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Material Liderança Uninter
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GESTÃO E LIDERANÇA DE
PESSOAS EM AMBIENTES
COMPETITIVOS
Mas foi somente a partir da Segunda Guerra Mundial que teorias e estudos
sobre as dinâmicas da interação humana, tais como grupos e equipes, foram mais
bem elaboradas.
Cada vez mais, nas organizações, o trabalho coletivo vem ganhando força.
Como aponta Chiavenato (2014, p. 199): “[...] em vez de separar pessoas em
cargos individuais e fragmentados; o segredo agora está em juntar pessoas em
equipes e células de produção, em grupos integrados de trabalho e atividades
conjuntas. O resultado é totalmente diferente e melhor”.
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O significado e o conceito de grupo são atribuídos ao pesquisador Kurt
Lewin e, para ele, o aspecto peculiar e específico de um grupo está na
interdependência existente entre as pessoas. Porém, houve muitos estudiosos
que acabaram por desenvolver teorias em torno da dinâmica dos grupos.
A definição de grupo, pensando de forma abrangente, é a constituição de
um agrupamento de duas ou mais pessoas que interagem. Para um melhor
entendimento, vamos separar os grupos em dois tipos – grupos formais e grupos
informais – e fazer uma breve análise.
O grupo formal é aquele cujos membros são definidos pela empresa
(organização). Os participantes devem respeitar as regras existentes naquela
organização, têm objetivos individuais e desempenham papéis específicos ligados
ao sistema total de produção.
O grupo informal não segue uma norma. É aquele que surge, muitas vezes,
no dia a dia do ambiente de trabalho. Não é um grupo determinado pela
organização, não há um objetivo profissional definido e surge da necessidade de
socialização do ser humano.
Já a equipe carrega em sua concepção maior unicidade entre os membros,
pois possui, necessariamente, objetivos comuns e age de maneira conjunta para
o atingimento de um objetivo único.
Há que se considerar as diferenças existentes entre equipes e grupos de
trabalho a fim de se ter consciência da melhor estratégia para obter os melhores
resultados.
Chiavenato (2014, p. 199) aponta um quadro comparativo que evidencia a
diferença entre grupos e equipes de trabalho.
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Quadro 1 – Diferenças entre grupos e equipes de trabalho
Grupos Equipes
São conjuntos de pessoas sem um São conjuntos de pessoas com um
objetivo comum. objetivo comum.
As pessoas podem ter os mesmos As pessoas compartilham os mesmos
interesses. interesses.
As pessoas decidem de maneira As pessoas decidem de maneira
individual. conjunta.
As pessoas agem de maneira As pessoas agem de maneira
individual. conjunta.
Não há interconectividade ou Há forte interconectividade e
intercâmbio de ideias. intercâmbio de ideias.
Resultam em uma soma de esforços Resultam em uma multiplicação de
das pessoas. esforços das pessoas.
Não há interação emocional ou Há forte interação emocional e
afetiva. afetiva.
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grupos de projetos podem ter existência temporária e ser desfeitos depois
de cumprida sua missão.
• comprometimento;
• colaboração mútua;
• transparência entre os membros;
• foco;
• persistência;
• propósito individual e coletivo;
• erros vistos como aprendizado;
• cultura do servir ao outro.
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TEMA 2 – ETAPAS DA FORMAÇÃO DE GRUPOS
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medir forças. O confronto entre os diferentes estilos de trabalho e
personalidades aparece inevitavelmente. É durante esta fase que começa
a surgir uma espécie de hierarquia não regulamentada e formalizada, pois
essa hierarquia acontece de modo informal. A fase Storming não é
necessariamente ruim, pois desacordos, desentendimentos ou conflitos
dentro do grupo podem tornar as pessoas mais fortes, mais versáteis e
capazes de trabalhar de forma mais eficaz, futuramente, como uma equipe.
• Norming. Nesta fase já se nota um grupo mais maduro e evoluído. Os
membros da equipe estão mais engajados, existe uma coesão, um
relacionamento mais firme e as pessoas já estão mais acostumadas com
as regras e com o funcionamento do grupo. Por isso essa fase é
denominada normalização. Já fica mais claro o trabalho em conjunto
visando o alcance do objetivo proposto. Ao final desta fase, nota-se um
grupo mais sólido e mais coeso.
