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Capi NOGOES INTRODUTORIAS lo Unico 1.Tributo como objeto da obrigax Ci 1. Tributo como objeto da obrigacao tributéria 11 O contetido essencial de qualquer norma ju mandamento principal. O contetido das normas tribut uma ordem ou comando, para que se entregue ao estado (ou designada) certa soma de dinheiro. Em outras jo aquela que ibu das demais normas juridicas, Mas nao Ihe dae demais s6 0 contetido da exigéncia do seu comando: 0 comportamen- to de levar “dinheiro” aos cofres piblicos. la Paulo de Barros Carvalho que a palavra t as diferentes, © que se depreende do contexto em que, cada vez, é cempresi 1.0 dever de levar dinheiro 40s coftes puiblicos, coativamente; 1.2 Nao €, pois, s6 pelo mandamento que se distingue a norma tributria das demais. Na hip6tese legal, associada 20 mandamento, € {que se vai encontrar 0 critéri norma tributéria, como se demonstraré oportunamente. 1.3 O objeto dos comandos juridicos s6 pode ser © comporta- mento humano. Nenhum preceito se volta para outra coisa senao 0 comportamento, Nao hd norma juridica dirigida as coisas. S6.0 com- portamento livre do homem (e, por extensao, o das pessoas juridicas) pode ser objeto dos mandamentos juridicos. Isto é enfatizado, de forma excelente, por Celso Anténio Bandeira de professor da Universidade Cat6lica de Sao Paulo: “O dircito nao dis- ina pensamentos, propésitos, intengdes, mas regula comportamentos de ‘um em relagdo a outro ou a outros. Kis por que todo direito pressupse pelo ‘menos duas pessoas. Eis por que na ilha de Robinson Crusos nio havia direi- to. O diteito existe para regular relagGes entre as pessoas: comportamentos hhumanos relacionados. Mesmo quando parece que uma norma juridiea esta inando uma relac3o entre uma pessoa ¢ uma coisa, na verdade ela est ima relagdo entre pessoas; estabelecendo que alguém deve dar, Wo fazer alguma coisa para outrem”, 1.4 Esta ponderacdo enseja evidenci do € 0 dinheito, ransferido aos cofres pil de levar dinheiro aos cofres ‘que € 0 comportamento con: to material do comportament 1e 6 objeto da norma tributiria 06, mas sim 0 comportamento As obrigagdes de dar t&m um objeto te em dar alguma coisa. Esta coisa € obje- ‘qual, & sua vez, ¢ objeto do comando, 1.5 0 comportamento objeto do comando, na relagfo obrigacional, recebe a designaeio de prestacio. Adverte Alfredo Becker: “Distingue-se a prestagio do seu obje- to. A prestagao € 0 facere ou 0 non facere. O objeto da prestacio & aquilo que esté (oun quando seu objeto consise num io, Saraiva, p. 314). 1.6 0 excelente jusfi cito que 0 ot basta a prese NOGOES INTRODUTORIAS a comportamento devido. Eo ‘também a imputacao de algo como dever, is iva” (Filosofia del Dere- \6sofo Lourival Vilanova afirmou: “O con- puramente natural sio relevantes para o di uta humana” (Sobre 0 Conceito do Dit & sempre em fungao da con- 67). 1.8 Em sintese: objeto da relacZo tributéria é 0 comportamento consistente em levar dinheiro aos cofres piiblicos. Este dinheiro — levado aos cofres piiblicos, por forga da lei tribu- Liria ~ recebe vulgarmente a designagio de tributo. Juridicamente, porém, tributo é a obrigagio de levar dinheiro e nao o dinheiro em si mesmo. 2. Tributo como objeto do direito ico de tributo € construfdo A luz dos prinet pios e da técnica juridica e & sua si a afeigoado. Nao € poss vel tentar trazer, para 0 mundo do direito, nogdes pré-juridicas que a cle sejam aplicadas. direito constr6i suas proprias realidades, com especificidade, carac- teristica e natureza préprias. 2.2 Balladore Pallieri recorda que a engenharia nao confunde coisas heterogéneas como as regras tcnicas da arte de construire 0 material de construcdo. Nao se pode pretender deixar de lado 0 discemimento I6gico e impostergavel entre objeto do tributo, comportamento humano, ¢ © objeto deste, inserido no mundo fitico, 0 dinheiro. _ 2.3 0 conceito de tributo para o 10 € um conceito juridico 0 conceito juridico de tributo conceito fundamental do diteito, cate b-ramo, o direito tributério (que nao pode ser consi recordar a lisio de Lourival Vilanova: “Mas, se hha conceitos privativos de cada setor do real, como expressio necesséria da Py ipOTESE DE INCIDENCIA especialidade de cada tipo de objeto, outros con: cveis a distintas esferas objetivas, conceitos qu cespecifico e particular que tém validez p cconceitos de relagZo, de objeto de un ainda. Todas as coisas e fatos participam dos prinefpios fundame ‘05 definem como ser. Os prinefpios e conceitos, que tomam 0 ser como ser, ‘8m campo de aplicaedo universal. Mas, ndo € neces : Cceitos transcendentais. Conceitos como espaci dade convém ao campo do fisico, do biol6gico, do hist6rico. Entre as clas positivas, se verfica o intercambio de conceitos Estes cnceitdsapreendem a aguitetura formalde vitios tipos de objetos. Por isso mesmo, precisamente por sus formal ram do especti 0 caso do conceito de tributo. 