● Criar um contexto em que os pais não sintam suas capacidades questionadas,
reforçando que atuar no desenvolvimento de um ser-humaninho é extremamente difícil, todos precisamos de apoio e que eles tem feito um bom trabalho até aqui; ● Os filhos utilizam os pais como modelos, através de processos de identificação, internalizamos e reproduzimos noções de nós mesmos, do mundo e das relações que o compõe; Exemplo: ● Sugestão dos pais refletirem sobre seus comportamentos que muitas vezes são apenas reproduzidos intergeracionalmente; memórias ou representações das relações estabelecidas com seus próprios cuidadores (práticas parentais aprendidas) Exemplo: ● Os pais são quem conhecem melhor a criança, não agir como se conhecesse melhor a criança do que eles; ● É importante questionar aos pais quais dificuldades eles enfrentam diariamente com a criança e quais os potenciais também; Qual a percepção deles mesmos como pais? ● Evidenciar os aspectos positivos dos filhos colabora no estabelecimento de vínculo e na constituição de self da criança mais positiva; ● Não existem pais perfeitos, mas sim aqueles que buscam insistentemente o melhor para os filhos e para si. ● É necessário mudar; novas formas de corrigir um comportamento, fazer um apontamento ou elogio; O que é importante para essa criança?
Exemplos de práticas educativas positivas: oferecer atenção em momentos bons para
além dos ruins; explicar o porquê dos combinados e atitudes; disposição de tempos em família e de lazer de qualidade; abaixar-se à altura da criança em um momento de birra e conversar em tom de voz normal;
Exemplos de práticas educativas negativas: orientações ríspidas sem afeto, o
relaxamento de regras estabelecidas, punição negativa inconsistente ou punição positiva; Conflitos no ambiente familiar, naturalização de comportamentos agressivos, disciplina e monitoramento parental instáveis ou pobres
Dicas para a orientação de pais:
1. Promova a sensibilização dos pais: Quais problemas a longo prazo os conflitos
atuais podem acarretar? Onde positivamente os psicólogos acreditam que a criança possa chegar? 2. Pedir pela colaboração e visão dos pais: Os terapeutas devem ouvir as preocupações e perspectivas dos pais, integrando-as ao plano terapêutico, o que aumenta a probabilidade de aceitação e implementação das estratégias propostas. 3. Foco no reforço positivo: tanto do comparecimento dos pais, como dos progressos das crianças; reconhecer os comportamentos adequados dos filhos; 4. Autocuidado dos pais: Os terapeutas podem oferecer recursos e sugestões para os pais incorporarem práticas de autocuidado em suas vidas, como reservar tempo para hobbies, atividades relaxantes ou buscar suporte em grupos de apoio. Práticas do programa de orientação de pais:
● auxiliar os cuidadores a identificar e estimular comportamentos adequados em seus
filhos; ensinar novos comportamentos; incentivar a autonomia das crianças; encontrar abordagens não-agressivas para lidar com maus comportamentos; e auxiliar na organização da rotina. São trabalhados os conceitos de modelagem, reforçamento e recompensas, traduzidos em uma linguagem acessível para a população e aplicados à realidade da família. Além disso, são trabalhadas expectativas em relação a quais comportamentos são esperados para a faixa etária da criança. Identificar o que os pais entendem por comportamentos desadaptativos da criança, verificar as práticas utilizadas com a criança no momento que ela apresenta tais comportamentos e auxiliar os cuidadores a adotarem práticas educativas mais saudáveis e protetivas para a criança. ● o terapeuta se vale de práticas psicoeducativas para ensinar aos cuidadores questões pontuais sobre o momento certo para disciplinar, o papel dos pais enquanto exemplo para as crianças, a importância da validação de sentimentos e como usar de extinção e punição nas situações de difícil manejo. Busca-se entender, ainda, os antecedentes e as consequências dos comportamentos considerados difíceis, com o objetivo de, em um trabalho colaborativo, pensar estratégias viáveis e úteis. ● Entender o porquê de não se estabelecer limites; começar com pequenos passos (organizar parte dos brinquedos para obter uma recompensa); ● Reconhecimento entre diferenças nas expectativas dos adultos e das crianças; ● Disciplina unificada; criação de regras e combinados e cumprimento destes;