• Performing. Nota-se nesta fase que o grupo está unido, direcionando sua
energia em conjunto para o bom andamento da meta e buscando atingi-la.
É uma fase de grande produtividade. A “orquestra” está mais afinada e
pronta para o show final. Fica claro que já existe uma hierarquia e um
respeito maior ao entendimento do que seja um grupo.
• Adjourning. Finalmente chegamos no estágio final da jornada
desenvolvida por Tuckman. Nesta fase as atividades devem ser concluídas
para o encerramento dos trabalhos. O foco já não é mais a criação ou o
desenvolvimento e sim a conclusão. Em alguns casos podem surgir
contrastes entre a alegria de alguns pelo encerramento daquele trabalho e
o abatimento de outros pelo fim desse ciclo.
Tuckman (1977) indica modelos de grupos para esse estudo. Ele estima
que entre 10 a 25 pessoas seria o ideal para a formação de grupos e justifica essa
escolha: ele acredita que um número inferior a 10 pessoas tem pouca duração e
acima de 25 pessoas geralmente se torna um grupo muito complicado no dia a
dia.
Assim, mesmo que em um grupo haja menor vinculação entre as pessoas
para cumprir determinada tarefa, diferentemente das equipes, há a necessidade
de gestores e líderes terem atenção sobre os aspectos relevantes e
essencialmente importantes no desenvolvimento do grupo, para que obtenham
melhor performance em sua gestão e melhores resultados.
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TEMA 3 – PERSONALIDADE NO AMBIENTE DE TRABALHO
uma pessoa que não se sentiu amada, quando pequena, passará toda
a existência sentindo carência de amor e buscando insaciavelmente
demonstrações de afeto. Isto a torna dependente desse fato. É uma
inconsistência. Ela não tem culpa, mas sofre as consequências de tal
acontecimento.
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Crédito: Kaspars Grinvalds/Shutterstock.
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É importante mencionar que, embora cada ser humano possua todas essas
mesmas características constituintes da personalidade, cada indivíduo é único e
singular, não existindo uma pessoa que tenha uma personalidade idêntica à de
quaisquer um dos outros quase 8 bilhões de pessoas em todo o mundo. E isso é
fantástico! O que pode existir são traços comuns de personalidade.
E de que forma isso influencia o ambiente de trabalho? Totalmente!
Pensem em um líder explosivo, sem paciência para a troca de ideias. Ele será
temido por seus comandados e com certeza esse fator não criará um bom
ambiente de trabalho. Já um líder agregador, que sabe lidar com ideias
divergentes, com certeza vai conduzir o dia a dia de forma mais saudável naquela
corporação.
É importante considerar que esses traços de líderes que acabamos de
exemplificar influenciarão cada um dos membros da equipe com suas respectivas
personalidades individuais. Cada um terá uma reação, um comportamento e uma
atitude frente aos estímulos do líder.
A personalidade, especialmente a dos líderes, será um elemento
fundamental na relação interpessoal e pode interferir diretamente no clima, na
cultura e na produtividade da organização.
Embora esse tema de estudo seja extremamente vasto no campo da
psicologia, há um certo consenso de que existem características básicas e
comuns nos seres humanos, chamadas Big Five por Mount e Barrick (1995), e
que elucidam claramente alguns traços que as pessoas possuem, de forma geral.
Vejamos quais são eles.
Crédito: Desdemona72/Shutterstock.
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Quadro 2 – Cinco traços globais de personalidade
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TEMA 4 – GERAÇÕES, LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO
Cotas: Kachka/Shutterstock.
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TEMA 5 – DIVERSIDADE E EQUIPES
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• Atração de talentos e diminuição do turnover: ambientes saudáveis
geram maior atratividade de talentos externos e colaboradores mais
engajados têm mais motivos para continuar a fazer parte da empresa.
• Abertura para inovação: ambientes que valorizam a diversidade abrem
espaço para a criatividade o que, por sua vez, fomenta e favorece a
inovação.
• Conexão com mais clientes: consumidores passam a fidelizar as marcas,
pois sentem-se representados por elas.
• Potencialização da marca: por abraçar o conceito da diversidade, mais
pessoas se identificam com a organização, gerando maior valor à marca
da organização no mercado.
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REFERÊNCIAS
FREUD, S. The ego and the id (1923). TACD Journal, v. 17, n. 1, p. 5-22, 1989.
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