2 Ci cron then vi ‘nos quadrantes do Daf o terrivel engano dos que pensam que a economia e 0 dit biando informagdes, observacdes, principios e técnicas de compreen- sio, operacao ¢ aplicagao. O conceito de tributo, para o direito, nasce © esgota-se no universo juridico. ienologia tributéria no discrepa, portanto, em nada, da que ito em geral, em qualquer de suas expressbes. Esta verificagao também enseja reconhecer que 0 criterium 7 1° direito em setores ou ramos é sempre basest- tancial da problemética posta como ponto de referéneia 3s € inleresses humanos ou seciais, € nunca qualquer seca das prOprias norm jderadas no seu conjunto. dos comportamen peculiaridade is A norma tributéria é absolutamente igual, em sua estrutura, as demais normas nga de qualquer outra [NOCOES INTRODUTORIAS 3. Carter instrumental do direito 3.1 Consiste o caréter instrumental do direito nesta qualidade que todos reconhecem & norma juridica de servir de meio posto & dispo- sigfo das vontades para obter, mediante comportamentos humanos, 0 lades desejadas pelos -s daquelas vontades. vos que dependem de comportamentos humanos podem ter excelente instrumento de aleance. jo entre norma (genética) e comando particular. Quando uma genérica e abstratamente, certos comportamentos, toda vez tes, tem-se a norma (geral). Nas sociedades preo- juni nnormas s6 podem ser novadoras, pelos representantes dos destinatd- strumento do estado de direito, 6 10, de eleigao popular. Tais normas desejaum com- dual, contra- to, sentenga, ato administrative ete. Para serem validas e, pois, obrigat6rias, ‘estas normas particulares (comandos concretos) devem ser rigorosa e fiel- ‘mente fundadas em normas gerais (prévias), Devem dar aplicagio as normas. anteriores (v. Seabra Fagundes, Controle dos atos administrativos pelo Poder J Ged,,p.31). 3.2 Com isto se tem a nogo das pessoas necessérias para o raciocinio juridico, sempre pressupostas pelo pensamento juridico: a pessoa que manda, {que ordena, que obriga (que dé a ordem), a pessoa titular do comportamen- ue se deve conformar, adequar 3 norma ou ao comando e a pessoa bene! cidria desse comportamento. Portanto, x0 lado do conceito prévio de norma, hi o de sujeito, bem como o de Estes sio conceitos logic 19 este a que se convencionou designar sistema juridico, ordena- ‘gio juridica). 3.30 direto (em sentido objetivo) & um conjunto de normas que posto (e s6 pode ico para tanto, | 26 pOTESE DE INCIDENCIA TRIBUTARIA (comando) faz 0 dire a situagGes, realidades ou prineipios metajur 3.4 O objeto da norma, ou de seu comando, & 6 comportamento huma- ortamento deve adequar-se ao conteddo mandamer jo da norma deve comportar.se como ni qiiéncias (sangdo) previstas em outras normas al comportame Quando o poder que emana a norms ‘meios) 0 seu resultado, obediéneia, diz duz.o efeito especitico visado pelo seu 3.5 Ora, este comando & precisamente Ele quer que os comportamenios visados pela norma seja Quando tal querer ¢ genérico e abstrato, temos a norma geral; quando espe- cifico e conereto, norma individual. ‘Mas, todas as normas em todos os momentos nio obrigam todos os comportamentos. Nao somos obrigados sempre (em todos os momentos) & obedecer a todas as normas juridieas (salvo certas normas proibitivas, que colhem, todos, sempre). Na verdade, as normas juridicas s6 obrigam os comportamentos das pessoas que elas (normas) determinam e nos casos nelas previs- tos, Quer dizer, s6 verificad uma hipétese, prevista na norma, ela & obrigat6ria; € s6 para os comportamentos das pessoas compreendidas nna hipétese. 3.6 Toda norma, pois, contém uma hipétese € um comando, O comando s6 € obrigatério associado 3 hipétese. Nao existe sem ela, ‘que, por sua vez, nada & sem o respectivo comando. E a hip6tese sempre contém dois aspectos: um subjetivo: deter- minagao do titular do comportamento colhido pelo mandamento € ‘outra (ou outras) pessoa que o pode exi io das circunstincias (de tempo, modo, de, etc.) em que o mandamento comportamento, obrigar o comportament Anipétese da norma descreve os fatos que, se € quando aconte- cidos, tornam 9 comando atualmente obrigatério; descreve também as quallidades das pessoas que deverao ter © comportamento prescri- to no mandamento, bem como as pessoas que 0 fardo exigir. Site [NOCOES INTRODUTORIAS. 