceces, que nao ha um problema de surdez (recepgao do som). ® As criangas com dificuldades na linguagem tém problemas em proces- sar (discriminar talvez) os sons da fala na seqiiéncia correta. = Em geral, o tempo entre a entrada da informacao e 0 inicio da atividade de resposta é mais longo do que em outras criangas. = Na afasia infantil, a tendéncia é haver uma melhora quase que imediata (compreender e produzir sons da fala e da linguagem corretamente). Essa melhora, em geral, costuma ser um processo rapido em criangas peque- nas (menos de 10 anos) e mais lento em criangas maiores. Partindo-se do principio de que ha perda dos valores simbélicos da lin- guagem, esses valores terao de ser reativados novamente. No nivel repre- sentativo, a crianca seré levada a escutar, a introjetar e a simbolizar a lingua- ara s6 depois comegar a produzir os sons da lingua. Etapa I} Associacao de um objeto com outro | imparelhar objetos idénticos Mostra-se a crianga objetos iguais, Eles devem ser escolhidos dentre os objetos do meio e da preferéncia da crianga. O terapeuta deve fazer uma demonstra- ¢&o do par ou da associagao a ser feita. A crianga é convidada por gestos ou Scanned with CamScanner 122 REGINA JAKUBOVICZ ordens a imitar 0 terapeuta. Se nao houver a imitagao, o terapeuta deve mover a mao da ianga e a colocar sobre os objetos a serem pareados. Havendo muita dificuldade em conseguir coopera¢ao ou aten¢ao, po- fee colocar pedagos de comida como biscoitos, frutas ou balas para parear. ‘Se a crianga acertar a tarefa, ela é instrufda a comer; se nao houver a¢ao ou // pares certas nao € permitido que ela coma. Nao havendo muita dificuldade nesta etapa inicial, pode-se aumentar ondmero de objetos na selecdo; por exemplo: um cubo pode ser colocado em par com outro cubo igual, tendo entre os itens para sele¢ao uma colher, um garfo etc. Emparethar objetos iguais mas nao idénticos A intengao 6 estabelecer a nocdo de “parecido, apesar de haver diferen- cas”. Este nivel é essencial para o desenvolvimento de comportamentos categoriais. Pode-se comegar pelo TAMANHO e, nesse caso, a crianga deve emparelhar uma colher grande com uma pequena, um pente grande com um pequeno etc. Na préxima selecdo usar a LARGURA, colocando um lapis largo e um fino, um livro fino com um grosso etc. Usar em seguida a COR, colocando carrinhos, copos, xicaras etc. iguais, mas de cores diferentes para serem pareados. Etapa II -)Emparethamento categorial i dito na introduco, a percepcao é um processo de organizacao de eventos em classes ou categorias. Uma categoria representa um grupo de expe- / riéncias que, apesar das diferengas, possui um denominador comum. A habili- dade para categorizar é inconsciente e espontdnea na crianca normal, mas cos- tuma estar atrasada em criangas com lesao cerebral. Nesta etapa o que se visa 6 levar a crianca a generalizar e categorizar em um nivel elementar. Como a cri- anga jé foi preparada no nivel anterior, nesta etapa ela serd treinada a empare- Ihar objetos verdadeiros com outro igual, s6 que feito de material diferente (fruta de verdade com fruta de cera, bloco de pano com bloco de madeira etc.). Se ela se sair bem nessa tarefa, pode-se ir para uma fase mais adianta- \ da, Arranjaremos um grupo de objetos (2 ou 3) para selegado de um lado e do outro lado para selecionar colocaremos 2 ou 3 objetos que nao sio iguais, mas.onde 1 deles possui uma relagao de uso com 0 outro grupo. Venus noes associando fungoes : 3 ce ne nen actabalacar cancaitas haseadas no Scanned with CamScanner

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