4. Atributividade do direito ¢ técnica juridica da tributacao is, um instrumento para a obtengtio de finali- s que s6 podem ser alcangados mediante comporta- mentos humanos. lei (expresso mais eminente e solene do die vontade do estado, que obviga 0s comportamentos hums objctivos visadas por aquela vontade: tanto comportamentos de agentes seus quanto 0s de teceiros sujetos a seu poder. Destarte, pela Ici, estado ordena que se faga isto (postivamente) ou ordena que nio se faga aquilo (negativamente), ou consente certos compor- tamentos (*modais dednticos” de Lourival Vilanova). “4.2.As formas de expressio dos comandos do estado so as mais vari das: desde o comando direto até a simples permissio legal, desde a p go genérica até a determinagio individual Para nosso estudo, interessam dois tipos de normas juriai as que impoem um comportamento ¢ b) as que atribuem qui ‘ou estado (indiretamente, impoem a todos o respeito a esta qualida- de ou estado As conseqiléncias normativas decorrentes desta defi- nigdo). 4.3 Enunciados legais hé que, por si s6s, no constituem norma, mas ‘que completam uma norma, redefinindo, alterando, ov acrescentando uma hipotese legal. Cuidam da parte da norma designada hipotese. am-se a fixar pressupostos, qualificar um aspecto (subjetivo ou vo, ou ambos) de uma hip6tese, ou a articular duas ou mais normas. 44 Em todos 0s casos, a norma legal & um instrumento dos desfgnios do estado, uma manifestagao de sua vontade coerctiva, subordinada & von- tade mais alta do povo, que se expressa na Constituigio. ‘Tudo que temos é-nos atribusdo pelo direito, segundo normas juridicas. 45 Eslegttimo o recebimento de um bem sua incorporago a0 nosso p: ‘midade com o dircito e na medida em que este o que se receba contra o direito no é pattiménio. E indevida, 4.6 Pois, a 1m aumento pa dica de um bem (dinheiro ou outra coisa), pode atribuir ao estado uma parcela deste bem. 8 IDOTESE DE INCIDENCIA TRIBUTARIA, Logo, uma coisa (dinheiro ou outra) s6 ¢ de A ou B se a lei o dis- ser, Seri do estado, também, segundo a lei o diga. Pois nada impede (juridicamente) 4 ‘bua algo parcialmente a A ou B e parcial- ‘mente ao estado. £0 que ocorre, por exemplo, na tributagao. A I¢i nos atribui, por exemplo, 90% dos rendimentos de um nosso negécio ou dos proven- tos do nosso trabalho e ao estado atribui 10%. 4.7 Da mesma forma que a lei nos atribui a propriedade da nossa ccasa, da nossa roupa ¢ outros bens (havidos a titulos diversos) atribui a0 estado crédito sobre parcela da nossa riqueza (parcela esta que, a partir desta atribuigao, € débito nosso), como atribui ao estado outras coisas além da nossa riqueza: bens naturais, poderes, competéncias, direitos. E preciso fear bem claro que, jridicamemt, tudo que existe édispos- to pela ordem jurdien, O modo de existéncia de tno, também, € disposto pela ordem juridica 4.8 Os fundamentos, razdes e fi orientagio da lei nao sio, e duzidos em normas, Argumé etc. servem para formar a convic deve ser feita a norma. Depois de aplicar & preciso et 4.9 Em geral, concordamos com as leis, ou por causa da aul dade do estado, que a impée, ou por causa da justica de seu cont do, De qualquer forma, concordemos ou nao, devemos obedecé-la, sob pena de arcarmos com a respectiva sangao. Aceste cariter da norma jurfdica, que Ihe permite atribuir quali- imputar efeitos préprios seus (juridicos) is coisas que recaem sob seu poder, d-se o nome de atributividade. ‘As normas juricas stribuem sempre algo aalguém ou a algum: comportament). NOCHE INTRODUTORIAS 2» 4.10 Tudo que todos tém (coisas ou qualidades juridicas) é-Ihes, no repugna que a mesma técni- 0s bens de que fas nfo basta que o direito atribua algo ao estado. Tal simples *impu- ao estado os meios financeiros. ahstrato, nfo pode alterar a realidade das coisas do mundo fenoménico. O dinheiro que foi parcialmente atribuido ao estado, continua, de fato, mesmo apés a imputagdo legal, na nossa posse; nio se transfere para o tesouro pablico. 5. 0 tributo como instrumento juridico iento dos cofres piiblicos ‘os (homens que dirigem 0 estado), precisando jdades financeiras do poder piblico, usam do direito como instrumento do designio de abastecer 0 estado de di- nheiro. Antigamente, quando no se podia falar em estado de direito, 0 politi- co usava do poder para obrigar arbitrariamente os stditos a concorrerem ‘com seus recursos para o estado (por isso Albert Hensel sublinha que s6 se ributrio onde haja Cor © despotism, v. 5.2 A finalidade tltima almejada pela lei, no caso, € a transferén- s, submetidas ao poder do estado, para os cofres piblicos. Esta movimentagao fisica de dinheiro (coisa material) no pode ser obtida senao por meio de comportamentos humanos. vente, no basta que a lei atribua certa parcela da riqueza priva- va, ou outro, a0 estado. Pas que presto fnuecima desi pare de gusta vi para ox cofres pb je que gestos humanos, atos humanos (o comporta- » UPOTESE DE INCIDENCIA TRIBUTARIA. 5.3 Estes comportamentos podem ser de agentes piiblicos, de ter= ceiros ou dos préprios obrigados. Em geral o resultado final wento dos cofres publ ‘obtém pela combinagio dos determina que pessoa leve esta importincia e a entregue a um agente piblico, com destino aos cofres piblicos. Desta forma o direito (essencialmente abstrato) tem um efeito prit fitico © concreto, mediante o comportamento humano. © abst produz efeito concreto, pelo comportamento dos destinatsrios da norma. 5.5.As normas tributérias, portanto, atribuem dinh € ordenam comportamentos, dos agentes pail ta, segundo os critérios previamente estabelecidos ¢ em qu trativo, porque regula relagies ji (Ruy Cime Lima), 0 que € da esséi 6. Momento ideal (ou. € momento fatico idico) da transferéncia da riqueca 6.1 Num primeiro momento, como visto, 0 direito (a lei) atribui 0 estado certa quantia de dinheiro. Da mesma forma que, ‘mente, o direito atribui a renda a quem a aufere, o salério a quem tra- balha, um bem a quem o compra (ou recebe em doago), atribui uma parcela destas ou de outras riquezas ao estado. forca bastante) para determinar 0 nasci sar A. Falelo, O fato gerador da p. 26). NOGOES INTRODUTORIAS: u Desde que se veri bui esta virtude j crédito do estado; no mesmo instante, fica devedora dela a pessoa pri- vada prevista na lei e relacionada com o referido fato. 6.3 Como, entretanto, nfo basta que fique transferida (coneretamente) aos cofres pri ‘mesmo fato a virtude di levar (comportamento) esse dinheiro aos cofres pablios ia do fato pre~ era pelo cumprimento de seu obje- to (prestagio de quantia em dinheiro). (64 Em outras palavras, a lei da a este fato a virtude juridica de deter- ara 0 estado, Assim que se dé (que acontece, que se realiza) 0 fato, ‘© estado passa a se titular. Juridicamente, a estado © este te (ou ocorréncia) do fat 6.6 Por isso, a contar do momento da const verificagio) do fato igir € 0 contribi iado) é 0 comportamento exigido para que o desi gal se concretize. 7. Objeto da obrigacéo 7.1 Sendo 0 direito les so abstrats), JTESE DE INCIDENCIA TRIBUTARIA 7.2.0 objeto das normas juridicas & o comportamento humano. Assim (0 da obrigagio tributiria € 0 comportamento do sujeito passive = tentrega do dinheiro aos cofres publicos. O dinheito, assim, ¢ objeto do com- portamento, Este & que & objeto da obrigagao. 8. Consegiténcias juridicas da atributividade das normas i juridica, que tem num de seus pélos © poder piblico (credor) e noutro 0 contri- buinte (devedor), reveste a forma de obrigacao que s6 se vai ext com a entrega (comportamento objeto da obrigagio) do dinhei credor. 9. Conceito de tributo 9.1 © Cédigo Tributario Nacional conceitua “Art. 38, Tributo € toda pres Wo 6 funedo de lei nenhuma formular conceit © qualificaria 0 NOGOES INTRODUTORIAS a vas ¢ balizador do “regime tribut to de prinepios e regras cons- titucionais de pratego do contribuinte contra o chamado “poder % exercido, nas respectivas faixas ios, Dat o despropésito dessa “defini missio 6 perigosa, por potencialmente danosa aos dos contribuintes. Direitos constitucionalmente pressupostos ou definidos nfo podem ser “redefinid por Unio, .co de ter sua efic com tais cautelas que comentamos essa “definiga0” legal. salva, 0 € por excessivamente istinta como & a multa de direito p joter um conceito juridico de tributo e — via de con- ibutério, como conelusdo de alentado e ingente estu- Eoportuna a adverténcia de A. Becker: se-4 com méltiplos problemas servagiio e anélise das normas jurfdicas constitucionais. A erificagio da universidade ¢ constincia de um fenémeno, pelo reconhecimento de uma catego- ria, & qual, para efe de'1988 adlota um preciso ~ embora impli rvagdo que enseja a formal xdo a construgo de tum conceito valido ~ ra medida que efetivamente retrata e espel - riza devidamente o objeto e 0 isola dos, assim enten- regulando a, que passa a ter entidade e exis- 9.6 Ta é que ocone com otibito, categoria jurico-posive que engendrou sob oconcetodezido da observagao dos fendmenes prods dos no dirito constuclonal pesto, ‘ibutirio € o estudo do direito tributd- tuto juridico central desse estudo rio positivo ou objetivo. O in o tributo. Paulo Barros Carv: legislador (consti ver © ‘norma, fato € relagio ji 1988, p. 14). _ Como conceito basico, definimos direito tributério (entendido como sub-ramo do di vo), como obrigacdo (relagio juridica). 98 Juridicamente define-se pecuniaria, ex lege, que se nao constitu em sangio de sujeito ativo € uma pessoa puiblica (ou delegado por I _ O conceito formulado tem 0 méri obrigagées que configurem sangio de at bem das multas, as quais, doutra forma, ver 9.9 No Brasil - como 0 dem rangéncia tam- rnele compreendidas, ber Giardino, com notével cfrculo de compe 149, 153 a 156) 9.9.1 Sujeito passive $6 quem, mk mica (art. 145, n 4.05 aos de policia ou servigos piblicos (art. 145, {rio imobilirio (art 14 le capacidade econd- ido, ou quem rece Qu, ainda, 0 proprie- NOGOES INTHODUTORIAS % Quanto ao aspecto temporal, $6 pode ser momento posterior & consu- -magtio do fato imponivel (art. 9.9.2 Nao hé, portanto, aqui, 2 liberdade legislativa registrada alhures. ordindria escapar a tais padrOes, ser -he, inclusive, a téenica de repressio ao des- 9.10 A anélise dos termos da definigdo evidenciaré o significado de seus elementos: OBRIGACAO ~ vinculo juridico transitério, de contedido econd- ico, que atribui ao st vo 0 direito de exigir do passivo deter- minado comportamento e que a este poe na contingéncia de praticd- lo, em beneficio do sujeito ativo. 9.11 PECUNIARIA — circunscreve-se, por este adjetivo, 0 objeto da obrigagao tributéria: para que esta se caracterize, no direito cons titucional bras 14 necessidade de que seu objeto seja: 0 compor- wento do suj vo consistente em levar dinheiro ao sujeito ativo. 9.12 “EX LEGE” ~ a obrigacao tributdria nasce da vontade da mediante a ocorréncia de um fato (fato imponivel) nela descrito. inrelevante para determinar 0 nascimento deste vinculo obrigacional. 9.13 QUE NAO SE CONSTITUI EM SANCAO DE ATO ILICITO ~ 0 dever de levar dinheiro aos cofres (tesouro = fiseo) do sujeito ativo decorre do fato imponivel. Este, por definigio, € fato juridico constitucionalmente qualificado e legalmente definido, com contet- do ecoriémico, por imperativo da isonomia (art. 5®, caput ¢ inciso 1 da CF), nao qualificado como ilfcito. Dos fatos tas e outras conseqiiéncias punitivas, que nao configuram tributo, por isso nfo integrando seu conceito, nem submetendo-se a seu regime jurfdico, __ 9.14 CUJO SUJEITO ATIVO E EM PRINCIPIO UMA PESSOA PUBLICA — regra geral ou 0 suj rf itos a pessoas privadas - 0 que, desde que estas tenha (v. Roque Carrazza, O sujeito ativo da obrigacé pp. 25.433). x6 HIPOTESE DE INCIDENCIA TRIBUTARIA 9.15 CUJO SUJEITO PASSIVO E UMA PESSOA POSTA NESTA SITUACAO PELALEL lifica 0 sujeito passivo ex; 10. Reconhecimento do tributo 10.1 Toda vez que se depare o jurista com uma situagdo em que alguém_esteja_colocado na contingéncia de ter 0 comportamento ico de dar dinheiro ao estado (ou a entidade dele delegada por i), deverd inicialmente verificar se se trata de: 4) multa; 4) obtigago convencional; ©) indenizago por dano: 4) tributo, 10.2 Nestes quatro casos pode alguém ser devedor d estaclo (ou, excepcionalme: designada pela lei e por est restacao).. 10.3 & multa se reconhece por caracterizar-se como sangdo por to. Para que alguém seja devedor de multa, é necessario que comportamento anterior seu tenha sido qualificado como ato 40 qual a lei atribuiu a conseqiiéncia de dar nascimento a obri- sagao de pagamento de dinheiro ao estado, como punigiio, ou conse- qléncia desfavoravel daquele comportamento, 10.4 Por outro lado, tendo as pessoas paiblicas capacidade para a p ca de negécios jurfdicos convencionais, pode dar-se — e freqiientemente corre — que diversas pessoas sejam colocadas na situagiio juridica de deve. doras de pessoas piiblica: lo de aluguel, 10.5 Formalmente, o vincul juridico, Pondente a tributo. Em ambos 0s cas nitida, NOCOES INTRODUTORIAS ” aplica inigdo de tributo ¢ veri- 10.6 Conforme ji vimos, aplicando a definiglo de t ficando se a figura em causa corresponde ou nao as suas notas tipicas. 10.7 0 fulero do critério do discrimen modo de nascimento da discemnir a obrigacao tributaria das obrigagdes convencionais. ao are eae nee gal, no emer rf vis, a obrigagao pecur 10.9 Seré wibuto, pois, a obrigacto pe year pio. Estes fatos gente de fatos ilicitos, em principio. Estes fi geradores de multa ou de obrigagao de indenizar. se em sano atv, de um mporamento determina, A lndeizago € meta fe rmpsig Je dan, segundo o pinta So ptrmonil auto de compsigi de ° atc ito, de gordo com o ual um casa prejulz tem € ob fade indies Em outras palavras: 0 t nenhum precei da como tendo trés part e seré tributo a obrigagio de pagar dinheiro ao estado prevista no (2) mandamento, Nao sera tributo obrigacdo prevista na (3) sangao. irio se forma em torno do conceito de tributo fonalmente pressuposto) ILI O conceito d que se designa por dit 11. O direito tri (que é constit é 0 centro da construgio sistemati 38 IPOTESE DE INCIDENCIA TRIBUTARIA 86 por comodida tulo do direito adi istrative 11.20 dire tbo um sistema con conceptual gue se const a par ae tbo que, por sua ver, 8 pode ser ego dear nado, informa por principe sac. itucional, aeons to ¢ um concito pins, que funciona como categoria ma de conhecimentos que forma esse segmento de deen do sister Se aire june nea in le “onceitos numa coerente sistematizacio ldgica. Eo conccito i Aca cs stem pan ani ts Ss eon caja fra legen obeidade Se cage Ton va, Sobre... p. 18}. “ eee ec taco. ‘enhuma lei (nem mesmo complementat) pete iplementar) pode am ributério, surge ‘conceito de tr idatica se justifica o trato especifico deste capi- [NOGOES INTRODUTORIAS » buto, que esté fora © acima (porque consttucional) do aleance da le infra. tcional. [Em termos de filosofia do direito,tributo é a categoria que enucleia este subramo: 1.8 “Em tomo do coneeito fundamental se agrupa toda uma classe de se bem subordinados iguel “Toda espécie de conheeimento conjunto de conceitos com esse ¢: ddemarca logicamente um setor definido da obj trato dentro do qual se enquadra uma regio ontol6gica, Necessariamente, toda tgif tem o seu correspondiente conceito, conceito esse que, no proces- p20). tributario, esse conceito fundamental € 0 tributo que, nese setor, funciona como categoria (conceito basico e nuclear desse ssub-ramo do direito admi vo). deve ter a mesma cau- de pessoa. Adverti IL9 Ao cuidar do conccito de tributo, 0 j de que se cercou Ferrara a0 a= ser racionalcapaz de se propor fins era to de obrigagdese dirt, fs imperioso disting 3s, afim de evita trgicos equivocos. “A persona fade” ~ diz Ferara~" um produto da ordenapo, ao reconhecimento de dieito objetivo. A pessoa ilo pessoa por nature, mas por obra dal ppalavra em suas ace H10 O tributo 6, j Gio juridica, Pode ou designados pela mesma palavra, em outros setores do conhecimento. LINGO pode o jurista estudar as caracteristicas ¢ propriedades do tri- bbuto, seniio tais como configuradas pelo ivo (no Brasil, consti- tiicional). Tais caracteristicas e propriedades sao puramente juridicas. Uma centidade do mundo do ndo pode ter propriedades confusio entre © pré-jurfdico e 0 juridico $6 pode conduzir a perplexidades ¢ terriveis erroni ‘mexicano, expe com muita POTESE DE INCIDENCIA TRIBUTARIA Por terem sua valider restrita no PP. 81 €'ss.), como ¢ 0 conceito hoje. 11.13 0 conceito Positivo. Hé de ser formulado, hoje, de modo diverso, r tributo é nitidamente um concei te ao pasado. Sofreu evolugio, Pode modificar cer. Aquele, aqui vigente, pode nio ser extensi todos os qitemas atuais. Sua compreensio é maior ou menor aqui c alhures. Como todo conecito juridico-positivo, é mutavel, pot reforma cone, titucional, Efetivamente, nele se comp: No passado, as corvéias (ser- vigos) e bens outros ) que no o dit : temas atuais que o formulam de 5 amplo que o nosso (v, I dover! pubblici ne, 1968, Carmelo Espésito, p hoje, o seu termo de referéncia é 0 dinheiro. Nao se im, € conceito contingente, a0 contri. licos, que sto necessérios, permanentes, is 4o proprio querer constituinte, 12. Direito tributério como capitulo da direito administrativo 12.10 estudo do direto tributério material responde ds questdes: quam deve Pagar: quanto e a quem se deve pagar, quando surge a Sontingéncia de pagar. 14 as questdes: como se deve pagar: que ocor, rend se nio se pagar; quais as consegiiéncias da fuga 10 lever de Pagar; que procedimentos se podem adotar pat de pagamento irregular etc., niio sio de ditei mas de diteito adi butatio. ibutéria encerra, pois, em sintese e principal- ‘Pague dinheiro 20 estado” ai Femotos, 0 conteddo desta exigéncia era ‘era 0 mandamento: dé ao estado determinado bem, preste- do servigo ete. A evolucio politica e social, deixou s Portamento exigido pelas normas tribut Eente é 0 conceito de tributo, como de toda categoria juri NOGOES INTRODUTORIAS io de tributo & refer m : a de dinheiro aos cofres pablicos. Tal é a postura da Cons igo de 1988. ; 86 as normas que impéem este comportamento consti ibutdrio material. seid Co ene i ans. Clo iio Ba Ubi de Mello, Case de Dieto Adminitrative, 1 el, Malbeios aio res, 2000, pp. 25 a 55). tema direito tributério, dentro do sistema pos me A nogio, se construiu a ciéncia do direito tri- sas gual tem pooh o bso direito tributério objetivo, que se compoe das normas que regulam a et il sf ive ite estatal), o tributo e as rela- cies hic ene bunt e tbuaden, em tro a hibulagie Niicleo, base, ponto de partida e fundamento imediato dessas normas a Constituigaio. ica das normas jurf- las aplicages destes conceitos (0 wibutério. Isto posto, podei iss, par, em seg saeco pa @ POTESE DE INCIDENCIA TRIBUTARIA 13. Estrutura das normas juridicas 13.1 Sabemos que nio somos obrigados @ obedece milhdes de comandos juridicos em vigor. Na verdad 86 € obrigado a obedecer aos mandamentos templam inequivocamente. $6 quando uma hipotes Pessoa, & ela obrigada a obedecer ao respectivo man 13.2 Com el estrutura das normas jurfdicas é complexa; do é simples, nio s ‘onter um comando pura e simplesmen. tc. Toda norma juridica tem hipétese, mandamento e sangao. Venti, cada a hip6tese, 0 mandamento atua, incide. 13.3 Acontecido 0 fato previsto na hipétese da i mento, que era virtual, pas: © se toma ‘0 dos seus efeitos proprios: iexoravelmen- ke (tomar obrigatérios) certos comportamentos, de determinadas pessoas, todos os ada um de nés nos con- -gal colhe uma lamento, hipétese 13.4 Leciona Kelsen: “Se 0 direito & uma ordenago (sistema de nor- 2, cada norma juridica prescreve e regula o exerecio da cougio. Se tracuz em uma proposigo na qual se enlaga um ato coativo, Encia juridica, « um determinacio pressuposto de fato ou con, Miete” (Teoria General del Estado, rad. L. Legaz Lacambra, Bd. Nactonel, México, p. 62) 13.5 A rclagio especifica, de nature: ‘ese normativa ¢ © mandamento, Kelsen formal entre os fatos ¢ ‘no nexo causal — res Esta imputaeio nao indica outra coisa seniio que ato coativo, como fomealiéncia, esté enlagado, em scntido especificamente juridico, como fato que condiciona sua aplicagzo, no contém somente coman- ess0as, atribuindo-Ihes qua- feitos juridicos os mais variados. Esta bém imputada (em termos que determina a estrutura amos) entre os comandos e as sangbes, é logica virtual das normas juridicas. Esta verificaglo, tio bem formulada por Kelsen,enseja ver que atare- ‘amas importante da cigncia do drcito esté no estudo da hipétese legal 13.7 Enquanto nao ocorra o fato descrito na hipétese, o manda- ‘mento fica em suspenso, nao incidindo. Sua incidéneia é con a. ocorréncia do fato previsto na respectiva hipétese. Avert NOGOES INTRODUTORIAS subsumido & hipétese & fundame norma ¢ de observa univers, S6 quem $= emundre na hipiese,€ por el colhda, Assim elt deve ser enendda Fiptclicamente. © comando& condiionado a um Se for easado, iment sa mulher, tese de ser casado ...; a ipdtese he te exumais tl te asi deve st etna "naples d er vr ver avis, agus _. np, er it, stig de sai ot na forma da hipotese legal, $6 hd over se se do os fatos da rexpectiva hips ‘idicas se contém 3.11 Assim, os comandos que nas normas jurid entém sb ncdem see quando da ocorcla dos fos previstos as hip sts gue so vineuadon E 36 coltem os componamentos das pes soas contempladas pelas hipéteses (isto 6, nelas enquadrac 86 quem esteja abrangido pela hipétese é colhido pelo respecti- vo mandamento. Lor: rte fit id) ¢ uma regra ou precei- io eh oe ee aes ‘ou previsio hipotética 13.14 Outra ‘quando esereve: condigdes de sua aplicacao. Quer dizer: $6 se verificada st “ -MIPGTESE DE INCIDENCIA TRIBUTARIA 14. Sangéto J4.1 A sangio sempre e necessariamente um castigo, E mera consequiéncia juridica que se desencadeia (ncide) no caso de ser desobedecido o mandamento principal de uma norma, E um pre. onceito que precisa ser dissipado — por flagrantemente anticientifico [.2.fimmagio vulgar, infelizmente repetida por alguns juristas, no ido de que a sanio & castigo. Pode ser, algumas vezes. Nao 0 € muitas vezes, Castigo, pena, penalidade € espécie do género sang iuridica. Nem toda sangio € castigo, embora todo castigo (especie) Seja sangao, J42 0 notivel jurista argentino Augustin Gordillo 6 explica com seu @dminivel rigor, em tom categsrco: “as sangBes nem sempre sao ones {privagdo de liberdade, vida ou propriedad, a tulo nlo de reparanie re jeig£0) Posto que podem consist no estabelecimento de oma relayas rica nova, a extingo de uma telagio junica preexistente, ou uence ao no caso do — 01 “especifica reagio do di ~ no € 0 castigo, mas a apl vale dizer, 0 cumprimento ou execugao coat ‘nao cumprido” (Introduccién al Derecho Admini ledo-Perrot, Buenos Aires, pp. 69-70), 14.3 A sanglo das normas tributirias € complexa. Consiste no desencadeamento de intimeros outros preceitos juridicos, Descumprindo o mandamento “pague § 1,00 a0 estado”, incidem automaticamente os preceitos que incrementam o volume do débite fom iuros, multas, correcdo monet etc., e tém lugar procedimen. ‘os tendentes a preparar a execugao coativa do total assim devide, 15. Divergéncia doutrindria quanto @ estrutura da norma 151 Paulo Barros Carvalho pensa de modo ligeiramente diverso, nfo obstante suas conclusées, para efeito pra dos que os obtides com a adoy quer parecer-me que a inidica. E outra norma de di ‘éncia e outro mandamento, Tomemos um e: ‘Norma A: Pague 15% sobre “s NocOES INTRODUTORIAS Zo segras divers, 15.2°Ve-se que si repras divers icidénoia e mandamentos diversos. sit ul eo ng olig e toda lasing 96 tem valor reales soporeao em que conduz a conseqiéneias de n een state, tem a virtude de demonstrar que a reg a ide independente do todo sistemético a i hhaveria de ser 0 reconhecimento da jo outra unidade e, por conseguinte, have ahi divisibiidade do sistema, A ordenagojurdica total deixaria de ser ua, indivisvel, para ser formada de tantas partes quantas fossem isoladas. B - Wo traga conseqiiéncias priticas sensiveis, 154 “Desse modo, quando nfo traga cons les senses avert se set, tal colosagao, meio seguro de reafinmar principio undamen- tle vestibular da inci jure, qual ass o de que a ordenasSo do die to forma um sistema pleno, A mag jae ald impropriamente chamadas “obrigagdes acess ROP 17/3 16. Incidéncia juridico da st te Conseent e automata comunicagao a fato das vines jurdicas previstas na norma. 12am cal cons meee pa cnn eho tan deer een aa tha ba psn aera orga daar metals, Substancilmene, a bara pe Stun deter. Por fo end em opie dest pa priate epic ite pacers 163 Amini do prescon eto, vo tora juridico um fato determi- jam juridicos, € preciso que regras incidam sobre eles, desgam ¢ encontrem rna nossa doutrina: Juridicas, isto é, normas 46 HIPOTESE DE INCIDENCIA TRIBLTARIA icos" (Tratado de Direito Privado, v, © fatos colorindo-os, fazendo-os 1, 2ed., p. 6, Borsoi, 1954), | como qualquer outra norma jurfdica, jada ao acontecimento de um fato previ al, Tato este cuja verificagio acarreta automatica: do mandamento. “Joo receber honor: ‘mento “quem receber honorarios pagard 10% ao Hensel expressa, com a seguranga e sfntese que the so caracteristias: “0 coman sto é sempre condicionado a frase: se ki Tribuario, Jarach), Do que se vé que a incidéncia do comando “page” ‘Hése pelo acontecimento do fo previsto na respectva hipotese 16. Trés notéveis contribuigses devem ser assinaladas, {a estudo mais aprofundado do tema da incidéncia da norma tibutariay ode Alfredo Becker (1965), a de S: Borges (1969) ea de Paulo Barros Carvalho (1972), 26.7 Voltam sua prescupasio, esses conceituados autores, para a esséne Gage fendmeno fundamental que se pde como fulcro de toda construgio do dircivotributatio. Nio é sem relevo a cireunstancia de serem eles exitaee {sitalosos da teoria geral do diteto. Feicitamo-nos por ter chegado a teal, tado semelhante, embora sem percorrer os mesmos caminhos, 16.8 Souto Maior Borges ~investigando em profundidade o i isensio ~deixou, em linguagem incsiva e candente, sua censura, cu Ge transcende aos préprios escritores ¢ estudiosos patrios 16.9 “No campo do direito tributério, poucos assuntes foram tratados Gary Lanta superficialidade tebrica como o da incidéncia. Esta superficial de ¢ responsével pelos erros em que incorreu a andlise das isengOes" (ob, cit, p. 176). ura, ada premissa da autonomia do atraso causou ao desenvolvimento de nossa pritie ‘ca que aqui se instaurou, A conseqiiéncia dessa pos titucional desse ramo do direito administrativo © a

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